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CAPA

CONTRA
CAPA
DEDICAT
ORIAS
Sumário
1 - INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 5

2 – DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS ....................................................................... 6

2.1 – CONCEITO ....................................................................................................... 6

2.1 – ORIGEM HISTÓRICA ..................................................................................... 7

2.2 - CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS ................................ 8

2.2.1 - DIREITOS DE PRIMEIRA DIMENSÃO .................................................. 8

2.2.2 - DIREITOS DE SEGUNDA DIMENSÃO .................................................. 9

2.2.3 - DIREITOS DE TERCEIRA DIMENSÃO .................................................. 9

2.2.4 - DIREITOS DE QUARTA DIMENSÃO ..................................................... 9

3- DA EFICÁCIA HORIZONTAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS – TEORIAS


.................................................................................................................................................. 10

Teoria da EFICÁCIA HORIZONTAL INDIRETA dos direitos fundamentais ....... 15

Teoria da EFICÁCIA HORIZONTAL DIRETA dos direitos fundamentais ........... 16

4 – CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 12

Teoria da INEFICÁCIA HORIZONTAL dos direitos fundamentais ....................... 14


Resumo: O presente estudo tem como objeto a eficácia horizontal dos direitos
fundamentais. Para aprofundarmos no tema, primeiro abordaremos os direitos fundamentais,
em suas dimensões, para então buscar-se a referida eficácia horizontal, ou seja, a aplicação dos
direitos fundamentais nas relações entre particulares. Tradicionalmente os direitos
fundamentais são de aplicação na relação entre Estado e particular – eficácia vertical, porém
aqui trataremos de sua aplicação na relação particular/particular. Abordaremos as teorias
explicativas da eficácia horizontal, buscando em renomados juristas fundamentos à aplicação
da teoria no caso específico da realidade brasileira, buscando, por fim, demonstrar que cabe ao
Estado não só respeitar, mas, ainda, assegurar a observância do regular cumprimento das
normas de direitos fundamentais, sejam eles violados pelo Estado, ou por outros particulares.
Palavras chave: dimensões, eficácia horizontal, eficácia vertical, direitos fundamentais,
relações privadas

1 - INTRODUÇÃO
O estudo da eficácia horizontal dos direitos fundamentais tornou-se objeto de pesquisa
dentre doutrinadores e juristas em termos relativamente recentes, e isso se deu face à tendência
de constitucionalização do processo, ou pós positivismo, tendência revelada no século XX.
Porém, antes de adentrar no objetivo principal do presente estudo, faz-se necessário um
panorama geral sobre a teoria dos direitos fundamentais e sua influência no ordenamento
jurídico brasileiro. A doutrina tradicional entende os direitos fundamentais como normas
destinadas a proteger o indivíduo contra eventuais violações causadas pelo Estado, quando
abusa de seu poder, não possuindo maior relevância no que se refere às relações particulares.
Quando os direitos fundamentais surgiram, eram tidos como aqueles ligados à liberdade,
os chamados direitos de defesa, ou seja, direitos que exigem uma abstenção do Estado. Os
únicos destinatários dos direitos fundamentais eram os Poderes Públicos. Os direitos
individuais eram direitos atribuídos ao indivíduo para que este pudesse se proteger contra os
Poderes Públicos. Como a relação entre os particulares e os Poderes Públicos é de subordinação
e não de coordenação, esta eficácia dos direitos fundamentais ficou conhecida como eficácia
vertical, em razão dessa relação estado-particular ser de subordinação. Esta é a eficácia clássica
dos direitos fundamentais. Quando surgiram, tinham apenas eficácia vertical, eram aplicados
apenas a essa espécie de relação.

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Com o passar do tempo, foi se constatando que a opressão e a violência vinham não só
do Estado, mas de outros particulares. Então, houve uma mudança na eficácia dos direitos
fundamentais. Há instituições no mundo que tem um poder econômico muito maior do que
muitos Estados. Então, a idéia de que não só o Estado é órgão opressor dos indivíduos, mas
também outros particulares, o que fez com que surgisse a eficácia horizontal, aplicada nas
relações privadas, onde os interesses antagônicos são entre particulares.
Enquanto a eficácia vertical é a aplicação dos direitos fundamentais nas relações
particular-Estado, a eficácia horizontal é a aplicação dos direitos fundamentais às relações entre
particulares. Como a relação entre particulares é, ao menos teoricamente, de coordenação, de
igualdade jurídica, quando os direitos fundamentais são aplicados a essas relações, se fala que
os direitos fundamentais têm uma eficácia horizontal ou privada.
Esse um breve intróito sobre o assunto, objeto do presente artigo, na qual, a partir de
agora, buscaremos tratar apenas da aplicação, eficácia dos direitos fundamentais nas relações
entre particulares.
Para organizarmos nosso estudo, iniciaremos com uma breve explanação sobre direitos
fundamentais em suas diferentes dimensões, para então, adentrarmos propriamente no tema da
eficácia horizontal de referidos direitos.

