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CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
A = R K LS C P [1.1]
CAPÍTULO 2
EROSIVIDADE (FATOR R)
-1
Ec = 0,119 + 0,0873 log I (I ≤ 76,2 mm h ) [2.1]
10
Tempo (h : min.)
O valor I30 para a chuva expressa na Figura 2.1 e Quadro 2.2 ocorre no
intervalo das 14 h a 14 h e 30 min. No caso I30 é igual a 32 mm/h . A energia
cinética (Ec), para cada mm de chuva, num intervalo qualquer em que a
intensidade de chuva (I) variou foi calculada aplicando-se o correspondente
valor de I na equação [2.1.]. Após o registro dos cálculos no Quadro 2.2 e da
determinação do valor de I30 temos que o potencial erosivo da chuva (Figura
2.1) é 282,54 MJ mm ha-1 h-1 (EI30 = 8,8294 MJ ha-1 x 32 mm h-1).
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Quadro 2.2. Procedimento para cálculo do EI30 ou potencial erosivo (R) de uma chuva.
TEMPO Pacumulada ∆t ∆P I Ec E
h e min. mm min. mm mm/h para 1 mm de chuva MJ mm ha-1 h-1
7:30 0 - - - - -
8:30 3 60 3 3 0,1607 0,4820
9:00 3 30 0 0 - -
9:30 8 30 5 10 0,2063 1,0315
8,8294
-1
No uso da equação [2.1] quando I > 76,2 mm h a energia cinética deve
ser avaliada como: Ec = 0,119 + 0,0873 log (76,2). Por exemplo, se uma chuva
natural tem intensidade constante e igual a 90 mm/h, com tempo de duração de
1 hora, o valor de energia cinética total (E) desta chuva é calculado como 90 x
Ec ou 90 x [ 0,119 + 0,0873 log (76,2) ]. Assim, para qualquer chuva (P) com
-1
intensidade superior a 76,2 mm h e intensidade deve-se calcular a energia
cinética total (E) como: E = P x [ 0,119 + 0,0873 log (76,2) ] .
25,00
P
20,00
EI30
(a)
15,00
10,00
5,00
Percentagem relativa (%)
0,00
JAN. FEV. MAR. ABR. MAIO JUN. JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ.
25,0
20,0
P (b)
EI30
15,0
10,0
5,0
0,0
JAN. FEV. MAR. ABR. MAIO JUN. JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ.
Meses do ano
Alguns autores (Val et al., 1986; Moura e Medeiros, 1987, Oliveira Júnior,
1988 e Oliveira Júnior e Medina, 1990) têm sugerido, nos meses em que a
porcentagem relativa de erosividade supera a da precipitação, haver um forte
indicativo de que as chuvas daqueles meses possuem maior potencial erosivo.
Assim na Figura 2.2.a fica fácil evidenciar que para Manaus isto ocorre nos
meses de janeiro, março, setembro, outubro, novembro e dezembro. Já em
Mococa o mesmo pode ser verificado nos meses de janeiro, fevereiro, abril e
novembro. Cabe ressaltar, contudo, o mês de dezembro em Mococa. No
referido mês em Mococa a %EI30 corresponde a 23% do potencial erosivo
anual e que é, ainda, menor que a %P. Isto reflete uma exceção à regra
mencionada e propagada por alguns autores na literatura. Há que se ter o
devido cuidado em tal análise, para a validade da regra. Deve ficar claro que
ocorrem chuvas erosivas em dezembro em Mococa, visto que a %EI30 neste
mês (23%) é a maior entre todos os meses do ano para a referida localidade.
Outro aspecto relevante, quanto a importância da distribuição do
potencial erosivo, é abordado a seguir utilizando-se as informações
apresentadas na Figura 2.3.
