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A Liga Hanseática: associação comercial que

CRISE DO SISTEMA FEUDAL
reunia cidades do norte europeu. Surgiu em
1241, com a aliança entre Hamburgo e Lubeck.

Expansão econômica na Idade Média: As No século XV, em pleno apogeu, a Liga

inovações técnicas, o aumento da mão-de-obra Hanseática era uma confederação político-

e o fim das invasões permitiram a produção de econômica com mais de 60 cidades, possuindo

um excedente da produção nos senhorios, que frotas, exércitos e governo próprio. A Liga

era vendido. Isso criava uma classe mercantil, controlava todo o comércio da rota do mar do

que transportava e comercializava essa norte.

produção. Novas terras começaram a ser

exploradas e os feudos se expandiram, O comércio de Gênova e Veneza: a rota

surgindo grandes movimentos mercantis como comercial do sul era realizada através do mar

o comércio marítimo e as Cruzadas. Mediterrâneo, tendo como cidades mais

importantes Gênova e Veneza. O comércio

Expansão demográfica: o fim das invasões na dessas cidades concentrava-se principalmente

Europa proporcionou ao homem medieval na importação de especiarias (cravo, canela,

melhores condições de cultivo da terra. As noz-moscada, pimenta) e artigos de luxo

epidemias, que assolaram a Europa logo após (perfumes, seda, porcelana marfim) do Oriente.

as invasões diminuíram com o isolamento da

população em feudos, o que dificultava o Feiras e burgos: Com o aumento do comércio,

contágio. Em consequência, a partir do século surgiram as feiras, lugar onde se vendia o

X, o índice de natalidade começou a superar o excedente de produção dos senhorios. Elas

de mortalidade. logo cresceram e deixaram de ser temporárias

para serem permanentes, virando cidades – ou

Com isso, a produção foi se tornando burgos. Os comerciantes e artesãos que se

insuficiente para atender o consumo, causando estabeleciam nessa região compravam as

transformações na vida feudal europeia. terras dos senhores e criavam burgos livres
dos senhores feudais – as comunas. Para lá

Como consequência imediata houve a fugiriam os servos, reforçando a produção

marginalização social: os senhores feudais, dessas cidades.

buscando ajustar o consumo à produção,

expulsavam o excedente populacional de suas
terras.