2 – DIREITOS FUNDAMENTAIS
2.1 – CONCEITO
Podemos conceituar os direitos fundamentais como os direitos considerados básicos
para qualquer ser humano, ou seja, para a convivência em sociedade é fundamental a existência
normas norteadoras das demais regras, sejam elas positivadas ou não, tangível ou intangível,
independentemente de condições pessoais específicas.
O jurista José Gomes Canotilho, conceitua direitos fundamentais da seguinte forma:
(...) os direitos fundamentais em sentido próprio são, essencialmente direitos
ao homem individual, livre e, por certo, direito que ele tem frente ao Estado,
decorrendo o caráter absoluto da pretensão, cujo o exercício não depende de
previsão em legislação infraconstitucional, cercando-se o direito de diversas
garantias com força constitucional, objetivando-se sua imutabilidade jurídica
e política. (...) direitos do particular perante o Estado, essencialmente direito
de autonomia e direitos de defesa. (CANOTILHO, José Joaquim Gomes.

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Direito Constitucional e Teoria da Constituição, 5º ed. Editora Livraria
Almedina, 2002)
O renomado jurista Canotilho, vislumbra os direitos fundamentais para defesa do
cidadão em face do estado, essencialmente no que tange a autonomia e direitos de defesa, tudo
isso sendo um reflexo dos abusos das monarquias e governos autoritários, isso será melhor
abordado mais adiante.

2.1 – ORIGEM HISTÓRICA


Os direitos fundamentais foram surgindo ao longo dos tempos de acordo com o
momento histórico que a sociedade vivia. Conforme afirmava o professor Norberto Bobbio:
“Os direitos do homem, por mais fundamentais que sejam, são direitos
históricos, ou seja, nascidos em certas circunstâncias, caracterizadas por lutas
em defesa de novas liberdades contra velhos poderes, e nascidos de modo
gradual, não todos de uma vez e nem de uma vez por todas. (...) o que parece
fundamental numa época histórica e numa determinada civilização não é
fundamental em outras épocas e em outras cultuas” (BOBBIO, Norberto. A
Era dos Direitos, pp. 5-19. Rio de Janeiro: Campus, 1992).
Nas idades primitiva e antiga os povos se regiam com base nos costumes próprios,
inexistindo constituição escrita, nessas épocas a religião tinha uma grande influência entre os
povos.
Na idade média, em 15 de junho de 1215, foi outorgado na Inglaterra, a Magna Charta
Libertatum, pelo rei João Sem-Terra, essa, foi a primeira declaração formal de direitos,
positivou vários aspectos daqueles que hoje são considerados direitos fundamentais.
Prerrogativas até hoje existentes no Direito Constitucional, como o habeas corpus, o tribunal
do Júri, o devido processo legal, a anterioridade tributária, etc.
O fortalecimento dos direitos e garantias fundamentais ocorreu na idade moderna, no
século XVIII, com as revoluções liberais ocorridas nos EUA, França e Inglaterra, onde se tinha
a finalidade de instaurar o estado de direito, ou seja, estado de poderes limitado, assim
substituindo o estado absolutista que, até então, existia.
Passado a Revolução Gloriosa (nome dado pelo movimento ocorrido na Inglaterra entre
1688 e 1689 no qual o rei Jaime II foi destituído do trono britânico), a Inglaterra começou a ser
governada pelo Primeiro-Ministro e a figura do Rei como mero chefe de estado, assim,
passando a vigorar definitivamente o regime parlamentar. O Bill of Rights foi um documento

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que sacramentou a perda do poder absoluto do Rei, que passou a dividir a tarefa de governar
com o Parlamento. Na prática, instalou-se a partir daí a supremacia do Parlamento.
A Constituição Federal dos Estados Unidos da América de 1787, considerada a primeira
constituição escrita da humanidade, nascida em substituição da Articles of Confederation, com
seu texto curtíssimo, resume-se em sete artigos, instituindo o modelo presidencialismo,
separação de poderes e o federalismo, ao longo do tempo sofreu vinte e sete emendas,
originalmente não possuía qualquer declaração de direitos, que só foram incluídos com suas
emendas, principalmente a Quinta Emenda.
Em 1791 foi criada a constituição francesa, a primeira carta escrita da França e de toda
Europa.
As constituições contemporânea, momento atual, buscam por uma sociedade melhor,
baseando se na justiça e igualdade. Houve um robustecimento do ideal pós positivista, não se
limitando apenas na subsunção a norma, e sim, utilizando mais princípios e ponderação, e com
o judiciário em destaque, suprindo lacunas das leis.
Desta maneira, as Cartas Constitucionais, do modo como hoje são conhecidas, são um
reflexo da positivação dos Direitos Fundamentais, do que derivou a rigidez e supremacia
constitucional que predominam no Estado de Direito.

