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Monitoração Eletrônica Portátil: soluções jurídicas e tecnológicas para

garantia de economicidade, eficiência e eficácia.

Portable Electronic Monitoring: legal and technological solutions to


ensure economy, efficiency, effectiveness.

Autores: Marcos Alexandre Gomes dos Santos Baldin1


Rodrigo Machado de Andrade2
Sylvia Márcia Pereira da Silva3
Orientador: Prof. Anderson Marques Martins Gomes Pereira4

Resumo: Este artigo apresenta investigação relativa ao uso da monitoração eletrônica portátil,
no cumprimento de medidas cautelares diversas de prisão, ou de livramento condicional, no
estado de Minas Gerais. Por meio de visitas à Unidade Gestora de Monitoração Eletrônica es-
tadual, bem como análises bibliográfica e estatística, identificou-se o entrelace da tecnologia
com o ordenamento jurídico brasileiro, no que tange às possibilidades de redução da reincidên-
cia criminal de forma econômica, eficiente e eficaz.

Palavras-chave: Tornozeleira Eletrônica, Medidas Cautelares, Reincidência Criminal.

1 INTRODUÇÃO
O uso das novas tecnologias eletrônicas e digitais tem transformado o tratamento dado
a apenados pela justiça em regime semiaberto e aberto, bem como àqueles que, por algum pres-
suposto legal ou de preservação de direitos, não devam ser encarcerados.
Se, no passado, os recursos para inibição de fugas e de entrada de objetos ilícitos em
instituições disciplinares se baseavam somente em paredes robustas, grades resistentes e vigi-
lância humana, hoje a tecnologia eletrônica potencializa a segurança, especialmente no ambi-
ente carcerário.

1Graduado em Produção para Mídia Digital pelo Uni-BH (2005) e aluno do curso de graduação em Engenharia Civil pela
Faculdade Kennedy (início em 2017). E-mail: marcosbaldin@gmail.com
2 Graduado como Tecnólogo em Gestão de Segurança pública (2011) pelo Uni-BH, pós-graduado em Direito Administrativo
(2014) pela Universidade Cândido Mendes e aluno do curso de graduação em Direito pela Faculdade Kennedy (início em
2015). E-mail: rodrigoandradedg@gmail.com
3 Aluna do curso de graduação em Direito pela Faculdade Kennedy (início em 2015). E-mail: sylviabaldin@gmail.com
4Advogado, graduado em Direito pela UNIFENAS (2007), Especialista em Ciências Penais pela APROBATUM (2009),
Doutorando em Direito pela UMSA e docente na Faculdade Kennedy.

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1.1 Panorama Jurídico
O Estado é o titular do direito de punir (jus puniendi) por meio dos efeitos da sentença
condenatória, ou seja, pelas apurações preliminares quanto à existência do crime (inquérito po-
licial) e da ação penal na qual são analisadas a materialidade e autoria do delito, na busca da
decisão final da sentença. Atualmente, o Brasil possui a quarta maior população carcerária do
mundo. A monitoração eletrônica nos dias atuais é uma realidade mundial, aplicada em países,
tais como: EUA, China, Nova Zelândia, Canadá, África do Sul, entre outros. No Brasil, somente
em 2010, a Lei nº 12.258/2010 (BRASIL, 2010) – atualização da Lei de Execuções Penais –
entrou em vigor, estabelecendo regras para a monitoração eletrônica em todo o país, por meio
do Art. 122, § único. Porém, com a implementação desta Lei, foram surgindo novas possibili-
dades de se utilizar o uso da vigilância eletrônica, o que contribuiu para a entrada em vigor da
Lei 12.403 (BRASIL, 2011), criando a possibilidade de monitoramento eletrônico também
como medida cautelar diversa da prisão.
Essas medidas visam justamente impedir o encarceramento do indiciado ou acusado
antes do trânsito em julgado da sentença condenatória, podendo ser aplicadas antes mesmo do
decreto condenatório, ou seja, durante a fase do inquérito policial e também da ação penal. No
estado de Minas Gerais, após audiência de custódia, na qual o juiz determina qual ou quais
serão as medidas cautelares (BRASIL, 1941, p. 319) impostas ao indivíduo, esse é encaminhado
para a Unidade Gestora de Monitoração Eletrônica (UGME) a fim de que seja instalada a tor-
nozeleira eletrônica. É a partir desse momento que começa a sua monitoração, realizada por
uma equipe técnica responsável pela operação dos equipamentos e por uma equipe multidisci-
plinar, composta por Assistentes Sociais, Gerentes de Produção, Psicólogos e Assistentes Téc-
nicos Jurídicos, responsáveis pelo acompanhamento e apoio à pessoa monitorada. Por intermé-
dio da Central de Monitoração pode-se identificar, em tempo real e de modo contínuo, as infor-
mações sobre a localização de cada pessoa monitorada, conforme as condições, padrões e nor-
mas estipuladas pela decisão judicial ou administrativa que outorgou a benesse da monitoração.
Na instalação da tornozeleira, informa-se ao indivíduo das condições e obrigações para
o uso e manutenção da mesma, bem como as possíveis punições para o não cumprimento dessas
condições. Ao romper ou a danificar intencionalmente a tornozeleira eletrônica, o monitorado
incorre em crime (falta grave). Nestes casos, a UGME acionará as Policias Militar e Civil que
efetuarão a recaptura e a condução imediata do indivíduo à unidade prisional de origem.
O uso do monitoramento eletrônico em Minas Gerais busca a economicidade, a eficiên-
cia e a eficácia para o Estado e para os cidadãos de forma geral. Por economicidade, entende-
se o fazer com a melhor relação custo/benefício. A eficiência implica em realizar da melhor

