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Casos clínicos

Pediatria 1 – Curso essencial

Alexandra Luz
alexandra.luz@hotmail.com
Bloco 1
CRESCIMENTO
Caso clínico 1
Um lactente de 9 meses é trazido pelos pais à consulta de rotina de Saúde Infantil e Juvenil. Durante
a sua avaliação, constata que o percentil de evolução do peso passou do P50 (aos 6 meses) para o
P15, mantendo-se o comprimento no P50, e o perímetro cefálico no P50-85. Os pais referem que
entrou no infantário aos 6 meses, com boa adaptação, tendo tido alguns episódios de infeções das
vias aéreas superiores, não complicadas, que coincidiram com alturas de menor ingesta, com
recuperação posterior do apetite. A sua avaliação do aporte alimentar é adequada, e na avaliação do
desenvolvimento psicomotor cumpre todos os critérios para a sua idade. Ao exame objetivo
apresenta um bom estado geral, com pele e mucosas coradas e hidratadas. Tem uma temperatura
auricular de 36,5ºC, uma frequência respiratória de 30 cpm e uma frequência cardíaca de 132 bpm.
Não ausculta sopro cardíaco, nem ruídos adventícios nos campos pulmonares.
A conduta mais adequada nesta situação será:

A. Pedir uma avaliação analítica com função tiroideia e realizar um teste do suor
B. Realizar uma tira teste urinária e urocultura
C. Recomendar nova pesagem dentro de uma semana
D. Solicitar uma radiografia torácica
E. Tranquilizar os pais e manter o seguimento preconizado no PNSIJ
Caso clínico 1
Um lactente de 9 meses é trazido pelos pais à consulta de rotina de Saúde Infantil e Juvenil. Durante
a sua avaliação, constata que o percentil de evolução do peso passou do P50 (aos 6 meses) para o
P15, mantendo-se o comprimento no P50, e o perímetro cefálico no P50-85. Os pais referem que
entrou no infantário aos 6 meses, com boa adaptação, tendo tido alguns episódios de infeções das
vias aéreas superiores, não complicadas, que coincidiram com alturas de menor ingesta, com
recuperação posterior do apetite. A sua avaliação do aporte alimentar é adequada, e na avaliação do
desenvolvimento psicomotor cumpre todos os critérios para a sua idade. Ao exame objetivo
apresenta um bom estado geral, com pele e mucosas coradas e hidratadas. Tem uma temperatura
auricular de 36,5ºC, uma frequência respiratória de 30 cpm e uma frequência cardíaca de 132 bpm.
Não ausculta sopro cardíaco, nem ruídos adventícios nos campos pulmonares.
A conduta mais adequada nesta situação será:

A. Pedir uma avaliação analítica com função tiroideia e realizar um teste do suor
B. Realizar uma tira teste urinária e urocultura
C. Recomendar nova pesagem dentro de uma semana
D. Solicitar uma radiografia torácica
E. Tranquilizar os pais e manter o seguimento preconizado no PNSIJ
Caso clínico 2
Um recém nascido de 11 dias é trazido pela mãe à primeira consulta de saúde infantil. Foi fruto de
uma gestação vigiada, sendo que a mãe teve diabetes gestacional, controlada com dieta. O parto foi
eutócico, com Índice de Apgar 9/10/10. Está sob aleitamento materno exclusivo, com mamadas
regulares de 3 em 3 horas, com micções e dejeções mantidas, de características normais. Na
somatometria salienta-se um peso de 3250g (peso ao nascimento de 3300g, peso na alta da
maternidade, em D3, 3025g). Ao exame objetivo apresenta icterícia discreta limitada à face e
escleróticas, pele e mucosas coradas e hidratadas, com bom tónus e vitalidade. A fontanela anterior
está normotensa, apresenta bons pulsos femorais e radiais. Não tem sopro na auscultação cardíaca,
e não se palpam organomegálias no abdómen. Neste recém-nascido, a conduta mais apropriada
será:

A. Determinar a bilirrubina sérica


B. Introduzir suplemento de leite de fórmula
C. Pesar antes e após a mamada
D. Retirar leite materno com bomba e oferecer
E. Rever técnica de amamentação e pesar em 5 dias
Caso clínico 2
Um recém nascido de 11 dias é trazido pela mãe à primeira consulta de saúde infantil. Foi fruto de
uma gestação vigiada, sendo que a mãe teve diabetes gestacional, controlada com dieta. O parto foi
eutócico, com Índice de Apgar 9/10/10. Está sob aleitamento materno exclusivo, com mamadas
regulares de 3 em 3 horas, com micções e dejeções mantidas, de características normais. Na
somatometria salienta-se um peso de 3250g (peso ao nascimento de 3300g, peso na alta da
maternidade, em D3, 3025g). Ao exame objetivo apresenta icterícia discreta limitada à face e
escleróticas, pele e mucosas coradas e hidratadas, com bom tónus e vitalidade. A fontanela anterior
está normotensa, apresenta bons pulsos femorais e radiais. Não tem sopro na auscultação cardíaca,
e não se palpam organomegálias no abdómen. Neste recém-nascido, a conduta mais apropriada
será:

A. Determinar a bilirrubina sérica


B. Introduzir suplemento de leite de fórmula
C. Pesar antes e após a mamada
D. Retirar leite materno com bomba e oferecer
E. Rever técnica de amamentação e pesar em 5 dias
Caso clínico 3
Uma menina de 5 anos é trazida à consulta de rotina de Saúde Infantil, ao seu médico assistente,
que constata que no último ano esta criança cresceu cerca de 2 cm. Quando questionados, os pais
negam quaisquer alterações, nomeadamente anorexia, astenia, alterações do trânsito intestinal, febre
ou infeções de repetição. O inquérito alimentar revela uma ingestão calórica apropriada. Frequenta a
pré-escola com um desenvolvimento psicomotor adequado à idade, e faz ainda como atividade extra
piscina, duas vezes por semana. O pai mede 1,87 m e a mãe 1,64 m. Ambos são saudáveis, com
IMC adequados. A somatometria desta criança mostra peso >P97, estatura P3, com IMC > P97,
sendo que na consulta de um ano atrás apresentava peso no P15-50, estatura no P15-50 e IMC P15-
50. Está normotensa, apresentando acantose cervical. A auscultação cardíaca não apresenta
alterações, e o exame abdominal não mostra organomegálias ou massas palpáveis.
Nesta criança, a orientação mais correta seria:

A. Calcular a estatura alvo familiar


B. Despistar causas secundárias de obesidade/diminuição da velocidade de crescimento
C. Propor dieta saudável, aumentar o exercício físico e rever em 3 meses
D. Referenciar à consulta de Endocrinologia Pediátrica para iniciar tratamento com hormona de
crescimento
E. Tranquilizar a família por se tratar de uma situação comum na transição para a idade escolar
Caso clínico 3
Uma menina de 5 anos é trazida à consulta de rotina de Saúde Infantil, ao seu médico assistente,
que constata que no último ano esta criança cresceu cerca de 2 cm. Quando questionados, os pais
negam quaisquer alterações, nomeadamente anorexia, astenia, alterações do trânsito intestinal, febre
ou infeções de repetição. O inquérito alimentar revela uma ingestão calórica apropriada. Frequenta a
pré-escola com um desenvolvimento psicomotor adequado à idade, e faz ainda como atividade extra
piscina, duas vezes por semana. O pai mede 1,87 m e a mãe 1,64 m. Ambos são saudáveis, com
IMC adequados. A somatometria desta criança mostra peso >P97, estatura P3, com IMC > P97,
sendo que na consulta de um ano atrás apresentava peso no P15-50, estatura no P15-50 e IMC P15-
50. Está normotensa, apresentando acantose cervical. A auscultação cardíaca não apresenta
alterações, e o exame abdominal não mostra organomegálias ou massas palpáveis.
Nesta criança, a orientação mais correta seria:

A. Calcular a estatura alvo familiar


B. Despistar causas secundárias de obesidade/diminuição da velocidade de crescimento
C. Propor dieta saudável, aumentar o exercício físico e rever em 3 meses
D. Referenciar à consulta de Endocrinologia Pediátrica para iniciar tratamento com hormona de
crescimento
E. Tranquilizar a família por se tratar de uma situação comum na transição para a idade escolar
Caso clínico 4
Um adolescente de 11 anos recorre à consulta de rotina do seu pediatra assistente. Trata-se de um
rapaz com antecedentes pessoais de baixo peso ao nascimento, com recuperação rápida pós-natal.
Fez aleitamento materno exclusivo até aos 6 meses, e a mãe teve diabetes gestacional sem
necessidade de insulinoterapia durante a gestação. Ambos os pais têm Índice de Massa Corporal >
30 Kg/m2. Cruzou ascendentemente o percentil de peso a partir dos 3 anos de idade, altura em que
iniciou a pré-escola. No inquérito alimentar constata-se que ingere refrigerantes em todas as
refeições, repetindo frequentemente o 2º prato. Pratica educação física na escola, não realizando
qualquer outra atividade física estruturada. Ao exame objetivo apresenta: peso 50,5 Kg (>P97 ),
altura 145 cm (P50), IMC 24 Kg/m2 (>P97) e tensão arterial 98/62 mmHg (<P90). Estadio de Tanner
P2 G2. Tem acantose cervical e ginecomastia. Apresenta estrias esbranquiçadas latero-abdominais.
O restante exame físico é irrelevante.
Neste adolescente, a conduta mais apropriada será:

A. Corrigir erros alimentares, recomendar exercício físico e reavaliar em 6 meses


B. Pedir avaliação analítica com perfil lipídico, glicémia, insulina e transaminases
C. Referenciar à consulta de Endocrinologia Pediátrica por suspeita de obesidade de causa
secundária
D. Solicitar cariótipo e função tiroideia
E. Tranquilizar a família por se tratar de uma situação que irá resolver com o crescimento
Caso clínico 4
Um adolescente de 11 anos recorre à consulta de rotina do seu pediatra assistente. Trata-se de um
rapaz com antecedentes pessoais de baixo peso ao nascimento, com recuperação rápida pós-natal.
Fez aleitamento materno exclusivo até aos 6 meses, e a mãe teve diabetes gestacional sem
necessidade de insulinoterapia durante a gestação. Ambos os pais têm Índice de Massa Corporal >
30 Kg/m2. Cruzou ascendentemente o percentil de peso a partir dos 3 anos de idade, altura em que
iniciou a pré-escola. No inquérito alimentar constata-se que ingere refrigerantes em todas as
refeições, repetindo frequentemente o 2º prato. Pratica educação física na escola, não realizando
qualquer outra atividade física estruturada. Ao exame objetivo apresenta: peso 50,5 Kg (>P97 ),
altura 145 cm (P50), IMC 24 Kg/m2 (>P97) e tensão arterial 98/62 mmHg (<P90). Estadio de Tanner
P2 G2. Tem acantose cervical e ginecomastia. Apresenta estrias esbranquiçadas latero-abdominais.
O restante exame físico é irrelevante.
Neste adolescente, a conduta mais apropriada será:

A. Corrigir erros alimentares, recomendar exercício físico e reavaliar em 6 meses


B. Pedir avaliação analítica com perfil lipídico, glicémia, insulina e transaminases
C. Referenciar à consulta de Endocrinologia Pediátrica por suspeita de obesidade de causa
secundária
D. Solicitar cariótipo e função tiroideia
E. Tranquilizar a família por se tratar de uma situação que irá resolver com o crescimento
Caso clínico 5
Um lactente de 9 meses, ex-prematuro de 34 semanas, com prematuridade induzida por eclâmpsia
materna, é trazido à consulta de rotina ao seu pediatra assistente. Dos antecedentes há a referir
ainda Apgar 6/9/10, com necessidade de reanimação superficial com ventilação de pressão positiva,
peso de nascimento 2120g (AIG). Esteve sob aleitamento materno exclusivo até aos 5 meses, altura
em que iniciou a diversificação pela sopa de legumes. Neste momento faz 2 refeições de sopa
enriquecida com proteína (carne/peixe/gema), seguidas de fruta, uma refeição de iogurte natural ou
papa láctea, e uma refeição de leite materno ou adaptado. Ao nível do seu desenvolvimento
psicomotor, fica sentado sozinho sem apoio, arrasta-se em decúbito ventral para chegar aos objetos,
faz pinça fina e já começou a dizer alguns monossílabos.
Nesta avaliação de rotina, qual das seguintes situações que poderia encontrar, por si só, o deixaria
mais preocupado:

A. Apresentar um perímetro craniano no P97


B. Apresentar um Z-score para o peso de -3
C. Ter a fontanela anterior permeável apenas à polpa do dedo indicador
D. Ter aumentado aproximadamente 11 gramas/dia nos últimos 3 meses
E. Ter cruzado um percentil em sentido descendente ao nível do comprimento desde a última
consulta
Caso clínico 5
Um lactente de 9 meses, ex-prematuro de 34 semanas, com prematuridade induzida por eclâmpsia
materna, é trazido à consulta de rotina ao seu pediatra assistente. Dos antecedentes há a referir
ainda Apgar 6/9/10, com necessidade de reanimação superficial com ventilação de pressão positiva,
peso de nascimento 2120g (AIG). Esteve sob aleitamento materno exclusivo até aos 5 meses, altura
em que iniciou a diversificação pela sopa de legumes. Neste momento faz 2 refeições de sopa
enriquecida com proteína (carne/peixe/gema), seguidas de fruta, uma refeição de iogurte natural ou
papa láctea, e uma refeição de leite materno ou adaptado. Ao nível do seu desenvolvimento
psicomotor, fica sentado sozinho sem apoio, arrasta-se em decúbito ventral para chegar aos objetos,
faz pinça fina e já começou a dizer alguns monossílabos.
Nesta avaliação de rotina, qual das seguintes situações que poderia encontrar, por si só, o deixaria
mais preocupado:

A. Apresentar um perímetro craniano no P97


B. Apresentar um Z-score para o peso de -3
C. Ter a fontanela anterior permeável apenas à polpa do dedo indicador
D. Ter aumentado aproximadamente 11 gramas/dia nos últimos 3 meses
E. Ter cruzado um percentil em sentido descendente ao nível do comprimento desde a última
consulta
Caso clínico 6
Uma menina de 18 meses, ex-prematura de 35 semanas com peso de nascimento 1820g (LIG), é
observada em consulta de rotina no seu pediatra assistente. Trata-se de uma criança que apresentou
um cruzamento ascendente de percentis de peso e comprimento até aos 6 meses para atingir o P50,
e a partir dos 12 meses constata-se uma quebra inicial no percentil de peso, que está atualmente no
P3 e aos 15 meses quebra do comprimento, que atualmente está no P15. Fez suplementação com
vitamina D na dose de 666U/dia durante o 1º ano de vida, sem outros suplementos. Da história
alimentar salienta-se um aporte de lácteos de cerca de 1000 ml/dia. Não apresenta alterações do
trânsito intestinal. Ao exame objetivo apresenta estado geral mantido, com pele e mucosas
descoradas, cabelo fino e quebradiço. Tem massas musculares relativamente preservadas, sendo
que o abdómen não se encontra distendido nem tem massas ou organomegálias palpáveis. Perante
a informação clínica disponibilizada, o diagnóstico mais provável para esta má progressão ponderal
é:

A. Anemia ferropénica
B. Doença celíaca
C. Hipotiroidismo adquirido
D. Infeção urinária
E. Magreza constitucional
Caso clínico 6
Uma menina de 18 meses, ex-prematura de 35 semanas com peso de nascimento 1820g (LIG), é
observada em consulta de rotina no seu pediatra assistente. Trata-se de uma criança que apresentou
um cruzamento ascendente de percentis de peso e comprimento até aos 6 meses para atingir o P50,
e a partir dos 12 meses constata-se uma quebra inicial no percentil de peso, que está atualmente no
P3 e aos 15 meses quebra do comprimento, que atualmente está no P15. Fez suplementação com
vitamina D na dose de 666U/dia durante o 1º ano de vida, sem outros suplementos. Da história
alimentar salienta-se um aporte de lácteos de cerca de 1000 ml/dia. Não apresenta alterações do
trânsito intestinal. Ao exame objetivo apresenta estado geral mantido, com pele e mucosas
descoradas, cabelo fino e quebradiço. Tem massas musculares relativamente preservadas, sendo
que o abdómen não se encontra distendido nem tem massas ou organomegálias palpáveis. Perante
a informação clínica disponibilizada, o diagnóstico mais provável para esta má progressão ponderal
é:

A. Anemia ferropénica
B. Doença celíaca
C. Hipotiroidismo adquirido
D. Infeção urinária
E. Magreza constitucional
Caso clínico 7
Uma menina de 7 anos é trazida pela mãe à consulta aberta com o seu médico assistente, pois
encontra-se preocupada com o crescimento desta. Trata-se de uma criança fruto de uma gestação
vigada, sem intercorrências relevantes, que nasce com boa adaptação à vida extrauterina e com
peso adequado à idade gestacional. Tem mantido uma evolução de crescimento com peso no P50 e
estatura no P50-85, embora no último ano se tenha verificado um cruzamento ascendente no peso,
que atualmente se encontra acima no P97, com IMC 22,3 Kg/m2 (>P97). A história alimentar
demonstra uma ingestão nutricional e calórica apropriada. Pratica natação duas vezes por semana.
Tem um bom rendimento escolar, e não apresenta queixas. Do ponto de vista de antecedentes
familiares, ambos os pais e irmão, de 9 anos, são normoponderais, sendo que o pai apresenta uma
hipertensão essencial medicada. Ao exame objetivo apresenta TA 118 (>P95)/72 (<P90) mmHg, com
uma obesidade de distribuição troncular, estrias violáceas abdominais e nos braços e coxas e bossa
cervical. A auscultação cardiopulmonar e a palpação abdominal são inocentes. Nesta criança, a
atitude subsequente mais correta é:

A. Pedir cariótipo
B. Recomendar medidas dietéticas com redução da ingesta calórica e rever em 3 meses
C. Referenciar à consulta de nutrição
D. Solicitar avaliação analítica com cortisol sérico e urinário e doseamento de ACTH
E. Solicitar idade óssea e função tiroideia
Caso clínico 7
Uma menina de 7 anos é trazida pela mãe à consulta aberta com o seu médico assistente, pois
encontra-se preocupada com o crescimento desta. Trata-se de uma criança fruto de uma gestação
vigada, sem intercorrências relevantes, que nasce com boa adaptação à vida extrauterina e com
peso adequado à idade gestacional. Tem mantido uma evolução de crescimento com peso no P50 e
estatura no P50-85, embora no último ano se tenha verificado um cruzamento ascendente no peso,
que atualmente se encontra acima no P97, com IMC 22,3 Kg/m2 (>P97). A história alimentar
demonstra uma ingestão nutricional e calórica apropriada. Pratica natação duas vezes por semana.
Tem um bom rendimento escolar, e não apresenta queixas. Do ponto de vista de antecedentes
familiares, ambos os pais e irmão, de 9 anos, são normoponderais, sendo que o pai apresenta uma
hipertensão essencial medicada. Ao exame objetivo apresenta TA 118 (>P95)/72 (<P90) mmHg, com
uma obesidade de distribuição troncular, estrias violáceas abdominais e nos braços e coxas e bossa
cervical. A auscultação cardiopulmonar e a palpação abdominal são inocentes. Nesta criança, a
atitude subsequente mais correta é:

A. Pedir cariótipo
B. Recomendar medidas dietéticas com redução da ingesta calórica e rever em 3 meses
C. Referenciar à consulta de nutrição
D. Solicitar avaliação analítica com cortisol sérico e urinário e doseamento de ACTH
E. Solicitar idade óssea e função tiroideia
Caso clínico 8
Uma adolescente de 12 anos é trazida pelos pais ao pediatra assistente por preocupação
relativamente ao seu crescimento. A menina refere que é a mais pequena da sua turma, e a última
somatometria, há dois anos atrás na consulta de rotina mostrava um peso no P15-50 e estatura no
P50. Ultimamente os pais referem igualmente que a adolescente se queixa de algum cansaço nas
aulas de educação física. Quando questionada, refere desde que se recorda episódios de frequência
semanal de diarreia, sem sangue ou muco. Não apresenta vómitos, febre ou outras queixas.
Calculando a estatura alvo familiar, verifica que se encontra no P15-50. Não há antecedentes
familiares relevantes. Ao exame objetivo, não apresenta dismorfismos, e tem um peso no P3-15,
estatura no P15, estadio de Tanner M1P1, uma discreta distensão abdominal, sem massas ou
organomegálias palpáveis, e mucosas ligeiramente descoradas. A auscultação cardíaca revela um
sopro sistólico II/VI, audível no bordo esquerdo esternal, sem irradiação.
A conduta mais acertada perante esta situação, seria:

A. Encaminhar para consulta de endocrinologia


B. Pedir avaliação analítica com hemograma e despiste de doença celíaca
C. Pedir ecocardiograma
D. Pedir idade óssea e reavaliar em 6 meses
E. Solicitar cariótipo e função tiroideia
Caso clínico 8
Uma adolescente de 12 anos é trazida pelos pais ao pediatra assistente por preocupação
relativamente ao seu crescimento. A menina refere que é a mais pequena da sua turma, e a última
somatometria, há dois anos atrás na consulta de rotina mostrava um peso no P15-50 e estatura no
P50. Ultimamente os pais referem igualmente que a adolescente se queixa de algum cansaço nas
aulas de educação física. Quando questionada, refere desde que se recorda episódios de frequência
semanal de diarreia, sem sangue ou muco. Não apresenta vómitos, febre ou outras queixas.
Calculando a estatura alvo familiar, verifica que se encontra no P15-50. Não há antecedentes
familiares relevantes. Ao exame objetivo, não apresenta dismorfismos, e tem um peso no P3-15,
estatura no P15, estadio de Tanner M1P1, uma discreta distensão abdominal, sem massas ou
organomegálias palpáveis, e mucosas ligeiramente descoradas. A auscultação cardíaca revela um
sopro sistólico II/VI, audível no bordo esquerdo esternal, sem irradiação.
A conduta mais acertada perante esta situação, seria:

A. Encaminhar para consulta de endocrinologia


B. Pedir avaliação analítica com hemograma e despiste de doença celíaca
C. Pedir ecocardiograma
D. Pedir idade óssea e reavaliar em 6 meses
E. Solicitar cariótipo e função tiroideia
Caso clínico 9
Um lactente de 2 meses é observado em consulta de rotina no seu médico assistente. É fruto de uma
2ª gestação, vigiada sem intercorrências relevantes, com parto a termo com boa adaptação à vida
extrauterina. Apresentou um peso de nascimento de 3125g (AIG), tendo feito 24h de fototerapia por
hiperbilirrubinémia, com resolução. Está sob aleitamento misto desde o mês e meio de vida, por
hipogalactia materna. Apresenta micções e dejecções mantidas, de características normais. A mãe
faz referência a alguns episódios de bolçar, em pequena quantidade. Ao pesar este lactente, verifica
um aumento ponderal nos últimos 15 dias de 12 g/dia. À sua observação, apresenta um bom tónus e
vitalidade, está anictérico, e sorri ao seu contacto. A fontanela anterior está normotensa, a
auscultação cardiopulmonar não apresenta alterações, e o exame abdominal é normal. Tem pulsos
femorais simétricos e cheios.
Neste lactente, a conduta inicial mais apropriada será:

A. Pedir um ecocardiograma para excluir patologia cardíaca congénita


B. Recomendar deitar o lactente em decúbito ventral para diminuir os episódios de refluxo
C. Recomendar refeições mais frequentes e pesar novamente dentro de 15 dias
D. Rever as características das refeições e a correta reconstituição da fórmula infantil
E. Solicitar avaliação analítica para excluir causas orgânicas de má progressão ponderal
Caso clínico 9
Um lactente de 2 meses é observado em consulta de rotina no seu médico assistente. É fruto de uma
2ª gestação, vigiada sem intercorrências relevantes, com parto a termo com boa adaptação à vida
extrauterina. Apresentou um peso de nascimento de 3125g (AIG), tendo feito 24h de fototerapia por
hiperbilirrubinémia, com resolução. Está sob aleitamento misto desde o mês e meio de vida, por
hipogalactia materna. Apresenta micções e dejecções mantidas, de características normais. A mãe
faz referência a alguns episódios de bolçar, em pequena quantidade. Ao pesar este lactente, verifica
um aumento ponderal nos últimos 15 dias de 12 g/dia. À sua observação, apresenta um bom tónus e
vitalidade, está anictérico, e sorri ao seu contacto. A fontanela anterior está normotensa, a
auscultação cardiopulmonar não apresenta alterações, e o exame abdominal é normal. Tem pulsos
femorais simétricos e cheios.
Neste lactente, a conduta inicial mais apropriada será:

A. Pedir um ecocardiograma para excluir patologia cardíaca congénita


B. Recomendar deitar o lactente em decúbito ventral para diminuir os episódios de refluxo
C. Recomendar refeições mais frequentes e pesar novamente dentro de 15 dias
D. Rever as características das refeições e a correta reconstituição da fórmula infantil
E. Solicitar avaliação analítica para excluir causas orgânicas de má progressão ponderal
Caso clínico 10
Um rapaz de 14 anos recorre à urgência pediátrica com um quadro de dejecções diarreicas com 3
dias de evolução, sem sangue ou muco, com febre concomitante, máximo 38,3ºC, com intervalos de
8/8h, que cede a antipirético, sem sinais de má perfusão. No primeiro dia de doença apresentou 2
vómitos alimentares, que não tornou a repetir. Existe um contexto familiar de gastroenterite aguda.
Quando questiona sobre os antecedentes pessoais, verifica igualmente que no último ano este
adolescente cresceu 3 cm, e também relativamente ao último peso na mesma altura apresenta uma
perda ponderal de 100g. Previamente a este quadro não refere queixas relevantes, nomeadamente
astenia, anorexia, alterações do trânsito intestinal. Ao exame objetivo não apresenta sinais de
desidratação, está normotenso com pulsos periféricos simétricos e bem palpáveis, e tempo de
reperfusão capilar < 3 segundos, tem mucosas coradas e hidratadas e auscultação cardiopulmonar
sem alterações. O exame abdominal revela ruídos hidroaéreos aumentados, com dor ligeira difusa à
palpação, sem sinais de irritação peritoneal e sem massas ou organomegálias palpáveis. Tem um
estadio de Tanner P2G2. Neste adolescente, o que o deixaria mais preocupado perante esta
informação seria:

A. A perda ponderal verificada de 100g


B. A presença de febre associada a dejecções diarreicas
C. A presença de vómitos alimentares no primeiro dia de doença
D. O crescimento de 3 cm no último ano
E. O estadio de Tanner P2G2
Caso clínico 10
Um rapaz de 14 anos recorre à urgência pediátrica com um quadro de dejecções diarreicas com 3
dias de evolução, sem sangue ou muco, com febre concomitante, máximo 38,3ºC, com intervalos de
8/8h, que cede a antipirético, sem sinais de má perfusão. No primeiro dia de doença apresentou 2
vómitos alimentares, que não tornou a repetir. Existe um contexto familiar de gastroenterite aguda.
Quando questiona sobre os antecedentes pessoais, verifica igualmente que no último ano este
adolescente cresceu 3 cm, e também relativamente ao último peso na mesma altura apresenta uma
perda ponderal de 100g. Previamente a este quadro não refere queixas relevantes, nomeadamente
astenia, anorexia, alterações do trânsito intestinal. Ao exame objetivo não apresenta sinais de
desidratação, está normotenso com pulsos periféricos simétricos e bem palpáveis, e tempo de
reperfusão capilar < 3 segundos, tem mucosas coradas e hidratadas e auscultação cardiopulmonar
sem alterações. O exame abdominal revela ruídos hidroaéreos aumentados, com dor ligeira difusa à
palpação, sem sinais de irritação peritoneal e sem massas ou organomegálias palpáveis. Tem um
estadio de Tanner P2G2. Neste adolescente, o que o deixaria mais preocupado perante esta
informação seria:

A. A perda ponderal verificada de 100g


B. A presença de febre associada a dejecções diarreicas
C. A presença de vómitos alimentares no primeiro dia de doença
D. O crescimento de 3 cm no último ano
E. O estadio de Tanner P2G2
Bloco 2
NEURODESENVOLVIMENTO
E COMPORTAMENTO
Caso clínico 11
Observa em consulta de rotina um lactente de 1 mês e 10 dias, fruto de uma 2ª gestação vigiada,
com infeção urinária a estreptococo do grupo B no 2º trimestre de gestação. Parto a termo com boa
adaptação à vida extrauterina, peso de nascimento 3240g (AIG). Está sob leite materno exclusivo
com aumento ponderal de 22 g/dia.
Não tem antecedentes familiares relevantes.
À observação, constata um estrabismo fixo divergente, sendo que os pais referem ausência de
sorriso social. Tem reflexo de Moro presente e simétrico. Em decúbito ventral eleva a cabeça por
períodos. Quando em decúbito dorsal, ao fazer tração pelas mãos a cabeça fica pendente.
Da informação clínica referida, qual das seguintes situações é motivo de preocupação?

A. Apresentar a cabeça pendente quando efetua a tração pelas mãos


B. Apresentar elevação da cabeça por períodos quando em decúbito ventral
C. Apresentar estrabismo fixo divergente
D. O aumento ponderal de 22 g/dia
E. O reflexo de Moro ainda se encontrar despertável
Caso clínico 11
Observa em consulta de rotina um lactente de 1 mês e 10 dias, fruto de uma 2ª gestação vigiada,
com infeção urinária a estreptococo do grupo B no 2º trimestre de gestação. Parto a termo com boa
adaptação à vida extrauterina, peso de nascimento 3240g (AIG). Está sob leite materno exclusivo
com aumento ponderal de 22 g/dia.
Não tem antecedentes familiares relevantes.
À observação, constata um estrabismo fixo divergente, sendo que os pais referem ausência de
sorriso social. Tem reflexo de Moro presente e simétrico. Em decúbito ventral eleva a cabeça por
períodos. Quando em decúbito dorsal, ao fazer tração pelas mãos a cabeça fica pendente.
Da informação clínica referida, qual das seguintes situações é motivo de preocupação?

A. Apresentar a cabeça pendente quando efetua a tração pelas mãos


B. Apresentar elevação da cabeça por períodos quando em decúbito ventral
C. Apresentar estrabismo fixo divergente
D. O aumento ponderal de 22 g/dia
E. O reflexo de Moro ainda se encontrar despertável
Caso clínico 12
Uma menina de 18 meses é observada por si pela primeira vez em consulta programada de vigilância
de saúde infantil. Não há referência a antecedentes peri ou neonatais relevantes. Apresenta um
crescimento regular, com evolução de peso no P15-50, comprimento no P50-85 e PC no P50. Tem
sido saudável, tendo tido um episódio de bronquiolite com identificação de vírus sincicial respiratório
aos 9 meses de vida, com necessidade de internamento por hipoxemia. Frequenta infantário desde
os 7 meses, tendo tido uma boa adaptação. Relativamente ao desenvolvimento psicomotor, tem
marcha autónoma desde os 13 meses. Não mostra interesse por livros e não segue com o olhar
quando se aponta para um objeto. Vocaliza, mas não diz nenhuma palavra com significado. Não
partilha objetos e não imita o adulto.
Tem um irmão com 4 anos com desenvolvimento psicomotor adequado. O pai teve necessidade de
efetuar terapia da fala por atraso da linguagem, com resolução. Não há outros antecedentes
familiares relevantes.
Perante esta informação clínica, a conduta mais acertada será:

A. Avaliar formalmente o desenvolvimento com WPPSI-R


B. Despistar défice auditivo e visual
C. Recomendar estimulação da área verbal/comunicação e rever aos 24 meses
D. Referenciar para avaliação por terapia da fala
E. Referenciar para consulta de autismo
Caso clínico 12
Uma menina de 18 meses é observada por si pela primeira vez em consulta programada de vigilância
de saúde infantil. Não há referência a antecedentes peri ou neonatais relevantes. Apresenta um
crescimento regular, com evolução de peso no P15-50, comprimento no P50-85 e PC no P50. Tem
sido saudável, tendo tido um episódio de bronquiolite com identificação de vírus sincicial respiratório
aos 9 meses de vida, com necessidade de internamento por hipoxemia. Frequenta infantário desde
os 7 meses, tendo tido uma boa adaptação. Relativamente ao desenvolvimento psicomotor, tem
marcha autónoma desde os 13 meses. Não mostra interesse por livros e não segue com o olhar
quando se aponta para um objeto. Vocaliza, mas não diz nenhuma palavra com significado. Não
partilha objetos e não imita o adulto.
Tem um irmão com 4 anos com desenvolvimento psicomotor adequado. O pai teve necessidade de
efetuar terapia da fala por atraso da linguagem, com resolução. Não há outros antecedentes
familiares relevantes.
Perante esta informação clínica, a conduta mais acertada será:

A. Avaliar formalmente o desenvolvimento com WPPSI-R


B. Despistar défice auditivo e visual
C. Recomendar estimulação da área verbal/comunicação e rever aos 24 meses
D. Referenciar para avaliação por terapia da fala
E. Referenciar para consulta de autismo
Caso clínico 13
Um lactente de 12 meses é avaliado em consulta de rotina pelo seu médico assistente. Trata-se de
um bebé fruto de uma gravidez vigiada, com RCIU diagnosticada no 3º trimestre de gravidez, que
nasce às 36 semanas de cesariana por sofrimento fetal agudo, com Apgar 6/9/10, com necessidade
de reanimação superficial com ventilação de pressão positiva, peso de nascimento 2320g (AIG). Teve
alta em D4, sem outras intercorrências perinatais relevantes. RANU efetuado, sem alterações.
Rasteio endocrinometabólico efetuado em D5 de vida, confirmado sem alterações. Há registo de um
internamento em UICD aos 9 meses de vida durante cerca de 24h por episódio de convulsão febril
em contexto de nasofaringite, sem outras intercorrências relevantes. Crescimento regular no P15-50.
Relativamente ao DPM, permanece de pé apoiado, e baixa-se com ajuda das mãos. Não gatinha,
mas “arrasta-se de rabo”. Vocaliza, mas em linguagem incompreensível, não dizendo nenhuma
palavra reconhecível. Segura na colher, mas não a usa pela sua função. Faz pinça fina e explora
energicamente os objetos.
Qual das seguintes afirmações melhor traduz o DPM deste lactente?

A. Atraso nas áreas da motricidade global, audição e linguagem e comportamento/adaptação social,


com restantes áreas dentro da normalidade
B. Atraso nas áreas da motricidade global e audição e linguagem, com restantes áreas adequadas
C. Atraso na área da motricidade global, com restantes áreas dentro da normalidade
D. Desenvolvimento adequado em todas as áreas
E. Atraso em todas as áreas do desenvolvimento
Caso clínico 13
Um lactente de 12 meses é avaliado em consulta de rotina pelo seu médico assistente. Trata-se de
um bebé fruto de uma gravidez vigiada, com RCIU diagnosticada no 3º trimestre de gravidez, que
nasce às 36 semanas de cesariana por sofrimento fetal agudo, com Apgar 6/9/10, com necessidade
de reanimação superficial com ventilação de pressão positiva, peso de nascimento 2320g (AIG). Teve
alta em D4, sem outras intercorrências perinatais relevantes. RANU efetuado, sem alterações.
Rasteio endocrinometabólico efetuado em D5 de vida, confirmado sem alterações. Há registo de um
internamento em UICD aos 9 meses de vida durante cerca de 24h por episódio de convulsão febril
em contexto de nasofaringite, sem outras intercorrências relevantes. Crescimento regular no P15-50.
Relativamente ao DPM, permanece de pé apoiado, e baixa-se com ajuda das mãos. Não gatinha,
mas “arrasta-se de rabo”. Vocaliza, mas em linguagem incompreensível, não dizendo nenhuma
palavra reconhecível. Segura na colher, mas não a usa pela sua função. Faz pinça fina e explora
energicamente os objetos.
Qual das seguintes afirmações melhor traduz o DPM deste lactente?

A. Atraso nas áreas da motricidade global, audição e linguagem e comportamento/adaptação social,


com restantes áreas dentro da normalidade
B. Atraso nas áreas da motricidade global e audição e linguagem, com restantes áreas adequadas
C. Atraso na área da motricidade global, com restantes áreas dentro da normalidade
D. Desenvolvimento adequado em todas as áreas
E. Atraso em todas as áreas do desenvolvimento
Caso clínico 14
Um lactente de 1 mês e meio é trazido pelos pais ao serviço de urgência pediátrica da área de
residência por queixas de irritabilidade – a mãe refere que nas três horas precedentes tem mantido
choro inconsolável. Trata-se de um lactente fruto de gestação vigiada, referindo a mãe ter feito
medicação ansiolítica em SOS durante a gravidez, por crises de ansiedade. Nasceu de parto
eutócico, com boa adaptação à vida extrauterina, peso de nascimento adequado à idade gestacional,
com alta em D3 com exame objetivo sem alterações. Está sob aleitamento materno exclusivo com
aumento ponderal de 25g/dia nos últimos 15 dias. A mãe refere dejecções e micções mantidas, sem
alterações. Faz ainda referência a episódios de choro persistente, por vezes com mais de 1h de
duração, mais ao final do dia e início da noite. Acalma à mama, mas frequentemente retoma estes
episódios, que mantém durante a madrugada. Ambos os pais referem não dormir desde o
nascimento do lactente, e estão visivelmente cansados. À sua observação, o lactente encontra-se
inicialmente a dormir, rosado e com respiração regular. É facilmente despertável, e quando acordado
sorri ao seu contacto. O exame físico que realiza não mostra nenhuma alteração, e durante um
período de observação de cerca de 1h observa-o a mamar com bons reflexos, e não repete episódios
como o descrito. A atitude mais correta neste contexto será:
A. Despistar infeção urinária
B. Recomendar suplementação com leite de fórmula em todas as mamadas
C. Solicitar ecografia abdominal para despiste de invaginação intestinal
D. Tranquilizar os pais, dar alta da urgência com diagnóstico de cólica do lactente e recomendar
reavaliação em médico assistente
E. Tranquilizar os pais e dar alta da urgência com o diagnóstico de cólica do lactente
Caso clínico 14
Um lactente de 1 mês e meio é trazido pelos pais ao serviço de urgência pediátrica da área de
residência por queixas de irritabilidade – a mãe refere que nas três horas precedentes tem mantido
choro inconsolável. Trata-se de um lactente fruto de gestação vigiada, referindo a mãe ter feito
medicação ansiolítica em SOS durante a gravidez, por crises de ansiedade. Nasceu de parto
eutócico, com boa adaptação à vida extrauterina, peso de nascimento adequado à idade gestacional,
com alta em D3 com exame objetivo sem alterações. Está sob aleitamento materno exclusivo com
aumento ponderal de 25g/dia nos últimos 15 dias. A mãe refere dejecções e micções mantidas, sem
alterações. Faz ainda referência a episódios de choro persistente, por vezes com mais de 1h de
duração, mais ao final do dia e início da noite. Acalma à mama, mas frequentemente retoma estes
episódios, que mantém durante a madrugada. Ambos os pais referem não dormir desde o
nascimento do lactente, e estão visivelmente cansados. À sua observação, o lactente encontra-se
inicialmente a dormir, rosado e com respiração regular. É facilmente despertável, e quando acordado
sorri ao seu contacto. O exame físico que realiza não mostra nenhuma alteração, e durante um
período de observação de cerca de 1h observa-o a mamar com bons reflexos, e não repete episódios
como o descrito. A atitude mais correta neste contexto será:
A. Despistar infeção urinária
B. Recomendar suplementação com leite de fórmula em todas as mamadas
C. Solicitar ecografia abdominal para despiste de invaginação intestinal
D. Tranquilizar os pais, dar alta da urgência com diagnóstico de cólica do lactente e
recomendar reavaliação em médico assistente
E. Tranquilizar os pais e dar alta da urgência com o diagnóstico de cólica do lactente
Caso clínico 15
Menina de 2 anos e meio observada em consulta no seu médico assistente por preocupação dos pais
relativa ao comportamento. Segundo a descrição dos pais, quando contrariada chora
compulsivamente e grita, podendo este comportamento manter-se mais de 10 minutos, sem acalmia.
Frequentemente morde o irmão mais velho durante o episódio. Após acalmar-se, adota o
comportamento habitual. Há referência a agravamento dos episódios a partir dos 2 anos de idade.
Frequenta o infantário desde os 18 meses, onde é descrita como uma menina tranquila, sem
alteração do comportamento. Do ponto de vista do seu desenvolvimento psicomotor, mostra interesse
por livros e vira uma página de cada vez, faz frases com duas palavras, imita tarefas do quotidiano.
Não partilha facilmente objetos e come praticamente sem ajuda. Apresenta um crescimento regular,
tendo como antecedentes patológicos dois episódios de convulsão febril, aos 13 e 15 meses, em
contexto de nasofaringite e gastrenterite aguda, respetivamente. A nível familiar, tem um primo em 2º
grau com perturbação do espetro do autismo.
Qual a justificação mais plausível para o comportamento referido?

A. Atraso do desenvolvimento psicomotor, na área do comportamento/adaptação social


B. Birras
C. Défice auditivo
D. Perturbação do comportamento disruptivo e do controlo dos impulsos
E. Perturbação do espetro do autismo
Caso clínico 15
Menina de 2 anos e meio observada em consulta no seu médico assistente por preocupação dos pais
relativa ao comportamento. Segundo a descrição dos pais, quando contrariada chora
compulsivamente e grita, podendo este comportamento manter-se mais de 10 minutos, sem acalmia.
Frequentemente morde o irmão mais velho durante o episódio. Após acalmar-se, adota o
comportamento habitual. Há referência a agravamento dos episódios a partir dos 2 anos de idade.
Frequenta o infantário desde os 18 meses, onde é descrita como uma menina tranquila, sem
alteração do comportamento. Do ponto de vista do seu desenvolvimento psicomotor, mostra interesse
por livros e vira uma página de cada vez, faz frases com duas palavras, imita tarefas do quotidiano.
Não partilha facilmente objetos e come praticamente sem ajuda. Apresenta um crescimento regular,
tendo como antecedentes patológicos dois episódios de convulsão febril, aos 13 e 15 meses, em
contexto de nasofaringite e gastrenterite aguda, respetivamente. A nível familiar, tem um primo em 2º
grau com perturbação do espetro do autismo.
Qual a justificação mais plausível para o comportamento referido?