2.2 - CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS


São diversas as formas de classificação dos Direitos Fundamentais, vamos abordar as
principais.
A classificação legislativa e básica está prevista na Constituição Federal da República
Federativa do Brasil, para a qual os Direitos Fundamentais estão classificados e divididos em:
Direitos Individuais e coletivos previstos no art. 5°; Direitos Sociais previstos nos arts. 6º e 193;
Direitos à Nacionalidade previstos no art. 12, Direitos Políticos previstos nos arts. 14 a 17 e
Direitos fundados nas relações econômicas previstos nos arts. 170 a 192.
Outro tipo de classificação dos direitos dos fundamentais leva em conta a cronologia em
que foram sendo conquistados e de acordo com o momento histórico de seu surgimento, optou-
se por destacarem-se os direitos fundamentais, no que a doutrina denomina de dimensões.

2.2.1 - DIREITOS DE PRIMEIRA DIMENSÃO


Foram os primeiros a serem conquistados, por meio da revolução liberal, ocorridas no
final do Século XVIII que deram origem a referidos direitos de primeira geração, são direitos

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relacionados a liberdade individual e segurança diante do Estado, obrigando o Estado a respeitar
a liberdade de ir e vir, religião, a vida, sendo um verdadeira obrigação de não fazer imposta ao
Estado.
Verdadeiros direitos de defesa do indivíduo em face do Estado. Direitos que têm um
caráter negativo. Que vão exigir uma abstenção por parte do Estado.

2.2.2 - DIREITOS DE SEGUNDA DIMENSÃO


A segunda dimensão de direitos é ligada aos valores de igualdade, porém, não a
igualdade formal, mas sim a igualdade material, que refere-se à atuação do Estado para reduzir
desigualdades existentes.
A sua conquista sobreveio após grupos de trabalhadores passaram a lutar pela categoria,
durante a Revolução Industrial.
Ao contrário do que se buscava nos direitos de primeira dimensão, era exigido ao Estado
uma obrigação de fazer. Ex. direito dos trabalhadores, lazer, segurança, educação.
2.2.3 - DIREITOS DE TERCEIRA DIMENSÃO
Será adotado a classificação proposta pelo professor Paulo Bonavides, tendo em vista a
imensa divergência doutrinaria quanto a classificação dos direitos fundamentais.
A terceira dimensão estão ligados à fraternidade ou à solidariedade, sendo taxados como
direitos transindividuais, difusos ou coletivos.
Os direitos difusos são direitos de todos, mas que não pertencem a ninguém
isoladamente.
Exemplificando, são os seguintes: Direito ao desenvolvimento ou progresso; Direito do
Consumidor, Direito ao meio ambiente; Direito à autodeterminação dos povos; Direito de
comunicação; Direito de propriedade sobre o patrimônio comum da humanidade e Direito à
paz.

2.2.4 - DIREITOS DE QUARTA DIMENSÃO


Seriam os direitos ligados à pluralidade.
Podemos citar três direitos como de quarta dimensão: Direito à democracia; Direito à
informação; Direito ao pluralismo.
Segundo Bonavides, a globalização teria dado origem aos direitos de quarta geração.