A comparação apresentada na Figura 2.3 é interessante sob o ponto de
vista de verificar em duas regiões, uma Mococa - SP e A qualquer, as
diferenças existentes na distribuição do potencial erosivo e suas implicações
com relação ao uso e manejo do solo. Para entender melhor o significado da
comparação representada na Figura 2.3, realizou-se uma análise em três
fases: janeiro a maio, maio a agosto e agosto a dezembro. Na primeira fase,
janeiro a maio, em Mococa ocorre 28,84% do R (EI30 médio anual) e em A 5%
do R (EI30 médio anual). Conclui-se, portanto, que há maior possibilidade do
solo ser mais erodido, na primeira fase deste exemplo, em Mococa que na
região A, considerando-se as demais condições iguais (K, LS, C e P). Na
segunda fase de maio a agosto ocorre em Mococa 1,86% do R (EI30) e em A
25% do R (EI30). Portanto, há maior possibilidade do solo ser mais erodido, na
2a fase do exemplo, na região A, considerando-se as demais condições iguais.
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100,0
90,0
80,0
70,0 Mococa - SP
A
60,0
50,0
40,0
30,0
20,0
10,0
0,0
JAN. FEV. MAR. ABR. MAIO JUN. JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ.
Meses do ano
cobertura vegetal viva e/ou morta (resíduos). Cobertura esta que deverá ser
suficiente para evitar que os processos erosionais não degradem o solo. Assim,
a adequação de época de preparo do solo, plantio da cultura e manejo da
resteva (resíduos culturais) terá papel fundamental, numa região agrícola, para
que as perdas médias anuais de solo permitam a manutenção da produtividade
do solo, em níveis economicamente viáveis para os agricultores.
CAPÍTULO 3
A = R K LS C P [3.1]
Métodos diretos para avaliações das perdas de solo por erosão, embora
sejam os mais precisos para determinação da erodibilidade, são caros (chuva
natural e simulada) e demorados (chuva natural). Assim, no Brasil, pesquisas
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têm sido conduzidas para estimar a erodibilidade com menores custos, por
meio de correlações entre atributos do solo, obtidos no campo ou no laboratório
com maior rapidez e praticidade. Contudo, a validade detes métodos indiretos é
dependente de comparações entre resultados obtidos por equações
estimadoras com os obtidos em parcelas experimentais no campo, sob chuva
natural ou simulada.
a
5) 15 minutos após a 2 chuva realiza-se outra com intensidade
constante de 120 mm h-1 durante 18 minutos (3a chuva).
Durante a ocorrência das chuvas são realizadas coletas de amostras da
enxurrada, para a quantificação das perdas de solo e água por erosão.
Os cálculos para avaliação da erodibilidade são realizados como descrito
no exemplo 1.
K = A / R LS [3.3]
m 2
λ/22,13) (65,41 sen θ + 4,56 senθ
LS = (λ θ + 0,065) [3.4]
n
A erosividade da chuva artificial ( R = Ei I30i ) é calculada utilizando-se
i =1
fator de correção foi acrescentado na equação [3.5]. Isto se faz necessário para
se estabelecer o valor correspondente de energia cinética para cada mm de
chuva artificial. O referido fator tem sido adotado como 0,78. Assim, a energia
cinética de uma chuva artificial é 78% menor que a de uma chuva natural de
mesma intensidade.
No Quadro 3.2 são apresentados os resultados dos cálculos necessários
à determinação do fator K, para a mencionada parcela unitária não padrão.
Cabe salientar que no caso da 3 chuva a sua intensidade é 120 mm h-1. Neste
a
Métodos indiretos
Alguns métodos indiretos, que utilizam atributos físicos e químicos do
solo, têm sido propostos e avaliados por pesquisadores brasileiros. Dentre
estes métodos incluem-se os propostos por Lombardi Neto e Bertoni (1975),
Lima (1987) citado por Cavalieri et al. (1994), Lima et al. (1990) e Denardin
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1,14
100 K = 0,1317 [0,00021 (12-MO) M + 3,25 (S-2) + 2,5 (P-3)] [3.7]
onde, M é produto das percentagens de silte mais areia muito fina pela soma
das percentagens de areia > 0,1 mm e percentagens de silte mais areia muito
fina; MO é o teor de matéria orgânica em %; S e P são a estrutura do solo e
permeabilidade do perfil do solo, respectivamente, codificadas por Wischmeier
et al. (1971).
A equação [3.7], por ter sido desenvolvida nos EUA, não permite
estimativas de K confiáveis para os nossos solos, principalmente os latossolos.
