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I Encontro Internacional TIC e Educação

Enquadramento teórico para a integração de


tecnologias móveis em contexto educativo
ADELINA MOURA, ANA AMÉLIA CARVALHO
Universidade do Minho, CIEd
adelina8@gmail.com; aac@ie.uminho.pt

RESUMO: Neste texto apresentamos o O mundo da tecnologia está cada vez mais
enquadramento teórico que suporta a integração de móvel e a cada dia que passa são reveladas
tecnologias móveis (telemóvel) em contextos novas funcionalidades (Craig & Von Lom,
educativos, nomeadamente: Construtivismo, Teoria 2009). As tecnologias móveis estão a
da Actividade e Modelo de ARCS, as
revolucionar a forma como se trabalha e
especificidades que o compõem e uma reflexão
sobre a sua aplicação. Indicamos possibilidades de aprende, abrindo um leque de opções em todos
utilização das tecnologias móveis dentro e fora da os sectores da sociedade. Elas estão por todo o
sala de aula, apresentando um exemplo de como as lado não sendo excepção nas instituições de
usamos. ensino, porém, na maioria delas, os alunos são
desencorajados a usá-las.
ABSTRACT: We present a framework to support
mobile technologies integration in teaching and A evolução das tecnologias móveis está a
learning contexts, based on Constructivism, Activity ajudar ao aparecimento de um novo paradigma
Theory and ARCS Model, the specificities of its educacional comummente designado por
component and a reflection on its use in an mobile learning. Para Ally (2009) o m-learning
educational context. We suggest examples for their
é a distribuição de conteúdos de aprendizagem
use inside and outside the classroom. Finally, we
present an example that shows how we use mobile através de dispositivos móveis, como o
learning in teaching and learning. telemóvel, PDA, Pocket PC ou Tablet PC.
Outros autores definem este conceito em função
Palavras-chave: Mobile Learning, Construtivismo, das experiências de aprendizagem dos
Teoria da Actividade, Modelo ARCS, telemóvel.
aprendentes ou partindo da perspectiva das
Key Words: Mobile Learning, Constructivism, tecnologias que permitem a aprendizagem
Activity Theory, ARCS Model, mobile phone. (Kukulska-Hulme & Traxler, 2005).
Na opinião de Alexander (2004) a
INTRODUÇÃO aplicação de tecnologias móveis na educação
A globalização e a evolução do mercado está a transformá-la, ao permitir ligar
de trabalho exigem a aquisição de novas professores e alunos dentro e fora da sala de
competências, essenciais para enfrentar os aula e proporcionar uma aprendizagem cada vez
desafios colocados pela permanente mudança mais ubíqua. Foi neste sentido que
que caracteriza a sociedade e as economias no desenvolvemos um projecto de investigação,
mundo actual. Novas competências requerem cujo estudo decorreu ao longo do ano lectivo
novos contextos e novas estratégias de 2008/2009, numa escola secundária pública e
aprendizagem. numa escola profissional, com quatro grupos de
alunos (n=68). O enquadramento teórico que
Sendo a escola um pilar no seio das apresentamos sustenta o estudo desenvolvido,
revoluções sociais, tecnológicas e económicas, de cunho qualitativo – múltiplos casos, que aqui
são numerosas as transformações a desafiá-la. se descreve sucintamente uma pequena parte.
Os computadores, a Internet e actualmente as
tecnologias móveis (telemóvel, PDA, Pocket
PC) ao tornarem-se parte integrante das vidas ALICERCES TEÓRICOS
de todos nós, em particular, das gerações mais Compreender como os sujeitos aprendem e
novas, estão a moldar as nossas vidas (Stead et como a aprendizagem acontece são
al., 2006) e a abrir novas possibilidades. considerações fulcrais para o desenho de
estratégias de aprendizagem, em particular, para

