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Atmosfera da Terra

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


A atmosfera terrestre é uma camada de gases que envolve a Terra
e é retida pela força da gravidade. A atmosfera terrestre protege a
vida na Terra absorvendo a radiação ultravioleta solar, aquecendo a
superfície por meio da retenção de calor (efeito estufa), e reduzindo
os extremos de temperatura entre o dia e a noite. Visto do espaço, o
planeta Terra aparece como uma esfera de coloração azul brilhante.
Esse efeito cromático é produzido pela dispersão da luz solar sobre
a atmosfera, e que existe também em outros planetas do sistema
solar dotados de atmosfera.

O ar seco contém, em volume, cerca de 78,09% de nitrogênio,


20,95% de oxigênio, 0,93% de argônio, 0,039% de gás carbônico e
pequenas quantidades de outros gases. O ar contém uma
quantidade variável de vapor de água, em média 1%.

A atmosfera tem uma massa de aproximadamente 5,1 x 1018 kg[1], Imagem da Terra vista do Apollo 17
sendo que três quartos dessa massa estão situados nos primeiros
11 km desde a superfície. A atmosfera terrestre se torna cada vez
mais tênue conforme se aumenta a altitude, e não há um limite definido entre a atmosfera terrestre e o espaço exterior. Apenas em
altitudes inferiores a 120 km a atmosfera terrestre passa a ser bem percebida durante a reentrada atmosférica de um ônibus
espacial, por exemplo. A linha Kármán, a 100 km de altitude, é considerada frequentemente como o limite entre atmosfera e o
espaço exterior.

Índice
Composição
Vapor de água
Camadas e áreas de descontinuidade
Troposfera
Tropopausa
Estratosfera
Estratopausa
Mesosfera
Mesopausa
Termosfera
Termopausa
Exosfera
Outras camadas
Ozonosfera
Ionosfera
Homosfera e heterosfera
Camada limite planetária
Propriedades físicas
Pressão e espessura
Densidade e massa
Fenômenos ópticos
Dispersão
Absorção
Emissão
Índice de refração

Dinâmica atmosférica
A evolução da atmosfera terrestre
Primeira atmosfera
Segunda atmosfera
Terceira atmosfera
Referências
Ver também

Composição
A atmosfera terrestre é composta principalmente de nitrogênio,
oxigênio e argônio. Os gases restantes são muitas vezes referidos
como gases traços [2], entre os quais estão incluídos os gases do
Quando visto de uma certa altitude, como aqui
efeito estufa, como vapor de água, o dióxido de carbono, metano, de um avião, o céu varia de cor
óxido nitroso e o ozônio. O ar filtrado pode conter vestígios de
muitos outros compostos químicos. Muitas substâncias naturais
podem estar presente em quantidades ínfimas em uma amostra de ar não purificada, incluindo poeira, pólen e esporos, gotículas
de água líquida, cinzas vulcânicas e meteoroides. Vários poluentes industriais também podem estar presentes, tais como o cloro
(elementar ou em compostos), compostos de flúor, mercúrio elementar e compostos de enxofre, tais como dióxido de enxofre
(SO2, que pode causar a chuva ácida).
Composição da atmosfera (amostra isenta de água), por volume
ppmv: partes por milhão por volume (nota: a fração de volume é igual à fração
molar para apenas gases ideais)

Gás Volume
Nitrogênio (N2) 780.840 ppmv (78,084%)

Oxigênio (O2) 209.460 ppmv (20,946%)

Argônio (Ar) 9.340 ppmv (0,9340%)


Dióxido de
carbono (CO2) 390 ppmv (0,0390%)[3]

Neônio (Ne) 18,18 ppmv (0,001818%)


Hélio (He) 5,24 ppmv (0,000524%)
Metano (CH4) 1,79 ppmv (0,000179%)[4]
Criptônio (Kr) 1,14 ppmv (0,000114%)
Hidrogênio (H2) 0,55 ppmv (0,000055%)

