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Formação para Ministros Extraordinários do Consolo e Esperança

DIOCESE DE GUAXUPÉ

PARÓQUIA NOSSA SENHORA APARECIDA

BANDEIRA DO SUL / MG

FORMAÇÃO PARA

MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS

DO CONSOLO E DA ESPERANÇA
(PARTE I)

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Formação para Ministros Extraordinários do Consolo e Esperança

OS MINISTÉRIOS NA IGREJA
O que são os ministérios?
A palavra ministério (do latim ministerium) significa “Ofício próprio dos servos”,
função servil, serviço. Uma espécie de prestação de serviço a indivíduos e grupos, por
parte de alguém que o faz de modo espontâneo e organizado.
Também a Igreja é, toda ela, ministerial. Os ministérios eclesiais não constituem,
no entanto, um serviço estritamente pessoal, mas tem uma característica comunitária: a
cada um Deus confere dons para que possa coloca-los a serviço da comunidade (Rm 12,
4-5). E embora sejam diversos, os ministérios eclesiais são obras do mesmo Espírito (I
Cor 12, 11), em vista da unidade do Corpo de Cristo (Ef 4, 4-6).

“A Igreja instituiu, já em tempos antiquíssimos, alguns ministérios com o fim


de render a Deus o devido culto e de prestar serviço ao povo de Deus, segundo as
suas necessidades; com esses ministérios eram confiados aos fiéis as funções da
liturgia sagrada e do exercício da caridade, que eles deviam exercer em
conformidade com as diversas circunstâncias”. (MQ, Introdução).
Como surgiram?

Todo ministério eclesial tem o seu fundamento e o seu sentido no ministério de


Cristo, Verbo de Deus feito carne (Jo 1, 14), Cabeça do /Corpo que é a Igreja (Ef 4, 15),
que assumiu a condição de servo (Fl 2, 6-7) e lavou os pés dos discípulos (Jô 13, 3). Ele
que veio não para ser servido, mas para servir e dar a sua vida (Mt 20, 28), ensinou e
testemunhou que aquele que deseja ser o maior seja o servo de todos (Mc 10, 42-44) e
enviou os seus discípulos para anunciar a Boa Nova da Salvação (Mc 16, 15) como sinal
permanente do seu amor para com os homens.

“O que temos dito da sua cabeça Mística ficaria incompleto se não


tocássemos, ao menos brevemente, aquela outra sentença do apóstolo: Cristo é a
Cabeça da Igreja; ele é o Salvador do seu Corpo (Ef 5, 23-28). Nessas últimas
palavras, temos a razão pela qual a Igreja é dita “Corpo de Cristo: Cristo é o
Salvador Divino deste Corpo” (Myst. Corporis, 59).

Cristo, enviado do Pai (Jo 20, 21), realizou sua missão profética com autoridade
(Mt 7, 29) e confiou aos Doze a continuidade desta missão (Mt 24, 14). Os apóstolos se
tornaram, pois ministros da Palavra (Lc 1, 2) e, conduzidos pelo Espírito Santo (Jo 16,
13), não cessaram de testemunhara presença do Reino de Deus (At 2, 36).

“O próprio Cristo, Evangelho de Deus, foi o primeiro e o maior dos


evangelizadores. (EM 7)
“Como evangelizador, Cristo anuncia, em primeiro lugar, um reino, o Reino
de Deus, de tal maneira importante que, em comparação com ele, tudo o mais passa
a ser resto, que é dado por acréscimo. ” (EM 8).
“Como núcleo e centro de sua Boa Nova, Cristo anuncia a salvação, esse grande
dom de Deus que é a libertação de tudo aquilo que oprime o homem e que é
libertação, sobretudo, do pecado. ” (EM 9).

Cristo, Sumo e Eterno Sacerdote (Hb 7, 26), o único mediador entre Deus e os
homens (Itm 2, 5), exercendo o sacerdócio único e pessoal, ao mesmo tempo Sacerdote
e Vítima (Hb 7, 27), selou a Nova e Eterna aliança em seu sangue (Hb 9; Lc 22, 19; Mt

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26, 28). Cristo constituiu um reino de sacerdotes (AP 1, 6) para que atualizassem a sua
obra redentora.
“Cristo, Redentor do mundo, é aquele que penetrou de maneira singular, e
que não se pode repetir, no mistério do homem e entrou no seu coração... Nele, a
natureza humana foi assumida, sem ter sido destruída; por isso mesmo, também
em seu benefício, foi elevada a uma dignidade sublime (Redemptor Hominis, 8).

Cristo deixou à sua Igreja a continuidade dessa tríplice missão. Esse ministério,
para o qual toda a Igreja é chamada, não constitui um privilégio (P 1212), mas, acima de
tudo, é um serviço à humanidade. A Igreja deve compartilhar das alegrias e esperanças,
das tristezas e angústias dos homens (GS 1). Perita em humanidade (P 511), sacramento
de comunhão de todos os homens de boa vontade (P 1302), a Igreja se mostra incansável
na busca das ovelhas dispersas (Jo 10, 15), de modo particular os mais pobres e
necessitados. (P 134), buscando reunir todos os homens em torno de Cristo, o Bom Pastor
(Jo 10, 11).

“Nós queremos confirmar, uma vez mais ainda, que a tarefa de evangelizar
todos os homens constitui a missão essencial da Igreja” (EM 14).
“A Igreja converte-se cada dia à Palavra da verdade. Segue, pelos caminhos da
história, a Cristo encarnado, morto e ressuscitado e faz-se seguidora do Evangelho
para transmiti-lo aos homens com plena fidelidade” (349).
“A Igreja, contudo, seguindo o seu fim próprio salutar, não somente comunica ao
homem a vida divina, mas também irradia a sua luz de certo modo refletida sobre o
mundo inteiro, principalmente porque eleva e restabelece a dignidade da pessoa
humana, fortalece a coesão da sociedade humana e reveste de sentido mais
profundo e de significação a atividade cotidiana dos homens” (GS 40).

Os apóstolos imediatamente se deram conta de que não podiam levar em frente


uma missão tão ampla e escolheram, dentre a comunidade, homens de reputação e
cheios do Espírito Santo (At 6, 3), a fim de, juntos, anunciarem a proximidade do Reino
de Deus e convocarem o povo para a conversão (Mc 1, 15).

“Esta missão divina confiada por Cristo aos Apóstolos deverá durar até o fim
dos séculos, já que o Evangelho que eles devem transmitir é para a Igreja, em todos
os tempos, a fonte de toda vida. Por esta razão, as Apóstolos cuidaram de instituir
sucessores nesta sociedade hierarquicamente ordenada. ” (LG 20; cf. tb. P 681).

Esta missão, toda a Igreja era ativa e participante. Marcava presença nas principais
decisões (At 1, 15; 2, 1), propunha e escolhia candidatos para os ministérios (At 6, 3-5),
enviava e recebia missionários (At 11, 22; 14, 26ss; 15, 35-40, chamava os Apóstolos à
responsabilidade (At 11, 11ss) e tinha voz assídua ao ensinamento dos Apóstolos, à
comunhão fraterna, à fração do pão e às orações (At 2, 42), a ponto de serem um só
coração e uma só alma (At 4, 32).
A unidade fundamental da Igreja não impedia a diversidade de ministérios e
funções. Procurando conservar a unidade de Espírito (Ef 4, 3), a Igreja respeitava a
diversidade de carismas (Icor 12, 4-5), segundo a graça dada a cada um (Rm 12, 6).
Alguns carismas manifestavam um cunho mais oficial, ligados à coordenação e à
orientação das comunidades; mais tarde, foram chamados de “ministérios hierárquicos”
ou “ministérios ordenados”. Outros, ao contrário, estavam mais relacionados às
necessidades práticas das comunidades, eram os “ministérios não ordenados”, também
chamados “ordens menores”.

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“Para exercerem tal apostolado, o Espírito Santo – que opera a santificação


do povo de Deus através dos ministérios e dos sacramentos – confere ainda dons
peculiares aos fiéis (Icor 12, 11), de maneira que cada qual, segundo a graça que
recebeu, também a ponha a serviço de outrem e sejam eles próprios, como bons
dispensadores da graça multiforme de Deus (IPCC 4, 10), para a edificação de todo
o corpo na caridade (Ef 4, 16). Da aceitação destes carismas, mesmo dos mais
simples, nascem em favor da cada um dos fiéis o direito e o dever de exerce-los
para o bem dos homens e da edificação da Igreja, dentro da Igreja e do mundo, na
liberdade do Espírito Santo, que opera onde quer (Jo 3, 8) e, ao mesmo tempo, na
comunhão com os irmãos em Cristo, sobretudo com os seus pastores, a quem cabe
julgar sobre a autenticidade e o uso dos carismas dentro da ordem, não, por certo,
para extinguirem o Espírito, mas para provarem tudo e reterem o que é bom.” (AA
3).