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elaboração de actividades de aprendizagem no campo do m-learning (Naismith et al., 2004;


suportadas por tecnologias móveis. Saber como Traxler, 2007; Shuler, 2009) surgiu o
podemos utilizar eficazmente as tecnologias enquadramento teórico que apresentamos na
móveis para melhorar o processo de ensino e de figura 1.
aprendizagem; saber como podemos motivar e
envolver os alunos dentro e fora da sala de aula, Figura I. Bases teóricas para integração das
são questões que nos levaram a conceber o tecnologias móveis na aprendizagem
enquadramento teórico que aqui descrevemos.
A sua finalidade é facilitar a concepção de
experiências de aprendizagem mediadas por
tecnologias móveis, como o telemóvel, para
promover o sucesso educativo. Se no passado
tínhamos um modelo de aprendizagem
hierarquizado (aprendia-se com os pais e os
professores), actualmente, estão a surgir novas
formas de aprender, onde se tem acesso a
informação infinita, através da Internet, que
também é possível aceder a partir de terminais
móveis. Esta evolução passa, ainda, pela
implementação de novos modelos pedagógicos
de ensino e aprendizagem, de distribuição de
conteúdos e gestão dos tempos e espaços Perspectivamos este enquadramento
escolares. Como refere Shuler (2009) o m- teórico, colocando no centro o “paradigma”
learning pode ser a nova fronteira para os educacional mobile learning, como processo de
alunos do pré-escolar ao ensino secundário. conjugação de um sujeito (aluno) actuante com
O enquadramento teórico que propomos um artefacto móvel (ferramenta), mediador da
reflecte as concepções didácticas subjacentes à acção pedagógica (actividade), que de forma
sua criação e aposta numa possibilidade entre interactiva leva à modificação do
outras, para que, efectivamente, os dispositivos objecto/motivo, que tanto pode levar à melhoria
que andam nos bolsos dos alunos façam parte de competências prévias, como à interiorização
das práticas pedagógicas, substituindo as de conhecimento novo (aprendizagem).
políticas de proibição. A natureza pessoal e portátil dos
Tentar definir um modelo didáctico que dispositivos móveis, como o telemóvel, faz
possa ser aplicado ao m-learning exige olhar desta tecnologia uma ferramenta de
para as características específicas dos aprendizagem que pode ser apropriada pelos
dispositivos. Assim apoiamo-nos nas alunos para apoio ao processo educativo.
particularidades dos dispositivos móveis para Uma parte das teorias pedagógicas não
fins educativos, identificados por Naismith et consegue captar as características distintivas do
al. (2004:9): portabilidade – o pequeno tamanho m-learning, porque se baseia na ideia de que a
e peso do dispositivo permite levá-lo para aprendizagem ocorre em ambiente de sala de
diferentes locais; interacção social – troca de aula mediado pelo professor. Sendo a
dados e colaboração com outros utilizadores; mobilidade uma das características das
sensibilidade ao contexto – é reunir e responder tecnologias móveis, é preciso equacionar a
aos dados reais ou simulados no local, ambiente aprendizagem que ocorre fora da sala de aula,
e tempo; conectividade – pode-se criar uma mediada por dispositivos móveis. As
rede partilhada conectando dispositivos móveis abordagens construtivistas e a Teoria da
a dispositivos de recolha de dados ou outros Actividade (TA) ajudam a: i) analisar e
dispositivos, ou a uma rede comum; representar situações formais e informais de
individualidade – actividades difíceis podem ser aprendizagem; ii) analisar o contexto dinâmico
apoiadas e personalizadas para aprendentes da aprendizagem, iii) teorizar a aprendizagem
individuais. como um diálogo construtivo e actividade
Com base nas abordagens Construtivistas e social. Por seu lado, o Modelo ARCS evidencia
nos princípios da Teoria da Actividade e do a motivação no processo de ensino e
Modelo ARCS, em conjugação com orientações aprendizagem. Estes alicerces teóricos, que
fornecidas por alguma investigação relevante sustentam a integração das tecnologias móveis

