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SEGURANÇA E SAÚDE
HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO
METODOLOGIA DE ELABORAÇÃO
INSTRUMENTOS E DOCUMENTAÇÃO
GESTÃO E CONDICIONALISMOS EXISTENTES
PORTO
OUTUBRO 2018
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ÍNDICE
CAPITULO 1...................................................................................03
1 Objetivo Geral e Específicos
2 Introdução a Higiene e Segurança do Trabalho
3 Higiene e Segurança do Trabalho em Portugal
4 Princípios Gerais da Higiene e Segurança do trabalho
5 Higiene e Segurança do trabalho voltada para a Costurção Civil
CAPITULO 2
1 Plano de Segurança e Saúde
2 Plano de Segurança e Saúde Face a Legislação
3 Identificação dos Intervenientes no Plano de Segurança e Saúde
4 Evolução do Plano de Saúde e Segurança
5 Plano de Ações - Condicionalismos Existentes no Local
6 Gestão do Plano de Segurança e Saúde
Capitulo 3
1 Diferença do Plano de Saúde e Segurança com o Brasil
2 Conclusão Geral e Especifica
3 Bibliografia
4 Anexos
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CAPÍTULO 1
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asseguram a qualidade de vida daqueles que exercem determinada atividade
profissional.
Segundo a legislação presente no decreto 273/2003, de 29 de Outubro, a
higiene e a segurança do trabalho estão relacionadas a um conjunto de leis,
normas, procedimentos técnicos e educacionais que visam à proteção de
integridade física e mental do trabalhador, preservando-o dos riscos à saúde,
inerentes as tarefas do cargo e ao ambiente onde são executadas.
“A higiene e segurança do trabalho têm como objetivo a redução das
perdas decorrentes dos acidentes de trabalho, tanto do ponto de vista humano
como financeiro da previsibilidade do comportamento da atividade produtiva
na empresa. Ela é responsável então pela preservação da saúde do
trabalhador através de um programa de prevenção de acidentes e
enfermidades ocupacionais, melhorando a qualidade de vida e de trabalho do
mesmo. Assim, segurança do trabalho é um conjunto de medidas que visam
minimizar os acidentes trabalhistas, bem como proteger a integridade e
capacidade de execução do trabalhador, pois na mesma estão embutidas
estudos sobre a prevenção e controle de riscos de acidentes de trabalho.”
(MATOS, 1998).
A preocupação com a segurança e saúde do trabalhado surgiu no início
do século XX, no então recente Estados Unidos da América, quando a
Comissão de Saúde de Massachusetts (Massachusetts Board of Health)
nomeou oficiais sanitários para inspecionar fábricas, oficinas e escolas. O
intuito era mostrar ao público em geral que existia uma alta incidência de
acidentes e doenças causadas pela indústria (FLIPPO, 1979). Mas foi
somente em 1912 que o tema entrou em discussão com a organização de um
Conselho Nacional de Segurança. Foram promulgadas leis estaduais de
remuneração aos trabalhadores que impunham responsabilidade financeira
ao empregador para compensar os feridos em trabalho e pagar as despesas
de hospitalização. Nesta época, também, o Conselho Nacional de Segurança
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começou uma campanha para a educação dos empregadores frente a todos
os custos envolvidos em um acidente. Entendeu-se por acidente de trabalho
“o que ocorre no exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício
do trabalho pelos segurados” (...) “provocando lesão corporal ou perturbação
funcional que cause a morte ou perda ou ainda redução permanente ou
temporária da capacidade para o trabalho” (PIZA, 1997). Dessa forma o
empregador americano tomou conhecimento das despesas diretas e indiretas
de operar uma fábrica sem um setor de coordenação especializado em
segurança.surgiu então a Consolidação das Leis de Trabalho (CLT) que
dispôs sobre a obrigatoriedade de seguro contra acidentes e determinou à
empresa a responsabilidade de prevenção dos acidentes.