O novo testamento apresenta, pois, uma variedade de ministério, que podemos


assim resumir: Apóstolos, Profetas, Doutores e Evangelistas (Icor 12, 28; Ef 4, 11); Mestre
e Pastores (Ef 4, 11; IPd 5, 2-4); Moderadores, Dirigentes e Presidentes (Hb 13, 7; Lc 22,
26; Rm 2, 8: ITm 5, 12-17); Ministros e Diáconos (Fll, 1; ITm 3, 8ss); Presbíteros e Anciãos
(At 11, 30; 14, 22; 16, 2; 20, 17; 21, 28; ITm 4, 14; 5, 17-19; Tg 5, 14; IPd 5, 11), Bispos e
Supervisores (At 20, 28; Fll, 1: Ttl, 7). Na lista de funções, aparecem também os Mártires,
os Confessores, as Virgens e as Viúvas.

“O ministério eclesiástico, de instituição divina, é exercido em diversas


ordens por aqueles que, já desde as primeiras eras, se vêm chamando Bispos,
Presbíteros e Diáconos” (LG 28). Estas formam o ministério hierárquico e se
recebem mediante a “imposição das mãos”, no Sacramento da Ordem. Como
ensina o Vaticano II, pelo Sacramento da Ordem – episcopal e presbiteral – confere-
se um sacerdócio ministerial, essencialmente diferente do sacerdócio comum de
que participam todos os fiéis pelo sacramento do Batismo; os que recebem o
ministério hierárquicos ficam constituídos, de acordo com suas funções,
“pastores” da Igreja.
Assim como o Bom Pastor, vão à frente das ovelhas; dão a vida por elas, para
que tenham vida e a tenham em abundância; conhecem-nas e são por elas
conhecidos (P 681).
“O Espírito Santo santifica e conduz o povo de Deus, repartindo seus dons,
conforme lhe apraz (I Cor 12, 11). O Concílio Vaticano II explicita que as graças do
Espírito Santo, mesmo as graças especiais, são distribuídas entre os fiéis de
qualquer condição (leigos, religiosos, ministros ordenados), acrescentando: por
elas torna-os aptos a tomarem sobre si os vários trabalhos e ofícios; que
contribuem para a renovação e maior incremento da Igreja, segundo estas palavras:
A cada um dada a manifestação do Espírito, para utilidade comum (I Cor 12, 7).
Estes carismas, quer eminentes, quer mais simples e amplamente difundidos,
devem ser recebidos com gratidão e consolação, pois que são perfeitamente
acomodados e úteis às necessidades da Igreja” (LG 12b/33.Cf. Vida e Ministério do
Presbítero, Doc CNBB.157).

Por que desapareceram?


Desde de cedo, porém, se fez sentir a tendência à institucionalização e à
clericalização dos ministérios. Os ministérios começam a perder a característica de
“serviço” e foram assumindo, sempre mais, a dimensão de “poder”. Esse por sua vez, se
centraliza, mais e mais, em torno dos ministérios do bispo e do presbítero. O diaconato e

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os demais ministérios começam a desaparecer como funções permanentes, passando a


meros degraus, em vista do presbiterato.

“Por isso proclamando a vocação altíssima do homem e afirmando existir


nele uma semente divina, o Sacrossanto Concílio, oferece ao gênero humano a
colaboração sincera da Igreja para o estabelecimento de uma fraternidade universal
que corresponde a esta vocação. Nenhuma ambição terrestre move a Igreja. Com
efeito, guiada pelo Espírito Santo, ela pretende somente uma coisa: continuar a
Obra do próprio Cristo, que veio ao mundo para dar testemunho da verdade, para
salvar e não para condenar, para servir e não para ser servido” (GS 3; cf.tb.P 270;
Vida e Ministério do Presbítero. 190).
“Alguns dentre estes ofícios, mais intimamente relacionados com a atividade
litúrgica, pouco a pouco passaram a ser considerados instituições prévias à
recepção das ordens sacras: foi assim que o ostiriato, o leitorato, exorcitato e o
acolitato começaram a ser denominados, na Igreja latina, ordens menores, em
relação ao subdiaconato, diaconato e presbíterato, que foram chamadas ordens
maiores; além disso, estes encargos foram reservados, geralmente àqueles que por
meio deles ascendiam ao sacerdócio, embora este fato não se verificasse em toda
a parte.
No entanto, dado aquele que estas ordens menores não foram sempre as
mesmas e muitas das funções a elas anexas, na realidade, foram, igualmente,
desempenhadas por simples leigos – como, aliás, ainda agora acontece – parece
oportuno rever esta disciplina e adapta-la às exigências dos nossos tempos; e isso
para que possa ser posto de parte o que nestes ministérios é obsoleto, mantido o
que continua a demonstrar-se útil, introduzindo o que parecer necessário, e
estabelecendo, ao mesmo tempo, o que deve ser exibido dos candidatos às ordens
sacras” (MQ, Introdução).

A restauração do Vaticano II
O concílio Vaticano II, considerando as novas circunstâncias da Igreja no mundo
moderno, resolveu restaurar os ministérios. Foi redescoberta a sua teologia,
particularmente a noção de “serviço”. O centralismo religioso continuou cedendo lugar à
diversificação. A teologia do leigo vai se esclarecendo e afirmando sempre mais. A função
da mulher, na Igreja, começa a se definir mais positivamente.
Existe hoje um clima favorável ao surgimento de novos ministérios, à espaço para
a participação ativa e frutuosa dos leigos.

“Durante a preparação do Concílio Vaticano II, não poucos pastores da Igreja


pediram que as ordens menores e o subdiaconato fossem objeto de uma revisão.
O concílio, embora nada tivesse estabelecido para a Igreja latina nessa matéria,
enunciou, entretanto, alguns princípios orientadores, com os quais se abriu o
caminho para esclarecer a questão, e não há dúvida que as normas conciliares
sobre a renovação geral e ordenada da Liturgia compreendem também aquilo que
se refere aos ministérios na assembleia litúrgica: deste modo, através do próprio
ordenamento da celebração, a Igreja aparece estruturada nas mais diversas ordens
e ministérios. Por isso, o mesmo Concílio Vaticano II prescreveu que nas
celebrações litúrgicas se limite cada um, ministro ou simples fiel, a fazer tudo e só
o que é da competência, segundo a natureza do rito e as leis litúrgicas. Com esta
afirmação está intimamente relacionado aquilo que, um pouco antes, está exarado
na mesma Constituição conciliar: É desejo ardente da Santa Igreja que os fiéis
cheguem àquelas plenas, consciente e ativa participação na celebração litúrgica
que a própria natureza da liturgia exige, e que é, por força do Batismo, um direito e

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um dever do povo cristão, raça escolhida, sacerdócio régio, nação santa e povo
adquirido (Ipd 2,9). Na reforma e incrementada sagrada liturgia, deve dar-se maior
atenção a esta plena e ativa participação dos fiéis, porque ela é a primeira e
necessária fonte onde eles podem ir beber o espírito genuinamente cristão. Esta é
a razão que deve levar os pastores de almas a procurarem-na com o máximo
empenho, através da devida educação” (MQ, Introdução; cf.tb.P. 664-669).

Dentro deste espírito, reaparece o diaconato permanente e as ordens menores são


reestruturadas, dando lugar ao ministério instituídos (leitorado e acolito) e os ministérios
designados (ministérios e serviços).

“Entre as funções peculiares a manter e a adaptar às exigências do nosso


tempo, encontram-se aquelas que estão particularmente relacionadas com o
ministério da Palavra e do Altar, de um modo mais íntimo, e que são denominados,
na Igreja latina, Leitorato, Acolitato e Subdiaconato. Convém que estas funções
sejam mantidas e adaptadas de tal maneira que, a partir de agora, passem a ser
consideradas como dois ofícios apenas: ou seja, o de leitor e o de acólito, os quais
passam a englobar as funções até aqui desempenhadas pelo subdiaconato”. (MQ
Introdução).

Os dois ministérios instituídos são destinados a toda a Igreja, nada impedindo que
a própria Santa Sé, ou as Conferências Episcopal, instituam outros, de acordo com as
necessidades universais ou locais.

“É mais conforme com a realidade das coisas e com a mentalidade hodierna


que estes ministérios já não se chamem, doravante, ordens de “ordenação”, mas
por “instituição”; e ainda que propriamente passem a ser clérigos, e como tais
considerados, apenas aqueles que já receberam o diaconato. Deste modo
aparecerá com maior nitidez a distinção entre clérigos e leigos, e entre aquilo que
é próprio e reservado aos clérigos, e aquilo que pode ser confiado aos leigos; além
disso, ficará mais evidenciada também a relação mútua entre os fiéis e o sacerdócio
ministerial ou hierárquico, se bem que sejam diferentes essencialmente e não
apenas em grau, estão ordenados um para o outro; ambos participam, na verdade,
cada um a seu modo, do sacerdócio único de Cristo. ” (MQ, Introdução).