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em contexto educativo dentro e fora da sala de objectivo é mediada por ferramentas, criando
aula, interagem entre si e influenciam-se um triângulo básico: sujeito, objecto (motivo) e
mutuamente. artefacto mediador. A TA é um modelo teórico
que permite nortear a análise holística de um
Contrutivismo determinado fenómeno em estudo, permitindo
Os princípios construtivistas oferecem um incluir os diferentes ângulos da actividade
conjunto de directrizes que auxiliam na criação sócio-histórica e as relações entre diversos
de ambientes educacionais colaborativos sistemas de actividade.
capazes de apoiar experiências de Engeström (2006), persuadido pelas
aprendizagem autênticas, atraentes e reflexivas. limitações do modelo básico da primeira
Para Fosnot (1996) a aprendizagem é um geração da TA, apresenta o modelo triangular
processo centrado no aluno como sujeito activo do sistema de actividade composto pelos
e construtivo. seguintes elementos: sujeito – indivíduo ou
O construtivismo social (sócio- grupo cujas acções são escolhidas para análise;
construtivismo) coloca a ênfase nos aspectos artefactos mediadores – ferramentas para
sociais da aprendizagem. O aluno mais do que desenvolver as actividades no sentido de
um indivíduo isolado é visto como um membro transformar o objecto; objecto – o problema
de um grupo social. Segundo Zurita e para o qual a actividade está dirigida; regras –
Nussbaum (2004) para a construção de normas que condicionam e regulam as acções e
ambientes de aprendizagem construtivistas interacções no interior do sistema de actividade;
eficazes a aprendizagem deve ser construtiva, comunidade – indivíduos que partilham o
activa, significativa, baseada em consulta, mesmo objecto; divisão do trabalho -
reflexiva e colaborativa. distribuição de tarefas entre os membros da
comunidade.
Os princípios básicos do construtivismo
adoptados sustentam a ideia de que o Ao aplicarmos, ainda que de uma forma
conhecimento quando construído pelo aluno é simplificada, os componentes do sistema de
mais facilmente interiorizado; a aprendizagem é actividade às actividades de aprendizagem
um processo activo e reflexivo; a interpretação individual e colaborativa desenvolvidas neste
que o aluno faz da nova experiência é estudo, diremos que: a) num sistema de
influenciada pelo seu conhecimento prévio; as actividade escolar há sempre um objectivo ou
interacções sociais introduzem perspectivas motivo (objecto) para realizar trabalho
múltiplas na aprendizagem; a aprendizagem (actividades) individual ou colaborativo por
requer a compreensão não apenas do todo, mas parte do(s) sujeito(s); b) o objecto ou “espaço
também das partes que deverão ser entendidas do problema” para o qual a actividade está
no contexto do todo. A aprendizagem deve direccionada é moldado ou transformado em
centrar-se em contextos e não em factos resultado/produto com a ajuda de artefactos (em
isolados. contexto escolar os resultados esperados são o
sucesso escolar dos alunos); c) os artefactos
Teoria da Actividade mediadores (ferramentas físicas ou simbólicas,
externas ou internas) do processo individual ou
A Teoria da Actividade (TA) apresenta-se colaborativo são tanto os dispositivos móveis
como um quadro descritivo psicológico que (telemóvel), como os conteúdos disciplinares ou
ajuda a compreender a unidade de consciência e os materiais didácticos; d) as regras são as
da actividade. É uma abordagem normas (implícitas ou explícitas) estabelecidas
multidisciplinar nas ciências humanas e toma que restringem acções no interior do sistema de
como unidade de análise o sistema de actividade, por exemplo, a partilha ou não de
actividade colectivo orientado para o objecto actividades, as decisões tomadas
(motivo) e mediado por artefactos, fazendo a individualmente ou em grupo; e) a comunidade
ponte entre o sujeito individual e a estrutura é formada por alunos, professores e restante
social. A noção básica da TA é que o sujeito comunidade educativa que partilham o mesmo
participante numa actividade actua porque quer objectivo geral; f) a divisão do trabalho é o
atingir um determinado objectivo (objecto). O papel que cada sujeito assume no sistema de
seu interesse dirige-se a uma actividade que actividade (a divisão das tarefas entre os
tenta usar e modificar para alcançar o resultado membros da comunidade pode ser horizontal ou
esperado. A sua intenção para com esse vertical relacionada com o poder e o status).

