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Universidade Federal de Santa Maria

Centro de Educação- Curso de Pedagogia


Disciplina: Processos Investigativos A- Turma 11
Prof.ª Dra. Odete Magalhães de Camargo

Acadêmicos: Elisa Ramiro


Evelin Flores
Ramon Sehnem
Sabrina Endeler

Resenha, Resumo e Fichamento

Título do Livro: Livro Crianças, Espaços, Relações: Como projetar ambientes para a educação infantil, dos
autores Giulio Ceppi, Michele Zini

Referência: CEPPI, Giulio, ZINI, Michele. Crianças, Espaços, Relações: Como Projetar Ambientes para a
Educação Infantil. Porto Alegre: Penso, 2013. p. 14-102 [Minha Biblioteca]. Retirado de
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788565848732/

Biblioteca em que se encontra a obra/ Local de pesquisa: Biblioteca Virtual da Universidade Federal de
Santa Maria

Tipo de fichamento:

( x ) Resumo;
( x ) Estilo do autor;
( x ) Citações diretas;
( x ) Vocabulário;
( x ) Resenha.

Resumo:

O objetivo central é criar ambientes de empatia para ouvir e compreender melhor as


crianças e suas linguagens. Projetar espaços diferentes do tradicional, espaços
agradáveis, mais flexíveis e menos rígidos. O ambiente é visto não como um espaço
formal, mas um espaço no qual dimensões múltiplas coexistem, no qual o espaço
hibrido cria condições para a construção da identidade através das relações.
Parte I: Palavras-Chave

Bem-estar global- Ecossistema diversificado capaz de integrar diferentes ritmos e


com locais de privacidade. Abrangendo todas as necessidades dos que compartilham
o ambiente.
Relação- Um ambiente que consegue estimular e construir um espaço relacional,
onde a qualidade está na maneira de ler, enxergar, estudar, interpretar a realidade, e
representa-la com consciência crítica.
Osmose- Uma escola deve ser a essência da sociedade. A realidade atual pode, e
deve estar presente na escola. O trabalho diário na escola deve se assemelhar à cidade
quanto as características do espaço.
Multissensorialidade- A riqueza das experiências sensoriais, investigação e
descoberta usando seu corpo inteiro. A qualidade do ambiente depende de vários
fatores, inclusive percepções sensoriais como, iluminação, cor, condições acústicas
e microclimáticas, efeitos táteis. O ambiente deve ser visto como multissensorial, e
cada indivíduo terá uma experiência diferente, por isso não podem ser padronizadas
na hora de sua aplicação.
Epigênese- O ambiente escolar deve ser manipulável e flexível conforme a
autoaprendizagem das crianças evolui. Evolução passa a ser uma condição
operacional.
Comunidade- Comunidade tem o papel de protagonista no sistema escolar. A escola
é um ambiente coletivo baseado na participação, trabalho coletivo e valores e
objetivos compartilhados. A não hierarquia dos espaços deve ser aplicada. As áreas
dos adultos devem ficar dispostas no mesmo andar das crianças.
Construtividade- A escola é uma oficina de pesquisa. Um laboratório para
experimentação individual e em grupo, para a compreensão e construção da
realidade.
Narração- Visibilidade e transparência para o aprendizado e cognição da criança,
registrando o processo de aprendizagem e construção do conhecimento. O ambiente
preenchido com textos, imagens, materiais, objetos e cores, revela a presença das
crianças mesmo quando elas estão ausentes.

Parte II: Elementos de Projeto

Formas relacionais
No decorrer dos anos, as creches e pré-escolas municipais de Reggio Emilia
desenvolveram uma experiência valiosa de colaboração entre educadores e
arquitetos na construção de escolas para crianças pequenas. Esta experiência levou
a um amplo conhecimento em relação à distribuição do espaço e às decisões de
planejamento, fornecendo indicações para a construção de ambientes de acordo com
critérios fortemente ligados ao ponto de vista pedagógico, assim como ao ponto de
vista da organização do espaço.
A disposição horizontal de um prédio escolar destaca a escolha consciente de não
criar hierarquias entre os diferentes espaços: as áreas de serviços, as áreas de trabalho
dos adultos e as das crianças e as salas de aula, todos estes espaços têm um papel
importante e compartilhado. Horizontalidade é, desse modo, a manifestação física
da democracia de funções, dignidade e sociabilidade.

