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YORUBA-SPEAKING PEOPLES OF THE SLAVE COAST OF WEST AFRICA THEIR RELIGION,

MANNERS, CUSTOMS, LAWS. LANGUAGE, ETC.


WITH AN APPENDIX CONTAINING A COMPARISON OF THE TSHI, GA, EWE, AND YORUBA
LANGUAGES.

BY A. B. ELLIS, 1894.

CAPÍTULO VIII - A MEDIDA DO TEMPO

Os Yorubás contam o tempo por meio das fases da lua e de semanas. Uma lua ou mês é o
período de tempo entre uma lua nova e a próxima e, como ocorre com todos os povos
que contam o tempo por meses lunares, os dias começam ao por do sol, isto é, na hora
em que a lua nova é primeiramente avistada.
O costume de medir o tempo por meio dos meses lunares parece ser comum a todos os
povos não civilizados. Eles recorrem a esse fenômeno, que se repete regularmente em
intervalos fixos, por propiciar um meio natural e fácil de computar a passagem do tempo.
O emprego de semanas, isto é, de subdivisões do mês lunar, parece extraordinário, de
acordo com o que se sabe acerca das maneiras empregadas pelas raças inferiores (SIC –
NT. O coronel parece ser racista) para medirem o tempo. Mas esse assunto é um dos que
tem sido muito negligenciado pelos exploradores e existe muito pouca
informação para possibilitar conclusões efetivas.

As tribos Tshi da Costa do Ouro adotam (conforme foi dito no primeiro volume desta
série) uma semana de sete dias, ou, para ser mais correto, eles dividiram o mês lunar,
que possui aproximadamente vinte e nove dias e meio, em quatro partes, cada uma com
sete dias e nove horas. Desta forma, como já foi dito (no livro "Tshi-speaking Peoples of
the Gold Coast" pp. 215, 216) cada semana começa numa hora diferente do dia. Isso
ocorre em razão de ‘vinte e nove horas e meia’ não serem divisíveis exatamente em
metades e quartos. O primeiro dia da semana do mês lunar começa quando a lua nova é
primeiramente percebida. O primeiro dia da segunda semana começa cerca de nove horas
mais tarde e assim por diante.

As tribos Gã têm modo similar de medir o tempo, mas seus nomes para os dias da
semana não são os mesmos empregados pelas tribos Tshi.
Eles são:
Primeiro dia. Dsu,
Segundo dia Dsu-fo,
Terceiro dia. Fso,
Quarto dia. So,
Quinto dia. So-ha,
Sexto dia. Ho,
Sétimo dia. Ho-gba.

Esses nomes parecem, como será visto, consistir de três pares e um simples, o terceiro
dia.
A semana dos Yorubá consiste de cinco dias, sendo que seis delas supõe-se perfazer um
mês lunar. Mas, desde que o primeiro dia da primeira semana sempre começa com o
aparecimento da lua nova, o mês contém de fato cinco semanas de cinco dias de duração
e uma de quatro dias e meio, aproximadamente.

Diz-se que as tribos de Benin possuem maneira similar de contar o tempo e que os
Yorubás talvez tenham tomado emprestada a semana de cinco dias deles.

Assim, as tribos Tshi e Gã adicionam umas poucas horas a cada semana de sete dias de
forma a fazer com que quatro delas coincidam com o mês lunar, enquanto os Yorubás
deduzem cerca de doze horas da última semana de cinco dias.
A razão é óbvia. Vinte e nove e meio não se pode dividir. Os números mais próximos
capazes disso são vinte e oito e trinta. Os Tshi e Gã adotaram vinte e oito e tem que
adicionar algumas horas enquanto os Yorubás adotaram trinta e tem que diminuir.

Nós dissemos que dividir o mês lunar em semanas parece ser extraordinário entre raças
inferiores, todavia temos outros exemplos.

