Sei sulla pagina 1di 162

QOAA-AFN/2019

TURMA
MÁSTER
CONHECIMENTOS GERAIS
MÓDULO – IV
JULHO - AGOSTO
2019

PORTUGUÊS E REDAÇÃO Prof. Rafael Dias


MATEMÁTICA Prof. César Loyola
GEOGRAFIA ECÔNOMICA Prof. Odilon Lugão
HISTÓRIA MILITAR NAVAL Prof. Vagner Souza
====================================================================

MATERIAL INTERNO DE USO EXCLUSIVO DOS ALUNOS


Proibida a reprodução total ou parcial

==================================================================
CURSO www.cursoadsumus.com.br – adsumus@cursoadsumus.com.br - ESTUDE COM QUEM APROVA!
P
O
R
T
U
G
U
Ê
S

Página 3 de 119
LISTA 1

1: Indique as duas figuras de linguagem presentes no trecho abaixo:

“A pobre chorava, e gritava, e lamentava, e se desesperava...”

a) Polissíndeto
b) Metáfora
c) Catacrese
d) Eufemismo
e) Ironia

2: Indique a figura de linguagem predominante do trecho abaixo.

“Tua beleza incendiará os navios do mar.


Tua beleza incendiará as florestas.
Tua beleza tem um gosto de morte.
Tua beleza tem uma tristeza de aurora.
Tua beleza é uma beleza de escrava.”
(Augusto F. Schimidt)

a) Polissíndeto
b) Comparação
c) Anáfora
d) Antonomásia
e) Ironia

3: Indique a figura de linguagem predominante do trecho abaixo.

“Meu verso é sangue” (Manuel Bandeira)

a) Assíndeto
b) Metáfora
c) Catacrese
d) Eufemismo
e) Comparação

4: Indique a figura de linguagem predominante do trecho abaixo.

“A felicidade é como a gota do orvalho numa pétala de flor.” (Vinícius de Moraes)

a) Assonância
b) Metáfora
c) Comparação
d) Eufemismo
e) Aliteração

5: Indique a figura de linguagem predominante do trecho abaixo.

O braço da cadeira quebrou.

a) Polissíndeto
b) Metáfora
c) Catacrese
d) Eufemismo
e) Ironia

Página 5 de 119
6: Indique a figura de linguagem predominante do trecho abaixo.

Ele gosta de ler Jorge Amado.

a) Metonímia
b) Metáfora
c) Catacrese
d) Comparação
e) Inversão

7: Indique a figura de linguagem predominante do trecho abaixo.

“O campo é o ninho do poeta...” (Castro Alves)

a) Antítese
b) Metáfora
c) Catacrese
d) Eufemismo
e) Pleonasmo

8: Indique a figura de linguagem predominante do trecho abaixo.

“Residem juntamente no teu peito


Um demônio que ruge e um deus que chora.” (Olavo Bilac)

a) Antítese
b) Metáfora
c) Catacrese
d) Eufemismo
e) Pleonasmo

9: Indique a figura de linguagem predominante do trecho abaixo.

Estou morrendo de sede!

a) Polissíndeto
b) Metáfora
c) Metonímia
d) Eufemismo
e) Hipérbole

10: Indique a figura de linguagem predominante do trecho abaixo.

“Debalde o rio docemente / canta a monótona canção.” (Manuel Bandeira)

a) Polissíndeto
b) Metáfora
c) Metonímia
d) Eufemismo
e) Prosopopeia

11: Indique a figura de linguagem presentes no trecho abaixo:

A Cidade Maravilhosa prepara-se para o Carnaval.


__________________________________________________________________________________________________

12: Indique a figura de linguagem predominante do trecho abaixo.

Depois de alguns momentos de delírio, entregou a alma a Deus.


__________________________________________________________________________________________________
13: Indique a figura de linguagem predominante do trecho abaixo.

Que belo comportamento o seu! Fez bagunça!


__________________________________________________________________________________________________

14: Indique a figura de linguagem predominante do trecho abaixo.

Não há teto para todos os necessitados.


__________________________________________________________________________________________________

15: Indique a figura de linguagem predominante do trecho abaixo.

“Bebeu só dois copos e já saiu cambaleando”.


__________________________________________________________________________________________________

16: Indique a figura de linguagem predominante do trecho abaixo.

Vi com meus próprios olhos.


__________________________________________________________________________________________________

17: Indique a figura de linguagem predominante do trecho abaixo.

A Amazônia é o pulmão do mundo.


__________________________________________________________________________________________________

18: Indique a figura de linguagem predominante do trecho abaixo.

“Brancas sonoridades de cascatas ... / Tanta harmonia melancolizava." (Cruz e Souza)


__________________________________________________________________________________________________

19: Indique a figura de linguagem predominante do trecho abaixo.

Você não foi feliz nos exames.


__________________________________________________________________________________________________

20: Indique a figura de linguagem predominante do trecho abaixo.

O ministro foi sutil como uma jamanta. Comparação


__________________________________________________________________________________________________

21. Indique a figura de linguagem predominante do trecho abaixo.

“O trono inglês está abalado pelas recentes revelações sobre a família real”

22. Indique a figura de linguagem predominante do trecho abaixo.


“Tratava-se de um papo-cabeça”

23. Indique a figura de linguagem predominante do trecho abaixo.


“Era difícil resistir aos encantos daquela doçura”

24. Indique a figura de linguagem predominante do trecho abaixo.


“Queria tomar um Porto fervido com maçãs”

25. Indique a figura de linguagem predominante do trecho abaixo.


“O brasileiro tenta encontrar uma saída para suportar a crise”

26. Indique a figura de linguagem predominante do trecho abaixo.


“Enormes chaminés dominam os bairros fabris da cidade inglesa”.

27. Indique a figura de linguagem predominante do trecho abaixo.


Thomas Edson ilumina o mundo.

Página 7 de 119
28. Indique a figura de linguagem predominante do trecho abaixo.
“O ouro só lhe trouxe infelicidade”
29. Indique a figura de linguagem predominante do trecho abaixo.
“Ele não respeitou seus cabelos brancos”

30.Indique a figura de linguagem predominante do trecho abaixo.


“O vermelho lhe corria pelas veias”

31. Indique a figura de linguagem predominante do trecho abaixo.

“Ayrton Senna foi um grande volante”

32. Indique a figura de linguagem predominante do trecho abaixo.


“As asas cortavam os céus de Copacabana”

33. Indique a figura de linguagem predominante do trecho abaixo.


“Os bronzes repicavam no alto do campanário”

LISTA 2

1. São Paulo gigante, torrão adorado


Estou abraçado com meu violão
Feito de pinheiro da mata selvagem
Que enfeita a paisagem lá do meu sertão

Tonico e Tinoco, São Paulo Gigante.

Nos versos da canção dos paulistas Tonico e Tinoco, o termo “sertão” deve ser compreendido como
a) descritivo da paisagem e da vegetação típicas do sertão existente na região Nordeste do país.
b) contraposição ao litoral, na concepção dada pelos caiçaras, que identificam o sertão com a presença dos pinheiros.
c) analogia à paisagem predominante no Centro-Oeste brasileiro, tal como foi encontrada pelos bandeirantes no século
XVII.
d) metáfora da cidade-metrópole, referindo-se à aridez do concreto e das construções.
e) generalização do ambiente rural, independentemente das características de sua vegetação.

2. Analise a charge considerando que o personagem de terno seja o dono da empresa aérea.

Nessa charge, identifica-se a figura de linguagem


a) antítese, já que os comissários de bordo apresentam reação idêntica ao saberem da demissão.
b) personificação, visto que o objetivo principal da charge é criar uma cena divertida e plena de humor.
c) hipérbole, pois há um exagero na solução drástica encontrada pelo dono da empresa para demitir os comissários.
d) metonímia, porque se percebe a indiferença do dono da empresa perante a sensação de terror da tripulação.
e) eufemismo, pois o dono da empresa resolve, sem sutileza, como cortar parte dos funcionários da empresa aérea.
3. Leia o seguinte texto, que faz parte de um anúncio de um produto alimentício:

EM RESPEITO A SUA NATUREZA, SÓ TRABALHAMOS COM O MELHOR DA NATUREZA

Selecionamos só o que a natureza tem de melhor para levar até a sua casa. Porque faz parte da natureza dos nossos
consumidores querer produtos saborosos, nutritivos e, acima de tudo, confiáveis.
www.destakjornal.com.br, 13/05/2013. Adaptado.

Procurando dar maior expressividade ao texto, seu autor


a) serve-se do procedimento textual da sinonímia.
b) recorre à reiteração de vocábulos homônimos.
c) explora o caráter polissêmico das palavras.
d) mescla as linguagens científica e jornalística.
e) emprega vocábulos iguais na forma, mas de sentidos contrários.

4. Assinale a única alternativa que contém a figura de linguagem presente no trecho sublinha do:

As armas e os barões assinalados,


Que da ocidental praia lusitana,
Por mares nunca dantes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
a) metonímia
b) eufemismo
c) ironia
d) anacoluto
e) polissíndeto

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


A namorada

Havia um muro alto entre nossas casas.


1Difícil de mandar recado para ela.

Não havia e-mail.


2O pai era uma onça.

A gente amarrava o bilhete numa pedra presa por


um cordão
E pinchava a pedra no quintal da casa dela.
Se a namorada respondesse pela mesma pedra
Era uma glória!
Mas por vezes o bilhete enganchava nos galhos da
goiabeira
E então era agonia.
No tempo do onça era assim.

Manoel de Barros
Poesia completa. São Paulo: Leya, 2010.

5. O pai era uma onça. (ref. 2)

Nesse verso, a palavra onça está empregada em um sentido que se define como:
a) enfático
b) antitético
c) metafórico
d) metonímico

Página 9 de 119
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
O tempo em que o mundo tinha a nossa idade

5Nesse entretempo, ele nos chamava para escutarmos seus imprevistos improvisos. 1As estórias dele faziam o

nosso lugarzinho crescer até ficar maior que o mundo. Nenhuma narração tinha fim, o sono lhe apagava a boca antes do
desfecho. 9Éramos nós que recolhíamos seu corpo dorminhoso. 6Não lhe deitávamos dentro da casa: ele sempre recusara
cama feita. 10Seu conceito era que a morte nos apanha deitados sobre a moleza de uma esteira. Leito dele era o puro
chão, lugar onde a chuva também gosta de deitar. Nós simplesmente lhe encostávamos na parede da casa. Ali ficava até
de manhã. Lhe encontrávamos coberto de formigas. Parece que os insectos gostavam do suor docicado do velho Taímo.
7Ele nem sentia o corrupio do formigueiro em sua pele.

− Chiças: transpiro mais que palmeira!


Proferia tontices enquanto ia acordando. 8Nós lhe sacudíamos os infatigáveis bichos. Taímo nos sacudia a nós,
incomodado por lhe dedicarmos cuidados.
2Meu pai sofria de sonhos, saía pela noite de olhos transabertos. Como dormia fora, nem dávamos conta. Minha

mãe, manhã seguinte, é que nos convocava:


− Venham: papá teve um sonho!
3E nos juntávamos, todos completos, para escutar as verdades que lhe tinham sido reveladas. Taímo recebia

notícia do futuro por via dos antepassados. Dizia tantas previsões que nem havia tempo de provar nenhuma. Eu me
perguntava sobre a verdade daquelas visões do velho, estorinhador como ele era.
− Nem duvidem, avisava mamã, suspeitando-nos.
E assim seguia nossa criancice, tempos afora. 4Nesses anos ainda tudo tinha sentido: a razão deste mundo estava
num outro mundo inexplicável. 11Os mais velhos faziam a ponte entre esses dois mundos. (...)

Mia Couto
Terra sonâmbula. São Paulo, Cia das Letras, 2007.

6. Um elemento importante na organização do texto é o uso de algumas personificações.


Uma dessas personificações encontra-se em:
a) Éramos nós que recolhíamos seu corpo dorminhoso. (ref. 9)
b) Seu conceito era que a morte nos apanha deitados sobre a moleza de uma esteira. (ref. 10)
c) Nós lhe sacudíamos os infatigáveis bichos. (ref. 8)
d) Os mais velhos faziam a ponte entre esses dois mundos. (ref. 11)

7. A escrita literária de Mia Couto explora diversas camadas da linguagem: vocabulário, construções sintáticas,
sonoridade.
O exemplo em que ocorre claramente exploração da sonoridade das palavras é:
a) Nesse entretempo, ele nos chamava para escutarmos seus imprevistos improvisos. (ref. 5)
b) Não lhe deitávamos dentro da casa: ele sempre recusara cama feita. (ref. 6)
c) Ele nem sentia o corrupio do formigueiro em sua pele. (ref. 7)
d) Nós lhe sacudíamos os infatigáveis bichos. (ref. 8)

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Para responder à(s) questão(ões) a seguir, leia o fragmento de um texto publicado em 1867 no semanário Cabrião.
São Paulo, 10 de março de 1867.
Estamos em plena quaresma.
A população paulista azafama-se a preparar-se para a lavagem geral das consciências nas águas lustrais do
confessionário e do jejum.
A cambuquira* e o bacalhau afidalgam-se no mercado.
A carne, mísera condenada pelos santos concílios, fica reduzida aos pouquíssimos dentes acatólicos da
população, e desce quase a zero na pauta dos preços.
O que não sobe nem desce na escala dos fatos normais é a vilania, a usura, o egoísmo, a estatística dos crimes e
o montão de fatos vergonhosos, perversos, ruins e feios que precedem todas as contrições oficiais do confessionário, e que
depois delas continuam com imperturbável regularidade.
É o caso de desejar-se mais obras e menos palavras.
E se não, de que é que serve o jejum, as macerações, o arrependimento, a contrição e quejandas religiosidades?
O que é a religião sem o aperfeiçoamento moral da consciência?
O que vale a perturbação das funções gastronômicas do estômago sem consciência livre, ilustrada, honesta e
virtuosa?
Seja como for, o fato é que a quaresma toma as rédeas do governo social, e tudo entristece, e tudo esfria com o
exercício de seus místicos preceitos de silêncio e meditação.
De que é que vale a meditação por ofício, a meditação hipócrita e obrigada, que consiste unicamente na
aparência?
Pois o que é que constitui a virtude? É a forma ou é o fundo? É a intenção do ato, ou sua feição ostensiva?
Neste sentido, aconselhamos aos bons leitores que comutem sem o menor escrúpulo os jejuns, as confissões e
rezas em boas e santas ações, em esmolas aos pobres.

(Ângelo Agostini, Américo de Campos e Antônio Manoel dos Reis. Cabrião, 10.03.1867. Adaptado.)

* Iguaria constituída de brotos de abóbora guisados, geralmente servida como acompanhamento de assados.

8. [...] fica reduzida aos pouquíssimos dentes acatólicos da população.

Na expressão dentes acatólicos, a palavra “dentes” é empregada em lugar de “pessoas”, segundo uma relação semântica
de
a) símbolo pela coisa significada.
b) parte pelo todo.
c) continente pelo conteúdo.
d) causa pelo efeito.
e) todo pela parte.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Utilize o texto abaixo para responder à(s) questão(ões).
Sempre desconfiei
Sempre desconfiei de narrativas de sonhos. Se já nos é difícil recordar o que vimos despertos e de olhos bem
abertos, imagine-se o que não será das coisas que vimos dormindo e de olhos fechados... Com esse pouco que nos resta,
fazemos reconstituições suspeitamente lógicas e pomos enredo, sem querer, nas ocasionais variações de um calidoscópio.
Me lembro de que, quando menino, minha gente acusava-me de inventar os sonhos. O que me deixava indignado.
Hoje creio que ambas as partes tínhamos razão.
Por outro lado, o que mais espantoso há nos sonhos é que não nos espantamos de nada. Sonhas, por exemplo,
que estás a conversar com o tio Juca. De repente, te lembras de que ele já morreu. E daí? A conversa continua.
Com toda a naturalidade.
Já imaginaste que bom se pudesses manter essa imperturbável serenidade na vida propriamente dita?
(Mario Quintana, A vaca e o hipogrifo. São Paulo: Globo,1995)
9. Em “Hoje creio que ambas as partes tínhamos razão”, o autor recorre a uma figura de construção, que está
corretamente explicada em
a) silepse, por haver uma concordância verbal ideológica.
b) elipse, por haver a omissão do objeto direto.
c) anacoluto, por haver uma ruptura na estrutura sintática da frase.
d) pleonasmo, por haver uma redundância proposital em “ambas as partes”.
e) hipérbato, por haver uma inversão da ordem natural e direta dos termos da oração.

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 4 QUESTÕES:


PORTÃO

O portão fica bocejando, aberto


para os alunos retardatários.
Não há pressa em viver
nem nas ladeiras duras de subir,
1quanto mais para estudar a insípida cartilha.

Mas se o pai do menino é da oposição,


à 2ilustríssima autoridade municipal,
prima por sua vez da 3sacratíssima
autoridade nacional,
4ah, isso não: o vagabundo

ficará mofando lá fora


e leva no boletim uma galáxia de zeros.

A gente aprende muito no portão


fechado.

ANDRADE, Carlos Drummond de. In: Carlos Drummond de Andrade: Poesia e Prosa. Editora Nova Aguilar:1988. p. 506-
507.
Página 11 de 119
10. Os dois superlativos (ref. 2 e 3) emprestam ao poema um tom de
a) ironia.
b) seriedade.
c) respeito.
d) espiritualidade.

11. Atente ao que é dito sobre o vocábulo “insípida” (ref. 1).

I. Foi empregado na acepção de sem graça, desinteressante, monótono.


II. Foi empregado no seu sentido literal, não figurado.
III. A mudança da posição desse adjetivo para depois do substantivo não alteraria o significado do substantivo.

Está correto o que se afirma somente em


a) I e II.
b) III.
c) I e III.
d) II.

12. Atente para o que se afirma sobre os versos “ah, isso não: o vagabundo ficará mofando lá fora/ e leva no boletim uma
galáxia de zeros” (ref. 4).

I. Eles são construídos sobre duas metáforas hiperbólicas, isto é, metáforas que contêm um exagero.
II. O pronome isso em “ah, isso não”, aponta para um referente na cena enunciativa.
III. O pronome isso, no poema, aponta para o que é dito nos dois primeiros versos, sintetizando-os.

Está correto o que se diz em


a) I e II.
b) I, II e III.
c) II e III.
d) I e III.

13. Observe a metáfora que inicia o poema – “O portão fica bocejando” – e o que se diz sobre ela.

I. Essa metáfora empresta ao portão faculdades humanas, constituindo, também uma prosopopeia ou personificação. Por
outro lado, essa expressão aceita, ainda, a seguinte leitura: o portão representa metonimicamente a escola, com seus
valores criticáveis e seus preconceitos.
II. O emprego da locução verbal de gerúndio “fica bocejando”, no lugar da forma simples boceja, dá à ação expressa pelo
verbo bocejar um caráter de continuidade, de duração.
III. O gerúndio realça a própria semântica do verbo bocejar.

Está correto o que se afirma em


a) I, II e III.
b) I e III apenas.
c) II e III apenas.
d) I e II apenas.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


O texto a seguir é um excerto retirado do primeiro parágrafo do artigo de opinião “Com um braço só”, escrito por J. R.
Guzzo, que trata da corrupção na política.

1Um dos aspectos menos atraentes da personalidade humana é a tendência de muitas pessoas de só condenar os

vícios que não praticam, ou pelos quais não se sentem atraídas. Um caloteiro que não fuma, não bebe e não joga, por
exemplo, é frequentemente a voz que mais grita contra o cigarro, a bebida e os cassinos, mas fecha a boca, os ouvidos e
os olhos, como 6os três prudentes macaquinhos orientais, quando o assunto é honestidade no pagamento de dívidas
pessoais. É a velha história: 2o mal está 4sempre na alma dos outros. Pode até ser verdade, 5infelizmente, quando se trata
da política brasileira, em que continua valendo, mais do que nunca, a máxima popular do 3“pega um, pega geral”.

Extraído do artigo ”Com um braço só”, de J.R. Guzzo. VEJA. 21/08/2013.


14. O articulista inicia o texto com a expressão:

“Um dos aspectos menos atraentes da personalidade humana”.

Assinale a opção que expressa uma afirmação correta sobre esse começo de texto.
a) A linguagem é figurada, portanto direta e sem subterfúgios, de modo a preparar o leitor para o tom contundente do texto.
b) A linguagem é simples, sem elementos apelativos ou argumentativos. Predomina nela a função fática da linguagem.
c) A linguagem é eufemística, demonstrando uma intenção do enunciador: preparar o leitor para o teor pesado do texto.
d) O início do texto manteria a mesma força argumentativa se fosse reescrito da seguinte maneira: Um dos aspectos mais
repulsivos da personalidade humana [...].

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Capítulo CXIX / Parêntesis

Quero deixar aqui, entre parêntesis, meia dúzia de máximas das muitas que escrevi por esse tempo. 1São bocejos de
enfado; podem servir de epígrafe a discursos sem assunto.
***
2Suporta-se com paciência a cólica do próximo.

***
3Matamos o tempo; o tempo nos enterra.

***
Um cocheiro filósofo costumava dizer que o gosto da carruagem seria diminuto, se todos andassem de carruagem.
***
Crê em ti; mas nem sempre duvides dos outros.
***
4Não se compreende que um botocudo fure o beiço para enfeitá-lo com um pedaço de pau. Esta reflexão é de um joalheiro.

***
5Não te irrites se te pagarem mal um benefício: antes cair das nuvens, que de um terceiro andar.

MACHADO DE ASSIS. In: MACHADO DE ASSIS. Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Aguilar, 1971 (Obra
completa. v.I.) p. 617.

15. Escreva V ou F, conforme seja verdadeiro ou falso o que se diz sobre o texto.

( ) Na primeira máxima (ref. 2), a obviedade é um dos elementos responsáveis pela ironia.
( ) Na segunda máxima (ref. 3), a ironia se expressa por meio do paradoxo.
( ) Na quinta máxima (ref. 4), a ironia se constrói pela quebra de expectativa.
( ) Na sexta máxima (ref. 5), a ironia se instaura pela quebra de paralelismo, que leva à quebra de expectativa.

A sequência correta, de cima para baixo, é:


a) V – V – F – F.
b) V – V – V – V.
c) F – F – V – V.
d) F – V – V – F.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Pátria Minha

A minha pátria é como se não fosse, é íntima


Doçura e vontade de chorar; uma criança dormindo
É minha pátria. Por isso, no exílio
Assistindo dormir meu filho
Choro de saudades de minha pátria.

Se me perguntarem o que é a minha pátria, direi:


Não sei. De fato, não sei (...)
Mas sei que a minha pátria é a luz, o sal e a água
Que elaboram e liquefazem a minha mágoa
Em longas lágrimas amargas.
Página 13 de 119
Vontade de beijar os olhos de minha pátria
De niná-la, de passar-lhe a mão pelos cabelos...
Vontade de mudar as cores do vestido (auriverde!) tão feias

De minha pátria, de minha pátria sem sapatos


E sem meias, pátria minha
Tão pobrinha!