Óxido nitroso
0,3 ppmv (0,00003%)
(N2O)

Monóxido de
0,1 ppmv (0,00001%)
carbono (CO)

Xenônio (Xe) 0,09 ppmv (9x10−6%)


Ozônio (O3) 0,0 a 0,07 ppmv (0% a 7x10−6%)
A composição da atmosfera
Dióxido de
nitrogênio (NO2) 0,02 ppmv (2x10−6%) terrestre. O gráfico inferior
representa os gases traços que
Iodo (I) 0,01 ppmv (10−6%) juntos representam 0,039% da
atmosfera. Valores normalizados
Amônio (NH3) traços
para ilustração
Gases não incluídos na alta atmosfera (amostra isenta de água):
Vapor de água ~0.40% em toda a atmosfera, normalmente
(H2O) entre 1%-4% na superfície

Vapor de água
O vapor d'água na atmosfera encontra-se principalmente nas camadas mais
baixas da atmosfera (75% de todo o vapor d'água está abaixo dos quatro mil
Quantidade média de vapor de água
metros de altitude) e exerce o importante papel de regulador da ação do Sol na atmosfera
sobre a superfície terrestre. A quantidade de vapor varia muito em função das
condições climáticas das diferentes regiões do planeta; os níveis de evaporação e
precipitação são compensados até chegar a um equilíbrio na baixa atmosfera: o vapor de água contido nas camadas inferiores está
muito próximo ao seu ponto de saturação. A água torna-se líquida quando a sua concentração chega a 4% na baixa atmosfera.

O ar, em algumas áreas, como desertos, pode estar praticamente isento de vapor de água, enquanto em outras pode chegar a ao
nível de saturação, algo muito comum nas regiões equatoriais, onde a precipitação pluvial é constante todo o ano.

Camadas e áreas de descontinuidade


A temperatura da atmosfera terrestre varia entre camadas em altitudes diferentes. Portanto, a
relação matemática entre temperatura e altitude também varia, sendo uma das bases da
classificação das diferentes camadas da atmosfera.

A atmosfera está convencionalmente estruturada em cinco camadas, três das quais são
relativamente quentes, separadas por duas camadas relativamente frias. Os contatos entre
essas camadas são áreas de descontinuidade, e recebem o sufixo "pausa" após o nome da
camada subjacente.

Figura de monitoramento
Troposfera da concentração de
vapor na atmosfera
A Troposfera é a camada atmosférica que se estende da superfície da Terra até a base da
causada pelo fenômeno
estratosfera. Esta camada responde por cerca de oitenta por cento do peso atmosférico e é a
El Niño
única camada em que os seres vivos podem respirar normalmente.[5] A sua espessura média é
de aproximadamente 12 km, atingindo até 17 km nos trópicos e reduzindo-se para em torno de
sete quilômetros nos polos. Praticamente todos os fenómenos meteorológicos estão confinados a esta camada.

Na base da troposfera encontra-se a camada limite planetária (CLP) (também chamada de camada limite atmosférica - CLA), a
camada mais baixa da troposfera, com uma altura média de 1 km, na qual os efeitos da superfície são importantes, como o ciclo
diurno de aquecimento e resfriamento. O que distingue a CLP de outras regiões da troposfera é a turbulência atmosférica e seu
efeito de mistura, resultando na chamada camada de mistura (CM). Acima da CLP, o escoamento atmosférico é laminar (não
turbulento), e o ar desliza em camadas, à exceção do movimento turbulento que é encontrado dentro das nuvens convectivas do
tipo cumulonimbus, de grande desenvolvimento vertical.