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Modelo ARCS incorporar técnicas motivacionais em


experiências de aprendizagem (Hodges, 2004).
O Modelo ARCS de John Keller dá ênfase
à motivação do aluno. Para Keller (1987) a
motivação diz respeito às escolhas que o INTEGRAÇÃO DO TELEMÓVEL EM CONTEXTO
indivíduo faz relativamente às experiências e EDUCATIVO
objectivos e o nível de esforço usado. A O telemóvel tem sido comparado a um
motivação explica o que o aluno está disposto a canivete suíço, em virtude da variedade de
fazer e não do que é capaz. Deste ponto de serviços e funcionalidades que possui. Assim,
vista, a motivação pode ser encarada como um os alunos usaram o seu próprio telemóvel, em
elemento chave a ter em consideração no diferentes contextos educativos. Como
desenho de actividades de aprendizagem. repositório de informação curricular; criação de
Durante vários anos Keller (1987) um dicionário personalizado; escrita de
desenvolveu e testou um modelo para apoiar os microcontos, de Haikais; tomada de notas e de
professores num processo sistemático de análise apontamentos. A capacidade multimédia dos
da motivação dos aprendentes e conceber telemóveis possibilitou a audição de podcasts
tácticas de motivação. Este processo derivou de com conteúdos disciplinares, a gravação de
uma vasta revisão de literatura motivacional entrevistas, a captação de imagens e a
que classifica os principais conceitos e teorias realização de vídeos. Foram também enviados
motivacionais em categorias consoante a sua conteúdos curriculares por SMS que
principal área de influência. descrevemos a seguir.
O Modelo ARCS é um anacrónimo do
O SMS: uma forma de m-learning
ciclo de aprendizagem que inclui quatro
categorias de estratégias fundamentais para a O telemóvel e a comunicação por SMS são
promoção da motivação dos alunos na populares fora da escola, por isso, combinar
aprendizagem: Atenção: ganhar a atenção do estas duas tecnologias e adoptá-las em
aluno. Isto é, manter o interesse dos alunos contextos pedagógicos, pode levar ao interesse
durante a aprendizagem; Relevância: produzir pelas aulas. O SMS é apenas uma parte do m-
conteúdos de aprendizagem relevantes para os learning. O importante é assegurar o seu valor
objectivos e estilos de aprendizagem dos pedagógico através de conteúdos úteis e
alunos; Confiança: construir nos alunos uma estratégias pedagógicas significativas para os
expectativa positiva quanto ao sucesso na alunos.
aprendizagem e responsabilidade pessoal nos Desta feita, planeamos um contexto de
resultados; Satisfação: atribuir recompensas aprendizagem por SMS. A plataforma de envio
intrínsecas ou extrínsecas ao esforço seleccionada para esta experiência foi o serviço
desenvolvido pelo aluno na aprendizagem. SMS by Mail fornecido pela operadora
O Modelo ARCS tem sido usado por Vodafone. Este serviço permite o envio de
alguns autores (Hodges, 2004; Moses, 2008) mensagens escritas para telemóvel através do
para atender às necessidades de diferentes computador como se fosse um e-mail e integra-
alunos e facilitar o desenho de contextos de se no Outlook (figura II).
aprendizagem, tanto de e-learning, como de m- Figura II. Infra-estrutura para aprendizagem
learning. Desenvolver nos alunos o gosto pela por SMS
aprendizagem escolar ao longo da vida, mantê-
los motivados, fazer com que mostrem
curiosidade intelectual, encontrem prazer em
aprender e continuem a gostar de aprender
depois de terminada a formação formal é um
objectivo da maior importância na educação
(Moses, 2008). Não havendo um livro de
receitas, mas princípios motivacionais gerais
que devem ser considerados aquando do Os materiais que desenvolvemos para este
desenho de contextos de aprendizagem contexto de aprendizagem por SMS tiveram em
suportados por tecnologias, o Modelo ARCS atenção, as limitações dos modelos mais antigos
parece ter os ingredientes para ajudar a dos telemóveis dos alunos e o limite de
caracteres. As actividades pedagógicas por

