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Superfícies na Peça
Superfícies da Ferramenta
Gumes
É a aresta formada pela face e pelo flanco, destinada a realizar o corte. Existem dois gumes na
ferramenta:
Gume principal – usado para produzir a superfície transitória na peça
Gume secundário
Quina
Dimensões da quina/chanfro
rε → raio da quina
bε → comprimento da quina chanfrada
bγ e bα → largura do chanfro
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TEU – Teoria da Usinagem Notas de aula
Movimento de corte
Objetivo de provocar um deslocamento relativo entre a ferramenta e a peça, forçando o
material da peça sobre a face da ferramenta.
Velocidade de corte
Ocorre na direção do momento de corte.
Movimento de avanço
Em conjunto com a movimentação de corte leva à remoção repetida ou contínua de cavacos e
à geração de uma superfície usinada.
Velocidade de avanço
vf → na direção do movimento de avanço
Movimento resultante
Sistemas de Referência
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TEU – Teoria da Usinagem Notas de aula
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TEU – Teoria da Usinagem Notas de aula
Ângulos da Ferramenta
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Avanço (f)
É a grandeza de movimento de avanço dado em mm/rotação, medido no plano de trabalho
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TEU – Teoria da Usinagem Notas de aula
Grandezas de usinagem
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TEU – Teoria da Usinagem Notas de aula
γ depende:
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TEU – Teoria da Usinagem Notas de aula
c) atenuar vibrações:
λs- → produz uma força no sentido longitudinal da ferramenta, tendendo a afastá-la da peça.
λs- → tende a reduzir os inconvenientes de folgas e apertos deficientes da peça, forçando o
carro porta-ferramenta contra o fuso de acionamento.
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TEU – Teoria da Usinagem Notas de aula
Funções e vantagens:
1 - Distribui as tensões de corte favoravelmente no início e no fim do corte;
4 – Produz uma força passiva na ferramenta, o que ajuda a eliminar eventuais vibrações;
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Ângulo de chanfro
- é executado na quina da ferramenta
- o chanfro aumenta o ângulo de quina da ferramenta e produz um cavaco bem mais fino, mas
de espessura uniforme
Em relação ao raio de ponta tem as seguintes vantagens:
1- raramente induz à vibração
2- praticamente não aumenta a força e a potência de corte
3- produz um excelente acabamento
Quebra cavacos
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Tipos de cavacos
-cavaco contínuo
- cavaco cisalhado
- cavaco arrancado
Cavaco contínuo
- escorrega ao longo do plano de cisalhamento, praticamente sem romper, formando o cavaco
que desliza uniformemente sobre a face da ferramenta.
- obtido na usinagem de materiais dúcteis em alta vc, ou em baixa vc, mas empregando fluido
de corte eficiente.
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Cavaco cisalhado
Formação:
Cavaco arrancado
- produzido na usinagem de materiais frágeis como o ferro fundido.
- forma de pequenos fragmentos independentes.
Fator de recalque
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Grande importância na teoria da usinagem, pois orienta sobre fatores de usinabilidade como:
- pressão específica do cavaco sobre a ferramenta;
- volume de cavaco produzido por unidade de potência;
- temperatura;
- é uma relação que diz respeito a quanto o cavaco se deformou, mas nada diz sobre a vida da
ferramenta.
Por exemplo, se , quer dizer que a porção de metal que fica em cima da ferramenta é
sete vezes maior que a profundidade de corte.
Potência de usinagem
Potência de acionamento
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Coeficiente de atrito:
Material da peça
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Velocidade de corte
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Equação de Kengle
Como: e
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Por exemplo:
Temperatura na usinagem
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Distribuição de temperatura
Fluxo de calor
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Influência da vc na temperatura
↑ vc
↑ área de usinagem
↑ deformação do material
Logo, ↑ TEMPERATURA
Avarias
É a falha completa da ferramenta.