Outro espaço de extrema relevância seriam os ateliês, um espaço que se torna


complementar das salas de aula e das áreas de trabalho dos adultos, e não como um
substituto destes espaços. O ateliê̂ é usado para pesquisa, experimentação e
manipulação de diversos materiais.
Outro fator marcante, é a forte relação entre o interior e o exterior de um prédio
escolar. A escola deve ser um lugar que “sente” o que está́ acontecendo no lado de
fora, ou seja, a comunicação, tanto dentro da escola quanto com o seu exterior, é uma
premissa fundamental para qualquer atividade que envolva pesquisa, troca de ideias
e discussão. A pedagogia dos projetos, da atenção ao próximo, da subjetividade e da
colaboração baseia-se na relação entre três sujeitos: as crianças, os educadores e os
pais.
Um dos fatores citados pela autora e característicos das escolas são os cenários
luminosos, tornando a iluminação responsável por três dimensões perceptivas
diferentes, sejam elas: visibilidade; estética; sensação de passagem do tempo.
Assim no âmbito escolar, a luz do dia pode ser modulada, filtrada ou texturização
facilmente, utilizando-se meios simples que as próprias crianças podem controlar.
Desta forma, a iluminação natural torna-se um material vivo que pode ser
manipulado e usado pelas crianças na produção de suas próprias configurações
estéticas.
A iluminação artificial em um prédio escolar não deve ser uniforme nem monótona,
embora esse seja um caso frequente nas aplicações tradicionais de luz, cuja
prioridade é estabelecer visibilidade constante e uniforme em cada ponto do local. A
luz pode ser quebrada para criar um padrão consistente e harmonioso, para projetar
um todo que seja rico em microelementos luminosos, criando o que podemos chamar
de luz “texturizada”.

A presença da cor

Em relação a ambientes escolares, a identidade e o uso de cores são fortemente


influenciados pela atual imagem cultural da criança.
Geralmente, uma imagem simplificada da criança leva a cenários cromáticos
também simples, com resultados duvidosos: a presença de cores primárias altamente
saturadas (vermelho, amarelo, azul) ou o predomínio de cores bem claras (amarelo,
rosa e azul pastel) que dão um efeito de “berçário”.
Em contrapartida, uma imagem mais complexa da criança, situada em nosso
contexto atual, implica um cenário cromático mais rico e diversificado, ampliando
as possibilidades de uso da cor. Para esse fim, as cores primárias, secundárias e
terciarias podem estar todas presentes, mas com o cuidado de utilizar as cores
primárias com pouca saturação (com um efeito “pulverizado”) ou com texturas, e as
cores terciarias de uma maneira mais pura e volumétrica. Também deve haver um
equilíbrio entre tons “quentes” (vermelhos, rosas, amarelos) e tons “frios” (azuis e
verdes).

A escolha das cores de um espaço escolar e de seus móveis é influenciada


grandemente pelas referências culturais básicas presentes na filosofia pedagógica.

A riqueza do cenário cromático em uma escola permite que as crianças desenvolvam


determinadas sensibilidades e conhecimentos que, se não forem postos em uso
quando as crianças forem bem pequenas, são difíceis de recuperar quando adultas.
Também é interessante considerar os cenários cromáticos que podem ser criados nas
áreas ao ar livre usando elementos da natureza (plantas, flores, árvores, madeira),
que podem ser modificados de acordo com o período do dia e a mudança das
estações.

Qualidades táteis

O papel do contato físico tanto no desenvolvimento humano quanto no


desenvolvimento animal tem sido amplamente estudado por psicólogos e
antropólogos, que analisam, por exemplo, a utilização de panos por parte das
peruanas para carregarem seus filhos durante seus primeiros anos sempre em contato
consigo, e os efeitos negativos do isolamento tátil nos bebês prematuros em
incubadoras.