A carta Apostólica Ministeria Quaedam, de Paulo VI (15/08/72), que prevê esta


reformação, propõe uma série de mudanças e de determinações específicas em treze
pontos, como se pode perceber na síntese que segue. Vários desses pontos foram
reafirmados por documentos posteriores:
a- A primeira tonsura desapareceu; a admissão ao Estado Clerical está vinculada ao
diaconato (I).
b- As antigas ordens menores passam a chamar-se de ministérios (II).
c- Os ministérios podem ser conferidos também a leigos (III).
d- Permanecem, para toda Igreja Latina, os ministérios de Leitor e de Acólito (IV).
e- As funções do Leitor estão relacionadas à leitura da Palavra, à Evangelização e à
Catequese; o leitor deve aplicar-se à, meditação e a vivência da Palavra que anuncia (V).
f- As funções do acólito dizem respeito ao ministério extraordinário da eucaristia e ao
incremento de toda a vida sacramental, em geral; o acólito deve participar ativa e
frutuosamente o ministério eucarístico, a fim de poder corresponder às exigências e ao
testemunho requeridos pelo ministério (VI).

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g- Ambos os ministérios são reservados a homens (VII; cf tb CIC 230; IGMR 70; P 845;
Liturgiae Instaurationes, 7; Inter Insignores (Aas, 69 [1977], p. 98-116; Inaestabile Donum,
18).
h- Exigências para admissão aos ministérios: requerimento livremente escrito e assinado,
pelo aspirante; idade conveniente e qualificação pessoal; vontade firme de exercer o
serviço (VIII; cf. tb. P 811-814).
i- Os ministérios são conferidos pelo Ordinário ou um representante seu (IX).
j- Devem ser respeitados os intervalos prescritos entre a colação dos ministérios (X; cf.
tb. AP IV).
k- Os candidatos ao diaconato e presbiterato devem, igualmente, receber os ministérios
de Leitor e Acolito (XI; cf. tb. AP II);
l- A colação dos ministérios não confere à sustentação ou remuneração (XII)13. Haverá
um rito próprio para conferir estes ministérios (XIII; cf. tb. AP III).

Considerações Pastorais:
O Concílio Vaticano II retoma a dimensão de serviço como vocação de todo o povo
de Deus. Somente a partir desta visão é possível, novamente, criar espaço para outros
ministérios permanentes na Igreja. Como realidade dinâmica que se constrói numa
perspectiva de futuro, a Igreja pode abranger uma variedade de ministérios que
constantemente a edificam.
À luz das experiências neotestamentárias, da doutrina do Vaticano II, das
conclusões de Puebla (811-817) e da reflexão sobre a realidade eclesial, em si mesma,
podemos chegar a algumas considerações pastorais:
a- Os ministérios não devem clericalizar aqueles que os recebem. A tendência à
clericalização dos leigos, frequentemente menospreza sua índole secular;
b- todos os ministérios se orientam para a vida e o crescimento da comunidade eclesial,
sem perder de vista o serviço que esta deve prestar ao mundo;
c- eles são variados e diversos, de acordo com os carismas dos chamados e das
necessidades da comunidade. Esta diversidade, porém, deve coordenar-se de acordo
com sua relação com o ministério hierárquico;
d- Os dons e ministérios relacionados ao anúncio missionário e ao aprofundamento
catequético da Palavra de Deus devem ser valorizados.
e- Abre-se espaço para a mulher na vida ministerial da Igreja:
f- a participação da comunidade na escolha e na formação dos seus ministros é
fundamental. O que interessa a todos deve ser tratado por todos;
g- A sistematização dos ministérios é necessária a fim de que não se percam a unidade
substancial e o sentido da comunhão eclesial;
h- A pastoral deve ser orgânica e global;
i- os ministérios da “capitalidade” e da “globalidade” devem ser valorizados. A diversidade
dos ministérios não pode ser feita numa perspectiva individualista. Esses ministérios
globais, sem absorver e concentrar as funções, animam e coordenam, como cabeças, os
diversos aspectos da vida eclesial, ou seja, a globalidade do nível eclesial sob sua
responsabilidade;
j- o testemunho de vida é sumamente importante como critério a ser observado na seleção
dos ministros. O sinal “pessoal” é mais contundente que as palavras que a pessoa profere.
Se, de uma parte, ninguém é perfeito, de outra parte preciso não descuidar-se na escolha
dos ministros;
k- o ministro deve ser alguém que reúna as principais qualidades de um líder: diálogo,
compreensão, capacidade de síntese, equilíbrio, capacidade de acolhida, criatividade,
abertura, grandeza de alma, capacidade de decisão, otimismo sadio, capacidade de
superação dos reveses, etc.

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Pesquisas sobre os novos ministérios:


Nos círculos de estudo durante a XV Assembleia da CNBB, foi tentado um amplo
levantamento do que nas CEBs se vem delineando em matéria desses novos ministérios.
Sem pretender uma sistematização perfeita, mas tentando certa classificação por
categorias enunciadas simplesmente em ordem alfabética e procurando, na medida do
possível, conservar todos os elementos indicados, se chegou ao seguinte painel bastante
diversificado, onde se percebe nitidamente como é muito desigual a caracterização dos
ministérios, bem como a definição dos seus conteúdos próprios.
1. Ministérios de Administração: administradores de bens materiais; colaboradores
do dízimo; dinamizadores da economia; encarregados da providência social; membros do
conselho paroquial; membros de conselho administrativos das comunidades;
2. Ministérios de Animação: animadores de comunidades; animadores da pastoral
juvenil; promotores de encontros de jovens.
3. Ministérios de Caridade: agentes de pastoral da caridade (pobres,
necessitados); agentes de pastoral junto aos encarcerados e suas famílias; agentes de
pastoral de saúde; agentes de pastoral de auxílio aos moribundos; encarregados da
assistência social; encarregados da recuperação de alcoólatras; participantes em mutirão
de comunidade; visitantes de enfermos a domicílio; vicentinos.
4. Ministérios de Coordenação: agentes responsáveis por vários ministérios na
diocese; coordenadores vicentinos.
5. Ministérios Litúrgicos: acolitato; corista de ofícios litúrgicos; leitorato; locutores;
membros de equipe litúrgicas; recepcionistas das ações litúrgicas;
6. Ministérios Missionários: animadores de comunidade vizinhas; formadores
itinerantes de comunidade de base.
7. Ministério de Oração: agentes encarregados de velórios; animadores de canto
e de música religiosa; “capelães”; ministros da celebração da penitência (não
sacramental); ministros das celebrações de rezas; terços, ramos e cinzas sem padres;
ministro das exéquias;
8. Ministérios da Palavra: agentes de grupos de evangelização; cantores;
catequistas; comunicadores cristãos; dirigentes de cursilhos; educadores políticos;
mensageiros da palavra; ministros de aconselhamento; professores de ensino religioso;
professora da escola diocesana de agentes de pastoral; redatores de boletim; zeladores
da Boa Imprensa; animadores de grupos de evangelho; animadores de grupos de
reflexão; monitores de círculos bíblicos.
9. Ministérios Pastorais: agentes de pastoral familiar; pastoral da juventude;
cooperadores leigos paroquiais; diáconos, membros da equipe pastoral; religiosas
vigárias; visitadores familiares.
10. Ministérios de Presidência: presidentes; dirigentes; líderes de comunidades de
base; comunidades rurais; comunidade em edifícios; comunidades urbanas, presidente
de culto dominical.
11. Ministério de Promoção: agentes de promoção de menor (abandonado);
responsáveis por cooperativas de produtos agrícolas; servidores políticos, animadores da
ação social.
12. Ministério de Promoção e defesa da Justiça: assistentes dos camponeses
(dirigentes de sindicatos – artesãos – professores) interessados em problemas de justiça.
13. Ministério dos Sacramentos: ministros do Batismo; ministros extraordinários da
Eucaristia; preparadores dos pais e padrinhos para o batismo dos filhos e afilhados;
preparadores para a crisma; preparadores dos noivos para o casamento; preparadores
da confissão; preparadores para a primeira Eucaristia; preparação para a Unção dos
Enfermos; testemunhas qualificadas do casamento.
14. Ministério vários: encarregados das vocações sacerdotais e religiosas;
zeladores de capelas.

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FUNÇÃO DOS MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS NUMA IGREJA TODA


MINISTERIAL
Os ministérios derivados da Ordem
Na Igreja encontramos, em primeiro lugar, os ministérios ordenados, isto é, os
ministérios que derivam do sacramento da Ordem. O Senhor Deus, com efeito, escolheu
e instituiu os apóstolos – semente do Povo da nova Aliança e origem da Sagrada e
Hierarquia, com o mandato de fazer discípulos de todas as gentes (cf. Mt 28, 19), de
formar e de guiar aos pastores (Bispos, Presbíteros, Diáconos) do Seu povo, é um
verdadeiro serviço, a que a Sagrada Escritura significativamente denominada “diakonia”,
isto é, serviço, ministério. Os ministros recebem de Cristo Ressuscitado o carisma do
Espírito Santo, na ininterrupta sucessão apostólica, através do sacramento da ordem:
d’Ele recebem a autoridade e o poder sagrado para servirem à Igreja, agindo “in persona
Christi Capitis” (na pessoa de Cristo cabeça) e reuni-la no Espírito Santo por meio do
Evangelho e dos Sacramentos.
Os ministérios ordenados, antes de o serem para aqueles que o recebem, são uma
imensa graça para a vida e para a missão de Igreja inteira; exprimem e realizam uma
participação do sacerdócio de Jesus Cristo que se diferencia, não só em grau, mas
também em essência, da participação dada no Batismo a todos os fiéis.
Por outro lado, o sacerdócio ministerial, como recordou o Concílio Vaticano II, é
essencialmente finalizado no sacerdócio real de todos os fiéis e para ele ordenado.
Por isso, a fim de assegurar e de aumentar a comunhão na Igreja, em especial no
âmbito dos diversos e complementares ministérios, os pastores devem reconhecer que o
sacerdócio ministerial é absolutamente necessário para a sua vida e para sua participação
na missão da Igreja.

