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Fundamentos da Religião Egípcia

O UM é o TODO.
Os antigos egípcios acreditavam em um Deus Único que foi auto-
engendrado e auto-existente, imortal, invisível, eterno, onisciente, todo-
poderoso, etc. Este Deus Único foi representado por funções e atributos de Sua
esfera de ação. Estes atributos foram chamados Neteru (pronuncia-se net-er-u,
sendo o masculino singular Neter e o feminino singular Netert). Os termos
deuses e deusas constituem uma interpretação errônea do termo egípcio
Neteru.
Quando perguntamos, "Quem é Deus?", estamos na verdade
perguntando, "O que é Deus?". O nome ou substantivo não diz nada. Deus só
pode ser definido pela multiplicidade de Seus atributos, qualidades, poderes,
ações. Conhecer Deus significa conhecer as inúmeras qualidades de Deus.
Quanto mais sabemos sobre estas qualidades (chamadas Neteru), mais
próximos ficamos de nossa origem divina. Na verdade, trata-se da mais alta
expressão do misticismo monoteísta.

A Imagem de Deus
A concepção comumente encontrada em várias culturas afirma que o ser
humano foi concebido de acordo com a imagem de Deus, ou seja, o ser
humano é um universo em miniatura e, entender o universo é entender o
indivíduo e vice-versa.
Até agora, nenhuma cultura praticou este o princípio como os antigos
egípcios. O núcleo de entendimento completo do universo era o conhecimento
que o homem foi criado de acordo com a imagem de Deus e, como tal, o
homem representava a imagem de toda a criação. Assim sendo, o simbolismo
egípcio e todas as correspondências eram conseqüentemente relacionadas ao
homem, à Terra, ao sistema solar e finalmente ao universo.
O conceito do monoteísmo egípcio também pode aplicar-se ao homem
como imagem de Deus. Quando nos referimos a uma pessoa, por exemplo, o
Sr. X, isto não quer dizer nada para nós. Entretanto, quando descrevemos seus
atributos e qualidades, começamos a conhecê-lo. Uma pessoa que é
engenheiro, pai, marido, etc., não tem personalidade múltipla e sim uma
personalidade com múltiplos atributos/funções.
Para os antigos egípcios Baladi (o termo Baladi refere-se à maioria
silenciosa dos egípcios que, embora sigam a tradição egípcia antiga, mantêm a
aparência exterior de muçulmanos), o conceito de Deus é similar. A única
maneira lógica de explicar alguma coisa aos seres humanos é em termos
humanos e de forma humana. Assim sendo, no Antigo Egito, as complicadas
informações filosóficas e científicas foram reduzidas a eventos de acordo com
imagens e termos humanos.

Retrato dos Poderes Divinos


Algumas representações foram utilizadas para simplificar e demonstrar
os significados científicos e filosóficos dos Neteru (deuses/deusas). O resultado
é que as imagens de Auset (Ísis), Ausar (Osíris), Amon, Heru (Hórus), Mut, etc.,
tornaram-se símbolos de tais atributos/funções/forças/energias.
Estes símbolos ilustrados destinavam-se apenas a fixar a atenção ou
representar idéias abstratas e não era esperado que fossem vistos como
personagens reais. Como diz o ditado: uma imagem vale mais que mil
palavras.
O simbolismo egípcio pode ser comparado, de certa forma, com a
caricatura moderna. A caricatura vale-se de símbolos (Tio San na América, urso
na Rússia, etc.) para representar conceitos, idéias, nações, etc. O símbolo
revela para a mente uma realidade diferente dela mesma. Para a pessoa que
reconhece o símbolo, o desenho pode revelar de forma simbólica legítima, a
totalidade de uma determinada situação de acordo com a visão do cartunista.
Já para os que não estão familiarizados com o cartunista e com os símbolos
que ele costuma usar, o desenho não terá nenhum sentido.
A maior parte das imagens existentes nas paredes dos monumentos
egípcios são representadas de perfil o que indica a ação e interação entre as
várias figuras simbólicas. Evidencia-se ainda a variedade de ações nas formas.
Um determinado símbolo representa certa função ou princípio em todos os
níveis, simultaneamente, desde o mais simples, da mais óbvia manifestação
daquela função até o mais abstrato e metafísico. Sem reconhecer o simples
fato sobre a intenção do símbolo, continuaremos distantes da riqueza do
conhecimento e sabedoria do Egito.
No simbolismo egípcio, a exata função dos Neteru (deuses/deusas) são
reveladas de diversas maneiras: vestimenta, ornamentos de cabeça, coroa,
pena, animal, planta, cor, posição, tamanho, gesto, objeto sagrado (por
exemplo, mangual, cetro, bastão, etc.). Esta linguagem simbólica representa a
riqueza de elementos físicos, psicológicos, fisiológicos e espirituais
apresentados nos símbolos.

