Sei sulla pagina 1di 5

O que é Arte?

Este problema insere-se na Filosofia da arte. Este é um ramo da estética que se ocupa dos
problemas filosóficos colocados pela arte, nomeadamente os problemas da definição de arte,
do valor da arte e da avaliação das obras de arte. Os problemas acerca do gosto e do belo, não
são, em rigor, problemas da filosofia da arte, mas da estética em geral, pelo que nem sequer
são discutidos por muitos filósofos da arte. Apesar de gostarmos de muitas obras de arte por
as considerarmos belas, não temos de gostar de um objecto para ser classificado como arte,
assim como também não é necessário que seja belo. A ideia de que arte e beleza se
identificam está bastante enraizada, porque durante muito tempo os próprios artistas
perseguiram algum ideal de beleza. A filosofia da arte é actualmente uma disciplina filosófica
com grande vitalidade, incluindo áreas mais especializadas da filosofia da arte, como a filosofia
da música e a filosofia da literatura.

Para responder a este problema, existem pelo menos três/quatro teorias:

1) Teoria da Imitação/Representação
2) Teoria Expressivista
3) Teoria Formalista

Teoria da Imitaçao/Representação: Não tive tempo de fazer (completem vocês, por favor, e
depois mostrem-me)

Teoria Expressivista: surgiu nos finais do séc XVIII, com o início do movimento romântico.
Poetas, pintores, romancistas, músicos, começaram a utilizar a arte como forma de expressar
as suas experiências individuais. A arte deixou de ser um espelho da natureza para se tornar
um veículo de exteriorização das experiências individuais do artista. Já não se representa
objetos ou acontecimentos e passam a exprimir sentimentos ou emoções. Defendiam que a
tentativa de descrever objetivamente a natureza é tarefa da ciência, que parecia estar a ter
bastante sucesso na altura.

A tese central desta teoria é a de que a arte é expressão de emoções. Tornou-se amplamente
aceite e continua a ser partilhada por muitas pessoas.
Há dois grandes representantes desta teoria: Leão Tolstoi (romancista e ensaísta russo – 1828-
1910) e R.G. Gollingwood, filósofo britânico (1889-1943)-

Tolstoi: arte e transmissão de emoções

Tolstoi defende que a arte é uma forma de comunicação ou de transmissão de sentimentos: o


artista (o emissor) comunica ao público (o recetor) o que realmente sente no ato de criaçao (a
mensagem), partilhado por todos. A verdadeira comunicação, os sentimentos do artista têm
de ser autênticos e os que o público sente têm de ser os mesmos que o artista sentiu. (ler
página 146, 2º parágrafo)

A expressao envolve os seguintes aspetos:

1) O artista tem de sentir algo


2) O público tem de sentir algo (o mesmo que o artista)
3) Tem de haver autenticidade por parte do artista (o que ele realmente sentiu)
4) O artista tem de ter a intenção de provocar sentimentos particulares (e não
sentimentos gerais de, p. Ex., alegria de tristeza
5) O artista deve procurar clarificar os sentimentos expressos, trabalhando-os para
encontrar a forma adequada de transmiti-los, em vez de apresentá-los de forma
confusa, e tal como lhe surgiram.

Só assim a arte será eficaz, dando-lhe o poder de contagiar as pessoas de forma a uni-
las nos mesmos sentimentos.

Collingwood: arte e expressão imaginativa

Para este filósofo, a arte é expressão de sentimentos, mas o artista começa por nem sequer ter
uma ideia precisa do que sente. A função da arte é clarificar, através da expressão,
sentimentos indefinidos do artista. Para tal o artista recorre à imaginaçao procurando fazer luz
sobre os sentimentos que lhe surgem de forma confusa e imprecisa, e é porque primeiramente
lhe surgem assim que exigem ser clarificados.
A clarificação de sentimentos é o que se encontra na verdadeira arte: mero entretenimento, o
artesanato, nao visam a clarificação de estados emocionais do artista. O mero enteretainer e o
artesão limitam-se a executar um plano preestabelecido.

A materizalizaçao da experiencia imaginativa pode não acontecer, pode apenas residir na


mente do artista, ou seja, o processo criativo é essencialmente mental, ainda que na maior
parte das vezes se concretize em pinturas, esculturas, peças musicais, etc.).