Em geral, a base das nuvens e a uma inversão térmica de altitude podem ser encontradas junto ao topo da CLP, limitando-a. Os
poluentes atmosféricos são difundidos pela turbulência dentro da CLP e transportados a longas distâncias, até encontrar uma
região de ocorrência de nuvens de grande desenvolvimento vertical que possam lhes transportar até a troposfera superior. Uma
camada de transição existe entre a CLP e a atmosfera livre, na qual ocorre a intrusão de ar frio e seco da atmosfera livre dentro da
CLP. O ar da CLP sobre os continentes nas latitudes tropicais em geral é quente e úmido. Os fluxos de calor, umidade e de
poluentes ocorrem na base da CLP a partir da superfície e, por isso, o fluxo turbulento de calor diminui verticalmente. Em geral,
durante o dia, a CLP é uma camada convectiva, durante a noite, é estável junto à superfície que se resfria por perda radiativa do
calor acumulado durante o dia.

Tropopausa
A tropopausa é o nome dado à camada intermediária entre a troposfera e a estratosfera, situada a uma altura média em torno de
17 km sobre a linha do Equador. A distância da tropopausa em relação ao solo varia conforme as condições climáticas da
troposfera, da temperatura do ar, da latitude, entre outros fatores. Se existe na troposfera uma agitação climática com muitas
correntes de convecção, a tropopausa tende a subir. Isto se deve por causa do aumento do volume do ar na troposfera, este
aumentando, aquela aumentará, por consequência, empurrará a tropopausa para cima.

Estratosfera
Na estratosfera a temperatura aumenta com a altitude e se caracteriza pelos movimentos horizontais do ar. Situa-se
aproximadamente entre 7 e 17 até 50 km de altitude aproximadamente, compreendida entre a troposfera e a mesosfera. Apresenta
pequena concentração de vapor de água, e a temperatura cresce conforme maior a altitude até a região limítrofe, denominada
estratopausa. Muitos aviões a jato circulam na estratosfera devido à sua estabilidade. É nesta camada que está situada a camada
de ozônio, e onde começa a dispersão da luz solar (que origina o azul do céu).
Estratopausa
A estratopausa é a região limítrofe entre a
estratosfera e a mesosfera e onde a
temperatura para de aumentar conforme a
elevação da altitude, marcando o início
da mesosfera.

Mesosfera
Na mesosfera a temperatura diminui com
a altitude. Esta é a camada atmosférica
onde há uma substancial queda de
temperatura, chegando até a -90 °C em
Gráfico que ilustra distribuição das seu topo. A mesosfera está situada entre a
camadas da atmosfera segundo a estratopausa em sua parte inferior e
pressão, temperatura, altitude e
mesopausa em sua parte superior, entre
densidade
50 a 80/85 km de altitude. É na
mesosfera que ocorre o fenómeno da
aeroluminescência das emissões da hidroxila e é nela que se dá a combustão dos
meteoroides.

Mesopausa
A mesopausa é a região da atmosfera que determina o limite entre uma atmosfera com
massa molecular constante de outra onde predomina a difusão molecular.

Termosfera
Na termosfera a temperatura aumenta com a altitude, e está localizada acima da
mesopausa. Sua temperatura aumenta rapidamente com a altitude até onde a densidade das
moléculas é tão pequena que se movem em trajetórias aleatórias, chocando-se raramente.
A temperatura média da termosfera é de 1.500 °C, mas a densidade é tão pequena que a
temperatura não é sentida normalmente. Sua espessura varia entre 350 a 800 km
dependendo da atividade solar, embora sua espessura seja tão pequena quanto 80 km em
épocas de pouca atividade solar.[6] É a camada onde ocorrem as auroras e onde orbita o
ônibus espacial.

Termopausa
A termopausa ou exobase é a região limítrofe entre a termosfera e a exosfera. Fisicamente,
toda a radiação solar incidente atua abaixo da termopausa, mas pode ser negligenciado
quando é considerado a exosfera, onde a atmosfera é tão tênue que fenômenos decorridos
aí praticamente não são percebidos.