Simbolismo Animal
A observação cuidadosa e profundo conhecimento do mundo natural
permitiram que os egípcios conferissem qualidades específicas a certos
animais que poderiam simbolizar determinadas funções e princípios divinos.
Assim sendo, certos animais foram escolhidos como símbolos de determinado
aspecto da divindade. Trata-se de um modo de expressão efetivo e consistente
encontrado em todas as culturas. Por exemplo, no ocidente usamos expressões
como: fiel como um cão, esperto como uma raposa, etc.
O animal ou o Neteru com cabeça de animal (deuses/deusas) são
expressões simbólicas de um entendimento espiritual profundo. Se o desenho
for de um animal, representa um particular atributo ou função em sua forma
mais pura.
Se for representado uma imagem com cabeça de animal, significa aquela
determinada função ou atributo do animal no ser humano. As duas formas de
Anbu (Anúbis) apresentadas nas ilustrações, mostram claramente estes dois
aspectos.
Outro exemplo é a representação da alma no Antigo Egito que é
conhecida como ba. Ba é representada como um pássaro de cabeça humana
que é o oposto da representação normal de Neteru (deuses/deusas) que têm
corpos humanos e cabeças de animais. Ba é retratada como uma cegonha que
é conhecida por seu instinto de migração e volta a origem, além de levar os
bebês para suas famílias. A cegonha retorna ao seu próprio ninho com
exatidão, portanto, um pássaro migrador é a escolha perfeita para representar
a alma.

Deturpações Comuns das Divindades Egípcias

• Os egípcios tinham um sistema religioso confuso com um número indefinido


de Neterus (deuses/deusas). Na verdade, há um número indefinido de
divindades (Neteru) porque o Divino possui uma quantidade infinita de
aspectos/atributos.
-> Há Neterus (deuses/deusas) principais e secundários. Um Neter/Netert
pode exercer uma função secundária sob certas condições, sem que isto
signifique que trata-se de um neter/netert secundário.

• Os Neteru (deuses/deusas) são forças da natureza e nenhuma força é


superior à outra. Uma certa força natural pode ser mais proeminente
dependendo do tempo e local de sua ação. Por exemplo, o calor do Sol exerce
função principal em um dia de verão e uma função secundária em um dia
chuvoso ou nublado de inverno.
-> Um Neter/Netert (deuses/deusas) pode apresentar aspectos
contraditórios. Os aspectos contraditórios podem estar inter-relacionados. Por
exemplo, o aspecto maternidade representado por uma Netert pode apresentar
facetas carinhosas ou ferozes dependendo das circunstâncias, sem que
necessariamente indiquem qualidades contraditórias. De modo geral, a mãe é
carinhosa com seu filho, mas se a criança estiver sob ameaça, ela se tornará
feroz e enfrentará o perigo.

• Um Neter pode ser representado de diferentes formas. A natureza de um


Neter/Netert (deus/deusa) pode alterar-se conforme a mudança das condições.
-> De acordo com a compreensão humana, a natureza da água
apresenta-se de diferentes formas:
- Como vapor - ar
- Como líquido - chuva
- Como sólido - gelo

• Sempre ocorre conflito de poder entre os diferentes "cultos religiosos".


-> No Antigo Egito não havia conflitos religiosos/políticos nem cultos
religiosos. Os egiptólogos ocidentais, que afirmam a existência destas
bobagens estão apenas projetando a história da Igreja sobre a história do
Antigo Egito.

• As funções dos Neterus (deuses/deusas) são complementares.


-> Como cada Neter/Netert representa uma função, podemos encontrá-
lo(a) em qualquer templo, tumba ou texto. Um Neter/Netert pode ter uma
função proeminente (embora nunca exclusiva) em qualquer templo. Todos os
templos tinham a mesma importância e os faraós egípcios executavam rituais
em todos os templos do Egito.
Os egípcios nomeavam os Neter/netert, porém os nomes no antigo Egito
não serviam apenas para identificação; o nome também sintetizava o princípio
representado. Por exemplo, o Neter Ra (Re) é descrito nos textos funerários da
seguinte maneira: "Eles causaram tua vinda à existência como Ra em teu
nome de Khepri".
Khepri não é apenas outro nome/identificação para Ra (Re); também
significa vir a existir.

• Uma hipótese normalmente levantada pelos acadêmicos ocidentais é que


havia uma alteração de poder entre os Neterus (deuses/deusas) associada aos
eventos históricos. Os Neterus são forças da natureza. Como na natureza
ocorrem variações cíclicas, alguns Neterus foram mais proeminentes do que os
outros em certos períodos. Tal fato deu-se devido às alterações das eras
zodiacais e não estavam associados às alterações políticas.
-> A afirmação que os egípcios classificam os Neterus como populares e
sagrados, locais e regionais, cósmicos, universais, principais, secundários,
...etc., também é infundada, uma vez que os Neterus representam diferentes
energias/poderes e interagiam na criação e manutenção do universo. Portanto,
as condições da situação determinavam se o Neteru deveria ter uma função
principal ou secundária.
Outra hipótese muito comum e sem fundamento, freqüentemente
difundida por egiptólogos ocidentais, é que o Egito teria passado por um
processo de evolução de crenças religiosas, na qual a natureza dos Neterus
(deuses/deusas) modificou-se durante séculos incorporando crenças de outras
culturas, assimilando algumas divindades e criando outras. TODOS os
historiadores gregos e romanos antigos confirmaram que os egípcios
preservavam sua cultura. Por exemplo, Heródoto (século 5º. a.C.) afirmou o
seguinte em Histórias - Livro 2, Seção 79: "os egípcios mantêm seus costumes
nativos e nunca adotam os costumes estrangeiros". No Livro 2, Seção 91,
Heródoto declara: "os egípcios não estão dispostos a adotar os costumes
gregos ou de qualquer outro país".

FONTE: http://www.egypt-tehuti.org/portugues/ (texto de Moustafa Gadalla)

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