Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Kendall Ryan
Equipe PL
Disponibilização: Soryu
Rute Gontijo
Tereza Cléa
Asilva
Elianai Holanda
J.
Formatação: Cris G.
Resumo
INFORMAÇÃO DA SÉRIE:
01 – Desvende-me
02 – Faça-me sua
Agradecimentos
Devo dar um grito especial para Sali Powers, uma deusa beta-leitora
australiana. Vamos apenas dizer que a garota usou mais do que seu
quinhão de pontos de exclamação e F-bombas para mostrar sua paixão para
os primeiros rascunhos de Faça Me Sua. Você é uma tonelada de
divertimento. Te amo!
Meu editor, Tanya Saari é uma estrela do rock e meio. Obrigado por
fazer a minha história brilhar.
Dedicatória
Não importa como você é cortada, mesmo na roda, isso irrita. Eu fugi
para a extremidade oposta da toalha de piquenique, ansiosa por me
distanciar de Ashlyn e Aiden, e de uma exibição pública de muito afeto. Eu
alcancei meu limite quando Aiden se inclinou sobre a minha amiga, e
alimentou-a com um morango, beijando seus lábios enquanto ela mastigava.
Vômito.
Eu joguei uma uva em Ashlyn para chamar sua atenção. Ela estava
um pouco distraída, com a língua atualmente alojada dentro da boca de
Aiden. A uva bateu na parte de trás de sua cabeça e ela se virou para mim,
confusa.
Revirei os olhos. — Seu amigo não é ruim. Os dois juntos podem ser
divertidos.
Eu ainda não tinha tido tempo para pensar sobre o meu próximo
passo, quando a bola do Sr. Adorável e de seu amigo caiu aos meus pés.
Isso seria mais fácil do que eu pensava. Como tirar doce de uma criança.
— Eu acho que você deixou cair isso. - Eu joguei a bola em suas mãos
capazes. Ele pegou-a facilmente. Graças ao meu irmão mais velho, eu
realmente sabia como jogar uma bola de futebol. Eu imaginei que ele iria me
convidar para o seu jogo, ou fazer algum comentário sugestivo sobre tocar a
bola, mas ele apenas sorriu.
— Não... Ele vai ficar com o seu filho hoje. E chamá-lo de ‗professor
Gibson‘ é apenas assustador.
Não foi uma longa caminhada de volta, uns poucos quarteirões. Não
há tempo suficiente até mesmo para cavar o meu celular da minha bolsa
para me distrair.
Não merda.
1 significa simplesmente que o homem esta na parte inferior e parceiros vão para trás.
— Você mora onde? - Eu perguntei, vendo como estávamos na frente
da minha casa.
— Alguém pode viver lá? - Eu quis dizer para o meu rosto não se
torcer em repulsa, mas quando eu vi sua expressão cair, eu sabia que ele
tinha se ofendido.
Ele olhou para a casa novamente, com sua ampla varanda, uma
grande porta de madeira espaçosa. — Tudo isso? Só para você?
— Liz.
Era tarde demais para ligar para o senhorio. Meus gatos eram inúteis
e não podia contar com eles para matar uma aranha, e muito menos pegar
um morcego. Talvez eu pudesse ir lá em cima e fazer o meu novo vizinho
quente lidar com o animal. Ele disse para deixá-lo saber se eu precisasse de
alguma coisa, e eu achei isso definitivamente qualificado.
— Posso entrar?
Ele retirou-se para o que eu assumi que era seu quarto e voltou um
minuto depois, equipado, vestido com jeans e uma T-shirt cinza. Seu cabelo
estava amassado de sono e ele parecia adorável.
— Eu não sei. - Ele foi até o armário perto da porta da frente e tirou
uma raquete de tênis.
Mordi o lábio e eu esperava que ele não ficasse louco por eu acordá-lo.
Mas a maneira como ele riu sobre as luvas de forno antes de ir lá embaixo
me colocou à vontade. Eu afundei em seu sofá e esperei.
Cohen deu um passo mais perto para mim. — Você está bem?
Reparei nele anexando algo a seu cinto e, quando cheguei mais perto,
vi que era um pager.
— Um traficante de drogas?
— Você é um bombeiro?
— Sim.
Eu balancei a cabeça.
— Obrigada.
A garçonete passeou com um sorriso doce para Cohen. Ele pediu duas
pilhas de panquecas e depois de uma pausa para me perguntar se eu
gostaria de café também, ele pediu para ambos um café.
Cohen colocou o xarope para mim. — Pensa que você pode lidar com
isso? - Seu sorriso era impertinente, brincalhão.
Isso era curioso. Ele era o tipo de cara que se recusava a permitir que
uma menina dormisse? Hum. Cohen parecia provocar mais perguntas do
que respostas.
Cohen fez uma careta. — O que você vai fazer nesse meio tempo? É... -
ele olhou para o relógio - ... muito fodidamente cedo.
Eu ri. — Eu sou uma grande garota. Eu vou ficar bem. Obrigada mais
uma vez.
Virei para minha porta, mas Cohen agarrou meu pulso. — Vamos lá.
Você está vindo para cima comigo.
— Eu vou?
Eu não pude resistir e colocar minha mão em seu peito. Sim, era
sólido e quente como eu esperava. — Eu não sou uma convidada, querido,
eu sou uma vizinha chata com um problema de morcego que acordou você
no meio da noite.
Ele sorriu.
Ele soltou uma gargalhada. — E como você sabe que eu não sou um
assassino em série?
— Sim, porque assassinos em série costumam usar luvas de forno
para a intimidação e comprar panquecas para suas vítimas antes de colocá-
las na cama. - Revirei os olhos.
Esperei, sem saber onde isso estava indo. Talvez sua namorada
tivesse decidido vir depois de tudo.
— Ele tenta dormir na minha cama, mas eu não costumo deixá-lo. Ele
é um devorador de cobertores. - Cohen sorriu.
Cohen riu ao vê-lo. — A menos que você seja uma verdadeira amante
de cães e não se importar de aconchegar-se com esse cara, eu sugiro que
você venha para o meu quarto.
Ele arrancou sua camiseta pela cabeça e tirou a sua cueca boxer
preta. Eu peguei um vislumbre de sua pele lisa, bronzeada, pouco antes de
ele se arrastar ao meu lado e se cobrir com o lençol.
Senti que algo havia mudado entre nós, o ar era espesso e pesado. —
Desculpe, eu não sabia que eu estava tomando o seu lado - eu sussurrei na
escuridão.
— Está tudo bem. Eu prefiro dormir mais perto da porta. Dessa forma,
se alguém invadir eles têm que passar por mim primeiro.
Ele não tinha aula até mais tarde, então eu agradeci-lhe pela noite
anterior, e ele voltou para cima para fazer o café, enquanto eu começava
minha caminha de vinte minutos até o campus.
Eu agarrei minha bolsa com laptop contra meu peito e parti para a
casa a pé. Eu chequei meu telefone para mensagens de novo, na esperança
de ter uma atualização do meu senhorio sobre a situação do morcego. Eu
estava rolando através de mensagens de texto quando colidi contra algo
sólido. Deixei escapar um gemido e rapidamente olhei para cima para ver
quem ou o que eu colidi.
Foi Cohen. Ele estava fora para uma corrida com esse maldito
cachorro. Bob. Ele estava ofegante em voz alta e abanando o rabo.
— Oh, ele veio aqui hoje. Nós não conseguimos encontrar o morcego,
mas selou sua chaminé.
— Nós?
— Oh, obrigada.
— Oh, merda. Bob, saia. - Cohen puxou o cão para trás de mim, mas
não antes que ele conseguisse alguns beijos piegas.
— Desculpe por isso. Ele é maior do que você e ele é muito animado.
Eu soltei um suspiro e esfreguei meu cóccix doendo. — Está tudo
bem.
Ele tomou outro gole. — A não ser que você conte beber sozinho e
brincar com meu violão.
— Parece ótimo.
Ele tirou o pager e colocou-o ao seu lado. — Espero que eu não receba
uma chamada esta noite. - Era estranho pensar que a qualquer momento
ele poderia ser chamado para longe, sua noite seria interrompida. — Saúde.
- Ele tocou a taça de vinho com a minha e nós dois tomamos um gole. Era o
meu vinho branco favorito, Santa Margherita Pinot Grigio. Era fresco e
refrescante e emparelhava perfeitamente com a refeição de massas leves.
— O que é isso?
Cohen de repente deixou cair o garfo contra o lado do seu prato, o som
do tilintar me assustando. — Há nozes neste prato?
Ele acenou com a cabeça. — Eu acho que sim. - Ele fechou os olhos e
deixou a cabeça cair para trás contra a parede. Peguei uma toalha da cesta
perto da pia e molhei-a com água fria. Torci e me ajoelhei perto de Cohen.
Eu apertei o pano fresco na sua testa.
— Parece bom.