Exosfera
A camada mais externa da atmosfera da Terra se estende desde a termopausa para o
Camadas da atmosfera
espaço exterior. Aqui, as partículas estão tão distantes que podem viajar centenas de
(sem escala)
quilômetros sem colidir umas com as outras. Uma vez que as partículas colidem
raramente, a exosfera não se comporta como um fluido. Essas partículas que se movem
livremente seguem trajetórias retilíneas e podem migrar para dentro ou para fora da magnetosfera ou da região de atuação do
vento solar. A exosfera é composta principalmente de hidrogênio e hélio.

Não existe um limite definido entre o espaço exterior e a atmosfera. Presume-se que esta tenha cerca de mil quilômetros de
espessura, 99% da densidade está concentrada nas camadas mais inferiores e cerca 80% da massa atmosférica está numa faixa de
11 km desde a superfície[7]. À medida que se vai subindo, o ar vai se tornando cada vez mais rarefeito, perdendo sua
homogeneidade e composição. Na exosfera, zona em que foi arbitrado limítrofe entre a atmosfera e o espaço interplanetário,
algumas moléculas de gás acabam escapando à ação do campo gravitacional.

O limite onde os efeitos atmosféricos são notáveis durante a reentrada atmosférica, fica em torno de 120 km de altitude. A
altitude de 100 quilômetros, conhecida como a linha Kármán, também é usada frequentemente como o limite entre atmosfera e o
espaço exterior.

Outras camadas
Além das cinco camadas principais determinadas pela temperatura, outras camadas são determinadas por várias outras
propriedades.

Ozonosfera
A ozonosfera ou camada de ozônio está contida dentro da estratosfera. Nesta, a concentração da camada de ozônio é de cerca de 2
a 8 partes por milhão, que é muito maior do que o ozônio na atmosfera próxima à superfície, mas ainda é muito pequeno quando
comparado com os principais componentes da atmosfera. Está localizada principalmente na parte inferior da estratosfera, entre 15
a 35 km de altitude, embora a espessura varie sazonalmente e geograficamente. Cerca de 90% do ozônio em nossa atmosfera está
contida na estratosfera.

Ionosfera
A ionosfera, a parte da atmosfera ionizada pela radiação solar, estende-se
de 50 a 1.000 km de altitude e, normalmente, engloba tanto a termosfera
quanto a exosfera. A ionosfera representa a fronteira interna da
magnetosfera. Tem importância prática, e influencia, por exemplo, a
propagação radioelétrica sobre a Terra. É responsável pelas auroras. É
dividida em subcamadas que se diferem pela quantidade de energia
eletromagnética recebida pelo sol ou de ficarem mais ativas quando os
raios solares incidem perpendicularmente no meio.
As auroras polares ocorrem na ionosfera

Homosfera e heterosfera
A homosfera e a heterosfera são definidas pelo fato de que os gases atmosféricos estão ou não bem misturados. No homosfera, a
composição química da atmosfera não depende do peso molecular; os gases são misturados pela turbulência. A homosfera inclui
a troposfera, a estratosfera e a mesosfera. Acima da turbopausa, a cerca de 100 km de altitude (essencialmente a altitude da
mesopausa), a composição varia com a altitude. Isso ocorre porque a distância que as partículas podem se mover sem colidir uma
com as outras é grande em comparação com o tamanho dos movimentos turbulentos que fazem a mistura. Isso permite que os
gases estratifiquem-se pelo peso molecular; os mais pesados, como o oxigênio e nitrogênio, estão presentes apenas próximos da
parte inferior da heterosfera. A parte superior do heterosfera é composta quase que totalmente por hidrogênio, o elemento mais
leve.

Camada limite planetária


A camada limite planetária é a parte da troposfera que está mais próxima da superfície terrestre, e é diretamente afetada por ela,
principalmente através da difusão turbulenta. Durante o dia, a camada limite planetária é geralmente bem misturada, enquanto à
noite, torna-se estavelmente estratificada, com ocasiões de mistura fraca ou intermitente. A profundidade da camada limite
planetária varia de 100 m, durante noites claras e calmas, para 3.000 m ou mais durante a tarde nas regiões secas.