Tipos de avarias:
- quebras
- força de corte excessiva, material frágil
- trincas (ex: fresamento → força de corte intermitente)
- sulcos em forma de pente (ex: fresamento → variação de temperatura)
- deformação plástica (material da ferramenta amolece devido às altas temperaturas e força
de corte)
Desgaste
É a perda progressiva de material da ferramenta de corte na face e nos flancos. Podem ser de
dois tipos: desgaste do flanco ou desgaste de cratera.
Desgaste de flanco
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TEU – Teoria da Usinagem Notas de aula
Desgaste de cratera
Desgaste
Abrasão
Adesão
- soldagem de pequenas porções de material sobre a superfície da ferramenta.
- quando se solta pode levar consigo material da ferramenta (fragmentos macroscópicos).
Obs.: pode levar à formação de gume (ou aresta) postiça de corte à baixa
velocidade de corte.
Difusão
- ocorre pela difusão química entre o material da peça e o material da ferramenta.
- ocorre pela afinidade química entre o material da peça e da ferramenta.
Obs.: No HSS (aço rápido) não tem muita importância, uma vez que a dureza a quente é
ultrapassada antes de ocorrer uma forte difusão.
Oxidação
- altas T e presença de ar → formação de óxidos na superfície da ferramenta.
- ferramenta de MD (metal duro) contendo WC e CO (filme poroso, mas facilmente arrancável
pelo cavaco).
- entretanto Al2O3 é mais duro.
- portanto alguns materiais de ferramentas tornam-se mais resistentes que outros.
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TEU – Teoria da Usinagem Notas de aula
Desgaste total
1 – Adesão
2 – Oxidação
3 – Abrasão
4 – Difusão
Principais:
1 – Falha completa da ferramenta.
2 – Falha preliminar.
Acontece em aço rápido devido ao forte atrito com o flanco.
3 – Largura da marca do desgaste no flanco.
VB máximo permitido: - desbaste torneamento pç. grande → 1,0 ... 1,5 mm
- desbaste torneamento pç. pequena → 0,8 ... 1,0 mm
- usinagem fina → 0,1 ... 0,2 mm
- torneamento acabamento → 0,2 ... 0,3 mm
4 – Vibrações intensas da peça, da ferramenta, ruídos fortes por vibração da máquina.
5 – Profundidade de cratera.
kt ou fator k.
6 – Deficiência do acabamento superficial da peça.
7 – Formação de rebarbas na usinagem.
8 – Forma do cavaco.
9 – Alteração das dimensões da peça.
10 – Força de corte, torque ou potência.
11 – Aumento da força de avanço.
Mais sensível na furação com brocas.
12 – Aumento da temperatura do gume.
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TEU – Teoria da Usinagem Notas de aula
1 – Tempo de máquina.
Apropriado para máquinas automáticas.
2 – Tempo efetivo de corte.
É o mais usual.
3 – Volume de material removido.
4 – Número de peças.
Vida da ferramenta
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Onde:
vf – velocidade de corte para uma vida de t min.
c – constante que corresponde a velocidade de corte para uma vida Tv da ferramenta,
usinando com avanço f = 1 mm e profundidade ap = 1mm.
f – avanço por rotação ou avanço por dente.
x,y – expoentes cujos valores médio valem:
Aço: x = 0,14 e y = 0,42
Fofo: x = 0,10 e y = 0,3
Observações importantes:
A) Quando se aumenta o avanço ou a profundidade de corte a velocidade de corte deve ser
reduzida para manter a vida da ferramenta constante.
B) Assim procedendo, a velocidade de corte diminui numa proporção bem menor do que o
aumento do avanço ou da profundidade, resultado um volume de material removido,
consideravelmente maior, para um mesmo tempo de vida da ferramenta.