No raciocínio pedagógico, a “tatilidade” é uma palavra-chave: tatilidade da boca,


das mãos, do corpo inteiro. Pelo toque da pele, crianças muito peque- nas exploram
o mundo com um “radar” extremamente sensível e inteligente. A criança sente os
materiais, a luz e a temperatura, e estabelece relações de simpatia, antipatia e
indiferença.

Dentro dessa ideia de multiplicidade tátil, devemos considerar materiais que


propiciam diferentes efeitos táteis e sensações, incluindo materiais mais “naturais”
(madeira, borracha, fibras, papel, etc.) e outros mais “artificiais” (linóleo, laminados,
metais, resinas, etc.), organizados para encorajar a exploração sensorial.
As crianças pequenas também devem ter a oportunidade de manipular materiais
como argila e outros que mantém o traço da manipulação ao mesmo tempo em que
conservam suas próprias características (veludo, areia e metais com memória de
forma).

Colocar diferentes estímulos táteis perto um do outro (como na brincadeira “encoste


e adivinhe”) é uma atividade divertida e inteligente somente quando realizada de
uma maneira clara e explicita; os diferentes estímulos não devem estar camuflados
e misturados

Caracterizando a dimensão ósmica

Referente ao assunto odores, é de extrema importância frisar que, o olfato comunica-


se com a parte mais antiga do cérebro. A memória olfativa é imediata. O livro aborda
a percepção da importância do odor no ambiente infantil, já que junto a ele pode-se
reavivar a imagem e a memória de algo imediatamente. Além da importante
higienização do ambiente, odores comuns serão lembrados pelas crianças
futuramente, farão parte da sua infância. Como por exemplo: O cheiro gostoso de
merenda que sai da cozinha da escola, o cheiro de tintas usadas em atividades, o
cheiro de álcool usado para higienizar a sala/escola, e diversos outros odores que
fazem parte do dia-a-dia de cada criança. Esses odores, por vez caracterizam o
ambiente e isso fica gravado na memória da criança e serve como referência. Às
vezes um odor é quase imperceptível, mas mesmo assim é notado e caracterizado
pela criança.
Posteriormente continuaremos citando a importância dos sons no ambiente infantil.
Audição consciente: Acompanhamos diversos fatores importantes para um
andamento adequado no ambiente/ espaço. Não menos importante, agora nos
referimos aos sons de forma que, eles caracterizam também o espaço. Até mesmo,
sendo ele um espaço fechado, ou ao ar livre, possui sua mesma marca de som.
Localização acústica: O som ambiente nos permite um senso de localização do nosso
corpo auxilia na concepção do espaço, o ouvido percebe tudo que está acima, abaixo
e ao redor (espaço-tempo).
De fato, concluiremos abordando sobre a questão do microclima no ambiente
infantil.

Reatividade ambiental: O conforto do ambiente é a soma de uma série de fatores


complexos e difíceis de isolar, que se sobrepõem e se inter-relacionam de maneira
contínua e instável. Deve-se levar em conta: As relações entre temperatura e
umidade; qualidade do ar e ventilação; iluminação, etc.…. Para projetarmos um
espaço para as crianças, temos que adequar ele com o propósito também de
estimulá-las, de se sentirem à vontade, gostarem de estar ali. Porém algumas
reajam de maneira diferente, vendo o ambiente modificado pela primeira vez. Mas
afirmando que é necessário um ambiente agradável com sons, odores, clima, cores,
para agregarem na aprendizagem da criança, fazendo com isso, possibilite um
meio de conexão com a educação.

Estilo dos Autores:

Os autores são claros e objetivos, o tema é apresentado progressivamente e utilizam


de um vocabulário individual, próprio de conhecedores da área de design e
decoração, empregando alguns termos mais técnicos, no entanto, acessíveis.
Citações:

Citação I
“Em nosso mundo atual (populoso, hiperconectado e artificial), desenvolver um
projeto (de arquitetura, design e administração do espaço) significa ter que realizar
uma pesquisa, não sobre as formas, mas sobre as relações. O foco principal está́
nas diferentes formas de utilização do espaço e nas conexões entre as coisas. ”
(CEPPI; ZINI, p. 20, 2013)

Justificativa: Na citação acima, os autores deixam claro a importância de um


projeto. A importância da pesquisa acerca do objetivo do ambiente, onde esse
projeto será aplicado, e as relações que esse ambiente irá proporcionar aos seus
frequentadores. O que consideramos a base de qualquer projeto, principalmente
de um ambiente pedagógico.

