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Gostaria de saber de todos, caros amigos deste fórum, o que pensam sobre a grande
mãe da nação de angola e matrona do terreiro tumbensi em salvador, dona Maria
Genoveva do Bonfim (TUENDA NZAMBI) ou simplesmente MARIA NENÉM como era
carinhosamente conhecida.
Penso, que ao falar desta mulher, estamos falando da MAIS IMPORTANTE MAMETU
RIA INKISI (MUKIXI) da historia do candomblé de angola, pois alem de fundar a
tradicional família tumbensi, ainda iniciou Ciríaco (LUNDIAMUNGONGO) então um
dos fundadores da tradição Tumba Junsara, deu a obrigação de sete anos de
Bernardino (AMPUMANDEZO) então fundador da família Bate Folha, alem de grandes
sacerdotes de nação Angola-Kongo do passado.
Posso dizer hoje que fora a Goméia (a qual não considero nação de angola), todas as
casas de Angola/Kongo de salvador, tem alguma ligação com Tuenda Nzambi.
Gostaria também de ressaltar o fato de só ouvir falar nela , quando ser fala que é
filho, ex: Bernardino, Ciriaco...
Sua herdeira e sucessora (LEMBAMUXI), também continua no esquecimento, a não
ser pelos seus filhos, pouco vejo se comentar da pessoa que conduz sua casa com
tanta luta, e mantém viva "A MAIS PURA ESSENCIA DA TRADIÇÃO BANTO NO
BRASIL".
Tumbensi - casa de Angola mais antiga da Bahia, fundada por Roberto Barros Reis,
(Tatá Kimbanda Kinunga, sua dijina), Maria Genoveva do Bonfim, mais conhecida
como Maria Nenem (Mam'etu Tuenda UnZambi, sua dijina).
O Terreiro está situado à Rua Nossa Senhora da Conceição, 206 E, Bairro Tancredo
Neves, Salvador–Ba.
tumbenci@ig.com.br Telefones: (71) 362-5096
A Dirigente atual é a jovem Sra. Jereuna Passos Santos, Mametu riá Nkissi
Lembamuxi. A sua mãe carnal, mora no Terreiro e se chama Maria José de Oliveira
Passos, Dikota Kajamugongo, está com 84 anos de idade, é sobrinha carnal de Maria
Neném e foi filha de santo de Mameto Kizunguirá, portanto, é também irmã de santo
de meu Zelador, Pai Passinho.
Foi uma tarde MAR-RA-VI-LHO-SA! Fomos recebidos com muito carinho, demos
muitas risadas, cantamos... Meu pai já entrou lá cantando uma zuela que Mametu
Kizunguirá cantava muito para ele e ele canta muito para mim. Foram muitas
recordações!
Eu levei gravador, maquina digital, fui toda organizada para postar tudo e fazer uma
surpresa ao Senhor e a Bete. Tiramos muitas fotos, somente 4 apareceram no
registro e foi justamente a das pessoas, que tiramos juntos. As fotos dos
assentamentos, do barracão, da frente do Terreiro, nada prestaram. Não
compreendo como isso pôde acontecer sendo uma máquina profissional como é a
nossa.
Solicitei de Lembamuxi retornar lá para tirar novas fotos e ela me disse que
Kavungo não permite que se publiquem fotos do Terreiro e que já sabia que não
iriam servir, mas como era uma bisneta de Maria Neném que ali fora com tanto
amor, talvez fosse permitido. Mas infelizmente não foi.
Preparei uma entrevista sobre Maria Neném e não obtive autorização de publicar
nada. Falei com Tatá Katuvanjesi e ele me disse que com ele foi a mesma coisa. O
que ele sabe é por conta de familiares dele mesmo. Eu falei com ele para fazermos o
memorial de Maria Neném, mas ele disse que temos que ir com muito cuidado e
calma, até conseguirmos.
Sobre o pai de santo dela ser Roberto Barros Reis e Dijina Kibanda Kinunga, nos foi
confirmado. Infelizmente outros "achados" não nos foram permitidos publicar. Tentei
de todas as formas explicar a nossa intenção mas esbarrei sempre na mesma
admoestação: podem falar com os nossos parentes, mas nada deve ser publicado
nem em jornais nem na internet, nada. Quem vai se responsabilizar pela
desobediência?
Acima está o endereço, e-mail e telefone do Tumbenci, onde qualquer pessoa poderá
confirmar o que nos foi dito. Fiquei desoladissima, o Senhor imagina não é?
NÃO COLOQUEI TUDO NO FORUM PORQUE A MAMETU NÃO PERMITIU, E DISSE QUE
TEM ORDENS EXPRESSAS DO NKISI KAVUNGO QUE RODAVA NO MUTUÊ DA
VENERÁVEL MARIA NENEM, DE NÃO PERMITIR PUBLICAÇÕES SOBRE O TERREIRO
NEM FOTOS DO MESMO E DE SEUS ASSENTAMENTOS.
