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Aula 1

• INTRODUÇÃO
• FRATURA DE MEMBROS TRINCADOS

1
Apresentação do professor
• Engenharia de Materiais (UFSCar-1988);
• Especialização em Engenharia Nuclear (1988);
• Pós-graduação Lato Senso-UFSCar (1990);
• Mestrado em Engenharia Mecânica: Materiais e Processos, área de
concentração: Metalurgia Física e Mecânica de Fratura (Unicamp-
2008);

• Doutorado em Engenharia Metalúrgica e de Materiais: área de


concentração: Metalurgia Física, Transformação de Fases (2012);

• Experiência industrial: 22 anos em indústrias de vários


segmentos: automotiva, equipamentos de óleo & gás,
movimentação, mineração, eólica, siderurgia e hidromecânicos;
• Professor da EEL-USP de 2013 a 2016.
2
Método
Aulas expositivas teóricas
Avaliação
Provas , sendo
NF = (P1+P2)/2

Sendo NF = nota final; P1 e P2 = notas das provas.

P1: 19 DE OUTUBRO DE 2017

P2: 14 DE DEZEMBRO DE 2017

LIVRO TEXTO: MECHANICAL BEHAVIOR OF


MATERIALS-4ª EDIÇÃO-NORMAN E. DOWLING

3
REFERÊNCIAS:

• Fatigue of Materials– S.Suresh, Cambridge University Press, 1998.


• Metalografia e Análise de Falhas, Tibério Cescon e Cesar R.F. Azevedo,
ABM, São Paulo, 2006;
• ASM Handbook Vol. 11 - Failure Analysis – 2002;
• ASM Handbook Vol. 12 – Fractography– 1987;
• ASM Handbook Vol. 19 – Fatigue and Fracture– 1996;
• Analyses and Prevention of Aircraft Structural Failures, curso- L. Molent,
2011;
• Engineering disasters: learning from failure, N. Chawla, apresentação,
2007;
• What Really Sank the Titanic, Jennifer Hooper McCarty & Tim Foecke,
Citadel Press Books, 2008;
Prof.Dr. José Benedito Marcomini
REFERÊNCIAS:

• Metallurgy of the RMS Titanic, National Institute of Standards and


Technology-NIST-IR 6118, Tim Foecke.
• Deformation and Fracture Mechanics of Engineering Materials– Richard
W. Hertzberg, John Willey and Sons, 1996.
• Comportamento Mecânico e Fratura de Componentes e Estruturas
Metálicas, Paulo Sergio C. Pereira da Silva, UFPR, 1999;
• Apostila do curso: Fadiga de materiais metálicos, Itamar Ferreira,
Unicamp, 2003.
• Mecânica dos Materiais, Claudio Geraldo Schön, Elsevier, 2013.
• Apostila do curso Mecânica de Fratura Elasto-Plástica, Cláudio Ruggieri,
EPUSP, 2010;
• Apostila do curso Fadiga de Materiais Estruturais, Cláudio Ruggieri,
EPUSP, 2010;
• Relatórios de análise de falhas do Prof. José B. Marcomini.
HISTÓRICO DA ANÁLISE DE FALHAS
PRIMÓRDIOS
• Moeda da Pérsia- “Siglos” – séc.V- fabricada com
prata (aprox. 5,4 g) e a parte traseira era “forjada”
a frio ou a quente com uma matriz de bronze e, às
vezes acabava deixando a “impressão digital” do
matriz fraturada. http://www.ngccoin.com/

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HISTÓRICO DE FRATURA

IMPRESSÃO DA PARTE POSTERIOR DE UM SIGLOS PÉRSA -SÉC.V


D.C. –MARCA DO PUNÇÃO DE BRONZE FRATURADO

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HISTÓRICO DE FRATURA
Leonardo da Vinci (1452-1519)

• Pioneiro no desenvolvimento do processo de laminação;

• Realizou os primeiros estudos de falha em metais,


considerando a influência do comprimento de arames na
resistência à fratura. Concluiu que a probabilidade de
um arame metálico apresentar trincas era diretamente
proporcional ao seu comprimento

