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Nessa segunda parte da estância vemos o poeta afirmar que a Lisboa obedece o
mar, provavelmente por ser de lá que saíram as principais frotas portuguesas
que desbravaram os oceanos.
Nos dois últimos versos vemos que o poeta lembra que do norte do país (das
Boreais partes) chegou uma forte armada de cruzados que auxiliaram Afonso
Henriques na conquista da cidade.
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Temos aqui citados: o germânico Albis, que já fora citado por Camões na
estância 11 deste canto, é o rio Elba; o Rene é o Reno; a fria Bretanha é região
no noroeste da França. Dessas terras vêm os cavaleiros, predispostos a destruir
os sarracenos (que já vimos se tratar dos muçulmanos nascidos na Península
Ibérica) por tensão santa, ou seja, por intenção de seguir a defesa da fé católica
contra os muçulmanos.
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E de vencidos já desesperados.
Não raro, o poeta se utiliza dos movimentos dos corpos celestes para demarcar
a passagem do tempo na narrativa (II, 1; V, 24; V, 37; VI, 85). Aqui o narrador
afirma que havia se passado cinco meses desde o início do cerco de Lisboa até
sua rendição.
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Por fim, cita que a cidade, em seu passado glorioso, nunca se havia rendido aos
cíticos, habitantes da Cítia e povo antigo, nem aos vândalos, que deram à
Andaluzia seu antigo nome, Vandália.
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Segue uma descrição das demais conquistas portuguesas: Palmela e Cezimbra.
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Cada vitória aumenta mais o ânimo português, fazendo ajuntar gente de todo o
reino, que alcança vitórias como a de Badajoz, agora domínio português.
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Badajoz fica por pouco tempo sob jugo português. Logo os leoneses cercam a
cidade e os portugueses sofrem grande revés, em especial Afonso Henriques,
que ao defender a cidade quebra as pernas e é capturado pelos espanhóis.
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Após a prisão e a libertação do rei por seu sogro, Afonso Henriques faz o
caminho de retorno a Lisboa. No meio do caminho é cercado pelos sarracenos
em Santarém. O rei leva consigo a Lisboa as relíquias de São Vicente, que
anteriormente estavam em Sagres, região promontória ao sul de Portugal.
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O Miralmomini em Portugal;
Os treze reis mouros levam entre eles regentes de grande importância. Buscam
cercar D. Sancho em Santarém, mas não têm o êxito que esperavam.
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Sabendo do cerco de Santarém, onde está seu filho, o velho rei Afonso
Henriques, que repousava dos muitos anos de batalhas e da malfadada fuga de
Badajoz nos prados de Coimbra, parte com presteza para auxiliar o filho na
guerra.
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E se valendo da gente portuguesa, tão experiente nas artes bélicas, o rei e seu
filho vencem os mouros, que fogem pelas campinas, deixando pelo caminho
armaduras, vestimentas, cavalos e cadáveres.
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Como sucessor, Sancho I imita o pai nas altas qualidades, como podem atestar
o Bétis, ou melhor, o rio Guadalquivir, que se tingiu com o sangue dos
ismaelitas por ele vencidos, e mesmo aqueles que cercaram Beja e provaram
da força do novo rei lusitano.
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Aqui, com mais detalhe o narrador esclarece que a santa empresa (guerra
contra os mouros, assim como o foram as Cruzadas) teve o auxílio do “roxo
Federico”, ou seja, Frederico I (1152-1190), conhecido pela alcunha Barba
Ruiva. Movendo o exército dos cruzados, que lutaram em defesa de Jerusalém
quando Guido de Lusignan, rei do Reino de Jerusalém (criado a partir da
retomada da cidade na Primeira Cruzada) cedeu ao poder de Saladino em
1187.
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