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Rede Metodista de Educação do Sul

Direito

A Criminologia Crítica – Conceito e Crítica

James Aita

Rodrigo Moretto

Criminologia

Porto Alegre

2010
A Criminologia Crítica – Conceito e crítica

1. Conceito:

Criminologia Crítica, ou Nova Criminologia, ou Criminologia Radical, é a criminologia da


reação social. Essa criminologia, também considerada anti-criminologia pelos positivistas, tem
sua base teórica na crítica aos componentes ideológicos fundamentais da criminologia
dominante, com fundamentos da doutrina marxista.

No livro "Criminologia Radical", de Juarez Cirino dos Santos, há a definição de duas


tendências na Criminologia Crítica. A primeira, de cunho revolucionário, que não se conforma
com o estado atual da sociedade e que é denominada de "idealismo de esquerda" e a
segunda, denominada de "reformista" e caracterizada como "marxismo bem-educado", pois
visa e crê numa dissolução do capitalismo como ordem natural das coisas, crê na possibilidade
de uma mudança por intermédio do estado.

A Criminologia Positivista assume um papel de classe, propagando a ideologia


dominante, e, portanto, um papel de classe dominante, a Criminologia Radical assume o papel
da classe trabalhadora, da classe explorada e passa a criticar o modo de produção capitalista,
bem como os meios de reprodução dos modos de produção.

Critica-se o modo de produção capitalista, baseado na mais-valia, por ser uma forma
de exploração da mão de obra e provocar injustiças sociais, desigualdades ocasionadoras dos
altos índices de criminalidade.

Quanto à reprodução dos modos de produção, estamos falando na reprodução da


ideologia dominante, que se faz por intermédio dos órgãos de estado e que tem o fim precípuo
de manter o "status" atual da sociedade, perpetuando a mão de obra barata que aumenta o
lucro e sustentando uma exploração com aparência de liberdade.

A Criminologia Crítica, baseada na doutrina marxista, age criticando todo o


ordenamento da sociedade capitalista, fazendo uma análise do ponto de vista da classe
trabalhadora, criticando a própria lei, por ser esta, instrumento da classe dominante e trazendo
subsídios importantes para uma nova política criminal.

2. Crítica:

Pensando-se que o marxismo se tornou algo impossível, pode-se pensar que toda
teoria radical criminológica tenha-se tornado impotente e de nada mais sirva para a sociedade,
achar-se-ia, então, que o estado de coisas atual é apenas um distúrbio social e não a
conseqüência de alguma coisa que está errada.

A opinião dos que defendem a Nova Criminologia é que, independentemente de o


modelo soviético de socialismo não ter dado certo e do fim a que vai chegar toda essa fase de
transição, ela continua sendo muito importante como ponto de vista de classe, a respeito do
ordenamento jurídico-penal existente. A doutrina marxista encaixa-se perfeitamente na crítica
aos componentes ideológicos fundamentais da criminologia dominante.

Uns criticam a Criminologia Radical por não observar a criminalidade existente nos
países socialistas, concentrando-se apenas em criticar a criminologia tradicional e colocar a
culpa da criminalidade no regime capitalista. É certo que existe criminalidade nos países
socialistas, mas é certo também, que países estão longe de alcançar o ideal por eles desejado
e mesmo com tantos defeitos estruturais, econômicos e políticos, não se toma conhecimento
da existência de altos índices de criminalidade, de crime organizado ou de qualquer outra
atitude desviante nesses países, da forma e na intensidade que esses fenômenos são
encontrados nos países capitalistas.

Ademais, mesmo que se tivesse chegado ao comunismo, não se poderia pensar que
não existiria mais crime, pois a própria natureza do ser humano é contraditória e o crime,
enquanto contradição, é um fenômeno que sempre existirá. Não se poderá nunca, por
exemplo, acabar com brigas de marido e mulher, com rixas e outros distúrbios que são
inerentes à natureza humana.

A Criminologia Crítica não se propõe a analisar o crime em si, como resultado de


circunstâncias próprias, mas sim, criticar o ordenamento e buscar respostas para uma
criminalidade tão crescente, de níveis altíssimos. Realmente o que mais interessa é essa
epidemia de criminalidade e não um simples fato considerado em si mesmo.

A criminologia tradicional, nesse sentido, já deu grandes contribuições, como a


vitimologia e a criminologia positiva sociológica, além de estudos na área da psiquiatria, esta
que também se confronta com a anti-psiquiatria que trás razões sociais para distúrbios
psíquicos até então ignorados.

Juarez Cirino dos Santos critica a tendência reformista da Criminologia Radical e chega
a equipará-la à monotonia positivista considerando-a como modo de atuação de "teóricos
marxistas" engajados no carreirismo em instituições oficiais, dando maior ênfase a tendência
do idealismo de esquerda, tendência revolucionária.

Se atualmente alguma tendência tem que prevalecer é a tendência reformista, pois não
se pode conceber que, na atualidade, se possa chegar a uma revolução nos moldes da
revolução russa de 1917. Lógico, se teria que deixar de lado qualquer passividade, até então
característica dessa tendência, como enfatiza Juarez Cirino. Mas, no momento, se tem que
discutir e se posicionar no sentido de buscar reformas jurídicas, econômicas e sociais capazes
de corrigir gradativamente todas as desigualdades.

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