Assim, pesquisas sobre a adaptação do nomógrafo de Wischemeier et al.
(1971) foram realizadas no Brasil (Lima, 1987 citado por Cavalieri et al., 1994;
Lima et al., 1990; e Denardin,1990). Henklain (1980) concluiu que o modelo de
Wischmeier et al. (1971) subestimava a erodibilidade de três latossolos do
Paraná. Freire e Pessotti (1978) e Henklain (1980) justificaram esta
subestimativa aos baixos teores de silte mais areia muito fina presentes nos
latossolos estudados.
Lombardi Neto e Bertoni (1975), num boletim técnico do IAC,
apresentaram a erodibilidade de solos paulistas utilizando técnica desenvolvida
por Middleton com algumas modificações. Para tal intuito os referidos autores
utilizaram 66 perfis de solos. Apenas os horizontes A e B de solos com B
textural e B latossólico foram utilizados, estabelecendo-se as seguintes
relações: 1) relação de dispersão = teor de argila natural / teor de argila
dispersa; 2) relação argila dispersa / umidade equivalente e 3) relação de
erosão = relação de dispersão / (relação argila dispersa / umidade equivalente).
As relações estabelecidas, por Lombardi Neto e Bertoni (1975), não dão uma
validação muito precisa das susceptibilidades de alguns solos. Contudo as
conclusões obtidas por Lombardi Neto e Bertoni (1975) norteiam até o presente
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onde, Al é o teor de alumínio obtido por ataque sulfúrico (%) e PART teor de
partículas entre 2 e 0,5 mm (%).
1/2 2
K = 0,0049 P + 0,0331 M (R = 0,93**) [3.10]
em que, M é a fração silte multiplicada pela soma de silte mais areia fina (g/g).
Um grande problema no uso das equações [3.8] e [3.9] é a falta de um
critério preciso para o estabelecimento do valor P (classe de permeabilidade do
solo), o qual é inferido em função da experiência do pesquisador. Assim, a
probabilidade de erro é muito grande. Segundo Rolofff e Denardin (1994) a
alocação do valor P com diferença de uma unidade implica num erro de
aproximadamente 20% no valor K.
Assim modelos que excluem a variável P têm sido propostos para o
estado Paraná (Roloff e Denardin, 1994):
em que, Al é teor de alumínio obtido pelo ataque sulfúrico (%) e PART teor de
partículas entre 2 e 0,5 mm (%); M é o produto da % do “novo silte” pela soma
da % da “nova areia” mais % “novo silte”; P é a permeabilidade codificada
segundo Wischmeier et al. (1971); X27 é o diâmetro médio ponderado das
partículas menores que 2mm, expresso em mm e X32 é a relação entre o teor
de matéria orgânica e o teor da “nova areia” determinada pelo método da
pipeta.
Nos Quadros 3.3 a 3.5 são apresentados atributos de dois solos: um LEa
e um LRd. Para os referidos solos nos Quadro 3.6 e 3.7 os valores de
erodibilidade (fator K ) são apresentados após o uso das duas equações
propostas por Denardin (1990).
Quadro 3.5. Valores do “novo silte” e “nova areia” para os solos LEa e LRd.
Solos % "novo silte" % "nova areia"
% silte+ % AMF % AMG+ % AG+ % AM + % AF
(0,1-0,02 mm) (2-0,1 mm)
Lea 25,9 29,9
LRd 20,3 26,5
Quadro 3.6. Parâmetros dos solos LEa e LRd e valores de K determinados com
a equação [3.14].
Solo P MO Al MO PART K
LEa 2 2,3 14,9 2,3 1,9 0,013
LRd 2 2,6 14,7 2,6 3,0 0,015
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Quadro 3.7. Parâmetros dos solos LEa e LRd e valores de K determinados com
a equação [3.15].
Solo M P x27 x32 K
LEa 1445,22 2 0,100449 0,6877 0,021
LRd 950,04 2 0,104744 0,6890 0,017
Quadro 3.8. Agrupamento de solos segundo suas qualidades, características e resistência à erosão.