Propriedades físicas

Pressão e espessura
A pressão atmosférica média ao nível do mar é de cerca de 1 atmosfera (atm) =
101,3 kPa (quilopascais) = 14,7 psi (libras por polegada quadrada) = 760 mmHg
(milímetros de mercúrio). A massa atmosférica total é de 5,1480 × 1018kg,[8]
cerca de 2,5% inferior ao que seria calculado ingenuamente a partir da pressão
média ao nível do mar e da área da Terra, de cerca de 51.007,2 mega-hectares.
este desvio nos cálculos é devido ao terreno montanhoso da superfície terrestre.
A pressão atmosférica é o peso total do ar por unidade de área, no ponto onde a
pressão é medida. Assim, a pressão do ar varia com a localização e momento,
As camadas mais altas da atmosfera
porque a quantidade de ar acima da superfície da Terra varia. terrestre

Se a densidade atmosférica se mantiver constante com a altura, a atmosfera iria


terminar abruptamente a 8,50 km. Ao vez disso, a densidade da atmosfera diminui com a altura, caindo em 50% a uma altitude de
cerca de 5,6 km. Como resultado, a pressão atmosférica decresce exponencialmente com a altura, continuando a diminuir 50% a
cada 5,6 km até atingir a mesopausa. No entanto, a partir da mesopausa, mudanças nos valores da gravidade , temperatura, peso
molecular médio em toda a coluna atmosférica, a dependência da pressão atmosférica à altitude é modelado por equações
separadas para cada uma das camadas acima. Mesmo na exosfera, a atmosfera ainda está presente. Isto pode ser visto pelos
efeitos do arrasto atmosférico em satélites.

Em resumo, as equações da pressão em função da altitude podem ser usadas diretamente para estimar a espessura da atmosfera:[9]

50% da atmosfera, em massa, está a uma altitude inferior a 5,6 km.


90% da atmosfera, em massa, está a uma altitude inferior a 16 km.
99,99997% da atmosfera, em massa, está abaixo de 100 km de altitude, embora nas camadas rarefeitas acima,
existem auroras e outros fenômenos atmosféricos.

Densidade e massa
A densidade do ar ao nível do mar é cerca de 1,2 kg/m³. A densidade não deve ser medida diretamente, mas é calculada a partir
de medições de temperatura, pressão e umidade, usando a equação de estado para o ar (uma forma da lei dos gases ideais). A
densidade atmosférica diminui com o aumento da altitude. Esta variação pode ser aproximadamente modelada utilizando a
equação barométrica. Modelos mais sofisticados são usados para prever a decaimento orbital dos satélites.
A massa média da atmosfera é de cerca de 5 quatrilhões (5x1015) de toneladas,
ou cerca de 1/1.200.000 a massa da Terra. Segundo o Centro Nacional de
Pesquisas Atmosféricas dos Estados Unidos, "A massa média total da atmosfera
é de 5,1480 × 1021g, com uma variação anual, devido às diferentes
concentrações de vapor de água, que varia entre 1,2 a 1,5 × 1018g, dependendo
dos dados da pressão atmosférica superfície ou de vapor de água utilizados,
pouco menor do que a estimativa anterior. A massa média de vapor d'água é
estimada em 1,27 × 1019g, e massa da atmosfera isenta de ar como Temperatura e densidade em função
5,1352±0,0003 × 1018kg." da altitude do modelo atmosférico
padrão NRLMSISE-00

Fenômenos ópticos
A radiação (ou luz) solar é a energia que a Terra recebe do sol. A Terra também emite radiação de volta para o espaço, mas em
comprimentos de onda mais longos, que não podemos ver. Parte da radiação emitida e é absorvida ou refletida pela atmosfera.

