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na vida das pessoas (abandono do tratamento, pessoas movem-se constantemente “para dentro
violência doméstica em decorrência de revela- e para fora” de situações de risco, criando, as-
ção de diagnóstico, preconceito, estigmatização, sim, diferentes estados de adaptação psicológica.
abuso de drogas, por exemplo) do que o foco so- Nesse processo de busca de adaptação, por sua
bre fatores de proteção, cuja presença pode estar vez, os chamados fatores de proteção exercem
contribuindo para o desenvolvimento de respos- um papel fundamental, uma vez que são eles os
tas positivas por parte dos indivíduos. responsáveis por diminuir a probabilidade de
Contudo, a partir do movimento da denomi- um resultado negativo ou indesejável acontecer
nada Psicologia Positiva, sobretudo a partir do diante da presença do risco.
ano 2000, uma nova preocupação tem sido trazi- De acordo com Eckenrode & Gore 32, os fato-
da aos estudos da psicologia e, particularmente, res de proteção podem ser classificados em dois
da resiliência 19,22,26,27,28,29. Trata-se de compre- grupos: (i) pessoais e (ii) recursos do ambiente.
ender os fatores e processos que promovem o Masten & Garmezy 10, pioneiros no estudo da
desenvolvimento psicológico sadio e quais os resiliência, por sua vez, subdividem os recursos
aspectos que são responsáveis por fortalecer e do ambiente em dois subgrupos, dando especial
construir competências nos indivíduos. Essa no- destaque ao papel da rede de apoio social e tam-
va perspectiva, como se vê, encoraja o foco nos bém afetiva das pessoas para a promoção de re-
estudos sobre os fatores de proteção, sobretudo siliência. Dessa forma, identificaram três classes
para se desenvolverem estratégias de prevenção de fatores de proteção: (i) os atributos disposicio-
mais eficazes. nais das pessoas; (ii) os laços afetivos no sistema
Essas estratégias, de acordo com Robinson 30, familiar e/ou em outros contextos que ofereçam
deveriam consistir tanto na evitação do risco, co- suporte emocional em momentos de estresse e
mo na promoção de um funcionamento psicoló- (iii) os sistemas de suporte social, seja na escola,
gico mais saudável após a exposição ao mesmo. no trabalho, nos centros religiosos, no serviço de
Nesse sentido, além de ser protetor ao indivíduo saúde, que propiciem competência e determi-
evitar situações que o exponham ao risco, pode- nação individual e um sistema de crenças para
ria ser também protetora a experiência do risco a vida. Verifica-se, portanto, que há semelhança
e a reconstrução psicológica que tal experiência entre definições de diversos autores, que abor-
proporcionasse. Essa concepção parece refletir dam os fatores de proteção com base nas variá-
a realidade de alguns indivíduos portadores de veis individuais/pessoais e ambientais. Todavia,
HIV/AIDS, como é o caso de homens que relatam a subdivisão proposta entre rede de apoio social
terem passado a levar uma vida mais saudável, e rede de apoio afetiva é bastante pertinente, pois
após o diagnóstico; ou de mulheres que estavam a presença da primeira não implica necessaria-
afastadas de tratamento e que o retomaram em mente a segunda. Além do mais, dado o estigma
virtude de uma gravidez 31. É como se a soroposi- vinculado à questão do HIV/AIDS na sociedade
tividade, sendo uma experiência extremamente atual, ressalta-se a necessidade de haver maior
marcante, mesmo que potencialmente adversa, clareza sobre o papel que as redes podem ter na
gerasse em alguns casos a transformação dos vida dessas pessoas e na forma como estas lidam
hábitos de vida. Cuidados com a saúde (física, com a sua situação de infecção.
mental e espiritual) passaram a fazer parte da
rotina de pessoas que, antes do diagnóstico de
HIV/AIDS, informaram não ter esse tipo de pre- Resiliência e HIV/AIDS
ocupação.