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SMS pretendiam: i) servir de complemento a


aprendizagens realizadas na sala de aula; ii)
promover aprendizagens diversificadas sobre o Tabela I. Reacção às actividades por SMS
uso da língua (Português e Francês) e iii) Gostaste das Grupo Grupo Grupo Grupo
encorajar os alunos para uma participação actividades A B C D
espontânea e aprendizagem autónoma fora da por SMS?
sala de aula. O estudo teve como objectivo (n=27) (n=18) (n=18) (n=5)
analisar a integração o telemóvel como f % f % f % f %
ferramenta de aprendizagem. Durante seis
Sim 25 93 17 94 17 94 5 100
semanas foram enviados, diariamente, três SMS em
horário combinado com os alunos. As actividades, Não 2 7 1 6 1 6 0 0
distribuídas por três cenários (quadro I), foram
repartidas ao longo do tempo em que durou este
estudo, tendo sido enviadas cerca de uma centena de A totalidade dos sujeitos do grupo D e a
mensagens e recebidas aproximadamente um milhar.
quase totalidade dos inquiridos dos grupos A
(93%), B (94%) e C (94%) gostou das
Quadro I. Três cenários de actividades por SMS actividades por SMS. Esta mesma satisfação é
Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3 confirmada nos dados recolhidos através das
entrevistas individuais e do focus group. Todos
Unidades de Unidades de Actividades os alunos entrevistados disseram ter gostado
aprendizagem aprendizagem colaborativas a deste contexto de aprendizagem. Nas
para leitura e por tarefas e distância entrevistas individuais os alunos mencionaram
armazenamento perguntas ter melhorado a sua aprendizagem referindo:
- Conteúdos - Quizzes - Os alunos “os SMS ajudam na aprendizagem da língua e a
curriculares (cultura geral e produzem um assimilar melhor a matéria”; “Gostei dos SMS,
conteúdos microconto a pois foi-nos enviado muito material e ajudou
- Pensamentos muito”; “Os SMS que a professora enviou, nos
curriculares) partir de um
- Palavra do dia - Jogo “Quem provérbio, em tempos livres passava-os para o caderno e
(iDicionário) quer ser pares, através aprendia”.
milionário” de SMS
- Contos e Valor Pedagógico das Actividades de
fábulas Aprendizagem por SMS
(Leitura diária)
- Provérbios Inquirimos os participantes sobre o valor
- Adivinhas pedagógico das actividades de aprendizagem
por SMS, reportando especificamente a
“Leitura diária”e a “Palavra do dia”.A maioria
No cenário 1 foram enviadas diferentes
dos alunos considerou que a leitura diária
unidades de aprendizagem, para leitura e
através de fábulas os motivou para a leitura e a
armazenamento no telemóvel, como conteúdos
quase totalidade referiu que a actividade
curriculares (gramática e aspectos culturais),
“Palavra do dia” os ajudou a enriquecer o
sinónimos de palavras (dicionário) e
vocabulário. Relativamente, ao conjunto das
pensamentos. Os SMS enviados no cenário 2
actividades enviadas por SMS, a totalidade dos
eram unidades de aprendizagem baseadas em
sujeitos mencionou que os motivou para a
questionamento: o jogo “Quem quer ser
aprendizagem.
milionário” (uma pergunta por dia), fábulas
para encontrar a lição de moral, microcontos
para expansão textual, provérbios para CONCLUSÃO
completar e adivinhas. No cenário 3 foi
Um dos contributos do estudo aqui
proposto aos alunos que escrevessem, por SMS
sucintamente apresentado foi a exploração da
em pares, uma história, partindo de um
integração do telemóvel em diversas
provérbio recebido. Este cenário foi realizado à
experiências de m-learning e a sua apropriação
distância.
pelos participantes. Os alunos usaram com
sucesso os telemóveis pessoais para completar
Reacção às actividades por SMS
tarefas escolares e para apoio ao estudo. Os
Inquirimos os alunos sobre se gostaram ou dados recolhidos sugerem que este dispositivo
não das actividades por SMS (tabela I). teve algum impacte na aprendizagem e que teve