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3- DA EFICÁCIA HORIZONTAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
Uma vez conceituados, classificados e dimensionados os direitos fundamentais,
adentraremos no tema da eficácia horizontal dos referidos direitos.
A eficácia horizontal dos direitos fundamentais, também chamada de eficácia dos
direitos fundamentais entre terceiros ou de eficácia dos direitos fundamentais nas relações
privadas, decorre do reconhecimento de que as desigualdades não se situam apenas na relação
Estado/particular, como também entre os próprios particulares, nas relações privadas. Em suma:
pode-se dizer que os direitos fundamentais se aplicam não só nas relações entre o Estado e o
cidadão (eficácia vertical), mas também nas relações entre os particulares-cidadãos (eficácia
horizontal).
A teoria da eficácia horizontal dos direitos fundamentais surgida na Alemanha, durante
o século XX, a qual defendia a aplicação dos direitos fundamentais nas relações privadas, ou
seja, particular entre particular.
Em 1958, o Bundesverfassungsgericht (Tribunal Constitucional Federal Alemão),
Julgou o “Caso Lüth” que deu origem a discussão da eficácia horizontal dos direitos
fundamentais.
A coluna Constituição e Poder, do desembargador federal do TRF-1 Néviton Guedes,
narra como o Tribunal Constitucional alemão proclamou a decisão considerada a mais
importante de toda a sua jurisprudência sobre direitos fundamentais:
A provocação para a decisão proferida pelo Tribunal teve origem no recurso
constitucional interposto por Erich Lüth, que se opunha à condenação que lhe
havia sido imposta por um tribunal estadual (Landgericht) pelo fato de haver
se expressado publicamente, por diversas vezes, convocando um boicote aos
filmes de Veit Harlan, por seu suposto passado nazista, tendo considerado a
Justiça ordinária, com base no parágrafo 826 do BGB (Código Civil Alemão),
que a exortação de Lüth ao boicote seria contrária à moral e aos costumes,
razão pela qual ele foi condenado a omitir-se de novas convocações a favor
do boicote sob ameaça de uma pena de multa ou até mesmo de prisão. A
decisão da Justiça ordinária seria, entretanto, reformada pelo Tribunal
Constitucional, sob o fundamento de que o direito fundamental à liberdade de
opinião irradiava sua força normativa sobre o Direito ordinário, no caso o
Direito Civil, impondo-se aos tribunais ordinários a necessidade de emprestar
prevalência ao significado dos direitos fundamentais, mesmo nas relações
entre particulares. (coluna Constituição e Poder, do desembargador
federal do TRF-1 Néviton Guedes)
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3.1 – LIMITES DA EFICÁCIA HORIZONTAL
Diante do até aqui exposto, podemos facilmente deduzir que os institutos jurídicos que,
inicialmente visavam o combate a abusos de poder em face do Estado, atualmente podem ser
utilizados de forma indiscriminada combatendo os abusos dos particulares.
Em síntese, já adianta-se que o limite da eficácia horizontal dos direitos e garantias
fundamentais, são os próprios direitos fundamentais, com o porém que com o grande
movimento de constitucionalização das normas infraconstitucionais, o limite de sua aplicação
entre particulares se expandiu.
O ministro do STF, Gilmar Ferreira Mendes, com base nos seus estudos, analisando as
jurisprudência da Corte Constitucional Alemã, descreveu na sua obra “Direitos Fundamentais:
Eficácia das Garantias Constitucionais nas Relações Privadas”, que segundo a tribunal
constitucional alemã, a eficácia dos direitos fundamentais nas relações entre particulares são
mediata, ou seja, devem ser decididas pelo judiciário e não tendo aplicação direta. E deixa esse
entendimento claro nos seguintes trechos:
“Os direitos fundamentais não se destinam a solver diretamente conflitos de
direito privado devendo a sua aplicação realizar-se mediante os meios
colocado à disposição pelo sistema jurídico.
Segundo esse entendimento, compete em primeira linha, ao legislador, a tarefa
de realizar ou concretizar os direitos fundamentais no âmbito das relações
privada. Cabe a este garantir as diversas posições fundamentais relevantes
mediante a fixação de limitações universais.”
A corrente da Teoria da eficácia horizontal direta e imediata dos direitos fundamentais,
afirmam que tais direitos, se aplicam diretamente às relações entre os particulares, em outras
palavras, os particulares são tão obrigados a cumprir os ditames dos direitos fundamentais
quanto o poder público.
Essa tese que prevalece no Brasil, e, tanto o STF quanto o STJ se posicionam em favor
da mesma. Seguindo o comando constitucional do art. 5°, §1°, “as normas definidoras dos
direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata”.
Conforme podemos observar no brilhante voto do Min. Joaquim Barbosa:
No Brasil, não podemos esquecer que o ordenamento jurídico é encabeçado
por uma “uma constituição rígida e dirigente, prodiga em normas incidentes
sobre as relações privadas” (Sarmento, op.cit.). Em algumas áreas, os efeitos
dos direitos fundamentais nas relações entre particulares decorre de imposição

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explicitas da própria constituição federal. É o que ocorre por exemplo no
campo dos direitos sociais, em que a constituição impõe as pessoas que travam
relações de natureza privada, como a trabalhista, a observância de catalogo de
direitos concebidos com vistas à proteção do trabalhador. (STF, Segunda
Turma, RE 201.819/RJ, Relator Ministro Gilmar Mendes, DJ de 27.10.2006.)
Portanto, nenhum cidadão, na qualidade de particular, poderá desrespeitar direitos
fundamentais sob o pretexto de que tais direitos são destinados a coibição dos abusos Estatais,
tendo em vista a aplicação direta e imediata dos mesmo.

4 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
A aplicação imediata dos direitos fundamentais individuais nas relações privadas é tema
extremamente atual e instigante, que não se encontra pacificado na doutrina e na jurisprudência
brasileiras, ensejando inúmeras controvérsias.
Vivemos um momento histórico no qual a constitucionalização de todo o Direito é um
fenômeno que torna imprescindível que as relações jurídicas privadas mostrem-se coerentes
com os valores constitucionais, essencial se demonstra a adequada compreensão e o domínio
da técnica da ponderação de interesses, como mecanismo de solução dos cada vez mais
numerosos casos de conflito entre princípios constitucionais, que decorrem exatamente da
aplicabilidade direta e imediata dos direitos fundamentais às relações privadas.
Assim, tendo sido sucintamente exposta a definição da dimensão objetiva dos direitos
fundamentais, classificação e caracterização e, em especial, da vinculação dos particulares a
essas normas, pode-se trazer à tona, a título de conclusão que, apesar de toda polêmica
doutrinária, o Supremo Tribunal Federal vem reconhecendo a incidência das normas
jusfundamentais nas relações privadas.