Porque te amo tanto, pátria minha, eu que não tenho


Pátria, eu semente que nasci do vento
Eu que não vou e não venho, eu que permaneço
Em contato com a dor do tempo (...)

Ponho no vento o ouvido e escuto a brisa


Que brinca em teus cabelos e te alisa
Pátria minha, e perfuma o teu chão...
Que vontade me vem de adormecer-me
Entre teus doces montes, pátria minha
Atento à fome em tuas entranhas
E ao batuque em teu coração.

Teu nome é pátria amada, é patriazinha


Não rima com mãe gentil
Vives em mim como uma filha, que és
Uma ilha de ternura: a Ilha
Brasil, talvez.
Vinicius de Moraes - Trechos

16. 1 - Vontade de beijar os olhos de minha pátria


De niná-la, de passar-lhe a mão pelos cabelos".
2 - "Pátria, eu semente que nasci do vento
Eu que não vou e não venho, eu que permaneço".

A partir dos exemplos 1 e 2, indique as respectivas figuras de linguagem:


a) prosopopeia - aliteração.
b) metáfora - gradação.
c) hipérbole - antítese.
d) aliteração - personificação.
e) metonímia - assíndeto.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


"A teoria da argumentação é a parte da semiologia comprometida com a explicação das evocações ideológicas das
mensagens. Os novos retóricos aproximam-se, assim, da proposta de Eliseo Verón, que, preocupado com as condições
ideológicas dos processos de transmissão e consumo das significações no seio da comunicação social, chama de
semiologia os estudos preocupados com essa problemática, deixando como objeto da teoria linguística as questões
tradicionais sobre o conceito, o referente e os componentes estruturais dos signos. Essa demarcação determina que a
semiologia deve ser analisada como uma teoria hermenêutica das formas como se manipulam contextualmente os
discursos".
(ROCHA & CITTADINO, O Direito e sua Linguagem, p.17, Sérgio Antonio Fabris Editor, Porto Alegre, 1984)
17. Na frase "... consumo das significações no SEIO da comunicação social...", a palavra em destaque é, no plano
semântico e estilístico,
a) denotação e paradoxo.
b) conotação e sinédoque.
c) denotação e pleonasmo.
d) conotação e catacrese.
e) conotação e antítese.

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES:


SONETO DE SEPARAÇÃO

De repente do riso fez-se o pranto


Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento


Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente


Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente

Fez-se do amigo próximo o distante


Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

(Vinícius de Morais)

18. Assinale a alternativa onde não ocorre a antítese:


a) paixão / pressentimento
b) momento imóvel / drama
c) triste / amante
d) sozinho / contente
e) amigo próximo / vida

19. "Silencioso e branco como a bruma".

À repetição das mesmas consoantes em BRANCO e BRUMA em busca da sonoridade, dá-se o nome:
a) assonância
b) aliteração
c) eco
d) trocadilho
e) pleonasmo

20. Note na primeira estrofe a repetição sistemática da conjunção "e", figura de linguagem a que chamamos:
a) silepse
b) anacoluto
c) polissíndeto
d) metonímia
e) elipse

Página 15 de 119
LISTA 3

1. Assinale a alternativa que NÃO apresenta infrações no que diz respeito à regência e à concordância.
a) Grande parte das pessoas prefere lamentar do que buscar soluções para complexos problema e situação.
b) Os doutores da alegria já assistiram a 170.000 mil crianças nas UTIs, noventa por cento delas apresentou melhoras.
c) Não agrada ninguém um trabalho inacabado ou uma conta a pagar, mas encará-los como tragédia cotidiana desencadeia
o mau humor.
d) Aversões ao erro e ao ridículo são fatores favoráveis para o surgimento do mau humor.

2. A questão a seguir deve ser respondida de acordo com a gramática normativa

Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal.


a) Meus irmãos põe os óculos de grau toda vez que precisam dirigir o carro.
b) As óticas mantém uma variedade de modelos de óculos à disposição dos clientes.
c) Em breve, pode surgir novos equipamentos que se assemelhem ao Google Glass.
d) Alguns oftalmologistas alegam que nem sempre a cirurgia convêm aos pacientes.
e) Houve muitos voluntários interessados em testar os aplicativos do novo equipamento.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Chicó – 3Por que essa raiva dela?

João Grilo – Ó homem sem vergonha! Você inda pergunta? 5Está esquecido de que ela o deixou? Está esquecido da
exploração que eles fazem conosco naquela padaria do inferno? Pensam que são o cão só porque enriqueceram, mas 4um
dia hão de pagar. E a raiva que eu tenho é 3porque quando estava doente, me acabando em cima de uma cama, via passar
o prato de comida 6que ela mandava para o cachorro. Até carne passada na manteiga tinha.
Para mim nada, João Grilo 6que se danasse. Um dia eu me vingo.

Chicó – João, 1deixe de ser vingativo que 2você se desgraça. Qualquer dia você inda se mete numa embrulhada séria.

Ariano Suassuna, Auto da Compadecida

3. Assinale a alternativa correta.


a) Do ponto de vista da norma culta, a forma verbal deixe (ref. 1) deveria ser substituída por “deixa”, já que o pronome usado
é você (ref. 2).
b) A palavra “porque” (ref. 3) está grafada corretamente, assim como em “Não sei porque você insiste nisso.”
c) Em um dia hão de pagar (ref. 4) a forma verbal foi usada corretamente, assim como em “Eu me lembro de que havia ainda
alguns casos a resolver”.
d) A frase Está esquecido de que ela o deixou? (ref. 5) admite também, de acordo com a norma padrão, a seguinte pontuação:
“Está esquecido, de que ela o deixou?”.
e) A palavra “que”, (ref. 6), funciona como pronome e, portanto, substitui os termos imediatamente anteriores: o prato de
comida e João Grilo, respectivamente.

4. Da leitura da tira é possível depreender que:

a) Considerando-se a regência do verbo "combater", pode-se constatar que, na verdade, não é possível empregar a crase.
b) Há, na última fala, a clara intenção de apresentar um jogo de palavras, fazendo um trocadilho com as palavras "crase" e
"crise".
c) Não ocorrerá crase apenas se o verbo "combater" for empregado como intransitivo, ou seja, se ele não exigir complemento
verbal.
d) Haverá crase se a "sombra" representar o modo ou o lugar como será combatido, isto é, com função de adjunto adverbial.
e) A última fala é uma explicação de que, nesse caso, a crase é facultativa, preservando-se o mesmo sentido.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
TEXTO I: DERCY GONÇALVES, A TRÁGICA

Ao Brasil a palavra "infantil" talvez não caiba, mas a Dercy Gonçalves cabe. Ela era infantilizada e infantilizadora. O
palavrão era sua arma. Que graça pode haver num palavrão? A mesma de um tombo do palhaço: em princípio, exceto em
ocasiões muito inesperadas, nenhuma. Mas as crianças acham engraçado. Igualmente, o palavrão, exceto em ocasiões
precisas, não tem graça. Entre Dercy e sua plateia, no entanto, o grande intermediário, a solda, o agente infalível do riso, era
o palavrão. "O palavrão... quando virá o palavrão?", perguntava-se a plateia, ansiosa, quando ele tardava. Dercy Gonçalves
sem falar p.q.p. ou filha da p. seria o mesmo que Carmen Miranda sem o turbante e os balangandãs. Dercy não fraudava a
expectativa. Se o palhaço não pode deixar de tropeçar, ela não podia deixar de soltar o palavrão. A plateia, tão infantilizada
quanto a artista, esbaldava-se.
No Carnaval de 1991, Dercy, aos 83 anos, desfilou pela escola de samba Viradouro com os seios de fora. Faziam-
lhe uma homenagem, mas não bastava sua presença. Era preciso fazer o tipo. Como não lhe deram o microfone para dizer
palavrões, ofereceu o corpo. Na opinião predominante, foi um gesto bonito e libertário, mas também era possível enxergar
ali um momento semelhante ao encenado por Garrincha na mesma avenida, anos antes - um Garrincha inchado e zumbi,
exibido como bicho de circo. Identificada à comédia, Dercy também podia ser entendida como personagem de tragédia.
(Veja, 30.07.2008. Adaptado.)

TEXTO II: SÓ MESMO DIZENDO UM PALAVRÃO

Dercy não viveu uma personagem. Ela era Dercy até dormindo. E continua sendo após a morte, no samba-enredo
entoado em seu enterro e no polêmico túmulo em pé, em forma de pirâmide.
No palco e na vida, ela não gostava de drama. Por isso trocou de nome.
Das dores de Dolores, seu nome de batismo, ela não tinha nada. Aos infortúnios, respondia com irreverência.
(Época, 28.07.2008. Adaptado.)

5. Dentre as substituições propostas para a expressão destacada nos trechos, a única que está de acordo com a linguagem
formal é:
a) Que graça pode HAVER num palavrão? (ter)
b) Faziam-LHE uma homenagem ... (pra ela)
c) .... EXCETO em ocasiões muito inesperadas, nenhuma. (salvo)
d) Entre DERCY e sua plateia, no entanto, o grande intermediário ... (a mesma)
e) ... seria o MESMO que Carmen Miranda sem o turbante e os balangandãs. (que nem)

6. O grêmio de uma das Escolas Técnicas quer organizar um show de talentos e, por esse motivo, preparou cartazes como
este, para espalhar pela escola:

"Aceita-se inscrições para o Show de Talentos de nossa escola.


Os interessados devem procurar o pessoal do Grêmio, hoje, 14/03, a partir do meio-dia e meio."
Um dos alunos leu o cartaz e resolveu fazer correções, baseando-se na norma culta. Essas correções aparecem na
alternativa:
a) Aceitam-se - à partir.
b) Se aceitam - à partir.
c) Aceitam-se - meio-dia e meia.
d) Se aceitam - meio-dia e meia.
e) Xou de talentos - à partir.

7. Assinale a alternativa em que a frase está escrita de acordo com a norma culta.
a) Parte dos ouvintes se maravilhava com o milagre das letrinhas.
b) Faziam noites de muito frio e aproveitávamos para nos reunir em casa.
c) Fortunata ficava aflita por que achava que seu Francesco esquecera o livro.
d) Os romances comoviam Giuseppina e sempre haviam lágrimas em seus olhos.
e) As histórias de seu Francesco tiveram tudo haver com a formação pessoal de Fortunata.

Página 17 de 119
8. No ano em que se comemoram os 250 anos de nascimento de Wolfgang Amadeus Mozart a festa dura 365 dias e foi
batizada como Ano Mozart com destaque para a programação em cidades como Salzburgo terra natal do compositor Viena
onde ele viveu depois de se casar e Praga sua "pátria artística".
("Revista Tam", ano 3 no 29, julho de 2006, p. 141)

Ainda que não houvesse nenhuma dessas celebrações, bastaria andar por Salzburgo para respirar uma "atmosfera" Mozart.
A reescrita correta do trecho quanto à concordância verbal é:
I) Ainda que não houvesse essas celebrações, bastaria andar por Salzburgo para respirar uma "atmosfera" Mozart.
II) Embora não existisse nenhuma dessas celebrações, bastaria andar por Salzburgo para respirar uma "atmosfera" Mozart.
III) Mesmo que não existissem essas celebrações, bastaria andar por Salzburgo para respirar uma "atmosfera" Mozart.
IV) Embora não houvessem essas celebrações, bastaria andar por Salzburgo para respirar uma "atmosfera" Mozart.
a) Apenas II está correta.
b) Apenas I, II e III estão corretas.
c) Apenas I e II estão corretas.
d) Apenas IV está correta.
e) Apenas II, III e IV estão corretas.

9. Dada uma frase, assinale a continuação cuja CONCORDÂNCIA VERBAL transgrida o que preceitua a norma culta:
"Pesquisa Datafolha mostra que perfil conservador do brasileiro continua forte:
a) 47% do eleitorado diz ter posição política de direita."
b) 47% dos eleitores dizem ter posição política de direita."
c) 47% diz ter posição política de direita."
d) 47% dizem ter posição política de direita."
e) 1% dos eleitores não souberam responder à pesquisa."

10. "A partir da eleição deste ano, a votação portando a bandeira do partido ou estampando a camiseta com o nome e o
número do candidato está .......... pela Justiça Eleitoral. As novas regras, em razão da minirreforma eleitoral .......... pelo TSE,
deixaram a campanha mais rígida e .......... resultar em cidades mais limpas."

Assinale a alternativa que contemple as formas adequadas para completar as lacunas.


a) proibida - aprovada - vão
b) proibido - aprovado - vão
c) proibido - aprovada - vai
d) proibida - aprovadas - vão
e) proibida - aprovado - vai

11. Assinale a alternativa em que a concordância é feita pelo mesmo motivo em que aparece na frase: "Ver é muito
complicado".
a) O amor próprio do tolo é mais escandaloso.
b) Depois de ter errado, sentiu-se rebaixado.
c) Não era mais prestativo, por ter sido ridicularizado.
d) Não precisava saber que era o mais amado.
e) Pôr duas colheres de açúcar é suficiente.

12. Tendo em mente o padrão escrito culto, leia o que segue.

I - "A degradação do ambiente global continua incontida, e os efeitos da mudança climática estão sendo sentidos em todo o
globo."
II - "Símbolos disso são a desertificação em torno do Saara e a redução da capa de gelo do monte Kilimanjaro."
III - "Mas há muitos exemplos de gerenciamento sustentável, lembrou ele..."

Considerando a correção gramatical dos três excertos acima, é possível afirmar que
a) Há inadequação apenas no primeiro excerto, uma vez que não se coloca vírgula antes da conjunção "e".
b) Há inadequação apenas no segundo excerto, uma vez que "são" não concorda com "a desertificação".
c) Há inadequação apenas no terceiro excerto, uma vez que o pronome "ele" deveria estar no caso oblíquo.
d) Há inadequação nos três excertos.
e) Não há inadequação em nenhum dos três excertos.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
YAHOO TENTA COMPRAR AOL E BARRAR AVANÇO DO GOOGLE

O Yahoo NEGOCIA com a Time Warner a compra do site America Online (AOL), segundo a revista Fortune. A compra
SERIA uma tentativa de chamar atenção dos investidores e tirar o foco do Google. O Yahoo ERA líder em buscas na internet
até a chegada do Google, que DETÉM o domínio desse mercado.(O Estado de São Paulo, 30 out. 2006)

13. Considere o trecho "...que detém o domínio desse mercado". Se o sujeito do verbo "deter" estivesse no plural, a escrita
correta para o trecho seria
a) ...que detém o domínio desse mercado.
b) ...que detem o domínio desse mercado.
c) ...que detéem o domínio desse mercado.
d) ...que detêm o domínio desse mercado.
e) ...que deteem o domínio desse mercado.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


"Até a noite de ontem, sete candidatos ao Palácio do Planalto haviam registrado a candidatura no Tribunal Superior
Eleitoral (TSE). A eleição, por enquanto, está polarizada entre o presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador
de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB)."
Jornal ZH, 6 de julho de 2006.

14. Assinale a alternativa que apresenta, de acordo com a norma culta, uma versão da informação contida no primeiro
período.
a) Até a noite de ontem, haviam sete candidatos ao Palácio do Planalto com registro de candidatura no Tribunal Superior
Eleitoral (TSE).
b) Até a noite de ontem, havia sete candidatos ao Palácio do Planalto com registro de candidatura no Tribunal Superior
Eleitoral (TSE).
c) Sete candidatos ao Palácio do Planalto haviam registrado, na noite de ontem, a candidatura no Tribunal Superior Eleitoral
(TSE).
d) Sete candidatos ao Palácio do Planalto tiveram seu registro de candidatura concedido, na noite de ontem, no Tribunal
Superior Eleitoral (TSE).

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Nosso povo, diferentemente dos americanos do norte, não se identifica com a 1inconcebível abstração que é o
Estado. O 3Estado é 2impessoal: nós só concebemos relações pessoais. 5Por isso, para nós, roubar dinheiros públicos não
é um crime. Somos indivíduos, não cidadãos. Os filmes de Hollywood repetidamente narram 10o caso de 12um homem
(geralmente um jornalista) 9que procura a amizade de um criminoso para depois entregá-11lo à polícia: nós, que temos a
paixão da amizade, sentimos que esse "herói" dos filmes americanos é um incompreensível canalha.
As palavras que acabei de pronunciar podem parecer referir-se .......... nós, brasileiros. E não tenho dúvida de que,
se ditas hoje por um brasileiro diante de brasileiros, podem causar certo mal-estar, 6a despeito da encantadora elegância
com que estão dispostas. 7Na verdade, são palavras de uma argumentação sobre o caráter do argentino 20a que Jorge Luis
Borges 19recorreu mais de uma vez, com a ressalva: "Comprovo 14um fato, não 13o justifico ou desculpo". Se decidir abrir esta
conversa repetindo as palavras de Borges, não foi para criar na sala 16esse mal-estar. Se 15o fiz, foi para ressaltar o risco que
corremos - todos nós que falamos em nome de países perdedores da História - de tomar as mazelas decorrentes do
subdesenvolvimento por virtudes de nossas nacionalidades.
De fato, se olharmos tal texto de uma perspectiva brasileira hoje, na mesma medida em que nos identificamos com
18o retrato que 17ele nos oferece, repudiamos o conjunto que ali é apresentado e, 8sobretudo, .......... observações específicas

de que não somos cidadãos e de que, em nosso íntimo, roubar dinheiros públicos não constitui crime. O que nos parece
sinistro é o fato de vermos a nossa incapacidade .......... cidadania guindada .......... condição de contrapartida de uma bela
vocação individualista, de uma quase nobre rejeição dessa "inconcebível abstração" que é o 4Estado.
(Adaptado de: Veloso, Caetano. Diferentemente dos americanos do norte. In: -. O mundo não é chato. São Paulo: Cia. das
Letras, 2005. p. 42-43.)

15. Assinale a alternativa em que se estabelece uma relação correta entre um pronome do texto e o segmento a que ele se
refere.
a) QUE (ref. 9) - O CASO (ref. 10)
b) LO (ref. 11) - UM HOMEM (ref. 12)
c) O (ref. 13) - UM FATO (ref. 14)
d) O (ref. 15) - ESSE MAL-ESTAR (ref. 16)
e) ELE (ref. 17) - O RETRATO (ref. 18)

Página 19 de 119
16. Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas das frases a seguir, na ordem em que aparecem.

1 - O encarecimento do livro faz com que a leitura .......... um verdadeiro luxo.


2 - Seria necessário que as escolas e as famílias .......... o acesso ao livro.
3 - Se a educação for assumida como um projeto, a importância da leitura .......... bastante evidente.
4 - Não resta dúvida de que as escolas .......... desenvolver o hábito de leitura dos alunos.
a) se tornará - facilitem - se tornaria - devam
b) se torne - facilitassem - se tornará - devem
c) se torna - facilitassem - tornar-se-a - devam
d) se tornará - facilitariam - tornar-se-ia - devem
e) se torne - facilitariam - tornar-se-á - devem

17. Considere o enunciado a seguir e as quatro propostas para completá-lo.

"As crianças costumam adorar os livros, as histórias e as ilustrações; têm sede de conhecimento, fantasias e descobertas; e
estão em fase de formação e aquisição dos gostos e hábitos que as acompanharão por toda a vida."

No trecho, a substituição de AS CRIANÇAS por A CRIANÇA tornaria necessária, entre outras, a substituição de

1 - COSTUMAM por COSTUMA.


2 - TÊM por TEM.
3 - AS por A.
4 - ACOMPANHARÃO por ACOMPANHARÁ.

Quais propostas estão corretas?


a) Apenas 1 e 2.
b) Apenas 2 e 3.
c) Apenas 3 e 4.
d) Apenas 1, 2 e 3.
e) 1, 2, 3 e 4.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


BRASIL TEM 65 MILHÕES DE ELEITORAS E 61 MILHÕES DE ELEITORES

Os candidatos que concorrem às eleições de outubro deste ano disputarão o voto de 125.913.479 eleitores, quase
10 milhões de votantes a mais do que nas eleições de 2002. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) divulgou recentemente as
primeiras tabelas que mostram como o eleitorado se divide pelo país e em que locais será preciso intensificar a campanha.
As informações incluem eleitores dos 26 Estados, do Distrito Federal e os cerca de 86 mil brasileiros que moram no
exterior e representam 0,07% do eleitorado. (...) Os residentes no exterior votam apenas para presidente e vice-presidente
da República. Os demais elegerão governadores, um candidato ao Senado por Estado, deputados federais e estaduais em
91.037 locais de votação. (...)
Dados atualizados até maio deste ano, pela instituição, mostram que 51,53% (em torno de 65 milhões) dos eleitores
são do sexo feminino. Em 2002, as mulheres representavam 50,84% do eleitorado. Até maio de 2006, o Brasil tinha
aproximadamente 61 milhões de homens votantes.
De acordo com a atualização de maio, a maior parte dos eleitores (cerca de 30 milhões) tem entre 25 e 34 anos, mas
seguida de perto pelos que têm entre 45 e 59 anos (em torno de 26,6 milhões) e pelos que têm entre 35 e 44 anos
(aproximadamente 25 milhões). (...)
Até abril, a maior faixa dos votantes declarou ter o primeiro grau completo (34,77%). O eleitorado analfabeto
corresponde a 6,57% dos eleitores nacionais. Os que concluíram o ensino superior representavam, até maio 3,33%. (...)
Jornal O Sul, 9 de julho de 2006. (adaptado)

18. Observe o trecho: "a maior parte dos eleitores (...) tem entre 25 e 34 anos, mas seguida de perto pelos que têm entre
45 e 59 anos". O verbo TER aparece duas vezes, uma sem acento gráfico e outra com acento. A segunda forma está
acentuada.
a) porque é uma palavra monossílaba átona.
b) porque é uma oxítona terminada em "-em".
c) para concordar com "a maior parte".
d) para concordar com "entre 45 e 59 anos".
e) para indicar a flexão da terceira pessoa do plural.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
TEXTO I

Em pé, no meio do espaço que formava a grande abóbada de árvores, encostado a um velho tronco decepado pelo
raio, via-se um índio na flor da idade.
Uma simples túnica de algodão, a que os indígenas chamavam aimará, apertada à cintura por uma faixa de penas
escarlates, caía-lhe dos ombros até ao meio da perna, e desenhava o talhe delgado e esbelto como um junco selvagem.
Sobre a alvura diáfana do algodão, a sua pele, cor de cobre, brilhava com reflexos dourados; os cabelos pretos
cortados rentes, a tez lisa, os olhos grandes com os cantos exteriores erguidos para a fronte; a pupila negra, móbil, cintilante;
a boca forte mas bem modelada e guarnecida de dentes alvos, davam ao rosto pouco oval a beleza inculta da graça, da força
e da inteligência.

