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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

ESCOLA DE DIREITO E RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Prof: Humberto Rodrigues

CRIMINOLOGIA

“ARQUITETURA HOSTIL”

PEDRO MONTEIRO HADDAD GONÇALVES

GOIÂNIA

2019
1) INTRODUÇÃO

Apesar dos direitos fundamentais serem assegurados pela nobre


Constituição Federal, é de maneira corriqueira e infelizmente considerada
normal na realidade brasileira, encontrarmos em larga escala pessoas em
situação de rua, podendo ser claramente identificada a vulnerabilidade
daqueles indivíduos, sendo tal situação mais comum nas cidades grandes.

Inúmeros são os casos de violência constatados sobre a população em


situação de rua, ademais com a insegurança das ruas, seja o clima ou o
descuido por parte de autoridades, segundo pesquisa desenvolvida pelo
Núcleo de Estudos Sobre Criminalidade e Violência da Universidade Federal
de Goiás (Necrivi – UFG), Goiânia teve 61 moradores de rua mortos em 3
anos, entre agosto de 2012 e maio de 2015, levantamento desenvolvido com o
apoio da Secretaria Municipal de Assistência Social (SEMAS).

Além dos números alarmantes anteriormente citados, de acordo o último


levantamento feito em 2016 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(IPEA), o Brasil Apresentou 101.854 pessoas em situação de rua, sendo os
dados colhidos de 1924 municípios brasileiros por meio do censo de Sistema
Único de Assistência Social (SUAS).

Tal situação somada ao descaso, tanto do poder público quanto da


sociedade em geral, influencia práticas de repulsa ao longo do crescimento das
cidades e dá orígem à chamada Arquitetura Hostil ou também chamada
de Arquitetura defensiva .
2) DA ETIMOLOGIA

O historiador da arquitetura Iain Borden disse que o surgimento da


arquitetura hostil tem suas raízes no design urbano e na gestão do espaço
público dos anos 1990. Esse aparecimento, afirmou ele, “sugere que somos
cidadãos da república apenas na medida em que estamos trabalhando ou
consumindo mecadorias diretamente”.

“Por isso é aceitável, por exemplo, ficar sentado, desde


que você esteja num café ou num lugar previamente
determinado onde podem acontecer certas atividades
tranquilas, mas não ações como realizar performances
musicais, protestar ou nadar de skate. É o que alguns
chamam de “mallification” do espaço público: tudo fica
parecendo um shopping”.

O chamado banco Camden, é um exemplar de uma grande incidência atual


de arquitetura urbana planejada para influênciar o comportamente público e é
conhecida como “arquitetura hostil” ou “arquitetura defensiva”.

Este banco é assim chamado por ser do primeiro distrito londrino que
encomendou esses assentos esculpidos em concreto cinza, com objetos em
aço inoxidável, que por mais inocentes e imperceptíveis pareçam, são de fato
eficientes para o que foram projetados, afastando skatistas e moradores de
rua. Tal fato gera certa resistência dos usuários dos espaços públicos.

Foi feito uma petição online, pelos skatistas que conseguiram em média de
100 mil assinaturas e o prefeito de Londres, Boris Johnson aderiu as críticas,
entretanto, tempos depois foram acrescentados outros objetos com o mesmo
objetivo.

As tentativas de "higienizar" o centro de Londres são de certa forma


ignoradas e assim não se tem providências do governo em relação aos pobres.
Pessoas são tiradas de seus direitos inerentes, quando se trata do
direito a moradia e é uma consequência de especulação e da busca
desenfreada pelo controle imobiliário, baixos salários dentre outros fatores.

A visão dessas pessoas, é claro, pode ser ofensiva para "investidores"


estrangeiros absurdamente ricos (isto é, empresas e indivíduos que evitam
impostos) que desejem investir em propriedades no centro de Londres (isto é,
aumentar os preços ainda mais fora do alcance) que são deixados vazios
enquanto aumentam em "valor".
O termo “arquitetura defensiva” na verdade pode ser considerado
meramente uma expressão de hostilidade que busca afastar e excluir os
indesejáveis, que são vítimas de indiferênça do poder público.
3) EXEMPLOS DE ARQUITETURA HOSTIL

A arquitetura hostil ou anti arquitetura pode ser encontrada nos mais


diversos locais, sendo que ocorre mais nos grandes centros urbanos, com a
intenção de afastar pessoas, seja qual for o motivo.
Abaixo seguem alguns exemplos de arquitetura hostil:
A primeira imagem retrata um artifício utilizado para afastar as pessoas
através de espécies de “espetos”, tornando desconfortável se sentar ou se
deitar ali.

Fonte: Outras palavras, 2012.

A imagem abaixo é uma foto de um banco em frente às Cortes Reais de


Justiça, em Londres, na intenção de afastar mendigos do local. Tais bancos
são também chamados de “antinamorados”, uma vez que apresentam divisões
individuais.

Fonte: Revista de Londres, 2008. (Banco Camden)

A seguinte imagem trata de obstáculos colocados para evitar que skatistas


trafeguem no local
Fonte: Outras Palavras, 2012.

A anti arquitetura também é muitas vezes utilizada por moradores, com a


finalidade de afastar possíveis invasores de suas residências, como é mostrado
na imagem abaixo, em que cacos de vidro foram aplicados em um muro na
cidade de Goiânia-GO.

Fonte: Goiânia, 2019.


4) CONCLUSÃO

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