Ministérios, Ofícios e Funções dos Leigos


A missão salvífica da Igreja no mundo realiza-se, não só pelos ministros, que o são
em virtude do sacramento da Ordem, mas também por todos os fiéis leigos: estes, com
efeitos, por força da sua condição batismal e da sua vocação específica, na medida
própria a cada um, participam no múnus sacerdotal, profético e real de Cristo.
Por isso, os pastores devem reconhecer e promover os ofícios e as funções dos
fiéis leigos, que tem o seu fundamento sacramental no Batismo e na Confirmação, bem
como, para muitos deles, no Matrimônio.
E, quando a necessidade ou a utilidade da Igreja o pedir, os pastores podem,
segundo as normas estabelecidas pelo direito universal, confiar aos fiéis leigos certos
ofícios e o caráter da Ordem. O Código de Direito Canônico escreve: “Onde as
necessidades da Igreja o aconselharem, por falta de ministros, os leigos, mesmo que não
sejam leitores ou acólitos, podem suprir alguns ofícios, como os de exercer o ministério
da palavra, presidir as orações litúrgicas, conferir o Batismo e distribuir a Sagrada
Comunhão, segundo as prescrições do Direito”.
Todavia, o exercício de semelhante tarefa não transforma o fiel leigo em pastor: na
realidade, o que constitui ministério não é a tarefa, mas a ordenação sacramental. Só o
sacramento da Ordem confere ao ministro ordenada uma peculiar participação no ofício
de Cristo, Chefe e Pastor, e no Seu sacerdócio eterno.
A tarefa que se exerce como suplente recebe a sua legitimidade, formalmente e
imediatamente, da delegação oficial que lhe dão os pastores e, no seu exercício concreto
submete-se à direção da autoridade eclesiástica.

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A PASTORAL DE COMUNIDADE E O MINISTÉRIO DOS LEIGOS

A importância do Ministério dos Leigos na Pastoral:


Os presbíteros encontrarão novas perspectivas para o próprio ministério no
momento em que partilharem mais estreitamente os seus serviços com os ministros não
ordenados.
Os leigos, por vocação específicas, vivem no meio do mundo. Estão à frente de
tarefas, as mais variadas na ordem temporal.
A presença ativa dos leigos nas realidades temporais é, pois, de primeira
importância para a obra evangelizadora. No entanto, é preciso não descurar, ou deixar no
esquecimento, outra dimensão: “Os leigos podem também sentir-se chamados, para
colaborar com os próprios pastores no serviço da comunidade eclesial para o
crescimento e vida da mesma, pelo exercício dos ministérios muito diversificados,
segundo a graça e os carismas que o Senhor houver por bem depositar neles”.
Na comunidade eclesial acontece a mesma coisa. Mas numa outra dimensão. Pois
Cristo aí está presente com o seu Espírito. Por isso, os serviços e ministérios, que nascem
na comunidade cristã, tem a sua raiz em Cristo, encarnado na comunidade e que está
agindo por seu Espírito no amor, na dedicação mútua e no serviço dos irmãos.

As características do Ministério dos Leigos:


Para existir ministério não ordenado é preciso que haja sempre um serviço pastoral
importante e bem caracterizado, reconhecido pelos pastores e exercido em ligação com
eles.
A responsabilidade na comunidade e na missão da Igreja é tarefa de todos os
batizados. No entanto, alguns tem trabalhos específicos e caracterizados por critérios
objetivos. No primeiro caso, temos a atividade apostólica de todos os cristãos; e no
segundo, um ministério próprio aos leigos.
É preciso, outrossim, incentivar a procura daquelas áreas onde aparecem as
maiores necessidades do povo, para se poder criar ministérios capazes de lhe dar uma
resposta cristã.

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Formação para Ministros Extraordinários do Consolo e Esperança

DIOCESE DE GUAXUPÉ

PARÓQUIA NOSSA SENHORA APARECIDA

BANDEIRA DO SUL / MG

FORMAÇÃO PARA

MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS

DO CONSOLO E DA ESPERANÇA

( PARTE 2 )

11
Formação para Ministros Extraordinários do Consolo e Esperança

FORMAÇÃO AOS MINISTROS EXTRAORDINARIOS DO CONSOLO

EXPOSIÇÃO:
Esconde-se no coração de todos os homens o desejo de conseguir a felicidade. A
criança cresce e torna-se jovem e adulto. Surgem as metas e os objetivos de toda ordem.
Realização humana, profissional, afetiva. Trilhos e caminhos os mais variegados são
acolhidos. No âmago dessa luta pela consecução da felicidade há pessoas que se
encontram com Cristo.
Na Igreja homens e mulheres compreendem que o sentido mais último de sua
caminhada é viverem juntos intimamente com Cristo. Morrem com Ele pelo batismo,
vestem-se das virtudes do Evangelho, alimentam-se regularmente da Eucaristia, unem-
se diante do Senhor no sacramento do matrimônio. Vão fazendo assim escolhas nas quais
se regem pela claridade que lhes vem de Cristo vivo e atuante em nosso meio. Nem
sempre conseguem ser fiéis a todas as exigências da vida nova. Deixam-se levar pela
fantasia dos sonhos loucos e da busca de si próprios. Pessoal e comunitariamente esses
cristãos são obrigados a reconhecer que deixaram sua veste nova de batizados se
manchar. Esquecem os outros, prejudicam os irmãos de caminhada, servem-se deles
como se fossem objetos, não dizem profunda e constantemente a verdade total,
associam-se a esquemas de aniquilamento e destruição do irmão. Arrependem-se diante
do Senhor, precisariam voltar ao primeiro amor.
De repente são ceifados pela irmã morte que vem quando menos se espera. Nesse
momento final fazem ainda uma opção por Cristo, mas seu coração ainda não está
plenamente preparado para a face a face com o Eterno.
Os cristãos que assim viveram sabem muito bem que a última palavra não é da
morte, mas da vida. Sabem que Cristo mesmo viveu o drama da morte. Sabendo que ele
depois de viver nossos amores, sofrer nossas dores, viveu nossa morte humana. Desceu
até o âmago da terra para colocar seu corpo morto na terra fria e na rocha sem vida.
Creem também os cristãos que os que morrem no Cristo viverão. A vida não lhes é tirada,
mas transformada.
Seus queridos comparecerão diante do Senhor que é juiz dos vivos e dos mortos.
Marta e Maria choraram a morte de Lázaro. Mas a morte não era nada para Cristo. Ele
chama Lázaro para fora e o morto vive. Essa ressurreição do próprio Cristo e nossa. Os
cristãos já estão na vida eterna. Já deram sua palavra a Deus. Não podem mais viver
para si próprios. Uma vez batizados e conscientes de sua vocação não vivem para si mas
vivem para Cristo. São os ramos da videira. Permanecem em Cristo e formam com ele
uma só realidade. Alimentam-se da Palavra da Vida e do Pão daqueles que são
caminheiros da eternidade. Há germes de vida eterna no caminho do tempo. Os familiares
de um cristão falecido não têm desespero em seu semblante, mas calmamente vestem-
se de esperança. Sofrem com a separação física, lamentam que seus queridos os tenham
deixado, preparam-se para enfrentar a dureza da solidão, sofrem profundamente em ver
a agonia de seus entes queridos, mas apresentam seus mortos ao Deus da vida na
esperança da ressurreição.
É nossa obrigação rezar pelos mortos. Importa levar nossos doentes a se
prepararem para esse momento inevitável. Importa chamar um sacerdote que administre
a unção aos moribundos e aos que acham gravemente enfermos. Importa oferecer a vida
de nossos mortos a Deus, num belo e tocante ofertório. Respeitamos o corpo de nossos
falecidos e piedosamente os levamos ao sepulcro onde seu corpo esperará a ressurreição
da carne. Mandamos celebrar missas por eles. Queremos que na oferenda de Cristo ao
Pai que se repete todos os dias na celebração da Ceia do Senhor, nossos falecidos sejam
aí incluídos.