Os Ahantas, que habitam a parte ocidental da Costa do Ouro, dividem o mês lunar em
três períodos, dois de dez dias de duração e o terceiro durando até o aparecimento da lua
nova, isto é, nove dias e meio. Os Sofalese da África Oriental devem ter sistema
semelhante, já que De Faria disse que eles dividem o mês em três semanas de dez dias e
que o primeiro dia da primeira semana era o festival da lua nova.
Quando um povo possui conhecimentos astronômicos que o capacite a adotar o ano solar
como medida de tempo, o mês, (em razão de um exato numero de meses lunares não
constituírem um ano solar), transforma-se num período civil ou um mês de calendário,
sendo arbitrariamente fixado com certo número de dias, ou, há alguns meses são
atribuídos mais dias que a outros. Quando isso ocorre e a contagem dos dias do mês
independe da lua e de suas fases, parece que a semana (que era uma subdivisão do mês
lunar e era, sem duvida, desenhada para marcar as principais fases da lua) também se
torna um período civil e constitui uma subdivisão do mês civil.
Os antigos gregos tinham um mês civil de trinta dias, dividido em três semanas de dez
dias. Os javaneses, antes de adotarem a semana de sete dias dos muçulmanos, tinham
uma semana civil de cinco dias. Assim, os primeiros assemelhavam-se aos Ahantas e os
últimos aos Yorubás e, sem dúvida, quando ambos contavam o tempo pelos meses
lunares ao invés de pelos meses civis, eles, igualmente aos Ahantas e Yorubás tinham
que fazer adaptações cortando ou adicionando horas à última subdivisão do mês.
Os nomes dos dias da semana Yorubá são:
1. Ako-ojo. Primeiro dia,
2. Ojo-awo. Dia do segredo (sagrado para Ifá),
3. Ojo-Ogun. Dia de Ogun,
4. Ojo-Shango. Dia de Xangô,
5. Ojo-Obatala. Dia de Obatala.

Ako-ojo é um sábado (os hebreus consideravam sábado – sabbath um dia sagrado. Os


cristãos chamam os sábados de domingo), ou dia de descanso geral. É considerado dia de
azar e nenhum negócio de importância é nele levado a efeito. Nesse dia, todos os templos
são varridos e água para o uso dos deuses é trazida em procissão. Cada um dos demais
dias é um dia de descanso para os seguidores do deus a quem eles são dedicados e
somente para eles. Ojo-Shango sendo o sábado para os seguidores do deus do trovão
e Ojo-Ogun para aqueles do deus do ferro, mas Ako-Ojo é um dia de descanso para
todos. Um dia sagrado é chamado de Ose (se – não permitir) e, em virtude de cada dia
sagrado repetir-se semanalmente, Ose passou a significar a semana de cinco dias, ou o
período entre dois dias sagrados.
Parece haver boa razão para supor-se que a instituição de um dia de descanso geral (não
somente entre os Yorubás, mas na maioria ou, se não, em todos os outros casos), pode
estar ligada à adoração da lua. O primeiro dia da primeira semana é percebido pelo
aparecimento da lua nova no céu e era, pensamos o festival da lua, ou dia sagrado da lua.
Esse dia sagrado, antes da invenção das semanas, repetia-se mensalmente, mas depois
que o mês lunar foi subdividido ele passou a repetir-se semanalmente, sendo o primeiro
dia da semana. Os Mendis do interior da Serra Leoa que medem o tempo por meses
lunares, mas não empregam subdivisões semanais, possuem um festival da lua nova e
abstém-se de todo o trabalho no dia da lua nova alegando que se eles infringissem essa
regra o milho e o arroz ficariam vermelhos sendo o dia da lua nova o "dia do sangue". Daí
podemos talvez inferir que era, há algum tempo, costumeiro oferecer sacrifícios humanos
para a lua nova (NT. isso é que é sacar...). Os Bechuanas da África do Sul
guardam as vinte e quatro horas desde a noite em que a lua nova aparece até a noite
seguinte, como um dia de descanso e evitam ir a seus jardins. Esses são exemplos de
meses lunares.