Lei Geral
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TEU – Teoria da Usinagem Notas de aula
Funções secundárias
- reduzir forças e potência de usinagem
- melhorar o acabamento superficial da peça
- aumenta a vida da ferramenta
- protege a peça e a máquina da corrosão
Soluções Aquosas
- Água + concentrado de produtos orgânicos e inorgânicos (solúveis em água)
- Vantagens: Limpeza
Transparência (facilita a visão do processo de usinagem)
Alto poder de refrigeração
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TEU – Teoria da Usinagem Notas de aula
Emulsões
- Mistura de óleo com água + agente emulsificador
Obs.: agente emulsificador faz com que o óleo fique distribuído, de modo uniforme e estável
na água, sob forma de finas gotículas.
- Utilizadas, usualmente, quando a ocorrência de altas temperaturas de usinagem constituem
um problema.
-Proporção: 1:10 a 1:50
- Formulação de acordo com as condições químicas e biológicas da água
- Com o uso, a concentração de óleo na água varia
Evaporação da água
O óleo adere aos cavacos e á peca ( daí a necessidade de adição de óleo
temporariamente)
- Microorganismos na água encurtam a vida útil das emulsões
Bactérias
Algas (podem ser combatidos com bactericidas e fungicidas)
Fungos
- Para possibilitar condições de lubrificação em operação de difícil usinagem:
Adição de aditivos EP (extrema pressão)
Óleos Graxos
- Formados por longas cadeias de carbono
- Aderem fortemente às superfícies
Formam uma película lubrificante que reduz o atrito e o desgaste
Excelente qualidade de lubrificação em situações de extrema pressão
Odor desagradável
- Tipos:
Origem animal: óleo de baleia, sebo, banha
Origem vegetal: óleo de algodão, óleo de amendoim, óleo de mamona, óleo de girassol, óleo
de palma
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TEU – Teoria da Usinagem Notas de aula
Óleos Mistos
- É uma mistura de óleo mineral e óleos graxos de origem animal ou vegetal
- Melhora da molhabilidade e aderência reduzindo o atrito
- Empregados em processos de usinagem difícil:
vc baixa, T baixa
lubrificação sob extrema pressão
exigência de boa qualidade superficial
- Odor ruim
- Tendência a formar gomas
Obs.: o tempo de troca do inserto, por exemplo, se estipular em 1 hora você diminui a
quantidade de cavaco removido.
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TEU – Teoria da Usinagem Notas de aula
Estratégias de Usinagem
Tpr Te=m.te
Tprb Tprd tb td
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TEU – Teoria da Usinagem Notas de aula
T – Tempo global
Tpr – Tempo de preparação
Tprb – Tempo de preparação básico (tempo necessário para a execução da tarefa). Ex:
obtenção do material, ferramentas, dispositivos, acessórios, montagens, ajustes de velocidade,
preenchimento de formulários, desmontagens, limpeza.
Tprd – Tempo de preparação distribuído, dispensado em razão de fatores ocasionais (ex:
esclarecimento de dúvidas)
Te – Tempo de execução
m - Número de peças
tb – Tempo básico de execução de uma peça
tp – tempo principal (quando ocorre a remoção efetiva do material)
ts – Tempo secundário (realização de trabalhos, acessórios que se repetem regularmente). Ex:
pegas a peça e levá-la até a máquina; prender a peça; ligar a máquina; aproximar a
ferramenta; ligar o avanço; mudar de rotação; parar a máquina; inspecionar; tirar a peça...
td – Tempo distribuído de execução de uma peça (tempos acidentais)
tdp – devido ao pessoal (recebimento de salários, necessidades fisiológicas, acidentes,
atrasos,...)
