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Portugal

“...onde Cristo não foi ainda anunciado...”


Possivelmente você deve estar questionando se Cristo de fato ainda não foi anunciado em Portugal, visto que há
mais de 300 mil crentes no país. É verdade que existe um número significativo de cristãos nesta nação, mas
ainda há muitos lugares, especialmente no interior do país, onde o Evangelho ainda não foi efetivamente
anunciado.

Apesar do Brasil possuir muito da cultura, língua e séculos de história em comum com Portugal, nós brasileiros
pouco sabemos sobre sua real situação e necessidades atuais. Nosso interesse missionário pelo povo português
é mínimo, especialmente pelo fato de Portugal fazer parte do grupo de países os quais denominamos “primeiro
mundo”. Normalmente concentramos nossos esforços nos países menos favorecidos, isso devido a uma crença
errônea e inconsciente, de que o Evangelho é para os pobres, quando Cristo nos ensina que ele é para todos os
povos. Enquanto isso países como França, Bélgica, Espanha e Portugal são ignorados na tarefa da
evangelização mundial.

Portugal ontem e hoje

Portugal, assim como o Brasil, um dia já foi colônia. O lugar onde é hoje um dos mais bonitos países da Europa
já foi parte do Império Romano nos anos 100 a.C. Mais tarde, cerca de 400 d.C., Portugal foi colonizado por
tribos germânicas e depois consecutivamente por muçulmanos do Norte da África e pelos reis espanhóis.

Somente por volta dos anos 1100 d.C. é que Portugal tornou-se um reino independente, despontando-se mais
tarde como o maior centro de navegação marítima da Europa nos anos 1400-1500 d.C. Foi nessa época que o
país construiu o primeiro grande império europeu com colônias na África, Ásia e América do Sul (Brasil). Hoje
Portugal é uma das nações menos desenvolvidas da Europa e a mais pobre da Comunidade Européia.

Esta condição tem mudado desde que o governo começou a aumentar significativamente o empreendimento
público, adotar reformas agrícolas, revisar o sistema de impostos e ampliar investimentos na indústria em geral. A
União Européia também tem investido muito em Portugal, o que tem provocado maior crescimento econômico, e
conseqüentemente, uma melhoria de vida para a população, embora este desenvolvimento seja desigual,
variando de região para região.

Portugal é oficialmente denominado República Portuguesa – ocupa 15% da Península Ibérica juntamente com a
Espanha. O país faz fronteira a Leste e Norte com a Espanha, e é graciosamente banhado ao Oeste e Sul pelo
Oceano Atlântico. Sua área total é de 95.430 km 2, incluindo as nove ilhas de Açores (2.247 km2) e as duas ilhas
de Madeira (794 km2). O país todo é menor que o Estado de São Paulo.

Sociedade, evangelização e cultura

De 9,9 milhões de habitantes no país, 70% vivem em áreas rurais e apenas 30% na zona urbana. 97% da
população é portuguesa, mas há ainda no país três minorias nativas – ciganos , galegos e mirandesas, e muitos
estrangeiros. Por esta razão a sociedade portuguesa reflete influências de diversos grupos étnicos, assimiladas
ao longo dos anos pelo contato com os diversos povos. Atualmente os imigrantes dão a Portugal um caráter
multicultural.

A exemplo de todos os povos, os portugueses tem características bem definidas, influenciadas pelo seu contexto
histórico e cosmovisão do grupo. Essas características – psico-sociais, culturais e históricas – associadas a
outros fatores, fazem deles o que são: portugueses. Dentre suas características mais fortes encontram-se o
tradicionalismo e o coletivismo. Os idosos e moradores do interior do país, em particular, são ainda mais
arraigados nestas características. Associadas, elas têm o poder de conservar de forma natural muitas tradições e
crenças do povo, como hábitos religiosos, uma tradição católica fortíssima, métodos rudimentares de cultivo,
bem como vínculos e hábitos familiares considerados “primitivos”. Esses aspectos da cultura portuguesa
pressupõem a necessidade de um esforço missionário consciente para a ministração do Evangelho de forma
relevante ao povo.

