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Direito
James Aita
Rodrigo Moretto
Criminologia
Porto Alegre
2010
A Criminologia Crítica – Conceito e crítica
1. Conceito:
Critica-se o modo de produção capitalista, baseado na mais-valia, por ser uma forma
de exploração da mão de obra e provocar injustiças sociais, desigualdades ocasionadoras dos
altos índices de criminalidade.
2. Crítica:
Pensando-se que o marxismo se tornou algo impossível, pode-se pensar que toda
teoria radical criminológica tenha-se tornado impotente e de nada mais sirva para a sociedade,
achar-se-ia, então, que o estado de coisas atual é apenas um distúrbio social e não a
conseqüência de alguma coisa que está errada.
Uns criticam a Criminologia Radical por não observar a criminalidade existente nos
países socialistas, concentrando-se apenas em criticar a criminologia tradicional e colocar a
culpa da criminalidade no regime capitalista. É certo que existe criminalidade nos países
socialistas, mas é certo também, que países estão longe de alcançar o ideal por eles desejado
e mesmo com tantos defeitos estruturais, econômicos e políticos, não se toma conhecimento
da existência de altos índices de criminalidade, de crime organizado ou de qualquer outra
atitude desviante nesses países, da forma e na intensidade que esses fenômenos são
encontrados nos países capitalistas.
Ademais, mesmo que se tivesse chegado ao comunismo, não se poderia pensar que
não existiria mais crime, pois a própria natureza do ser humano é contraditória e o crime,
enquanto contradição, é um fenômeno que sempre existirá. Não se poderá nunca, por
exemplo, acabar com brigas de marido e mulher, com rixas e outros distúrbios que são
inerentes à natureza humana.
Juarez Cirino dos Santos critica a tendência reformista da Criminologia Radical e chega
a equipará-la à monotonia positivista considerando-a como modo de atuação de "teóricos
marxistas" engajados no carreirismo em instituições oficiais, dando maior ênfase a tendência
do idealismo de esquerda, tendência revolucionária.
Se atualmente alguma tendência tem que prevalecer é a tendência reformista, pois não
se pode conceber que, na atualidade, se possa chegar a uma revolução nos moldes da
revolução russa de 1917. Lógico, se teria que deixar de lado qualquer passividade, até então
característica dessa tendência, como enfatiza Juarez Cirino. Mas, no momento, se tem que
discutir e se posicionar no sentido de buscar reformas jurídicas, econômicas e sociais capazes
de corrigir gradativamente todas as desigualdades.