Ainda baseada no modelo da doença, a psico- Poucos são os estudos que relacionam resiliên-
logia tem muito a avançar nos estudos e pesqui- cia e fatores de risco e proteção com a infecção
sas sobre prevenção 28. Diante disso, Seligman pelo HIV/AIDS. Embora alguns estudos tratem
& Csikszentmihalyi 28 defendem uma mudança de aspectos relacionados à promoção de resili-
de paradigma, de modo que a prevenção vies- ência (suporte social familiar, principalmente),
se de uma perspectiva focada na construção de a relação que é feita com a resiliência é bastante
competências e não na correção de fraquezas superficial e indireta 33,34. Ademais, termos co-
ou fragilidades. A necessidade de se enfatizar o mo “adaptação psicológica” e “enfretamento” são
estudo dos fatores de proteção sustenta-se, tam- mais freqüentes nesses estudos que o conceito
bém, na afirmação de Cowan et al. 24, segundo de resiliência 35,36,37. Este último, por sua vez, é
a qual não é interessante relacionar eventos de mencionado apenas tangencialmente, pouco
vida estressantes a resultados adversos físicos e definido e problematizado, não parecendo ser o
psicológicos, porque “os fatores de risco ocorrem foco principal dos artigos 33,34,35,36,37.
muito mais freqüentemente que os resultados dis- Uma possível justificativa para essa lacuna é
funcionais” 24 (p. 7). Em adição, na vida real, as que a infecção pelo HIV/AIDS é um fenômeno
Laços afetivos no sistema familiar ou solitário. De uma forma geral, os indivíduos de-
outros contextos senvolvem crenças de que, se revelarem seu diag-
nóstico, não serão mais aceitos pela família, que
Estes fatores de proteção dizem respeito às rela- ficarão sós e abandonados 46 e que serão motivo
ções afetivas dentro do sistema familiar ou que de vergonha para seus familiares 46,57.
envolve outras pessoas 10. Encontra-se, nesse Além disso, a revelação a membros da família
caso, o relacionamento familiar, entre amigos ou a amigos apresenta particularidades que vêm
e a vida social em sua micro-estrutura. Trata-se sendo descritas na literatura. Em um estudo com
de possíveis fontes de apoio emocional que um homens e mulheres soropositivos norte-ameri-
indivíduo pode acessar em situações de adver- canos, os participantes referiram que os amigos
sidade e que podem contribuir para que se es- para os quais revelaram o diagnóstico oferece-
tabeleça a resiliência. Muitos são os estudos que ram maior apoio do que os familiares que foram
demonstram a importância desse fator na vida informados 50. Ainda, esses portadores tendiam a
dos portadores de HIV/AIDS. A família e os ami- revelar mais a pessoas da família extensa do que
gos se constituem em expressivos fatores de pro- à família nuclear. Considerando os familiares de
teção àqueles que precisam enfrentar a infecção. grau mais próximo, os pais e irmãos do sexo mas-
Diante disso, algumas considerações sobre a im- culino foram percebidos como pessoas que ofe-
portância da família e dos amigos serão apresen- reciam menos apoio, o que fazia com que a parti-
tadas a seguir, juntamente com considerações cipação ocorresse mais por parte das mães e das
sobre o contexto microssocial dos indivíduos. irmãs. Esses dados sugerem que as pessoas pro-
Já no recebimento do diagnóstico, o apoio fa- curadas para a revelação sobre a soropositividade
miliar parece ser importante. Ao se imaginarem são aquelas identificadas como potencialmente
recebendo resultado positivo para HIV/AIDS, apoiadoras, e que membros mais próximos da
pacientes de uma clínica geral mencionaram que família podem não ser as principais escolhas.
gostariam que alguém da família também fos- Além da família e amigos, outra relação pró-
se avisado 49. Em alguns casos, a revelação do xima e afetiva pode ser a do psicólogo-paciente.
diagnóstico a familiares próximos esteve asso- Turner 38 menciona o papel da terapia e da alian-
ciada à maior percepção de apoio proveniente ça terapêutica entre paciente e terapeuta como
dessas relações 50. Ademais, o apoio social vem uma importante fonte de promoção de resiliên-
sendo descrito como associado a menor sofri- cia. Isso acontece em virtude de o terapeuta re-
mento psicológico, menor freqüência de sinto- presentar uma figura de confiança e apoio para o
mas psiquiátricos 51, além de a menores índices cliente. Em adição, o espaço da terapia favorece
de ansiedade e depressão e melhor qualidade de a afirmação da experiência trazida pelo pacien-
vida 52. Mulheres que afirmaram receber apoio te, sendo um espaço de descoberta de “recursos
de suas famílias apresentaram menores índices e capacidades” e de fortalecimento dessas “for-
de estresse e sentimento de solidão 53. Ainda, a ças”, por meio das características individuais e
participação de familiares em grupos de apoio, dos recursos externos. Junqueira & Deslandes 18
mesmo que seja difícil para a família lidar com o ressaltam também o lugar de destaque exercido
diagnóstico de HIV/AIDS em um de seus mem- pelas relações microssociais em saúde. As auto-
bros, vem sendo identificada como algo positivo ras destacam esse espaço como promotores em
para o tratamento dos pacientes 52. potencial de resiliência, através do estabeleci-
Com o avanço do tratamento para AIDS, mento de vínculo e confiança entre os diferentes
tornou-se extremamente importante que os pa- profissionais de saúde e os pacientes.