A partir da Primeira Grande Revolução Industrial, no final do século XIX, e
no decorrer do desenvolvimento económico do setor, o meio ambiente de
trabalho passou por modificações, pois as condições de trabalho
desfavoráveis como ruído excessivo, o excesso de calor ou frio, a exposição a
produtos químicos e as vibrações, entre outros, aumentaram gradativamente,
causando desconforto, provocando tensões e originando maior número de
acidentes. Parte deles aconteciam por causa da má integração entre o
homem, a tarefa e o seu ambiente de trabalho. Portanto, era fundamental uma
boa adequação do ambiente para a execução das tarefas, o seguimento das
normas de segurança e o planeamento das instalações onde seriam
desenvolvidos os trabalhos e sua organização, pois além de agilizar os
serviços, tinham como objetivo evitar riscos para os trabalhadores,
fomentando a necessidade da higiene e segurança no trabalho.
“Os acidentes, em geral ocorrem por dois motivos: falha humana, sendo
aquela que decorre da execução de tarefas de forma contrária às normas de
segurança e, fatores ambientais, sendo as falhas físicas que comprometem a
segurança do trabalho. Como essas condições estão nos locais de trabalho
deduz-se que foram instaladas por decisão e/ou mau comportamento de
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pessoas, independente do seu nível hierárquico dentro da empresa,
permitindo o desenvolvimento de situações de risco àqueles que lá executam
suas atividades, o que torna necessário a implantação de programas de
higiene e segurança no trabalho, que visam a prevenção de ocorrência e
riscos de acidentes. A prevenção é uma ação de evitar ou diminuir os riscos
profissionais através de um conjunto de medidas tomadas no licenciamento e
em todas as fases de atividade do estabelecimento ou do serviço” (FESTI,
2003).
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aumento substancial da ocorrência de acidentes de trabalho e doenças
profissionais; por outro, a entrada do nosso país na então Comunidade
Económica Europeia obrigou ao acompanhamento da legislação europeia já
produzida.
O atual quadro Legislativo e conceitual no domínio da segurança e saúde
no local de trabalho resulta da integração de Portugal como membro de pleno
direito da CEE - Comunidade Económica Europeia, em 1986, e da adesão ao
Sistema Monetário Europeu em 1992. A Diretiva Quadro (Diretiva
89/391/CCE), de 12 de Junho de 1989, teve em vista a aplicação de medidas
destinadas a promover a melhoria da saúde e segurança do trabalho no
contexto atualizado.
A Segurança no Trabalho (ST) deu-se inicio oficial no Decreto-Lei 441/91,
de 14 de Novembro, tendo este sido alterado pelo DL 133/99, de 21 de Abril e
posteriormente adotado pela Diretiva nº 2007/30/CE, de 20 de Junho. Esse
diploma consagrou e enquadrou o regime jurídico da segurança, higiene e
saúde no trabalho, preenchendo um vazio jurídico até aí existente.
Com o D.L. 441/91 oficializou-se uma mudança de paradigma na forma de
encarar a Segurança do Trabalho no nosso país. Prevenção passou a ser a
palavra chave. As entidades empregadoras passaram a ser obrigadas a
cumprir com os princípios essenciais de prevenção, e a implementar planos
ou sistemas de Higiene e Segurança no Trabalho (SHT) que abrangessem
todos os seus trabalhadores.
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- O empregador é responsável pela prevenção;
- Os riscos são múltiplos. Nem todos os riscos são físicos;
- A prevenção é o pilar base da segurança e assenta em princípios gerais;
- O trabalhador é uma componente essencial da política e cultura
organizacional.
Assim, a identificação de riscos, exercícios de evacuação, materiais de
primeiros socorros, medidas de proteção coletiva, entre outros, foram
termos que, com o novo paradigma, deixaram de ser apenas palavras ao
vento e passaram a ser realidades palpáveis na maioria das empresas
portuguesas.
Entre os princípios, encontram-se a prevenção e a proteção, ambas são
duas realidades presentes na Higiene e segurança do trabalho que são
complementares e não exclusivas. A primeira pode ser definida como
“conjunto de medidas e ações cautelares tendentes a eliminar ou limitar as
consequências de um acidente antes que este se produza”; a segunda é
entendida como o “conjunto de medidas e ações destinadas a preservar ou
minimizar as consequências de um acidente quando este acontece”.