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influência na motivação, no envolvimento dos Activity Theory. Cambridge: Cambridge


alunos nas actividades e na mudança de opinião University Press, pp. 377-406.
sobre a escola e os estudos. Parece-nos que FOSNOT, C. (1996). Construtivismo e
dispositivos móveis como o telemóvel podem Educação – Teoria, Perspectivas e
ser integrados em diferentes actividades de Prática. Horizontes Pedagógicos. Lisboa:
aprendizagem, podendo vir a ser fonte de Instituto Piaget.
motivação dos alunos pela escola e pelo
processo de ensino e aprendizagem. A maioria HODGES. C. B. (2004). “Designing to
dos participantes gostaria que outros motivate: Motivational techniques to
professores usassem também o telemóvel para incorporate in e-learning experiences”. In
apoio à aprendizagem, revelando um elevado The Journal of Interactive Online
acolhimento desta ferramenta. Learning, nº 3, vol.2. [Online]; disponível
em
Apesar das limitações do tamanho das http://www.ncolr.org/jiol/issues/PDF/2.3.1.
mensagens SMS, estas parecem ser, em alguns pdf e acedido em 5 de Julho de 2010.
cenários uma forma rápida e eficaz de fornecer
KELLER, J. M. (1987). “Strategies for
aos alunos pequenas unidades de aprendizagem.
stimulating the motivation to learn”. In
Acreditamos que deste modo se pode
Performance & Instruction, nº 8, vol. 26,
proporcionar a alunos e professor experiências
pp 1-7.
de aprendizagem inovadoras, aproveitando a
natureza ubíqua dos telemóveis, a infra- KUKULSKA-HULME, A. & TRAXLER, J.
estrutura dos SMS e o envio de microconteúdos (editores) (2005). Mobile Learning: A
úteis. Como referido pelos alunos, o facto dos Handbook for Educators and Trainers.
conteúdos estarem condensados facilitou a London: Routledge.
leitura e a assimilação e reconheceram as MOSES, O. O. (2008). “Improving mobile
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impulsionadoras de aprendizagem. of mobile learning”. In US-China
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G. & SHARPLES, M. (2004). “Literature
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Learning”. In FutureLab Report 11.
Education”. In EDUCAUSE Review,
[Online]; disponível em
nº 5, vol 39, pp. 28–35. [Online];
http://www.futurelab.org.uk/resources/doc
disponível
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em http://www.educause.edu/ir/libr
acedido em 28 de Junho de 2009.
ary/pdf/er m0451.pdf/ e acedido em 26
Janeiro de 2010. SHULER, C. (2009). Pockets of potential Using
Mobile Technologies to Promote
ALLY, M. (2009). Mobile learning:
Children’s Learning. New York: The Joan
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Ganz Cooney Center at Sesame Workshop.
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CYCH, L. & PHILPOTT, M. (2006).
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Constructivist Learning Theory and
Coventry, UK: Becta.
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[Online]; disponível em constructivist mobile learning
https://sites.google.com/a/boisestate.edu/ed environment supported by a wireless
techtheories/craig_and_vanlom e acedido handheld network”. In Journal of
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in work teams: analysing cycles of
knowledge creation in practice”. In Y.,
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Punamäki (editores), Perspectives on

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