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1. Introdução..........................................................................................................................................2
Como bem sabemos, qualquer ciência parte da Filosofia, onde na sua maior das vezes os seus
estudos eram somente especulativos. A Psicologia não é excepção, pois para se posicionar no
estatuto que possui actualmente, teve que passar por varias metamorfoses. Psicologia como as
outras ciências, teve possuir um status de ciência autónoma, pois com as regras do positivismo,
que caracterizavam a ciência a partir do seu objecto de estudo, os métodos de estudo, e as leis
dos mesmos.
A Ciência Psicologia como chamamos actualmente, passou por essas fazes em que geraram
mudanças, ma antiguidade a Psicologia era somente uma das especificações da Filosofia, possuía
um objecto, mas sem método de estudo, eram somente especulações.
Os problemas, pelos quais a Psicologia teve de superar foram vários. Desde o seu objecto de
estudo, os seus métodos, as leis e as suas experiencias. Como bem sabemos, na Idade Media
existiu uma interrupção, quanto a evolução científica. Era um momento em que todas as ciências
estavam submetidas ao estudo das crenças da Igreja Católica, pois ninguém devia seguir outras
áreas de conhecimento para alem do cristianismo, se assim o podemos dizer.
Eram problemas que não somente envolveram ciências, mas também varias pessoas. Portanto, é
possível afirmar que a Psicologia tornou-se ciência pelas ideias que foram surgindo e das que
ainda vão surgindo, daí que, podemos afirmar que existe uma dinamicidade nas ciências.
2. Os Problemas da Psicologia na Idade Média e na Época de Renascimento
O comportamento e a mente humana sempre despertaram interesse e fascínio, especialmente dos
filósofos (Paludo). O termo Psicologia surge apenas no século XVI, sugerido por Rudolfo
Goclénio.
Antes porém, o termo Psicologia tem sua origem etimológica assentada na noção de alma; deriva
do latim psiché (alma) + logos (razão). Daí, sendo possível afirmar que a ciência Psicologia
passou por várias fases fazendo com que obteve-se o status de ciência autónoma que
conhecemos hoje.
Psicologia como toda e qualquer outra ciência tem suas raízes na Filosofia. Para alcançar o status
de ciência precisou romper com suas raízes e passar a utilizar métodos bem sucedidos nas
ciências físicas e biológicas.
De acordo com alguns autores, o Renascimento foi um movimento de ruptura, que surgiu em
oposição à “escuridão cultural e intelectual” verificada na Idade Média. Enquanto alguns autores
defendiam que o Renascimento foi um movimento de separação de muitas filosofias da época
medieval, outros indicam que foi um movimento de continuidade e que por isso está
inevitavelmente relacionado com a Idade Média.
A Idade Media, d.C. é o momento em que tudo parou, as ciências deixam de ser abordadas, o que
faz chegar a denominação da “Era das Trevas”, pois aqui deixa de existir dinamismo nas
ciências, mas existe uma Luz no fundo.
Pregava que alma além de ser a morada da razão é também uma manifestação divina, pois é
imortal.
A busca da perfeição pelo homem é a busca de Deus, pois somente Deus é capaz de reunir a
essência e a existência em termos de igualdade.
De acordo com FREIRE, Deus passou a ocupar o centro de toda a vida; e este processo se dá
lentamente originando dois momentos importantes:
O da patrística (séc. IV-V) – é a filosofia dos primeiros padres da Igreja, sua preocupação
central era a luta contra o paganismo, as heresias e a defesa dos dogmas cristãos, aqui
estava Santo Agostinho fazendo estudo do tempo. E o da escolástica (a partir do séc. IX)
– que buscava mais o aspecto educacional de um povo que já era cristão.
BOCK, et al. (1999) afirma que São Tomás de Aquino busca a Aristóteles.
Distingue a essência e a existência. Como filosofo grego, ele considerava que o
homem, na sua essência, busca a perfeição através da sua existência, mas ele
contradiz Aristóteles, afirmando que somente Deus seria capaz de reunir a
essência da existência (p.35).
4. Psicologia na Época do Renascimento (Período pré-científico)
Pouco mais de 200 anos após a morte de São Tomás de Aquino, período de um processo de
valorizado do Homem. No despontar da Idade Moderna (séc. XV), inicia-se uma reacção à
tendência dogmática do pensamento que predominou em toda a Idade Média.
O teocentrismo deixa de prevalecer e é revivido o antropocentrismo dos tempos antigos, mas não
implica que o cristianismo tenha sido extinto, muito pelo contrário, ele perdura até aos dias de
hoje (FREIRE).
O inicio dessa época foi marcado pelo Renascimento, culminando em mudanças gerais, em todas
áreas. No campo das ciências, por exemplo, a Biologia evoluiu com a dissecação de cadáveres.
Essas mudanças não se fizeram de uma só vez, foi uma sequência lenta e progressiva.
Existiram dois grandes filósofos importantes na discussão da Psicologia neste período, Santo
Agostinho e São Tomás de Aquino os quais interpretavam a Psicologia de maneira centrada em
Deus. Para Santo Agostinho, a alma não era somente a sede da razão, mas a prova de uma
manifestação divina no homem. A alma era imortal, pois ela liga o Homem a deus, fazendo com
que a Igreja se preocupasse na sua compreensão.
E, do outro lado, para São Tomás de Aquino, o homem, na sua essência, busca a perfeição
através da sua existência. E ele afirma que isto só Deus seria capaz de reunir a essência e a
existência.
Ao findar do tópico, temos a Era do Renascimento, constituída por avanços da ciência e para o
alavanque da Psicologia como pré-ciência.
6. Referências bibliográficas
PALUDO, Simone. Módulo 2-Construção Histórica da Psicologia como Ciência. UAB/FURG
BOCK, Ana, FURTADO, Odair, TEIXEIRA, Maria de Lurdes. Psicologias, Uma Introdução ao
Estudo de Psicologia. 13ª Ed. 3ª Tiragem. Editora Saraiva-2001