Principais Características
Grupo Grupo de Profundidade Permeabili- Textura (1) Razão Exemplos(3) Ìndice
(1)
resistência dade (1) Textural(2)
à erosão
A Alto muito profundo rápida / rápida média / média < 1,2 LR,LE,LV, 1,25
(>2,0m) ou moderada/ráp. m.argilosa / m.argilosa LVr,LVt,LH,
profundo (1,0 a argilosa / argilosa LEa, e LVa
2,0m)
B Moderado profundo rápida/rápida arenosa/arenosa 1,2 a 1,5 LJ,LVP, PV, 1,10
(1,0 a 2,0m) rápida/mod. arenosa/média PVL, Pln, TE,
mod. /moderada arenosa/argilosa PVls, R, RPV-
média /argilosa RLV, LEa (5) e
argilosa/m.argiolsa LVa (5)
C Baixo profundo (1,0 a lenta/rápida arenosa/média(4) > 1,5 Pml, PVp, PVls, 0,90
2,0m) mo- lenta/moderada média/argilosa(4) Pc e M
deradamente rápida/mod. arenosa/argilosa
profundo (0,5 a arenosa/m.argilosa
1,0m)
D muito baixo moderada- rápida, muito variável muito Li-b, Li-ag, gr, 0,75
mente moderada ou variável Li-fi,
profundo (0,5 a lenta sobre lenta Li-ac e PVp
1,0m) ou raso (rasos)
(0,25 a 0,50m)
(1)
Segundo Manual para Levantamento do Meio Físico e Classificação de terras no Sistema de Capacidade de Uso
(LEPSCH et al, 1983).
(2)
Média da porcentagem de argila do horizonte B (excluíndo B3) sobre média da porcentagem de argila de todo
horizonte A.
(3)
Abreviações segundo BRASIL, 1960.
(4)
Somente com mudança textural abrupta entre os horizontes A e B.
(5)
Somente aqueles com horizonte A arenoso.
CAPÍTULO 4
λ / 22,13)m
L = (λ [4.1]
m Declividade (%)
0,2 d% ≤ 1
0,3 1 < d% ≤ 3
0,4 3 < d% < 5
0,5 d% ≥ 5
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2
S = 65,41 sen θ + 4,56 sen θ + 0,065 [4.2]
perda de solo simboliza aqui neste texto por A*. Assim as perdas de solo por
erosão podem ser preditas em condições de parcela unitária padrão como
sendo:
A* = R K [4.6]
A = R K LS [4.7]
LS = A / A* = R K LS / R K = ........... (adimensional)
[4.8]
Plano inclinado
Consideremos um plano inclinado com 200 m de comprimento de rampa
e declividade média de 12,5%. O fator LS para esta rampa é:
tg θ = d% x 100 θ = arctg (d% / 100)
θ = arctg (12,5 / 100)
assim,
LS = (λ / 22,13)m (65,41 sen2 θ + 4,56 sen θ + 0,065) LS = 4,92
1. Convexa
1 2 3 4
5% 9% 14% 22%
50 50 50 50
200 m
Assim,
n n
LS = LS x f / f = 6,89 / 1,00 = 6,89
i =1 i =1
2. Côncava
1 2 3 4
50 50 50 50
200 m
Assim,
LS = Σ LS x f / Σ f = 4,25 / 0,98 = 4,34
Comentários finais
Segundo Leprun (1981) o fator LS é problemático, porque quando se
extrapolam dados de perdas de solo obtidos em parcelas padrões para
condições topográficas diferentes, um valor incorreto de LS pode levar a
estimativas errôneas de perda de solo.