Envolver-se nesse processo criativo é tomar gradualmente consciência dos sentimentos que
estão a ser expressos, o que tanto vale para o criador como para o obsevador. Observar uma
obra de arte não é algo meramente passivo.

Tolstoi e Gollingwood convergem no seguinte: a arte é expressão clarificadora de emoções.

Objeções às teorias expressivistas:

Exigir que a arte seja expressão clarificadora de emoções implica...

1) Excluir do domínio da arte numerosas obras que são geralmente classificadas como
arte ( que dizer do cinema ou do teatro? Será plausível afirmar que os atores sentem
todos os sentimentos que procuram exprimir)
2) Que, como muitas vezes não sabemos realmente o que o artista pensou ou sentiu –
por exemplo, o caso de artista mortos há séculos ou de autores anónimos – tb não
poderíamos admitir essas criações como verdadeiras obras de arte.
3) Excluir da categoria de arte grandes obras destinadas, sobretudo, a divertir: filmes de
Charles Chaplin, Moliére, etc.
4) Que todos os artistas pretendem clarificar sentimentos, o que é contrariado por
muuitos artistas, os quais afirmam que procuram nas suas obras transmitir
sentimentos em estado bruto, seguindo o primeiro impulso e sem qualquer trabalho
de clarificação.
Teoria formalista da arte: (impõe-se no início do sec XX, com o início da arte moderna. A
pintura abstrata começou a impôr-se e com ela a ideia da pintura pela pintura.)

Clive Bell (1881- 1964) e a emoção estética: para Bell sabemos que estamos perante uma
obra de arte quando sentimos uma emoção peculiar. Quer dizer, tudo começa com a
experiência pessoal de alguém perante algo que é arte, e a isso chama emoção estética.

Esta emoção é de quem está diante da obra de arte, não siginifca que a obra de arte
exprima essa emoção (teoria expressivista), e essa emoção é única no seu género, apenas
acontece quando estamos perante obras de arte. Mas apenas temos essa emoção estética
porque há na própria obra de arte alguma característica responsável por tal emoção. E que
característica é essa?

Bell afirma que para se sentir a emoção estética é preciso sensibilidade, mas tb inteligência
para detetar essa característica da obra que desperta tal emoção. Essa característica é
comum a todas as obras de arte e só existe nelas, e identificá-la é o mesmo que identificar
a essência das obras de arte.

Essa característica é “ter forma significante”. A forma é siginifcante quando é a própria


forma que nos chama a atenção e desperta o nosso interesse. Segundo esta teoria o que
faz de algo ser arte é o facto de possuir uma forma que pode ser apreciada esteticamente,
as relações entre as suas qualidades formais, a “forma siginificante” (padrões de formas,
linhas e cores nas artes plásticas; melodias, harmonias, ritmos, a instrumentação,
intensidade e andamentos, na música), e não o facto de representar algo ou exprimir
emoções.

A tese central desta teoria é: a arte é forma significante.

Esta teoria parece ter uma enorme vantagem em relação às anteriores. Pode incluir todo o
tipo de obras de arte, inclusive as que exemplifiquem tipos de arte ainda por inventar.

Objeções à teoria formalista de Bell

1) Há objetos de arte que não se distinguem visualmente de outros que não são arte (não
vemos qualquer diferença entre a Fonte, de Duchamp, e os urinóis que ficaram na
fábrica onde a Fonte foi adquirida). Se éa forma que faz uma obra ser arte, todos esses
urinóis teriam de ser arte, mas não são;
2) A dificuldade em explicar em que consiste exatamente a forma significante. O
formalista diz que sabemos o que é a forma significante porque temos emoções
estéticas quando a observamos, mas se lhe perguntarmos o que é essa emoção
estética ele diz que é o que temos ao ver a forma significante, o que é uma justificação
circular, pelo que não explica verdadeiramente.
3) Bell explica que identificar a forma significante é uma questão de sensibilidade. Assim,
as pessoas sensíveis, com sensibilidade, percebem a forma siginificante, as que não
são sensíveis, não a percebem. Mas, isto é encarar a forma significante como algo
misterioso a que poucos têm acesso, logo, é tão imprecisa que não admite
contraexemplos, e não admitir a possibilidade de contraexemplos é característica das
más teorias.

Potrebbero piacerti anche