cientes tenham uma boa adesão aos esquemas De forma geral, os estudos deixam clara a
terapêuticos, a fim de que estes sejam efetivos importância da família para a saúde de pessoas
7,54,55. Essa adesão, entretanto, até o momento, portadoras de HIV/AIDS. Em especial, o apoio de
não vem sendo sempre satisfatória 7. Nesse con- pessoas próximas parece ser um fator de prote-
texto, o apoio social e familiar parece ser um fator ção aos soropositivos, mas isso também pode ser
importante, já que a adesão pode exigir a reorga- estendido aos amigos e profissionais de saúde.
nização da vida diária e até a revelação da soro-
positividade às pessoas mais próximas 56.
Considerando que a família é a principal fon- Sistemas de suporte social
te de apoio para soropositivos 47, afastar-se desse
contato pode ser prejudicial. O que ocorre em Os sistemas de suporte fazem parte de um âmbi-
alguns casos é que o medo do preconceito e do to mais amplo da vida das pessoas 10. Trata-se das
isolamento faz com que os portadores evitem re- relações estabelecidas com a escola, o trabalho,
velar o diagnóstico a familiares. Com isso, o en- centros religiosos ou instituições de saúde. A fim
frentamento da infecção torna-se um processo de promoverem fatores de proteção aos indiví-
duos, essas instâncias precisam propiciar a com- se ainda diversos estudos salientando o quanto a
petência e a determinação individuais. vida social das pessoas portadoras de HIV/AIDS
Alguns fatores têm sido descritos como de pode ficar prejudicada. Isso se dá principalmente
proteção aos indivíduos para a vida em socieda- pela presença do preconceito e da estigmatiza-
de. No contexto brasileiro, um desses fatores é a ção 31,61,62,63,64. Mesmo com o passar dos anos
estrutura de centros de saúde disponível na rede e com as transformações nas características da
pública. O Brasil tem sido um país modelo na epidemia, ainda é forte o impacto social negativo
luta contra a AIDS, com o oferecimento de trata- gerado pelo HIV. Os portadores do vírus seguem
mento gratuito na sua rede de saúde. Centros de sendo uma população estigmatizada, vivencian-
referência no atendimento à infecção e à AIDS do diversos tipos de preconceito 31,62,63. Concei-
estão disponíveis aos pacientes, tanto para diag- tualmente, o estigma é atribuído pela sociedade
nóstico como para tratamento, com distribuição àquele que apresenta um “desvio”, ou uma dife-
gratuita de medicamentos anti-retrovirais. Cen- rença indesejável 64. Socialmente, dentre outras
tros de pré-natal de referência têm conseguido conotações, a AIDS tem sido entendida como
diminuir a taxa de transmissão materno-infantil punição a comportamentos imorais, despertan-
do HIV para índices inferiores a 3% 58. Nos úl- do preconceito. Nessa medida, em alguns casos,
timos anos, o Brasil ampliou a distribuição de enfrentar a estigmatização e o preconceito pode
medicamentos, prolongando a vida das pessoas, parecer mais difícil do que enfrentar a infecção
diminuindo as taxas de mortalidade 59. Mesmo do ponto de vista de saúde física 63.
que a situação não seja a ideal, o serviço prestado Mulheres portadoras de HIV/AIDS têm men-
é de boa qualidade, sendo um modelo de aten- cionado que temem e vivenciam preconceito 65.
dimento internacionalmente reconhecido. Além Com isso, pode surgir a dificuldade de colocação
do mais, a legislação brasileira prevê a proteção profissional 62, além dos problemas familiares 66
ao indivíduo portador do vírus, dando direito e daqueles ligados à maternidade 31,65,67,68,69.