NA ENTREVISTA COM O MEU PAI, QUE POSTEI AQUI NO FORUM ELE FALA ALGUMAS
COISAS SOBRE OS NOSSOS MAIS VELHOS DE RAIZ E CONTEMPORÃNEOS.
Este africano, iniciou a gaúcha e finada Maria Neném, cuja dijina foi TUENDA DIÁ
NZAMBIAPONGO, tendo sido iniciada para Tateto Kavungo. Esta difundiu a Raiz do
Tombeici, inclusive dando origem as duas valorosas Raízes do Tumba Junssara e
Bate-Folha, em face das obrigações que foram realizadas em seus filhos, o Tatá
Ciriaco e o Tatá Bernardino. Tanto Mameto Kizunguirá e Mameto Bandanelunga, que
foram filhas-de-santo de Mameto Maria Neném, possuem filhos carnais e espirituais
ainda vivos, que continuam dando manutenção destas informações. Mais
recentemente (cerca de 3 anos atrás), tais informações foram confirmadas pelo
então falecido Tatá Capiexi, que foi um dos primeiros Kambondos confirmados por
Mameto Maria Neném, que faleceu aos 103 anos de idade, na cidade de Salvador,
por volta de 2 anos atrás. E finalmente, Tatá Manoel (como assim é conhecido),
ainda vivo e que também teve o prazer de conviver com a finada Maria Neném,
também confirma tais informações.
Quanto a Raiz do Tombeici ser a mais antiga, pelo menos é o que pode ser
constatado nos documentos que estão arquivados na Sede da Federação Espírita, na
cidade de Salvador, que dão conta de ser a Casa de Angola com a fundação de sua
sede com data mais antiga das demais.
Terreiro Tumbensi
Raiz do Tumbensi ou Itumbensi é uma casa de Angola considerada como a mais
antiga da Bahia, fundada por Roberto Barros Reis, (Tatá Kimbanda Kinunga,
sua dijína) por volta de 1850, era um escravo angolano, de propriedade da família
Barros Reis, que lhe emprestou o nome pelo qual era conhecido.
Após seu falecimento a Inzo (casa) passou a ser comandada por Maria Genoveva
do Bonfim, mais conhecida como Maria Nenem Mam'etu (Tuenda UnZambi, sua
dijína), era gaúcha, filha de Kavungo e foi considerada a mais importante
sacerdotisa do candomblé de Angola, a mãe do angola na Bahia. Ela assumiu este
cargo por volta dos anos 1909, falecendo em 1945.
Iniciados em 13 de junho de 1910, Manoel Rodrigues do Nascimento
(Kambambe, sua dijina) e Manoel Ciriaco de Jesus (Ludyamungongo, sua dijina)
tiveram Sinhá Badá de Oxalá como mãe pequena e Tio Joaquim como pai
pequeno. Em 1919 fundaram o Terreiro Tumba Junçara.
Maria Nenem acolheu Francelina Evangelista dos Santos (Mametu Dialumbidí –
Dona Miúda) para ser iniciada em sua Inzo (casa). Filha de Dandalunda, após
receber seu cargo fundou o Terreiro Viva Deus situado na estrada das Barreiras,
1233, Salvador, Bahia. Também recolheu Leocádia Maria dos Santos (Mametu
Ujittú) filha de Kingongo, que fundou o Terreiro Viva Deus Filho, na Fazenda
Grande, que depois mudou para Engomadeira, hoje quem zela pela Inzô Viva Deus
Filho é Mãe Toinha (Mametu Kixima).
O Tumbensi deu origem a inúmeras casas, entre elas o Unzó Matamba Tombenci
Neto, em Ilhéus, Bahia e o Ombala Tumbansi Tua Nzambi Ngana Kavungu, dirigido
e organizado pelo Ungombo Katuvanjesi - Walmir Damasceno em Itapecerica da
Serra, região metropolitana de São Paulo.
(Wikipédia)
Maria Genoveva do Bonfim: O
Nascimento da Nação Congo/Angola no
Brasil
Profº Drº Sergio Paulo Adolfo – Tata Kisaba Kiundundulu
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[1] Segundo Nei Lopes: (3) Comunidade terreiro onde se realizam essas festas.
De origem banta, mas de étimo controverso. Para A.G. Cunha é híbrido de
Candomblé mais o yorubá Ilê, casa. Nascentes dá apenas origem africana.
Raymundo dá kA+ndombe, com apêntese de l. E Yeda P. de Castro aponta
longa evolução, a partir do protobanto.
[2] Manuel Querino, pesquisador autodidata que viveu na Bahia , nasceu em 28
de julho de 1851, na cidade de Santo Amaro da Purificação. Escreveu entre
outros livros e artigos para revistas, o célebre A raça africana e os seus
costumes na Bahia, publicado pela primeira vez em 1938.
[3] Xicarangomo – Kambondu encarregado dos atabaques e das cantigas
rituais nos candomblés de congo-angola.