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A teoria da eficácia horizontal dos Direitos Fundamentais deve ser aplicada de forma
tanto mais intensa quanto maior for a situação de desigualdade entre o indivíduo que tem seu
direito fundamental violado e o ente privado agente desta violação.
Portanto, cabe ao Estado não só respeitar, mas, ainda, assegurar a observância do regular
cumprimento das normas de direitos fundamentais por todos aqueles potencialmente capazes
de violar tais direitos, uma vez que, nos dias atuais, não só o Estado, mas também tais entidades
podem igualmente, como detentores do poder social, violar a esfera de liberdade dos indivíduos

Já na antiguidade, através da religião e da filosofia, foram passadas algumas ideias


acerca do que são direitos fundamentais. Tal contexto deixa vislumbrar que o homem, pelo
simples fato de ser homem, é titular de certos direitos naturais.
Importante ao estudo dos direitos fundamentais se faz a sua classificação, onde alocam-
se referidos direitos dentro da Constituição Federal.

Essa é uma classificação legislativa. Há outras classificações dos direitos fundamentais,


sendo a mais usual a de Jellinek, apud José Carlos Vieira de Andrade[3], a qual faz uma
classificação importante dos direitos fundamentais, dividindo-os em três espécies: direitos de
defesa, direitos prestacionais e direitos de participação. Vejamos cada uma das espécies:
Direitos de defesa são aqueles cuja finalidade é defender o individuo do arbítrio do
Estado. Os direitos de defesa do indivíduo em face do Estado são os direitos individuais
clássicos, aqueles primeiros que surgiram ligados às liberdades, são os chamados direitos
individuais. Os direitos de defesa/liberdade têm um status negativo, posto que exigem do Estado
uma abstenção e não uma atuação positiva, impondo-lhe (Estado) o dever de não intervir, não
reprimir, não censurar...
Já os direitos prestacionais, exigem do Estado, não uma simples abstenção, mas uma
atuação positiva. São direitos que exigem do Estado prestações jurídicas, como segurança,
assistência judiciária gratuita, ou materiais, como saúde, educação. Basicamente são os direitos
sociais, aqueles que vão exigir do Estado prestações materiais/jurídicas.
Com relação aos direitos de participação, são aqueles que vão permitir a participação do
indivíduo na vida política do Estado. Referidos direitos estão ligados à cidadania, sua função é

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garantir a participação individual na formação da vontade política da comunidade. Traduzem-
se nos direitos de nacionalidade e políticos.

Trazemos a lume algumas teorias explicativas sobre a relação entre particulares e os


direitos fundamentais, com destaque as Teoria da INEFICÁCIA HORIZONTAL dos direitos
fundamentais, Teoria da EFICÁCIA HORIZONTAL INDIRETA dos direitos fundamentais, a
por fim, mas não menos importante, a Teoria da EFICÁCIA HORIZONTAL DIRETA dos
direitos fundamentais.

TEORIA DA INEFICÁCIA HORIZONTAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS


Segundo essa teoria, se há uma ineficácia horizontal, significa que os direitos
fundamentais não podem ser aplicados às relações entre particulares. É a teoria adotada nos
Estados Unidos, onde se entende (doutrina e jurisprudência) que os direitos fundamentais têm
apenas a eficácia clássica, vertical. Aplicam-se às relações entre Estado e particular, mas não
seria aplicado às relações entre particulares.
Essa teoria só vigora nos EUA devido ao fato de a Constituição norte americana, que é
de 1787 (vigente até os dias atuais) e à época de sua promulgação só haviam direitos de defesa
do indivíduo em face do Estado. Seu texto traz vários dispositivos que consagram direitos
fundamentais, fazendo referência ao Estado, ao Poder Público como destinatário desses
deveres. Só que mesmo nos EUA, criou-se uma teoria para contornar essa situação.
Há muita divergência doutrinária sobre essa teoria da ineficácia horizontal dos Direitos
Fundamentais, ou Doutrina da State Action (Doutrina da Ação Estatal).
Para Daniel Sarmento[8], referida teoria simplesmente nega aplicação da eficácia
horizontal dos direitos fundamentais, ou seja, os direitos fundamentais não se aplicariam nas
relações entre particulares.
Já para Virgilio Afonso da Silva[9], a teoria da State Action não nega aplicação dos
direitos fundamentais entre particulares, mas tenta, de alguma forma, contornar a falta de
regulamentação, sendo a finalidade da doutrina definir em que casos se poderia fazer a
aplicação, mesmo que os direitos fundamentais, em regra, não se apliquem às relações entre
particulares. O detalhe, segundo o doutrinador, é que não estamos nos referindo a uma doutrina
que estabelece de forma sistemática as situações.

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Nas palavras do constitucionalista Virgilio Afonso da Silva[10]: “Tentar afastar a
impossibilidade de aplicação definindo, ainda que de forma casuística e assistemática em que
situações essa aplicação poderia ocorrer.”, essa a finalidade da Teoria da State Action.
Ainda nas palavras do autor: “A equiparação de determinados atos privados a atos
estatais.”, é o artifício utilizado para aplicação da eficácia horizontal em determinados atos
privados.
Temos ainda duas teorias que buscam explicar a eficácia horizontal dos direitos
fundamentais: a teoria da eficácia indireta ou mediata e a teoria da eficácia direta ou imediata.