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Formação para Ministros Extraordinários do Consolo e Esperança

Cristo reza por eles ao Pai e pede que seus méritos junto ao Pai sirvam para a
completa purificação do irmão que morreu. Nada de impuro pode ter acesso a Deus.
Rezar pelos mortos é professar nossa fé na vida que nunca acaba. Rezar pelos mortos é
unir-se a Deus que queria que sua igreja fosse pura e imaculada, sem rugas nem
manchas. Rezar pelos mortos é crer no que diz Paulo: se morremos com Cristo, podemos
ter convicção de que com ele ressurgiremos. Rezar pelos mortos é admitir a existência de
um estado de purificação chamado de purgatório. É não aceitar a reencarnação, mas
professar o fato de que temos uma única vida e que esta vida precisa ser vivida à luz de
Deus. Rezar pelos mortos é confiar a vida de nossos queridos aos cuidados da
misericórdia de Deus.
A oração pelos falecidos pertence à mais antiga tradição da Igreja. Esta pede que
brilhe para os mortos a luz que não conhece ocaso, pede por todos os que repousam e
Cristo, pede também por todos os mortos cuja fé somente Deus conhece. Pedindo pelos
que morreram pedimos também a Deus que faça crescer nossa fé em Cristo ressuscitado
a fim de que seja mais viva nossa esperança na ressurreição de nossos irmãos.

CONVENIÊNCIA DE SE FAZER UM VELÓRIO

Evitar certos velórios que são um verdadeiro vexame. (bebem cachaça e,


conversam o tempo todo).
Como ministros do Consolo e da Esperança, quando convidados para fazerem as
exéquias, aproveitem a oportunidade, para dar uma chegadinha no Velório,
principalmente à noite. Lá procurem fazer a celebração da Palavra.
Não se deve rezar só o terço, porque só isso cansa.
Uma celebração da Palavra, na qual se note o sentido cristão da própria morte. O sentido,
também, da Esperança cristã que nos anima e conforta.
O velório pode ser considerado como uma espera.
DIVERSAS FUNÇÕES DO VELÓRIO, SENDO AS PRINCIPAIS
Função biológica. Ter-se a certeza de que a pessoa está realmente morta. Na Europa o
velório dura três dias e três noites. Aqui apenas 24 horas e às vezes menos.
Dar tempo para os parentes chegarem. Na vida há solidariedade: participa-se das alegrias
e das tristezas, das esperanças e das angústias.
O CULTO DA PALAVRA
1. Uma oração.
2. Uma leitura, preferencialmente da Sagrada Escritura.
3. Reflexões sobre o texto lido. Bem preparada. Para tanto estudar e aprofundar-se na
Sagrada Escritura. Não só esperar que o Espírito Santo fale. Ele não desce em terreno
de preguiçoso. A nossa parte deve ser feita. A Coordenação Diocesana dos Ministérios
Extraordinários envia subsídios e reflexões.

REFLEXÕES:
Pode-se relacionar a vida do falecido com um trecho do Evangelho, por exemplo:
O Evangelho do Óbolo da Viúva. Ela deu tudo o que tinha. Trecho tão bonito. Há pessoas
que são admiráveis: pais e mães de famílias que deram tudo de si, em circunstâncias
adversas, por vezes. O Evangelho do bom samaritano, pessoa caridosa e assim por
diante.
O Cristo disse para se recordar de sua memória, recordação de sua morte. "E vós
recordareis a morte do Senhor, até que ele venha". Nós o fazemos pela Eucaristia.
Esse sentido é tão profundo que se encontra, também nos ritos fúnebres de várias
religiões da África, da Ásia, dos Hindus, sempre recordando os benefícios que a pessoa
fez em favor da Comunidade. Uma pessoa sozinha, não vale nada. Ninguém foi feito para

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Formação para Ministros Extraordinários do Consolo e Esperança

viver só. A pessoa se realiza e se santifica, se torna verdadeiramente mais humana e


mais cristã, na proporção que se devota à comunidade.

AS TRÊS MANEIRAS DE SE FAZER AS EXÉQUIAS:


1. Na casa do falecido, na igreja e junto a sepultura.
2. Na capela do Cemitério (ou velório) e junto a sepultura.
3. Só na casa do falecido ou no velório.

OBSERVAÇÕES PRÁTICAS:
1. Para Exéquias, na Igreja, só se deve levar quem frequentou a Igreja. Onde a
pessoa esteve tantas vezes, comungou tantas vezes o Cristo, rezou tantas vezes em
comunidade, nós vamos nos despedir dela, como Igreja, agora!
2. Levar o corpo do falecido à Igreja, hoje, só é possível nas cidades pequenas.
Nas Capitais e nas cidades maiores, isto não é possível. Somente em casos muito raros.
3. Não está previsto no Ritual das Exéquias um Rito próprio para a celebração na
Igreja.
4. O certo é, na Capela do Cemitério ou na Igreja, se o falecido for Sacerdote ou
Diácono, colocar o caixão com a cabeça para o altar, os pés virados para o povo. A pessoa
que serviu a Igreja do altar, olha para o povo presente no corpo da Igreja. Mesmo morta,
continua olhando para o povo. Poderia abrir-se uma exceção para os Ministros
Extraordinários, ficarem nesta mesma posição.
5. Ao contrário, para as outras pessoas, os pés virados para o altar. O Ministro das
Exéquias deve estar atento para essa colocação do caixão, para evitar confusões.
6. Na casa e no velório, a cabeça para o Crucifixo. Não há outra maneira de se
fazer.
7. Normalmente coloca-se o Crucifixo. O Ritual de hoje, pede que se coloque
também a Bíblia aberta, ao lado do caixão; se este estiver fechado, sobre a tampa, pelo
sentido profundo que tem a palavra de Deus.
8. VELA - Uma, duas ou quatro, lembra a fé e o amor e também o sacrifício, porque
a vela se consome. Lembra a fé, porque arde, brilha, lembra o amor porque arde e anima.
O sacrifício do falecido, principalmente na hora da morte. E o sacrifício de quem fica. Às
vezes, no entanto, é um alívio, para quem fica.

COMO DEVEMOS AGIR:


Tomamos como modelo o 2º modo de fazer exéquias:

ACOLHIDA:
De acordo com a situação. Podemos dizer:
1. Estamos aqui para participar de sua dor.
2. Estou aqui representando a Igreja e a Igreja vem lhe trazer os seus sentimentos.
Vem chorar com você. Ninguém pode proibir de chorar, pelo contrário; no Sermão da
Montanha, Cristo disse. Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.
3. A dor que você sente, eu também sinto. São Paulo diz: É preciso alegrar-se com
quem se alegra e chorar com quem chora. Eu represento aqui, a comunidade de Cristo,
a Igreja.
4. A fé comum, sua e minha nos ajuda, neste momento, aceitar as dificuldades.
5. O amor que tínhamos ao falecido, não morre aqui, mas o ultrapassa. Nada mais
forte de que o amor, não há barreiras, não há empecilhos para o amor. O amor ultrapassa
a própria morte. Quem nos pode separar do amor de Cristo, por acaso a morte? Diz São
Paulo.

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Formação para Ministros Extraordinários do Consolo e Esperança

6. Aqui, venho trazer-lhe consolo, em nome da Igreja, consolo que vem de Deus.
O consolo é dom do Espírito Santo. Consolar os aflitos é obra de misericórdia.

Nos momentos difíceis, como por exemplo, quando uma pessoa que foi má, não
viveu a fé, não tinha moral, perdeu alguém da família, pode-se dizer:
Não entendemos o que Deus faz, só mais tarde a gente vai compreender. O
importante é confiar e jogar-se nos braços da misericórdia de Deus.
Ás vezes não convém dizer nada. Simplesmente um abraço bem dado, um bater
no ombro, e, só...

ORAÇÃO:
No manual não tem oração própria, pede-se cantar ou rezar Salmos. Assim o
Salmo 129 foi feito por inspiração do Espírito Santo, por quem se encontrava em situação
de muita angústia. É um grito de confiança em Deus, aconteça o que acontecer. O Salmo
102 como introdução, canta as misericórdias do Senhor.
__ Oração feita pelo próprio Ministro, mas que seja muito bem elaborada e por escrito.

LEITURA:
Leitura da bíblia. Uma só leitura do Antigo ou do Novo testamento. Deve ser bem
escolhida por quem vai ler. Faz-se uma introdução dando o sentido do texto.

REFLEXÃO:
Feita sobre a leitura que não deve ter nenhuma palavra a mais, nem a menos.
Deve levar apenas cinco minutos ou menos. Esta reflexão deve ser feita somente quando
bem preparada.

As preces após a reflexão: As chamadas preces dos fiéis. (Devem ser feitas com a alma
e o coração.)