tdf – devido à ferramenta (remoção, reafiação, remontagem)
tdem – devido ao equipamento e ao material (reusinagem, rearrumação, eliminação de falhas
e defeitos, remoção de cavaco)
Então:
Logo:
Rearranjando:
Entretanto:
Entretanto:
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TEU – Teoria da Usinagem Notas de aula
Fazendo:
Resumindo Finalmente:
Logo:
Mínimo custo:
ke
kc kv
kt kfe
ke - custo global
kc – custo para peça independente de vc
kv – custo dependente de vc
kt – proporcional ao tempo de execução
kfe – Devido à ferramenta
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TEU – Teoria da Usinagem Notas de aula
onde,
ZTV – número de peças usinadas durante a vida TV de um gume da ferramenta
tp – tempo principal de usinagem
Portanto:
custo total
onde,
T – tempo global de execução
Usinabilidade
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TEU – Teoria da Usinagem Notas de aula
I) Dependentes da máquina
- rigidez estática
- rigidez dinâmica
- potência e força de corte
- gama de velocidades de corte e avanço
V) Dependentes do processo
- velocidade de corte
- grandezas de usinagem (avanço, profundidade)
- modo de atuação da ferramenta sobre a peça (condições de entrada e saída, corte contínuo
ou interrompido, comprimento de contato, etc.).
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TEU – Teoria da Usinagem Notas de aula
Classificação:
Materiais para ferramentas com geometria definida
Aços: - aço-ferramenta
- aço rápido
Aços
Aços-ferramenta:
- primeiros materiais de corte empregados na indústria
- a dureza é obtida através de tratamento térmico
- divididos em: aços sem-liga – C, Si, Mn
aços com liga – C, Si, Mn, Cr, Mo, V, W
- a dureza e a resistência ao desgaste dependem da formação de uma estrutura martensítica
- perda da dureza em temperaturas relativamente baixas (em torno de 250°C) → na usinagem
de aço mole só pode ser usada vc ≤ 25 m/min
Aço rápido:
- contém 0,6 a 1,6% de C
4% de Cr
7 a 10% de W de 5 a 7% desses elementos formam
carbonetos mistos e
4 a 5% de Mo carbonetos complexos (tratamento térmico
complexo)
0,9 a 3% de Vn têmpera acima de 1300°C
85 a 89% de Fe
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TEU – Teoria da Usinagem Notas de aula
Metal duro
Segundo Stemmer:
- carboneto sinterizado
- material desenvolvido pela empresa Krupp, cujo nome era conhecido comercialmente como
widia (wie diamant)
- são materiais sinterizados, ligados com ligante metálico
Materiais sinterizados, por exemplo: WC (carboneto de tungstênio) → fornece alta
dureza a quente e
resistência ao desgaste
Ligante metálico, por exemplo: Co → constitui a ligação entre os carbonetos frágeis
Principais elementos:
Carbonetos: WC,TiC, TaC, NbC
Ligantes: Co, Ni
Vantagens:
- boa distribuição da estrutura em decorrência do processo de metalurgia do pó
- dureza elevada
- resistência à compressão e resistência ao desgaste a quente
- possibilidade de obtenção de propriedades distintas por mudanças específicas dos
carbonetos e das proporções dos ligantes
- o metal duro tem a mesma dureza a 100°C que o HSS a temperatura ambiente
Classificação:
São divididos em 3 grupos:
I) Grupo P (azul)
- utilizado na usinagem de aço, aço fundido e de fofo maleável, nodular ou ligados de cavaco
comprido
- contém WC(Ti, Ta, Nb)C – Co → alta dureza a quente e resistência à oxidação e a difusão
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TEU – Teoria da Usinagem Notas de aula
Exemplo:
Cermets (cerâmica/metal)
Tem como constituintes básicos: TiC, TiN ligados com Co, Ni.
Hoje os cermets são compostos por outros elementos mais complexos, como: W, Ta, Nb, Mo
ou carbonetos complexos.
Vantagens:
- elevada dureza
- baixa tendência à difusão e adesão
- alta resistência ao desgaste a quente
- resistência do gume
Desvantagem:
- baixa tenacidade
Cerâmicas
Vantagens:
- aumento da velocidade de corte em 4 a 5 vezes maior que as empregadas com metal duro
- alta dureza a quente até 1600°C
- elevada estabilidade química, não ocorrendo fenômenos de oxidação e difusão
- baixo coeficiente de atrito
Obs.: as principais qualidades são alta dureza e resistência ao desgaste.