Além da eficácia vertical dos direitos fundamentais, entendida como a vinculação dos
Poderes estatais aos direitos fundamentais, podendo os particulares exigi-los diretamente do
Estado, surgiu na Alemanha, com expansão na Europa e, atualmente, no Brasil, a teoria da
eficácia horizontal dos direitos fundamentais.

DANIEL SARMENTO[7], em monografia sobre o tema diz que:


“O Estado e o Direito assuem novas funções promocionais e se consolida o
entendimento de que os direitos fundamentais não devem limitar o seu raio de ação às relações
políticas, entre governantes e governados, incidindo também em outros campos, como o
mercado, as relações de trabalho e a família.”
Trazemos a lume algumas teorias explicativas sobre a relação entre particulares e os
direitos fundamentais, com destaque as Teoria da INEFICÁCIA HORIZONTAL dos direitos
fundamentais, Teoria da EFICÁCIA HORIZONTAL INDIRETA dos direitos fundamentais, a
por fim, mas não menos importante, a Teoria da EFICÁCIA HORIZONTAL DIRETA dos
direitos fundamentais.

TEORIA DA EFICÁCIA HORIZONTAL INDIRETA DOS DIREITOS


FUNDAMENTAIS
Para a teoria da eficácia indireta ou mediata, os direitos fundamentais são analisados do
ponto de vista de duas dimensões: a) dimensão negativa ou proibitiva, que veda ao legislador
editar lei que viole direitos fundamentais; b) dimensão positiva, impondo um dever para o

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legislador implementar direitos fundamentais, ponderando, porém, quais deles devam se aplicar
às relações privadas. Essa a teoria prevalente na Alemanha.
Para essa teoria, não há que se falar em imposição de direitos fundamentais numa
relação entre particulares que estão em nível de igualdade. Não negam - os seguidores de
referida teoria - que os direitos fundamentais possam ser aplicados a essas relações, mas dizem
que para isso acontecer, é necessário uma intermediação através da lei. A lei, o direito privado,
teria que regulamentar, que incorporar aqueles direitos fundamentais ao direito privado, para
que a aplicação fosse relativizada, ou, tecnicamente falando, os direitos fundamentais irradiam
os seus efeitos nas relações entre particulares por meio de mediação legislativa. Então, segundo
a doutrina alemã, essa porta de entrada dos direitos fundamentais nas relações entre particulares
seriam as cláusulas gerais do direito privado, os pontos de infiltração.
Portanto, para a teoria da eficácia indireta dos direitos fundamentais, ao se interpretar
uma cláusula geral, deve-se fazê-lo com base nos direitos fundamentais que a Constituição
consagra.

TEORIA DA EFICÁCIA HORIZONTAL DIRETA DOS DIREITOS


FUNDAMENTAIS
Esta teoria curiosamente surgiu na Alemanha, na década de 50, por meio de um
magistrado do Tribunal Federal do Trabalho, chamado Hans Carl Nipperdey. A curiosidade
reside no fato de que, apesar de ter surgido na Alemanha, não prevalece naquele país.
Nos termos da proposta da teoria da eficácia direta ou imediata, como o próprio nome
sugere, alguns direitos fundamentais podem ser aplicados diretamente às relações privadas, ou
seja, sem a necessidade da intervenção legislativa.
PEDRO LENZA[11] traz o seguinte sustentáculo à aplicação da teoria:
“(...) sem dúvida, cresce a teoria da aplicação direta dos direitos fundamentais às
relações privadas (‘eficácia horizontal’), especialmente diante de atividades privadas que
tenham um certo ‘caráter público’, por exemplo, em escolas (matrículas), clubes associativos,
relações de trabalho etc.”
Porém, Ingo Wolfgand Sarlet[12] lembra que há duas considerações a respeito da
aplicação da teoria da eficácia dos direitos fundamentais às relações privadas:
Primeiro, quando há relativa igualdade das partes figurantes da relação jurídica, caso
em que deve prevalecer o princípio da liberdade para ambas, somente se admitindo eficácia