TEXTO II

Era preto retinto e filho do medo da noite. Houve um momento em que o silêncio foi tão grande escutando o
murmurejo do Uraricoera, que a índia tapanhumas pariu uma criança feia.
Já na meninice fez coisas de sarapantar. De primeiro passou mais de seis anos não falando.
Ficava no canto da maloca, trepado no jirau de paxiúba, espiando o trabalho dos outros. O divertimento dele era
decepar cabeça de saúva. Vivia deitado mas si punha os olhos em dinheiro, dandava pra ganhar vintém. E também espertava
quando a família ia tomar banho no rio, todos juntos e nus. Passava o tempo do banho dando mergulho, e as mulheres
soltavam gritos gozados por causa dos guaimuns diz-que habitando a água doce por lá.
Nem bem teve seis anos deram água num chocalho pra ele e começou falando como todos. E pediu pra mãe que
largasse a mandioca ralando na cevadeira e levasse ele passear no mato. A mãe não quis porque não podia largar da
mandioca não. Ele choramingou dia inteiro.
(Texto com adaptações.)

19. Assinale a alternativa em que se encontra redação de acordo com a norma culta escrita.
a) E pediu à mãe que largasse a mandioca ralando na cevadeira e se dispusesse a levá-lo a passear no mato.
b) Se as mães não se proporem a ir, é por que não podem largar a mandioca, não. Ele choramingou, dia inteiro.
c) A boca forte mas bem modelada e guarnecida, de dentes alvos expunha no rosto pouco oval, a beleza inculta: da graça,
da força e da inteligência.
d) Tratavam-se de alguns índios que viam-se, em pé, no meio do espaço que formava a grande abóbada de árvores.
e) Simples túnicas de algodão, onde os indígenas chamavam-nas de aimará, apertadas na cintura por uma faixa de penas
escarlates, caíam-lhe dos ombros.

20. A concordância nominal está de acordo com a norma padrão em:


a) As hortaliças estão meio amareladas, mas temos de consumi-las.
b) Ela mesmo confeccionou lindíssimas fantasias para o baile das bruxas.
c) Aqueles casos de febre nas aves asiáticas ficaram bastantes complicados.
d) É proibida entrada de pessoas estranhas naquele recinto, depois das 14 horas.

LISTA 4

1. Algumas cenas do filme "Carandiru", exibido recentemente por uma emissora de televisão, mostrava que, no presídio,
haviam normas internas criadas pelos detentos, às quais não foram dadas a devida atenção.

Nesse período, há desvios em relação à (ao)


a) regência verbal.
b) emprego da crase.
c) concordância verbal.
d) concordância nominal.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


INSTRUÇÃO: Responder às questões a seguir com base no texto, fragmento da mensagem do Papa João Paulo II no Dia
Mundial da Paz (1º de janeiro de 1980).
14Para 12se passar de uma situação menos humana para uma situação mais humana, quer na vida nacional quer na
vida internacional, é longo o caminho 16a percorrer, e nele se há de avançar por fases. (...)
Jamais haverá 18paz 22sem 2uma disponibilidade para o 20diálogo sincero e contínuo. 4A verdade desenvolve-13se,
também 1ela, 8no 21diálogo e, por outro lado, fortifica 3este meio indispensável para a paz. A verdade também não tem receio
6dos entendimentos honestos, porque traz consigo 10as luzes que permitem comprometer-se 5neles, sem ter de sacrificar

Página 21 de 119
11convicções - e valores essenciais. A verdade aproxima de si os espíritos; faz ver 7aquilo que já une as partes até então
opostas 9umas às outras; faz retroceder as desconfianças de ontem e prepara terreno para novos progressos na justiça e na
fraternidade, na coabitação pacífica de todos os homens. (...)
Sim, eu tenho 15para mim esta convicção: 17a verdade fortifica a 19paz a partir de dentro. E um clima de sinceridade
maior há de permitir mobilizar as energias humanas para a única causa que é digna delas: o pleno respeito da verdade sobre
a natureza e o destino do homem, fonte da verdadeira paz na justiça e na amizade.
http://vatican.va.holy_father/john_paul_ii/messages/peace/documents/ (acessado em 26/4/2006)

2. Quanto à relação entre termos do segundo parágrafo, é correto dizer que _________ retoma _________.
a) "ela" (ref. 1) - "uma disponibilidade para o diálogo sincero e contínuo" (ref. 2)
b) "este meio" (ref. 3) - "a verdade" (ref. 4)
c) "neles" (ref. 5) - "os entendimentos honestos" (ref. 6)
d) "aquilo" (ref. 7) - "o diálogo" (ref. 8)
e) "umas às outras" (ref. 9) - "as luzes" (ref. 10) e "convicções" (ref. 11)

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


VERGONHA

1Seráque a gente somos corrupto? De nascença? Por natureza? Alguma coisa na água, ou no leite da mãe?
Em Paris, nos aconselhavam a não dizer que éramos bresiliens, pegava mal. (...) Devíamos dizer du Brésil - para
não acabar dizendo "brasileiros, mas no bom sentido". No cinema americano, é para o Brasil que vêm tradicionalmente os
grandes caloteiros, pelo menos os que conseguem escapar com grana. Muito do nosso folclore é baseado no autodesprezo:
somos a terra do malandro, do indolente, do encostado. 2Somos, paradoxalmente, a raça do jeito pra tudo e a raça que não
tem jeito mesmo. 3Existiria, no brasileiro, uma falha estrutural que frustraria todas as tentativas de reformá-lo. (...)
4Não somos menos morais do que os outros mas gostamos de dizer que somos. Tem algo a ver com o nosso

tamanho. Nosso mar de lama não é maior que os outros, a extensão da nossa costa é que nos dá delírios de baixeza. Nossa
alma amazônica não se satisfaz com pequenas falcatruas, queremos pororocas de sujeira, dilúvios de canalhice. (...)
Todas as sociedades deste lado do mundo são, de um jeito ou de outro, cleptocracias, construídas pelos mais
espertos. 5Nas que deram certo o proveito desse pioneirismo de canalhas foi distribuído, nas que continuam a dar errado só
uma minoria aproveita do resultado de seus próprios crimes.
VERISSIMO, L. F. Jornal Zero Hora, 4 de abril de 1991 (fragmento adaptado)

3. Para responder à questão a seguir, preencha os parênteses que precedem as afirmativas com V para verdadeiro e F
para falso e considere o código a seguir:

Sobre a linguagem do texto, é correto afirmar:


( ) Na linha da referência 1, a concordância verbal não obedece à norma culta da língua, impedindo, por isso, a
compreensão da frase.
( ) O contexto permite que o leitor entenda como sinônimas as palavras em francês, mesmo que ele não domine essa
língua.
( ) Na referência à estada do cronista em Paris, são apresentadas três possibilidades para indicar a nacionalidade brasileira.
( ) O paradoxo a que se refere o autor no segundo parágrafo está expresso pela antítese presente na referência 2.
a) V - F - F - F
b) F - F - F - V
c) V - V - V - F
d) F - V - V - V
e) F - F - V - V

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


A S. PAULO

1 Terra da liberdade!
2 Pátria de heróis e berço de guerreiros,
3 Tu és o louro mais brilhante e puro,
4 O mais belo florão dos Brasileiros!

5 Foi no teu solo, em borbotões de sangue


6 Que a fronte ergueram destemidos bravos,
7 Gritando altivos ao quebrar dos ferros:
8 Antes a morte que um viver de escravos!

9 Foi nos teus campos de mimosas flores,


10 À voz das aves, ao soprar do norte,
11 Que um rei potente às multidões curvadas
12 Bradou soberbo - Independência ou morte!

13 Foi de teu seio que surgiu, sublime,


14 Trindade eterna de heroísmo e glória,
15 Cujas estátuas, - cada vez mais belas,
16 Dormem nos templos da Brasília história!

17 Eu te saúdo, ó majestosa plaga,


18 Filha dileta, - estrela da nação,
19 Que em brios santos carregaste os cílios
20 À voz cruenta de feroz Bretão!

21 Pejaste os ares de sagrados cantos,


22 Ergueste os braços e sorriste à guerra,
23 Mostrando ousada ao murmurar das turbas
24 Bandeira imensa da Cabrália terra!

25 Eia! - Caminha o Partenon da glória


26 Te guarda o louro que premia os bravos!
27 Voa ao combate repetindo a lenda:
28 - Morrer mil vezes que viver escravos!

(Fagundes Varela, O ESTANDARTE AURIVERDE. ln:___. POESIAS COMPLETAS. São Paulo, Edição Saraiva, 1956, p. 85-
86.)

4. Assinale a opção em que a concordância nominal indicada entre parênteses NÃO é aceita pela NORMA CULTA:
a) Aprecio a cultura e a história .......... . (europeias)
b) Procure sempre comprar jornais e revistas .......... . (brasileiros)
c) Esses meninos estão com os pés e as mãos .......... . (sujas)
d) Encontrei ........... as cadeiras e o sofá. (reformadas)
e) Essa professora contou-nos .......... lendas e contos. (antigos)

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:


Assinale a letra correspondente à alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase apresentada.

5. Deixe ..... o poder de decisão e verá que não ..... decepcionaremos.


a) conosco mesmo - o
b) com nós mesmos - lhe
c) com nós mesmos - o
d) conosco mesmo - lhe
e) conosco mesmos - o

6. Convém ............ ........... .


a) aconselhá-lo - o estudo
b) aconselhar-lhe - para o estudo
c) aconselhá-lo - estudar
d) aconselhar-lhe - que estude
e) aconselhar-lhe - ao estudo

7. Essa questão apresenta cinco propostas diferentes de redação. Assinale, a letra que corresponde à melhor redação,
considerando correção e clareza.
a) Lições que incentivem e entusiasmem a juventude é possível ser extraído da contribuição valiosa de velhos e sábios
mestres naqueles ensinamentos.
b) Daqueles ensinamentos se extrai, de velhos e sábios mestres, contribuição valiosa para a juventude que neles se
incentivam e entusiasmam.
c) É incentivo e entusiasmo para a juventude aqueles ensinamentos de velhos e sábios mestres, lições de valiosa
contribuição.
d) São lições de incentivo e entusiasmo a juventude aqueles ensinamentos que significa contribuição valiosa de velhos e
sábios mestres.
e) Tenta-se extrair daqueles ensinamentos, contribuição valiosa de velhos e sábios mestres, lições que incentivem e
entusiasmem a juventude.
Página 23 de 119
8. A alternativa gramaticalmente correta é:
a) Há poucos quarteirões daqui, o policial chegou à avistar o fugitivo, mas não foi capaz de alcançá-lo.
b) A dias estão à seu inteiro dispor, mas você não se decide!
c) Daqui a poucos dias veremos se o que sugerimos a ela poderá levar a questão a bom termo.
d) Fixado a parede externa do hotel, o pequeno bilhete comunicava à todos os possíveis hóspedes o encerramento das
atividades devido a greve dos funcionários.
e) O ator, dirigindo-se a responsável pelo espetáculo, comentou que há dias estava a sua procura; pensou que teria que
fazer o mesmo durante toda à semana seguinte.

9. A alternativa que contém forma verbal INADEQUADA à norma culta é:


a) Vai fazer dois meses que não nos vemos.
b) Chegam de besteiras, pensem em coisas sérias!
c) Choveu três dias sem parar um minuto.
d) Nessa cidade, faz frio e calor no mesmo dia.
e) Pelo que nos consta, há duas páginas ilegíveis.

10. A única frase em que NÃO há erro de concordância verbal é:


a) Será que não foi suficiente, neste tempo todo, as provas de fidelidade que lhes demos?
b) Acredito que faltará, ao que tudo indica, acomodações para mais de um terço dos convidados.
c) Se tiver de ser decidido, no último instante, as questões ainda não discutidas, não me responsabilizo mais pelo projeto.
d) Houvessem sido mais explícitos com relação às normas gerais, os coordenadores de programa teriam evitado alguns
abusos.
e) É da maioria dos estudantes que depende, pelo que nos falaram os professores, as alterações do calendário escolar.

11. Observe: Cada pessoa que chegava, se punha na ponta dos pés. ESTAVAM CURIOSOS.

Este desvio de concordância que se assinala, chama-se silepse:


a) de pessoa apenas
b) de número apenas
c) de gênero apenas
d) de número e gênero
e) de pessoa e gênero

12. "Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil." As gramáticas diriam que esta flexão verbal está
correta porque o sujeito é composto:
a) de diferentes pessoas gramaticais.
b) constituído de palavras mais ou menos sinônimas.
c) posposto ao verbo.
d) ligado por preposição.
e) oracional.

13. "Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se deixa acariciar sem vontade de virar sorvete ou lagartixa e
quem ama sem alegria."

O primeiro verbo no singular se justifica porque:


a) é oração sem sujeito.
b) o sujeito está oculto.
c) "ter" está empregado no sentido de "haver".
d) o sujeito, ainda que composto, é oracional.
e) o sujeito é "quem".

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


OLHOS DE RESSACA

Enfim, chegou a hora da encomendação e da partida. Sancha quis despedir-se do marido, e o desespero daquele
lance consternou a todos. Muitos homens choravam também, as mulheres todas. Só Capitu, amparando a viúva, parecia
vencer-se a si mesma. Consolava a outra, queria arrancá-la dali. A confusão era geral. No meio dela, Capitu olhou alguns
instantes para o cadáver tão fixa, tão apaixonadamente fixa, que não admira lhe saltassem algumas lágrimas poucas e
caladas...
As minhas cessaram logo. Fiquei a ver as dela; Capitu enxugou-as depressa, olhando a furto para a gente que estava
na sala. Redobrou de carícias para a amiga, e quis levá-la; mas o cadáver parece que a retinha também. Momentos houve
em que os olhos de Capitu fitaram o defunto, quais os da viúva, sem o pranto nem palavras desta, mas grandes e abertos,
como a vaga do mar lá fora, como se quisesse tragar também o nadador da manhã.(Machado de Assis)
14. "Momento houve em que..."

Com MOMENTO no plural poderíamos escrever corretamente assim:


a) momentos houveram
b) momentos houve
c) momentos existiu
d) momentos ia existir
e) momentos iam haver

15. Assinale a alternativa correta:


a) ( ) Aqui não choveu fazem dois anos.
b) ( ) Vossa senhoria agiste bem.
c) ( ) Os Andes é a maior Cordilheira da América do Sul.
d) ( ) A multidão aplaudiu emocionada a apresentação.
e) ( ) Deveriam haver mais aulas.

16. Assinalar a alternativa que está INCORRETA quanto à concordância verbal:


a) Havia índios desconhecidos na região.
b) Existem indícios de que já tinham visto homens brancos.
c) Passaram-se vários anos desde a última expedição.
d) Mesmo fora dessa área haverão índios?
e) Não se encontraram vestígios de índios.

17. Assinale a letra correspondente à alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase apresentada.

...... com muito rigor as propostas dos servidores; acredito que muita coisa, logo mais, será ...... .
a) Foram repensadas - mudado
b) Foi repensado - mudada
c) Foram repensadas - mudada
d) Foi repensado - mudado
e) Foi repensadas - mudada

18. Assinale a letra correspondente à alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase apresentada.

As bandeiras ...... agitavam-se, na comemoração pelos ...... conquistados.


a) alviverdes - troféis
b) alviverde - troféus
c) alvis-verdes - troféus
d) alviverdes - troféus
e) alviverde - troféis

19. Assinale a letra correspondente à alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase apresentada.

Se ainda não leu ...... livro que estou folheando e ...... autor é meu conhecido, faça-...... e não se arrependerá.
a) esse - que o - o
b) esse - cujo - lhe
c) este - cujo - lhe
d) este - cujo - o
e) este - que o - lhe

20. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta para preencher as lacunas.

______ estivesse adoentado, compareceu a todas as reuniões, ______ não pôde prestar grande colaboração, ______ estava
sem energia ______ participar dos debates.
a) todavia - porque - mas - a fim de
b) mesmo que - pois - mas - para
c) ainda que - logo - embora - para
d) embora - mas - pois - para
e) apesar de que - pois - porque - para

Página 25 de 119
21. Assinale a alternativa totalmente correta.
a) Como eu previ, está na hora dele regressar.
b) Permite-se ao luxo de só usar calças azul-marinho.
c) Os beija-flores exibiam riscos amarelo-ouro nas asas.
d) Não vamos dispender recursos, dê o prêmio a que canta melhor.
e) Vou pôr e repôr tudo, como eu quiser.

LISTA 5

1. (G1 - col. naval 2016) Em qual opção a regência do termo em destaque apresenta um desvio da modalidade padrão da
língua?
a) Apesar de ter posição contrária sobre as causas da diminuição da leitura, o conferencista foi bastante afável com o
estudante.
b) O articulista mostrou que é próprio das pessoas associarem leitura a pensamento.
c) O estudante argumentou que não estava apto a ler aquele livro, cuja linguagem era bastante rebuscada.
d) Ele estava propenso de substituir o livro pela internet, mas foi convencido pelo professor a perseverar.
e) Muitos indivíduos são imunes ao prazer despertado por um bom livro e preferem outros meios tecnológicos de
comunicação.

2. (G1 - col. naval 2016) Assinale a opção na qual o acento indicativo de crase foi corretamente empregado.
a) A leitura deve ser um prazer, mas muitos usam um tom irônico quando se referem à ela.
b) Às pessoas que leem cabe o papel de ver o mundo de modo claro, especial e lúcido, independentemente de classe social.
c) Quando os livros perdem espaço para o computador, a sociedade começa à perder oportunidades ímpares de
conhecimento.
d) Até à Educação pode utilizar-se dos meios cibernéticos, desde que não abandone os valores primeiros de sua estrutura.
e) Quanto à Vossa Senhoria, peço que se retire agora mesmo desse tribunal para não causar maiores constrangimentos.

3. (G1 - col. naval 2016) Assinale a opção INCORRETA com relação ao emprego do gênero do substantivo em destaque.
a) Se meus filhos desejarem, farei a musse de maracujá para a sobremesa desta noite.
b) Assim que o veterinário examinou o pobre cão, sentiu muito dó, comovendo-se bastante.
c) A próxima eclipse ocorrerá no final deste mês, à noitinha, mas somente no Sudeste.
d) Como todos sabem, o plasma é fundamental na cura de certas doenças graves.
e) Trouxeram o champanhe que eu encomendei, há dias, para o jantar de hoje?

4. (G1 - col. naval 2016) Assinale a opção na qual a palavra em destaque está de acordo com a ortografia oficial.
a) Diante dos impecilhos, o importante é lutar para superá-los diariamente.
b) A imerção no trabalho levou-o, temporariamente, a esquecer os problemas pessoais.
c) Muitas foram as exceções apresentadas ao projeto inicial dos novos empreendedores.
d) A pretenção dos candidatos impressionou, negativamente, os jurados.
e) Somente os mazoquistas aceitam que viver é sofrer constantemente.

5. (G1 - col. naval 2016) Assinale a opção na qual o vocábulo destacado foi corretamente empregado.
a) Segundo o técnico, o atleta apresentou uma despensa médica pouco detalhada.
b) Imergindo nas questões do texto, o bom leitor absorve melhor as ideias explanadas.
c) Quem infligir as normas internas será desligado do time escalado para o campeonato.
d) Diante da eminência do final do concurso, os candidatos estavam bastante nervosos.
e) Muitos foram os fragrantes mostrados durante as gravações apresentadas naquela reportagem.

6. (G1 - col. naval 2016) Em que opção a acentuação do termo destacado está correta?
a) A prática da leitura constrói cidadãos capazes de entender criticamente a realidade.
b) De acordo com o texto, pessoas que lêem, desenvolvem o raciocínio e falam melhor.
c) Quando o conferencista enfatizou a importância da leitura, foi ovacionado pela platéia.
d) A ignorância prepotente deforma por estagnação, pois o indivíduo pára de questionar.
e) Se os livros são fundamentais na formação das pessoas, é bom que se averigúem as causas da diminuição da leitura.

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 7 QUESTÕES:


Leia o texto abaixo para responder à(s) questão(ões) a seguir.

O desaparecimento dos livros na vida cotidiana e a diminuição da leitura é preocupante quando sabemos que os
livros são dispositivos fundamentais na formação subjetiva das pessoas. Nos perguntamos sobre o que os meios de
comunicação fazem conosco: da televisão ao computador, dos brinquedos ao telefone celular, somos formados por objetos
e aparelhos.
Se em nossa época a leitura diminui vertiginosamente, ao mesmo tempo, cresce o elogio da ignorância, nossa velha
conhecida. Há, nesse contexto, dois tipos de ignorância. Uma é a ignorância filosófica, aquela que em Sócrates se expunha
na ironia do “sei-que-nada-sei”. Aquele que não sabe e quer saber pode procurar os livros, esses objetos que guardam tantas
informações, tantos conteúdos, que podemos esperar deles muita coisa: perguntas e, até mesmo, respostas. A outra é a
ignorância prepotente, à qual alguns filósofos deram o nome de “burrice”. Pela burrice, essa forma cognitiva impotente e,
contudo, muito prepotente, alguém transforma o não saber em suposto saber, a resposta pronta é transformada em verdade.
Nesse caso, os livros são esquecidos. Eles são desnecessários como “meios para o saber”. Cancelada a curiosidade, como
sinal de um desejo de conhecimento, os livros tornam-se inúteis. Assim, a ignorância que nos permite saber se opõe à que
nos deforma por estagnação. A primeira gosta dos livros, a segunda os detesta.
[...]
Para aprender a perguntar, precisamos aprender a ler. Não porque o pensamento dependa da gramática ou da língua
formal, mas porque ler é um tipo de experiência que nos ensina a desenvolver raciocínios, nos ensina a entender, a ouvir e
a falar para compreender. Nos ensina a interpretar. Nos ajuda, portanto, a elaborar questões, a fazer perguntas. Perguntas
que nos ajudam a dialogar, ou seja, a entrar em contato com o outro. Nem que este outro seja, em um primeiro momento,
apenas cada um de nós mesmos.
Pensar, esse ato que está faltando entre nós, começa aí, muitas vezes em silêncio, quando nos dedicamos a esse
gesto simples e ao mesmo tempo complexo que é ler um livro. É lamentável que as pessoas sucumbam ao clima programado
da cultura em que ler é proibido. Os meios tecnológicos de comunicação são insidiosos nesse momento, pois prometem uma
completude que o ato de ler um livro nunca prometeu. É que o ato da leitura nunca nos engana. Por isso, também, muitos
afastam-se dele. Muitos que foram educados para não pensar, passam a não gostar do que não conhecem. Mas há quem
tenha descoberto esse prazer que é o prazer de pensar a partir da experiência da linguagem – compreensão e diálogo – que
sempre está ofertado em um livro. Certamente para essas pessoas, o mundo todo – e ela mesma – é algo bem diferente.

(TIBURI, Márcia. Potência do pensamento: por uma filosofia política da leitura. Disponível em http://revistacult.uol.com.br –
31 jan. 2016 – com adaptações)

7. (G1 - col. naval 2016) Com o fragmento “Muitos que foram educados para não pensar, passam a não gostar do que não
conhecem.” (4 º §), infere-se que
a) a educação atual não valoriza o raciocínio lógico nem o conhecimento.
b) se as pessoas começarem a pensar, naturalmente passarão a gostar de livros.
c) nos dias de hoje, não pensar é mais valorizado do que gostar do que não se conhece.
d) quem não gosta do que não conhece também não gosta de livros nem de conhecimento.
e) não gostar do que não se conhece é consequência de não ter sido educado para pensar.