Dispersão
Quando a luz passa através da atmosfera, os fótons interagem através da dispersão. Se a luz não interagir com a atmosfera, então
ocorre a radiação direta e é o que nós vemos quando olhamos diretamente para o sol. A radiação indireta é a luz que é dispersa na
atmosfera. Por exemplo, em um dia nublado, quando não conseguimos ver a nossa própria sombra, não há radiação direta, toda a
luz visível é produto de radiação indireta. Devido a um fenômeno óptico conhecido como dispersão de Rayleigh, comprimentos
de onda mais curtos (azul) se dispersam mais facilmente do que comprimentos de onda mais longos (vermelho). É por isso que o
céu parece azul, resultado de radiação indireta que dá preferência aos comprimentos de onda que tendem ao azul. Também por
isso, o pôr-do-sol é vermelho, porque o Sol está próximo do horizonte, e os raios solares têm que atravessar uma atmosfera mais
espessa para chegar a nossa visão. Grande parte da luz azul é espalhada e neutralizada, deixando apenas a luz vermelha em um
pôr-do-sol.

Absorção
Diferentes moléculas absorvem radiações com diferentes comprimentos de
onda. Por exemplo, o oxigênio e o ozônio absorvem quase todos os
comprimentos de onda mais curtos do que 300 nanômetros (radiação
ultravioleta e radiações mais energéticas). A água absorve vários
comprimentos de onda acima de 700 nm (radiação infravermelha e
radiações menos energéticas). Quando uma molécula absorve um fóton,
aumenta a energia da molécula. Podemos deduzir isso como o aquecimento A opacidade, ou transmitância, da
da atmosfera, mas também a atmosfera se resfria emitindo radiação. atmosfera terrestre em diferentes
comprimentos de onda, incluindo o
O espectro de absorção combinado dos gases na atmosfera deixa "janelas" espectro visível
de baixa opacidade, permitindo a transmissão de apenas determinadas
faixas de luz. A janela óptica vai de cerca de 300 nm (ultravioleta-C), até 1.100 nm (infravermelho) Está janela inclui o espectro
visível, de comprimento de onda de 400 a 700 nm. Há também janelas de infravermelho e de rádio, cujo comprimento de onda
varia de um centímetro a 11 metros.

A temperatura média da atmosfera Na superfície terrestre é de 14 °C.[10] ou 15 °C[11], dependendo da referência.[12] [13][14]

Emissão
A emissão é o oposto da absorção, que é quando um corpo emite radiação. Corpos tendem a emitir quantidades e comprimentos
de onda de radiação em função de sua curva de emissão de seu "corpo negro". Portanto, corpos quentes tendem a emitir mais
radiação com comprimentos de onda mais curtos. Corpos mais frios emitem menos radiação, com comprimentos de onda mais
longos. Por exemplo, a temperatura da superfície solar é de aproximadamente 6000 K, mas seu pico de radiação está situado
próximo ao comprimento de onda de cerca de 500 nm, e é visível ao olho humano. A temperatura da superfície terrestre é de 290
K, então seu pico de radiação tem o comprimento de onda próximo de 10.000 nm, e é demasiado longo para ser visível aos seres
humanos.

Por causa de sua temperatura, a atmosfera emite radiação infravermelha. Por exemplo, em noites claras, a superfície da Terra se
esfria mais rapidamente do que em noites nubladas. Isso ocorre porque as nuvens são fortes absorvedoras e emissoras de radiação
infravermelha. É também por isso, a noite torna-se mais fria em altitudes mais elevadas. A atmosfera age como um "cobertor",
que limita a quantidade de radiação que a Terra perde para o espaço.