A. Atraso do desenvolvimento psicomotor, na área do comportamento/adaptação social


B. Birras
C. Défice auditivo
D. Perturbação do comportamento disruptivo e do controlo dos impulsos
E. Perturbação do espetro do autismo
Bloco 5
NEUROLÓGICO
Caso clínico 16
Uma menina de 19 meses é levada ao serviço de urgência pediátrica por ter apresentado um pico de
febre único de 39,2ºC, cerca de 4 horas antes, sem má perfusão associada, que cedeu a antipirético.
Os pais negam qualquer outra sintomatologia associada, nomeadamente obstrução nasal ou
rinorreia, vómitos, diarreia e alterações cutâneas. Frequenta o infantário, e não tem contexto
epidemiológico conhecido. Referem ser saudável, sem antecedentes pessoais patológicos ou
familiares relevantes. Após efetuar a triagem, encontrava-se a aguardar na sala de espera quando
inicia movimentos tónico clónicos de ambos membros superiores e inferiores, com revulsão ocular e
sialorreia. É rapidamente transportada para a sala de emergência do serviço, onde é recebida por si.
A enfermeira rapidamente coloca a monitorização cardiorrespiratória, e constata uma temperatura
auricular de 40,2ºC. Das alíneas seguintes, qual a que representa a conduta sequencial mais
acertada a seguir?

A. Administrar antipirético retal, colocar acesso endovenoso (ev) e administrar benzodiazepina ev


B. Assegurar via aérea, avaliar respiração e colocar oxigénio suplementar, avaliar circulação, administrar
benzodiazepina retal e antipirético retal
C. Assegurar via aérea, avaliar respiração e colocar oxigénio suplementar, avaliar circulação, colocar acesso ev,
administrar antipirético e benzodiazepina ev e fazer colheitas
D. Assegurar via aérea, avaliar respiração e colocar oxigénio suplementar, avaliar circulação, colocar acesso ev,
fazer colheitas, administrar antipirético e benzodiazepina ev e administrar antibioterapia empírica
E. Colocar acesso ev, pedir colheitas para gasometria, glicémia e painel metabólico base, administrar antipirético
e benzodiazepina retal
Caso clínico 16
Uma menina de 19 meses é levada ao serviço de urgência pediátrica por ter apresentado um pico de
febre único de 39,2ºC, cerca de 4 horas antes, sem má perfusão associada, que cedeu a antipirético.
Os pais negam qualquer outra sintomatologia associada, nomeadamente obstrução nasal ou
rinorreia, vómitos, diarreia e alterações cutâneas. Frequenta o infantário, e não tem contexto
epidemiológico conhecido. Referem ser saudável, sem antecedentes pessoais patológicos ou
familiares relevantes. Após efetuar a triagem, encontrava-se a aguardar na sala de espera quando
inicia movimentos tónico clónicos de ambos membros superiores e inferiores, com revulsão ocular e
sialorreia. É rapidamente transportada para a sala de emergência do serviço, onde é recebida por si.
A enfermeira rapidamente coloca a monitorização cardiorrespiratória, e constata uma temperatura
auricular de 40,2ºC. Das alíneas seguintes, qual a que representa a conduta sequencial mais
acertada a seguir?

A. Administrar antipirético retal, colocar acesso endovenoso (ev) e administrar benzodiazepina ev


B. Assegurar via aérea, avaliar respiração e colocar oxigénio suplementar, avaliar circulação, administrar
benzodiazepina retal e antipirético retal
C. Assegurar via aérea, avaliar respiração e colocar oxigénio suplementar, avaliar circulação, colocar acesso ev,
administrar antipirético e benzodiazepina ev e fazer colheitas
D. Assegurar via aérea, avaliar respiração e colocar oxigénio suplementar, avaliar circulação, colocar acesso ev,
fazer colheitas, administrar antipirético e benzodiazepina ev e administrar antibioterapia empírica
E. Colocar acesso ev, pedir colheitas para gasometria, glicémia e painel metabólico base, administrar antipirético
e benzodiazepina retal
Caso clínico 17
Após instituição das medidas adequadas à situação, a convulsão cede com um total de 8 minutos de
duração. Ao completar a história clínica junto dos pais, confirma que não há antecedentes de
episódios semelhantes prévios. A criança tem sido seguida regularmente em pediatra assistente,
apresentando um desenvolvimento psicomotor adequado à idade. O exame objetivo que efetua
imediatamente após a cedência da convulsão revela uma criança sonolenta, embora reativa a
estímulos/despertável. Está normotensa, com SpO2 100%, pulsos radiais simétricos e cheios. TRC <
2 segundos, sem alterações cutâneas visíveis. Não apresenta rigidez da nuca. As pupilas estão
ligeiramente mióticas, centradas, respondendo simetricamente à luz. Não encontra ao exame objetivo
foco aparente para a febre.
Perante esta informação, a conduta que considera mais adequada é:

A. Dar alta do serviço de urgência com o diagnóstico mais provável de convulsão febril
B. Internar para observação e vigilância na unidade de internamento de curta duração
C. Questionar os pais sobre possível intoxicação medicamentosa e pedir pesquisa de tóxicos na
urina
D. Solicitar TC-CE
E. Realizar uma punção lombar e iniciar antibioterapia empírica
Caso clínico 17
Após instituição das medidas adequadas à situação, a convulsão cede com um total de 8 minutos de
duração. Ao completar a história clínica junto dos pais, confirma que não há antecedentes de
episódios semelhantes prévios. A criança tem sido seguida regularmente em pediatra assistente,
apresentando um desenvolvimento psicomotor adequado à idade. O exame objetivo que efetua
imediatamente após a cedência da convulsão revela uma criança sonolenta, embora reativa a
estímulos/despertável. Está normotensa, com SpO2 100%, pulsos radiais simétricos e cheios. TRC <
2 segundos, sem alterações cutâneas visíveis. Não apresenta rigidez da nuca. As pupilas estão
ligeiramente mióticas, centradas, respondendo simetricamente à luz. Não encontra ao exame objetivo
foco aparente para a febre.
Perante esta informação, a conduta que considera mais adequada é:

A. Dar alta do serviço de urgência com o diagnóstico mais provável de convulsão febril
B. Internar para observação e vigilância na unidade de internamento de curta duração
C. Questionar os pais sobre possível intoxicação medicamentosa e pedir pesquisa de tóxicos na
urina
D. Solicitar TC-CE
E. Realizar uma punção lombar e iniciar antibioterapia empírica
Caso clínico 18
Um lactente de 7 meses é trazido ao serviço de urgência pediátrica por movimentos dos membros
superiores e inferiores. Segundo a descrição dos pais, desde há cerca de uma semana apresenta
movimentos conjugados em flexão dos membros superiores e inferiores, por vezes com contração
cervical associada, várias vezes por dia. Os pais notam mais estes episódios ao acordar/adormecer,
embora possam ocorrer noutras situações. Não referem qualquer relação com a alimentação. Não
tem contexto infecioso ou febre associada. Os antecedentes pré-natais e neonatais são irrelevantes,
e tem crescido regularmente no P15-50. Os pais fazem ainda referência que previamente a este
quadro o bebé permanecia sentado sem apoio durante alguns minutos, com bom controlo cefálico em
decúbito ventral. Ao exame objetivo, é um lactente com sinais vitais estáveis, rosado e hidratado, que
sorri ao seu contacto. Sentado apresenta uma hipotonia axial, não permanecendo sem apoio, nem
exibindo reflexos de proteção lateral. Em decúbito ventral não tem controlo da cabeça.
Perante esta informação clínica, o diagnóstico mais provável a considerar será:

A. Cólicas do lactente
B. Epilepsia benigna da infância
C. Mioclonias do sono
D. Refluxo gastro-esofágico
E. Síndrome de West
Caso clínico 18
Um lactente de 7 meses é trazido ao serviço de urgência pediátrica por movimentos dos membros
superiores e inferiores. Segundo a descrição dos pais, desde há cerca de uma semana apresenta
movimentos conjugados em flexão dos membros superiores e inferiores, por vezes com contração
cervical associada, várias vezes por dia. Os pais notam mais estes episódios ao acordar/adormecer,
embora possam ocorrer noutras situações. Não referem qualquer relação com a alimentação. Não
tem contexto infecioso ou febre associada. Os antecedentes pré-natais e neonatais são irrelevantes,
e tem crescido regularmente no P15-50. Os pais fazem ainda referência que previamente a este
quadro o bebé permanecia sentado sem apoio durante alguns minutos, com bom controlo cefálico em
decúbito ventral. Ao exame objetivo, é um lactente com sinais vitais estáveis, rosado e hidratado, que
sorri ao seu contacto. Sentado apresenta uma hipotonia axial, não permanecendo sem apoio, nem
exibindo reflexos de proteção lateral. Em decúbito ventral não tem controlo da cabeça.
Perante esta informação clínica, o diagnóstico mais provável a considerar será:

A. Cólicas do lactente
B. Epilepsia benigna da infância
C. Mioclonias do sono
D. Refluxo gastro-esofágico
E. Síndrome de West
Caso clínico 19
Uma menina de 7 anos é trazida pelos pais a uma consulta no seu pediatra assistente por queixas
relativas a dificuldades de aprendizagem. Frequenta atualmente o 2º ano de escolaridade, e segundo
informação da professora parece não prestar atenção/ouvir quando interpelada, tendo ultimamente
dificuldade em completar as tarefas escolares. Terminou o 2º período com insuficiente a português e
matemática, e suficiente a estudo do meio. No 1º ano de escolaridade não havia registo de
dificuldades, tendo terminado o ano letivo com bom em todas as áreas. É descrita como uma menina
calma, com bom relacionamento com os pares e com o adulto. Do ponto de vista de antecedentes
pessoais, efetuou recentemente despiste de défice auditivo e visual, sem alterações. Tem um
crescimento regular. A nível de antecedentes familiares, o pai apresenta uma perturbação específica
de aprendizagem com défice na leitura e escrita. O exame objetivo que realiza no consultório não
mostra alterações.
Perante esta situação, a conduta mais correta é:

A. Descartar patologia neurológica que possa condicionar a sintomatologia


B. Iniciar terapêutica com metilfenidato
C. Recomendar despiste de perturbação específica de aprendizagem
D. Recomendar intervenção cognitivo-comportamental para aumento do tempo de atenção
E. Tranquilizar os pais e recomendar a instituição de apoio a nível escolar
Caso clínico 19
Uma menina de 7 anos é trazida pelos pais a uma consulta no seu pediatra assistente por queixas
relativas a dificuldades de aprendizagem. Frequenta atualmente o 2º ano de escolaridade, e segundo
informação da professora parece não prestar atenção/ouvir quando interpelada, tendo ultimamente
dificuldade em completar as tarefas escolares. Terminou o 2º período com insuficiente a português e
matemática, e suficiente a estudo do meio. No 1º ano de escolaridade não havia registo de
dificuldades, tendo terminado o ano letivo com bom em todas as áreas. É descrita como uma menina
calma, com bom relacionamento com os pares e com o adulto. Do ponto de vista de antecedentes
pessoais, efetuou recentemente despiste de défice auditivo e visual, sem alterações. Tem um
crescimento regular. A nível de antecedentes familiares, o pai apresenta uma perturbação específica
de aprendizagem com défice na leitura e escrita. O exame objetivo que realiza no consultório não
mostra alterações.
Perante esta situação, a conduta mais correta é:

A. Descartar patologia neurológica que possa condicionar a sintomatologia


B. Iniciar terapêutica com metilfenidato
C. Recomendar despiste de perturbação específica de aprendizagem
D. Recomendar intervenção cognitivo-comportamental para aumento do tempo de atenção
E. Tranquilizar os pais e recomendar a instituição de apoio a nível escolar
Bloco 3
NEFROLÓGICO
Caso clínico 20
Uma menina de 5 anos é levada pelos pais ao serviço de urgência pediátrica da área de residência por
queixas de cansaço, edema periorbitário e anorexia, com cerca de 3 dias de evolução. A mãe faz
referência a quadro compatível com nasofaringite febril cerca de uma semana antes. Na altura fez
tratamento sintomático com paracetamol, com resolução do quadro. Tem sido uma criança saudável, sem
antecedentes patológicos pessoais relevantes. O pai tem DM1, sem outros antecedentes familiares
relevantes. À sua observação, a menina apresenta um estado geral mantido, com edema periorbitário e
pré-tibial. A avaliação da TA revela 112 (P90-95)/62 (<P90) mmHg. Está apirética, sinais vitais estáveis e
dentro dos intervalos adequados. A urina é clara, sem hematúria macroscópica. Efetua uma tira teste, que
revela proteinúria 4+ e hematúria 2+. Solicita de seguida uma avaliação laboratorial.
Pensando num diagnóstico mais provável de síndrome nefrótico – doença de lesões mínimas, qual das
seguintes afirmações melhor traduz o que esperaria encontrar na avaliação laboratorial?

A. Ureia, creatinina e ionograma normais, hipoalbuminémia e diminuição das proteínas totais, C3 e C4


diminuídos
B. Ureia, creatinina e ionograma normais, albumina e proteínas totais normais, C3 e C4 diminuídos
C. Ureia e creatinina aumentadas, hipercaliémia, hipoalbuminémia e diminuição das proteínas totais, C3 e
C4 diminuídos
D. Ureia, creatinina e ionograma normais, hipoalbuminémia e diminuição das proteínas totais, C3 e C4
normais
E. Ureia e creatinina normais, hipercaliémia, hipoalbuminémia e diminuição das proteínas totais, C3 e C4
normais
Caso clínico 20
Uma menina de 5 anos é levada pelos pais ao serviço de urgência pediátrica da área de residência por
queixas de cansaço, edema periorbitário e anorexia, com cerca de 3 dias de evolução. A mãe faz
referência a quadro compatível com nasofaringite febril cerca de uma semana antes. Na altura fez
tratamento sintomático com paracetamol, com resolução do quadro. Tem sido uma criança saudável, sem
antecedentes patológicos pessoais relevantes. O pai tem DM1, sem outros antecedentes familiares
relevantes. À sua observação, a menina apresenta um estado geral mantido, com edema periorbitário e
pré-tibial. A avaliação da TA revela 112 (P90-95)/62 (<P90) mmHg. Está apirética, sinais vitais estáveis e
dentro dos intervalos adequados. A urina é clara, sem hematúria macroscópica. Efetua uma tira teste, que
revela proteinúria 4+ e hematúria 2+. Solicita de seguida uma avaliação laboratorial.
Pensando num diagnóstico mais provável de síndrome nefrótico – doença de lesões mínimas, qual das
seguintes afirmações melhor traduz o que esperaria encontrar na avaliação laboratorial?

A. Ureia, creatinina e ionograma normais, hipoalbuminémia e diminuição das proteínas totais, C3 e C4


diminuídos
B. Ureia, creatinina e ionograma normais, albumina e proteínas totais normais, C3 e C4 diminuídos
C. Ureia e creatinina aumentadas, hipercaliémia, hipoalbuminémia e diminuição das proteínas totais, C3 e
C4 diminuídos
D. Ureia, creatinina e ionograma normais, hipoalbuminémia e diminuição das proteínas totais, C3 e
C4 normais
E. Ureia e creatinina normais, hipercaliémia, hipoalbuminémia e diminuição das proteínas totais, C3 e C4
normais
Caso clínico 21
A avaliação laboratorial da criança referida no ponto anterior é compatível com um diagnóstico de
síndrome nefrótico, doença de lesões mínimas. Decide interna-la, para vigilância e terapêutica
dirigida.
Qual das seguintes alíneas melhor descreve a tabela terapêutica que instituiria nesta menina?

A. Vigilância dos sinais vitais, tira teste diária, dieta com restrição de sal, prednisolona 60 mg/m2/dia
B. Vigilância dos sinais vitais, tira teste diária, restrição de líquidos, prednisolona 60 mg/m2/dia
C. Vigilância dos sinais vitais, tira teste diária, dieta com restrição de sal, prednisolona 40 mg/m2/dia
D. Vigilância dos sinais vitais, tira teste diária, restrição de líquidos, prednisolona 40 mg/m2/dia
E. Vigilância dos sinais vitais, tira teste diária, restrição de líquidos, perfusão de albumina a 25%,
prednisolona 40 mg/Kg/dia
Caso clínico 21
A avaliação laboratorial da criança referida no ponto anterior é compatível com um diagnóstico de
síndrome nefrótico, doença de lesões mínimas. Decide interna-la, para vigilância e terapêutica
dirigida.
Qual das seguintes alíneas melhor descreve a tabela terapêutica que instituiria nesta menina?

A. Vigilância dos sinais vitais, tira teste diária, dieta com restrição de sal, prednisolona 60
mg/m2/dia
B. Vigilância dos sinais vitais, tira teste diária, restrição de líquidos, prednisolona 60 mg/m2/dia
C. Vigilância dos sinais vitais, tira teste diária, dieta com restrição de sal, prednisolona 40 mg/m2/dia
D. Vigilância dos sinais vitais, tira teste diária, restrição de líquidos, prednisolona 40 mg/m2/dia
E. Vigilância dos sinais vitais, tira teste diária, restrição de líquidos, perfusão de albumina a 25%,
prednisolona 40 mg/Kg/dia
Caso clínico 22
A mesma criança apresenta durante o internamento uma evolução favorável, ficando sem proteinúria
na tira teste após 5 dias de prednisolona na dose preconizada, normotensa, sem edema ou outras
alterações ao exame objetivo. Tem alta em D6 de internamento, e programa o seu seguimento em
consulta. Passadas 6 semanas de tratamento, inicia desmame na dose de prednisolona de 40 mg/m2
em dias alternados e 3 dias após o início deste desmame a criança volta a ter proteinúria 4+, durante
4 dias, em contexto de nasofaringite aguda.
Qual das seguintes alíneas é a mais acertada perante esta situação?

A. A recidiva descarta a hipótese de se tratar de uma doença de lesões mínimas, estando


recomendada a realização de biópsia renal
B. Esta situação é compatível com uma recidiva, estando indicado iniciar tratamento com
imunossupressores como a ciclosporina, tacrólimus ou micofenolato de mofetil
C. Esta situação é compatível com uma recidiva, estando preconizada a realização de biópsia renal
D. Esta situação é compatível com um quadro de síndrome nefrótico corticorresistente
E. Trata-se de uma recidiva do síndrome nefrótico, estando indicado retomar o tratamento com a
dose de prednisolona efetuada previamente ao início do desmame
Caso clínico 22
A mesma criança apresenta durante o internamento uma evolução favorável, ficando sem proteinúria
na tira teste após 5 dias de prednisolona na dose preconizada, normotensa, sem edema ou outras
alterações ao exame objetivo. Tem alta em D6 de internamento, e programa o seu seguimento em
consulta. Passadas 6 semanas de tratamento, inicia desmame na dose de prednisolona de 40 mg/m2
em dias alternados e 3 dias após o início deste desmame a criança volta a ter proteinúria 4+, durante
4 dias, em contexto de nasofaringite aguda.
Qual das seguintes alíneas é a mais acertada perante esta situação?

A. A recidiva descarta a hipótese de se tratar de uma doença de lesões mínimas, estando


recomendada a realização de biópsia renal
B. Esta situação é compatível com uma recidiva, estando indicado iniciar tratamento com
imunossupressores como a ciclosporina, tacrólimus ou micofenolato de mofetil
C. Esta situação é compatível com uma recidiva, estando preconizada a realização de biópsia renal
D. Esta situação é compatível com um quadro de síndrome nefrótico corticorresistente
E. Trata-se de uma recidiva do síndrome nefrótico, estando indicado retomar o tratamento
com a dose de prednisolona efetuada previamente ao início do desmame
Caso clínico 23
Um menino de 3 anos é levado ao serviço de urgência pediátrica por “alterações” da urina. A mãe
refere que desde o dia anterior, a urina apresenta uma tonalidade acastanhada, sendo que a criança
não se queixa de dor ou desconforto ao urinar.
Ao exame objetivo é uma criança que apresenta um bom estado geral, está ativa, com pele e
mucosas coradas e hidratadas, com edema ligeiro periorbitário. A avaliação da TA revela valores de
106 (>P95)/56 (<P90)mmHg, a urina tem coloração acastanhada, com tira teste com hematúria 4+,
proteinúria 2+, sem leucócitos ou nitritos. A sumária de urina mostra cilindros eritrocitários.
Laboratorialmente, apresenta ureia e creatinina normais, com ionograma sem alterações. O C3
encontra-se diminuído. Solicita ainda a determinação do TASO e realiza a pesquisa de Ag para
estreptococo do grupo A na orofaringe, que se encontram ainda pendentes.
Qual das seguintes informações seria mais provável encontrar para completar corretamente a história
clínica ao questionar a mãe?