Olhei ao redor da sala de estar, pela primeira vez percebendo que não
havia TV. Antes que eu pudesse perguntar como iríamos assistir a um filme,
Cohen abriu o caminho para o seu quarto.
Eu me aproximei e aspirei-o.
— Eu tenho?
Ele sorriu. — Venha aqui. - Ele estendeu o braço até que estivesse ao
seu lado. Ele estava quente e os músculos firmes de seu corpo estavam
incrivelmente pressionados contra o meu. Era em momentos como este que
eu não conseguia decifrar as suas motivações.
Ele levantou-se sobre o cotovelo para olhar para mim. Eu sabia que
estava corada e rosa como se eu tivesse sido pega com a mão na botija. Ele
colocou a mão no meu rosto, como se verificando minha temperatura.
Não, eu não estou bem, eu estou com tesão como o inferno e você está
me deixando louca! — Tudo bem, por quê?
Uma vez que isso foi feito, ele me aninhou contra seu corpo e colocou
o braço em volta de mim, as pontas dos dedos distraidamente deslizando ao
longo do meu ombro. Minha pele se arrepiou toda. Eu estava hiper
consciente de cada pequeno movimento dos dedos, querendo que ele me
tocasse em outros lugares, explorasse mais do meu corpo. Mas desta vez,
quando ele pegou a minha mão mais uma vez e começou a esfregar meus
dedos com o polegar, eu tentei não ler qualquer coisa para ele.
Cohen segurou minha mão e olhou para ela. — Suas mãos são muito
pequenas.
— Não realmente. - Eu nunca falei sobre ele. Nunca. Nem mesmo com
Ashlyn. Cohen sorriu para mim, infelizmente, como se estivesse quebrado.
Eu não quero que ele sinta pena de mim. Eu não queria que ele sentisse
qualquer coisa por mim, exceto, talvez, o desejo. Isso não seria tão ruim. Ele
pegou minha mão novamente e entrelaçou os dedos com os meus.
— Eu nunca conheci o meu pai. Ele deixou a minha mãe quando ela
estava grávida de mim. Ela tinha apenas dezoito anos.
Eu balancei a cabeça.
— Eu tenho que levar Bob para fora. Eu posso levá-la para casa, ou ...
Ele riu. — Inferno sim, fácil E. Você tem um cheiro muito melhor
também. - Ele se inclinou e cheirou meu cabelo. — Sim. Como flores e sol.
Eu balancei minha cabeça. — Não, se não está tudo bem com isso.
Lambi meus lábios, esperando. Ele inclinou a cabeça para baixo para
a minha, e, ao mesmo tempo enterrando a mão no meu cabelo. Ele beijou
levemente o canto do meu queixo. — Deus, você é linda - ele murmurou.
Ele riu. — Sim. - Sua cabeça caiu para trás contra o travesseiro e
fechou os olhos. — Eu não sei se isso é uma boa ideia, Eliza.
Eu fiquei irritada com o uso do meu nome completo. — Por que você
está saindo com alguém?
Ele abriu os olhos de novo e olhou para mim. — Na verdade, não. Nós
só saímos algumas vezes, e eu não falei com ela desde que te conheci.
Eu não podia deixar de sorrir. Tinha sido um longo tempo desde que
alguém tinha dito que eu era um problema. Caras normalmente apreciavam
que eu fosse uma instigadora. Sentindo que Cohen queria parar, eu deslizei
para fora de debaixo dele e para cima em direção à cabeceira da cama até
que eu estava meio sentada. Ele sentou ao meu lado, apoiado no mesmo
caminho, tentando obter a sua respiração sob controle.
Senti que ele estava tentando encontrar as palavras certas, mas era
também algo mais.
Ele soltou uma respiração irregular. — Você é tóxica para minha força
de vontade - ele sussurrou, como se estivesse falando para si mesmo. —
Crescer com uma mãe solteira, que era apenas uma adolescente quando ela
me teve, ela me marcou para nunca deixar uma menina grávida. A maneira
como ele a deixou ... Deus. — Ele passou as mãos pelo cabelo. — Eu não sei
por que estou dizendo tudo isso. - Ele olhou para o teto e puxou outra
respiração. — Eu jurei fazer algo de mim mesmo. Eu estive trabalhando em
tempo integral desde que eu tinha quinze anos, tornei-me um bombeiro
voluntário, quando eu tinha dezoito anos, e jurei nunca tratar uma mulher
como minha mãe foi tratada.
— Esperando?
Oh, foda-se. Espera! Eu parei quando a respiração foi tirada dos meus
pulmões. Um virgem? Este homem bonito e de boa aparência? Havia algo de
errado com ele, e eu não tinha conhecimento? Deformado? Pequeno pacote?
Oh, por favor, não deixe que ele tenha um pequeno pacote.
Eu sabia que não era uma ideia que eu deveria sequer recepcionar,
mas parte de mim perguntou se eu poderia ser a garota certa para Cohen,
que eu seria a sua primeira. Eu empurrei o pensamento longe tão
rapidamente quanto apareceu. Ele e eu estávamos interessados em duas
coisas muito diferentes. Eu não podia permitir ficar ligada a ninguém. E
Cohen queria o pacote completo. Amor, romance, casamento. Ele era mais
tradicional em seus pontos de vista, talvez porque ele cresceu sem tudo isso.
Eu sabia que ninguém poderia me fazer feliz, exceto eu, e não colocava
ações em algo que pode não durar.
— Sério?
Hm. Eu podia ver que sua escolha não foi sempre fácil, mas que ele
estava preso à decisão que tomou. Foi louvável, mesmo que eu não
conseguisse entender. — Bem, obrigada por me dizer. - Eu dei um beijo
suave na sua bochecha. Eu não tinha certeza do que significava esta nova
informação entre nós.
Ele pegou meu rosto entre as mãos e trouxe minha boca para a dele,
pressionando um beijo em meus lábios. — Boa noite, Eliza.
Cohen ficou de frente para mim e sorriu. — Vejo você em casa hoje à
noite? - Ele sorriu.
Então ele se foi e Stu estava olhando para mim, cansado. Vendo
Cohen aqui tinha me enervado. Agora me sentia mal de estar fazendo o que
fosse que eu estava fazendo com Stu. Se eu fechar a porta agora e continuar
com o que eu tinha originalmente vindo fazer, Cohen poderia estar à
espreita do lado de fora e eu não podia fazer isso com ele.
— Será que isso tem alguma coisa a ver com o seu vizinho? - A
palavra pingava com insinuações.
Desde que parecia que alívio sexual não estava na agenda de hoje, eu
mandei uma mensagem a Ashlyn. Eu precisava de um tempo de garota.
Estática.
Nós nos encontramos um pouco mais tarde para o happy hour num
pequeno pub no meio do caminho entre seu novo apartamento e minha
casa. Ela e Aiden tinham comprado um lugar juntos, querendo começar
tudo de novo. Era um belo loft com toques modernos. Era meia Ashlyn, com
mobiliário inadequado e cores brilhantes e meio Aiden, com pinturas de
classe penduradas nas paredes. Eu tinha estado lá um punhado de vezes
para visitar e ver Thomas, o seu gato que eu tinha cuidado por pouco
tempo. Possuir três gatos estava praticamente anunciando ao mundo que eu
era uma aspirante a senhora gato, que eu era, mas ainda assim, esse era o
meu negócio.
Ela pulou para o banco ao meu lado e sorriu. Eu podia lê-la como um
livro. — Você fez sexo, não é?
Ela tomou outro gole. — Com você, o problema cara nunca é nada.
Agora derrame.
Eu ri, sabendo que ela estava certa. — Você sabe que eu tenho
dormido com Stu?
— Maldição, menina.
— É. Amigos.
Ela soltou uma gargalhada. — Ok, então. Deixe-me saber como isso
funciona para você. - Ela continuou balançando a cabeça, tentando conter o
riso enquanto sua expressão tornou-se mais grave. — Puxa, Liz, você está
mais levantada do que eu dei-lhe crédito alguma vez.
— Eu sei que você não está. Mas me permito esperar que algum dia
talvez você vá ficar fora disso. - Ela acenou com a mão em minha direção.
Ela deu uma tapinha no meu joelho. — Você sabe que eu te amo,
querida. Enquanto você está feliz, eu estou feliz.
— Eu estou feliz. - Eu estampei um sorriso, esperando que ela não
percebesse o jeito que minha boca se contorceu nos cantos. A verdade era
que eu não tinha sido feliz em um longo tempo. Cinco anos para ser exata.
Foi quando depois de uma noite fatídica, eu lutei para desligar toda a
emoção. E eu pretendia mantê-la assim.
Eu não pude deixar de rir com o apelido ridículo que parecia ter
ficado. Sim, porque ser nomeado atrás de um rapper da velha escola era tão
cativante.
Ele parou ao meu lado, respirando com dificuldade, e Bob caiu para a
calçada, a língua pendendo de sua boca. — Onde você estava? Você não
estava terminado.