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maneira possível, ou seja, com o mínimo de esforço, de recursos, sem desperdício e no menor
tempo possível. Já a eficácia é alcançada quando um projeto, produto ou indivíduo atinge a
meta, o objetivo, o fim para o qual foi proposto. A principal economia do Estado com o uso da
tornozeleira eletrônica poderia ser comprovada no que tange aos presos em regime semiaberto
com trabalho externo, preventivos e provisórios, uma vez que estes poderiam responder ao pro-
cesso por meio do monitoramento eletrônico. Segundo dados da UGME, o valor mensal gasto
com um monitorado é de R$ 165,00 (cento e sessenta e cinco reais), enquanto o custo de se
manter o indivíduo encarcerado no sistema prisional é de aproximadamente R$ 2.800,00 (dois
mil e oitocentos reais) mensais, para os regimes fechado e semiaberto, bem como para acaute-
lados e em prisão preventiva.
A partir de dados levantados junto à UGME pode-se considerar que o monitoramento
eletrônico em Minas Gerais seja eficiente, uma vez que a Central de Monitoração atua desde
outubro de 2012 e atende tanto à população masculina quanto à feminina. A UGME possui
capacidade para atender a uma população de 5.000 (cinco mil) indivíduos monitorados, atual-
mente a monitoração atende a cerca de 1.105 (mil, cento e cinco) monitorados em prisão domi-
ciliar, 1.012 (mil e doze) monitorados em prisão por medida cautelar e 412 (quatrocentos e
doze) monitorados em função de medidas protetivas oriundas da Lei Maria da Penha (violência
doméstica).
A eficácia é característica daquilo que atinge um objetivo. Portanto, pergunta-se: a tor-
nozeleira eletrônica está contribuindo para a diminuição da reincidência criminal? A monitora-
ção, como ferramenta de vigilância, não pode garantir, per si, a redução da criminalidade e
reintegração do monitorado à vida na sociedade, já que ela só fornece estatísticas e alertas de
violação. O monitorado só se sente vigiado se as forças públicas de segurança se unem para o
efetivo acompanhamento da monitoração. A partir da ação de equipe multidisciplinar, pro-
move-se a reinserção social. Essa tem como objetivo a humanização daquele que cometeu o
delito, aplicando sua essência teórica, numa orientação humanista. Portanto, a pena deve ser
tratada como última alternativa, uma vez que não basta só castigar o indivíduo, mas orientá-lo
para que ele possa ser reintegrado à sociedade de maneira efetiva.

1.2 Panorama Tecnológico


A monitoração eletrônica é uma ferramenta para geração de dados relevantes que, sub-
metidos a análise, podem gerar informações que melhoram a tomada de decisões estratégicas.

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O sistema prisional no mundo todo tem se beneficiado da monitoração de indivíduos em cum-
primento depena nos regimes semiaberto e aberto, bem como em prisão domiciliar ou aqueles
aos quais fora imposta medida cautelar diversa de prisão.
O trabalho é feito com uso de dispositivo preso ao corpo da pessoa monitorada e rastre-
ado por radiofrequência em sistema de posicionamento global (GPS).
A tornozeleira transmite sua posição geográfica em tempo real por telefonia móvel ce-
lular (GPRS) a um centro de dados (Data Center), o qual alimenta uma rede de computadores
com software específico para esse rastreamento em uma central de monitoração. Nessa central,
monitores de segurança observam os alertas e decidem pela ação a ser tomada, conforme um
Procedimento Operacional Padrão (POP).
Na central, uma equipe técnica observa os alertas e realiza procedimentos operacionais,
conforme os dados que interpretam:
 Acionamento das forças policiais, por exemplo, quando um agressor se aproxima da
vítima;
 Notificação ao Poder Judiciário, por exemplo, quando o indivíduo monitorado se au-
senta de seu local de trabalho ou permanece em um bar quando deveria estar em casa.