Portugal é tradicionalmente um país católico onde 94% da população se declaram católico-romanos. Nas áreas
urbanas e no sul houve um grande declínio na prática religiosa, mas na zona rural o povo continua fiel às
tradições católicas. Estatísticas comprovam que embora o povo se declare católico cerca de 90% das pessoas
têm algum tipo de envolvimento com médiuns espíritas e feiticeiros. 1 A idolatria e superstições marcam a vida

1
JOHNSTONE e MANDRIK, 2000, p. 545.
diária do povo português. As romarias tornaram-se parte da tradição cultural e da diversão do povo na zona rural,
e atraí milhares e milhares de turistas-romeiros anualmente.

Há liberdade religiosa desde 1974, quando o país se viu livre do governo ditatorial, mas apenas 3,1% da
população são evangélicos (cerca de 307.000 pessoas), incluindo grupos como Testemunhas de Jeová,
Mórmons e outros. O restante da população se divide entre pequenos grupos de muçulmanos, hindus, judeus e
não-religiosos. Nos últimos anos grande parte da população tem demonstrado forte interesse pelos ensinos das
Testemunhas de Jeová, dos Mórmons, da Igreja Universal do Reino de Deus e da filosofia da Nova Era. Pelo fato
de estarem tão arraigadas à mentalidade do povo, a idolatria e as superstições constituem um grande desafio
para a igreja. Muitas pessoas permanecem fechadas ao evangelho devido às fortes tradições religiosas. Além
disso, o materialismo, o alcoolismo e as drogas têm escravizado a muitos. Estima-se que 50% dos jovens do
país já provaram ou tiveram contato com algum tipo de entorpecente. Cabe a nós esforçar-nos para conduzi-los
à verdade e à liberdade em Cristo.

Deus está agindo

A reforma protestante não chegou a Portugal e talvez esta seja a razão pela qual a igreja católica ainda
permanece tão forte. Mesmo com pouco crescimento da igreja evangélica, sérios problemas de divisões, falta de
unidade entre igrejas e pouca preocupação com a evangelização 2, Deus está agindo poderosamente no país.
“Os 25 anos de liberdade religiosa”, como relata Johnstone e Mandrik, “resultaram em um crescimento estável e
constante dos evangélicos: de 55.000 em 1975, para mais de 307.000 em 2000. A partir dos anos 90 o ritmo de
crescimento acelerou, especialmente entre os pentecostais e carismáticos”.3 Estes constituem cerca de 94 % dos
evangélicos do país. As igrejas históricas e mais tradicionais também têm crescido nos últimos anos, ainda que
lentamente.

Muitas missões do mundo inteiro têm se dedicado à evangelização dos portugueses. Atualmente mais de 60
agências com pequenas equipes, juntamente com a igreja local têm desenvolvido ministérios de alcance em
diversas áreas tais como: grupos nos lares, evangelismo por correspondência, treinamento de obreiros locais, e
distribuição de Bíblias, folhetos evangelísticos, fitas cassetes e vídeos. Há também algumas livrarias evangélicas
e programas semanais de rádio e TV. Tudo tem sido feito enfrentando muitas dificuldades e pouco crescimento.
Há grande necessidade de obreiros de tempo integral e com boa capacitação ministerial.

O que a Missão AMEM tem feito

A WEC INTERNATIONAL (Missão AMEM), está em Portugal desde 1980 e atualmente conta com uma equipe
reduzida, mas perseverante: Joaquim e Susanne do Couto (ele é português e ela Suíça, 4 filhos); e Joachim e
Mamie Freitag – líderes de campo vivendo atualmente na Inglaterra (ele é alemão e ela Inglesa). Juntos estes
dois casais são responsáveis pela produção, coordenação e distribuição de um jornalzinho evangelístico
chamado CEDO, e de cursos por correspondência. Recentemente o casal Andy e Jacqueline Widmer (ambos
suíços), com planos de estabelecer o ministério do CEDO em Moçambique, uniu-se à equipe e tem dado
grandes contribuições.