Ele inclinou meu queixo para cima para encontrar seus olhos. — Você
está estranha pelo que eu te disse.
Não era uma pergunta, e eu não respondi. Eu apenas segurei seu
olhar azul, em busca do que, eu não sei.
Ele riu. — Não fique estranha comigo. Eu ainda sou o mesmo cara.
Claro, eu provavelmente me segurei com os padrões mais rigorosos do que
alguns, mas não me trate diferente agora que você sabe.
Eu não tenho ideia o que me possuiu para dizer que sim, mas de
alguma forma eu me vi balançando a cabeça. Eu não sei se foi para
compensar a minha rejeição evidente depois que ele admitiu seus segredos
mais profundos, ou apenas porque era impossível dizer não, olhando para
mim com aqueles belos olhos azuis, dizendo-me que tinha sentido saudades,
mas seja qual for a razão, eu encontrei-me tomando banho e me vestindo e
voltando na minha varanda para encontrá-lo 30 minutos depois. Senhor,
ajuda-me.
Ele revirou os olhos. — Minha irmã Graça pegou este cão para mim,
quando ela descobriu que o nosso cão dos bombeiros foi morto. Bob foi seu
presente de aniversário para mim. Mas ela está muito ligada a ele também,
então eu levo-o para a casa da minha mãe quando eu vou para casa.
— Entendi.
Ele examinou minha mais modesta camisa preta até o joelho e top cor
vinho. — Você arrumou-se agradavelmente.
— Isso deve ter sido uma maneira louca para crescer tão rápido e com
tanta responsabilidade.
Seu sorriso não poderia ser atenuado quando ela jogasse os braços ao
redor de sua cintura, abraçando-o com abandono. Eu cresci com um irmão
dois anos mais velho. Eu não lembro de ficar tão animada por vê-lo. Nunca.
Era doce. Cohen se inclinou para beijar o topo de sua cabeça. — Vamos lá,
coisinha curta. - Ela estalou para Bob, que se levantou e seguiu
obedientemente. Ficou claro que o cão e seu irmão mais velho a adoravam.
Sua mãe era chocantemente jovem e bonita com maçãs do rosto altas
e grandes olhos azuis. Ela era uma fina garrafa loira, vestida com um
vestido coral de cor modesta. Ela me deu um olhar desconfiado antes de
apertar a minha mão. Claramente ela estava nervosa sobre seu filho trazer
uma garota para casa.
— Oi. - Sua boca transformou-se num pequeno sorriso, antes que ela
virasse os olhos para os seus pés. Ela tinha tímidos cabelos castanhos
deixados sem estilo e usava pouca ou nenhuma maquiagem. Ela parecia ter
dezoito anos, talvez 19 anos de idade.
Eu não sabia o que era tão bom nisso, mas eu mantive minha boca
fechada.
Eu lhe dei uma cotovelada no lado e nós dois rimos. Sua mãe fez uma
careta. E Maggie olhou de Cohen para mim, depois de volta para Cohen
novamente, sem entender a piada interna. — É bom conhecer você... Fácil...
— Hum?
Ele riu. — É isso aí. Vamos apenas descartar Boo Boo em primeiro
lugar.
Sim, boa ideia! Seu quarto tem beliches também, ela respondeu.
Eu balancei minha cabeça. — Oh, você não precisa ir fácil para mim,
doçura. Eu tenho isso. - Meu nível de confiança não combinou tanto com o
meu nível de habilidade, mas eu gostava de vê-lo rir.
— Bem, eu não quis dizer mais fácil, eu só queria dizer mais amigável
para iniciantes.
Ele riu. — Esse é o meu carro, gata. O seu é esse. - Ele apontou para
o canto inferior da tela onde outro carro estava batendo repetidamente
contra uma parede.
Cohen sorriu quando seu carro cruzou a linha de chegada, então ele
saiu da cama para desligar o console do jogo.
Eu usei a sua ausência para passar para o espaço acolhedor que ele
ocupava e me enrolei com seu travesseiro. — Eu acho que estou ficando
viciada em sua cama.
Ele sorriu e se deitou ao meu lado. — Eu acho que minha cama está
ficando viciada em tê-la nela.
— O que é isso?
Ele foi para cima e para fora da porta antes que eu tivesse sequer
registrado totalmente isso.
***
Eu tinha acabado de voltar da minha corrida matinal quando Ashlyn
ligou para dizer que eles estariam chegando em breve para nos pegar para o
fim-de-semana. Eu corri para cima para deixar Cohen saber. Encontrei-o
ainda na cama onde eu o tinha deixado uma hora atrás, aconchegado com
Bob. Como estava se tornando o nosso hábito de costume, eu tinha passado
a noite com ele. A única diferença marcante era a preocupação que eu
sentia enquanto esperava por ele chegar em casa com segurança da
chamada de incêndio no carro que ele atendeu, e o alívio que senti quando
ele finalmente chegou em casa, suado e exausto horas depois. Eu ri quando
vi eles. — Isso é o que você faz quando eu vou embora? — Eu provoquei.
— Bob, o que? - Ele empurrou o cão para longe dele como se ele
ficasse horrorizado e me puxou para cama. Ele passou os braços e as
pernas em volta de mim, me puxando apertado contra ele. — Assim é
melhor.
Meu coração batia forte contra meu peito. Este sutiã esportivo e
minúsculo short não forneceram quase a barreira necessária contra seu
peito nu e pele macia e quente. Eu precisava de um banho de água fria.
Isso, e provavelmente até mesmo um compromisso com o meu B.O.B.
O cheiro dele era tão inebriante, seu peito nu tão delicioso, eu quase
esqueci minha regra de não começar qualquer coisa que se assemelhe
remotamente um relacionamento. Quase. Se eu pudesse pôr Cohen a bordo
com a noção de uma conexão sem-amarras.
Mas Cohen não era um tipo de cara fazer-e-sair. Para não falar que eu
já tinha um sentimento ocasional de sexo suado com ele, iria rapidamente
tornar-se um vício perigoso para a minha posição sobre solteira.
— Vamos. - Eu empurrei contra ele. — Ashlyn e Aiden estarão aqui
em breve. Eu não quero que eles nos peguem... fazendo o que é isso que
estamos fazendo?
Ele se sentou e me puxou para o seu colo, com o rosto sério. — O que
estamos fazendo?
Eu olhei para baixo, mexendo com o lençol torcido. Ele era fácil de
estar ao redor, doce para mim, agradável, de bom coração, de todas as
coisas, logicamente, eu sabia que deveria querer. Mas algo incomodava
dentro de mim. Eu não poderia ir lá. Não com Cohen, não com ninguém.
Minha respiração ficou presa no meu peito. Apenas o mais leve dos
toques dele, e todo o meu corpo estava cantarolando e pronto. Eu o golpeei
brincando. — Vamos lá, temos que ficar prontos. E eu preciso de um banho
frio. - Eu me encolhi. Eu não tinha a intenção de dizer essa última parte em
voz alta. Oh, bem.
— Ei, amigo.
Sorri para sua atenção e Ashlyn sorriu para ele também. Ele tinha
essa capacidade rara de fazer com que todos ao seu redor se sentissem
confortáveis e felizes. Eu sabia por Ashlyn que sua memória nunca tinha
sido devolvida integralmente, o que o deixou ainda mais definido em viver
cada dia em sua plenitude, sem arrependimentos.
Quando chegamos à casa do lago, meu queixo bateu no meu colo. Isso
era muito mais do que uma pequena cabana na praia. Era uma grande casa
em estilo artesanal com um alpendre envolvente e vistas deslumbrantes do
infinito lago de cristal azul.
Tirei minha blusa e bermuda, peguei uma cerveja e deslizei para baixo
da cadeira. Eu esperava que meus óculos escuros fossem manter minha
leitura incógnita do corpo de Cohen. Lutei com o girar no topo da garrafa de
cerveja até Cohen, que eu não acho que estava prestando atenção em tudo,
inclinou-se e retirou a garrafa de minhas mãos. Ele facilmente torceu o topo,
os braços flexionando, em seguida, entregou-a de volta para mim.
Com esse pensamento, ele olhou para minha direção e fez uma careta.
Eu não tinha falado com ele muito hoje, se foi de propósito ou não, eu não
tinha certeza. Mas ele e Aiden pareciam bem e Ashlyn e eu grudadas
também, eu me sentia bem. Ela estava com Aiden tanto ultimamente, era
bom ter algum tempo de menina.
Tirei minha blusa e sutiã, e pus em cima da minha mala. Meus seios
estavam doloridos e cheios, e com fome para a boca e as mãos de Cohen.
Em seguida, eu escorreguei meu short e a calcinha e entrei em um biquíni
de cor ameixa, que mal cobria meu traseiro. Eu não ouvi nenhum som vindo
do banheiro, mas ainda era fácil imaginar o que Cohen seria parecido com a
roupa. Eu já tinha visto ele sem camisa em abundância de vezes, e apenas
isso foi o suficiente para enviar a minha libido em esgotamento. Ele era
perfeito. Eu envolvi o top de biquíni em meu peito, justamente quando a
porta do banheiro abriu.