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direta dos direitos fundamentais na hipótese de lesão ou ameaça ao princípio da dignidade da
pessoa humana ou aos direito aos direitos da personalidade.
Segundo: quando a relação privada ocorre entre um indivíduo (ou grupo de indivíduos)
e os detentores de poder econômico ou social, caso em que, de acordo com o referido autor, há
consenso para se admitir a aplicação da eficácia horizontal, pois tal relação privada assemelha-
se àquela que se estabelece entre os particulares e o poder público (eficácia vertical).
E ainda Armando Cruz Vasconcellos[13] nos adverte que as:
“(...) violações aos direitos fundamentais podem partir tanto do Estado soberano como,
também, dos agentes privados. Essa tendência atual de aplicação horizontal dos direitos
fundamentais não visa se sobrepor à relação anterior, uma vez que o primordial nessa questão
é nos atentarmos para que a aplicação dos direitos fundamentais, no caso concreto, esteja
sempre ponderada com os demais princípios. Diversas questões precisam ser melhores
desenvolvidas, como qual a forma dessa vinculação e seu alcance”.
Alguns autores como Alexy[14], por exemplo, defendem ser uma teoria integradora,
onde, em face de uma demanda entre particulares, que tenha por objeto direito fundamentais,
que se faça uma ponderação entre os valores discutidos.
No caso do Brasil, onde a desigualdade social é latente, não permitir a aplicação dos
direitos fundamentais às relações entre particulares é inconcebível. Se fossemos um povo
dotado de uma relação social ideal, poderia ser adotada a eficácia horizontal indireta, porem,
essa não é a realidade do nosso país. Quanto maior a desigualdade na relação, maior a
necessidade de proteção. Por isso, a teoria da eficácia horizontal direta, no caso da realidade
brasileira, é a mais adequada.
Há de se destacar a acertada observação de PEDRO LENZA[15], para quem, na
aplicação da teoria da eficácia horizontal,
“(...) poderá o magistrado deparar-se com inevitável colisão de direitos fundamentais,
quais sejam, o princípio da autonomia da vontade privada e da livre iniciativa de um lado (CF,
arts. 1º, IV, e 170, caput) e o da dignidade da pessoa humana e da máxima efetividade dos
direitos fundamentais (art. 1º, III) de outro. Diante dessa ‘colisão’, indispensável será a
‘ponderação de interesses’ à luz da razoabilidade e da concordância prática ou harmonização.
Não sendo possível a harmonização, o Judiciário terá que avaliar qual dos interesses deverá
prevalecer”
No Brasil, o Supremo Tribunal Federal tem adotado, de forma sistemática, a teoria da
Eficácia Horizontal dos Direitos Fundamentais. Trago a lume um exemplo onde o Supremo

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Tribunal Federal[16] entendeu por bem aplicar a Teoria da Eficácia Horizontal dos Direitos
Fundamentais:
“SOCIEDADE CIVIL SEM FINS LUCRATIVOS. UNIÃO BRASILEIRA DE
COMPOSITORES. EXCLUSÃO DE SÓCIO SEM GARANTIA DA AMPLA DEFESA E DO
CONTRADITÓRIO. EFICÁCIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS NAS RELAÇÕES
PRIVADAS. RECURSO DESPROVIDO. I. EFICÁCIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
NAS RELAÇÕES PRIVADAS. As violações a direitos fundamentais não ocorrem somente no
âmbito das relações entre o cidadão e o Estado, mas igualmente nas relações travadas entre
pessoas físicas e jurídicas de direito privado. Assim, os direitos fundamentais assegurados pela
Constituição vinculam diretamente não apenas os poderes públicos, estando direcionados
também à proteção dos particulares em face dos poderes privados. II. OS PRINCÍPIOS
CONSTITUCIONAIS COMO LIMITES À AUTONOMIA PRIVADA DAS ASSOCIAÇÕES.
A ordem jurídico-constitucional brasileira não conferiu a qualquer associação civil a
possibilidade de agir à revelia dos princípios inscritos nas leis e, em especial, dos postulados
que têm por fundamento direto o próprio texto da Constituição da República, notadamente em
tema de proteção às liberdades e garantias fundamentais. O espaço de autonomia privada
garantido pela Constituição às associações não está imune à incidência dos princípios
constitucionais que asseguram o respeito aos direitos fundamentais de seus associados. A
autonomia privada, que encontra claras limitações de ordem jurídica, não pode ser exercida em
detrimento ou com desrespeito aos direitos e garantias de terceiros, especialmente aqueles
positivados em sede constitucional, pois aautonomia da vontade não confere aos particulares,
no domínio de sua incidência e atuação, o poder de transgredir ou de ignorar as restrições postas
e definidas pela própria Constituição, cuja eficácia e força normativa também se impõem, aos
particulares, no âmbito de suas relações privadas, em tema de liberdades fundamentais. III.
SOCIEDADE CIVIL SEM FINS LUCR ATIVOS. ENTIDADE QUE INTEGRA ESPAÇO
PÚBLICO, AINDA QUE NÃO-ESTATAL. ATIVIDADE DE CARÁTER PÚBLICO.
EXCLUSÃO DE SÓCIO SEM GARANTIA DO DEVIDO PROCESSO LEGAL.
APLICAÇÃO DIRETA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS À AMPLA DEFESA E AO
CONTRADITÓRIO. As associações privadas que exercem função predominante em
determinado âmbito econômico e/ou social, mantendo seus associados em relações de
dependência econômica e/ou social, integram o que se pode denominar de espaço público, ainda
que não-estatal. A União Brasileira de Compositores - UBC, sociedade civil sem fins lucrativos,
integra a estrutura do ECAD e, portanto, assume posição privilegiada para determinar a

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extensão do gozo e fruição dos direitos autorais de seus associados. A exclusão de sócio do
quadro social da UBC, sem qualquer garantia de ampla defesa, do contraditório, ou do devido
processo constitucional, onera consideravelmente o recorrido, o qual fica impossibilitado de
perceber os direitos autorais relativos à execução de suas obras. A vedação das garantias
constitucionais do devido processo legal acaba por restringir a própria liberdade de exercício
profissional do sócio. O caráter público da atividade exercida pela sociedade e a dependência
do vínculo associativo para o exercício profissional de seus sócios legitimam, no caso concreto,
a aplicação direta dos direitos fundamentais concernentes ao devido processo legal, ao
contraditório e à ampla defesa (art. 5º, LIV e LV, CF/88). IV. RECURSO
EXTRAORDINÁRIO DESPROVIDO”
Assim, o que hoje tem prevalecido em nossa Corte Máxima é a aplicação da Teoria da
Eficácia Horizontal dos Direitos Fundamentais, ou seja, a ponderação de valores nas disputas
geradas entre particulares, que tenham por objeto, direitos fundamentais.