à privacidade quanto ao diagnóstico, proibin- Todos esses aspectos constituem o que vem
do a exigência de testes de HIV para admissão sendo descrito como a morte civil e social dos
em empregos, bem como a demissão por causa soropositivos 57,63. Essa morte simbólica é vivida
da soropositividade. Muitos desses avanços na pelo indivíduo a partir da redução de seus direi-
legislação são resultados de uma ação forte de tos como cidadão, com dificuldades no trabalho,
organizações não-governamentais (ONGs) que, desemprego, discriminação, isolamento, entre
desde o início da epidemia, se mantêm ativas, outros fatores 45.
no intuito de proteger a saúde e a cidadania dos Como pode ser visto, os sistemas de apoio
portadores do HIV/AIDS. A partir da década de social podem ser bastante protetores aos indiví-
1990, as diversas ONGs que surgiram voltadas a duos portadores de HIV/AIDS. Reforça-se nisso
essa área trouxeram ações e um discurso de so- a importância de esses sistemas auxiliarem na
lidariedade, com crítica ao sentimento de pena e dissolução do preconceito e da discriminação.
ao preconceito e estigmatização 60. Em particular, destaca-se a importância da rede
Outro fator de proteção aos indivíduos porta- de saúde disponível a essas pessoas, com o ofere-
dores de HIV/AIDS pode ser a religiosidade, que cimento de diagnóstico, tratamento e prevenção
tem se mostrado como um aspecto que pode ser primária, secundária e terciária, que contribuem
intensificado a partir da vivência da soropositivi- para a promoção de saúde desses pacientes.
dade. Prado et al. 42, entrevistando mulheres bra- Além disso, ressalta-se o papel das ONGs, da le-
sileiras, verificaram que o envolvimento religioso gislação brasileira e ainda da religiosidade nesse
esteve relacionado a estratégias mais ativas de processo.
enfrentamento da infecção e a maiores índices
de apoio social. Para os autores, o envolvimento
religioso pode servir como um mecanismo de re- Considerações finais
dução do processo de enfrentamento de evitação
(negação) e, conseqüentemente, de prevenção O presente artigo teve como objetivo examinar a
do sofrimento psicológico. Ademais, a religiosi- relevância do conceito de resiliência no contexto
dade foi indicada como fonte de apoio a mães 61 da infecção pelo HIV/AIDS, com destaque pa-
e a gestantes portadoras de HIV/AIDS 31. Como ra os possíveis fatores de proteção, os quais, nos
fonte de interpretação para os acontecimentos estudos revisados, revelaram-se importantes,
da vida, a religiosidade pode representar apoio contribuindo para a saúde geral e para o bem-
para o enfrentamento das dificuldades e para a estar das pessoas portadoras de HIV/AIDS. Entre
mudança de atitudes. eles, destacam-se o enfrentamento cognitivo e a
Apesar desses avanços sociais e dos fatores de aceitação da infecção; a participação da família
proteção mencionados na literatura, encontram- no tratamento e como fonte de apoio afetivo; o
Resumo
Este artigo busca, com base na revisão da literatura, como uma “capacidade do ser humano de superar ad-
articular o conceito de resiliência com questões da rea- versidades” é essencial ao entendimento da infecção e
lidade de vida de pessoas portadoras de HIV/AIDS. Em tratamento de pacientes com HIV/AIDS. Isso contribui
especial, será enfatizada a análise dos fatores de pro- para acabar com o estigma e preconceito em relação à
teção tradicionalmente descritos como promotores de doença e aos seus portadores. Essa perspectiva desmis-
resiliência (características individuais e rede de apoio tifica a questão de que bem-estar e qualidade de vida
social e afetiva). Os estudos revisados revelam que exis- são estados contraditórios à vida das pessoas infecta-
tem importantes fatores de proteção, que contribuem das, além de contribuir para a elaboração de novas
para a saúde e bem-estar dos portadores de HIV/AIDS, perspectivas de prevenção e tratamento da infecção
entre eles o enfrentamento cognitivo e a aceitação da por HIV/AIDS.
infecção; a participação da família no tratamento e
como fonte de apoio afetivo; o papel das organizações HIV; Síndrome de Imunodeficiência Adquirida; Litera-
governamentais e não-governamentais e a religiosi- tura de Revisão
dade. Acredita-se que a compreensão da resiliência
Colaboradores
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Recebido em 13/Jul/2006
Versão final reapresentada em 02/Mar/2007
Aprovado em 19/Abr/2007