— Está tudo bem. Pode amarrar pra mim? - Virei-me para encará-lo,
segurando as taças no lugar sobre os meus seios, e vi como o olhar de
Cohen acariciou minha pele nua.
Virei-me para que minhas costas estivessem de frente para ele e ele
reuniu suavemente as cordas e começou a amarrá-las. O toque de seus
dedos contra a minha pele me fez quebrar em frios arrepios.
— Vamos lá, provavelmente eles estão esperando por nós. - Ele puxou
minha mão, mais do que o necessário, e me levou para as escadas.
Oh meu.
— Vá embora, Liz. - Sua voz foi abafada, mas o tom era claro. Ele
queria ser deixado sozinho. E eu não pude deixar de notar que eu era Liz
agora.
Ele era bonito. Seu pau grosso estava tenso e implorando por atenção.
— O que você quer? - Eu sussurrei, olhando para ele.
Sua mão não tinha deixado o meu queixo, e ele me puxou para sua
boca e me beijou, suave no início, em seguida, separando meus lábios para
acariciar sua língua com a minha.
Seu beijo era inebriante. O calor de sua boca, a maneira hábil que a
língua flertou com a minha. Sabendo que provavelmente não iria ter
relações sexuais aumentaram todos os meus sentidos e meu cérebro
ordenou que eu prestasse atenção a cada toque, cada sensação, foi uma
experiência completamente diferente do que eu estava acostumada. Era
tudo sobre o acúmulo ao invés de um único momento de felicidade.
— Por que você fez isso? - Ele sussurrou contra meus lábios.
— Porque eu queria.
Puta merda!
***
Corri meus dedos pelo meu cabelo, tentando domar a loucura. — Nós
não fizemos sexo, se é isso que você quer dizer.
— Tudo bem. Mas isso não pode acontecer de novo, Liz. Você está
tentando ele. E eu sei que você não tem muito autocontrole.
— Sim.
Eu pressionei minha boca fechada. Ela estava certa. Mas isso era
diferente. Aiden estava num hospital mental, preso e eu estava preocupada
que ele fosse perigoso. Parecia que sua preocupação não era para mim, mas
para o inocente Cohen. — Eu estou indo para uma caminhada. - Eu soltei.
Ele riu, uma profunda, risada gutural. — O inferno, sim. Isso era
muito mais do que bem.
Se Cohen não ia lutar contra essa coisa entre nós, então eu também
não. Segurei seus ombros e esmaguei sua boca na minha.
Eu não podia deixar de sorrir para ele, notando que ele tinha uma
ereção novamente. Eu ri e entrelaçei os dedos com os seus, quando
começamos a voltar para a casa do lago.
***
— Por que você não pega outra cerveja e um lanche para os caras? O
jantar vai demorar um pouco ainda. - Não demorou muito tempo para
preparar salmão e salada, mas ser babá de Ashlyn estava adicionando
tempo para a refeição e eu só queria que ela saísse da sala por um minuto.
Era uma grande responsabilidade na cozinha. Felizmente para ela, porém,
Aiden adorava cozinhar.
— Eu vou fazer isso. - Ela assentiu com a cabeça. Ela pegou duas
garrafas de cerveja especial micro-fabricadas que tinha aprendido que os
caras compartilhavam em comum como seu favorito e, em seguida, começou
a derramar uma mistura de diferentes salgadinhos numa tigela,
equilibrando tudo isso em seus braços para levá-lo para a mesa.
— Nozes? - Cohen perguntou uma vez que sua boca estava limpa.
— Ele é alérgico?
***
Sorri para Aiden e me dirigi para as escadas. Meu pulso acelerou com
cada degrau e quando eu finalmente cheguei ao topo, eu achei Cohen
deitado na cama de baixo, as mãos cruzadas atrás da cabeça e um sorriso
enorme no rosto.
Eu apertei a mão sobre sua boca. — Shhh. - Mas seu sorriso era
contagiante, e logo eu estava sorrindo para ele como uma idiota. Nossos
olhos se encontraram e seguraram por vários momentos, seus olhos eram
preenchidos com algo que puxou meu peito. Eu empurrei o sentimento de
lado. Eu só queria o físico com ele, e não o emocional. Eu não poderia lidar
indo lá novamente. Com ninguém. Especialmente alguém tão perfeito e
adorável como Cohen. Só iria acabar em desgosto para nós dois.
Inclinei-me para mais perto dele e deixei a minha mão cair fora de sua
boca. — Você vai ser bom? - Eu sussurrei sedutoramente contra seus lábios.
Oh, e eu sabia que ele seria bom. Ele era sexy como o inferno, sem
sequer tentar. Toda a sua massa muscular magra e bondade veronil eram
quase mais do que eu poderia suportar. Quase.
Ele passou as mãos pelo meu lado, levantando minha camisa quando
elas passaram. Eu levantei meus braços, encorajando-o a removê-la
completamente, como eu sabia que ele queria.
Sua boca puxou meu mamilo com um som de sucção e ele encontrou
meus olhos. — Shh. - Ele me lembrou.
Seus dedos deslizaram pela minha barriga e dançou junto com o cós
do meu pequeno short jeans, brincando e me provocando com seu ritmo. Eu
nunca odiei um botão tanto na minha maldita vida. Ele finalmente libertou
o botão e levantei meus quadris para que ele pudesse puxar os calções para
baixo das minhas pernas. Então ele deixou cair no chão com o resto de suas
roupas.
2
Sorri com os carinhos malcriados.
Parei de repente e sentei-me. — Cohen, ela que tem que ficar, ou nada
vai me impedir de montar no seu pau.
Ele gemeu e sua cabeça caiu para trás contra o travesseiro. — Foda. -
Seu peito retumbou com a maldição. — Não diga coisas como essa, querida.
— Cohen. - Minha voz era um pedido, só que eu não sabia para quê.
Ele deveria ser mais forte. Eu não era conhecida por minha vontade, mas
por ele, gostaria de tentar.
Ele deixou minha calcinha no lugar, mas me puxou para o seu colo
novamente. Eu queria o contato contra ele, tanto como ele queria. Ele
balançou os quadris contra os meus, e apertou seu pênis contra minha
calcinha encharcada com cada impulso. Debrucei-me sobre ele, e meus
seios balançam suavemente contra seu peito enquanto nos beijamos. A
sensação dos meus mamilos deslizando sobre seus peitorais foi outra das
sensações que eu normalmente não teria notado. Seus beijos eram ásperos e
desesperados, sua língua combinando o ritmo de suas investidas. Foi
hipnótico e sensual. Outra coisa para amar sobre Cohen.
Ashlyn subiu do banco da frente para trás até mim e nós amontoamos
juntas. De repente eu estava congelando e tremendo, e eu percebi que ela
estava chorando, mas eu não sabia por quê. Estávamos bem. Aiden estava
bem. O que estava errado?
Foi quando eu vi.
Ficando confortável com ele tão rápido tinha sido um erro. Eu estava
feliz por não ter ido mais longe no fim-de-semana. Eu não queria que ele
ficasse confuso sobre meus sentimentos por ele. Eu tinha tentado me
convencer do contrário, mas eu sabia no fundo que o sexo com ele nunca
seria sem emoção e sem complicações. Eu não poderia explicar como eu
sabia. Eu apenas sabia. E eu não podia deixar-me ir até lá com ele.
— Cohen... Por favor. Eu simplesmente não posso. Não com você. Não
com qualquer um. - Eu murmurei, olhando para os meus pés.
Ele inclinou meu queixo para cima e olhou para mim, e eu fechei os
olhos. Eu sabia que era infantil, mas se eu encontrasse seus olhos azuis, eu
poderia desmoronar. E eu não podia permitir que isso acontecesse. Sua mão
ficou na minha bochecha, embalando o meu rosto e esfregando em círculo
lento com o polegar perto da minha orelha.
— Cinco anos.
Sua mão caiu do meu rosto, e ele se inclinou para pressionar um beijo
na minha testa. — Eu sinto muito por você ter visto isso hoje. Eu deveria ter
ficado com você, eu não sabia.
Meus olhos foram para ele. — Não, você estava certo em ajudar. Era
apenas ... difícil. Estar nessa cena trouxe à tona sentimentos que eu nunca
quero experimentar novamente.
Quando ele foi embora, meu cérebro sabia que colocar alguma
distância entre nós era a coisa certa a fazer, mas o meu corpo doía
instantaneamente por seu calor. Eu me enrolei ao meu lado, puxando o
cobertor jogado em cima de mim e cai em um sono agitado.
Vários dias se passaram e eu fiz o meu melhor para evitar ver Cohen.