O ministério CEDO tem levado o evangelho para dentro da casa de muitos portugueses, dos quais alguns
respondem interessados em receber o curso bíblico e visitas em da equipe em suas casas. Nossa oração é que
o CEDO seja um dos meios pelo qual um frutífero ministério de plantação de igrejas irá começar dentro de
poucos anos.

Onde Cristo não foi ainda anunciado

Embora Deus esteja agindo continuamente em Portugal através da Igreja local, outras missões e da AMEM, há
ainda hoje no país regiões inteiras com pouquíssima presença evangelística e que demanda muito esforço
missionário. Nas 7 províncias do Norte a igreja católica é muito forte, mais que em outras regiões, e há poucas
igrejas evangélicas. Algumas missões têm o alvo de plantar igrejas nesta área.

As 4 províncias do Sul representam a parte mais pobre do país e com menor influência evangélica. Estes dois
extremos são as áreas de maior dificuldade tanto para a Igreja portuguesa quanto para as missões estrangeiras,
devido a forte resistência do povo ao evangelho. No Norte a população tem se tornado cada vez mais
secularizada, enquanto no Sul o povo ainda é extremamente tradicionalista.

2
Ibidem, p. 546.
3
JOHNSTONE e MANDRYK, 2000, p. 545.
Dos 316 municípios de Portugal, 69 não tem nenhuma igreja evangélica, e das 4.400 localidades apenas 768
têm algum testemunho evangélico residente. Isto significa que ainda há muitas comunidades em Portugal sem
nenhum crente sequer.Na ilha de Madeira há 13 pequenas igrejas e das 9 ilhas de Açores 4 ainda não têm
igrejas.

Atualmente somos os únicos brasileiros com a Missão AMEM interessados na evangelização dos portugueses.
Eu, minha esposa Mirtes e nosso filho Vinícius de quatro meses. Somos membros do Ministério Evangélico As
Nações para Cristo em Montes Claros, Norte de Minas Gerais, denominação da qual sou pastor, e trabalhamos
na base da AMEM em Belo Horizonte desde Junho de 2004. Enquanto nos preparávamos para o ministério no
MTC Latino Americano, centro de treinamento missionário da Missão AMEM no Brasil, entre 2000-2003, tivemos
a oportunidade de trabalhar por dois anos em uma pequena congregação de nossa igreja, no Povoado de São
Geraldo II. Esta comunidade é muito católica e tem características muito similares às de Portugal.

Foi naquela época que sentimos um forte interesse e direcionamento de Deus para o trabalho com evangelismo,
discipulado e plantação de igrejas no interior do país. Entendemos então que aquele tempo na congregação
seria de grande importância na nossa preparação para o campo, onde também não encontraríamos condições
muito favoráveis para o estabelecimento do Evangelho e plantação de igrejas. Foi com essa visão que nos
unimos a AMEM e assim permanecemos.

Baseados nos pensamentos do apóstolo Paulo em Romanos 15:19, propomos nos “esforçar por pregar o
Evangelho, não onde Cristo já fora anunciado” em Portugal, mas especialmente nestes locais onde poucos
conhecem o Evangelho da graça. Temos o propósito de partir para o campo no início do próximo ano e nos
dedicar especialmente às cidades do Interior do país onde há pouca ou nenhuma presença evangélica.
Reconhecemos as dificuldades e necessidades como grandes oportunidades para Deus agir através de quem
deseja trabalhar segundo a vontade dEle.

Junte-se a nós

Os desafios de Portugal são neste momento uma oportunidade para Deus revelar o seu grande poder e amor
através de nossas vidas. Este é um momento de grande importância para a igreja brasileira, que, contando com
as facilidades da língua, poderá aproveitar a oportunidade para ministrar ao povo português. Mas também é um
momento importante para a igreja portuguesa que está se abrindo para acolher todos quantos desejarem unir
forças com ela pela evangelização do seu povo. Junte-se a nós. O desafio é grande, mas para Deus não há
impossíveis!

JOHNSTONE, Patrick; MANDRYK, Jason. Intercessão Mundial: Edição Século XXI. Camanducaia: Horizontes, 2003. p. 544-
547.
http://www.encarta.msn.com/encyclopedia.
http://www.portugal.info.com.

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