Os princípios gerais de prevenção são:
- Evitar/eliminar os riscos inerentes ao local de trabalho;
- Avaliar com rigor os riscos não anuláveis;
- Diagnosticar a origem dos fatores de risco e as suas consequências; -
Combater os riscos na sua origem;
- Adaptar o trabalho ao homem, e não o inverso. Se é certo que qualquer
sistema de ST não pode descurar nenhuma dos dois conceitos, também é
relevante frisar que, se a prevenção for bem efetuada, não será
necessário colocar à prova os mecanismos de proteção empregues
(embora estes tenham sempre de ser empregues).
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A Lei 100/97, de 13 de Setembro, que aprova o novo regime jurídico dos
acidentes de trabalho e doenças profissionais apresenta as seguintes
definições para acidente de trabalho e local de trabalho:
- Acidente de Trabalho é aquele que se verifique no local e tempo de
trabalho, produzindo, direta ou indiretamente, lesão corporal, perturbação
funcional ou doença de que resulte redução na capacidade de trabalho ou
de ganho, ou a morte.
- Local de Trabalho é onde possa ocorrer o acidente de trabalho. No caso de
ocorrer acidente no trajeto casa-trabalho, considera-se acidente de trabalho.
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-Económicas: custos não suportados pelas seguradoras ou sistemas de
comparticipação de acidentes. Perda de parte da remuneração durante o
período de ausência do posto de trabalho.
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- Probabilidade de ocorrência de uma determinada condição perigosa;
- Grau de gravidade dos danos consequentes.
Estes danos podem ser materiais, ambientais e, em casos extremos,
humanos. Mas para sabermos que riscos teremos que enfrentar, há que saber
avaliá-los.
A avaliação de riscos é um processo dinâmico, diretamente relacionado
com o desenvolvimento das condições de trabalho e evolução tecnológica. O
processo de avaliação de riscos tem dois grandes objetivos:
- estimar a magnitude do risco para a saúde e segurança dos
trabalhadores, decorrentes das circunstâncias em que o perigo pode ocorrer
no local de trabalho;
- obter a informação necessária para que o empregador reúna as
condições ideais para para poder tomar uma decisão sobre o tipo de
medidas de prevenção e proteção a adotar.
Este processo consiste em duas etapas, a análise de riscos e a valoração de
riscos. A análise de riscos procede à caracterização global do objeto ou alvo
de estudo. Este pode ser:
- uma tarefa ou uma sequência de tarefas;
- um local ou posto de trabalho;
- um equipamento; - a fonte do risco;
- a probabilidade de ocorrência;
- a extensão do risco;
- o potencial de dano do risco.
Para que a análise de riscos seja efetuada correntemente deverá ocorrer uma
recolha exaustiva de informação sobre o objetante em estudo. Estes são os
principais itens a considerar:
- legislação;
- fichas de segurança;
- dados estatísticos;
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- relatos de experiência de trabalhadores;
- auditorias de segurança;
- aplicação de métodos e sistemas de segurança.
A valoração do risco é o processo que permite a elaboração de juízos de
valor sobre a aceitabilidade do risco tendo em conta critérios
sócio-económicos ou ambientais. No fundo, é a comparação dos valores
obtidos na fase de análise de riscos, o que se pode considerar um referencial
de risco aceitável.
A estimativa, seja esta quantitativa ou qualitativa, dos riscos previamente
identificados proporciona uma série de variáveis determinantes para a o
processo de decisão da entidade empregadora:
- o conhecimento sobre a sua magnitude;
- a sua caracterização;
- a permissão de selecionar as medidas de prevenção mais adequadas às
características do risco, do trabalho e das pessoas expostas;
- a possibilidade de introduzir correções ao objeto de estudo, de forma a
eliminar ou reduzir o fator de risco.
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Código de Hamurabi, há 3700 anos atrás. Com o desenvolvimento do Estado
Português, foi somente em 6 de Junho 1895 que foi publicado um Decreto
Real abordando especificamente a higiene e segurança do trabalho na
construção.