Eu já tinha visto ele fora para correr de manhã com Bob algumas vezes,
onde tínhamos acenado um Olá, mas não falamos. Ele me mandou uma
mensagem no final de uma noite, apenas uma breve linha para perguntar
como eu estava, mas ficou sem resposta e ele não enviou mensagem
novamente. Eu não sei se eu esperava que ele colocasse mais esforço, mas
eu não podia evitar a surpresa que senti com a facilidade e rapidez com que
ele escorregou da minha vida.
Foi por isso que quando Stu me chamou, eu não tinha nenhuma
razão para dizer não e estava esperando que cronometrar alguma ação entre
os lençóis afastaria Cohen da minha mente de uma vez por todas. Mas,
claro, que não tinha sido o caso. Eu não tinha sido capaz de ir até o fim, me
preocupando se Cohen estava em casa para nos ouvir. Pelo menos é isso o
que eu disse a mim mesma, eu não quero pensar que meus sentimentos por
Cohen foram o que realmente estavam afetando a minha decisão.
Merda. Meu estômago se contorceu num nó. Por que eu me sinto tão
mal? Eu queria deixar escapar que nada tinha acontecido, que ele estava
tirando conclusões precipitadas, mas eu pressionei meus lábios. Eu poderia
ter quem eu queria na minha casa, por qualquer motivo. Certo?
Stu ajeitou o paletó e ofereceu sua mão. Deus, ele poderia ser mais
estranho?
Mas me lembrei que Stu era seguro. Chato, prático e sem brilho na
cama, mas seguro. Fim da história. Se fosse possível, esse pensamento me
fez sentir pior.
Stu estava dizendo algo para Cohen sobre o médio prazo, mas Cohen
parecia desinteressado e entediado por toda a interação.
Me atrevi a olhar em sua direção quando ele passou por mim. Raiva,
tristeza e ... outra coisa ... se refletiu em seus olhos. Foi essa centelha, essa
chama ... fosse o que fosse que ardia entre nós.
Engoli em seco e disse adeus à Stu. Essa foi à outra coisa boa sobre
sua visita, nenhum beijo de despedida era necessário. Voltei para dentro,
sentindo-me pior do que eu estava antes da visita de Stu, que havia sido
projetada para aliviar a tensão, e não causá-la.
Capítulo 13
— Okay. Onde? - Para ser honesta a distração de sair para tomar uma
bebida soava bem, e sua vertigem era contagiante. Eu certamente poderia
reunir um pouco de energia para a minha melhor amiga, depois de tudo.
Aiden estava no bar, com um copo de licor de cor âmbar em sua mão,
e ele estava sorrindo como um idiota. — Parabéns, amigo. - Eu o abracei,
também, levantando os pés e passando o braço em torno do ombro.
— Tem certeza que você está bem com isso? - Sua respiração quente
roçou minha orelha.
Cohen.
Ele estava vestido com jeans e uma camiseta preta equipada com a
palavra de segurança impresso em branco no meio do peito. Eu queria
correr pela sala para ele, arremessar os braços em volta do seu pescoço e
inalar seu aroma reconfortante, mas eu fiquei colada, equilibrada no banco,
com medo de que se eu tentasse ficar de pé, minhas pernas não fossem
sustentar o meu peso.
Era bom deixar tudo cair, sentir a música e esquecer todo o resto. A
mão quente no meu ombro fez meus olhos abrirem. Por um segundo eu
pensei que poderia ser Cohen, mas o cara me olhando de volta não poderia
ter sido mais diferente de Cohen se tentasse. Ele estava usando uma luva
colorida de tatuagens que cobriam todo o seu braço esquerdo e uma
pequena barra de metal estava perfurada através de uma sobrancelha. Mr.
Piercing-Sobrancelha sorriu e descansou as mãos na minha cintura,
seguindo os meus movimentos. Eu coloquei minhas mãos em seus ombros e
deixei-o guiar-me. Ele foi pressionado perto, quente e sexy com olhar bad
boy, e eu estava bêbada. Eu respirei fundo e soltei o ar devagar, me virando
um momento. Suas mãos deslizavam ao longo dos meus quadris, me
segurando perto e se movendo comigo. Meu pulso batia ansiosamente no
meu pescoço com o pensamento de Cohen nos descobrindo.
— Eliza.
Cohen fechou a distância entre nós, e assim que ele estava perto, toda
a minha vontade desapareceu. As bebidas tinham me alcançado, e isso,
juntamente com a presença de Cohen e o aroma familiar, estava fodendo
com a minha cabeça. — Você trabalha aqui? - Eu perguntei, inclinando-me
para mais perto dele, traçando as letras esticadas na sua T-shirt com a
ponta do dedo.
Eu não sabia exatamente o que ele estava pedindo, mas eu tive uma
ideia. Ele estava perguntando sobre nós. Eu olhei nos olhos dele, e toda a
minha determinação se suavizou. — Cohen, por favor... – Eu respirei, quase
num sussurro e deitei minha cabeça no seu peito.
— Oh.
Minha calcinha estava toda molhada e minha buceta pedia para ser
preenchida, mas ainda assim, eu continuava com entusiasmo chupando ele.
Nunca tinha me excitado muito fazer isso, mas a resposta verdadeira de
Cohen era quente. Ele continuou balançando os quadris para frente,
empurrando-se cada vez mais em minha boca até que seu pênis estava
batendo no fundo da minha garganta. Eu engasguei uma vez
acidentalmente e ele rapidamente saiu. — Eu sinto muito. - Seus olhos
seguraram os meus com um olhar de confusão e preocupação. — Eu não
queria sufocá-la, você é boa pra caralho com isso, é difícil de segurar com
você. - Ele acariciou minha bochecha em desculpa.
Eu sorri para ele com os lábios inchados e úmidos. — Está tudo bem.
- Eu gostava de saber o quanto o afetava, e o fazia perder quase todo o
controle. Eu tinha certeza que o afetava de uma maneira que outras
meninas nunca tiveram e eu gostei disso também.
Seu fone de ouvido estalou com estática, e ele apertou-o contra seu
ouvido, ouvindo uma conversa que eu não poderia fazer.
— Podemos terminar isto mais tarde em casa, onde há uma cama real
e eu posso cuidar de você como você merece?
Uma vez que nossas roupas estavam de volta no lugar, ele me levou
para sala de descanso e partiu para a frente do clube para lidar com o
distúrbio.
***
Se sair era o código para foder, porque sim, sim, eu estava... Esses
próximos dez minutos passaram mais lentamente do que toda a hora antes
dele, mas finalmente ouvi o SUV de Cohen rugir parando do lado de fora. Eu
destranquei e encontrei-o na varanda. Ainda vestido com a camiseta preta
de segurança, ele parecia quente e vigoroso. Eu gostava de saber que,
apesar dele ter um lado doce e suave, ele trabalhava como segurança num
clube no centro e esta noite havia terminado com uma luta. Não havia, na
verdade, nada que eu não gostasse sobre Cohen e essa realização me
assustou um pouco. Ele correu os degraus da varanda e varreu-me num
abraço, levantando meus pés descalços do chão. Ele deu um beijo doce na
minha testa e me baixou.
Quando Cohen voltou, vestindo apenas sua cueca boxer preta, o meu
coração começou a bater. Eu não sabia o que poderia acontecer entre nós
esta noite. A paixão aquecida de mais cedo havia diminuído, mas não se
desgastou completamente. Eu só queria saber agora que se Cohen poderia
abordar as coisas com a cabeça clara, se ele ainda queria o que eu
precisava.
Bob levantou a cabeça ao ouvir o som dos pés descalços de Cohen
avançando ao longo do piso de madeira, mas, em seguida, ele suspirou e se
virou, fazendo-se mais confortável. Os olhos de Cohen chicotearam nos
meus, e ambos sorrimos.
— Isto é o que vocês dois fazem quando não estou aqui, não é? -
Minha boca se contorceu num sorriso.
Pela primeira vez, percebi o quão exausto ele parecia. Seus olhos
estavam sombreados por olheiras debaixo deles, e algumas linhas tênues
marcadas na testa. Tracei um único dedo ao longo da pele, e ele fechou os
olhos como se estivesse saboreando o meu toque.
— Por que ela está aqui? - Grace lhe perguntou, descendo seu corpo
magro até que seus pés estivessem novamente no chão. — Você nunca
trouxe uma menina com você.
Cohen, por sua vez, parecia alheio que essas duas senhoras da sua
vida não achavam que havia espaço para uma terceira, e eu não estava
prestes a apontar isso para ele. Essa não era a minha intenção de qualquer
maneira, não é? Então, eu permaneci quieta durante o jantar e assisti a
brincadeira da família legal que compartilhavam.
— Ele passou por muita coisa na sua vida. Eu não tenho certeza do
que ele te disse, mas Grace e eu realmente confiamos nele, e nós... não
podemos ter nada mudando isso.
Nós nos despedimos e saímos, uma vez que a hora de Grace dormir já
passava.
Ele tinha tudo o que precisava em sua mãe e irmã, bem, quase tudo.