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Esboço de um laminador-Da Vinci

https://www.flickr.com

Laminador de Da Vinci

http://www.portalsaofrancisco.com.br/
• Newton (1642-1727)- Em 1672, chegou a estudar
superfícies de fratura (alquimia, teologia);

• Robert Boyle, em seu “Essay about the Origine and


Virtues of gems” (1672) foi o primeiro a registrar
experimentos de fratura de cunho científico, para estudar a
variação da orientação cristalina de acordo com a
velocidade de resfriamento;

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• Réaumur publicou suas Memoirs em 1722 na qual
discorre sobre ferro e aço;

• Primeiro exemplo de um trabalho combinando


observação, planejamento de experimentos e teoria na
melhor tradição da ciência aplicada;

• Acreditava que “a forma e arranjo das partes visíveis


eram efeitos de certas tendências naturais e qualidades
das partes invisíveis”

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Réaumur foi o primeiro a reconhecer a estrutura
de grãos do ferro pudlado através da fratura
intergranular;

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Séc.XVIII – Henry Cort: redução direta em fornos de pudlagem (Puddle-
argila);

Produto: Ferro pudlado (escórias, inclusões).

FERRO “PUDLADO”

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Réaumur aqueceu apenas uma das extremidades
da barra de aço e temperou-o todo e fraturou-o
para estudar a microestrutura
Concluiu que
quanto
menos
espaços
vazios V,
mais duro
seria o aço.
Ou seja
menor TG
maior
resistência!

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QUAL A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DO
COMPORTAMENTO MECÂNICO NA PRESENÇA DE
TRINCAS? QUAL A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DE
FRATURA E DO DESENVOLVIMENTO DA MECÂNICA
DE FRATURA?

15
HISTÓRICO DE FRATURA
TITANIC- ABRIL, 1912

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SIMULAÇÃO

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TITANIC- ABRIL, 1912

Construído
em ritmo
frenético.
Foram
registrados
mais de 250
acidentes de
trabalho.

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TITANIC- ABRIL, 1912

Compartimentado-rebites: compartimentos separados.

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TITANIC- ABRIL, 1912

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TITANIC- ABRIL, 1912
Desconhecimento da Mecânica de Fratura:

• Temperatura de transição frágil-dúctil é levantado com cp


de impacto- secção de (10x10)mm;

• Baseados nisso aumentaram a espessura das chapas


para construção no navio (50mm)- maior espessura-
estado plano de tensões passa para estado plano de
deformações-aumenta a criticidade do estado triaxial de
tensões-reduz KIC.

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ESTADO TRIAXIAL

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HISTÓRICO DA ANÁLISE DE FALHAS
TITANIC- ABRIL, 1912
Análise do aço:

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TITANIC- ABRIL, 1912

• Pela composição química, a baixa relação Mn/S leva a


formação de mais MnS, o que aumenta a fragilidade e
aumenta a temperatura de transição frágil-dútil;
• O aço do Titanic era semi- acalmado, baixa desoxidação,
o que fragiliza o aço;
• Foram encontrados sulfetos tanto na micrografia da
estrutura quanto na superfície de fratura, na análise de
MEV.

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MICROMECANISMO DE
FRATURA POR
CLIVAGEM E QUASE-
CLIVAGEM
DEMONSTRAM QUE O
SULFETO NÃO FOI O
CAUSADOR DA
FRATURA. FOSSE ESTE
O CASO HAVERIA A
OCORRÊNCIA DE
DIMPLES.