8. (G1 - col. naval 2016) Qual opção está de acordo com as ideias expressas no texto?
a) A ignorância prepotente rejeita os livros como forma de conhecimento, mas os substitui pela curiosidade cognitiva.
b) Os meios tecnológicos de comunicação suplantaram os livros por serem, certamente, mais completos e atualizados.
c) O aprendizado da leitura permite que o indivíduo pense a partir da experiência da linguagem, que implica compreensão e
diálogo.
d) A leitura de um livro exclui o pensamento e faz com que a pessoa fique em contato com uma realidade diferente daquela
vivida.
e) Para que a leitura se torne prazerosa, é preciso que o leitor associe o texto lido a outros meios tecnológicos mais completos.

9. (G1 - col. naval 2016) Em seu processo argumentativo, o texto


a) faz uma análise totalmente imparcial sobre as causas do desaparecimento dos livros na vida cotidiana.
b) explora a ideia da ignorância sob um ponto de vista fundamentalmente empírico.
c) contrapõe o ato de pensar ao de ler, mostrando que este implica silêncio e aquele, concentração.
d) associa leitura a pensamento, mostrando que muitos desconhecem essa relação prazerosa.
e) ratifica a ideia de que os meios tecnológicos de comunicação são mais completos que os livros.

10. (G1 - col. naval 2016) Em qual opção o termo destacado tem a mesma classificação morfológica que “[...] é preocupante
quando sabemos que os livros são dispositivos fundamentais [...].” (1 º §)
a) “Aquele que não sabe e quer saber [...].” (2 º §)
b) “Nem que este outro seja, [...].” (3 º §)
c) “Perguntas que nos ajudam a dialogar [...].” (3 º §)
d) “[...] há quem tenha descoberto esse prazer [...].” (4 º §)
e) “[...] impotente e, contudo, muito prepotente, [...].” (2 º §)

Página 27 de 119
11. (G1 - col. naval 2016) Em “[...] se opõe à que nos deforma por estagnação.” (2 º §) e “Muitos que foram educados para
não pensar, [...].” (4 º §), os termos destacados expressam, respectivamente, ideias de
a) conformidade e consequência.
b) especificação e direção.
c) modo e direção.
d) causa e fim.
e) estado e duração.

12. (G1 - col. naval 2016) Assinale a opção na qual o uso da conjunção mantém o sentido original do período “A primeira
gosta dos livros, a segunda os detesta.” (2 º §)
a) A primeira gosta dos livros, e a segunda os detesta.
b) A primeira gosta dos livros, logo a segunda os detesta.
c) A primeira gosta dos livros, porque a segunda os detesta.
d) A primeira gosta dos livros, quando a segunda os detesta.
e) A primeira gosta dos livros, portanto a segunda os detesta.

13. (G1 - col. naval 2016) Em “Há, nesse contexto, dois tipos de ignorância [...].” (2 º §), a concordância verbal, de acordo
com a variedade padrão da língua, é feita na 3ª pessoa do singular. Em que opção isso também deve ocorrer?
a) Cresce, no mundo, os casos de rejeição à leitura e consequente valorização de outros meios.
b) Nas escolas, assiste-se a mudanças no que diz respeito ao prazer de pensar a partir da experiência da linguagem.
c) Devia existir mais programas de incentivo à leitura, uma vez que ela ensina a desenvolver raciocínios.
d) Do lado de fora da sala, ouvia-se os gritos dos alunos, extasiados com a história lida pela professora.
e) Já é comum, na vida cotidiana, os meios tecnológicos de comunicação.

14. (G1 - col. naval 2015) Em que opção utilizou-se corretamente o problema relativo?
a) Admiro as pessoas as quais os filhos são gentis e educados a qualquer tempo.
b) A adolescência é a idade onde as pessoas apresentam conflitos existenciais.
c) César é o profissional a quem confiei a educação e o futuro dos meus filhos.
d) A prova em cujos os textos nos baseamos foi aplicada há dois anos por esta instituição.
e) Não é possível domesticar animais a quem não se ame verdadeiramente.

15. (G1 - col. naval 2015) Assinale a opção correta à grafia da palavra em destaque.
a) Eduardo saiu de casa, definitivamente, mas não disse porque.
b) Estudo porquê a concorrência no mercado de trabalho é grande.
c) Alguém sabe o porque de a loja de calçados estar fechada hoje?
d) O biólogo explicou o motivo por que as plantas estão ressecadas.
e) Por que as crianças ficaram gripadas, não viajaremos esta semana.

16. (G1 - col. naval 2015) Em qual opção a pontuação do período está plenamente adequada?
a) Ano passado durante uma reunião, pais, que se sentiam insatisfeitos com a qualidade do ensino oferecido pela escola,
protestaram veementemente e embora a direção procurasse contemporizar algumas mudanças precisaram ser
implementadas.
b) Ano passado, durante uma reunião, pais que se sentiam insatisfeitos com a qualidade do ensino oferecido pela escola
protestaram veementemente e, embora a direção procurasse contemporizar, algumas mudanças precisaram ser
implementadas.
c) Ano passado, durante uma reunião, pais, que se sentiam insatisfeitos com a qualidade do ensino oferecido, pela escola,
protestaram veementemente e, embora a direção procurasse contemporizar, algumas mudanças precisaram ser
implementadas.
d) Ano passado durante uma reunião país que se sentiam insatisfeitos com a qualidade do ensino oferecido pela escola,
protestaram veementemente e embora a direção procurassem contemporizar, algumas mudanças precisaram ser
implementadas.
e) Ano passado durante uma reunião, pais que se sentiam insatisfeitos, com a qualidade do ensino oferecido pela escola,
protestaram veementemente e embora a direção procurasse contemporizar, algumas mudanças precisaram ser
implementadas.

17. (G1 - col. naval 2015) Em qual opção as normas de concordância verbal e nominal estão inteiramente respeitadas?
a) As atividades educacionais, muitas vezes criticadas por pais de alunos, tem sido alvo de análise para que se evite abusos.
b) É cada vez mais comum que alunos, cuja ascensão social depende de cursos feitos, sacrifique a vida pessoal.
c) Em certas situações, e uma reunião de pais é uma delas, é necessária paciência e perseverança.
d) O noticiário de jornais e revistas, especialmente os de educação, alertam para a precariedade dos cursos técnicos
oferecidos.
e) Acredito que, quando se é consciente, luta-se pelo bem-estar dos cidadãos, mesmo que não haja bastantes recursos para
isso.
18. (G1 - col. naval 2015)

Em “Dos presentes que ainda vou te dar”, a modalidade padrão da língua permite que o pronome oblíquo destacado também
apareça em posição enclítica: Ainda vou dar-te. Em que opção tal fato também pode ocorrer?
a) Para muitos, sucesso está atrelado a bens materiais, mas isso não me interessa. Aspiro à felicidade plena.
b) Nossos pais sempre nos disseram que o melhor presente é a amizade sincera.
c) Muitos amigos me ajudaram a resolver os problemas estruturais da casa que aluguei.
d) Quem me dará as informações necessárias sobre o congresso que ocorrerá mês que vem?
e) Eu tenho lhe falado sobre a minha trajetória de vida e os meus gostos pessoais.

19. (G1 - col. naval 2015) Em que opção todas as formas verbais destacadas estão de acordo com a norma padrão da
língua?
a) Quando vimos o acidente, freiamos imediatamente. Outros, contudo, não se precaviram, e mais batidas aconteceram.
b) Ainda que eles compossem com afinco, não obteriam as músicas necessárias para o espetáculo.
c) Muitas empresas mantém serviço de atendimento ao consumidor, mas quando nós propusemos alterações nos contratos,
não fomos ouvidos.
d) Quando eu intermedeio as discussões, não aceito que imponham determinadas ideias.
e) Embora ele não me mantivesse informada sobre o contrato, eu intervi na negociação e obtive sucesso.

20. (G1 - col. naval 2015) Assinale a opção na qual as palavras foram acentuadas pelo mesmo motivo que “aritméticos”,
“prioritária”, “cálculos” e “Taubaté”, respectivamente.
a) rotatória, cólica, vermífugo, Maringá.
b) hebdomadário, ausência, andrógino, Itajaí.
c) farmacêutico, ípsilon, síndrome, Piauí.
d) alaúde, húngaro, déspota, Grajaú.
e) anêmona, glúten, nômade, Tribobó.

LISTA 6

27Aumenta o número de adultos que não consegue focar sua atenção em uma única coisa por muito tempo. 37São
tantos os estímulos e tanta a pressão para que o entorno seja completamente desvendado que aprendemos a ver e/ou fazer
várias coisas ao mesmo tempo. 34Nós nos tornamos, à semelhança dos computadores, pessoas multitarefa, não é verdade?
41Vamos tomar como exemplo uma pessoa dirigindo. 4Ela precisa estar atenta aos veículos que vêm atrás, ao lado

e à frente, à velocidade média dos carros por onde trafega, às orientações do GPS ou de programas que sinalizam o trânsito
em tempo real, 6às informações de 29alguma emissora de rádio que comenta o trânsito, ao planejamento mental feito e refeito
9várias vezes do trajeto 20que deve fazer para chegar ao seu destino, aos semáforos, faixas de pedestres etc.
35Quando me vejo em tal situação, 19eu me lembro que 14dirigir, 45após um dia de intenso trabalho no retorno para

casa, já foi uma atividade prazerosa e desestressante.


18O uso da internet ajudou a transformar nossa maneira de olhar para o mundo. Não 23mais observamos os detalhes,
1por causa de nossa ganância em relação a novas e diferentes informações. Quantas vezes sentei em frente ao computador
44para buscar textos sobre um tema 38e, de repente, 24me dei conta de que estava em 39temas 15que em nada se relacionavam

com meu tema primeiro.


Aliás, a leitura também sofreu transformações pelo nosso costume de ler na internet. 16Sofremos de uma tentação
permanente de 43pular palavras e frases inteiras, apenas para irmos direto ao ponto. O problema é que 22alguns textos exigem
a leitura atenta de palavra por palavra, de frase por frase, para que faça sentido. 5Aliás, não é a combinação e a sucessão
das palavras que dá sentido e beleza a um texto?
3Se está difícil para nós, adultos, focar nossa atenção, imagine, caro leitor, para as crianças. 2Elas já nasceram neste

mundo de 8profusão de estímulos de todos os tipos; elas são exigidas, desde o início da vida, a dar conta de várias coisas
ao mesmo tempo; elas são estimuladas com diferentes objetos, sons, imagens etc.
46Aí, um belo dia elas vão para a escola. Professores e pais, a partir de então, querem que as crianças prestem

atenção em uma única coisa por muito tempo. 36E quando elas não conseguem, reclamamos, levamos ao médico, arriscamos
hipóteses de que sejam portadoras de síndromes que exigem tratamento etc.
42A maioria dessas crianças sabe focar sua atenção, sim. Elas já sabem usar programas complexos em seus

aparelhos eletrônicos, 10brincam com jogos desafiantes que exigem atenção constante aos detalhes e, se deixarmos,
21passam horas em uma única atividade de que gostam.
17Mas, nos estudos, queremos que elas prestem 26atenção no que é preciso, e não no que gostam. 28E isso, caro

leitor, exige a árdua aprendizagem da autodisciplina. Que leva tempo, é bom lembrar.
32As crianças precisam de nós, pais e professores, para começar a aprender isso. Aliás, 31boa parte desse trabalho

é nosso, e não delas.

Página 29 de 119
12Não basta mandarmos que elas prestem atenção: 33isso de nada as ajuda. 13O que pode ajudar, por exemplo, é
40analisarmos o contexto em que estão 7quando precisam focar a atenção 25e organizá-lo para que seja favorável a tal
exigência. 11E é preciso lembrar que não se pode esperar toda a atenção delas por muito tempo: 30o ensino desse quesito
no mundo de hoje é um processo lento e gradual.

SAYÃO, Rosely. “Profusão de estímulos”. Folha de São Paulo, 11 fev. 2014 – adaptado.

1. (G1 - col. naval 2014) Sobre a construção do texto, é correto afirmar que
a) o sétimo parágrafo apresenta exemplos de pais e professores que ajudam as crianças a focar a atenção nos estudos.
b) o quarto parágrafo apresenta a ideia de que as inúmeras informações ajudam na concentração do foco de atenção.
c) o último parágrafo reforça a falta de atenção de adultos e crianças em focar uma única coisa.
d) o oitavo parágrafo analisa que a maioria das crianças não consegue realmente focar a atenção por causa dos jogos
eletrônicos.
e) o segundo parágrafo apresenta a ideia de que o foco de atenção é mantido, apesar de vários detalhes que precisam do
cuidado do condutor.

2. (G1 - col. naval 2014) Assinale a opção que indica corretamente o valor semântico da preposição em destaque.
a) “[...] pular palavras e frases inteiras, apenas para irmos direto ao ponto [...]” (ref. 43) – lugar.
b) “[...] para buscar textos sobre um tema [...]” (ref. 44) – posição superior.
c) “[...] após um dia de intenso trabalho no retorno para casa [...]” (ref. 45) – modo.
d) “Aí, um belo dia elas vão para a escola.” (ref. 46) – origem.
e) “Elas já nasceram neste mundo de profusão de estímulos” (ref. 2) – delimitação.

3. (G1 - col. naval 2014) Que opção está correta em relação aos aspectos morfossintáticos do texto?
a) Nos fragmentos “Aumenta o número de adultos que não conseguem [...].” (ref. 27) e “Não basta mandarmos que elas
prestem [...].” (ref. 12), os termos destacados pertencem à mesma categoria gramatical.
b) Em “As crianças precisam de nós, pais e professores, para começar a aprender isso.” (ref. 32) e “Se está difícil para nós,
adultos, [...].” (ref. 3), os termos em destaque exercem funções sintáticas distintas.
c) Os vocábulos destacados em “[...] isso de nada as ajuda.” (ref. 33) e “Nós nos tornamos, à semelhança [...].” (ref. 34)
apresentam a mesma classificação sintática.
d) Na oração “Se está difícil para nós, adultos, focar nossa atenção, imagine, caro leitor [...].” (ref. 3) os termos em destaque
exercem a mesma função sintática.
e) Os termos destacados em “[...] isso de nada as ajuda” (ref. 33) e “Quando me vejo em tal situação [...].” (ref. 35) pertencem
a categorias gramaticais distintas.

4. (G1 - col. naval 2014) Em que opção a articulista estabelece explicitamente um diálogo com o interlocutor?
a) “E isso, caro leitor, exige a árdua aprendizagem [...].” (ref. 28)
b) “As crianças precisam de nós, pais e professores, [...].” (ref. 32)
c) “Vamos tomar como exemplo um pessoa dirigindo.” (ref. 41)
d) “O que pode ajudar, por exemplo, é analisarmos [...].” (ref. 13)
e) “Se está difícil para nós, adultos, focar nossa [...].” (ref. 3)

5. (G1 - col. naval 2014) Assinale a opção em que o pronome destacado faz referência a um termo posteriormente
mencionado.
a) “E isso, caro leitor, exige [...].” (ref. 28)
b) “Se está difícil para nós, [...].” (ref. 3)
c) “[...] alguma emissora de rádio que comenta [...].” (ref. 29)
d) “[...] o ensino desse quesito no mundo de hoje [...].” (ref. 30)
e) “[...] boa parte desse trabalho é nosso, e não delas.” (ref. 31)

6. (G1 - col. naval 2014) Assinale a opção em que está expressa a ideia de consequência.
a) “E quando elas não conseguem, reclamamos, levamos ao médico, arriscamos hipóteses de que sejam portadoras de
síndromes [...].” (ref. 36)
b) “Sofremos de uma tentação permanente de pular palavras e frases inteiras, apenas para irmos direto ao ponto.” (ref. 16)
c) “Mas, nos estudos, queremos que elas prestem a atenção no que é preciso, e não no que gostam.” (ref. 17)
d) “O que pode ajudar, por exemplo, é analisarmos o contexto [...] e organizá-lo para que seja favorável a tal exigência.” (ref.
13)
e) “São tantos os estímulos e tanta pressão [...] que aprendemos a ver e/ou fazer várias coisas ao mesmo tempo [...]” (ref.
37)
7. (G1 - col. naval 2014) Em “Não basta mandarmos que elas prestem atenção: isso de nada as ajuda.” (ref. 12), os dois-
pontos podem ser substituídos, sem que haja alteração de sentido, por
a) não obstante.
b) contanto.
c) quando.
d) porque.
e) todavia.

8. (G1 - col. naval 2014) Em “Ela precisa estar atenta [...] à velocidade média dos carros por onde trafega, às orientações do
GPS [...].” (ref. 4), o sinal indicador de crase é necessário. Em qual opção ele também deve ser usado?
a) As pessoas a que me refiro são aquelas que não se concentram em uma única coisa.
b) Esta informação dada aos pais é semelhante a que foi divulgada na escola.
c) As crianças devem estar atentas a algumas informações veiculadas pela mídia.
d) A reportagem a qual li trazia dados novos sobre crianças que recebem uma profusão de estímulos.
e) Pais e professores estão lado a lado, buscando minimizar os problemas enfrentados com as crianças.

9. (G1 - col. naval 2014) Em “A maioria dessas crianças sabe focar sua atenção, sim.” (ref. 42) o verbo pode ir para o singular
ou para o plural. Em que opção tal situação também se aplica?
a) Só um ou outro adulto consegue focar sua atenção em uma única coisa.
b) Segundo pesquisa, sessenta por cento da juventude brinca com jogos desafiantes que exigem atenção.
c) Qual de vocês sabe usar programas complexos em seus aparelhos eletrônicos?
d) É cada vez maior o número de crianças que não presta atenção a uma única coisa.
e) Falaram o educador e o pai sobre a profusão de estímulos a que as crianças são submetidas.

10. (G1 - col. naval 2014) Em qual opção ocorre um desvio da norma padrão da língua na colocação do pronome destacado?
a) “Quando me vejo em tal situação, [...].” (ref. 35)
b) “Nós nos tornamos, à semelhança dos computadores, [...].” (ref. 34)
c) “[...] de repente, me dei conta de que estava [...].” (ref. 38)
d) “[...] temas que em nada se relacionavam [...].” (ref. 39)
e) “[...] analisarmos o contexto [...] e organizá-lo [...].” (ref. 40)

11. (G1 - col. naval 2014) Em qual opção a regência do termo em destaque apresenta um desvio da modalidade padrão da
língua?
a) “[...] eu me lembro que dirigir, após um dia [...].” (ref. 19)
b) “[...] que deve fazer para chegar ao seu destino, [...].” (ref. 20)
c) “[...] passam horas em uma única atividade de que gostam.” (ref. 21)
d) “[...] alguns textos exigem a leitura atenta [...].” (ref. 22)
e) “[...] mais observarmos os detalhes, por causa [...].” (ref. 23)

12. (G1 - col. naval 2014) Em que opção a forma verbal em destaque transmite a ideia de continuidade, de processo que
era constante ou frequente?
a) “[...] dirigir, [...], já foi uma atividade prazerosa [...].” (ref. 14)
b) “[...] que em nada se relacionavam com meu tema primeiro.” (ref. 15)
c) “Sofremos de uma tentação permanente de pular [...].” (ref. 16)
d) “Mas, nos estudos, queremos que elas prestem atenção [...].” (ref. 17)
e) “O uso da internet ajudou a transformar nossa maneira [...].” (ref. 18)

13. (G1 - col. naval 2014) Em qual opção a forma verbal em destaque em expressa uma ação hipotética?
a) “[...] me dei conta de que estava em temas [...].” (ref. 24)
b) “[...] e organizá-lo para que seja favorável [...].” (ref. 25)
c) “[...] atenção no que é preciso, e não no que gostam.” (ref. 26)
d) “Aumenta o número de adultos que não consegue focar [...].” (ref. 27)
e) “Elas já nasceram neste mundo de profusão [...].” (ref. 2)

14. (G1 - col. naval 2014) Assinale a opção em que o termo destacado está grifado corretamente, de acordo com o contexto
em que foi utilizado.
a) Ela precisa estar atenta às informações de algumas emissoras de rádio a cerca do trânsito.
b) Com o advento da tecnologia, são tantos os estímulos e tanta pressão por que passam as pessoas.
c) Uma pessoa dirigindo precisa estar mas atenta aos veículos que vêm atrás, ao lado e à frente.
d) Os adultos mau conseguem focar sua atenção e uma única coisa.
e) As crianças, afim de dar conta de várias coisas ao mesmo tempo, são muito exigidas desde o início da vida.

Página 31 de 119
15. (G1 - col. naval 2014) Em “[...] o ensino desse quesito no mundo de hoje é um processo lento e gradual.” (ref. 30), o
termo grifado pode ser substituído, sem mudança de sentido, por
a) detalhamento.
b) preceito.
c) item.
d) comando.
e) mandamento.

16. (G1 - col. naval 2014) Considerando os termos grifados em “[...] por causa de nossa ganância em relação a novas e
diferentes informações.” (ref. 1) e “Elas já nasceram neste mundo de profusão de estímulos de todos os tipos [...].” (ref. 2), a
antonímia dos termos grifados foi indicada de forma correta, respectivamente, em qual opção?
a) Avidez, insuficiência.
b) Abnegação, exuberância.
c) Desapego, escassez.
d) Altruísmo, afluência.
e) Concupiscência, falha.

17. (G1 - col. naval 2014) Assinale a opção em que as palavras destacadas recebem, respectivamente, a mesma
classificação quanto à acentuação gráfica que as palavras sublinhadas em “Se está difícil para nós, adultos [...]. Elas já,
nasceram neste mundo de profusão de estímulos[...].” (ref. 3).
a) “Ela precisa estar atenta aos veículos que vêm atrás, ao lado e à crente, à velocidade média dos carros [...].” (ref. 4)
b) “Aliás, não é a combinação e a sucessão das palavras que dá sentido a um texto?” (ref. 5)
c) “[...] às informações de alguma emissora de rádio que comenta o trânsito, ao planejamento mental [...].” (ref. 6)
d) “[...] quando precisam focar a atenção e organizá-lo para que seja favorável a tal exigência. E é preciso lembrar [...].“ (ref.
7)
e) “[...] profusão de estímulos [...]; elas são exigidas, desde o início da vida, a dar conta de várias coisas [...].” (ref. 8)

18. (G1 - col. naval 2014) De acordo com o texto, é correto afirmar que:
a) acidentes de trânsito ocorrem devido ao excesso de estímulos nas ruas.
b) o uso da internet em vez de livros impressos prejudicou a compreensão da leitura de textos.
c) o foco da atenção das crianças está naquilo de que gostam e têm interesse, mas nem sempre no que é necessário.
d) adultos que não conseguem focar a atenção em uma única coisa foram crianças que não tiveram estímulos desde o início
da vida.
e) crianças e adultos apresentam deficiência de atenção porque pertencem a gerações diferentes.