A Diretiva 92/57/CEE do Conselho, de 24 de Junho de 1992, conhecida
como “Diretiva Estaleiros”, trata da implementação das prescrições mínimas
de segurança e de saúde a aplicar nos estaleiros temporários ou móveis. Foi
primeiramente vertida para o direito interno através do DL nº 155/95, de 1 de
Julho e mais tarde, revisionada e aperfeiçoada, definiu-se através do DL nº
273/2003, de 29 de Outubro cujo objetivo geral é “estabelecer regras gerais
de planeamento, organização e coordenação para promover a segurança,
higiene e saúde no trabalho em estaleiros da construção”.
Foi a partir da Diretiva 89 do Conselho de 30 de Novembro que engloba o
DL 273 que fomentaram outros inúmeros Decretos de Leis e sucessivas
Diretivas relativos a Segurança em Estaleiros, como: Equipamentos de
Trabalho, Equipamento de proteção Individual, Equipamento de Proteção
Coletiva, Sinalização de Segurança e Saúde no Trabalho, Movimentação
Manual de Cargas, Exposição a Vibração Mecânica, ruídos e agentes
químicos e demais tipos de exposição.
Para a Construção Civil, o regulamento de Segurança no Trabalho,
promulgado pelo DL nº 41.821, de 11 de Agosto de 1958 ainda se encontra
em vigor apesar de apresentar falhas relativas ao processo construtivo civil.
Tais falhas são preenchidas com sobreposições de decretos adicionais, do
anexo de outros decretos existentes, como o 273/91 e da ação de órgãos
fiscalizadores como o IPQ - Instituto Português de Qualidade e as Comissões
Técnicas do Trabalho.
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CAPÍTULO 2
Estas regras devem ser estabelecidas para que o PSS seja dinâmico para ser
complementado durante todo o processo de construção, requerendo-se ao
empreiteiro a sua adaptação e desenvolvimento tendo em conta os processos
construtivos e métodos de trabalho que empregará para ser eficientemente
utilizado. Esse Plano deve conter também exigências ao empreiteiro quanto à
organização de registos demonstrativos das ações e medidas implementadas.
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O PSS deve conter os seguintes elementos:
• Memoria descritiva
· Definição de objetivos;
· Comunicação previa;
· Regulamentação aplicável;
· Horário de trabalho;
• Caracterização do empreendimento
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- Plano de sinalização e circulação do estaleiro;
- Plano de visitantes;
- Plano de emergência.
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O plano deve ser elaborado a partir da fase do projeto da obra, sendo
posteriormente desenvolvido e especificado antes de se passar à execução
da obra, com a abertura do estaleiro.
A responsabilidade de elaboração do PSS para garantir a segurança e a
saúde de todos os intervenientes no estaleiro durante a fase de projeto é do
dono da obra, sendo depois desenvolvido e especificado pela entidade
executante para a fase da execução da obra.
A elaboração de um PSS é obrigatória em obras em que exista projeto e
que envolvam trabalhos que impliquem riscos especiais ou seja obrigatória a
comunicação prévia de abertura de estaleiro. Contudo, em obras de menor
complexidade em que os riscos são normalmente mais reduzidos, o PSS não
é obrigatório, tendo de existir no entanto Fichas de Procedimento de
Segurança que indiquem as medidas de prevenção necessárias para executar
trabalhos que impliquem riscos especiais.
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- Envolvam a utilização de explosivos, ou suscetíveis de originarem
riscos derivados de atmosferas explosivas;
- Envolvam a montagem e desmontagem de elementos pré-fabricados ou
outros, cuja forma, dimensão ou peso exponham os trabalhadores a risco
grave;
- São consideradas, pelos responsáveis pela segurança, suscetíveis de
constituir riscos graves para a segurança e saúde dos trabalhadores
O PSS deve ser incluído pelo dono da obra no conjunto dos elementos
que servem de base ao concurso e, posteriormente, o plano deve ficar anexo
ao contrato de empreitada de obras públicas, isto acontece para que se
respeitem os princípios gerais da prevenção de riscos profissionais e se tenha
atenção às regras respeitantes à segurança, higiene e saúde no trabalho, na
elaboração do projeto.
O dono de obra tem a responsabilidade de impedir que a entidade
executante inicie a implantação do estaleiro sem que esteja preparado o plano
de segurança e saúde para a fase da execução da obra, isto quer dizer que a
abertura de um estaleiro só poderá ter lugar desde que o dono da obra
disponha do PSS.