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TITANIC- ABRIL, 1912

• A primeira conclusão apresentada no livro [4] é que a teoria


do aço frágil estava errada: a amostra do casco retirada
para o ensaio de impacto, em 1991, era de uma região já
fraturada em três pontos, tratando-se, portanto, de uma
chapa particularmente frágil;
• O alongamento do ensaio de tração está muito bom,
retirado de outra região, provavelmente;
• O ensaio de impacto não seria o melhor método para
avaliação da fragilidade do aço pois a taxa de deformação
envolvida é muito maior do que a que ocorreu de fato;

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TITANIC- ABRIL, 1912-ANÁLISE DOS REBITES

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TITANIC- ABRIL, 1912-ANÁLISE DOS REBITES

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TITANIC- ABRIL, 1912-ANÁLISE DOS REBITES

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A conclusão final indica que ocorreu uma
combinação de fatores que levaram à falha
dos rebites:
• “A natureza do impacto não usual”;
• Presença de grande quantidade de
silicatos em sua estrutura.
APÓS TITANIC
Desenvolvimento da Mecânica de Fratura
Desenvolvimento dos ensaio de ultrassom
HISTÓRICO DA MECÂNICA DE FRATURA

• 1913- Inglis desenvolve o modelo de tensões para um furo


circular (rebites) e percebe que se o fizer elíptico- similar
a trinca;
• 1920- Griffith – Teoria da fratura para vidros:

"uma trinca se propagará quando a diminuição da energia de


deformação elástica é pelo menos igual à energia requerida para
criar a nova superfície da trinca".

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HISTÓRICO DA MECÂNICA DE FRATURA

• 1945- Orowan aperfeiçoa a teoria introduzindo uma


componente plástica:

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EFEITOS COLATERAIS

• Desenvolvimento do ecobatímetro, motivado pelo desastre


do Titanic (detecção de icebergs) e impulsionado pela
Primeira Guerra Mundial, do tubo de raios catódicos e do
radar, desenvolvidos nas décadas de 30 e 40;

• Sokolov, na Rússia em 1929, quem primeiro registrou


experiências usando cristais de quartzo para introduzir
vibrações ultrassônicas em materiais;
• O primeiro aparelho de ultrassom foi desenvolvido em 1942
por Sproule;
• Firestone (EUA) e Krautkramer (Alemanha);
• Brasil-1979!
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O estaleiro acelerou a fabricação dos navios: eram
afundados pelos submarinos alemães no Atlântico Norte.
A rapidez: uso intensivo de junções soldadas:
• Aumentaram a temperatura de transição F-D;
• Solda : um “caminho” preferencial para a fratura;
• Causas: cordões de solda defeituosos, utilização
de máquinas automáticas de soldagem, baixa
soldabilidade e baixa tenacidade do aço.

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HISTÓRICO DA MECÂNICA DE FRATURA

Navio tanque S.S. Schenectady (série Liberty)


sofreu fratura catastrófica no porto
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Continuidade da estrutura

Solda no lugar de rebites Tensões residuais


Falha
Microtrincas
dos Navios Mar frio

Liberty
Conteúdo de enxofre
elevado

43
AVIÕES DE HAVILLAND-1954

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FILME

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COMET-TRINCAS QUE
LEVARAM À FRATURA.
A análise de falhas :
A fratura ocorreu devido à
compressão e
descompressão, no pouso
e decolagem, causando a
nucleação de trincas de
fadiga em pontos de
concentração de tensão,
próximo às extremidades
das escotilhas
retangulares. A cabine era
pressurizado com
pressões duas vezes
maiores que a dos outros
aviões (56,9kPa) Prof.Dr. José Benedito Marcomini
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• Fratura de um rotor de turbina a vapor de um gerador de
165MW, operando a 3600 rpm , causando a destruição da
usina de Ridgeland, Chicago, (1954).

• Explosão de um rotor , produzido para a Arizona Public


Service Co.

A partir de então , a desgaseificação foi incluída no


processo de elaboração de aços Ni – Mo – V para rotores que
são aços mais susceptíveis a fragilização por hidrogênio.

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BRASIL

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Em 1986 um acidente deixou o mundo em choque, com a morte de sete
tripulantes, incluindo uma professora, que seria a primeira civil a ser enviada
ao espaço. O ônibus espacial Challenger explodiu 73 segundos após o
lançamento, em sua décima missão. A análise da falha mostrou que a
temperatura na hora e local do lançamento (~ 2ºC) contribuiu para
fragilizar um anel de vedação na parte inferior de um dos foguetes
permitindo o contato entre as chamas e o combustível.
Acidente com Ayrton Senna na fórmula 1, em 1994, causado, ao que
tudo indica, pela fratura por fadiga de uma emenda soldada da barra
de direção.
MEV DA SUPERFICIE DE FRATURA
APRESENTANDO ESTRIAS PRÓXIMAS À
REGIÃO DA SOLDA
CASO ONDE A FALHA É BEM VINDA?!
PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE BIELA

MÉTODO TRADICIONAL:
• CORTE,
• ACABAMENTO POR
USINAGEM;
• MONTAGEM.