A. História familiar de lúpus eritematoso sistémico


B. História pessoal concomitante de amigdalite aguda eritemato-pultácea
C. História pessoal de infeção cutânea/impetigo no mês anterior
D. História pessoal de quadro de nasofaringite 3 dias previamente ao início do quadro
E. História pessoal de um diagnóstico púrpura de Henoch-Schonlein nos 2 meses anteriores
Caso clínico 23
Um menino de 3 anos é levado ao serviço de urgência pediátrica por “alterações” da urina. A mãe
refere que desde o dia anterior, a urina apresenta uma tonalidade acastanhada, sendo que a criança
não se queixa de dor ou desconforto ao urinar.
Ao exame objetivo é uma criança que apresenta um bom estado geral, está ativa, com pele e
mucosas coradas e hidratadas, com edema ligeiro periorbitário. A avaliação da TA revela valores de
106 (>P95)/56 (<P90)mmHg, a urina tem coloração acastanhada, com tira teste com hematúria 4+,
proteinúria 2+, sem leucócitos ou nitritos. A sumária de urina mostra cilindros eritrocitários.
Laboratorialmente, apresenta ureia e creatinina normais, com ionograma sem alterações. O C3
encontra-se diminuído. Solicita ainda a determinação do TASO e realiza a pesquisa de Ag para
estreptococo do grupo A na orofaringe, que se encontram ainda pendentes.
Qual das seguintes informações seria mais provável encontrar para completar corretamente a história
clínica ao questionar a mãe?

A. História familiar de lúpus eritematoso sistémico


B. História pessoal concomitante de amigdalite aguda eritemato-pultácea
C. História pessoal de infeção cutânea/impetigo no mês anterior
D. História pessoal de quadro de nasofaringite 3 dias previamente ao início do quadro
E. História pessoal de um diagnóstico púrpura de Henoch-Schonlein nos 2 meses anteriores
Caso clínico 24
Após resolução do quadro agudo de síndrome nefrítico, mantém seguimento desta criança em
consulta de pediatria.
Relativamente ao prognóstico desta situação, qual das afirmações seguintes é a mais acertada?

A. A persistência de hematúria macroscópica mais de 3 semanas é frequente, e não constituí um


pior prognóstico
B. A persistência de hematúria microscópica durante anos não constituiu um fator de pior
prognóstico
C. É frequente a persistência de HTA até um ano após o quadro inicial
D. É habitual a evolução para insuficiência renal
E. É habitual a persistência de proteinúria significativa até um ano após o quadro inicial
Caso clínico 24
Após resolução do quadro agudo de síndrome nefrítico, mantém seguimento desta criança em
consulta de pediatria.
Relativamente ao prognóstico desta situação, qual das afirmações seguintes é a mais acertada?

A. A persistência de hematúria macroscópica mais de 3 semanas é frequente, e não constituí um


pior prognóstico
B. A persistência de hematúria microscópica durante anos não constituiu um fator de pior
prognóstico
C. É frequente a persistência de HTA até um ano após o quadro inicial
D. É habitual a evolução para insuficiência renal
E. É habitual a persistência de proteinúria significativa até um ano após o quadro inicial
Bloco 4
DIGESTIVO
Caso clínico 25
Uma lactente de 1 mês e 17 dias é avaliada em consulta de rotina no seu pediatra assistente. É fruto
de uma 3ª gestação, vigiada, sem intercorrências, com parto às 38 semanas, eutócico, peso de
nascimento 3225g (AIG) e Apgar 9/10/10. Teve alta em D3 de vida, com exame objetivo normal. Está
sob aleitamento materno exclusivo, com aumento ponderal de 32 g/dia, mamando regularmente com
intervalos de cerca de 3 horas. Tem mições e dejeções mantidas, de características normais.
Apresenta alguns episódios de choro/irritabilidade ao final do dia, com flexão das pernas sobre o
abdómen e rubor facial associado, que acalmam à mama. A mãe mostra alguma preocupação
principalmente com o facto de a lactente bolçar não só após as mamadas, mas também no intervalo
entre as mesmas, por vezes em grande quantidade. Tenta coloca-la a arrotar após as mamadas, mas
raramente consegue.
Nesta situação, qual a conduta mais adequada a seguir?

A. Alterar o aleitamento para leite de fórmula anti-refluxo


B. Despistar infeção urinária
C. Recomendar deitar a lactente em decúbito lateral esquerdo após as mamadas
D. Tranquilizar os pais e explicar a evolução natural do refluxo gastro-esofágico
E. Recomendar retirar leite materno com bomba e usar espessante
Caso clínico 25
Uma lactente de 1 mês e 17 dias é avaliada em consulta de rotina no seu pediatra assistente. É fruto
de uma 3ª gestação, vigiada, sem intercorrências, com parto às 38 semanas, eutócico, peso de
nascimento 3225g (AIG) e Apgar 9/10/10. Teve alta em D3 de vida, com exame objetivo normal. Está
sob aleitamento materno exclusivo, com aumento ponderal de 32 g/dia, mamando regularmente com
intervalos de cerca de 3 horas. Tem mições e dejeções mantidas, de características normais.
Apresenta alguns episódios de choro/irritabilidade ao final do dia, com flexão das pernas sobre o
abdómen e rubor facial associado, que acalmam à mama. A mãe mostra alguma preocupação
principalmente com o facto de a lactente bolçar não só após as mamadas, mas também no intervalo
entre as mesmas, por vezes em grande quantidade. Tenta coloca-la a arrotar após as mamadas, mas
raramente consegue.
Nesta situação, qual a conduta mais adequada a seguir?

A. Alterar o aleitamento para leite de fórmula anti-refluxo


B. Despistar infeção urinária
C. Recomendar deitar a lactente em decúbito lateral esquerdo após as mamadas
D. Tranquilizar os pais e explicar a evolução natural do refluxo gastro-esofágico
E. Recomendar retirar leite materno com bomba e usar espessante
Caso clínico 26
Um lactente de 3 meses e uma semana é trazido à urgência pediátrica por dificuldade na
alimentação/recusa alimentar parcial. Trata-se de um lactente sem antecedentes pré-natais ou
neonatais relevantes, que esteve sob aleitamento materno exclusivo durante o primeiro mês de vida,
introduzindo leite de fórmula à base de proteínas de leite de vaca a partir do 2º mês, por hipogalactia
materna, e atualmente encontra-se apenas com leite de fórmula. As dejecções estão mantidas, de
características normais. Segundo a informação da mãe, na última semana o lactente inicia o
aleitamento com apetite, mas poucos minutos depois começa a chorar, larga a tetina, e recusa o
restante biberão. Refere ainda sempre se ter tratado de um lactente bolçador, embora nos últimos
dias com menos episódios. Não tem contexto infecioso associado. Ao exame objetivo é um lactente
sem sinais de desidratação, rosado, sem alterações relevantes. O peso que apresenta na urgência
revela uma progressão ponderal na última semana de 10g/dia.
Perante esta informação clínica, o diagnóstico mais provável será:

A. Alergia às proteínas do leite de vaca


B. Cólicas do lactente
C. Doença de refluxo gastro-esofágico
D. Estenose pilórica
E. Refluxo gastro-esofágico
Caso clínico 26
Um lactente de 3 meses e uma semana é trazido à urgência pediátrica por dificuldade na
alimentação/recusa alimentar parcial. Trata-se de um lactente sem antecedentes pré-natais ou
neonatais relevantes, que esteve sob aleitamento materno exclusivo durante o primeiro mês de vida,
introduzindo leite de fórmula à base de proteínas de leite de vaca a partir do 2º mês, por hipogalactia
materna, e atualmente encontra-se apenas com leite de fórmula. As dejecções estão mantidas, de
características normais. Segundo a informação da mãe, na última semana o lactente inicia o
aleitamento com apetite, mas poucos minutos depois começa a chorar, larga a tetina, e recusa o
restante biberão. Refere ainda sempre se ter tratado de um lactente bolçador, embora nos últimos
dias com menos episódios. Não tem contexto infecioso associado. Ao exame objetivo é um lactente
sem sinais de desidratação, rosado, sem alterações relevantes. O peso que apresenta na urgência
revela uma progressão ponderal na última semana de 10g/dia.
Perante esta informação clínica, o diagnóstico mais provável será:

A. Alergia às proteínas do leite de vaca


B. Cólicas do lactente
C. Doença de refluxo gastro-esofágico
D. Estenose pilórica
E. Refluxo gastro-esofágico
Caso clínico 27
Um recém-nascido, do sexo masculino, de 21 dias é trazido ao serviço de urgência pediátrica da sua área
de residência por vómitos e hiporreatividade. Não tem antecedentes pré-natais ou perinatais relevantes, e
tem estado sob aleitamento materno exclusivo com aumento ponderal diário médio de 28g. A mãe refere
que desde há 3 dias iniciou vómitos em jacto, abundantes, inicialmente intermitentes após as mamadas, e
desde o dia anterior após todas as mamadas. Nas 8 horas prévias à observação não tinha tido micção ou
dejeção. Não foi constatada febre e não tem contexto de doença epidemiológica conhecida. Ao exame
objetivo constata tratar-se de um RN hipotónico, com pulsos radiais difíceis de palpar, embora os pulsos
femorais fossem bem palpáveis, simétricos. Rapidamente realiza a avaliação ABC e coloca acesso
endovenoso, efetuando colheitas e reanimação com fluidos ev.
Cerca de 30 minutos depois, tem acesso aos dados laboratoriais do RN. Qual das hipóteses seguintes
encontrará com maior probabilidade?

A. Gasimetria: pH 7,30, pCO2 58mmHg, HCO3 27 mEq/L; Ionograma: Na+ 139 mEq/L, K+ 5.2 mEq/L, Cl 102
mEq/L
B. Gasimetria: pH 7,32, pCO2 25mmHg, HCO3 18 mEq/L; Ionograma: Na+ 132 mEq/L, K+ 5.3 mEq/L, Cl 110
mEq/L
C. Gasimetria: pH 7,37, pCO2 38mmHg, HCO3 24 mEq/L; Ionograma: Na+ 138 mEq/L, K+ 4.3 mEq/L, Cl 115
mEq/L
D. Gasimetria: pH 7,48, pCO2 20mmHg, HCO3 19 mEq/L; Ionograma: Na+ 137 mEq/L, K+ 3.0 mEq/L, Cl 92
mEq/L
E. Gasimetria: pH 7,50, pCO2 55mmHg, HCO3 29 mEq/L; Ionograma: Na+ 134 mEq/L, K+ 2.9 mEq/L, Cl 82
mEq/L
Caso clínico 27
Um recém-nascido, do sexo masculino, de 21 dias é trazido ao serviço de urgência pediátrica da sua área
de residência por vómitos e hiporreatividade. Não tem antecedentes pré-natais ou perinatais relevantes, e
tem estado sob aleitamento materno exclusivo com aumento ponderal diário médio de 28g. A mãe refere
que desde há 3 dias iniciou vómitos em jacto, abundantes, inicialmente intermitentes após as mamadas, e
desde o dia anterior após todas as mamadas. Nas 8 horas prévias à observação não tinha tido micção ou
dejeção. Não foi constatada febre e não tem contexto de doença epidemiológica conhecida. Ao exame
objetivo constata tratar-se de um RN hipotónico, com pulsos radiais difíceis de palpar, embora os pulsos
femorais fossem bem palpáveis, simétricos. Rapidamente realiza a avaliação ABC e coloca acesso
endovenoso, efetuando colheitas e reanimação com fluidos ev.
Cerca de 30 minutos depois, tem acesso aos dados laboratoriais do RN. Qual das hipóteses seguintes
encontrará com maior probabilidade?