O efeito estufa está diretamente relacionado a esta absorção e emissão em vigor. Alguns compostos químicos na atmosfera
absorvem e emitem radiação infravermelha, mas não interagem com a luz solar no espectro visível. Os exemplos mais comuns
destes produtos químicos são o gás carbônico e a água. Se houver excesso de gases do efeito estufa, o Sol aquece a superfície da
Terra, mas os gases bloqueiam a radiação infravermelha de sair de volta para o espaço. Este desequilíbrio faz com que a Terra se
aqueça e, consequentemente causa alterações climáticas.

Índice de refração
O índice de refração do ar é ligeiramente maior do que 1. Variações sistemáticas no índice de refração podem levar à curvatura
dos raios de luz ao longo de grandes percursos óptico. Por exemplo, em algumas circunstâncias, os observadores a bordo dos
navios pode ver outros navios ao longo do horizonte apenas porque a luz é refratada na mesma direção da curvatura da superfície
da Terra.

O índice de refração do ar depende da temperatura, dando origem a efeitos de refração, quando o gradiente de temperatura é
grande. Um exemplo desses efeitos é a miragem.

Dinâmica atmosférica
As camadas superiores do planeta refletem em torno de 40% da radiação solar.
Dos 60% restantes, aproximadamente 17% são absorvidos pelas camadas
inferiores, sendo que o ozônio interage e absorve os raios ultravioleta. O dióxido
de carbono e o vapor de água absorvem os raios infravermelhos. Restam 43% da
energia solar, e esta alcança a superfície do planeta, que por sua vez reflete dez
por cento das radiações solares de volta para o espaço. Além dos efeitos
descritos, existe ainda a influência do vapor de água e sua concentração variável.
Estes, juntamente com a inclinação dos raios solares em função da latitude, agem
de forma decisiva na penetrância da energia solar, que por sua vez tem
aproximadamente 33% da energia absorvida por toda a superfície atingida
durante o dia, sendo uma parte muito pequena desta reirradiada durante a noite. Uma vista idealizada das três
Existe ainda a influência e interação dos oceanos com a atmosfera em sua grandes células de circulação
atmosférica
autorregulação. Estes mantêm um equilíbrio dinâmico entre os fenômenos
climáticos das diferentes regiões da Terra.

Todos os mecanismos relatados acima atuando em conjunto, geram uma transição suave de temperaturas em todo o planeta. A
exceção à regra ocorre onde são menores a quantidade de água a espessura da troposfera, como nos desertos e cordilheiras de
grande altitude.
Na baixa atmosfera, o ar se desloca tanto no sentido horizontal quanto no
sentido vertical, sempre compensando as mudanças na pressão atmosférica
decorridas pelas diferenças de temperatura; ao aquecer-se, uma massa de ar
aquecida sobe, e ao esfriar-se, desce, gerando assim, um sistema oscilatório
de variação da pressão atmosférica que pode adquirir características
próprias.

Uma dos maiores determinantes na distribuição do calor e umidade na Exemplo de Mapeamento da temperatura
atmosfera é a circulação do ar, pois esta ativa a evaporação média, dispersa da superfície da Terra
as massas de ar quente ou frio, conforme a região e o momento. Por
consequência caracteriza o próprio tempo meteorológico e o clima típico
de uma determinada região.

A circulação atmosférica é o movimento em larga escala da atmosfera, e os


meios (juntamente com a circulação oceânica), pelo qual o calor é
distribuído ao redor da Terra. A estrutura de grande escala da circulação
atmosférica varia de ano para ano, mas a estrutura básica permanece
razoavelmente constante, uma vez que é determinado pela taxa de rotação
da Terra (força de Coriolis) e pela diferença de radiação solar entre a linha
do Equador e os polos.

A evolução da atmosfera terrestre


Podemos compreender razoavelmente a história da atmosfera da Terra até
há um bilhão anos atrás. Regredindo no tempo, podemos somente
especular, pois, é uma área ainda em constante pesquisa. Mapeamento de velocidade dos ventos

Primeira atmosfera
A primeira atmosfera era composta principalmente por hélio e hidrogênio. O calor provindo da crosta terrestre ainda em forma de
plasma, e o Sol, a dissiparam.