ENCOMENDAÇÃO: (Após as preces)


1. A igreja pede que não se faça elogio fúnebre no Sermão.
2. Ao fazer a encomendação, se houver espaço, seria bom ficar ao lado do caixão
e se possível a cabeceira do falecido.
3. A encomendação começa com uma oração (pode-se escolher, há sempre uma
mais bonita do que a outra, no próprio ritual)
4. Exortação - Pai Nosso e também Ave Maria. (omite-se a Ave Maria caso o
falecido seja evangélico).
5. Durante a recitação do Pai Nosso e da Ave Maria asperge-se o falecido, em
forma de cruz.
6. Termina-se com uma das orações, do Ritual.
7. Se estão na Capela do Cemitério, faz-se a procissão até a sepultura. Durante o
trajeto, reza-se um Salmo ou se cante algum Canto, quem entoar, seja afinado e tenha o
texto.

JUNTO A SEPULTURA:
1. Benze-se a sepultura, mesmo que o cemitério já esteja bento.
2. Oração conforme o Ritual; esta oração deve ser rezada após o caixão ter sido
colocado dentro da sepultura.
3. O Pai Nosso
4. Oração final, conforme Ritual.

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Formação para Ministros Extraordinários do Consolo e Esperança

Nota - Muito importante ir ao cemitério e ficar junto à família que às vezes fica só, porque
as pessoas vão se retirando ou mesmo não vão ao cemitério.
Recomenda-se utilizar o Livreto CELEBRAÇÕES - da Diocese de Oeiras - Editado
pela Edições Loyola.

SUBSÍDIOS PARA AS LEITURAS


GN 2,17 - GN 3,19 - SAB 1,13 - ROM 5, 12 - COR 15,22 - ECL 8,7 ss - MT 24, 42 ss
LC 12, 16 ss - I TS 5, 1-6 - II PD 3,10 - AP 3,3 - AP 16,15 - SL 115 (114+115) (116) , 15
PR 14,32 - ECLO1,13 - II COR 5,1 - FL 1, 23 - II TM 4, 6 ss - SL 33, 22 - SB 4,19
ECLO 41,1 - LC 16, 22

SUBSÍDIOS PARA AS LEITURAS E PARA A REFLEXÃO


Lc. 12,35-40: Estai preparados.
- Escutai a Palavra do Senhor tirada do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas
“Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: Vossos rins devem estar cingidos
e vossas lâmpadas acesas. Sede semelhante aos homens que esperam o seu senhor,
que está para voltar de uma festa de núpcias, para abrir-lhe a porta, logo que chegar e
bater. Felizes aqueles servos que o Senhor, quando vier, encontrar vigilantes. Em verdade
vos digo que ele se cingirá, e mandará que se ponham à mesa e os servirá. E se vier na
segunda ou na terceira vigília e os encontrar sempre vigilantes, felizes serão eles. Guardai
bem isto: se o dono da casa soubesse a que hora viria o ladrão, não permitiria que sua
casa fosse arrombada.
Estais, pois, preparados, vós também, porque na hora em que menos pensais
chegará o Filho do homem. “
- Palavra da Salvação.

Reflexão: Sentido Cristão da Morte


Estamos reunidos em torno deste (a) nosso (a) irmão (ã), que terminou sua
caminhada nesta terra e nos precedeu na vida eterna.
Estamos diante do mistério da morte. O homem não se aflige somente com a dor
e a progressiva dissolução do corpo, mas também, e muito mais, com o temor da
destruição perpétua.
Enquanto toda a imaginação fracassa diante da morte, a Igreja, contudo, instruída
pela Revelação divina, afirma que o homem foi criado por Deus para um fim feliz, além
dos limites da miséria terrestre. Mais ainda. Ensina a fé cristã que a morte corporal, da
qual o homem seria subtraído se não tivesse pecado, será vencida um dia, quando a
salvação perdida pela culpa do homem for restituída por seu onipotente e misericordioso
Salvador.
O sentido cristão da morte é revelado à luz do mistério Pascal, da Morte e
Ressurreição de Cristo, em que repousa nossa única esperança. O cristão que morre em
Cristo “deixa este corpo para ir morar junto do Senhor” (2Cor 5,8).
O dia da morte inaugura para o cristão, ao final de sua vida sacramental, a
consumação de seu nascimento iniciado no Batismo, a semelhança definitiva à imagem
do Filho, conferida pela unção do Espírito Santo, e a participação na festa do Reino,
antecipada na Eucaristia, mesmo necessitado de ultimas purificações para vestir a roupa
nupcial.
A Igreja que, como mãe, trouxe sacramentalmente em seu seio o cristão durante
sua peregrinação terrena, acompanha-o ao final de sua caminhada para entrega-lo “as
mãos do Pai”. Aqui está o sentido desta nossa celebração.
Diante do mistério da morte, diante do sentido cristão da morte, nós somos
convidados a olhar nossa vida cristã.

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Nosso Senhor nos ensina hoje que é necessário estar sempre preparados, pois
nenhum de nós sabe o dia e a hora do nosso encontro definitivo com ele. Estar com rins
cingidos e as lâmpadas acesas significa estar pronto para caminhar a qualquer momento
Na vida cristã isto significa esforço para viver a vontade de Deus; significa luta constante
contra o pecado e todo mal; significa serviço aos irmãos, comprometimento com a
comunidade, significa vida de oração, vida sacramental; vida orientada pela Palavra de
Deus.
Rezemos por este (a) nosso (a) irmão (ã) pelo seu descanso eterno. Rezemos para
crescermos na esperança da Vida plena que Jesus Cristo conseguiu para todos nós
mediante sua Morte e Ressurreição.
Assim seja!
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Jo 12,23-28: Se o grão de trigo não morrer não dará fruto
- Escutai a Palavra do Senhor tirada da Evangelho de Jesus Cristo segundo João
“Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: chegou a hora em que o filho do
homem deve ser glorificado. Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de trigo, caindo
na terra, não morrer, fica só; mas se morrer, produz muito fruto.
Quem ama sua vida perdê-la-á; e quem odeia sua vida neste mundo conservá-la-
á para a vida eterna. Se alguém quiser servir-me, que me siga: e, onde eu estiver, ali
estará também meu servidor. Se alguém me servir, meu Pai o honrará. Agora minha alma
está perturbada. Que direi? Pai, livra-me desta hora? Mas é para isto que eu cheguei a
esta hora. Pai glorifica o teu nome. Veio então uma voz do céu: Já o glorifiquei e tornarei
a glorificá-lo”.
- Palavra da Salvação

Reflexão:
Irmãos e irmãs, reunimo-nos hoje em solidária oração pelo eterno descanso de
.....................e, também, para pedir a Deus a graça da consolação da fé para seus
familiares.
Diante da morte de nosso (a) irmão (ã) ......................., temos a ocasião de
manifestarmos nossa fé em Cristo ressuscitado, “O grão de trigo que, caindo na terra,
produziu muito fruto”. Jesus que a todos oferece a possibilidade da Vida Eterna e feliz
junto de si: “Se alguém quiser servir-me, que me siga: e, onde eu estiver, ali estará
também meu servidor”.
Irmãos, todos nós ansiamos pela vida. No entanto, reconhecemos que a vida
biológica vai-se consumindo lenta e progressivamente.
Somos frágeis e finitos! Sem a luz da fé, a morte é inexplicável, amedronta e faz
sofrer...
Para nós que cremos a morte não pode ser encarada como o fim de tudo, ou a
destruição da vida. Para nós que cremos nosso destino último ultrapassa os limites do
temporal biológico.
A morte é o nascimento para a plenitude!
A morte deve ser encarada como “momento feliz” de abertura ao Infinito, de
nascimento para a plenitude, em Deus. A consagração de nossa existência terrena... Um
caminhar ao encontro de Jesus e uma estrada na vida eterna! Assim, irmãos e irmãs, “a
vida não nos é tirada, mas transformada”.
Portanto, para este (a) nosso (a) irmão (ã) ........................, o céu é a realização de
suas mais profundas aspirações. Ele (a) já experimenta em Deus, a felicidade suprema e
definitiva!
Irmãos e irmãs, Deus preparou-nos em Cristo e por Cristo, um destino de vida. O
céu é o “lugar” da felicidade suprema da alegria, da festa, da comunhão... Diz-nos Jesus:
“ ... e, onde eu estiver, ali estará também meu servidor”. Nós cremos na Vida Eterna!

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Formação para Ministros Extraordinários do Consolo e Esperança

Esta é a nossa fé e a nossa esperança! É isto que nos anima a progredir no bem,
na comunhão com Deus e com os irmãos. É isto que nos consola e dá sentido ao nosso
sofrimento. A vida, e não a morte tem a última palavra sobre o nosso destino final: “ Se o
grão de trigo, caindo na terra morrer, produzirá muito fruto!
- Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
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Exéquias de Criança:

Mt. 11,25-30: Escondestes estas coisas e as revelastes aos pequeninos.


- Escutai a Palavra do Senhor tirada do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus
Naquele tempo, Jesus tomou a palavra e disse: Eu te bendigo, ó Pai, Senhor do
céu e da terra, porque escondestes estas coisas aos sábios e aos prudentes e as
revelastes aos pequeninos. Sim, Pai, eu te bendigo, porque assim foi do teu agrado.
Todas as coisas me foram dadas por meu Pai, e ninguém conhece o filho, senão o Pai, e
ninguém conhece o Pai, senão o filho e aquele a quem o filho o quiser revelar. Vinde a
mim vós todos que estais exaustos e oprimidos e eu vos darei alívio. Tomai sobre vós o
meu jugo, e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis
repouso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.
- Palavra da Salvação.