A. Gasimetria: pH 7,30, pCO2 58mmHg, HCO3 27 mEq/L; Ionograma: Na+ 139 mEq/L, K+ 5.2 mEq/L, Cl 102
mEq/L
B. Gasimetria: pH 7,32, pCO2 25mmHg, HCO3 18 mEq/L; Ionograma: Na+ 132 mEq/L, K+ 5.3 mEq/L, Cl 110
mEq/L
C. Gasimetria: pH 7,37, pCO2 38mmHg, HCO3 24 mEq/L; Ionograma: Na+ 138 mEq/L, K+ 4.3 mEq/L, Cl 115
mEq/L
D. Gasimetria: pH 7,48, pCO2 20mmHg, HCO3 19 mEq/L; Ionograma: Na+ 137 mEq/L, K+ 3.0 mEq/L, Cl 92
mEq/L
E. Gasimetria: pH 7,50, pCO2 55mmHg, HCO3 29 mEq/L; Ionograma: Na+ 134 mEq/L, K+ 2.9 mEq/L, Cl 82
mEq/L
Bloco 6
ADOLESCÊNCIA
Caso clínico 28
Uma adolescente de 15 anos é trazida à consulta pela mãe por preocupação relativamente à
alimentação. A mãe refere que desde há cerca de 6 meses, após colocação de aparelho ortodôntico,
a adolescente teve dificuldade em alimentar-se, e posteriormente tem mantido preocupação relativa à
alimentação, com redução marcada da ingesta. Procura evitar as refeições em família, e tem
mostrado um interesse excessivo pela atividade física, sendo que a mãe já a surpreendeu no quarto
a fazer abdominais. Há registo de ter tido a menarca aos 12 anos, e quando questionada, refere
amenorreia há 4 meses. Refere não estar preocupada com o peso, e considera estar bem. No último
registo da consulta de rotina, há 8 meses, tinha IMC 20,2 Kg/m2 (P50). Ao exame objetivo, é uma
adolescente emagrecida, com pele seca, mucosas coradas e hidratadas. Apresenta TA 92/58mmHg,
com pulsos radiais palpáveis e simétricos. O IMC atual é 16,9 Kg/m2 (P3-15).Tem lanugo disperso, e
apresenta acrocianose.
Qual das afirmações seguintes é a mais correta?

A. A amenorreia desta adolescente é primária, e resolve com a recuperação ponderal


B. Ao exame objetivo seria provável encontrar taquicardia
C. Nesta situação é frequente a necessidade de tratamento antidepressivo
D. Os dados fornecidos são suficientes para determinar a necessidade de internamento
E. São fatores de risco para esta situação o excesso de peso ou obesidade prévias
Caso clínico 28
Uma adolescente de 15 anos é trazida à consulta pela mãe por preocupação relativamente à
alimentação. A mãe refere que desde há cerca de 6 meses, após colocação de aparelho ortodôntico,
a adolescente teve dificuldade em alimentar-se, e posteriormente tem mantido preocupação relativa à
alimentação, com redução marcada da ingesta. Procura evitar as refeições em família, e tem
mostrado um interesse excessivo pela atividade física, sendo que a mãe já a surpreendeu no quarto
a fazer abdominais. Há registo de ter tido a menarca aos 12 anos, e quando questionada, refere
amenorreia há 4 meses. Refere não estar preocupada com o peso, e considera estar bem. No último
registo da consulta de rotina, há 8 meses, tinha IMC 20,2 Kg/m2 (P50). Ao exame objetivo, é uma
adolescente emagrecida, com pele seca, mucosas coradas e hidratadas. Apresenta TA 92/58mmHg,
com pulsos radiais palpáveis e simétricos. O IMC atual é 16,9 Kg/m2 (P3-15).Tem lanugo disperso, e
apresenta acrocianose.
Qual das afirmações seguintes é a mais correta?

A. A amenorreia desta adolescente é primária, e resolve com a recuperação ponderal


B. Ao exame objetivo seria provável encontrar taquicardia
C. Nesta situação é frequente a necessidade de tratamento antidepressivo
D. Os dados fornecidos são suficientes para determinar a necessidade de internamento
E. São fatores de risco para esta situação o excesso de peso ou obesidade prévias
Caso clínico 29
Uma adolescente de 15 anos procura o seu médico assistente por amenorreia primária. Tanto a
jovem como a mãe encontram-se preocupadas, pois todas as amigas da adolescente já são
menstruadas, e ela não. Trata-se de uma adolescente previamente saudável, sem queixas, que tem
apresentado um crescimento regular com peso no P50, estatura no P85 e IMC P15-50. Ao fazer a
cronologia da puberdade, verifica que a telarca ocorreu há cerca de 2 anos, e a pubarca há
sensivelmente 1 ano e meio. A mãe teve menarca aos 13 anos, com restante história ginecológica
irrelevante, e desconhece a história pubertária do lado paterno. Ao exame objetivo é uma jovem
simpática, sem dismorfismos, sem sinais de hiperandroginismo, com pele e mucosas coradas e
hidratadas, IMC no P15-50, normotensa, com estadio de Tanner M3P3. A inspeção dos genitais
externos é normal. O restante exame não mostra alterações relevantes.
Perante estes dados clínicos, a conduta subsequente mais adequada será:

A. Pedir cariótipo e idade óssea


B. Pedir ecografia pélvica
C. Referenciar para consulta de endocrinologia
D. Solicitar avaliação laboratorial com despiste de doença celíaca e avaliação da função tiroideia
E. Tranquilizar a adolescente e a mãe e explicar a evolução normal da puberdade
Caso clínico 29
Uma adolescente de 15 anos procura o seu médico assistente por ausência de menarca. Tanto a
jovem como a mãe encontram-se preocupadas, pois todas as amigas da adolescente já são
menstruadas, e ela não. Trata-se de uma adolescente previamente saudável, sem queixas, que tem
apresentado um crescimento regular com peso no P50, estatura no P85 e IMC P15-50. Ao fazer a
cronologia da puberdade, verifica que a telarca ocorreu há cerca de 2 anos, e a pubarca há
sensivelmente 1 ano e meio. A mãe teve menarca aos 13 anos, com restante história ginecológica
irrelevante, e desconhece a história pubertária do lado paterno. Ao exame objetivo é uma jovem
simpática, sem dismorfismos, sem sinais de hiperandroginismo, com pele e mucosas coradas e
hidratadas, IMC no P15-50, normotensa, com estadio de Tanner M3P3. A inspeção dos genitais
externos é normal. O restante exame não mostra alterações relevantes.
Perante estes dados clínicos, a conduta subsequente mais adequada será:

A. Pedir cariótipo e idade óssea


B. Pedir ecografia pélvica
C. Referenciar para consulta de endocrinologia
D. Solicitar avaliação laboratorial com despiste de doença celíaca e avaliação da função tiroideia
E. Tranquilizar a adolescente e a mãe e explicar a evolução normal da puberdade
Caso clínico 30
Um adolescente de 13 anos é levado à consulta do seu pediatra assistente pelos pais, por
preocupação relativa ao seu rendimento escolar. Frequenta o 8º ano, sem história de retenções
prévias, e tinha terminado o 7º ano no quadro de mérito, sendo que desde o final do 1º período do 8º
ano o rendimento escolar veio a piorar gradualmente, com queixas de desatenção e de perturbação
do ambiente da aula, terminando o 2º período com 2 negativas. Mudou de turma no 8º ano, e
ultimamente de manhã resiste a levantar-se, e perde frequentemente o autocarro para a escola,
chegando atrasado às aulas. Mantém a prática de atletismo 3x por semana, que pratica com
satisfação. Queixa-se de alguma insónia inicial, e despertares durante a noite, com dificuldade em
retomar o sono. Apresenta igualmente queixas de cefaleia, ocasional, sem predomínio durante o dia,
sem foto ou fonofobia, sem prejuízo do sono, sem necessidade de analgesia. Habitualmente ao fim
de semana não tem queixas. O apetite está mantido, e o exame objetivo, incluindo exame
neurológico, não revela alterações.
Perante este quadro, qual a conduta mais correta?

A. É importante pedir TC-CE para descartar patologia neurológica


B. Este adolescente deve ser encaminhado para consulta de pedopsiquiatria
C. Deve tranquilizar-se os pais por tratar-se de comportamento típico na adolescência
D. É importante realizar a entrevista a sós, com a mnemónica HEADDSS
E. Está indicada a terapêutica com metilfenidato, para aumento do tempo de atenção
Caso clínico 30
Um adolescente de 13 anos é levado à consulta do seu pediatra assistente pelos pais, por
preocupação relativa ao seu rendimento escolar. Frequenta o 8º ano, sem história de retenções
prévias, e tinha terminado o 7º ano no quadro de mérito, sendo que desde o final do 1º período do 8º
ano o rendimento escolar veio a piorar gradualmente, com queixas de desatenção e de perturbação
do ambiente da aula, terminando o 2º período com 2 negativas. Mudou de turma no 8º ano, e
ultimamente de manhã resiste a levantar-se, e perde frequentemente o autocarro para a escola,
chegando atrasado às aulas. Mantém a prática de atletismo 3x por semana, que pratica com
satisfação. Queixa-se de alguma insónia inicial, e despertares durante a noite, com dificuldade em
retomar o sono. Apresenta igualmente queixas de cefaleia, ocasional, sem predomínio durante o dia,
sem foto ou fonofobia, sem prejuízo do sono, sem necessidade de analgesia. Habitualmente ao fim
de semana não tem queixas. O apetite está mantido, e o exame objetivo, incluindo exame
neurológico, não revela alterações.
Perante este quadro, qual a conduta mais correta?

A. É importante pedir TC-CE para descartar patologia neurológica


B. Este adolescente deve ser encaminhado para consulta de pedopsiquiatria
C. Deve tranquilizar-se os pais por tratar-se de comportamento típico na adolescência
D. É importante realizar a entrevista a sós, com a mnemónica HEADDSS
E. Está indicada a terapêutica com metilfenidato, para aumento do tempo de atenção
Casos clínicos

Pediatria 1 – Curso essencial

Alexandra Luz
alexandra.luz@hotmail.com

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