DESVANTAGENS:
• PERDA DE MATERIAL;
• REBARBA;
• DESALINHAMENTO.
CASOS ONDE A FRATURA É BEM VINDA?!
PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE BIELA FRATURADA

MATERIAL DEVE SER


ADEQUADO: PRINCIPAL
PARÂMETRO DO
PROCESSO
CASOS ONDE A FRATURA É BEM VINDA?!
PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE BIELA FRATURADA

DIFICULDADES:
MATERIAL DEVE ATENDER OS REQUISITOS DE FADIGA, RESISTÊNCIA E
DUTILIDADE PARA A APLICAÇÃO, ALÉM DE APRESENTAR: BOA
USINABILIDADE, FRATURA FRÁGIL (POUCA DEFORMAÇÃO PLÁSTICA),
“FRAGILIDADE APROPRIADA”

FILME BIELA FRATURADA

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CASOS ONDE A FRATURA É BEM VINDA?!
ESTAÇÕES ESPACIAIS E A
REENTRADA

EM TORNO DE 380KM DE ALTURA-FORA DA ATMOSFERA

SKYLAB – 1973-1979 – REDUÇÃO DO TEMPO ÚTIL PELA MAIOR


ATIVIDADE SOLAR QUE EXPANDIU A ATMOSFERA.
Prof.Dr. José Benedito Marcomini
A Conquista do Espaço: do Sputnik a Missão Centenário
Othon Cabo Winter e Antonio Fernando Bertachini De Almeida Prado
CASOS ONDE A FRATURA É BEM VINDA?!
ESTAÇÕES ESPACIAIS E A REENTRADA

A Conquista do Espaço: do Sputnik a Missão Centenário


Othon Cabo Winter e Antonio Fernando Bertachini De Almeida Prado

MIR – 1986-2001

Prof.Dr. José Benedito Marcomini


A Conquista do
Espaço: do Sputnik a
Missão Centenário
Othon Cabo Winter e
Antonio Fernando
Bertachini De Almeida
Prado

SÃO PROJETADAS COM PONTOS FRÁGEIS PARA FALHAR NA REENTRADA:


PARTES MENORES COM MÍNIMO DE AERODINÂMICA- QUEIMAM NA
ATMOSFERA.
SÃO MONTADAS EM MÓDULOS, O QUE FACILITA.
Facilita o cálculo de previsão de onde cairão as possíveis partes que não se
queimarem (conservação de momento linear). Além disso, existe um
procedimento de desativação e até propulsão da estação no local
preferencial de reentrada.
FRAGILIDADE AO REVENIDO OU FRAGILIDADE EM AZUL.
EXISTE UM ENSAIO PARA ANÁLISE DE MACROINCLUSÕES, BASEADO
NESTE FENÔMENO: ENSAIO DE FRATURA AZUL.

Prof.Dr. José Benedito Marcomini


Prof.Dr. José Benedito Marcomini
Prof.Dr. José Benedito Marcomini
ENTRE 300-350ºC, O ÓXIDO FORMADO TEM A COLORAÇÃO AZUL E COMO AS
INCLUSÕES NÃO OXIDAM (LIGAÇÃO FORTE), FICAM BRANCAS E SE
DESTACAM .
Prof.Dr. José Benedito Marcomini
ESCALAS DE FRATURA

NANOESTRUTURAS:
GRAFENO, FULERENO
BUCKMINSTER MICRODISPOSITIVOS :
CHIPS

PEÇAS GRANDES PEÇAS:


PEQUENAS: BIELA, VIGA DE PONTE
VIRABREQUIM ROLANTE

SISTEMAS
GRANDES EQUIPAMENTOS: COMPLETOS:
COMPORTAS , REATORES AUTOMÓVEL
QUÍMICOS E NUCLEARES

PLANETAS ,
EDIFÍCIOS
METEORITOS,
COMETAS E
ASTERÓIDES
ANÁLISE DE FALHAS APLICADA À
NATUREZA

Os 4 maiores fragmentos: 200 m de diâmetro. Velocidade de distanciamento:


2 km/h sugere que rompimento foi lento, iniciando no final de 2013 e
terminando no início de 2014. Não foi explosão: a pressão da luz solar foi a
causa raiz. A luz carrega momento linear: radiômetro de Crooks.

Prof. Dr. Cassio Leandro Dal Ri Barbosa, UNIVAP


ANÁLISE DE FALHAS APLICADA À
NATUREZA

Cometa shoemaker-levy 9 –
fraturou-se em 21 fragmentos
devido ao campo gravitacional
do planeta, em julho de 1994. O
menor fragmento era do
tamanho da Terra. A Energia do
impacto foi similar à
gigantescas bombas nucleares.

FOTO ORIGINAL DO HUBBLE ENVIADA


PELO DR. PETER LEONARD.
ESTUDO DE FRATURA EM NANOESCALA
O estudo da fratura tornou-se tão importante que os
cientistas da época achavam que seria necessário o
aprofundamento das investigações nesta área, em direção ao
mecanismo de fratura em nível atômico. A partir de uma
reunião no MIT (Massachusets Institute of Technology), em
1957, de um seleto e pequeno grupo de cientistas, foi
elaborado um encontro internacional. Assim, entre 12 e 16
de abril de 1959, ocorreu a Conferência Internacional
sobre Mecanismos Atômicos de Fratura, sediado em
Swampscott, Massachusetts, na New Ocean House
79
Prof.Dr. José Benedito Marcomini
Prof.Dr. José Benedito Marcomini
MODELOS ATOMÍSTICOS A energia superficial de fratura
(ɣ) relaciona-se com a tensão
necessária para a fratura (σmax),
em nível atômico, pela equação

E é o módulo de Young e a é a
distância interatômica sem
deformação
MODELOS ATOMÍSTICOS

SIMULAÇÃO:
A ENERGIA DOS
ÁTOMOS SE
ALTERA DURANTE
A FRATURA:
CORES
DIFERENTES.
MODELOS ATOMÍSTICOS

SIMULAÇÃO:
ESTUDO DA INFLUÊNCIA DE
ÁTOMOS SUBSTITUCIONAIS (Cr e
Ni) E INTERSTICIAIS (C e H) NA
FRATURA INTERGRANULAR.
FRATURA INTERGRANULAR EM Fe
PURO
MODELOS ATOMÍSTICOS

FILME MODELO ATOMÍSTICO


MODELOS ATOMÍSTICOS

LOOP DE LINHAS DE
DISCORDÂNCIAS FORMADAS
DURANTE FRATURA POR IMPACTO
LOOP DE DISCORDÂNCIAS É
FORMADA TAMBÉM NA
FRAGILIZAÇÃO POR HIDROGÊNIO
E FRAGILIZAÇÃO POR RADIAÇÃO
MODELOS ATOMÍSTICOS

NUCLEAÇÃO DE TRINCA EM LOOP DE DISCORDÂNCIAS


(MET)
• Fratura:
“É a separação ou fragmentação de um corpo sólido em duas ou mais
partes sob ação de uma tensão, devido ao início e propagação de uma
trinca”

Dútil

Fratura

Frágil

Temperatura

Fatores que afetam a fratura Taxa de deformação

Estado de tensão
-plano de tensões (triaxial de def.)
-triaxial de tensões (plano de def.)
88
Tração