Desvantagens:
- baixa tenacidade
- condutibilidade térmica baixa → sensível à ∆F e ∆T (corte interrompido e aplicação de fluido
de corte é problemático)
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TEU – Teoria da Usinagem Notas de aula
Cerâmicas Wiskers
Wiskers são bastões de SiC de alta resistência mecânica com o objetivo de aumentar a
tenacidade
• Al2O3 + SiC – wisker → fibra de Sic (20 a 40%)
Aplicação:
- Al2O3 no acabamento e desbaste de aços e fofo até a dureza de 48RC
- Al2O3 + TiCiTiN na usinagem de aço até 64RC
- Si3N4 dureza independente da T (usinagem)
maior tenacidade (maior resistência ao choque térmicos que o Al2O3 e por isso pode
ser utilizado em cortes interrompidos)
não é próprio para a usinagem de aço porque a 1200°C reage com Fe.
Diamante
Características:
- material mais duro conhecido
- ótimo condutor de calor
Diamante natural:
- Importância na usinagem com ferramenta de geometria definida em sua forma
monocristalina
- Tamanhos de 1 a 5 mm
- Diamante natural na forma policristalina (Ballas, Carbonato) tem pouca aplicação na
usinagem porque o diamante sintético policristalino é mais vantajoso do ponto de vista
tecnológico e econômico
- Propriedade importante do diamante monocristalino: anisotropia = dependência da
orientação das propriedades mecânicas, como dureza, resistência e módulo de elasticidade. A
posição da estrutura cristalina deve ser conhecida. Nos diamantes policristalinos, há uma
distribuição aleatória dos cristais
Diamante sintético:
- Fabricação: (grafite + solução catalítica), sob extrema pressão e temperatura
- É possível fabricar o sintético monocristalino, mas na usinagem com geometria definida são
empregados apenas os monocristalinos naturais
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TEU – Teoria da Usinagem Notas de aula
Aplicações:
Características:
- Material sintético
- Depois do diamante, é material mais duro
Vantagens:
- Quimicamente mais estável que o diamante, especialmente contra a oxidação
- Maior resistência ao impacto (corte severo, corte interrompido, remoção de cascas tenazes,
abrasivas e irregulares de peças fundidas e forjadas)
Fabricação dos insertos:
- Análoga ao do diamante policristalino: grãos de cBN são sinterizados num processo de alta
temperatura e pressão, na presença de uma fase ligante
Aplicação:
- Usinagem de aços duros (45 a 65 HRc)
- Aço-rápido, ligas resistentes a altas temperaturas à base de Níquel e Cobalto
- Usinagem de material com revestimento duro, c alta % de WC e Cr-Ni
Revestimento de ferramentas
Processos:
- CVD: Chemical Vapour Deposition
- PVD: Physical Vapour Deposition
Objetivos:
- Diminuição do coeficiente de atrito entre a ferramenta e a peça
- Diminuição da temperatura da cunha de corte (barreira térmica)
- Diminuição do desgaste por adesão, abrasão, difusão e oxidação
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TEU – Teoria da Usinagem Notas de aula
Recomendações de revestimento
Aplicação
Revestimento Cor Outros
Material Processo
TiN Ouro Universal Barato
- fresamento
HSC*, corte severo e/ou
TiCN Cinza aço - furação
intermitente
- rosqueamento
- torneamento Material resistente ao calor,
TiAlN Preto abrasivo
- furação HSC, MQL**
* HSC = High Speed Cutting
** MQL = mínima quantidade de fluido de corte
Material da Materiais Aços baixo Aço endurecido Ligas à base de Ligas à base de
Ferro fundido
ferramenta dúcteis Carbono / Aço p/ moldes Ni Ti
HSS O/Ø O/Ø X Ø/X Ø/X Ø/X
MD O √/O Ø √/O √ O
Cermets Ø/X √ X Ø X X
Cerâmica X √/O O √ √/O X
cBN Ø/X X √ √/O O O
PCD √ X X X X √
√ – ok
O – ok, em algumas condições
Ø – possível, mas não-recomendável
X – deve ser evitado
Grupos:
grãos ligados - retificação
- brunimento
- tamboreamento
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TEU – Teoria da Usinagem Notas de aula
Processos de retificação
Objetivo dos poros: alojar o cavaco, permitir a penetração do grão na peça, permitir que o
fluido de corte chegue à região de corte.