Bertoni (1966) utilizando-se de determinações de perdas de solo por
erosão, para os principais solos do estado de São Paulo, numa média de 10
anos de observações em talhões coletores permanentes de diferentes
comprimentos e graus de declive, determinou uma equação que possibilita
avaliar o fator LS como:
CAPÍTULO 5
O Fator C é uma razão entre a perda de solo numa área com específica
cobertura e manejo e aquela obtida, em condições, em parcela unitária não
padrão (P = 1 e C = 1) ou padrão (LS = 1, C = 1 e P = 1). As avaliações de
razão de perdas de solo podem ser obtidas como:
rp = Atratamento / A [5.1]
rp = R x K x LS x C / R x K x LS [5.2]
Portanto,
rp = C [5.3]
Wischmeier e Smith (1978) para cálculo do fator C da EUPS. Este tem sido um
grande entrave à evolução do conhecimento de um importante parâmetro
relacionado com o processo erosivo do solo. Muitas informações sobre o fator
C já poderiam ter sido gerados no Brasil, o que é lamentável. Isto limita o
estudo e a aplicação dos modelos mais recentes de predição de perdas de
solo, como o WEPP, que necessitam de informações sobre o parâmetro
cobertura vegetal. Segundo Rolofff et al. (1994) a determinação do uso e
manejo do solo sobre a erosão, fator C da EUPS, é considerada um dos
maiores obstáculos para a utilização mais ampla desta equação no Brasil.
Pereira et al. (1992) apresentou modelos para estimativa de cobertura
vegetal para as culturas de milho e soja, em função de parâmetros de clima.
Contribuições como esta têm sido raras e dificultam a evolução de pesquisas
para a aplicação de modelos de predição de perdas de solo em maior escala
no Brasil.
Quadro 5.1. Perdas de solo em trigo, soja, milho e algodão em preparo convencional e soja/trigo em
plantio direto, em latossolo roxo eutrófico, com 8% de declive (Adaptado de Mondardo
et al., 1978).
Estádios da cultura
Cultura I II III IV Total
Perdas de solo (kg/ha)
Soja-convencional 6738 39 7 641 7425
Soja-plantio direto 974 587 0 538 2099
Trigo-convencional 2216 1755 6 691 4668
Trigo-Plantio direto 970 1334 489 467 3260
Milho-convencional 994 747 35 0 1776
Algodão-convencional 9252 1303 2088 352 12995
Solo descoberto 25225 25191 27355 25225 102996
I- germinação a 30 dias após ; II- 30 a 60 dias; III- 60 dias a floração e IV- após a colheita.
Tabela 5.3. Razões de perdas de solo obtidas nos EUA para alguns sistemas de cobertura e manejo.
Quantidade de Milho após Milho ou Sorgo, ou pequenos Razão de perda de solo para cada estágio de
resíduo na época grãos ou algodão desenvolvimento e cobertura vegetal (x 10-2)
de preparo do - cultivo convencional, com arado de aiveca
solo
No kg/h % Resíduos deixados no campo P S 1 2 3a 3b 3c 4
á
1 5000 Idem 31 55 48 38 - - 20 23
2 4000 Idem 36 60 52 41 - 24 20 30
3 3000 Idem 43 64 56 43 32 25 31 37
4 2000 Idem 51 68 60 45 33 26 22 47
5 5000 Resíduos retirados do campo 66 74 65 47 - - 22 56
6 4000 Idem 67 75 66 47 - 27 23 62
7 3000 Idem 68 76 67 48 35 27 - 69
8 4000 Idem 69 77 68 49 35 - - 74
9 5000 Somente grade pesada (sem aração) - 45 38 34 - - 20 23
ou grade e arado
10 4000 Idem - 52 43 37 - 24 20 30
11 3000 Idem - 57 48 40 32 25 21 37
12 2000 Idem - 61 51 42 33 26 22 47
13 6000 95 Plantio direto - 2 2 2 - - 2 14
14 6000 90 Idem - 3 3 3 - - 3 14
15 5000 80 Idem - 5 5 5 - - 5 15
16 4000 70 Idem - 8 8 8 - 8 6 19
17 4000 60 Idem - 12 12 12 12 9 8 23
18 4000 50 Idem - 15 15 14 14 11 9 27
19 3000 40 Idem - 21 20 18 17 13 11 30
20 3000 30 Idem - 26 24 22 21 17 14 36
Prof. Dr. Marcílio Vieira Martins Filho UNESP - Jaboticabal 43
100
90
80
70
60
50
Preparo do
40 solo (P) Plantio (S) Período 1 Período 2 Período 3 Período 4
30
20
10
0
DATA 1 DATA 2 DATA 3 DATA 4 DATA 5 DATA 6 DATA 7
Em que: Preparo do solo (P) - aração até a gradagem; Plantio (S) - final do período P ( plantio) até 10% de cobertura vegetal
oferecida ao solo; Período 1 - Estabelecimento da cultura - 10% a 50% cobertura vegetal (35% algosão); Período 2 -
Desenvolvimento - 50% a 75% cobertura vegetal (35 a 60% algodão); Período 3 - Maturação da cultura - final do período 2 até a
colheita. Este período é avaliado em três níveis: 3a) 80 - 90%; 3b) 90 - 96% e 3c) 96 - 100% de cobertura vegetal oferecida ao
solo; Período 4 - Resíduo - este período vai da colheita até o novo período de preparo ou sementeira (caso do plantio direto).