Torção

Fadiga

Condições de Fratura
Fluência

Fratura frágil em Temperaturas Baixas

Fragilização por Hidrogênio


Fragilização no Tratamento Térmico

89
Fratura Frágil : Aspecto Macrográfico

Baixa Temperatura

Promovida Alta Taxa de Deformação

Estado Triaxial de Tensões

 Fratura frágil.
- É caracterizada por uma ou mais trincas diretas na estrutura.
- Pouca ou nenhuma deformação.
- A trinca se propaga pelo caminho de menor resistência.
- Observada em monocristais e materiais policristalinos.
- Observada em metais com estrutura CCC e HC mas não em metais CFC*.
- A fratura frágil tem aparência brilhante enquanto a fratura dúctil tem aspecto
escuro e acinzentado.
- Aumenta com a diminuição da temperatura, taxa de deformação e estado 90
triaxial tensões
Fratura Frágil Aspecto Micrográfico

– A clivagem ocorre na direção cristalográficas dos planos


– As faces de clivagem aparecem grãos com alta reflexividade, que dão um aspecto
de fratura brilhante.

Transgranular

Fratura por Clivagem


91
– Fratura Intergranular é um modo de fratura com baixa energia

92
93
Fratura Dútil : Aspecto Macrográfico

Plano de escorregamento

 Fratura cisalhante de monocristal dútil.  Fratura completamente dútil em policristais → ruptura


Não observada em policristais. Metais muito dúteis como ouro e chumbos

94
– Considerando um simples cristal, o cobre, um metal dúctil, não há nucleação de trincas,
e os cristais deformam plasticamente até iniciar a instabilidade plástica, chamada de
empescoçamento.
– A deformação é concentrada na região de instabilidade plástica até a separação
cristalina ao longo de uma linha ou um ponto.

Cisalhamento de um “metal puro” – Ex.: Cobre

95
 Fratura Dútil em metais policristalinos
- Fratura Taça – Cone: O empescoçamento leva a um estado triaxial
de tensões e a trinca nucleia em particulas frágeis (formação de vazios na
interface matriz - partícula)
- Aspecto escuro e acinzentado
96
• Evolução da falha:

Crescimento e
coalescencia Cisalhamento
Nucleação
pescoço na superf. fratura
de microvazios dos microvazios
s

50
50mm
mm

Partículas que
atuam como
100 mm
nucleadores
dos
microvazios

97
Exemplo: Falha em um tubo Observe a quantidade
de def. plástica.

• Falha Dútil:
--um pedaço
--grande deformações

• Falha Frágil:
--vários pedaços
--pouca deformação

Figura de V.J. Colangelo and F.A. Heiser,


Analysis of Metallurgical Failures (2nd
ed.), Fig. 4.1(a) and (b), p. 66.

98
99
• Trincas ou Defeitos tipo trinca são bastante comuns de ocorrerem:
– Riscos profundos;
– Vazios em soldas;
– Inclusões ou partículas estranhas em fundidos ou forjados;
– Delaminações em materiais formados por camadas.
• Em estruturas:
– Aviões;
– Navios;
– Vasos de Pressão;
– Pontes;
– Tubos;
– Veículos terrestres.
• Antes do desenvolvimento da Mecânica da Fratura nos anos de
1950 – 1960, a análise de trincas em componentes ou estruturas
não era possível.
• O projeto era baseado a partir de resultados de testes de ensaios
de tração, flexão e compressão, conjuntamente com os critérios
apresentados para corpos sem trincas.

100
Concentrador de Tensões - Trinca
• Considere o furo muito menor que a largura da placa
• O efeito do furo é muito relevante para a direção y.

 c 
σ y  S 1  2   S 1  2
c
 
s y
 
c
 
c
 d   
kt S 1 2
d
1 2

• Quando d tende a zero (trinca), sy vai para o infinito, e assim Kt. Assim, uma
trinca aguda causa um severa concentração de tensão, e a tensão seria
101
teoricamente infinita.
• As tensões em materiais verdadeiros não podem ir para o infinito.
• Se a carga aplicada não for muito elevada, o material pode
acomodar a presença de uma trinca aguda, de tal forma que o valor
teórico infinito de tensão é reduzido para um valor finito.

Trinca ideal
Trinca real Polímero

Metal Cerâmica

Zona plástica

• A região de intensa deformação na frente de trincas reais é formada


devido a plasticidade, “crazing” ou microtrincamento

102
FIM

103

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