Citação II
“Outro elemento importante é a forte relação entre o interior e o exterior de um
prédio escolar. A escola deve ser um lugar que “sente” o que está́ acontecendo no
lado de fora – do tempo até́ as mudanças sazonais, da hora do dia até́ os ritmos da
cidade” (CEPPI; ZINI, p. 49, 2013)

Justificativa: Nessa breve citação acima, os autores se referem a relação exterior-


interior, e sua extrema importância para a comunidade escolar. As crianças
precisam explorar esses espaços externos, como os parques, áreas para
caminhadas, praças..., para que elas tenham contato com a natureza, como, a água,
o vento, a terra, e diversos outros elementos que fazem parte da natureza, afim de
estimular as experimentações para um maior e melhor desenvolvimento.

Vocabulário:

Epigênese: Formação e adição sucessiva de novas partes durante os fenómenos


da evolução.

Referência
epigénese in Dicionário infopédia de Termos Médicos. Porto: Porto Editora, 2003-
2019. [consult. 2019-05-09 01:41:45]. Disponível na Internet:
https://www.infopedia.pt/dicionarios/termos-medicos/epigénese

Osmose: Passagem de líquidos de concentrações diferentes através de uma


membrana semipermeável, passando a solução menos concentrada para a mais
concentrada.

Referência
osmose in Dicionário infopédia de Termos Médicos [em linha]. Porto: Porto
Editora, 2003-2019. [consult. 2019-05-09 01:44:07]. Disponível na Internet:
https://www.infopedia.pt/dicionarios/termos-medicos/osmose

Resenha:

Na parte I do livro, os autores nos fornecem os pontos principais a serem


abordados como, os tópicos esclarecendo sobre bem-estar global que, abrange
todas as necessidades dos que frequentam o local; osmose que, nos traz a
concepção de que o ambiente escolar deve ser o mais próximo possível da cidade,
relação que faz do ambiente um local para se desenvolver e se tornar crítico;
multissensorialidade usando todo o corpo em prol da aprendizagem; epigênese em
que o ambiente possa evoluir conforme o aprendizado das crianças; comunidade
onde, a escola é um coletivo, não tendo espaços de hierarquia; construtividade que
vê a escola como uma oficina de pesquisa; e narração que faz da criança o
protagonista do aprendizado, expondo suas descobertas no espaço de sala.
Na parte II, o livro nos leva aos elementos de projeto; a importância da construção
física do espaço, onde a criança irá aprender. A maneira como as cores, formas,
odores, tatilidade, audição, visão, podem influenciar no desenvolvimento infantil.
A forma como a criança percebe os sentidos e o vivencia irá fazer a diferença no
seu aprendizado. Usar cores agradáveis, equilibrando os tons frios e os tons
quentes; sons que estimulem a atenção, sem causar desconforto e formas que
atraiam a curiosidade. Também nos esclarece como a iluminação também tem uma
importância crucial no ambiente escolar, um ambiente iluminado com cores
quentes mantém a atenção, enquanto ambientes iluminados com cores frias,
deixam os alunos mais calmos.

Por fim, concluímos que o livro Crianças, Espaços, Relações: Como projetar
ambientes para a educação infantil, nos traz a ideia de como um ambiente de
educação infantil deve ser, à fim de ser agradável e que facilite a interação e
aprendizagem das crianças. Um espaço de dimensões múltiplas que proporcionam
o desenvolvimento da identidade através das relações que a criança tem com o
ambiente escolar.

Uma leitura relativamente fácil, que informa, de maneira simples, sobre os vários
aspectos que envolvem o design de interiores e exteriores de ambientes
pedagógicos. Uma leitura altamente recomendada para aqueles que, se interessam
pela área de design e decoração, possibilitando um ambiente personalizado afim
de melhorar e contribuir para o estimulo, aprendizado e desenvolvimento dos
alunos.

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