O primeiro dia da semana Tshi, que na primeira semana do mês lunar é o dia da lua nova
é chamado Dyo-da (Adjwo-da) "Dia do Descanso" e é um dia de descanso geral. Os outros
dias da semana também são, à semelhança dos Yorubás, dias de descanso, mas tão
somente por razões particulares e não para toda a comunidade. O segundo dia, Bna-da, é
sagrado para os deuses do mar, e é o domingo dos pescadores, enquanto o quinto dia,
Fi-da, é o domingo dos agricultores. O primeiro dia da semana dos Gã, que também é um
dia de descanso geral é chamado de Dsu, "Purificação". Dsu parece também ter sido
usado como um título da Lua, pois a prata é denominada dsu-etci, "substância da Lua" ou
"pedra da Lua", e nos conhecidos idiomas Ewe e Yorubá, a Lua é chamada Dsu-nu e Oshu
respectivamente. Devido às mais recentes e mais antropomórficas concepções acerca dos
Deuses a adoração da Lua aparentemente desapareceu, embora todos esses povos
saúdem a Lua nova respeitosamente quando ela é primeiramente percebida e um epíteto
Tshi para a Lua é boshun, "sagrado", ou "Deus". Quando, todavia, o culto da lua
floresceu, esse satélite deve ter sido um dos deuses adorados por toda a comunidade e,
por isso, o dia dedicado à lua é, geralmente, um dia de descanso, e não, como os outros
dias da semana, um dia de descanso para determinadas pessoas somente. No caso das
tribos Tshi e Gã nós temos exemplos de um sábado da lua que ocorre todas as semanas.
Parece provável que o sábado judeu esteve da mesma forma conectado primeiramente ao
culto da lua e a princípio era um festival mensal como o dos Mendis e Bechuanas, mas
tornou-se um festival semanal depois que os judeus adotaram a semana de sete dias dos
babilônios.
Nos livros históricos do Velho Testamento, Joshua, Juizes, Samuel e o primeiro livro de
Reis não há menção a um sábado semanal que é mencionado pela primeira vez em Reis II
v. 23, de fato essas passagens evidenciam que tal instituição era desconhecida; pelo que
consta de Joshua vi. 13-16, dos eventos descritos em Samuel I v. XXIX e XXX e nos
quatorze dias de festas de Salomão (I Reis VIII. 65) o que teria constituído uma violação
do sábado, "Não permitam que nenhum homem deixe esse local no sétimo dia" (Êxodos
XVI. 29). Mas, enquanto o sábado semanal não é mencionado, encontramos menções a
um festival da lua nova (Samuel XX. 05, 18, 24, 26).
Em todos os mais recentes trabalhos, escritos depois do contato com os babilônios,
achamos freqüentes menções de sábados (sabbaths), mas quase sempre em conexão com
luas novas, e o dia da lua nova, propriamente dita, era observado como um dia de
descanso ou sábado (Ezequiel XLVI. 1; Amos VIII. 5. veja também Neemias X. 23; Isaias
I. 13; 1 XVI, 23; Ezequiel X1V. 17; Hosea II. 11).
Pode ser rapidamente compreendido que o sábado judeu passou a ser chamado de sétimo
dia, embora originariamente tenha sido o dia da lua nova e, conseqüentemente, o
primeiro dia do mês lunar. Quando um dia sagrado repete-se a cada sete dias, o dia em
que é comemorado é chamado de sétimo dia. Assim, o dia do sábado Yorubá, que se
sucede a cada cinco dias, é chamado de quinto dia da semana, embora o
significado do nome Ako-ojo seja primeiro dia.

Parece constituir costume universal que num dia dedicado a um deus, nenhum trabalho
deve ser executado pelos seguidores deste deus.
Abster-se de trabalhar era sem dúvida uma forma de mostrar respeito pelo deus e, sendo
acreditado que qualquer falta de respeito acarretaria algum tipo de punição, a proposição
de que era azarado trabalhar num dia sagrado naturalmente tornava-se rapidamente
aceitável. Dessa forma, os Yorubás consideram que traz azar trabalhar no Ako-ojo, ou
sábado geral e para os seguidores dos deuses a quem os demais dias são dedicado,
trabalhar nestes dias.

