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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA DO JÚRI DA

COMARCA DE _____, ESTADO DE ____

(dez linhas)

Proc. n.º

JERUSA, nacionalidade, estado civil, profissão, portadora da cédula de identidade - RG n.º e


inscrita no CPF/MF sob o n.º, residente e domiciliada na Rua, n.º, cidade de, Estado de,
através de seu advogado regularmente constituído (instrumento de mandato anexo - doc. 01),
vem, respeitosamente perante Vossa Excelência, com fulcro no que dispõe o Artigo 581,
inciso IV, do Código de Processo Penal, por não se conformar com a sentença de
pronúncia proferida em seu desfavor, interpor RECURSO EM SENTIDO ESTRITO.
Requer o recebimento e processamento do presente recurso, além do exercício do juízo de
retratação previsto no Artigo 589, do Código de Processo Penal.

Se mantida a respeitável decisão atacada, postula o recorrente, com as razões recursais que
acompanham esta petição de interposição, a remessa dos Autos à instância superior de
julgamento.

Termos em que,
Pede Deferimento.

Local, data.

Advogado
OAB n.º

RAZÕES DE RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

Proc. n.º

Egrégio Tribunal,
Colenda Câmara,
Doutos Julgadores
A recorrente, por não se conformar com a decisão de pronúncia proferida pelo respeitável
juízo a quo nos Autos do Processo n.º, apresenta as suas razões recursais objetivando a
reforma da mencionada decisão pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

I - DA BREVE NARRATIVA DOS FATOS

A recorrente foi denunciada pelo Ministério Público pela prática, ao menos em tese, do crime
de homicídio doloso previsto no Artigo 121, do Código Penal c/c Artigo 18 do mesmo
diploma legal.

Segundo consta dos Autos, a recorrente, atrasada para um importante compromisso


profissional, dirigia o seu veículo automotor dentro da velocidade regulamentar quando, ao
realizar uma ultrapassagem, acabou por atingir a vítima DIOGO, a qual vinha conduzindo sua
motocicleta em altíssima velocidade pelo sentido oposto da via.

Em que pese a presteza da requerente ao acionar o serviço de Resgate, DIOGO não resistiu
ao ferimentos sofridos e veio a falecer.

II - DA FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA

A decisão do juízo a quo que pronunciou a recorrente não deve prosperar.

Com efeito, verifica-se que o órgão ministerial balizou sua denúncia na tese de dolo eventual,
argumentando neste sentido que a recorrente, ao realizar a manobra com seu veículo
automotor teria assumido o risco de atingir alguém e lhe causar a morte.

Não é esta conclusão que se depreende da leitura dos autos e de todo o plexo probatório nele
coligido, pois durante a investigação e toda primeira fase do rito especial do Tribunal do Júri
ficou demonstrado que a requerente conduzia o seu veículo em velocidade compatível com a
vítima e que o resultado alcançado sequer era previsível.

Não se trata, Excelências, de crime doloso contra a vida como pretende o Ministério Público.

Trata-se de verdadeiro resultado advindo de mera culpa da recorrente, que, em que pese
estar conduzindo o seu veículo em velocidade regulamentar, deixou de tomar as precauções
exigidas para a realização da manobra de trânsito, haja vista que ela não teria utilizado a seta
luminosa de seu automóvel com o objetivo de realizar a ultrapassem.

Há que se falar, portanto, em mera culpa resultante de negligência consistente no não


acionamento de seta luminosa comunicadora da manobra veicular de ultrapassagem, ou,
quem sabe, culpa resultante de imprudência consistente no ato da requerente de realizar a
ultrapassagem em via de mão dupla sem se atentar para o tráfego de veículos que vinha em
sentido contrário.

Descabida, desta forma, a tese de dolo eventual, eis que a recorrente em nenhum momento
agiu de forma a aceitar o resultado morte no momento em que conduzia prudentemente o seu
veículo automotor.

Uma vez afastada a tese de dolo eventual deverá, nos termos do Artigo 419, do Código de
Processo Penal, haver a desclassificação do crime de homicídio previsto no Código Penal
Brasileiro para o delito de Homicídio Culposo na condução de veículo automotor previsto
no Artigo 302, do Código de Trânsito Brasileiro.

Como resultado, considerando o mandamento constitucional insculpido no Artigo 5º, inciso


XXXVII, da Constituição Federal, deverão os Autos serem remetidos para o juízo singular de
uma das Varas Criminais, afastando-se, de plano, a competência de julgamento pelo Tribunal
do Júri.

III - DO PEDIDO

Ante os fatos expostos, requer seja conhecido e provido o presente recurso em sentido estrito
a fim de reformar a decisão impugnada para, uma vez afastada a tese de dolo eventual,
promover a desclassificação do crime de homicídio doloso para o crime de homicídio culposo
na condução de veículo automotor previsto no Artigo 302, do Código de Trânsito
Brasileiro.

Como consequência dos efeitos da desclassificação suscitada, requer o recorrente sejam os


presentes Autos de Processo Criminal remetidos a uma das Varas Criminais desta Comarca
objetivando julgamento pelo juízo singular.

Termos em que;
Pede deferimento
Local, 09 de Agosto de 2013

ADVOGADO
OAB n.º

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