Eu sabia que ele estava esperando a garota certa entrar em sua vida. Eu
não acho que ele percebeu que a barreira foi levantada muito alta, que sua
mãe foi arrogante e que ele parecia muito... perfeito.
***
Olhei ao redor, o que costumava ser o meu lugar favorito no meu lindo
sobrado, o assento da janela do meu quarto que dava para o quintal. Agora
que eu sabia que a cama de Cohen estava em cima de mim, exatamente no
mesmo lugar, eu não conseguia olhar para ele da mesma maneira. Eu parei
meus dedos ao longo do tecido de cor champanhe que eu acostumava
arrumar para cobrir o assento, e a pilha de livros sobre a mesa que eu
dispus ordenadamente lá. Meus dedos deslizaram sobre as lombadas dos
livros. Eu não dava a mínima para Confeitarias de Paris, ou raças do cão de
Westminster, ou Edifícios da skyline de New York, eu só pensei que a pilha
de livros parecia interessante, intrigante. Mas ao invés disso, muito parecido
com a minha vida, eles eram opacos e sem vida e sem sentido.
Ela poderia dizer que havia algo errado, embora as únicas palavras
que eu articulei foram: — Oi Mãe.
— Oh, Eliza Jane, não faça isso com você mesma. O Dr. Carson disse.
Nada disso foi culpa sua. É hora de seguir em frente mel.
Mais fácil dizer do que fazer. Ela tinha me dado este mesmo discurso
inúmeras vezes, e eu sabia que era melhor manter a boca fechada do que
tentar argumentar com ela. — Há alguém que eu meio que tenho visto, e
sua família e os relacionamentos são muito importantes para ele. Eu sei que
você acha que está na hora, mas eu não consigo superar a barreira de
perder Paul assim e, quero dizer, olhando para o seu relacionamento e do
papai. Não é exatamente um endosso vencedor para o amor e casamento.
— Estou feliz que você esteja vendo alguém, querida, mas deixe isso
para saltar cinquenta passos à frente, para o casamento e bebês. Basta
levar um dia de cada vez. E quanto a seu pai e eu... Você acha que eu
lamento ter me casado com ele? - Ela riu. — Não Eliza, eu não faço. Eu
tenho você e seu irmão. Os primeiros quinze anos de casamento foram o
momento mais feliz da minha vida. Eu não me arrependo de todo. As coisas
finalmente mudaram entre mim e seu pai, e embora eu não gostasse que
isso acontecesse com alguém, eu não mudaria nada.
Mordi o lábio, pesando nesta nova informação. Ouvir minha mãe, que
foi uma vez tão amarga e cansada sobre homens após o divórcio, dizendo-
me que ela faria tudo de novo, era chocante. Eu não preciso de um Ph.D. em
psicologia para perceber que eu estava me escondendo atrás do divórcio dos
meus pais e subsequentemente caindo como uma desculpa para evitar o
comprometimento em minha própria vida.
— Ele parece ser um cara legal. Aposto que Paul teria gostado dele. -
Eu podia ouvir o sorriso na sua voz.
Se ele realmente sentisse algo por mim ele teria que provar isso. Pode
ser traiçoeiro testá-lo desta maneira, para ver até onde ele estava disposto a
ir, mas eu precisava disso. Eu preciso que ele me mostre que eu valia a pena
para arriscar tudo. Para colocar sua boca na minha e me fazer sua.
Apesar de toda a louca auto conversa correndo pela minha mente todo
o dia, eu sabia o que precisava fazer. Era hora de colocar minhas calcinhas.
A conversa com a minha mãe na noite anterior pesava sobre mim. Por cinco
anos eu tinha protegido o meu coração como se fosse meu maldito trabalho,
porque eu tinha visto em primeira mão como facilmente poderia ser
arrancado de você. E embora eu não estivesse pronta para colocar tudo na
linha ainda, eu sabia que precisava me abrir para Cohen mais do que eu
tinha feito até agora.
— Por que você está aqui? O que você quer? - Ele sussurrou contra
meus lábios.
Ele se afastou e me olhou nos olhos. — É disso que você precisa? Por
quer que eu assuma o controle? Você precisa que eu seja duro? - Ele
respirou, sua voz profunda e grossa. Suas mãos grandes enquadrando meu
rosto e um tanto cruelmente ele forçou meu queixo para cima, segurando
meu queixo e pescoço. — É isso que eu preciso fazer para chegar até você?
Eu guinchei uma resposta enquanto ele enlaçou suas mãos embaixo
do meu cabelo e com cuidado puxou a cabeça inclinada para trás e ele podia
tomar a minha boca novamente.
Eu gostei deste lado de Cohen, este homem forte que eu sabia que
estava lá o tempo todo. Eu não gostava de ter que pensar em uma troca, e
meu cérebro se deleitava com o vazio que se seguiu. Desliguei todo o
pensamento racional e lógico do momento e apenas senti. Cohen. E tudo o
que ele tinha para oferecer.
Novo plano.
Era óbvio o quanto ele gostava de meus seios. Suas mãos e boca
começaram a acariciá-los, acarinha-los, beijando e mordiscando quase como
se ele estivesse no piloto automático, atraído por algum dispositivo
poderoso, guiando-o para o seu objetivo.
Eu amei como ele adorava meu corpo. Ele banqueteou na minha carne
até que eu estava corada e quente. Eu puxei suavemente seu cabelo para
puxá-lo de volta para me beijar. Sua língua invadiu violentamente minha
boca, acariciando a minha enquanto seus quadris suavemente balançavam
para frente, batendo sua tensa ereção contra minha barriga. Meus quadris
flexionaram automaticamente em direção ao seu, procurando, querendo.
Ele tinha que saber o que ele estava pedindo. A última vez que
estivemos juntos, eu tinha deixado claro que minha calcinha precisava ficar,
caso contrário, não havia promessa de eu ficar fora de seu pênis.
Tirei minha calça jeans, e depois, lentamente, cuidadosamente deslizei
minha calcinha pelas minhas pernas. Não escapou a meu conhecimento que
aconteceu de eu estar vestindo as calcinhas de algodão branco que eu
brinquei com Ashlyn que era meu par mais virginal.
Puta merda! Íamos realmente vai fazer isso? — Eu acho que eu tenho
uma na minha bolsa. - Ouvi-me dizendo.
— O quê? - Ele olhou para baixo, e riu. Sua ereção fez com que o
calção fizesse uma tenda em frente, tornando-se extremamente óbvio que ele
estava ostentando uma séria ereção. — É escuro. Ninguém vai ver nada. -
Ele me assegurou.
O tempo todo que ele tinha ido, minha mente se alternava entre o
pânico e a euforia, e meu coração bateu contra meu peito com a enxurrada
de emoção.
Se fosse qualquer outro cara, eu acharia que tinha sido complô para
tirar o preservativo, mas não Cohen, eu poderia dizer que tinha realmente
surpreendido-o com o quão desconfortável a peça ilícita de látex tinha sido.
— Melhor. - Eu sussurrei.
Eu esperei ele me parar, dizer alguma coisa, qualquer coisa. Mas ele
permaneceu em silêncio, além de sua respiração áspera e do gemido
ocasional. Quando o senti começar a deslizar para dentro de mim, eu não
sei qual de nós dois ficou mais surpreso, mas não havia como negar que me
sentia bem. Era melhor do que certo, foi perfeito. Ele afundou-se
lentamente, centímetro por centímetro, até que ele estava totalmente
enterrado no meu calor quente. Ele soltou um gemido e uma série de
palavrões incoerentes.
Eu me senti muito exposta em cima, não que a posição era nova nem
nada, mas com Cohen, parecia algo mais. Ele observava meus movimentos,
e não apenas a forma como o meu peito saltou, mas ele também olhou
profundamente em meus olhos, vendo cada expressão minha. Segurei seus
peitorais perfeitamente formados, enquanto ele continuava a dirigir dentro
de mim, suas feições acesas com admiração e paixão.
Eu não tinha ideia de quanto tempo ele iria durar, já que eu não tinha
tido relações sexuais com um virgem desde que eu era uma adolescente e
dessa experiência me lembrei exatamente de duas coisas: a dor excruciante,
como se estivesse sendo penetrada com uma faca, e que Tyler Simonson
durou exatamente 49 segundos (eu tinha contado). Mas Cohen me
surpreendeu por bombear em mim a um ritmo constante por muito mais
tempo do que eu esperava. E quando ele me arrastou fora de seu colo, de
repente, eu pensei que talvez ele iria gozar, mas ao invés disso se posicionou
em cima de mim, abriu minhas coxas com as duas mãos, pressionou em
mim de novo e admirou o local onde os nossos corpos se uniam.
Seus impulsos cresceram mais duros, e eu mordi meu lábio para não
gritar alto. Sua respiração tornou-se irregular e errática enquanto ele lutava
para manter o controle. — Oh, foda, foda, baby. - Ele gemeu. — Você se
sente incrível.
— Porra, Eliza.