Entre as tribos Tshi, Gã, Ewe e Yorubá, violar um dia sagrado para um deus era uma
ofensa tão grave quanto o era violar o sábado dos judeus e, da mesma forma como entre
os judeus, a punição era a morte, havendo a noção de que, caso a honra do deus não
fosse vingada por seus seguidores, eles também sofreriam pela ofensa. Assim, o violador
dos sábados era morto pelos demais seguidores do deus por motivo de autoproteção. Na
Costa do Ouro, há algum tempo, qualquer pescador que ousasse sair para o mar no Bua-
da, o sábado dos pescadores, seria inevitavelmente condenado à morte. As pessoas que
não fossem pescadores e conseqüentemente não seguidores dos deuses do mar podiam
proceder da forma como quisessem, pois segundo o espírito de tolerância que quase
sempre acompanha o politeísmo, eles eram considerados responsáveis apenas aos olhos
de seus próprios deuses.

Entre as tribos Yorubás, os mercados são conduzidos semanalmente, isto é, a cada cinco
dias. O dia do mercado varia em diferentes localidades, mas nunca ocorre no Ako-ojo.
Desse costume de efetuar mercados a cada cinco dias surgiu outro modo de computar o
tempo, empregando períodos de dezessete dias denominados eta-di-ogun (três menos
que vinte). Esse é o costume das sociedades de Esú ou clubes de subscrição que são
bastante comuns entre as tribos Yorubás e ainda existem sob o mesmo nome entre os
descendentes de negros nas Bahamas.
Os membros de uma sociedade Esú encontram-se a cada quinto dia de mercado e pagam
as suas subscrições, cada membro em sua vez pegando toda a quantia que havia
contribuído em um encontro. (N.T. não entendi, porém é isso o que está escrito). O
primeiro e o quinto dias de mercado são contados duas vezes e assim o número dezessete
é encontrado. Por exemplo, supondo que o segundo dia do mês seja um dia de mercado,
o segundo mercado cairia no sexto dia, o terceiro no décimo, o quarto no décimo quarto e
o quinto no décimo oitavo dia. O quinto dia de mercado no qual os membros se reúnem e
pagam as suas subscrições é contado novamente como sendo o primeiro dia da nova
série. Esses clubes ou sociedades são tão comuns que os períodos de dezessete dias
tornaram-se uma forma de auxiliar a contagem do tempo.
Osan é dia em contraposição a oru que é noite. A divisão do dia e da noite em horas não
é conhecida, mas o dia é divido nos seguintes períodos: kutu-kutu, de manhã cedo,
owuro, manhã antes do meio dia, gangan, ou osan gangan (gangan = perpendicular,
ereto), meio dia, iji-she kpale (alongamento das sombras), tarde e ashale ou ashewale,
noite, crepúsculo. A noite é dividido em períodos segundo o cantar dos galos. Akuko-
shiwaju (o galo abrindo o caminho), o primeiro cantar do galo, Ada-ji ou Ada-jiwa, hora do
segundo cantar do galo e ofere ou ofe, hora do cantar do galo imediatamente antes do
nascer do sol.
Odun significa ano e, como a palavra ose, semana, é também um festival anual que é
celebrado em outubro e o período de tempo decorrido entre dois festivais. O ano é
dividido em estações Ewo-erun, estação seca, Ewo-oye, estação do vento harmattan e
Ewo-ajo, estação das chuvas. Essa última é divida em ako-ro, a primeira chuva e aro-kuro,
a última chuva ou pequena estação chuvosa.

Observações:
Em relação à semana Yorubá gostaria de colocar as seguintes informações:
É conhecida a referencia de que a semana Yorubá tem 04 dias:
Ojo awo - dia de orunmilà
Ojo ogun
Òjó jakuta (xangô)
Òjó obatala

(J. Beniste - Águas de Oxalá)

Afolabi Epega (Ifá ancient wisdom), diz que os Yorubá reconhecem uma semana de 7 dias,
e que os 7 dias não seriam assim uma influencia ocidental. Explica isso dizendo que
várias cerimônias, como o axexê, duram 7 dias e não 4 dias.

Ele cita que a semana de 04 dias (chamada de 5 dias) existe para motivos de marketing
e culto aos orixá. Assim Orixa’nla teria escolhido o primeiro dia, Orunmilà o segundo,
Ogun o terceiro e xangô o quarto. Assim sendo existiriam 7 semanas em um mês lunar
em Yorubaland (7 x 4).

Os 07 dias seriam:
Òjó aiku; òjó aje; Ojo isegun; òjó ru; òjó bo; òjó eti; òjó aba meta.

Racquell Narducci

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