Referências
ALEXY, Robert, Teoria dos Direitos Fundamentais, Tradução de Virgilio Affonso da
Silva, 1ª Ed., Malheiros Editores, 2008
ANDRADE, J. C. Vieira de. Os direitos fundamentais na Constituição Portuguesa de
1976, 2ª Ed.. Editora Livraria Almedina, 2001.
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Constitucional. 14ª edição. São Paulo: Saraiva. 2011.
BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. 26ª edição. São Paulo:
Malheiros. 2011.
________________, Palestra proferida no II Congresso Latino-Americano de Estudos
Constitucionais, realizado em Fortaleza-Ce, de 03 a 05 de abril de 2008.
CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito Constitucional e Teoria da Constituição,
5º ed. Editora Livraria Almedina, 2002.
CAPEZ, Fernando; et. AL. Curso de Direito Constitucional. 7ª edição. São Paulo:
Saraiva. 2010.

19
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Del Rey. 1999.
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2011.
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Constitucional. Ed. Atual até a EC 53/06. Rio de Janeiro: Elsevier. 2007.
SARLET, Ingo Wolfgang. A eficácia dos direitos fundamentais. 6. ed. Porto Alegre:
Livraria do Advogado, 2006.
SARMENTO, Daniel. Direitos fundamentais e relações privadas. 2. ed. Rio de Janeiro:
Lumen Juris, 2006.
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo.27a. edição - São
Paulo:Malheiros, 2006
SILVA, Virgílio Afonso da. A constitucionalização do direito: os direitos fundamentais
nas relações entre particulares. São Paulo: Malheiros, 2005.
__________________, Direitos fundamentais: conteúdo essencial, restrições e eficácia.
São Paulo: Malheiros, 2009.
STEINMETZ, Wilson A vinculação dos particulares a direitos fundamentais. São Paulo.
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VIEIRA, Oscar Vilhena. Direitos fundamentais - uma leitura da jurisprudência do STF.
São Paulo, Malheiros: 1999.
ZIMMERMANN, Augusto. Curso de Direito Constitucional. 2.ed. rev.ampl. e atual.
Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2002.

Notas:
[1] CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito Constitucional e Teoria da
Constituição, 5º ed. Editora Livraria Almedina, 2002.
[2] VIEIRA, Oscar Vilhena. Direitos fundamentais - uma leitura da jurisprudência do
STF. São Paulo, Malheiros: 1999,p. 36
[3] ANDRADE, J. C. Vieira de. Os direitos fundamentais na Constituição Portuguesa
de 1976, 2ª Ed.. Editora Livraria Almedina, 2001
[4] BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. 26ª edição. São Paulo:
Malheiros. 2011.

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[5] ZIMMERMANN, Augusto. Curso de Direito Constitucional. 2.ed. rev.ampl. e atual.
Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2002.
[6] BONAVIDES, Paulo. Palestra proferida no II Congresso Latino-Americano de
Estudos Constitucionais, realizado em Fortaleza-Ce, de 03 a 05 de abril de 2008.
[7] SARMENTO, Daniel. Direitos fundamentais e relações privadas. 2. ed. Rio de
Janeiro: Lumen Juris, 2006, p. 323.
[8] Idem nota 8
[9] SILVA, Virgílio Afonso da.A constitucionalização do direito: os direitos
fundamentais nas relações entre particulares. São Paulo: Malheiros, 06
[10] Idem nota 10
[11] LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 15ª edição. São Paulo:
Saraiva. 2011.
[12] SARLET, Ingo Wolfgang. A eficácia dos direitos fundamentais. 6. ed. Porto
Alegre: Livraria do Advogado, 2006, p. 392-400
[13] VASCONCELLOS, Armando Cruz. A eficácia horizontal dos direitos
fundamentais nas relações privadas de subordinação. Jus Navigandi, Teresina, ano 13, n. 2107,
8 abr. 2009. Disponível em: <http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=12595>. Acesso em:
28 de fevereiro de2012
[14] ALEXY, Robert, Teoria dos Direitos Fundamentais, Tradução de Virgilio Affonso
da Silva, 1ª Ed., Malheiros Editores, 2008
[15] LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 13. ed. São Paulo: Saraiva,
2009, p. 677.
[16] (STF-RE 201819/RJ, rel. Min. ELLEN GRACIE, rel. p/ acórdão Min. GILMAR
MENDES, j. 11/10/2005, 2ª T., DJ 27/10/2006, p. 64).

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