A segunda vez que fizemos sexo naquela noite, a experiência foi mais
lenta, mais controlada. Havia uma diferença marcante. Ele estava fazendo
amor. Cohen se assegurou que cada parte do meu corpo estivesse doendo e
pronta para ele antes que ele me pegasse. Ele se moveu lentamente em cima
de mim, com os olhos fixos nos meus, enquanto eu agarrava seu bíceps. Ele
sussurrou meu nome baixinho junto ao meu ouvido, como se para
demonstrar o que isso significava para ele. Ficou claro a nossa primeira vez
foi para mim, mais áspero, mais intenso e esta segunda vez era para ele,
suave, cuidadoso, saboreando.
Não havia palavras que precisavam ser ditas, era óbvio o que ele
estava me dizendo. Em cada toque, cada beijo, eu sabia exatamente o que
ele estava dizendo, mas a plena realidade me bateu quando nós
terminamos, e ele me envolveu em seus braços e me segurou com força
contra ele. Isso me assustou mais do que a sua vontade de me dar a sua
virgindade.
— Obrigada, sexy.
Ele riu, e tomou um gole de sua cerveja. — Que merda era aquilo, a
propósito? Os micro-mini-preservativos? - Ele brincou.
Revirei os olhos, sabendo que ele queria ouvir-me dizer que ele era
excepcionalmente grande. — Era um preservativo de tamanho regular,
Cohen. - Eu fiz uma nota mental de que ele precisaria de preservativos de
grande porte para a próxima vez. Ou estava bem usando nenhum.
Ele era maior do que a média, mas é claro que eu não iria dizer isso a
ele. Era óbvio que ele estava se sentindo muito malditamente presunçoso,
no momento, e eu amei o brilho em seus olhos azul-bebê.
Sem dizer nada me retirei para a cama um pouco mais tarde, e dormi
profundamente aninhada nos lençóis que cheiravam a Cohen e a nossas
escapadas suadas.
Capítulo 17
Meu plano tinha saído pela culatra para mim. Eu não tinha certeza se
eu estava tentando chamar seu blefe, ou apenas jogar um jogo cruel de
covardia com seu coração, mas Cohen não recuou. Ele elevou as apostas,
consideravelmente, dando-se a mim, junto com seu coração numa bandeja.
Eu estava agindo como esta outra pessoa por tanto tempo, mesmo eu,
mal lembrava da menina da cidade pequena que eu tinha sido. E Ashlyn
não tinha jamais conhecido. Mas de alguma forma Cohen percebeu que ela
ainda estava dentro de mim, mesmo insistindo em me chamar de Eliza, o
que era estranho.
Depois daquela noite feliz com ele, eu tinha saído bem cedo na manhã
seguinte, enquanto ele ainda estava dormindo e não havia retornado suas
ligações nos dias que se seguiram. Eu sabia que era uma merda minha, mas
eu precisava colocar minha cabeça no lugar. Parecia que tudo estava
desmoronando em torno de mim, e se e quando eu dissesse a Cohen a
verdade sobre mim, eu não sei se eu poderia lidar com sua rejeição.
— Você ainda está vendo Stu? - Seu rosto era uma máscara de
preocupação. Linhas de vinco gravadas na sua testa, enquanto ela
inclinava-se para frente e me estudava.
— Oh Deus, não. Nada disso. Foi melhor do que eu jamais poderia ter
imaginado. - Eu tinha colocado as minhas expectativas baixas, nunca
imaginando que Cohen seria tão naturalmente dotado como ele era.
Esse era o problema. Eu não sabia como enfrentar Cohen agora, como
dizer o que eu precisava dizer. — Há algo que eu nunca te disse.
— O que é isso?
— Abra-o.
Eu queria dizer a ela antes, todas as vezes que ela riu de como
despreocupada eu era, ou zombou sobre eu ser uma medrosa de
compromisso. Tinha estado em minha mente inúmeras vezes, eu nunca
soube o que dizer. E é claro que tinha estado em minha mente na noite que
ela empurrou o anel de diamante brilhante e grande na minha cara.
— Ele era perfeito, Ash. Muito além de perfeito. Ele era dois anos mais
velho que eu. Eu o conheci quando eu tinha dezessete anos, ele era um
garçom no clube do meu pai, e definitivamente não era bom o suficiente
para namorar sua filha tanto quanto eles eram interessados. Mas ele os
conquistou eventualmente. Ele era doce e gentil e bem-educado. Ele ajudava
a minha mãe a limpar os pratos depois do jantar e poderia falar de esportes
com meu pai. Ele foi meu primeiro... em tudo.
Limpei a garganta, percebendo que eu tinha ficado um pouco perdida
em minha própria história. Eu ainda podia ver o sorriso torto de Paul, a
primeira vez que ele me mostrou o que tinha tatuado sobre o coração. Paul
foi a razão pela qual eu comecei a ir por Liz. Mas isso foi mais tarde, é claro.
Depois.
Eu não contei a ela sobre os seis meses após a sua morte, quando eu
mal podia funcionar, ou dois anos depois que eu vivia como um zumbi,
dependente de antidepressivos apenas para passar dia após dia. Minha
mudança para Chicago era a minha chance de começar de novo. Eu me
tornei Liz. Endurecida, invencível garota-festa extraordinária, apenas
procurando por um bom tempo e uma aventura ocasional.
Não havia nenhuma maneira que eu poderia ter ido viver em Iowa,
após Paul morrer. Vestígios dele estavam por toda a pequena cidade onde eu
cresci. Ter que passar pelo clube de campo dos meus pais onde nos
conhecemos, restaurantes que tínhamos comido, ou em outros lugares
familiares numa base diária teria sido demais. Eu tinha passado um
semestre fora da escola depois de sua morte e, em seguida, transferi para
Chicago.
Eu adorava viver em Chicago agora. A azáfama, o ritmo de tudo isso,
os engarrafamentos e diversidade étnica garantiu que eu raramente fosse
lembrada da minha pequena cidade de Iowa.
Este pequeno discurso era tão diferente de Ashlyn, eu não podia evitar
me inclinar em direção a ela, estudando-a como um experimento científico.
Realismo bateu em meu peito. Ela estava certa. Como é que eu não vi
isso antes? Veio para mim com uma corrida de uma clareza impressionante.
Paul odiaria o que eu estava fazendo. Muito vinho e muita atitude. Uma
noite apenas. Caras sem nome por causa do esquecimento. Eu me arrepiei
quando eu pensei sobre o meu caso com Stu.
Porcaria. Ashlyn estava certa. Pena que não ia ser assim tão simples.
Ela estudou-o com uma testa franzida antes de falar. — Esta é uma
foto de ultra-som. - Sua mão voou para a boca. — Oh, Liz. - Ela jogou os
braços em volta de mim, me apertando firmemente, deixando-me chorar
baixinho em seu cabelo.
— Oh, querida. - Ela acariciou meu cabelo para trás do meu rosto
carinhosamente.
— É por isso que eu não perco meu tempo com caras legais que
gostariam de mais. Eu não tenho isso em mim para dar a alguém de novo,
figurativamente e literalmente.
— Cohen vai querer uma família algum dia. E uma mulher com um
útero funcionando. - Mordi o lábio. — Eu pensei que sair com os caras mais
jovens, os universitários, eu estava segura. Eles não costumam pensar no
futuro com esse tipo de coisa. Mas deixei isso para atrair o homem mais
perfeito do mundo e fazê-lo vir a ser todo responsável e focado em sua
futura Sra. Certa. - Revirei os olhos, tentando amenizar a situação.
— Arrume isso, mel. Você pode fazer isso. - Ela beijou minha testa e,
em seguida, foi embora.
Isso foi estranho. Por que ele iria ligar no meio da noite? A menos que
alguém na vizinhança tivesse o chamado sobre um cachorro latindo muito
na casa de um dos seus inquilinos.
— Oh, Liz, que bom que você está de pé. Escute, eu sinto muito por
chamar tão tarde, mas houve um acidente.
— Bob. - Eu corrigi.
— Ok, então você pode cuidar dele até que eles possam conseguir algo
mais arrumado?
— Tudo o que sei é que ele caiu no chão em um prédio em chamas, ele
foi levado às pressas para o hospital e está passando por uma cirurgia de
emergência.
E então ele voltou a falar sobre o cão, e fazer arranjos para me dar
uma chave para o apartamento de Cohen, mas cai com alívio contra o
encosto do sofá. Eu tirei o telefone longe do meu ouvido e mordi meu punho,
lutando contra um grito. Isso tudo foi muito semelhante à chamada que eu
recebi sobre Paul anos atrás. Mas Cohen ainda estava vivo, e eu rezei para
ele ficar bem. Eu repeti o mantra na minha cabeça.
— Então você pode... Quero dizer levar o cachorro para fora, alimentá-
lo, esse tipo de coisa?
— Claro. - Eu respondi.
Ele disse que estaria perto com a chave em poucos minutos, então eu
rapidamente coloquei calças de brim, e joguei a camisa de Cohen dos
Bombeiros de Chicago sobre o meu top.