19. (G1 - col. naval 2014) Qual é a opção que explicita uma ideia defendida no texto?
a) Pais e professores devem motivar as crianças a se interessarem pelas coisas de que gostam.
b) Com a profusão de estímulos a que estão sujeitas, as crianças tornam-se criteriosas e autodisciplinadas.
c) Pessoas multitarefa são comparadas a computadores por serem capazes de executar as atividades de forma seletiva.
d) O uso da internet torna as pessoas mais detalhistas e concentradas em diferentes atividades ao mesmo tempo.
e) Há um contraste entre o que a escola exige da criança e a forma como esta foi estimulada a se comportar desde o início
da vida.

LISTA 7

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 9 QUESTÕES:


Leia o texto e responda à(s) quest(ões) a seguir.

Quando se pergunta à população brasileira, em uma pesquisa de opinião, qual seria o problema fundamental do
Brasil, a maioria indica a precariedade da educação. Os entrevistados costumam apontar que o sistema educacional brasileiro
não é capaz de preparar os jovens para a compreensão de textos simples, elaboração de cálculos aritméticos de operações
básicas, conhecimento elementar de física e química, e outros fornecidos pelas escolas fundamentais.
[...]
Certa vez, participava de uma reunião de pais e professores em uma escola privada brasileira de destaque e notei
que muitos pais expressavam o desejo de ter bons professores, salas de aula com poucos alunos, mas não se sentiam
responsáveis para participarem ativamente das atividades educacionais, inclusive custeando os seus serviços. Se os pais
não conseguiam entender que esta aritmética não fecha e que a sua aspiração estaria no campo do milagre, parece difícil
que consigam transmitir aos seus filhos o mínimo de educação.
Para eles, a educação dos filhos não se baseia no aprendizado dos exemplos dados pelos pais.
Que esta educação seja prioritária e ajude a resolver outros problemas de uma sociedade como a brasileira parece
lógico. No entanto, não se pode pensar que a sua deficiência depende somente das autoridades. Ela começa com os próprios
pais, que não podem simplesmente terceirizar essa responsabilidade.
Para que haja uma mudança neste quadro é preciso que a sociedade como um todo esteja convencida de que todos
precisam contribuir para tanto, inclusive elegendo representantes que partilhem desta convicção e não estejam pensando
somente nos seus benefícios pessoais.
Sobre a educação formal, aquela que pode ser conseguida nos muitos cursos que estão se tornando disponíveis no
Brasil, nota-se que muitos estão se convencendo de que eles ajudam na sua ascensão social, mesmo sendo precários. O
número daqueles que trabalham para obter o seu sustento e para ajudar a família, e ao mesmo tempo se dispões a fazer um
sacrifício adicional frequentando cursos até noturnos, parece estar aumentando.
A demanda por cursos técnicos que elevam suas habilidades para o bom exercício da profissão está em alta. É
tratada como prioridade tanto no governo como em instituições representativas das empresas. O mercado observa a carência
de pessoal qualificado para elevar a eficiência do trabalho.
Muitos reconhecem que o Brasil é um dos países emergentes que estão melhorando, a duras penas, a sua
distribuição de renda. Mas, para que este processo de melhoria do bem-estar da população seja sustentável, há que se
conseguir um aumento da produtividade do trabalho, que permita, também, o aumento da parcela da renda destinada à
poupança, que vai sustentar os investimentos indispensáveis.
A população que deseja melhores serviços das autoridades precisa ter a consciência de que uma boa educação,
não necessariamente formal, é fundamental para atender melhor as suas aspirações.

(YOKOTA, Paulo. Os problemas da educação no Brasil. Em


http://www.cartacapital.com.br/educacao/os-problemas-da-educacao-no-brasil-657.html - Com adaptações)

1. (G1 - col. naval 2015) Em “Ela começa com os próprios pais, que não podem simplesmente terceirizar essa
responsabilidade.” (4º §), o emprego do pronome destacado está de acordo com a modalidade padrão da língua. Em que
opção tal fato também ocorre?
a) A discussão sobre a precariedade da educação é extremamente proveitosa, mas isto não deve ficar apenas na teoria.
b) Pais e educadores precisam estar juntos no processo educativo. Esses, orientando as crianças em sala de aula e aqueles,
em casa.
c) A população que deseja melhores serviços das autoridades precisa estar atenta a isto: uma boa educação é fundamental.
d) Esse relatório que está em minhas mãos é essencial para a compreensão do que pode ser feito para melhor a educação
no Brasil.
e) Várias mudanças foram sugeridas para melhorar a educação, durante o congresso, no ano passado. Este foi um período
bastante proveitoso.

2. (G1 - col. naval 2015) Em que opção o termo destacado apresenta classificação morfológica semelhante a “Ela começa
com os próprios pais, que não podem simplesmente terceirizar esta responsabilidade.” (4º §)?
a) “[...] notei que muitos pais expressavam o desejo de ter bons professores [...].” (2º §)
b) “Que esta educação seja prioritária e ajude a resolver os outros problemas [...].” (4º §)
c) “[...] inclusive elegendo representantes que partilhem desta convicção e não estejam [...].” (5º §)
d) “No entanto, não se pode pensar que a sua deficiência depende somente [...].” (4º §)
e) “[...] esta aritmética não fecha e que a sua aspiração estaria no campo do milagre [...].” (2º §)

3. (G1 - col. naval 2015) Em seu processo argumentativo, o texto salienta


a) a precariedade do sistema educacional brasileiro, cujos cursos técnicos não preparam adequadamente os estudantes para
o mercado de trabalho.
b) o fato de que a maioria dos pais se exime de responsabilidade pela educação de suas crianças e a terceirizam, dando aos
educadores plenos poderes para gerir a vida de seus filhos.
c) que pais e autoridades são responsáveis pelo processo educativo e, portanto, devem se comprometer com a qualidade
dos cursos técnicos oferecidos, já que estes ajudam na ascensão social.
d) a procura por cursos técnicos que, ao desenvolverem capacidades físicas e intelectuais, elevam as habilidades para o
bom exercício da profissão.
e) que, em função da carência de mão de obra qualificada, governo e entidades representativas das empresas apostam nos
cursos técnicos, a fim de aprimorar as habilidades profissionais.

4. (G1 - col. naval 2015) Em “Se os pais não conseguiam entender que esta aritmética não fecha e que a sua aspiração
estaria no campo do milagre, parece difícil que consigam transmitir aos seus filhos o mínimo de educação.” (2º §), infere-se
que
a) o grande milagre é o entendimento de filhos e pais da aritmética educacional.
b) os pais não percebem que somente um milagre será capaz de realizar o sonho deles.
c) os filhos não têm um mínimo de educação porque os pais não conseguem entender aritmética.
d) sem a parceria de pais e filhos, não é possível dar a estes a educação almejada por aqueles.
e) falta aos pais bom senso para perceber que sem a participação ativa deles, não se consegue melhorar a educação dos
filhos.

Página 33 de 119
5. (G1 - col. naval 2015) Que termo pode ser usado para substituir aquele destacado em “No entanto, não se pode pensar
que a sua deficiência [...].” 4º §), sem que haja alteração de sentido no período?
a) não obstante.
b) por conseguinte.
c) consoante.
d) porquanto.
e) pois.

6. (G1 - col. naval 2015) Assinale a opção em que o termo destacado apresenta o mesmo semântico que “Muitos reconhecem
que o Brasil é um dos países emergentes que estão melhorando, a duras penas, a sua distribuição de renda.” (8º §).
a) Quando estava na universidade, eu ia a livrarias semanalmente, em busca de novidades.
b) A plateia ficou em silêncio quando divulgaram que muitas crianças não assimilam as informações devido à desnutrição.
c) Todos estavam bem entusiasmados com as mudanças propostas pelo ministro da educação.
d) Por causa do trânsito, alguns pais chegaram à reunião às pressas, mas conversaram com os educadores.
e) Li em algum livro que o nível de aprendizagem está diretamente relacionado aos estímulos recebidos.

7. (G1 - col. naval 2015) Assinale a opção que contém o verbo com a mesma predicação do que está em destaque em “Para
que haja uma mudança neste quadro [...].” (5º §).
a) Alguns professores buscam respostas eficazes em modelos tradicionais de educação.
b) Com a chegada da internet ao Brasil, muitas pessoas ficaram deslumbradas ao extremo.
c) Nem sempre os alunos respondem a expectativas desejáveis nos exames nacionais.
d) Vocês, ultimamente, andam bastante pensativos e introspectivos.
e) O conhecimento traz a homens e mulheres bastantes conhecimentos.

8. (G1 - col. naval 2015) Assinale a opção em que o verbo está flexionado nos mesmo tempo e modo do destacado em “[...]
elegendo representantes que partilhem desta convicção [...].” (5º §).
a) “[...] que não podem simplesmente terceirizar [...] “ (4° §)
b) “[...] que este processo [...] seja sustentável [...] (8° §)
c) “[...] que todos precisam contribuir para tanto [...].” (5º §)
d) “[...] que eles ajudam na sua ascensão social [...].” (6º §)
e) “[...] que elevam suas habilidades para o bom [...].” (7º §)

9. (G1 - col. naval 2015) Assinale a opção na qual a palavra destacada entre parênteses tem valor sinônimo àquela
destacada.
a) “Que esta educação seja prioritária e ajude a resolver os outros problemas de uma sociedade [...].” (4º §) (inicial)
b) “[...] nota-se que muitos estão se convencendo de que eles ajudam na sua ascensão social, [...].” (6º §) (crescimento)
c) “[...] representantes que partilham desta convicção e não estejam pensando somente nos seus benefícios [...].” (5º §)
(prática)
d) “A demanda por cursos técnicos que elevam suas habilidades para o bom exercícios da profissão está em alta.” (7º §)
(busca)
e) “[...] uma boa educação, não necessariamente formal, é fundamental para atender melhor as suas aspirações.” (9º §)
(lutas)

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 4 QUESTÕES:


Quando a rede vira um vício

Com o titulo "Preciso de ajuda", fez-se um desabafo aos integrantes da comunidade Viciados em Internet Anônimos:
"Estou muito dependente da web, Não consigo mais viver normalmente. Isso é muito sério". Logo obteve resposta de um
colega de rede. "Estou na mesma situação. Hoje, praticamente vivo em frente ao computador. Preciso de ajuda." Odiálogo
dá a dimensão do tormento provocado pela dependência em Internet, um mal que começa a ganhar relevo estatístico, à
medida que o uso da própria rede se dissemina. Segundo pesquisas recém-conduzidas pelo Centro de Recuperação para
Dependência de Internet, nos Estados Unidos, a parcela de viciados representa, nos vários países estudados, de 5% (como
no Brasil) a 10% dos que usam a web — com concentração na faixa dos 15 aos 29 anos. Os estragos são enormes. Como
ocorre com um viciado em álcool ou em drogas, o doente desenvolve uma tolerância que, nesse caso, o faz ficar on-line por
uma eternidade sem se dar conta do exagero. Ele também sofre de constantes crises de abstinência quando está
desconectado, e seu desempenho nas tarefas de natureza intelectual despenca. Diante da tela do computador, vive, aí sim,
momentos de rara euforia. Conclui uma psicóloga americana: "O viciado em internet vai, aos poucos, perdendo os elos com
o mundo real até desembocar num universo paralelo — e completamente virtual".
Não é fácil detectar o momento em que alguém deixa de fazer uso saudável e produtivo da rede para estabelecer
com ela uma relação doentia, como a que se revela nas histórias relatadas ao longo desta reportagem. Em todos os casos,
a internet era apenas "útil" ou "divertida" e foi ganhando um espaço central, a ponto de a vida longe da rede ser descrita
agora como sem sentido. Mudança tão drástica se deu sem que os pais atentassem para a gravidade do que ocorria. "Como
a internet faz parte do dia a dia dos adolescentes e o isolamento é um comportamento típico dessa fase da vida, a família
raramente detecta o problema antes de ele ter fugido ao controle", diz um psiquiatra. A ciência, por sua vez, já tem bem
mapeados os primeiros sintomas da doença. De saída, o tempo na internet aumenta — até culminar, pasme-se, numa rotina
de catorze horas diárias, de acordo com o estudo americano. As situações vividas na rede passam, então, a habitar mais e
mais as conversas. É típico o aparecimento de olheiras profundas e ainda um ganho de peso relevante, resultado da frequente
troca de refeições por sanduíches — que prescindem de talheres e liberam uma das mãos para o teclado. Gradativamente,
a vida social vai se extinguindo. Alerta outra psicóloga: "Se a pessoa começa a ter mais amigos na rede do que fora dela, é
um sinal claro de que as coisas não vão bem".
Os jovens são, de longe, os mais propensos a extrapolar o uso da internet. Há uma razão estatística para isso —
eles respondem por até 90% dos que navegam na rede, a maior fatia —, mas pesa também uma explicação de fundo mais
psicológico, à qual uma recente pesquisa lança luz. Algo como 10% dos entrevistados (viciados ou não) chegam a atribuir à
internet uma maneira de "aliviar os sentimentos negativos", tão típicos de uma etapa em que afloram tantas angústias e
conflitos. Na rede, os adolescentes sentem-se ainda mais à vontade para expor suas ideias. Diz um outro psiquiatra: "Num
momento em que a própria personalidade está por se definir, a internet proporciona um ambiente favorável para que eles se
expressem livremente". No perfil daquela minoria que, mais tarde, resvala no vicio se vê, em geral, uma combinação de baixa
autoestima com intolerância à frustração. Cerca de 50% deles, inclusive, sofrem de depressão, fobia social ou algum
transtorno de ansiedade. É nesse cenário que os múltiplos usos da rede ganham um valor distorcido. Entre os que já têm o
vicio, a maior adoração é pelas redes de relacionamento e pelos jogos on-line, sobretudo por aqueles em que não existe
noção de começo, meio ou fim.
Desde 1996, quando se consolidou o primeiro estudo de relevo sobre o tema, nos Estados Unidos, a dependência
em internet é reconhecida — e tratada — como uma doença. Surgiram grupos especializados por toda parte. "Muita gente
que procura ajuda ainda resiste à ideia de que essa é uma doença", conta um psicólogo. O prognóstico é bom: em dezoito
semanas de sessões individuais e em grupo, 80% voltam a niveis aceitáveis de uso da internet. Não seria factível, tampouco
desejável, que se mantivessem totalmente distantes dela, como se espera, por exemplo, de um alcoólatra em relação à
bebida. Com a rede, afinal, descortina-se uma nova dimensão de acesso às informações, à produção de conhecimento e ao
próprio lazer, dos quais, em sociedades modernas, não faz sentido se privar. Toda a questão gira em torno da dose ideal,
sobre a qual já existe um consenso acerca do razoável: até duas horas diárias, no caso de crianças e adolescentes. Quanto
antes a ideia do limite for sedimentada, melhor. Na avaliação de uma das psicólogas, "Os pais não devem temer o
computador, mas, sim, orientar os filhos sobre como usá-lo de forma útil e saudável". Desse modo, reduz-se drasticamente
a possibilidade de que, no futuro, eles enfrentem o drama vivido hoje pelos jovens viciados.

Silvia Rogar e João Figueiredo, Veja, 24 de março de 2010. Adaptado.

10. (G1 - col. naval 2011) Marque a opção correta em relação à interpretação geral do texto.
a) A ideia central do texto é divulgar a importância do uso prático da internet em detrimento da diversão tão desejada.
b) Os especialistas percebem que há no uso excessivo da web apenas o prejuízo no aumento de peso entre os jovens.
c) A tarefa principal da internet, segundo os especialistas, é a de "aliviar os sentimentos negativos".
d) Já que o uso da internet é como uma droga, não há perspectiva de solução para o problema.
e) Longe dos extremos, a virtude no uso da internet estaria na justa medida.

11. (G1 - col. naval 2011) É correto afirmar que o texto


a) apresenta causas, consequências e possibilidades de tratamentos para o viciado em internet.
b) faz uma análise subjetiva da dependência em internet, sem se ater a faixas etárias mais propensas ao vício.
c) estabelece como principais motivos para o vício em internet a baixa autoestima e os problemas de relacionamento com os
pais.
d) evidencia olheiras profundas, ganho de peso relevante, vida social que se extingue como exemplos dos males provocados
pelo uso comedido da internet.
e) parte de experiências virtuais para mostrar que o vício em internet, apesar de ser um mal relativamente novo, já atingiu
proporções irreversíveis.

12. (G1 - col. naval 2011) Assinale a opção correta sobre o contido nos parágrafos.
a) As ideias expressas no primeiro parágrafo se contrapõem àquelas do segundo.
b) Tanto o primeiro parágrafo quanto o segundo apresentam consequências do uso exagerado da internet.
c) O terceiro parágrafo analisa as causas que levam ao vício em internet e propõe soluções para o problema.
d) Nota-se que, no segundo parágrafo, os pais são totalmente eximidos de responsabilidade no que se refere ao vício dos
filhos em internet.
e) O quarto parágrafo somente aborda o tratamento para a dependência em internet, sem propor limites rígidos a serem
seguidos pelos jovens, viciados ou não.

Página 35 de 119
13. (G1 - col. naval 2011) Marque a opção cuja grafia de todas as palavras está correta.
a) Um sinal claro de nossa evazão social é termos mais amigos na rede do que fora dela.
b) A proposta do texto não parece estravagante. Há, de certa forma, a necessidade de se chegar a uma dose ideal no uso
da internet.
c) Se uma vida mais consciente nos restitui a quase extinta vida social, que empecilhos mais fortes nos impediriam de
desfrutá-la?
d) O fato de a dependência em internet ser uma doença não exclue, é obvio, o empenho de encorporarmos formas razoáveis
de utilização da web.
e) Quem vive de forma mais displiscente não é capaz de perceber a drástica situação vivida pelos jovens na era digital. Mas
aquele que atribue importância a essa realidade procura analisar tudo com cuidado.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Leia o texto a seguir e responda à(s) questão(ões).

Em 1855, o cacique Seattle, da tribo Suquamish, do Estado de Washington, enviou esta carta ao presidente dos
Estados Unidos (Francis Pierce), depois de o Governo haver dado a entender que pretendia comprar o território ocupado por
aqueles índios. Faz mais de um século e meio. Mas o desabafo do cacique tem uma incrível atualidade.

“(...) De uma coisa sabemos, que o homem branco 1talvez venha a um dia descobrir: 2o nosso Deus é o mesmo
Deus. 3Julga, talvez, que pode ser dono Dele da mesma maneira como deseja possuir a nossa terra. Mas não pode. Ele é
Deus de todos. E quer bem da mesma maneira ao homem vermelho como ao branco. A terra é amada por Ele. Causar dano
à terra é demonstrar desprezo pelo Criador. O homem branco também vai desaparecer, 4talvez mais depressa do que as
outras raças. 5Continua sujando a sua própria cama e há de morrer, uma noite, sufocado nos seus próprios dejetos. Depois
de abatido o último bisão e domados todos os cavalos selvagens, 6quando as matas misteriosas federem à gente, quando
as colinas escarpadas se encherem de fios que falam, onde ficarão então os sertões? Terão acabado. E as águias? Terão
ido embora. Restará dar adeus à andorinha da torre e à caça; 7o fim da vida e o começo da luta pela sobrevivência. (...)
8Talvez compreendêssemos com que sonha o homem branco se soubéssemos quais as esperanças transmite a

seus filhos nas longas noites de inverno, quais visões do futuro oferecem para que possam ser formados os desejos do dia
de amanhã. Mas nós somos selvagens. Os sonhos do homem branco são ocultos para nós. E por serem ocultos temos que
escolher o nosso próprio caminho. Se consentirmos na venda é para garantir as reservas que nos prometeste. Lá talvez
possamos viver os nossos últimos dias como desejamos. Depois que o último homem vermelho tiver partido e a sua
lembrança não passar da sombra de uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do meu povo continuará a viver nestas
florestas e praias, 9porque nós as amamos como um recém-nascido ama o bater do coração de sua mãe. Se te vendermos
a nossa terra, ama-a como nós a amávamos. 10Protege-a como nós a protegíamos. Nunca esqueça como era a terra quando
dela tomou posse. E com toda a sua força, o seu poder, e todo o seu coração, 11conserva-a para os seus filhos, e ama-a
como Deus nos ama a todos. Uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus. Esta terra é querida por Ele. Nem mesmo
o homem branco pode evitar o nosso destino comum.”

www.culturabrasil.pro.br/seattle1.htm. Acesso em 16/04/2016.

14. (G1 - epcar (Cpcar) 2017) Observe os trechos destacados e as análises apresentadas. Assinale a alternativa que contém
uma classificação e/ou uma análise INCORRETA da(s) figura(s) de linguagem.
a) “Continua sujando a sua própria cama e há de morrer, uma noite, sufocado nos seus próprios dejetos.” (ref. 5) – a
metonímia e a metáfora contribuem para construir uma forte imagem de destruição provocada pelo homem branco.
b) “... quando as matas misteriosas federem à gente...” (ref. 6) – a prosopopeia ajuda na construção da ideia de
superpovoamento e consequente destruição das matas até então preservadas.
c) “... porque nós as amamos como um recém-nascido ama o bater do coração de sua mãe.” (ref. 9) – a comparação e a
metonímia realçam a intensidade do amor que o homem vermelho sente pela terra.
d) “... o fim da vida e o começo da luta pela sobrevivência.” (ref. 7) – o uso da antítese enfatiza a degeneração da vida humana
que será acarretada pela atitude predatória do homem branco.

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 4 QUESTÕES:


Leia o texto a seguir para responder à(s) questão(ões).

Carta da Terra (excerto)

A Carta da Terra é um documento produzido no final da década de 1990 com a participação de 46 países.
“Ela representa um grito de urgência face às ameaças que pesam sobre a biosfera e o projeto planetário humano.
Significa também um libelo em favor da esperança de um futuro comum da Terra e Humanidade.”
(Leonardo Boff)
PRINCÍPIOS

I. RESPEITAR E CUIDAR DA COMUNIDADE DA VIDA


(...)

4. Garantir as dádivas e a beleza da Terra para as atuais e as futuras gerações.

a) Reconhecer que a liberdade de ação de cada geração é condicionada pelas necessidades das gerações futuras.
b) Transmitir às futuras gerações valores, tradições e instituições que apoiem, em longo prazo, a prosperidade das
comunidades humanas e ecológicas da Terra.

II. INTEGRIDADE ECOLÓGICA

5. Proteger e restaurar a integridade dos sistemas ecológicos da Terra, com especial preocupação pela diversidade
biológica e pelos processos naturais que sustentam a vida.

(...)
c) Promover a recuperação de espécies e ecossistemas ameaçados.
d) Controlar e erradicar organismos não nativos ou modificados geneticamente que causem dano às espécies nativas,
ao meio ambiente, e prevenir a introdução desses organismos daninhos.
e) 1Manejar o uso de recursos renováveis como água, solo, produtos florestais e vida marinha de forma que não
excedam as taxas de regeneração e que protejam a sanidade dos ecossistemas.

6. 2Prevenir o dano ao ambiente como o melhor método de proteção ambiental e, 3quando o conhecimento for limitado,
assumir uma postura de precaução.

a) 4Orientar ações para evitar a possibilidade de sérios ou irreversíveis danos ambientais mesmo quando a informação
científica for incompleta ou não conclusiva.
(...)
d) Impedir a poluição de qualquer parte do meio ambiente e não permitir o aumento de substâncias radioativas, tóxicas
ou outras substâncias perigosas.
(...)