Desgaste do rebolo:
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TEU – Teoria da Usinagem Notas de aula
Ligantes:
- Resina sintética
- Cerâmica (rebelo vitrificado)
- Metal
- Goma, borracha
Tabela de aplicações
Abrasivo Afinidade à (não indicado) Adequado à
Al2O3
Óxido, vidro, cerâmica, pedra Aços de todas as qualidades
cBN
SiC Materiais com afinidade ao Aços hipereutéticos, f°f°, óxidos,
C (diamante carbono (ex.: aços) vidro, cerâmica
Especificação do rebolo:
- Tipo de grão
- Granulometria
- Grau de dureza
- Estrutura
- Ligante
A 60 K 8 V
Tipos de rebolo:
- convencionais: todo o corpo é constituído de abrasivo e ligante
- especiais: só a periferia é constituída por abrasivos e ligante
Formas de rebolo:
- reto
- copo reto
- copo cônico
- segmentos
- blocos
- pedras
- pontas montadas
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TEU – Teoria da Usinagem Notas de aula
Parâmetros do processo:
grão: - forma
- tamanho
- dureza (dificuldade de arrancar o grão)
- material
corpo: - forma
- dimensões
- porosidade
- balanceamento
parâmetros de corte: - vc
- ae
- va
- q=vc/va
Resultados de trabalho:
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TEU – Teoria da Usinagem Notas de aula
Ferramentas de dressamento:
- fixas (diamante singular, diamante multigranular, fliese diamantado)
- rotativas (com discos ou rolos dressadores, dressador tipo copo)
Laser
Princípio:
Feixe de luz (onda eletromagnética) coerente (mesma fase) e monocromática (mesmo
comprimento de onda) incide na superfície do material (calor).
O fenômeno da emissão de fótons por átomos excitados ocorre de forma abundante na
prática.
Exemplo:
1 – Um metal aquecido devido à excitação dos átomos pelo calor.
2 – Átomos de Fósforo na tela de um cinescópio são excitados pelo feixe de elétrons incidentes
para emitir luz.
Princípio físico:
1 – Um fóton com uma certa energia E incide sobre um átomo que está em seu estado
fundamental.
2 – Se a energia E do fóton for exatamente igual à diferença entre a energia do estado excitado
E2 e o estado fundamental E1, o átomo absorve o fóton e passa do estado de menor para o de
maior energia. Caso contrário, o fóton não é absorvido.
3 – O átomo excitado não fica muito tempo nesse estado, voltando ao fundamental.
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TEU – Teoria da Usinagem Notas de aula
meio amplificador: é o meio onde a luz emitida é refletida pelos espelhos e amplificada
Pode ser: - sólido (Nd:YAG, Rubi, diodo)
- líquido (Rhodamin 6G)
- gasoso (HeNe, CO2, Excimer)
O meio ativo determina o comprimento de onda do laser e por conseqüência o menor
diâmetro do feixe emergente.
cavidade de ressonância: é formada por dois espelhos posicionados frente-a-frente, sendo que
um dos espelhos reflete 100% e o outro permite a passagem de parte do feixe de luz.
fonte de energia: fornece energia ao meio ativo para permitir a emissão estimulada.
Dependendo do tipo do meio ativo são empregados como fontes de energia meios óticos,
elétricos, químicos e etc. Ex.: lâmpadas de flash ou arco, diodo laser e descargas elétricas.