Assim que Bob havia saído para fazer o seu negócio, eu pulei no meu
carro raramente usado e passei do limite de velocidade para o hospital para
estar lá quando Cohen acordasse, rezando o tempo todo que ele iria ficar
bem.
***
Depois de estacionar fora da ER, eu corri para a área da recepção do
hospital, confundida por todos os sinais que eu vi. Eu parei ao me
aproximar do balcão de informações para perguntar sobre o paradeiro de
Cohen.
Fiquei surpresa por não ver a mãe dele, Denise. Eu tinha certeza de
que ela estaria um desastre. A menos que houvesse uma sala de espera
apenas para família. Provavelmente tinha cadeiras de veludo e revistas desta
década. E café. Eu estava pronta para matar alguém para tomar uma xícara
de café.
— Ele tem estado em cirurgia por duas horas. Sua mãe foi contatada,
mas o meu entendimento é que ela está tentando encontrar alguém para
ficar com a irmã mais nova para que possa chegar até aqui.
Ela ergueu o queixo para isso e ela cruzou os braços. — Você não fez o
suficiente?
Ela fechou a porta antes de falar de modo a não perturbar o sono dele.
— Ele vai se recuperar. Ele quebrou o ombro caindo no chão e tem uma
concussão e algumas costelas machucadas, mas tirando isso, ele vai ficar
bem.
— Posso vê-lo?
Ela soltou um suspiro longo e lento. — Eu não acho que é uma boa
ideia.
Esperei por ela continuar, para me dizer que eu deveria voltar quando
ele estivesse acordado... alguma coisa, qualquer coisa, mas ela ficou ali
estoicamente. — Eu sei que vocês dois tiveram uma espécie de briga, e eu
não tenho certeza se ele gostaria que você o visse assim. Obrigada por
cuidar de Grace. E Boo Boo. Eu tenho tudo sob controle a partir daqui. - Ela
desapareceu de volta para seu quarto no hospital, antes que eu pudesse
formular uma resposta.
Mordi meu lábio com força suficiente para tirar sangue para evitar
chorar, mas fiz pouco. Lágrimas de frustração em silêncio escorriam pelo
meu rosto.
***
— Tudo bem, contanto que eu não o mova. Ele deve curar-se bem.
Mas eu não posso responder a chamadas pelas próximas oito semanas.
Claro que sua mãe não lhe disse. Eu dei um passo para mais perto
dele. — Eu estava lá, Cohen. Eu queria vê-lo, e sua mãe achou que era
melhor... Quer dizer, provavelmente era melhor que eu simplesmente
deixasse-o.
— Por que você diz isso? Minha mãe não sabe nada sobre o que eu
quero ou preciso. Eu teria gostado de vê-la. Aquela noite com você foi a
melhor noite da minha vida, e depois... quando você saiu... - Ele parou
abruptamente e olhou para baixo, os olhos ardendo com intensidade.
— Sinto muito. - Eu consegui falar em quase um sussurro. Eu sabia
que não era a desculpa que ele merecia, mas as palavras pareciam estar me
escapando. Eu olhei para a calçada, toda a minha coragem se dissolvendo
com a visão dele.
Olhei para cima e encontrei seu olhar. Ele era o mesmo homem
confiante, bonito que eu tinha me apaixonado, se não um pouco mais
machucado e desconfiado de mim. Partiu meu coração vê-lo assim, sabendo
que eu era a causa disso.
Ele passou a mão em seu queixo com uma áspera barba rala, então
ajustou a pulseira da sua faixa. — Vem para dentro. Nós não vamos falar
sobre isso na rua.
— Ela não me disse muito, disse que era a sua história e você que
devia contar, mas só que eu não sabia pelo que tinha passado e para não
julgá-la muito duramente.
Ele balançou a cabeça. — Ela também disse que você não é tão dura
como você tenta parecer.
Mordi meu lábio, decidindo se eu podia-lhe dizer. Isso não foi como eu
imaginei. Eu imaginei que teria tempo para preparar o que queria dizer,
estar vestida com algo infernalmente bonito, pelo menos, ter tomado banho,
e talvez dizer-lhe com alguma bebida para suavizar o golpe. Mas eu chamei
a minha coragem. Também queria me explicar agora, ou perder Cohen para
sempre. Limpei a garganta e comecei. — Você merece saber, eu sei disso. E
eu quero que você saiba que o que você me deu, o que nós compartilhamos,
significou muito para mim também.
Ele sorriu e pegou minha mão. — Basta dizer isso. O que poderia ser
tão ruim, Fácil E?
Fui para longe dele, desconfortável. Eu não podia permitir ter
esperanças por ele para apenas ser rejeitada no final. Foi essa a razão pela
qual eu tinha tentado mantê-lo distante. Torci minhas mãos no meu colo. —
Eu estava noiva. - Meus olhos desviaram-se para os seus, e eles estavam
preocupados e curiosos, mas não com raiva. Ainda.
Cohen
Nós todos viemos à mesma casa do lago do verão passado, só que este
ano para marcar a minha formatura da faculdade, e para comemorar com
Ashlyn e Aiden que tinha acabado de voltar de suas duas semanas de lua-
de-mel em Fiji. Seu casamento foi simples, mas elegante e Eliza fez uma
bela dama de honra. Eu estava como padrinho, não porque Aiden não tinha
outros amigos, ele tinha, era apenas que as suas memórias nunca tinham
voltado e ele se sentiu mais próximo aos que ele conheceu desde que
desenvolveu a amnésia.
— Você viu o que esse vira-lata enorme me fez? - Ela cobriu de areia o
meu colo, com pingos de água gelada.
A água gelada encharcou minha sunga fez todo o desejo que eu sentia
saltar. Levantei-a e enrolei-a em uma toalha antes de enlaça-la para o meu
colo novamente. Ela sorriu para o calor da toalha aquecida pelo sol e se
aninhou em meu peito. Era em momentos como este que eu me sentia
orgulhoso dela, do jeito que ela lutou e superou seu medo de permitir se
apaixonar de novo.
***
Eu não sei por que eu estava tão malditamente nervoso sobre isso.
Limpei minhas mãos em meus shorts, e andei no loft. O chuveiro tinha
estado ligado por dez minutos já, e embora ela gostasse de banhos longos,
eu sabia que ela estava esperando por mim para chegar lá.
Meu peito estava nu, do jeito que ela gostava, e eu fui despojado por
apenas um par de cuecas boxer brancas que ela comprou para mim,
alegando que elas eram sexy. Eu não sei nada sobre isso, tudo o que eu
sabia era que eu sentia como se estivesse me oferecendo a ela, e eu imaginei
que era verdade.
Depois daquela noite, sabendo que ela era minha, isso levou o nosso
relacionamento a um novo patamar. Nós não tínhamos mais passado noites
separados, e apesar dos gatos de Eliza não estarem felizes com o arranjo em
primeiro lugar, quanto mais ela começou a levá-los lá para cima com ela,
mais Bob cresceu sobre eles. Tínhamos trabalhado por todos os seus medos
e inseguranças, a maior me surpreendeu - sua incapacidade de gerar uma
criança. Após esse avanço, passamos horas juntos pesquisando sobre
adoção internacional on-line e vendo as imagens dos bebês e das crianças
que precisavam desesperadamente de um lar amoroso. Mostrando a ela que
eu estava muito aberto à ideia da adoção, parecia apagar o último fardo que
ela estava carregando. Nós sonhávamos com nosso futuro, viajando para o
Brasil, China, Rússia, construindo uma família do nosso próprio jeito.
Ela não perdeu tempo, puxou a minha cueca, e abriu uma trilha de
beijos molhados no meu estômago. Segurei-me parado, ainda assim, ao
invés de empurrar meus quadris para cima para encontrar sua boca
esperando, o que era o que eu realmente queria fazer, e em vez disso engoli
uma maldição quando sua boca quente se fechou ao redor de mim.
***
Eu atei meus dedos com os dela e levei sua mão aos lábios. — Eliza
Jane. - Eu dei um beijo na palma da mão. — Eu quero que você seja minha
para sempre. Quer se casar comigo? - Eu segurei o brilhante, um quilate de
anel de rubi na palma da minha mão. Ela olhou para o anel, e depois para
mim, e depois para o anel de novo, e seus olhos se encheram de lágrimas.
Eu escolhi um rubi em vez de um diamante e eu esperava que ela
entendesse o porquê. Ela foi noiva uma vez, e, claro, Paul tinha dado a ela o
anel de diamante tradicional. Eu queria algo que fosse só nosso, e vermelho
era sua cor favorita. Mas enquanto eu observava seus olhos transbordando
de lágrimas, eu estava preocupado que eu tivesse feito a coisa errada.
Um soluço se libertou do seu peito e ela jogou os braços ao redor do
meu pescoço. — Sim, sim. - Ela sussurrou, beijando meu pescoço entre
suas murmurações. — Sim, Cohen.