Ministério do Meio Ambiente. www.mma.gov.br/estruturas/agenda21/_arquivos/carta-terra.pdf. Acesso em 20/05/2016.

15. (G1 - epcar (Cpcar) 2017) Alguns trechos do texto “Carta da Terra” foram reescritos. Assinale a única alternativa cuja
reescrita mantém a correção gramatical e preserva o sentido da informação no contexto de que foi extraída.
a) “Reconhecer que a liberdade de ação de cada geração é condicionada pelas necessidades das gerações futuras”. –
Reconhecer que a liberdade de ação de cada geração condiciona as necessidades das gerações futuras.
b) “Transmitir às futuras gerações valores, tradições e instituições que apoiem, em longo prazo, a prosperidade (...)” –
Transmitir às futuras gerações e instituições valores e tradições que apoiem, em longo prazo, a prosperidade (...).
c) “Prevenir o dano ao ambiente como o melhor método de proteção ambiental e, quando o conhecimento for limitado, assumir
uma postura de precaução.” – Prevenir o dano ao ambiente como o melhor método de proteção ambiental, assumindo,
nos casos em que o conhecimento seja limitado, uma postura de precaução.
d) “Impedir a poluição de qualquer parte do meio ambiente e não permitir o aumento de substâncias radioativas, tóxicas ou
outras substâncias perigosas.” – Minimizar a poluição de qualquer parte do meio ambiente, além de não permitir o aumento
de substâncias radioativas, tóxicas ou outras perigosas.

16. (G1 - epcar (Cpcar) 2017) Assinale o item que contém uma análise correta sobre a palavra QUE sublinhada.
a) “Transmitir às futuras gerações valores, tradições e instituições que apoiem, em longo prazo (...)” – classifica-se como
pronome relativo e refere-se ao termo “gerações”.
b) “(...) especial preocupação pela diversidade biológica e pelos processos naturais que sustentam a vida.” – classifica-se
como pronome relativo e refere-se aos termos “diversidade biológica” e “processos naturais”.
c) “Controlar e erradicar organismos não nativos ou modificados geneticamente que causem dano às espécies (...)” –
classifica-se como conjunção integrante e introduz oração adjetiva.
d) “produtos florestais e vida marinha (...) de forma que não excedam as taxas de regeneração e que protejam a sanidade
dos ecossistemas.” – classifica-se como conjunção integrante e introduz oração substantiva.

Página 37 de 119
17. (G1 - epcar (Cpcar) 2017) A seguir, propõe-se a substituição de determinados trechos por estruturas pronominais.
Assinale a única alternativa em que se mantém a correção gramatical e o sentido do enunciado.
a) “Transmitir às futuras gerações valores, tradições e instituições que apoiem (...)” – Transmiti-las valores, tradições e
instituições que apoiem (...).
b) “Proteger e restaurar a integridade dos sistemas ecológicos da Terra (...)” – Proteger e restaurar-lhes a integridade (...).
c) “(...) organismos não nativos ou modificados geneticamente que causem dano às espécies nativas (...)” – organismos não
nativos ou modificados geneticamente aos quais causem danos às espécies nativas.
d) “(...) não excedam as taxas de regeneração e que protejam a sanidade dos ecossistemas.” – não excedam as taxas de
regeneração e que as protejam.

18. (G1 - epcar (Cpcar) 2017) Dá-se o nome de coesão à conexão interna entre os vários enunciados de um texto, a qual é
fruto das relações de sentido entre eles. Essas relações são manifestas por certa categoria de palavras as quais chamamos
elementos de coesão.

A partir dessa definição e da leitura atenta do texto, considere os fragmentos abaixo e as análises apresentadas.

I. “Orientar ações (...) mesmo quando a informação científica for incompleta...” (ref. 4) – a expressão coesiva mesmo quando
serve para evidenciar uma exceção em relação à prática de as ações serem pautadas em conhecimentos científicos
conclusivos.
II. “Prevenir o dano ao ambiente como o melhor método de proteção ambiental...” (ref. 2) – a palavra como introduz um termo
com função adverbial e estabelece um sentido de conformidade.
III. “... quando o conhecimento for limitado, assumir uma postura de precaução.” (ref. 3) – É possível afirmar que a conjunção
quando além de veicular uma ideia de tempo, sugere também uma condição.
IV. “Manejar o uso de recursos renováveis (...) de forma que não excedam as taxas de regeneração...” (ref. 1) o pronome
relativo que introduz uma oração adjetiva que está subordinada ao substantivo “forma”, especificando-o.

Está correto o que se afirma nos enunciados


a) I, II, III e IV.
b) II e IV apenas.
c) I, II e III apenas.
d) I e III apenas.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Leia o texto a seguir e responda à(s) questão(ões).

O Sal da Terra

Anda!
Quero te dizer nenhum segredo
Falo desse chão, da nossa casa
Vem que tá na hora de arrumar

Tempo!
Quero viver mais duzentos anos
Quero não ferir meu semelhante
Nem por isso quero me ferir

Vamos precisar de todo mundo


Pra banir do mundo a opressão
Para construir a vida nova
Vamos precisar de muito amor
A felicidade mora ao lado
E quem não é tolo pode ver

A paz na Terra, amor


O pé na terra
A paz na Terra, amor
O sal da

Terra!
És o mais bonito dos planetas
Tão te maltratando por dinheiro
Tu que és a nave nossa irmã
Canta!
Leva tua vida em harmonia
E nos alimenta com seus frutos
Tu que és do homem, a maçã

Vamos precisar de todo mundo


Um mais um é sempre mais que dois
Pra melhor juntar as nossas forças
É só repartir melhor o pão
Recriar o paraíso agora
Para merecer quem vem depois

Deixa nascer, o amor


Deixa fluir, o amor
Deixa crescer, o amor
Deixa viver, o amor
O sal da terra

GUEDES, Beto. www.mundojovem.com.br/musicas/o-sal-da-terra-beto-guedestransito.


Acesso em 18/04/2016.

19. (G1 - epcar (Cpcar) 2017) Assinale a alternativa INCORRETA quanto à classificação das figuras de linguagem.
a) “Quero viver mais duzentos anos.” (hipérbole)
b) “A felicidade mora ao lado.” (prosopopeia)
c) “Um mais um é sempre mais que dois.” (paradoxo)
d) “Tu que és a nave nossa irmã.” (eufemismo)

20. (G1 - epcar (Cpcar) 2016) Analise as afirmativas abaixo.

I. A vírgula utilizada depois da palavra “contente” separa um vocativo, enquanto os dois pontos empregados depois de
“doente” introduzem apostos.
II. Na frase “Eu estaria sendo hipócrita”, há dois verbos e duas orações.
III. O vocábulo “Aí” marca a coloquialidade do diálogo e poderia ser substituído, em um registro mais formal, pela expressão
“desse modo”, sem modificação do sentido.
IV. Em “analisar o que me deixa”, o pronome “que”, sintaticamente, exerce a função de objeto direto.

Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)


a) II.
b) I, II e IV.
c) I e III.
d) III e IV.

Página 39 de 119
LISTA 8
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 4 QUESTÕES:
1José Leal fez uma reportagem na Ilha das Flores, onde ficam os imigrantes logo que chegam. E falou dos equívocos

de nossa política imigratória. 2As pessoas que ele encontrou não eram agricultores e técnicos, gente capaz de ser útil. Viu
músicos profissionais, bailarinas austríacas, cabeleireiras lituanas. Paul Balt toca acordeão, Ivan Donef faz coquetéis, Galar
Bedrich é vendedor, Serof Nedko é ex-oficial, Luigi Tonizo é jogador de futebol, Ibolya Pohl é costureira. Tudo 15gente para
o asfalto, “para entulhar as grandes cidades”, como diz o repórter.
6O repórter tem razão. 3Mas eu peço licença para ficar imaginando uma porção de coisas vagas, ao olhar essas belas

fotografias que ilustram a reportagem. Essa linda costureirinha morena de Badajoz, essa Ingeborg que faz fotografias e essa
Irgard que não faz coisa alguma, esse Stefan Cromick cuja única experiência na vida parece ter sido vender bombons 11–
não, essa gente não vai aumentar a produção de batatinhas e quiabos nem 16plantar cidades no Brasil Central.
7É insensato importar gente assim. Mas o destino das pessoas e dos países também é, muitas vezes, insensato:

principalmente da gente nova e países novos. 8A humanidade não vive apenas de carne, alface e motores. Quem eram os
pais de Einstein, eu pergunto; e se o jovem Chaplin quisesse hoje entrar no Brasil acaso poderia? Ninguém sabe que destino
terão no Brasil essas mulheres louras, esses homens de profissões vagas. Eles estão procurando alguma coisa 12: emigraram.
Trazem pelo menos o patrimônio de sua inquietação e de seu 17apetite de vida. 9Muitos se perderão, sem futuro, na
vagabundagem inconsequente das cidades; uma mulher dessas talvez se suicide melancolicamente dentro de alguns anos,
em algum quarto de pensão. Mas é preciso de tudo para 18fazer um mundo; e cada pessoa humana é um mistério de heranças
e de taras. Acaso importamos o pintor Portinari, o arquiteto Niemeyer, o físico Lattes? E os construtores de nossa indústria,
como vieram eles ou seus pais? Quem pergunta hoje, 10e que interessa saber, se esses homens ou seus pais ou seus avós
vieram para o Brasil como agricultores, comerciantes, barbeiros ou capitalistas, aventureiros ou vendedores de gravata? Sem
o tráfico de escravos não teríamos tido Machado de Assis, e Carlos Drummond seria impossível sem uma gota de sangue
(ou uísque) escocês nas veias, 4e quem nos garante que uma legislação exemplar de imigração não teria feito Roberto Burle
Marx nascer uruguaio, Vila Lobos mexicano, ou Pancetti chileno, o general Rondon canadense ou Noel Rosa em
Moçambique? Sejamos humildes diante da pessoa humana: 5o grande homem do Brasil de amanhã pode descender de um
clandestino que neste momento está saltando assustado na praça Mauá 13, e não sabe aonde ir, nem o que fazer. Façamos
uma política de imigração sábia, perfeita, materialista14; mas deixemos uma pequena margem aos inúteis e aos vagabundos,
às aventureiras e aos tontos porque dentro de algum deles, como sorte grande da fantástica 19loteria humana, pode vir a
nossa redenção e a nossa glória.(BRAGA, R. Imigração. In: A borboleta amarela. Rio de Janeiro, Editora do Autor, 1963)
1. Assinale a opção em que há metonímia.
a) gente para o asfalto (ref. 15)
b) plantar cidades (ref. 16)
c) apetite de vida (ref. 17)
d) fazer um mundo (ref. 18)
e) loteria humana (ref. 19)
2. Assinale a opção em que a expressão grifada NÃO retoma um conteúdo anterior.
a) O repórter tem razão. (ref. 6)
b) É insensato importar gente assim. (ref. 7)
c) A humanidade não vive apenas de carne, alface e motores. (ref. 8)
d) Muitos se perderão, sem futuro, na vagabundagem inconsequente das cidades; [...] (ref. 9)
e) [...] e que interessa saber, se esses homens ou seus pais ou seus avós vieram para o Brasil como agricultores, [...] (ref.
10)
3. O objetivo do autor é
a) discutir a reportagem de José Leal sobre a chegada de imigrantes ao Brasil.
b) apoiar a imigração europeia, independentemente da condição social dos imigrantes.
c) mostrar que o Brasil não precisa de imigrantes sem qualificação profissional.
d) defender uma política imigratória não necessariamente vinculada a critérios profissionais.
e) criticar a legislação brasileira sobre imigração vigente na época.
4. De acordo com o texto, Rubem Braga
I. assevera que os imigrantes qualificados teriam destino promissor no Brasil.
II. mostra otimismo em relação aos imigrantes sem profissão definida.
III. apresenta ideias sobre imigração tanto semelhantes como avessas às de José Leal.
IV. considera que, sem imigração, não haveria algumas das grandes personalidades no Brasil.
Estão corretas apenas:
a) I e II.
b) I, II e IV.
c) II e III.
d) II, III e IV.
e) III e IV.
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
Nove em cada dez usuários de Internet recebem spams em seus e-mails corporativos, segundo estudo realizado pela
empresa alemã Antisspameurope, especializada em lixo eletrônico virtual. Cada trabalhador perde, em média, sete minutos
por dia limpando a caixa de mensagens, e essa quebra na produtividade custa €828 – pouco mais de R$2,3 mil – anuais às
empresas.
Tomando-se como base os números apontados pela pesquisa, uma corporação de médio porte, com mil funcionários, perde,
portanto, €828 mil por ano – ou R$2,3 milhões – com esta prática que é considerada, apesar de simplória, uma verdadeira
praga da modernidade.
O spam remete às mensagens não-solicitadas enviadas em massa, geralmente utilizadas para fins comerciais, e pode de
fato prejudicar consideravelmente a produtividade no ambiente de trabalho.
Um relatório da Symantec, empresa de segurança virtual, mostra que o Brasil é o segundo maior emissor de spam do mundo,
com geração de 10% de todo o fluxo de mensagens indesejadas na rede mundial de computadores. Os campeões são os
norte-americanos, com 26%. [...](Rodrigo Capelo. http://www.vocecommaistempo.com.br. Acesso em: 23/09/2012. Texto
adaptado.)

5. Um título que contempla o conteúdo abordado no texto é:


a) Spam: Estados Unidos e Brasil lideram o ranking.
b) Spam: preocupação de empresas europeias.
c) Spam: perda de tempo e prejuízos financeiros.
d) Spam: praga da modernidade.
e) Spam: nova forma de propaganda.

6. A expressão “apesar de simplória” no segundo parágrafo pode ser substituída por


a) embora efêmera.
b) no entanto fácil.
c) não obstante comum.
d) ainda que pouco complexa.
e) todavia rápida.

7. O emprego de "o mesmo", comumente criticado por gramáticos, é usado, muitas vezes, para evitar repetição de palavras
ou ambiguidade. Aponte a opção em que o uso de "o mesmo" não assegura clareza na mensagem.
a) Esta agência possui cofre com fechadura eletrônica de retardo, não permitindo a abertura do mesmo fora dos horários
programados. (Cartaz em uma agência dos Correios)
b) A reunião da Associação será na próxima semana. Peço a todos que confirmem a participação na mesma. (Mensagem,
enviada por e-mail, para chamada dos associados para uma reunião)
c) Antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo se encontra parado neste andar. (Lei 9.502)
d) Após o preenchimento do questionário para levantamento de necessidade de treinamento, solicito a devolução do mesmo
a este Setor. (Ofício de uma instituição pública)
e) A grama é colhida, empilhada e carregada sem contato manual, portanto a manipulação fica restrita à descarga do
caminhão manualmente ao lado do mesmo. (Folheto de instruções para plantio de grama na forma de tapete de grama)

8. Assinale a opção que melhor substitui a expressão destacada no trecho abaixo e, ao mesmo tempo, esteja de acordo
com a relação por ela estabelecida.
(...) Embora o Enem seja um avanço NO SENTIDO DE PERMITIR uma avaliação do ensino médio, ele pode incorrer em um
problema que existe atualmente: tornar-se um modelo para os currículos das escolas. (...) (Caderno Especial. "Folha de S.
Paulo", 24/8/1999.)
a) que permite - restrição.
b) porque permite - explicação.
c) e permita - adição.
d) para permitir - finalidade.
e) a despeito de permitir - concessão.

Página 41 de 119
9. Quanto ao tempo verbal, é CORRETO afirmar que, no texto abaixo,
João e Maria
Agora eu era herói
E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cawboy
Era você além das outras três
Eu enfrentava os batalhões
Os alemães e os seus canhões
Guardava o meu bodoque
Ensaiava o rock
Para as matinês (...)
(CHICO BUARQUE DE HOLANDA)

a) a relação cronológica, no primeiro verso, entre o momento da fala e "ser herói" é de anterioridade.
b) o pretérito imperfeito indica um processo concluído num período definido no passado.
c) o pretérito imperfeito é usado para instaurar um mundo imaginário, próprio do universo infantil.
d) o conflito entre a marca do presente - no advérbio "agora" - e a do passado - nos verbos - leva à intemporalidade.
e) o pretérito imperfeito é usado para exprimir cortesia.

10. Assinale a figura de linguagem predominante no seguinte trecho:


A engenharia brasileira está agindo rápido para combater a crise de energia.
a) Metáfora.
b) Metonímia.
c) Eufemismo.
d) Hipérbole.
e) Pleonasmo.

11. Os versos abaixo são da letra da música "Cobra", de Rita Lee e Roberto de Carvalho:
Não me cobre ser existente
Cobra de mim que sou serpente
Com relação ao emprego do imperativo nos versos, podemos afirmar que
a) a oposição imperativo negativo e imperativo afirmativo justifica a mudança do verbo cobre/cobra.
b) a diferença de formas (cobre/cobra) não é registrada nas gramáticas normativas, portanto há inadequação na flexão do
segundo verbo (cobra).
c) a diferença de formas (cobre/cobra) deve-se ao deslocamento da 3a para a 2a pessoa do sujeito verbal.
d) o sujeito verbal (3a pessoa) mantém-se o mesmo, portanto o emprego está adequado.
e) o primeiro verbo no imperativo negativo opõe-se ao segundo verbo que se encontra no presente do indicativo.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Filme bom é filme antigo? Lógico que não, mas "A Múmia", 1932, põe a frase em xeque.
Sua refilmagem, com Brendan Fraser no elenco, ainda corre nos cinemas brasileiros, repleta de humor e efeitos
visuais.
Na de Karl Freund, há a vantagem de Boris Karloff no papel-título, compondo uma múmia aterrorizadora, fiel ao terror
dos anos 30.
Apesar de alguma precariedade, lança um clima de mistério que a versão 1999 não conseguiu, tal a ênfase dada à
embalagem. Daí "nem sempre cinema bom são efeitos especiais" deveria ser a tal frase.
(A PRECÁRIA E MISTERIOSA MÚMIA DE 32, Folha de S. Paulo, Caderno Ilustrada, 4/8/1999.)

12. Sem alterar a direção argumentativa do texto, a frase "nem sempre cinema bom são efeitos especiais", só poderia ser
substituída por:
a) "há cinema bom com efeitos especiais".
b) "geralmente, cinema bom são efeitos especiais".
c) "há cinema bom sem efeitos especiais".
d) "quase sempre cinema bom são efeitos especiais".
e) "cinema bom às vezes são efeitos especiais".

13. Assinale a opção em que a palavra "onde" está corretamente empregada:


a) Após o comício, houve briga onde estavam envolvidos estudantes de duas escolas diferentes.
b) Os músicos criaram um clima de alegria onde o anfitrião foi responsabilizado.
c) Foi importante a reforma do estatuto da escola, de onde resultou melhoria no ensino.
d) Viver em um país onde saúde e educação são valorizadas é direito de qualquer cidadão.
e) Na reunião de segunda-feira, várias decisões foram tomadas pelos sócios da empresa, onde também foi decidido o
reajuste das tarifas.
14. Em relação ao texto a seguir, assinale a opção que preenche corretamente as lacunas:
Nos ecossistemas naturais, como as matas, os cerrados e os campos nativos, há um perfeito equilíbrio entre os seres vivos,
e entre estes e o meio. Esta condição resulta da interação entre as espécies, e da adaptação destas ao meio ao longo de
extensos períodos de tempo. São sistemas quase fechados ____(1)____, devido a razões pouco conhecidas, novas espécies
dificilmente se estabelecem neles de modo natural. Em qualquer deles, a densidade populacional de um inseto fitófago, isto
é, que se alimenta de plantas, é controlada principalmente pela densidade populacional da espécie de planta ____(2)____
ele tem preferência e por seus inimigos naturais (parasitos, predadores e patógenos, ou seja, seres que ____(3)____ causam
doenças), além evidentemente dos fatores físicos como a temperatura, a umidade e a luz, entre outros. (CIÊNCIA
HOJE. N.6, maio/junho/1983.)
a) que - que - os
b) por que - a qual - lhe
c) porque - na qual - lhes
d) porque - pela qual - lhe
e) por que - pela qual - os

15. Assinale a opção cujas formas verbais preenchem corretamente as respectivas lacunas do texto:

É notável o fato de que as civilizações clássicas - gregos e romanos - não marcaram a história da humanidade por
contribuições práticas ou inventos que ____(1)____ o esforço humano no desempenho do trabalho. Isso não significa que
não ____(2)____ exemplos de dispositivos que se ____(3)____ a essa finalidade e que ____(4)____ a essa época. Em
contraposição, as contribuições dessas civilizações no desenvolvimento da Filosofia, da ciência pura, das artes, da Política
e do Direito ____(5)____ os fundamentos e os rumos de parte considerável do conhecimento humano.
(Youssef, A.N.; Fernandez, V.P. INFORMÁTICA E SOCIEDADE. São Paulo: Ática, 1988.)
a) atenuassem - existissem - prestem - remontam - estabelecem
b) atenuem - existem - prestam - remontam - estabelecem
c) atenuam - existissem - prestam - remontem - estabelecem
d) atenuassem - existam - prestam - remontem - estabeleceram
e) atenuem - existem - prestem - remontam - estabeleceram

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 7 QUESTÕES:


A evolução das teorias

Os cientistas têm todo tipo de explicação para o surgimento dos humanos – da dança à rebeldia adolescente. Alguma delas
vai resistir à pressão seletiva?

O que nos tornou humanos? Até pouco tempo atrás, havia poucas teorias para explicar o salto evolutivo que conferiu a
nossos ancestrais a capacidade de raciocinar. 2O polegar opositor era uma candidata - deu a um grupo de hominídeos a
chance de fazer movimentos de pinça, com os quais pôde produzir ferramentas. Outra tese era a linguagem. A possibilidade
de falar nos fez criar símbolos, a essência de uma cultura. Uma terceira teoria era a vida em grupo. A necessidade de
memorizar rostos e saber quem era fiel, quem traía, quem estava acima ou abaixo na hierarquia social teria dado origem a
nossa inteligência.
1Todas essas teses são ótimas. Mas não chamam mais a atenção. Em seu lugar, uma série de hipóteses mais ousadas tem

ganhado espaço no meio científico. 5A mais recente é que devemos nossa inteligência... aos animais. Em artigo na revista
Current Antropology, a americana Pat Shipman, da Universidade da Pensilvânia, diz que nossos ancestrais tiveram de
entender o comportamento dos animais porque eram presas e, a partir da criação de ferramentas, também predadores. “Esse
entendimento levou à linguagem e, em um último estágio, à domesticação dos animais”, me disse Shipman por e-mail.
Se você acha essa ideia esquisita, que tal a tese de que nós viramos humanos porque aprendemos a cozinhar? Ou porque
gostamos de música? 3Ou - a minha preferida - porque nossos adolescentes são mais chatos que os adolescentes dos outros
animais? Todas elas foram defendidas nos últimos dois anos.
A evolução das teorias sobre nossa evolução tem um motivo: a seleção natural das pautas de revistas científicas. Quanto
mais inusitada a proposta, mais chance de chamar a atenção - e de ser publicada.
Isso não quer dizer que elas não tenham mérito. Se não soubéssemos cozinhar, por exemplo, nosso maxilar teria de ser
muito mais desenvolvido para mastigar alimentos duros e nosso estômago teria de ser maior (como o dos chimpanzés).
Sobrariam menos espaço e energia para o cérebro.
4O problema não é com as teorias inusitadas em si, mas com o próprio fato de procurar a atividade isolada que nos tornou

humanos. “Procurar por um único aspecto é perda de tempo”, diz o psicólogo americano Michael Gazzaniga, da Universidade
da Califórnia. “Posso falar porque já tentei”. E ainda tenta. Gazzaniga hoje aposta que nos tornamos humanos ao aprender
a controlar impulsos e postergar o prazer.
“Cada evento em nossa evolução, seja cantar, cozinhar ou domesticar animais, é consequência de uma necessidade, que
levou à outra”, diz o etólogo Eduardo Ottoni, da Universidade de São Paulo. E a necessidade de criar teorias, de onde terá
vindo?