Segunda atmosfera
Há evidências de que existia água em estado líquido na superfície terrestre há pelo menos 3,8 bilhões de anos, comprovados pela
coleta de sedimentos que datam daquela época.[15]

400 milhões de anos mais tarde, praticamente não havia oxigênio livre e era composta quase que integralmente por nitrogênio e
compostos de carbono. Era aproximadamente 100 vezes mais densa do que a atmosfera atual, embora a existência de vida, que é
comprovada a partir de 3,5 bilhões de anos, já interferia na composição da antiga atmosfera.[16] O sol emitia cerca de 30% menos
radiação do que atualmente, mas as evidências geológicas comprovam que existiam oceanos líquidos sobre a superfície terrestre
naquela época. Esta discrepância, conhecida como o paradoxo do jovem Sol fraco, pode evidenciar que o efeito estufa naquela
época era muito maior do que atualmente.

De fato, as evidências geológicas mostram que a temperatura na superfície terrestre praticamente se manteve constante por
bilhões de anos, com a exceção de uma era glacial ocorrida há 2,4 bilhões de anos
Surgiram organismos fotossintéticos que evoluiriam e começaram a converter dióxido de carbono em oxigênio. No fim do
período arqueano, as primeiras evidências da presença de oxigênio começaram a se desenvolver, provavelmente de algas
fotossintetizantes, descobertas em fósseis estromatólitos tão antigos quanto 2,7 bilhões de anos. As proporções dos isótopos de
carbono daquela época são praticamente as mesmas de hoje em dia, sugerindo que as estruturas fundamentais do ciclo do carbono
já estavam estabelecidas há pelo menos 4 bilhões de anos.[17]

Terceira atmosfera
Com a acreção dos continentes há cerca de 3,5 bilhões de anos.[18] O
movimento das placas tectônicas rearranjou continuamente os continentes
e também moldaram a evolução do clima, permitindo a transferência do
gás carbônico atmosféricos para grandes depósitos orgânicos continentais.
Embora a produção de oxigênio por organismos seja tão antiga quanto 3
bilhões de anos, o oxigênio livre na atmosfera não existia até pelo menos
há 1,7 bilhões/mil milhões de anos; o que pode ser verificado pela
formação de óxido de ferro em sedimentos e o fim da sedimentação do
ferro em estado elementar. Foi o fim da atmosfera redutiva para a
atmosfera oxidante. A partir de então, a quantidade de oxigênio na Concentração de oxigênio na atmosfera
terrestre ao longo dos últimos um bilhão
atmosfera terrestre manteve-se estável em 5% até 600 milhões de anos
de anos
atrás, mas alcançou um pico de 35% há 300 milhões de anos. Desde então,
a quantidade de oxigênio na atmosfera sofreu flutuações até se estabilizar
em 21% atualmente.

Referências
9. Lutgens, Frederick K. and Edward J. Tarbuck (1995)
1. «Earth Fact Sheet» (https://nssdc.gsfc.nasa.gov/plan The Atmosphere, Prentice Hall, 6th ed., pp14-17,
etary/factsheet/earthfact.html). nssdc.gsfc.nasa.gov. ISBN 0-13-350612-6 (em inglês)
Consultado em 11 de maio de 2017
10. «Earth's Atmosphere» (http://www.bambooweb.com/
2. Trace gases (http://www.ace.mmu.ac.uk/eae/Atmosp articles/e/a/Earth's_atmosphere.html) (em Inglê)
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3. NOAA Earth System Research Laboratory (http://ww Acessado em 30/07/2010
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(em inglês)
Ver também
Atmosfera
Biosfera
Litosfera
Hidrosfera
Poluição
Aquecimento global
Climatologia
Atmosfera extraterrestre

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