Trabalho a laser:
Depende da absorção do feixe pelo material da peça. Na absorção, a freqüência da onda de luz
incidente é próxima ou igual à freqüência de vibração dos elétrons do material. Os elétrons
pegam a energia da onda e começam a vibrar. O que acontece a seguir depende da força com
a qual os átomos seguram os seus elétrons. A absorção acontece quando os elétrons estão
presos firmemente e passam as vibrações adiante para os núcleos, o que aumenta a
velocidade desses átomos e os fazem colidir com os outros átomos do material e acabam
produzindo calor.
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TEU – Teoria da Usinagem Notas de aula
Trabalho a laser
Processos:
- corte
- soldagem
- recobrimento
- tratamento térmico
- usinagem (por exemplo, microfuros)
Eletroerosão
Remoção de material em materiais que apresentam a condutibilidade elétrica necessária
Princípio:
Efeito erosivo por sucessivas descargas elétricas não estacionárias e aleatoriamente
distribuídas
- descargas ocorrem em intervalos de 0,2 a 3200µs
- ocorrem entre o eletrodo-peça e eletrodo-ferramenta
- trabalham submersos em um líquido dielétrico
- distância entre a ferramenta e peça variando entre 0,005 até 2mm.
Dielétricos:
• hidrocarbonetos
• água deionizada
• solução à base d’água
Função do dielétrico:
- isolar eletrodo e peça
- formar o canal de plasma
-remover as partículas erodidas da fenda de trabalho
- refrigerar o local de trabalho
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TEU – Teoria da Usinagem Notas de aula
Eletrodos:
Fases de remoção:
1 – fase de ignição de descarga
2 – formação do canal de plasma
3 – fusão e evaporação de uma pequena quantidade de material nos eletrodos
4 – ejeção do material fundido
Ûe – tensão em aberto
Ue - tensão de descarga
– tensão de trabalho
– corrente de descarga
- corrente média durante a descarga
te – duração da descarga
td - tempo de retardo
ti – duração do impulso
to – temo de intervalo
tp – tempo de período do ciclo de descarga
1 – Fase de ignição:
- tensão em aberto Ûe de 60...300V
- no início não há fluxo de corrente devido à resistência oferecida pelo dielétrico
- cria-se um campo elétrico → eletrodos são acelerados
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TEU – Teoria da Usinagem Notas de aula
Resultados de trabalho
- desgaste no eletrodo e na peça
- qualidade superficial
- integridade superficial
- precisão de forma e dimensional
Energia de desgaste
Polaridade
Eletroerosão a fio → ferramenta é o cátodo (-)
Eletroerosão por penetração → ferramenta é o ânodo (+)
Princípio:
Mecanismos de remoção:
- Colisão direta: - Aceleração do grão:
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TEU – Teoria da Usinagem Notas de aula
- Cavitação:
Obs.: a remoção devido à atuação dos grãos é bem maior que devido ao efeito da cavitação.
Remoção Eletroquímica
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TEU – Teoria da Usinagem Notas de aula
Entre a peça e o eletrodo, ocorrem reações complexas. Íons metálicos saem da fase metálica e
passam para a fase do eletrólito, ou para a fase dos produtos de reação.
Vantagens do processo:
- remoção de materiais de difícil usinabilidade
- confecção de formas geométricas complexas
- inexistência de desgaste decorrente do próprio processo
- nenhuma influência térmica ou mecânica da camada limite do material
- reprodutibilidade e precisão elevada
- inexistência de rebarbas
- bom acabamento superficial
Eletrólito:
Características:
- tem como função conduzir os transportadores de carga e promover uma conversão
eletroquímica nos eletrodos durante a eletrólise.
Além disso:
- grande estabilidade química
- pequena tendência a corrosão
- neutralidade fisiológica (não agride o operador)
Tipos:
- cloreto de sódio (NaCl)
- soluções de nitratos (NaNO)
- ácidos (H2SO4, HNO3, HCl)
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