A tecnologia de monitoração adota concepção de áreas frequentadas pelo indivíduo mo-


nitorado. Conforme Cartilha produzida pelo Governo Mineiro (MINAS GERAIS, 2013, p. 21)
essas se classificam em dois tipos: áreas de Inclusão e áreas de Exclusão.
As áreas de inclusão são os locais onde o indivíduo monitorado deve permanecer nos
horários definidos pela justiça. Exemplos são a residência, o local de trabalho, a escola, o local
de atividade religiosa, etc.
As áreas de exclusão são os locais onde o indivíduo não deve permanecer ou dos quais
não deve se aproximar. Exemplos são estádios de futebol, pontos conhecidos de tráfico, ausên-
cia da comarca e etc.).
Considera-se área estática aquela que não muda de local, como uma edificação, um en-
dereço. E considera-se área dinâmica aquela que pode ou não se mover, como, por exemplo, o
botão do pânico portado pela vítima.
Cuidado especial deve ser tomado com relação a sistemas de segurança criminal, pois
suas falhas podem colocar em risco vidas (KARSTEN e WEST, 2017).
As principais falhas que podem gerar alertas de violação no uso da tornozeleira eletrô-
nica ocorrem por má comunicação entre a tornozeleira e os satélites GPS, entre a tornozeleira
e a rede de telefonia móvel e a falta de carga na bateria da tornozeleira. Um dos motivos prin-
cipais de perda de sinal relaciona-se a um fenômeno descoberto pelo físico e químico inglês

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Michael Faraday (1791-1867) pelo qual ondas de rádio são impedidas de propagar quando o
emissor ou o receptor está envolto por uma capa de metal. Por terem descoberto isso indivíduos
há monitorados que embrulham a tornozeleira com papel alumínio, fazendo com que seu posi-
cionamento não seja informado à central de monitoração.
Raramente ocorrem erros de software na monitoração, já que esses atingiram maturi-
dade ao longo dos anos, sendo calibrados conforme a necessidade de cada contratante.
O excesso de alertas no sistema pode induzir os agentes de monitoração ao erro, por não
conseguirem responder prontamente a todas as violações. (FOX NEWS, 2013)
Por outro lado, mesmo que o equipamento e os agentes de monitoração realizem um
trabalho perfeito, não haverá eficácia se não forem aplicadas sanções aos indivíduos que com-
provadamente violam as condições impostas pela justiça.

2 METODOLOGIA
A pesquisa de natureza básica, com investigação documental e análises qualitativas de
dados, tratou da busca pela descrição dos fatores jurídicos e tecnológicos relacionados ao uso
da monitoração eletrônica portátil de indivíduos sob a perspectiva do respeito aos princípios da
administração pública da economicidade, eficiência e eficácia.
Procedeu-se ao levantamento de informações com busca em artigos científicos, livros
jurídicos, leis brasileiras e documentos produzidos pelo governo de Minas Gerais, por meio da
SEJUSP5. Desse ente público, junto à UGME, foram obtidas também informações estatísticas
reais, relacionadas à monitoração eletrônica de sentenciados pela justiça, bem como utilizou-se
de entrevistas não estruturadas junto à equipe de monitoração. No âmbito da tecnologia de mo-
nitoração eletrônica portátil, buscou-se informações em cartilhas, documentação de fabricantes,
sítios de informação dos mesmos, bem como de veículos de comunicação.

3 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS E DISCUSSÃO


Segundo a equipe da UGME, a vontade do indivíduo monitorado de querer ou não cum-
prir as disposições judiciais impostas afeta o desempenho do sistema de monitoração eletrônica.
Quando há colaboração do monitorado em cumprir horários, respeitar áreas de inclusão e ex-
clusão e preservar a integridade operacional da tornozeleira, entre outras atitudes responsáveis,