Reflexão:
Irmãos aqui nos reunimos, não tanto para rezar por este (a) nosso (a) irmãozinho
(a) (nome da criança) que sabemos já gozar de felicidade dos céus, mas nos reunimos
aqui para pedir a Deus, que console seus pais e parentes, pela dor de sua partida. É
nosso dever de cristãos mostrar nossa solidariedade por essa família que sofre. Não
apenas hoje, mas no decorrer dos dias.
Nós cremos que (nome da criança), que recebeu a graça do Batismo, já habita
junto de Deus, onde há felicidade sem fim.
A morte para o cristão não é o fim de tudo, mas o começo de uma nova vida, a
vida eterna onde não mais haverá tristeza, dor e injustiças.
Jesus no Evangelho, que acabamos de ouvir, nos faz o amoroso convite: “Vinde a
mim vós todos que estais cansados e oprimidos, e eu vos darei alívio! ”.
A morte traz tristeza e faz com que os nossos olhos se encham de lágrimas. A fé,
contudo, dá sentido a essa dor e a esse sofrimento, pois Cristo já venceu a morte e nele
encontramos o alívio e a esperança que necessitamos nesta hora, pois cremos na vida
eterna.
Este (a) nosso (a) irmãozinho (a) que foi renascido pela graça do Batismo, hoje foi
recebido nos braços de Jesus, que acolheu as crianças durante sua vida aqui na terra, e
temos a certeza que um anjo vela por esta família e por nós junto de Deus.
Maria sofreu com grande dor a perda de seu filho inocente.
Peçamos que ela ajude a família desta criança falecida a superar a dor e o
sofrimento e a crer na vida eterna.
Amem!

Mt. 11,25-30: Escondestes estas coisas e as revelastes aos pequeninos.


Escutai a Palavra do Senhor tirada do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus
Naquele tempo, Jesus tomou a palavra e disse: Eu te bendigo, ó Pai, Senhor do
céu e da terra, porque escondestes estas coisas aos sábios e aos prudentes e as
revelastes aos pequeninos. Sim, Pai, eu te bendigo, porque assim foi do teu agrado.
Todas as coisas me foram dadas por meu Pai, e ninguém conhece o filho, senão o Pai, e
ninguém conhece o Pai, senão o filho e aquele a quem o filho o quiser revelar. Vinde a

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mim vós todos que estais exaustos e oprimidos e eu vos darei alívio. Tomai sobre vós o
meu jugo, e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis
repouso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.
Palavra da Salvação.

Reflexão:
Diante do mistério da morte que nos surpreende a melhor atitude é de oração e
entrega. Por isso, convidamos os familiares e amigos para unirmos nossas vozes em
oração.
Quando Jesus passava por momentos difíceis, reunia os amigos e com eles
rezava, foi assim no Horto das Oliveiras. Nós também fomos surpreendidos pela
morte inesperada desta criança. Como amigos de Jesus, queremos nos unir em
oração.
Uma vida, ainda criança, é arrancada de nossos braços, marcando nossos dias de
tristeza e solidão. Essa dor é tão grande que, sozinhos, dificilmente a suportaríamos. Por
isso, aqui nos reunimos para nos solidarizar e compartilhar a fé em Jesus, em quem
encontramos esperança e vida, alento e fortaleza.
Nós cremos que .......................recebeu a vida nova no batismo, já vive junto de
Deus, onde há felicidade sem fim.
Para nós que cremos a morte não é o fim, mas uma passagem para uma nova
vida, onde não haverá dor, tristeza ou fome.
Jesus no Evangelho que acabamos de ouvir nos faz um amoroso convite: “Vinde a mim...
e eu vos darei alívio”. Esse convite se dirige a todos nós: Em primeiro lugar a
............................., pais e amigos. Particularmente, Jesus dirige aqueles que mais sofrem
neste momento.
A vida de .............................., durou o tempo suficiente para embelezar o jardim, o
grande jardim desta família, onde, por pouco tempo, espalhou seu sorriso, alegrando seus
pais e familiares, Como uma pequena flor, sua vida foi colhida por Deus, para que seu
sorriso não se apagasse do seu olhar e de nosso coração.
A brevidade da vida de .............................. nos deixa uma profunda mensagem: De
Deus nascemos e para Deus voltamos.
Tenhamos uma firme certeza: ...............................foi acolhido (a) nos braços de
Jesus e de agora em diante será mais um intercessor junto de Deus por nós que aqui
ficamos.
Que nosso olhar também se volte para nossa mãe Maria, que sofreu a morte de
seu filho único, pedindo sua intercessão para superar a dor e o sofrimento.
Amém.

Anexos: 1. Roteiro para Celebração de Exéquias;


2. Sugestões de leituras para Celebração de Exéquias;
3. Sugestões de músicas para a Celebração.

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Celebração de Exéquias

M. (ministro) T. (todos) L. (leitor)

1 - Ritos Iniciais
M - Convido os familiares e todos os presentes para entregarmos aos cuidados da misericórdia
de Deus nosso (a) irmão (a) N................................ O Senhor da Vida console nossa tristeza e
confirme nossa esperança de encontrarmo-nos todos, um dia, na pátria celeste. Iniciemos a
celebração de encomendação com o sinal da nossa Fé; em nome do Pai e do Filho e do Espírito
Santo.
T - Amem.
M - A graça E a paz da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo estejam convosco.
T - Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!

2 - Oração
M - Ó Pai, vós que sois justos, sede misericordioso com este (a) nosso (a) irmão (a) que par􀁁u
deste mundo. Acolhei-o (a) na alegria eterna. Criado (a) à vossa imagem e semelhança e
adotado (a) por vós como filho (a) pelo batismo, participe da comunhão de vossos santos. Por
nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
T - Amem.

3 – Leitura (2 Coríntios 5, 1.6-10).


Leitor - Leitura da segunda carta de São Paulo aos Coríntios: Irmão, sabemos que, quando a
nossa morada terrestre, a nossa tenda, for desfeita, receberemos de Deus uma habitação no
céu, uma casa eterna não construída por mãos humanas. Por essa razão, estamos sempre
confiantes, sabendo que, enquanto habitarmos nesse corpo, estamos fora de casa, isto é,
longe do Senhor, pois caminhamos pela Fé e não pela visão... sim, estamos cheios de confiança
e preferimos deixar a mansão deste corpo, para irmos morar junto do Senhor. Em todo o caso,
quer fiquemos em nossa morada, quer a deixemos, nos esforçamos por agradar ao Senhor.
De fato, todos deverão comparecer diante do tribunal de Cristo, a fim de que cada um receba
a recompensa daquilo que tiver feito durante a sua vida no corpo, tanto para o bem como
para o mal. Palavra do Senhor.
T - Graças a Deus.

4 – Salmo Responsorial (129)


M - No Senhor está nossa esperança!
T- No Senhor está nossa esperança!
1 - Das profundezas eu clamo a vós, Senhor, escutai a minha voz!
Vossos ouvidos estejam bem atentos ao clamor de minha prece! Digamos:
No Senhor está nossa esperança!
2 - Se levardes em conta nossas faltas, quem haverá de subsistir?
Mas em vós se encontra o perdão, eu vos temo e em vós espero. Digamos:
No Senhor está nossa esperança!
3 -No Senhor ponho minha esperança, espero em sua palavra.
A minha alma espera no Senhor, mais que o vigia pela aurora.
Digamos: No Senhor está nossa esperança!
4 - No Senhor se encontra toda graça e copiosa redenção.

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Ele vem libertar a Israel de toda a sua culpa. Digamos:


No Senhor está nossa esperança!

5 - Evangelho (João 14,1-6)


M - Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo João.
T – Graças a Deus!
Disse Jesus aos seus discípulos: “Não fique perturbado o coração de vocês. Acreditem em Deus
e acreditem em mim também. Existem muitas moradas na casa de meu Pai. Se não fosse
assim, eu lhe teria dito, porque vou preparar um lugar para vocês. E, quando eu for e lhes 􀁁ver
preparado um lugar, voltarei e levarei vocês comigo, para que, onde eu es􀁁ver, estejam vocês
também. E, para onde eu vou, vocês já conhecem o caminho”. Tomé disse a Jesus: “Senhor,
nós não sabemos para onde vais; como podemos conhecer o caminho? ” Jesus respondeu:
“Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão for por mim”.
Palavra da salvação!
T - Glória a vós, Senhor.