BUSCATO, Marcela. Revista Época, Rio de Janeiro, 23 ago. 2010, n. 640, p. 132.
Página 43 de 119
16. Ao abordar as teorias sobre evolução humana, a autora tem como principal propósito
a) divulgar as formulações pouco convencionais.
b) criticar a proliferação exagerada dessas teses.
c) discutir o fato de elas se pautarem num aspecto isolado.
d) explicitar os princípios em que se apoia cada uma delas.

17. O verbo grifado está seguido de dois complementos em:


a) “Sobrariam menos espaço e energia para o cérebro.”
b) “Esse entendimento levou à linguagem e, em um último estágio, à domesticação dos animais.”
c) “Em seu lugar, uma série de hipóteses mais ousadas tem ganhado espaço no meio científico.”
d) “O polegar opositor era uma candidata - deu a um grupo de hominídeos a chance de fazer movimentos de pinça.”

18. Sobre as perguntas colocadas na abertura e no fechamento do texto, é correto afirmar que
a) ambas dirigem-se diretamente ao leitor.
b) ambas são incorporações de vozes citadas.
c) a primeira delas sinaliza a temática do parágrafo.
d) a última delas sintetiza as ideias discutidas pela autora.

19. A “evolução das teorias” a que se refere o título é justificada, no texto, pela
a) disputa por espaços de divulgação.
b) busca cada vez maior de precisão.
c) descoberta de tecnologias inovadoras.
d) conquista de contínuos avanços científicos.

20. Considere a passagem seguinte.


“Se você acha essa ideia esquisita, que tal a tese de que nós viramos humanos porque aprendemos a cozinhar? Ou porque
gostamos de música? Ou - a minha preferida - porque nossos adolescentes são mais chatos que os adolescentes dos outros
animais?”
A relação sintático-semântica estabelecida pelo conectivo em destaque não foi interpretada corretamente em:
a) “Se você acha essa ideia esquisita...” - Condição
b) “Ou - a minha preferida - ...” - Alternância
c) “... porque aprendemos a cozinhar?” – Consequência
d) “... que os adolescentes dos outros animais?” - Comparação

21. “A mais recente é que devemos nossa inteligência... aos animais.” (ref.05) No trecho acima, o emprego das reticências
a) acentua a crítica do enunciador à tese em foco.
b) denota uma dúvida na construção do argumento.
c) marca a interrupção do fluxo de pensamento do interlocutor.
d) indica a incompletude do raciocínio lógico do discurso relatado.

22. Não há manifestação do ponto de vista da autora na seguinte passagem:


a) “Todas essas teses são ótimas.” (ref.1)
b) “O polegar opositor era uma candidata...” (ref.2)
c) “Ou - a minha preferida - porque nossos adolescentes são mais chatos que os adolescentes dos outros animais?” (ref.3)
d) “O problema não é com as teorias inusitadas em si, mas com o próprio fato de procurar a atividade isolada que nos tornou
humanos.” (ref.4)

LISTA 9

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 6 QUESTÕES: Palavras, palavras, palavras

Criadas pelos humanos, as palavras são suscetíveis ao tempo, como os humanos. Algumas mudam de significado, outras
vão desbotando aos poucos, e há as que morrem na inanição do silencio. Ninguém mais chama o libertino de bilontra, a
amante de traviata ou o inocente de cândido. Depois de soar na boca do povo e iluminar a escrita, bilontra, traviata e cândido
foram sepultadas nos dicionários junto as que lá descansavam em paz. Em seus lugares brotam novas, frescas e saltitantes,
com significado igual – ou quase. A língua e a mais genuína criação coletiva, feita da contribuição anônima. O agito das
palavras traduz as mudanças do mundo – na ciência e tecnologia, na economia e política, nas leis e religiões, no comercio e
publicidade, no esporte e comunicação, nos costumes e valores.
A palavra escalpo anda sumida porque não se arranca mais o couro cabeludo do inimigo. Não se mata na cruz nem se
guerreia em buraco – crucificar e trincheira são metáforas. O Hino Nacional–impávido colosso, lábaro estrelado, clava forte
– e um jazigo verbal. Sem o chapéu, descobrir-se e saber de si. Formidável: quem ainda diz? Semideus e semidivino
agonizam por falta de fé. O reitor e magnífico?
Reveladoras são as palavras que, condenadas, estão na fase de desaparecimento. Perderam primazia e brilho, mas ainda
são usadas. Escapam empoeiradas da boca da professora, embaçadas no verso do poeta, combalidas na memória do idoso,
mortas no discurso do político. Observa-las em plena agonia e ouvir a sociedade.
Faz tempo não ouço a palavra cavalheirismo. Parece que a igualdade de direitos das mulheres botou fora o bebe, a água do
banho e a bacia. Lá se foram também delicadeza e cordialidade: louvadas no passado, antes de sumir viraram sinônimo de
perda de tempo. Pessoa cordial passou a ser chata, cheia de frescura, pé-no-saco, puxa-saco. Cortesia não morreu, mas
mudou: agora quer dizer brinde, boca-livre, promoção! Crimes tem cúmplices, mas e rara a cumplicidade entre casais.
Leio jornais, revistas, livros, pecas e roteiros contemporâneos de lápis na mão. Ha anos não grifo a palavra honra. Nem os
crimes passionais se explicam mais como defesa da honra. Quando encontro as palavras perdão e respeito, referem-se a
autoridades. Já dever e sacrifício referem-se a voto e reajustes salariais. Encontro mais a desonesto do que a honesto. Não
leio ou ouço, em lugar algum, a palavra compaixão: essa foi para o céu! Ética e educação, leio e ouço bastante. Mas surraram
os sentidos ate esvazia-los, ficaram ocas, só sons e letras. Os novos sentidos são da conveniência e interesse pessoal de
quem escreve ou fala. Os significados que lhes deram Aristóteles e Rousseau dormem na paz do dicionário.
Se as palavras morrem ou mudam de sentido, os gestos, intenções e atitudes que designam também morrem ou mudam de
sentido. Cabe indagar: que sociedade e essa que sepulta o cavalheirismo, a delicadeza, a cordialidade e a compaixão? Que
gente e essa que enterra a honra? Que pais e esse que esvazia valores como educação e ética e faz da cortesia um gesto
interesseiro? Que confere respeito e perdão aos poderosos e impõe aos destituídos o dever e o sacrifício?
Criadas pelos homens, palavras são do humano. Intriga sejam justamente as que dizem o mais humano do humano a
perderem o sentido ou morrerem. Ou será que estamos perdendo o prazer da convivência? Ah, palavras, palavras,
palavras...ARAUJO, Alcione. Palavras, palavras, palavras. Estado de Minas, Belo Horizonte, 05 jul. 2010.Caderno Cultura,
p. 8.

1. “Leio jornais, revistas, livros, pecas e roteiros contemporâneos de lápis na mão.”


A frase acima introduz o quinto parágrafo e tem por atribuição revelar as(os)
a) anotações de um escritor que coleta dados para o seu livro.
b) registros de um repórter que investiga os rumos da sociedade atual.
c) apontamentos de um cidadão que faz uma listagem dos problemas políticos mais graves.
d) métodos de um estudioso que se interessa pela estreita relação entre palavra e ação social.

2. Não é propósito do texto


a) defender a adoção de medidas para conter as alterações no vocabulário.
b) criticar a perda de certos valores sociais tal como revelada pelo uso das palavras.
c) discorrer sobre as transformações pelas quais a linguagem passa ao longo do tempo.
d) estabelecer um paralelo entre o funcionamento da língua e o comportamento humano.

3. O termo destacado é agente da ação verbal em:


a) “Faz tempo não ouço a palavra cavalheirismo.”
b) “Nem os crimes passionais se explicam mais como defesa da honra.”
c) “Os significados que lhes deram Aristóteles e Rousseau dormem na paz do dicionário.”
d) “A palavra escalpo anda sumida porque não se arranca mais o couro cabeludo do inimigo.”

4. Considere as seguintes passagens do texto:


I. “Algumas mudam de significado, outras vão desbotando aos poucos, e há as que morrem na inanição do silencio”.
II. “língua é a mais genuína criação coletiva, feita da contribuição anônima.”
III. “O Hino Nacional - impávido colosso, lábaro estrelado, clava forte - é um jazigo verbal.”
IV. “Crimes têm cúmplices, mas é rara a cumplicidade entre casais.”
V. “Criadas pelos homens, as palavras são do humano.”
Há emprego de metáfora apenas em
a) I e III.
b) III e V.
c) I, II e IV.
d) II, IV e V.

5. “Reveladoras são as palavras que, condenadas, estão na fase de desaparecimento. [...]. Observa-las em plena agonia e
ouvir a sociedade.” (3º parágrafo).
Considerando-se essa passagem, o quarto parágrafo do texto tem a função argumentativa de
a) listar exemplos de fatos que a confirmam.
b) expor os princípios da hipótese que ela expressa.
c) fazer uma serie de ressalvas ao que e nela declarado.
d) apresentar as causas do fenômeno a que ela se refere.

Página 45 de 119
6. Em sua argumentação, o autor parte do pressuposto de que a(o)
a) uso de termos cultos preserva os valores morais.
b) envelhecimento da língua compromete o progresso social.
c) processo de formação de palavras gera problemas de comunicação.
d) mudança no vocabulário reflete a dinâmica das ações humanas.

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 4 QUESTÕES:


Anos atrás, a cantora Marina Lima compôs com o seu irmão, o poeta Antonio Cícero, uma música que dizia: “Eu espero /
acontecimentos / só que quando anoitece / é festa no outro apartamento”.
Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava acontecendo em algum lugar para o
qual eu não tinha convite. É uma das características da juventude: considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como os
outros são - ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar de ficar tão ligada na grama do vizinho.
As festas em outros apartamentos são fruto da nossa imaginação, que é infectada por falsos holofotes, falsos sorrisos e
falsas notícias. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias, mas falam pouco das suas angústias, revelam pouco suas aflições,
não dão bandeira das suas fraquezas, então fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas,
quando na verdade a festa lá fora não está tão animada assim.
Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo
barco, com motivos pra dançar pela sala e também motivos pra se refugiar no escuro, alternadamente. Só que os motivos
pra se refugiar no escuro raramente são divulgados. Pra consumo externo, todos são belos, sexys, lúcidos, íntegros, ricos,
sedutores. “Nunca conheci quem tivesse levado porrada / todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo”.
Fernando Pessoa também já se sentiu abafado pela perfeição alheia, e olha que na época em que ele escreveu estes versos
não havia esta overdose de revistas que há hoje, vendendo um mundo de faz-de-conta.
Nesta era de exaltação de celebridades - reais e inventadas - fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça. Mas
tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros, fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na
nossa biografia. (...) Compensa passar a vida comendo alface para ter o corpo que a profissão de modelo exige? Será tão
gratificante ter um paparazzo na sua cola cada vez que você sai de casa? Estarão mesmo todos realizando um milhão de
coisas interessantes enquanto só você está sentada no sofá pintando as unhas do pé?
Favor não confundir uma vida sensacional com uma vida sensacionalista. As melhores festas acontecem dentro do nosso
próprio apartamento.(MARTHA MEDEIROS, jornalista e escritora)

7. No texto, aquilo que pode ser considerado “falsos holofotes” são os(as):
a) “amigos leais”
b) “nossas músicas”
c) “livros”
d) “paixões e fortunas”
e) “estes versos”

8. As frases interrogativas no penúltimo parágrafo são:


a) parábolas que querem provocar no leitor uma reação mais vibrante em relação à vida.
b) perguntas retóricas que questionam os estereótipos vigentes relacionados à felicidade.
c) alegorias que buscam uma postura mais crítica do leitor para os modelos de felicidade.
d) monólogos interiores que revelam as dúvidas da autora sobre a melhor forma de felicidade.
e) solilóquios que extravasam de maneira ordenada e lógica os pensamentos e emoções da autora.

9. “Favor não confundir uma vida sensacional com uma vida sensacionalista.” Levando em conta o texto, o termo em
destaque possui melhor definição em:
a) que produz sensação intensa.
b) que desperta viva admiração ou entusiasmo; espetacular; formidável.
c) que há divulgação e exploração, em tom espalhafatoso, de matéria capaz de emocionar ou escandalizar.
d) que há surpresa ou grande impressão devida a um acontecimento raro, incomum.
e) que produz fato de grande comoção moral; emocionante.

10. Todas as metáforas espaciais usadas no texto estão no mesmo plano semântico, exceto:
a) “outros apartamentos”
b) “grama do vizinho”
c) “em algum lugar”
d) “mesmo barco”
e) “festa lá fora”
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

11. Observe.
Não abra a porta...
Se o enunciado acima passasse para o imperativo afirmativo e o tratamento dado fosse o de segunda pessoa, qual das
construções estaria de acordo com a norma culta da língua?
a) Abre a porta...
b) Abres a porta...
c) Abra a porta...
d) Abras a porta...

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Texto

A Felicidade
Tom Jobim e Vinicius de Moraes

1 Tristeza não tem fim


2 Felicidade sim
3 A felicidade é como a pluma
4 Que o vento vai levando pelo ar
5 Voa tão leve
6 Mas tem a vida breve
7 Precisa que haja vento sem parar
8 A felicidade do pobre parece
9 A grande ilusão do carnaval
10 A gente trabalha o ano inteiro
11 Por um momento de sonho
12 Pra fazer a fantasia
13 De rei ou de pirata ou jardineira
14 Pra tudo se acabar na quarta-feira
15 Tristeza não tem fim
16 Felicidade sim
17 A minha felicidade está sonhando
18 Nos olhos da minha namorada
19 É como esta noite, passando, passando
20 Em busca da madrugada
21 Falem baixo, por favor
22 Pra que ela acorde alegre com o dia
23 Oferecendo beijos de amor
Disponível em < http://letras.terra.com.br/tom-jobim/53/ >. Acesso em 10 de ago de 2010.

12. No verso A minha felicidade está sonhando (verso 17), a figura de linguagem utilizada é
a) prosopopeia.
b) metonímia.
c) hipérbole.
d) pleonasmo.

Página 47 de 119
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Texto

Mas quando todas as luzes da península se apagaram ao mesmo tempo, apagón lhe chamaram depois em Espanha,
negrum numa aldeia portuguesa ainda inventora de palavras, quando quinhentos e oitenta e um mil quilómetros quadrados
de terras se tornaram invisíveis na face do mundo, então não houve mais dúvidas, o fim de tudo chegara. Valeu a extinção
total das luzes não ter durado mais do que quinze minutos, até que se completaram as conexões de emergência que punham
em acção os recursos energéticos próprios, nesta altura do ano escassos, pleno verão, Agosto pleno, seca, míngua das
albufeiras, escassez das centrais térmicas, as nucleares malditas, mas foi verdadeiramente o pandemónio peninsular, os
diabos à solta, o medo frio, o aquelarre, um terramoto não teria sido pior em efeitos morais. Era noite, o princípio dela, quando
a maioria das pessoas já recolheram a casa, estão uns sentados a olhar a televisão, nas cozinhas as mulheres preparam o
jantar, um pai mais paciente ensina, incerto, o problema de aritmética, parece que a felicidade não é muita, mas logo se viu
quanto afinal valia, este pavor, esta escuridão de breu, este borrão de tinta caído sobre a Ibéria, Não nos retires a luz, Senhor,
faz que ela volte, e eu te prometo que até ao fim da minha vida não te farei outro pedido, isto diziam os pecadores
arrependidos, que sempre exageram.(SARAMAGO, José. A jangada de pedra. São Paulo: Companhia das Letras, 1988.
p.35-36.)

13. Sobre o emprego de conectivos no texto, considere as afirmativas a seguir.

I. No trecho “[...] até que se completaram as conexões de emergência [...]”, a expressão em destaque expressa noção
temporal e pode ser substituída por “quando”.
II. No trecho “[...] isto diziam os pecadores arrependidos, que sempre exageram”, o pronome relativo “que” inicia oração que
acrescenta uma característica ao termo antecedente.
III. Em “ [...] e eu te prometo que até o fim da minha vida [...]” o conectivo “e” equivale a “mas”, iniciando uma oração
coordenada adversativa.
IV. O uso do conectivo “mas” em “[...] parece que a felicidade não é muita, mas logo se viu quanto afinal valia” expressa
oposição, portanto introduz uma oração coordenada adversativa.

Assinale a alternativa correta.


a) Somente as afirmativas I e III são corretas.
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas II e III são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Viver não dói

Por que sofremos tanto por amor?


(...)

Porque automaticamente esquecemos


o que foi desfrutado e passamos a sofrer
pelas nossas projeções irrealizadas,
por todas as cidades que gostaríamos
de ter conhecido ao lado do nosso amor
e não conhecemos,
por todos os filhos que gostaríamos de ter tido juntos e
não tivemos,
por todos os shows e livros e silêncios
que gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
(...)

Sofremos não porque nossa mãe é impaciente


conosco, mas por todos os momentos em
que poderíamos estar confidenciando a ela
nossas mais profundas angústias
se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela
euforia sufocada.
(...)
Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!

A cada dia que vivo, mais me convenço de que o


desperdício da vida está no amor que não damos, nas
forças que não usamos, na prudência egoísta que nada
arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos
também a felicidade...

A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional.

Carlos Drummond de Andrade

14. Transformando os verbos da frase:


“Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante (...)” para o modo subjuntivo, temos:
a) (Talvez) soframos não porque nosso trabalho seja desgastante (...).
b) Sofremos não porque nosso trabalho seja desgastante (...).
c) Sofremos não porque nosso trabalho fosse desgastante (...).
d) (Talvez) soframos não porque nosso trabalho fosse desgastante (...).
e) Nenhuma das respostas anteriores.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: O gosto da surpresa Betty Milan Psicanalista e escritora

Nada é melhor do que se surpreender, olhar o mundo com olhos de criança. Por isso as pessoas gostam de viajar.
Nem o trânsito, nem a fila no aeroporto, nem o eventual desconforto do hotel são empecilhos neste caso. Só viajar importa,
ir de um para outro lugar e se entregar à cena que se descortina. Como, aliás, no teatro.
O turista compra a viagem baseado nas garantias que a agência de turismo oferece, mas se transporta em busca de
surpresa. Porque é dela que nós precisamos mais. Isso explica a célebre frase “navegar é preciso, viver não”, erroneamente
atribuída a Fernando Pessoa, já que data da Idade Média.
Agora, não é necessário se deslocar no espaço para se surpreender e se renovar. Olhar atentamente uma flor,
acompanhar o seu desenvolvimento, do botão à pétala caída, pode ser tão enriquecedor quanto visitar um monumento
histórico.
Tudo depende do olhar. A gente tanto pode olhar sem ver nada quanto se maravilhar, uma capacidade natural na
criança e que o adulto precisa conquistar, suspendendo a agitação da vida cotidiana e não se deixando absorver por
preocupações egocêntricas. Como diz um provérbio chinês, a lua só se reflete perfeitamente numa água tranquila.
O que nós vemos e ouvimos depende de nós. A meditação nos afasta do clamor do cotidiano e nos permite, por
exemplo, ouvir a nossa respiração. Quem escuta com o espírito e não com o ouvido, percebe os sons mais sutis. Ouve o
silêncio, que é o mais profundo de todos os sons, como bem sabem os músicos. Numa de suas músicas, Caetano Veloso
diz que “só o João (Gilberto) é melhor do que o silêncio”. Porque o silêncio permite entrar em contato com um outro eu, que
só existe quando nos voltamos para nós mesmos.
Há milênios, os asiáticos, que valorizam a longevidade, se exercitam na meditação, enquanto nós, ocidentais,
evitamos o desligamento que ela implica. Por imaginarmos que sem estar ligado não é possível existir, ignoramos que o
afastamento do circuito habitual propicia uma experiência única de nós mesmos, uma experiência sempre nova.
Desde a Idade Média, muitos séculos se passaram. Mas o lema dos navegadores continua atual. Surpreender-se é
preciso. A surpresa é a verdadeira fonte da juventude, promessa de renovação e de vida.(Veja, Editora Abril, edição 2184 –
ano 43 – nº 39, 29/09/2010, p. 116)

15. No trecho: “...suspendendo a agitação da vida cotidiana e não se deixando absorver por preocupações egocêntricas”,
as palavras grifadas mantêm, com os vocábulos “absolver” e “personalistas”, uma relação de:
a) homonímia e sinonímia, respectivamente.
b) sinonímia e homonínia, respectivamente.
c) antonímia e paronímia, respectivamente.
d) antonímia e sinonímia, respectivamente.
e) paronímia e sinonímia, respectivamente.

Página 49 de 119
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Pais estão reavaliando sonhos de maternidade e paternidade

Não é de hoje que o brasileiro dá sinais de que está diminuindo a resistência em adotar crianças que não sejam a
sua imagem e semelhança.
No estado de São Paulo, desde 2007, os pretendentes já não fazem mais tanta questão de que o filho adotivo seja
uma menina recém-nascida e branca. Os estudos também mostram que tem aumentado a aceitação para a adoção de
irmãos, respeitando-se os vínculos afetivos existentes.
A boa notícia é que, a partir de dados expressivos do Conselho Nacional de Justiça, essa tendência parece ser
nacional. No entanto, se há uma verdadeira mudança em curso na cultura de se querer adotar a criança idealizada e não a
real, ainda é cedo para saber.
É possível, por exemplo, que o aumento da preferência por crianças negras esteja relacionado de alguma forma ao
comportamento de famosos (Madonna, Angelina Jolie, Sandra Bullock), mas não é só isso. Na avaliação de profissionais
que atuam no campo da adoção, as pessoas começaram a reavaliar seus sonhos de maternidade e paternidade ao perceber
que aquele bebê loiro e de olhos azuis não existe nos abrigos. Talvez estejam compreendendo melhor as verdadeiras
motivações da adoção e superando a ideia de que um filho adotivo deva ser a cópia do que a biologia negou.
Não existem pessoas sem desejos ou preferências, mas iniciativas de grupos de adoção e de integrantes dos
Juizados da Infância, no sentido de desmistificar certas ideias equivocadas sobre a adoção, podem estar surtindo efeito.
Mas ainda há outros mitos a serem derrubados, como a indiscutível preferência dos pretendentes por meninas.
A adoção tardia também é outro desafio. Oitenta por cento dos pretendentes buscam crianças com até três anos de
idade. Às mais velhas, resta uma eventual adoção por casais estrangeiros ou a permanência nos abrigos até se tornarem
adultas, vivendo sem laços familiares e abandonadas à própria sorte.