Quadro 5.4. Guia para cálculo do fator C para uma cobertura vegetal e sistema de manejo
específicos, num ano agrícola qualquer.
Período Data Leitura % de EI30 Razão de perda Cálculo do fator
(% EI30) δ)
disponível (δ de solo (rp) C
Preparo do solo Data 1 a Data 2 EI1 EI1 - EI2 = δ1 rpp rpp x δ1
Plantio Data 2 a Data 3 EI2 EI3 - EI2 = δ2 rps rps x δ2
Período 1 Data 3 a Data 4 EI3 EI4 - EI3 = δ3 rp1 rp1 x δ3
Período 2 Data 4 a Data 5 EI4 EI5 - EI4 = δ4 rp2 rp2 x δ4
Período 3 Data 5 a Data 6 EI5 EI6 - EI5 = δ5 rp3 rp3 x δ5
Período 4 Data 6 a Data 7 EI6 100+EI1 - EI6 = δ6 rp4 rp4 x δ6
Preparo do solo 100+ EI1 100 Σ
Quadro 5.5. Guia para cálculo do fator C para uma cobertura vegetal e sistema de manejo
específicos, num ano agrícola qualquer expresso na Figura 5.1.
Período Data Leitura % de EI30 Razão de perda de Cálculo do fator
(% EI30) δ)
disponível (δ solo (rp) C
Preparo do solo Data 1 a Data 2 5 15 0,36 5,40
Plantio Data 2 a Data 3 20 20 0,60 12,00
Período 1 Data 3 a Data 4 40 30 0,52 15,60
Período 2 Data 4 a Data 5 70 20 0,41 8,20
Período 3 Data 5 a Data 6 90 5 0,24 1,20
Período 4 Data 6 a Data 7 95 10 0,30 3,00
Preparo do solo 105 100 45,40
CAPÍTULO 6
O fator P é uma razão de perdas do solo, obtida entre uma área com
uma prática em contorno, sulcos ou linhas de cultivo ou terraceamento para
aquela rampa preparada no sentido do declive. Portanto, nas duas áreas R, K,
LS e C são iguais.
As práticas conservacionistas mais comuns para as culturas anuais são:
plantio em contorno, plantio em faixas de contorno, terraceamento e alternância
de capina. Para áreas terraceadas, o comprimento do declive a usar na
determinação do valor de LS na equação é o intervalo entre terraços. O valor
de P para uma área terraceada, portanto, deverá ser o mesmo do plantio em
contorno, uma vez que, reduzindo o comprimento do declive, reduzem-se as
perdas de solo pela raiz quadrada do comprimento (Bertoni e Lombardi Neto,
1990).
A eficácia do fator práticas é difícil de avaliar. Consequentemente,
poucos dados estão disponíveis para este propósito. O fator P pode ser medido
em rampas padrões nas quais avalia-se os efeitos das operações agrícolas
realizadas em contorno. A análise do fator P dependerá de dados obtidos em
parcelas padrões comparados com aqueles de parcelas semelhantes, exceto
quanto ao cultivo em contorno.
Assim temos que o fator P deve ser determinado como:
P = A contorno / A* [6.1.]
Quadro 6.1. Valores do P e limites de comprimento de rampa para culturas plantadas em nível.
Quadro 6.2. Valores do fator P para culturas em faixas em nível com limites de comprimento de rampa.
6.3. Valores do fator P para campos terraceados e plantados em contorno (em nível).