6 – Reflexão:
As palavras de Jesus são para todos e para sempre. Ele recomenda: não fiquem
perturbados. Podemos chorar, mas não podemos nos perturbar. Quando viajamos para um
lugar distante necessitamos que alguém nos ajude, nos espere e nos acolha. O próprio Jesus
diz: Eu vou preparar o lugar para vocês.
A morte torna definitivo o projeto da pessoa. Jesus acolhe o bem que fizemos e
também a boa vontade, por vezes temos boa vontade, mas não conseguimos alcançar o
objetivo. Jesus aceita nossa boa vontade e explica: Eu não vim para condenar mas para salvar.
A morte não é a última palavra trata-se de um novo e definitivo nascimento. O amor
de Deus é mais forte do que a morte. A morte de um irmão é sempre a lembrança que o tempo
é breve. Porque é um dom de Deus. Precisamos viver a cada dia com intensidade para
amadurecermos em nossa fé. Então quando chegar o dia do Senhor poderemos dizer
como São Paulo: combate o bom combate, guardei a fé, resta-me agora a
recompensa.

7 – Preces
M - Irmãos E irmãs, rezemos confiantes ao Senhor que, por sua ressurreição, nos garante a
vida em plenitude, e digamos:
T - Senhor, vós sois a ressurreição e a vida!
1 - Cristo, filho de Deus vivo, que, ressuscitaste vosso amigo Lázaro, ressuscitai para a vida da
vossa glória nosso (a) irmão a). Digamos:
T - Senhor, vós sois a ressurreição e a vida!
2- Cristo, consolador dos aflitos, que, restituindo a vida, à filha de Jairo, enxugastes as lágrimas
de seus parentes, consolai hoje os que choram a morte de nosso (a) Irmão (a). Digamos.
T - Senhor, vós sois a ressurreição e a vida!
3 - Cristo, vós que ressuscitaste da morte ao terceiro dia, concedei aos nossos falecidos a vida
eterna. Digamos
T - Senhor, vós sois a ressurreição e a vida!
4 - Cristo, que prometeste preparar para nós um lugar na casa do Pai, concedei a morada do
céu aos fiéis que vos serviram na terra. Digamos:
T - Senhor, vós sois a ressurreição e a vida!
5 - Cristo, fonte da vida, tornai-nos todos firmes na fé e defensores da vida.

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Digamos:
T - Senhor, vós sois a ressurreição e a vida!

M - Inclinai, Senhor vosso ouvido às nossas preces, ao implorarmos vossa misericórdia para
vosso (a) filho (a) N......................................................... Acolhei -o no convívio de vossos
santos. Por Cristo, nosso Senhor.
T - Amem.

8 – Oração de Despedida
(Pode mandar os presentes estender a mão em direção do falecido (a))
M - Com Fé e Esperança na vida eterna, recomendamos ao Pai de misericórdia este (a) nosso
(a) irmão (a) N...................................que morreu na paz de Cristo. – Ó Pai de misericórdia, em
vossas mãos entregamos este (a) nosso (a) irmão (a), na firme esperança de que ele (a)
ressuscitará no último dia com os que em Cristo adormeceram. Abri para ele (a) as portas do
paraíso; e a nós, que aqui ficamos, consolai-nos com a certeza de que um dia nos
encontraremos todos em vossa casa. Por Cristo, nosso Senhor.
T - Amem.
(Asperge o corpo com água benta).
M - Na água e no Espírito foste batizado (a). O senhor complete em 􀁁 a obra que Ele mesmo
começou no teu batismo. Santos de Deus, vinde em seu auxilio. Anjos do Senhor, recebei na
gloria eterna este (a) filho (a) de Deus. Cristo, nosso Senhor, te chamou. Ele te acolha no
paraíso para o descanso eterno.
T - Amem.
M - Dai-lhe, Senhor, o repouso eterno.
T - E brilhe para ele (a) a vossa luz.
M - Descanse em paz.
T - Amem.
(Neste momento convida assembleia a rezar um Pai Nosso, três Ave Maria e um
Gloria ao Pai).

9 – Oração final
M - Senhor Jesus Cristo, morrestes na cruz para nos salvar, fazendo-nos passar da morte para
a vida, olhai com bondade os familiares e amigos aqui reunidos que entregam em vossas mãos
este vosso (a) filho (a). N.................................................................................. abristes para os
vossos seguidores as portas do Reino através de vossa morte e ressurreição. Acolhei este (a)
nosso (a) irmão (a) na vossa glória, libertai-o de todo o mal e concedei-lhe a felicidade eterna.
Ó Deus Pai de bondade abençoe a cada um de nós em nome do Pai do Filho e do Espírito
Santo.
T -Amem.

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SUGESTÕES DE LEITURAS PARA CELEBRAÇÃO DE


EXÉQUIAS

Liturgia da Palavra
1a Leitura: (Jo 19,1 .23-27a; Sb 4,7-15; Is 25,6-9; Lm 3,1 7-
26; Dn 12,1-3; 2Mc 12,43-46).

2a Leitura
Do Novo Testamento, a escolher: (At 10,34-43; 10,34-36.42;
Rm 5,5-11; 5,1 7-21; 6,3-9; 6,3-4.8-9; 8,14- 23; 8,31b-35. 37-
39;14, 7-9.10b-12; 1Cor 15,20-24a.25-28; 15,20-23; 15,51-57;
2Cor 5,1.6-10; Fl 3,20-21; 1Ts 4,13-18; 2Tm 2,8-13; IJo3,14-16;
Ap 14,13; 20,11-21; 21,1-7).

Evangelho (a escolher):
(Mt 11,25-30; 25,1-13; 25,31-46; Mc 15,33-39; 16,1-6; Lc 7,11-
17; 12,35-40; 23,33.39-43; 23,44-49; 24, 1-6a; 24,13-35; 24,13-
16.28-35; Jo 6,37-40; 6,51-59; 11,15-27; 11,32-45; 12,23-28;
12,23-26; 14,1-6; 17,24- 26).

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SUGESTÃO DE MÚSICAS PARA EXÉQUIAS

1. SEGURA NA MÃO DE DEUS

Se as águas do mar da vida quiserem te afogar, segura na mão de Deus e vai,


Se as tristezas desta vida quiserem te sufocar segura na mão de Deus e vai.

SEGURA NA MÃO DE DEUS, SEGURA NA MÃO DE DEUS,


POIS ELA, ELA TE SUSTENTARÁ,
NÃO TEMAS SEGUE ADIANTE E NÃO OLHE PARA TRAZ,
SEGURA NA MÃO DE DEUS E VAI.

O espírito do Senhor, sempre te revestira, segura na mão de Deus e vai,


Orando, jejuando, confiando e confessando, segura na mão de Deus e vai.

2. PELOS PRADOS (SL 23)


Pelos prados e campinas verdejantes eu vou,
É o Senhor que me leva a descansar!
Junto às fontes de águas puras repousantes eu vou.

Minhas forças, o Senhor vai animar!


Tu és, Senhor, o meu Pastor.
Por isso nada em minha vida faltará! (2x)
Nos caminhos mais seguros junto dele, eu vou
E pra sempre o seu nome eu honrarei!
Se eu encontro mil abismos nos caminhos, eu vou:
Segurança sempre tenho em suas mãos.
Tu és senhor, o meu Pastor.
Por isso nada em minha vida faltará! (2x)
Ao banquete, em Sua casa, muito alegre eu vou!
Um lugar em sua mesa, me preparou.
Ele unge minha fronte e me faz ser feliz
E transborda a minha taça em seu Amor
Tu és, Senhor, o meu Pastor
Por isso nada em minha vida faltará! (2x)
Bem à frente do inimigo, confiante eu vou!
Tenho sempre o Senhor junto de mim
Seu cajado me protege e eu jamais temerei
Sempre junto do Senhor eu estarei!
Tu és, Senhor, o meu Pastor
Por isso nada em minha vida faltará (2x)
Com alegria e esperança caminhando eu vou!
Minha vida está sempre em suas mãos

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E na casa do Senhor eu irei habitar


E esse canto para sempre irei cantar!
Tu és, Senhor, o meu Pastor
Por isso nada em minha vida faltará (2x)

3. COM MINHA MÃE ESTAREI


Com minha Mãe estarei na santa glória, um dia, junto à Virgem Maria, no céu triunfarei.
NO CÉU, NO CÉU, COM MINHA MÃE ESTAREI.
NO CÉU, NO CÉU, COM MINHA MÃE ESTAREI.

Com minha Mãe estarei, mas já que hei ofendido a seu Jesus querido as culpas chorarei

4. Te amarei
Me chamaste para caminhar na vida contigo, decidi para sempre seguir-te, não voltar atrás.
Me puseste uma brasa no peito e uma flecha na alma, é difícil agora viver sem lembrar-me de Ti.

Te amarei, Senhor (bis), eu só encontro


a paz e a alegria bem perto de Ti (2x)

Eu pensei muitas vezes calar e não dar nem resposta. Eu pensei na fuga esconder-me, ir longe
de Ti, mas Tua força venceu e ao final eu fiquei seduzido. É difícil agora viver sem lembrar-me
de ti.

Ó Jesus, não me deixes jamais caminhar solitário,


pois conheces a minha fraqueza e o meu coração.
Vem ensina-me a viver a vida na Tua presença,
no amor dos irmãos, na alegria, na paz, na união.

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