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a Idade adulta
As etapas do desenvolvimento humano: a Idade adulta
A idade adulta é o conjunto de transformações e de desafios que ocorrem
aproximadamente dos 20 anos aos 65 anos, mais propriamente do final da adolescência
ao início da velhice. Durante a vida adulta são várias questões com as quais a pessoa se
debate. Devo partilhar a minha vida com outra pessoa ou deverei viver sozinho? Estarei
em condições de assumir as minhas responsabilidades? Será possível conciliar
obrigações profissionais e pessoais?
Estas questões fazem parte da fase inicial da vida adulta, que segundo Erikson é marcada
pela preocupação em estabelecer relações íntimas (amor, amizade) duráveis com outras
pessoas. Erikson dá à identidade o sentido de “fusão da identidade de um indivíduo com
a de outro”. A intimidade designa a capacidade de desenvolver uma relação profunda e
significativa com outra pessoa.
Erikson caracteriza alguns estádios posteriores do desenvolvimento da personalidade.
No jovem adulto, o indivíduo saudável tem de adquirir a capacidade para a proximidade
e intimidade através do amor ou, de outro modo, sofrerá um sentimento de isolamento
que só permitirá relações humanas superficiais. No advento da meia-idade tem de
desenvolver um sentido de criatividade pessoal que se estende para além de si próprio.
Este sentido engloba um interesse pelos outros, pelo seu trabalho, pela comunidade de
que faz parte. E para o fim da vida, existe uma crise final em que cada pessoa tem de
chegar a um acordo com a sua própria vida e aceitá-la como ela foi, com um sentimento
de integridade mais do que de desespero. Erikson resume este balanço final: “É a
aceitação do nosso próprio e único ciclo de vida, como algo que teve de acontecer e que
não permitiu necessariamente substituições… as crianças saudáveis não terão medo da
vida se os mais velhos tiverem suficiente integridade para não temerem a morte”.
Mesmo que possa não ser do entendimento de muitas pessoas, são várias as
transformações biológicas que ocorrem do início ao final da vida adulta. As capacidades
físicas são um exemplo disso, as quais poderão reverter-se do físico ao psicológico na
fase adulta, e, consequentemente, nas relações intra e interpessoais.
Mosquera (1982) apresenta as fases da vida adulta em idade adulta jovem, idade
adulta média e idade adulta velha. Dentro dessas três divisões e concessões de vida
adulta, apresentam-se outras subcategorias, cronologicamente. No entanto, o autor
esclarece “que cada fase tem uma problemática específica, dividida em
subproblemáticas que atingem as pessoas nos seus momentos decisivos entre o seu
próprio projeto vital e as suas relações com os outros”.
Cabe ressaltar que a questão cronológica, que divide cada fase na vida, parece
estar ligada à época em que a sociedade vivencia historicamente até à atualidade, ou
seja, as divisões de faixa etária podem ser distribuídas de acordo com o contexto social
em que a pessoa estiver inserida.
No que concerne à idade adulta média, as suas subdivisões são a idade adulta
média inicial compreendendo a faixa etária dos 40 aos 50 anos, a fase dos 50 aos 60,
nomeada de idade adulta média plena e a idade adulta média final, aproximadamente,
dos 60 aos 65 anos de idade cronológica.
Não obstante, no adulto médio, segundo Mosquera (1987, p. 96), parece existir,
predominantemente, uma tendência à extroversão, isto é, uma visualização para o
mundo exterior. Provavelmente para dar mais firmeza e conteúdo à segurança da sua
própria pessoa.
Assim, pode ser que na idade adulta média inicial revele-se um adulto que se
preocupa mais com os outros indivíduos à sua volta do que propriamente com seus
desejos e perspectivas, que resultem em consequências positivas ou negativas nas suas
subjetividades. O ser humano, com o seu potencial resiliente abrangerá distintas
aprendizagens. “Muitos dramas se escondem entre os 40 e 50 anos de idade: fracassos
afetivos, sexuais, medos, ansiedades e angústias” (crise da média idade).