5 Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública

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a monitoração transcorre de forma tranquila e com baixo custo. Informou-se ainda que indiví-
duos alvo de medidas cautelares são a maioria da população monitorada e que são responsáveis
por 80% das violações detectadas, gerando aproximadamente 1.500 (mil e quinhentas) por turno
de doze horas.
Outro fator apontado pela equipe como prejudicial é a inércia ou benevolência do Poder
Judiciário na tratativa com acautelados que geram em média 500 (quinhentos) descumprimen-
tos por dia. Chegou-se já a números que ultrapassam uma centena de ofícios de violações de
um único indivíduo, sem que os ofícios gerados pela UGME tenham sido sequer respondidos.
São ainda frequentes os casos em que é flagrado um indivíduo monitorado, recorrente
em violações, na prática de novos crimes portando a tornozeleira. Mesmo assim, é-lhe conce-
dido novamente o benefício do cumprimento de pena com uso do equipamento.
Sob a óptica do princípio da economicidade, a ferramenta se mostra positiva. Hoje, se
os 2.070 indivíduos monitorados em Minas Gerais estivessem encarcerados, custariam para o
estado aproximadamente R$ 5.796.000 (cinco milhões, setecentos e noventa e seis reais) aos
cofres públicos. Mas custam, pelo uso da tornozeleira, aproximadamente R$ R$ 341.550,00
(trezentos e quarenta e um mil, quinhentos e cinquenta reais). Esse custo atual corresponde a
5,89% do que se gastaria.
Sob a óptica do princípio da eficiência, o sistema de monitoração eletrônica portátil em
Minas Gerais, apresenta resultados que podem ser considerados satisfatórios em vários aspectos
tecnológicos, como mostra cartilha publicada pela Secretaria de Estado de Segurança Pública
(MINAS GERAIS, 2013).
Conforme a equipe de monitoração, no universo alertas por plantão, apenas 20% consi-
deradas violações efetivas.
Um ponto que requer atenção, entretanto é o pequeno número de servidores na equipe
multidisciplinar, composta por um psicólogo e dois assistentes sociais, responsáveis pelo aten-
dimento psicossocial ao indivíduo monitorado. Uma equipe com mais profissionais permitiria
um atendimento mais eficiente na promoção da reintegração social dos monitorados.
Sob a óptica do princípio da eficácia, o sistema se mostra digno de atenção, especial-
mente no que tange à tratativa dada às violações comprovadamente intencionais por parte dos
monitorados. Considerando-se a morosidade em se retirar o benefício da monitoração eletrônica
dos infratores, percebe-se que a sensação de impunidade promove a reincidência criminal, que
desacredita o uso dessa tecnologia e causa graves danos à sociedade.

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4 CONCLUSÃO
Diante do exposto, conclui-se que a monitoração eletrônica portátil em Minas Gerais
apresenta excelente redução de custos para o Poder Público, enquanto contribui para o alívio
da superlotação carcerária e resguarda a integridade física e psicológica de indivíduos cujo en-
carceramento seria impróprio. Portanto ela se mostra alinhada ao princípio da economicidade.
Destaca-se que os equipamentos são utilizados em contrato de locação.
Pode-se considerar que a implantação em Minas Gerais respeitou os pressupostos legais
e se mostra eficiente, tecnológica e operacionalmente. A calibração do sistema e da equipe de
trabalho da UGME conferiram ao Poder Público a capacidade de mitigar falhas iniciais. No que
tange à capacidade nominal de monitoração, há larga folga, tendo em vista que o volume de
indivíduos monitorados pode mais que dobrar em relação ao que se faz hoje, sem a necessidade
de celebração de termo aditivo ao contrato de fornecimento de equipamentos.
Quanto à eficácia, percebeu-se que esta não pode ser alcançada com a simples vigilân-
cia. Para que o sistema possa contribuir realmente para a redução da reincidência criminal, é
necessário que o indivíduo monitorado tenha a sensação de que está sob vigilância e de que
seus eventuais delitos o farão perder o benefício de utilizar a tornozeleira eletrônica. Para isso,
é fundamental o alinhamento ente os agentes dos Poderes Públicos Executivo e Judiciário. Além
disso a equipe multidisciplinar deve conter número de profissionais suficiente para realizar o
adequado atendimento de todos os monitorados, fomentando seu desenvolvimento no processo
de reintegração social. Em Minas Gerais, pelas informações analisadas, pode-se dizer que há
necessidade de fortes investimentos nesses quesitos.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941. Governo do Brasil, 1941. Disponivel em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3689.htm>. Acesso em: 4 out. 2019.
BRASIL. Lei 12.258/2010. Lei de Execução Penal (atualizada), Brasília, 15 jun 2010.
BRASIL. Lei das Medidas Cautalares. Lei 12.403/2011, Brasília, 4 mai 2011.
FOX NEWS. Analysis finds not enough monitoring of monitoring bracelets in US. Fox News, 2013. Disponivel
em: <https://www.foxnews.com/us/analysis-finds-not-enough-monitoring-of-monitoring-bracelets-in-us>.
Acesso em: 4 out. 2019.
KARSTEN, J.; WEST, D. M. Decades later, electronic monitoring of offenders is still prone to failure.
Brookings, 2017. Disponivel em: <https://www.brookings.edu/blog/techtank/2017/09/21/decades-later-
electronic-monitoring-of-offenders-is-still-prone-to-failure/>. Acesso em: 4 out. 2019.
MINAS GERAIS. Cartilha Monitoração Eletrônica Prisional. 1ª. ed. Belo Horionte: Secretaria de Estado de
Defesa Social, 2013.

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