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Cruzadas - A guerra santa dos cristãos. Em
1095, o papa Urbano II, durante o Concílio de
Clermont, fez um apelo à cristandade ocidental
para que movesse uma guerra santa contra os
povos muçulmanos que dominavam lugares
sagrados do cristianismo (Jerusalém, por
exemplo).
Atendendo ao apelo do papa, os cristãos
organizaram expedições militares conhecidas
como cruzadas.
Além da questão religiosa, outras causas
motivaram a organização das cruzadas: a
mentalidade guerreira da nobreza feudal; e o
interesse econômico em dominar importantes
cidades do Oriente.
De 1096 a 1270, a cristandade européia
organizou oito cruzadas, cada uma com
características próprias, deixando
consequências marcantes na política e na
economia da Idade Média.
Consequências:
Empobrecimento dos senhores feudais, que
tiveram suas economias arrasadas pelo
elevado custo das guerras;
Fortalecimento do poder real, à medida que os
senhores feudais perdiam suas forças;
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Reabertura do mar Mediterrâneo e
consequente desenvolvimento do intercâmbio
comercial entre Europa e Oriente;
Ampliação do universo cultural europeu,
promovida pelo contato com os povos orientais;
Burguesia: O artesanato nas cidades se
organizava através das corporações de ofício,
também conhecidas como guildas ou grêmios,
que era a união de artesãos que faziam um
mesmo produto. Os chefes dessas
corporações, mestres de ofício, e os
comerciantes se enquadram no perfil da nova
classe que estava surgindo, a burguesia. Essas
corporações dirigiam o ensino artesanal, que
se dividia em três estágios: aprendiz, oficial e
mestre.
Crise do século XIV: Neste século, uma grande
crise de fome, peste (peste negra) e guerras
assolaram a Europa matando um terço da sua
população. Essa crise acentuou as
modificações que já vinham ocorrendo no
campo e, principalmente, acentuou a fuga de
camponeses para as cidades.
A convivência do feudalismo com o
desenvolvimento comercial urbano resultou
em diversas crises. Nos séculos XIV e XV, essas
crises aceleraram definitivamente a
decadência do feudalismo, que não mais
atendia às necessidades da época.
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No século XV, a insuficiência de moedas e de
mercados e o elevado preço dos produtos
orientais impuseram à Europa dificuldades que
só seriam solucionadas com uma expansão de
grande envergadura, que estabelecesse novas
rotas comerciais com o Oriente. Assim, a
expansão marítima do século XV apresentou-se
como solução à continuação do
desenvolvimento comercial ao longo da Baixa
Idade Média, tendo como agentes a burguesia e
o Estado Nacional Moderno.
Peste Negra (1347 – 1350): Doença provocada
pelo bacilo Pasteurella pestis, transmitida
através da picada de pulgas vindas de ratos
(forma bubônica) e também de uma pessoa
pela outra (forma pulmonar). Acredita-se que
esta peste tenha sido trazida do Oriente por um
navio genovês. A doença espalhou-se
rapidamente pela Europa causando uma
epidemia – calcula-se que um terço da
população tenha morrido vítima da peste
negra.
Guerra dos Cem Anos: Guerra entre a França e
a Inglaterra (1337 – 1453), que teve como
causa a sucessão dinástica e a disputa pela
região de Flandres, onde se desenvolvia a
manufatura de lã. A luta pelo controle e trono
da França só terminou, quando o povo francês
empreendeu a luta pela libertação de seu país
animado por um profundo sentimento
nacionalista.
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Joana D’Arc tornou-se o maior mito desse
período. Dizia-se enviada por Deus para
expulsar os ingleses do reino da França, e seu
fervor religioso contagiou os franceses.
Libertando boa parte da França, Joana D’Arc
levou Carlos VII a Reims, no norte do país, onde
o rei foi coroado segundo antigas tradições.
Em 1430, aprisionada pelos borguinhões (reino
de Borgonha – França), Joana D’Arc foi
entregue aos ingleses e julgada por um
tribunal eclesiástico. Acusada de heresia e
condenada à morte, foi queimada em praça
pública, na cidade de Rouen.
As jacqueries revoltas camponesas: expressão
que os nobres franceses usavam para designar
o homem do campo e que poderia ser
traduzida por “João Ninguém”. A mais
importante rebelião camponesa eclodiu em
1358 d. C., quando milhares de camponeses
rebelaram-se contra seus senhores,
destruindo inúmeros castelos e exterminando
seus habitantes. A contraofensiva dos nobres
não tardou: apoiados pelo exército real,
sufocaram a rebelião, executando mais de
vinte mil pessoas.
O Islã e sua expansão
A história do Islã começa na península arábica,
onde viviam tribos nômades de beduínos. Cada
tribo era chefiada por um sheik. A religião era
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politeísta e animista (adoração de coisas Esse episódio deu-se no ano de 622, e é

animadas ou inanimadas, tais como animais,
pedras, etc.).
Uma das poucas cidades existentes na Arábia
era Meca, passagem das importantes rotas de
caravanas que iam do Iêmen para a Abissínia,
ligando os impérios bizantino e persa.
O comércio de Meca era controlado pelos
coraichitas. Além do comércio, controlavam
também as rendas obtidas com a peregrinação
que as populações faziam à cidade. Ali ficava a
Kaaba, um edifício quadrado onde estava
depositada a pedra sagrada negra e mais 360
fetiches, representando diferentes deidades.
conhecido na história do islamismo como
hégira (significa romper velhos laços),
marcando o início do calendário muçulmano.
No ano de 630, Maomé, à frente de um exército,
invadiu Meca, dominou seus opositores e
destruiu os diversos ídolos da Kaaba.
Preservou o templo e a pedra negra, símbolo,
daquele momento em diante, da unificação do
povo árabe e do monoteísmo. Os ensinamentos
de Maomé e a doutrina islâmica foram
registrados num livro sagrado denominado Al
Corão.

Nesse ambiente foi que nasceu Maomé (570 –

632 d.C.). Cedo seguiu as caravanas. Com 20
anos casou-se com uma rica viúva. Pode,
então, se dedicar à meditação. Segundo a
tradição islâmica, meditando aos pés de uma
montanha, começou a ter visões do Arcanjo
Gabriel. Maomé estava convencido de ser um
profeta de Alá (Deus) para aperfeiçoar a
religião revelada em tempos anteriores a
Abraão, Moisés e Jesus.

Poucos seguidores o ouviram no começo.

Maomé sofria, isto sim, uma forte oposição da
liderança política religiosa da cidade, que não
queria perder o monopólio das receitas
religiosas da Kaaba. Maomé e seus seguidores
deixaram Meca e fixaram-se na vizinha Medina.

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