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sse UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA

Centro das Ciências Biológicas e da Saúde


Curso de Farmácia
Discente: Rick Manoel dos Santos Silva

Políticas e Serviços de Saúde

O papel do farmacêutico frente aos cuidados paliativos

“Até o último segundo” é um documentário produzido pela Revista Sentido que


expõe o depoimento de pacientes que estão sobre cuidados paliativos devido suas
doenças crônicas. O risco iminente de morte faz dos relatos preenchidos de forte
carga emocional transmitindo ao telespectador o drama que é estar naquela situação
e a necessidade de uma equipe de saúde humanizada. O material mostra o quanto a
assistência terminal foi importante para amenizar o sofrimento dessas pessoas
sobretudo em relação a dor física, nesse sentido o farmacêutico figura-se como um
profissional importante para tal, já que seus conhecimentos auxiliam em um
tratamento farmacoterapêutico mais eficaz.
De fato, quando se fala em cuidados paliativos, sabe-se que o alivio dos
sintomas causados pela patologia é crucial para a qualidade de vida do paciente
terminal, e o tratamento medicamentoso é fulcral nesse aspecto, porém devido à falta
de engajamento da equipe e principalmente do desfalque laboral do profissional
farmacêutico na área clínica, vários problemas relacionados a esse tipo de tratamento
como a falta de adesão, falta de acompanhamento, interação farmaconutriente e
medicamentosa, efeito adverso severo entre outros transtornos que dificulta ainda
mais o processo de mitigação dos sintomas estão sujeitos a acontecer.
Em sua pesquisa, KAVALEC 2004 lista as seguintes atribuições do
farmacêutico na assistência terminal oncológica:
1)Avaliação do destino das receitas de medicamentos e garantia de
provisão de medicamentos efetivos para controle de sintomas;
2)Educação dos profissionais da área de saúde sobre terapia;
3)Garantia de que pacientes e cuidadores entendam e sigam as
orientações relacionadas aos medicamentos.
4)Provisão de medicamentos para composições medicamentosas
fora de apresentações e dosagens padrão;
5)Comunicação a programas assistenciais e companhias
financiadoras quando o paciente não possui cobertura de seguros ou
os benefícios não cobrem medicamentos estritamente paliativos;
6)Garantia de segurança dos medicamentos após a morte, de acordo
com dispositivos legais.
7)Estabelecimento de comunicação efetiva com agências reguladoras
de substâncias controladas.
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Discente: Rick Manoel dos Santos Silva

Políticas e Serviços de Saúde

Tomando como base alguns dos apontamentos da autora, convém discorrer mais
detalhadamente acerca do papel da assistência farmacêutica nos cuidados paliativos
que levam a atenuar os problemas anteriormente citados.
Primeiramente, esse profissional deve estabelecer uma análise acerca das
receitas prescritas para os pacientes, na busca de possíveis falhas e incongruências
que acontecem no critério de avaliação da prescrição, esse comportamento faz parte
de uma dispensação efetiva, erroneamente pensada apenas como o ato de vender ou
repassar o medicamento, quando na verdade é um processo ativo de cuidado ao
paciente em que se promove o uso consciente e avalia a escolha do princípio ativo.
Todavia ainda há certa dificuldade na realização desse ato devido a resistência dos
profissionais prescritores em serem indagados quanto a sua escolha. Para reverter
essa realidade os cursos superiores devem promover estudo de caso interdisciplinar
que envolva conjuntamente as turmas dos cursos de saúde e esclareçam atuações
importantes como essa para a efetividade dos serviços.
Outrossim, com base nos deveres do profissional farmacêutico previstos no art.
12 do Código de Ética no que tange a promoção e educação em saúde, este tem o
dever de treinar a equipe que fará a administração medicamentosa, bem como
orientar os familiares e o próprio paciente, de forma a esclarecer dúvidas que nem
sempre são sanadas por outros profissionais e prepará-los para possíveis efeitos
colaterais que podem gerar alarmes falsos e preocupações quanto aos sintomas da
própria doença. Com maior autonomia familiar na administração, torna-se mais seguro
a possibilidade de pessoas como Clarice Freitas de 66 anos participante do
documentário, realizar o tratamento perto da família, fato tão importante na filosofia
dos cuidados paliativos, já que o ambiente domiciliar oferece um maior conforto.
Este profissional também desempenha papel importante na adesão do
tratamento medicamentoso na medida que esclarece dúvidas, acompanha seu uso e
propõe soluções para as dificuldades apresentadas pelos pacientes. Um exemplo
considerável é a possibilidade na mudança da forma farmacêutica ou dosagem padrão
para uma que tenha melhor eficiência ou que promova uma experiência mais
agradável para o usuário. Ademais, visando a prevenção de danos emocionais e
psicológicos, a prática de acompanhamento farmacoterapêutico é crucial para
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pessoas que fazem uso de psicotrópicos para controlar a depressão e a ansiedade


causadas pelo seu estado debilitado, o que é comum principalmente para pessoas
como o Srº Mahatman de 61 anos que vive no hospital com uma doença crônica no
pulmão sem a presença da família. Diante do exposto, lê-se como benéfica a
assistência farmacêutica voltada para os cuidados paliativos que por sua vez são
importantes no âmbito da assistência em saúde ampliada urgindo uma maior
abordagem pelas instituições profissionalizantes da área.

REFERÊNCIAS

KAVALEC, F. L. Participação do farmacêutico nas atividades de cuidados paliativos e


pacientes oncológicos. Paraná. 2004.

Revista Sentido. Até o último segundo. Disponível em: http://revistasentido.com/ate-o-ultimo-


segundo/. Acesso em: 18/11/2019.

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