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- Ter em conta os princípios gerais de prevenção de riscos profissionais em
matéria de segurança, higiene e saúde no trabalho de modo a assegurar a
segurança e a proteção da saúde de todos os intervenientes na obra e no
estaleiro;
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- Elaborar o plano de segurança e saúde em projeto ou proceder à sua
validação técnica, se tiver sido elaborado por outro interveniente;
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- Promover e verificar o cumprimento do plano de segurança e saúde, bem
como das outras obrigações da entidade executante, dos subempreiteiros e
dos trabalhadores independentes, nomeadamente no que se refere à
organização do estaleiro, ao sistema de emergência, às condicionantes
existentes no estaleiro e na área envolvente, aos trabalhos que envolvam
riscos especiais, aos processos construtivos especiais, às atividades que
possam ser incompatíveis no tempo ou no espaço e ao sistema de
comunicação entre os intervenientes na obra;
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Dono da obra - pessoa ou conjunto de pessoas por conta de quem a obra
é realizada, ou o concessionário relativamente a obra executada com
base em contrato de concessão de obra pública;
O empregador deve:
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- Comunicar, aos respectivos trabalhadores o plano de segurança e saúde
ou as fichas de procedimento de segurança, no que diz respeito aos
trabalhos por si executados, e fazer cumprir as suas especificações;
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- Avaliar os riscos associados à execução da obra e definir as medidas de
prevenção adequadas e, propor ao dono da obra o desenvolvimento e as
adaptações do PSS;
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- Fornecer ao dono da obra as informações necessárias à elaboração e
atualização da comunicação prévia;
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Elaboração do projeto:
Para além disso, o PSS em projeto deve ter como suporte as definições do
projeto da obra e as demais condições estabelecidas para a execução da obra
que sejam relevantes para o planeamento da prevenção dos riscos
profissionais. Concretizando também uma avaliação dos riscos existentes e
medidas preventivas a adotar de acordo com o tipo de trabalho a executar, a
fase de obra em que se executam e os riscos especiais para a segurança e
saúde dos trabalhadores.
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No caso de obra particular, o dono da obra deve incluir o PSS em projeto no
conjunto dos elementos que servem de base à negociação para que a
entidade executante não alegue desconhecimento ao contratar a empreitada.
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- Difusão da informação aos diversos intervenientes, nomeadamente
empreiteiros, subempreiteiros, técnicos de segurança e higiene do trabalho,
trabalhadores por conta de outrem e trabalhadores independentes.
Adjudicação:
É nesta fase que o PSS deve ser adaptado às condições reais de execução.
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Nesta fase a entidade executante deve desenvolver e especificar o plano de
segurança e saúde em projeto de modo a complementar as medidas previstas,
tendo nomeadamente em conta:
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- Avaliação e hierarquização dos riscos reportados ao processo construtivo,
abordado operação a operação de acordo com o cronograma, com a
previsão dos riscos correspondentes a cada uma por referência à sua
origem, e das adequadas técnicas de prevenção que devem ser objeto de
representação gráfica sempre que se afigure necessário.
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- Sistema de comunicação da ocorrência de acidentes e incidentes no
estaleiro.
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A entidade executante deve assegurar que o PSS e as suas alterações
estejam acessíveis, no estaleiro, aos subempreiteiros, aos trabalhadores
independentes e aos representantes dos trabalhadores para a segurança,
higiene e saúde que nele trabalhem.
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- Construções e outros obstáculos existentes - se existe nos terrenos do
estaleiro alguma linha de alta tensão, ou edifícios vizinhos que possam
interferir com o trabalho no estaleiro;
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Atendendo às características da obra, antes do início dos trabalhos o
Empreiteiro terá de proceder à verificação e registo de todos os
condicionalismos existentes, quer para a implantação do estaleiro, quer para a
obra, confirmando aqueles já conhecidos e identificados e todos os outros que,
eventualmente, não tenham sido referenciados e que possam vir a criar
condições de risco.
Interferência com
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Rede de gás
Rede elétrica
CAPÍTULO 3
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4 Anexos
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