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Como piloto de todo o terreno, primeiro nas motas e depois nos camiões, Elisabete

Jacinto viaja sempre fora dos roteiros habituais. Já em férias, D é a paixao
̃ pelo
mergulho que acaba sempre por influenciar na hora de escolher o destino.

Em locais inóspitos, pelos desertos e montanhas de paiś es exóticos, Elisabete Jacinto vai
onde muito poucos têm oportunidade de ir. Para o bem e para o mal, ralis e raides
tornaram-se a sua vida. Tinha 28 anos quando participou na primeira prova de todo o
terreno e desde então nunca mais parou de correr mundo. “Estive muitos anos sem fazer
férias, porque todo o dinheiro disponível era para as corridas. Antes, ainda fiz algumas
viagens interessantes, mas depois as minhas viagens passaram a ser as provas.”

A sua primeira grande viagem foi um périplo pela Ásia. “Fui a Hong-Kong, Malásia,
Singapura, ... Tinha vinte e poucos anos e foi especial, F não só por ser a primeira vez que
andei de avião, mas porque me permitiu contactar com realidades muito diferentes da
minha. O meu marido trabalhava numa empresa de louças e, como ia muito à China,
decidimos aproveitar e ir de férias para a Ásia.” Outro “marco importante” foi a primeira
grande viagem de mota: uma volta à Penin ́ sula Ibérica com o marido, Jorge.

Primeiro nas motas, depois nos carros e agora nos camiões, Elisabete Jacinto tem
participado nas mais importantes provas de todo o terreno mundiais, como o mit́ ico Dakar, a
África Race ou os ralis da Tuniś ia ou de Marrocos. “Depois de começar a competir,
praticamente parámos de viajar” afirma. Passou, então, a aproveitar as corridas como meio
para conhecer outros locais. Lembra, por exemplo, uma expedição de camião entre Lyon e
Pequim, pela antiga Rota da Seda. Os pilotos eram convidados para fazer partes do
percurso e a Elisabete calhou um trecho situado na Turquia. “Para além da oportunidade
única de conduzir o camião por aquelas montanhas muito amplas, aproveitei para ficar mais
uns dias e fazer um pouco de turismo. “ E foi assim que teve a oportunidade de conhecer a
região turca da Capadócia, famosa pelas suas paisagens lunares e cidades subterrâneas,
com casas e igrejas escavadas na rocha.

Já durante a corrida, não há tempo para nada. “Sentimos um bocadinho do ambiente e
pouco mais. Por vezes, quando as etapas são curtas, conseguimos apreciar as paisagens
do deserto, ao entardecer. Mas a verdade é que estamos sempre muito isolados, em sit́ ios
longe das aldeias, e acabamos por não contactar muito com as pessoas. Por outro lado, C
temos a vantagem de poder conhecer locais totalmente fora dos circuitos turiś ticos, onde
mais ninguém vai. Lembro-me de passar por zonas rurais da Geórgia e ver máquinas de
extração de petróleo nos quintais das casas. Se não fosse pelas corridas, eu nunca ali
passaria. B E às vezes tenho de comer em tascas que até arrepia, mas essa também é a
parte engraçada.”

Quando convidada a escolher um destino de eleição. Elisabete nem sequer hesita em optar
por Marrocos. E“É um paiś lindiś simo, com paisagens fantásticas. As montanhas da
cordilheira do Atlas, os oásis e s palmeirais do deserto, a cor laranja da terra, a contrastar
com a erva, muito verde, ...” A hospitalidade é outra das caracteriś ticas que seduzem a
piloto. Costuma deslocar-se a Marrocos pelo menos uma vez por

ano, para treinar, e hoje posso dizer que sinto saudades quando estou muito tempo sem lá
ir.”
Miguel Judas, in Revista Unibanco, no136, 2011 (texto com supressões)

GRUPO IIITexto A
Lê o texto. Os Bárbaros

Primeiro vieram a cavalo e a galope. Guerreando porque serem guerreiros era a sua
condição e a sua razão de viver. Os bárbaros. Alanos, Vândalos e Suevos. Mais tarde os
Visigodos. Algo os atraia ́ já neste claro azul quase africano. Vinham dos seus paiś es
brancos e invernosos, talvez gostassem do brando clima e do azul do céu, gostavam
decerto das terras que conquistavam aos indig ́ enas, e onde se instalavam. Depois pararam
as visitas violentas. As últimas, e mais breves, foram as francesas.G

E durante muito tempo não houve incursões. Até ao advento do turismo. E então ei-los que
se puseram a chegar todos os anos pelo verão, C voando ou de camioneta de vidraças
panorâmicas e ar condicionado, de automóvel também, naturalmente, e até em auto-stop,
que é a maneira atual de viajar na garupa do cavalo. Enchem os hotéis de todas as estrelas
que há na terra e também os parques de campismo onde erguem as suas tendas de paz. B
Vêm armados de máquinas fotográficas e de filmar. E só lhes interessam as coisas, e eles
próprios no meio delas. F Quanto aos indig
́ enas, querem lá saber. Como dantes.

É uma coisa engraçada, o turismo. A. E As coisas é que mudam de nome e de rosto com o
tempo. Mas repetem- se incessantemente. Estou a escrevinhar estas regras – já muitas
vezes escritas – A. porque avistei agora mesmo, da minha janela, um grupo loiro e colorido
de vikings, saindo do seu drakkar terrestre e sem cabeça de dragão.

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