(Cláudia Collucci, Folha de S. Paulo, 08.08.2010. Adaptado)

16. Assinale a alternativa em que se desenvolveu a oração reduzida em destaque de forma coerente com o sentido do texto.
Na avaliação de profissionais que atuam no campo da adoção, as pessoas começaram a reavaliar seus sonhos de
maternidade e paternidade ao perceber que aquele bebê loiro e de olhos azuis não existe nos abrigos.
a) ... depois que percebessem...
b) ... quando perceberam...
c) ... ainda que tenham percebido...
d) ... embora houvessem percebido...
e) ... à medida que perceberão...

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Aos treze anos de minha idade, e três da sua, separamo-nos, o meu cajueiro e eu. Embarco para o Maranhão e ele
fica. Na hora, porém, de deixar a casa, vou levar-lhe o meu adeus. Abraçando-me ao seu tronco, aperto-o de encontro ao
meu peito. A resina transparente e cheirosa corre-lhe do caule ferido. Na ponta do ramo mais alto abotoam os primeiros
cachos de flores miúdas e arroxeadas, como pequeninas unhas de criança com frio.
─ Adeus, meu cajueiro! Até a volta!
Ele não diz nada, e eu me vou embora.
Da esquina da rua, olho ainda, por cima da cerca, a sua folha mais alta, pequenino lenço verde agitado em despedida.
E estou em S. Luís, homem-menino, lutando pela vida, enrijando o corpo no trabalho bruto e fortalecendo a alma no
sofrimento, quando recebo uma comprida lata de folha acompanhando uma carta de minha mãe: “Receberás com esta uma
pequena lata de doce de caju, em calda. São os primeiros cajus do teu cajueiro. São deliciosos, e ele te manda
lembranças”.(CAMPOS, Humberto de. Memórias. São Luís: Instituto Geia, 2009. Adaptado)

17. Assinale a alternativa correta de acordo com as regras da língua culta.


a) O coordenador espera o cumprimento de todas as metas previstas.
b) O trânsito estava caótico, por isso ele havia chego atrasado à reunião.
c) As sugestões dadas por ele não têm nada haver com os problemas da empresa.
d) Esperamos que tudo esteje organizado a tempo para o festival de dança.
e) Escolhemos um apartamento em que coubesse os móveis.

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:


[Sem-Pernas] queria alegria, uma mão que o acarinhasse, alguém que com muito amor o fizesse esquecer o defeito
físico e os muitos anos (talvez tivessem sido apenas meses ou semanas, mas para ele seriam sempre longos anos) que
vivera sozinho nas ruas da cidade, hostilizado pelos homens que passavam, empurrado pelos guardas, surrado pelos
moleques maiores. Nunca tivera família. Vivera na casa de um padeiro a quem chamava “meu padrinho” e que o surrava.
Fugiu logo que pôde compreender que a fuga o libertaria. Sofreu fome, um dia levaram-no preso. Ele quer um carinho, u’a
mão que passe sobre os seus olhos e faça com que ele possa se esquecer daquela noite na cadeia, quando os soldados
bêbados o fizeram correr com sua perna coxa em volta de uma saleta. Em cada canto estava um com uma borracha comprida.
As marcas que ficaram nas suas costas desapareceram. Mas de dentro dele nunca desapareceu a dor daquela hora. Corria
na saleta como um animal perseguido por outros mais fortes. A perna coxa se recusava a ajudá-lo. E a borracha zunia nas
suas costas quando o cansaço o fazia parar.
A princípio chorou muito, depois, não sabe como, as lágrimas secaram. Certa hora não resistiu mais, abateu-se no
chão. Sangrava.
Ainda hoje ouve como os soldados riam e como riu aquele homem de colete cinzento que fumava um charuto.
(Jorge Amado. Capitães da areia.)

18. O zigue-zague temporal ligado à vida de Sem-Pernas, empregado no fragmento para a composição da personagem, é
construído de maneira muito precisa, por meio da utilização alternada de diversos tempos verbais. Indique a alternativa em
que há, respectivamente, um tempo verbal que expressa fatos ocorridos num tempo anterior a outros fatos do passado e um
tempo verbal usado para marcar o caráter hipotético de certas ações ou o desejo de que se realizassem.
a) Vivera na casa de um padeiro (...) – uma mão que o acarinhasse (...)
b) Em cada canto estava um com uma borracha comprida. – Sofreu fome.
c) Nunca tivera família. – A perna coxa se recusava a ajudá-lo.
d) A princípio chorou muito (...) – Mas de dentro dele nunca desapareceu a dor daquela hora.
e) Ele quer um carinho (...) – Um dia levaram-no preso.

19. O emprego da figura de linguagem conhecida como “prosopopeia” (ou “personificação”) põe mais em evidência a
principal razão pela qual Sem-Pernas é estigmatizado. O trecho que contém essa figura é
a) A perna coxa se recusava a ajudá-lo.
b) Em cada canto estava um com uma borracha comprida.
c) (...) depois, não sabe como, as lágrimas secaram.
d) E a borracha zunia nas suas costas (...)
e) Mas de dentro dele nunca desapareceu a dor daquela hora.

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:


Por causa do assassinato do caminhoneiro Pascoal de Oliveira, o Nego, pelo – também caminhoneiro – japonês
Kababe Massame, após uma discussão, em 31 de julho de 1946, a população de Osvaldo Cruz (SP), que já estava com os
nervos à flor da pele em virtude de dois atentados da Shindô-Renmei* na cidade, saiu às ruas e invadiu casas, disposta a
maltratar “impiedosamente”, na palavra do historiador local José Alvarenga, qualquer japonês que encontrasse pela frente.
O linchamento dos japoneses só foi totalmente controlado com a intervenção de um destacamento do Exército, vindo de
Tupã, chamado pelo médico Oswaldo Nunes, um herói daquele dia totalmente atípico na história de Osvaldo Cruz e das
cidades brasileiras.
Com o final da Segunda Guerra Mundial, o eclipse do Estado Novo e o desmantelamento da Shindô-Renmei, inicia-
se um ciclo de emudecimento, de ambos os lados, sobre as quatro décadas de intolerância vividas pelos japoneses. Do lado
local, foi sedimentando- se no mundo das letras a ideia do país como um “paraíso racial”. Do lado dos imigrantes, as segundas
e terceiras gerações de filhos de japoneses se concentraram, a partir da década de 1950, na construção da sua ascensão
social. A história foi sendo esquecida, junto com o idioma e os hábitos culturais de seus pais e avós.
(Matinas Suzuki Jr. Folha de S.Paulo, 20.04.2008. Adaptado.)

* Shindô-Renmei foi uma organização nacionalista, que surgiu no Brasil após o término da Segunda Guerra Mundial, formada
por japoneses que não acreditavam na derrota do Japão na guerra. Possuía alguns membros mais fanáticos que cometiam
atentados, tendo matado e ferido diversos cidadãos nipo-brasileiros.

20. No texto, as orações (...) que já estava com os nervos à flor da pele em virtude de dois atentados da Shindô-Renmei na
cidade (...) e (...) que encontrasse pela frente (...) são exemplos, respectivamente, de oração subordinada adjetiva explicativa
e subordinada adjetiva restritiva, porque:
a) a primeira limita o sentido do termo antecedente (a população de Osvaldo Cruz), enquanto a segunda explica o sentido do
termo antecedente (qualquer japonês).
b) a pausa, antes e depois da primeira oração, revela seu caráter de restrição e precisão do sentido do termo antecedente,
tal como se dá com a segunda oração.
c) na primeira, a oração é indispensável para precisar o sentido da anterior, enquanto, na segunda, a oração pode ser
eliminada.
d) a primeira explica o sentido do termo antecedente (a população de Osvaldo Cruz), enquanto a segunda limita o sentido do
termo antecedente (qualquer japonês).
e) o sentido do termo “qualquer japonês”, explicado na segunda oração, é determinante para a compreensão da primeira.

Página 51 de 119
21. No texto, os termos à flor da pele e eclipse trazem as ideias de, respectivamente,
a) irritação e ressurgimento.
b) ódio e obscurecimento.
c) vingança e desaparecimento.
d) nervosismo e recrudescimento.
e) ultrassensibilidade e final.

LISTA 10

1. (Epcar (Afa)) ESTATUTO DO IDOSO (fragmentos)

Art. 2 – O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral 1de
que trata esta Lei, 2assegurando-se-lhe, por lei ou por outros meios, 3todas as oportunidades e facilidades, para 4preservação
de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e
dignidade.
Art. 4 – Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade 5ou opressão, e todo
atentado aos seus direitos, por ação ou por omissão, será punido na forma da lei.

www.planalto.gov.br/ccvil_03/leis/2003/L10.741.htm

Assinale a opção correta sobre as análises apresentadas.


a) Na construção “assegurando-se-lhe” (ref. 2) a correção gramatical seria mantida substituindo-se o pronome “lhe” pela
expressão “a eles”.
b) O termo “todas as oportunidades e facilidades” (ref. 3) classifica-se como sujeito passivo do verbo “assegurar”.
c) No Art. 4, a conjunção coordenada “ou” (ref. 5) determina exclusão de ideias.
d) Nos trechos “de que trata esta Lei” (ref. 1) e “preservação de sua saúde” (ref. 4), a preposição “de” é obrigatória, devido à
regência verbal.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Leia o texto a seguir e responda à(s) questão(ões).

ENVELHECER

Arnaldo Antunes/Ortinho/Marcelo Jeneci

A coisa mais moderna que existe nessa vida é envelhecer


A barba vai descendo e os cabelos vão caindo pra cabeça aparecer
Os filhos vão crescendo e o tempo vai dizendo que agora é pra valer
Os outros vão morrendo e a gente aprendendo a esquecer
Não quero morrer pois quero ver como será que deve ser envelhecer
Eu quero é viver para ver qual é e dizer venha pra o que vai acontecer
(...)
Pois ser eternamente adolescente nada é mais *démodé com os ralos fios de cabelo sobre a
[testa que não para de crescer
Não sei por que essa gente vira a cara pro presente e esquece de aprender
Que felizmente ou infelizmente sempre o tempo vai correr.
(...)

www.arnaldoantunes.com.br/new/sec_discografia_sel.php?id=679

*démodé: fora de moda.

2. (Epcar (Afa)) Assinale a opção que aponta corretamente a figura de linguagem presente no trecho abaixo.
a) “Pois ser eternamente adolescente nada é mais démodé” – Metonímia
b) “Não sei por que essa gente vira a cara pro presente e esquece de aprender” – Antítese
c) “Os filhos vão crescendo e o tempo vai dizendo que agora é pra valer” – Prosopopeia
d) “A coisa mais moderna que existe nessa vida é envelhecer” – Eufemismo
3. (Espcex (Aman)) Assinale a alternativa que apresenta ideia equivalente à da oração grifada a seguir:

“O professor não proíbe, antes estimula as perguntas em aula.”


a) As abelhas não apenas produzem mel e cera, mas ainda polinizam as flores.
b) Os livros ensinam e divertem.
c) Vestia-se bem, embora fosse pobre.
d) Não aprovo nem permitirei essas coisas.
e) Quis dizer mais alguma coisa e não pôde.

4. (Espcex (Aman)) Assinale a alternativa em que está destacada uma oração coordenada explicativa.
a) Peço que te cales.
b) O homem é um animal que pensa.
c) Ele não esperava que a mãe o perdoasse.
d) Leve-a até o táxi, que ela precisa ir agora.
e) É necessário que estudes.

5. (Espcex (Aman)) Assinale a alternativa correta quanto ao emprego do verbo haver.


a) Eu não sei, doutor, mas devem haver leis.
b) Também a mim me hão ferido.
c) Haviam tantas folhas pelas calçadas.
d) Faziam oito dias que não via Guma.
e) Não haverão umas sem as outras.

6. (Espcex (Aman)) Assinale a alternativa que apresenta uma oração correta quanto à concordância.
a) Sobre os palestrantes tem chovido elogios.
b) Só um ou outro menino usavam sapatos.
c) Mais de um ator criticaram o espetáculo.
d) Vossa Excelência agistes com moderação.
e) Mais de um deles se entreolharam com espanto.

7. (Espcex (Aman)) Assinale a alternativa que apresenta uma circunstância de tempo.


a) Varrendo o quarto, não encontraste nada.
b) Seguindo o hábito, passearam juntos.
c) Sendo eu rei, não faria outra coisa.
d) Voltando cedo, você pode sair.
e) Sendo dos que correm, detesta o esporte.

8. (Espcex (Aman)) Leia a frase abaixo e assinale a alternativa que substitui corretamente a oração grifada.

“Vejo que sabes tanto quanto nós, se bem que tenhas estado no local dos acontecimentos.”
a) “..., porque tenhas estado no local dos acontecimentos.”
b) “..., porquanto tenhas estado no local dos acontecimentos.”
c) “..., posto que tenhas estado no local dos acontecimentos.”
d) “..., para que tenhas estado no local dos acontecimentos.”
e) “..., sem que tenhas estado no local dos acontecimentos.”

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Quarto de Despejo

“O grito da favela que tocou a consciência do mundo inteiro”

2 de MAIO de 1958. Eu não sou indolente. Há tempos que eu pretendia fazer o meu diario. Mas eu pensava que não tinha
valor e achei que era perder tempo.
...Eu fiz uma reforma para mim. Quero tratar as pessoas que eu conheço com mais atenção. Quero enviar sorriso amavel as
crianças e aos operarios.
...Recebi intimação para comparecer as 8 horas da noite na Delegacia do 12. Passei o dia catando papel. A noite os meus
pés doiam tanto que eu não podia andar.
Começou chover. Eu ia na Delegacia, ia levar o José Carlos. A intimação era para ele. O José Carlos tem 9 anos.

3 de MAIO. ...Fui na feira da Rua Carlos de Campos, catar qualquer coisa. Ganhei bastante verdura. Mas ficou sem efeito,
porque eu não tenho gordura. Os meninos estão nervosos por não ter o que comer.

Página 53 de 119
6 de MAIO. De manhã não fui buscar agua. Mandei o João carregar. Eu estava contente. Recebi outra intimação. Eu estava
inspirada e os versos eram bonitos e eu esqueci de ir na Delegacia. Era 11 horas quando eu recordei do convite do ilustre
tenente da 12ª Delegacia.
...o que eu aviso aos pretendentes a política, é que o povo não tolera a fome. É preciso conhecer a fome para saber descrevê-
la.
Estão construindo um circo aqui na Rua Araguaia, Circo Theatro Nilo.

9 de MAIO. Eu cato papel, mas não gosto. Então eu penso: Faz de conta que estou sonhando.

10 de MAIO. Fui na Delegacia e falei com o Tenente. Que homem amavel! Se eu soubesse que ele era tão amavel, eu teria
ido na Delegacia na primeira intimação.
(...) O Tenente interessou-se pela educação dos meus filhos. Disse-me que a favela é um ambiente propenso, que as pessoas
tem mais possibilidades de delinquir do que tornar-se util a patria e ao país. Pensei: se ele sabe disso, porque não faz um
relatorio e envia para os politicos? O Senhor Janio Quadros, o Kubstchek, e o Dr Adhemar de Barros? Agora falar para mim,
que sou uma pobre lixeira. Não posso resolver nem as minhas dificuldades.(...) O Brasil precisa ser dirigido por uma pessoa
que já passou fome. A fome tambem é professora. Quem passa fome aprende a pensar no proximo e nas crianças.

11 de MAIO. Dia das mães. O céu está azul e branco. Parece que até a natureza quer homenagear as mães que atualmente
se sentem infeliz por não realizar os desejos de seus filhos. (...) O sol vai galgando. Hoje não vai chover. Hoje é o nosso dia.
(...) A D. Teresinha veio visitar-me. Ela deu-me 15 cruzeiros. Disse-me que era para a Vera ir no circo. Mas eu vou deixar o
dinheiro para comprar pão amanhã, porque eu só tenho 4 cruzeiros.(...) Ontem eu ganhei metade da cabeça de um porco no
frigorifico. Comemos a carne e guardei os ossos para ferver. E com o caldo fiz as batatas. Os meus filhos estão sempre com
fome. Quando eles passam muita fome eles não são exigentes no paladar. (...) Surgiu a noite. As estrelas estão ocultas. O
barraco está cheio de pernilongos. Eu vou acender uma folha de jornal e passar pelas paredes. É assim que os favelados
matam mosquitos.

13 de MAIO. Hoje amanheceu chovendo. É um dia simpatico para mim. É o dia da Abolição. Dia que comemoramos a
libertação dos escravos. Nas prisões os negros eram os bodes expiatorios. Mas os brancos agora são mais cultos. E não
nos trata com desprezo.
Que Deus ilumine os brancos para que os pretos sejam feliz. (...) Continua chovendo. E eu tenho só feijão e sal. A chuva
está forte. Mesmo assim, mandei os meninos para a escola. Estou escrevendo até passar a chuva para mim ir lá no Senhor
Manuel vender os ferros. Com o dinheiro dos ferros vou comprar arroz e linguiça. A chuva passou um pouco. Vou sair. (...)
Eu tenho dó dos meus filhos. Quando eles vê as coisas de comer eles brada: Viva a mamãe!. A manifestação agrada-me.
Mas eu já perdi o habito de sorrir. Dez minutos depois eles querem mais comida. Eu mandei o João pedir um pouquinho de
gordura a Dona Ida. Mandei-lhe um bilhete assim:
“Dona Ida peço-te se pode me arranjar um pouquinho de gordura, para eu fazer sopa para os meninos. Hoje choveu e não
pude catar papel. Agradeço. Carolina”
(...) Choveu, esfriou. É o inverno que chega. E no inverno a gente come mais. A Vera começou a pedir comida. E eu não
tinha. Era a reprise do espetaculo. Eu estava com dois cruzeiros. Pretendia comprar um pouco de farinha para fazer um
virado. Fui pedir um pouco de banha a Dona Alice. Ela deu-me a banha e arroz. Era 9 horas da noite quando comemos.
E assim no dia 13 de maio de 1958 eu lutava contra a escravatura atual – a fome!

(DE JESUS, Carolina Maria. Quarto de Despejo.)

9. (Epcar (Afa)) Assinale a alternativa abaixo em que os períodos NÃO apresentam relação de causa e consequência entre
si.
a) “O barraco está cheio de pernilongos. Eu vou acender uma folha de jornal e passar pelas paredes.”
b) “Quando eles passam muita fome eles não são exigentes no paladar.”
c) “Surgiu a noite. As estrelas estão ocultas.”
d) “A chuva passou um pouco. Vou sair.”

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES:


FAVELÁRIO NACIONAL

Carlos Drummond de Andrade

Quem sou eu para te cantar, favela,


Que cantas em mim e para ninguém
a noite inteira de sexta-feira
e a noite inteira de sábado
E nos desconheces, como igualmente não te
conhecemos?
Sei apenas do teu mau cheiro:
Baixou em mim na viração,
direto, rápido, telegrama nasal
anunciando morte... melhor, tua vida.
...
Aqui só vive gente, bicho nenhum
tem essa coragem.
...
Tenho medo. Medo de ti, sem te conhecer,
Medo só de te sentir, encravada
Favela, erisipela, mal-do-monte
Na coxa flava do Rio de Janeiro.

Medo: não de tua lâmina nem de teu revólver


nem de tua manha nem de teu olhar.
Medo de que sintas como sou culpado
e culpados somos de pouca ou nenhuma irmandade.
Custa ser irmão,
custa abandonar nossos privilégios
e traçar a planta
da justa igualdade.
Somos desiguais
e queremos ser
sempre desiguais.
E queremos ser
bonzinhos benévolos
comedidamente
sociologicamente
mui bem comportados.
Mas, favela, ciao,
que este nosso papo
está ficando tão desagradável.
vês que perdi o tom e a empáfia do começo?
...

(ANDRADE, Carlos Drummond de, Corpo. Rio de Janeiro: Record, 1984)

10. (Epcar (Afa)) Assinale a alternativa que apresenta uma análise INACEITÁVEL sintática ou semanticamente.
a) O vocábulo melhor (v.10) introduz uma espécie de retificação do que foi anteriormente abordado.
b) Os dois pontos no verso 7 (sete) foram utilizados para introduzir a enumeração das características do mau cheiro.
c) Em “e culpados somos de pouca ou nenhuma irmandade” (v.23), o termo em destaque complementa o nome que exerce
função sintática de predicativo do sujeito.
d) O pronome demonstrativo este (v.37) foi utilizado para marcar uma posição no tempo presente em que se estabelece o
diálogo.

11. (Epcar (Afa)) Em uma das opções abaixo, percebe-se que o verbo foi utilizado de forma coloquial, não seguindo a rigidez
imposta pelas regras gramaticais. Assinale a opção em que há essa ocorrência.
a) “E nos desconheces, como igualmente não te conhecemos?”
b) “Custa ser irmão/ custa abandonar nossos privilégios”
c) “vês que perdi o tom e a empáfia do começo?”
d) “Aqui só vive gente, bicho nenhum/ tem essa coragem.”

12. (Epcar (Afa)) Nos versos abaixo, percebe-se que foram utilizadas figuras de linguagem, enfatizando o sentimento do eu-
lírico. Porém, há uma opção em que não se verifica esse fato. Assinale-a.
a) “Baixou em mim na viração / direto, rápido, telegrama nasal”
b) “Medo: não de tua lâmina nem de teu revólver”
c) “Aqui só vive gente, bicho nenhum”
d) “Favela, erisipela, mal-do-monte”

Página 55 de 119
M
A
T
E
M
Á
T
I
C
A
1º LISTA DE EXERCÍCIOS
2,666...
 1 
1) Sendo k um número real não nulo, apresente o valor simplificado da expressão  k k k 
 , elevado ao
 k 
quadrado.
a) 1
b) k
c) k²

d) k
3
e) k

2) Numa unidade militar da MB (Marinha do Brasil), um prévia eleitoral para escolher o esporte preferido entre 2.000 militares
revelou as seguintes informações a respeito de três modalidades A, B e C:

I. todos os militares votaram a favor de suas preferências e não houve registro de voto em branco, tampouco de voto nulo;
II. 280 militares votaram a favor de A e de B;
III. 980 militares votaram a favor de A ou de B, mas não de C;
IV. 420 militares votaram a favor de B, mas não de A ou de C;
V. 1220 militares votaram a favor de B ou de C, mas não de A;
VI. 640 militares votaram a favor de C, mas não de A ou de B;
VII. 140 militares votaram a favor de A e de C, mas não de B.

Determine o número de militares que votaram a favor das três modalidades de esporte.

a) 50
b) 60
c) 70
d) 80
e) 100

3) Um relógio bate as horas dando uma pancada à 1 hora, 2 pancadas às 2 horas e assim por diante até as 12 horas. Às 13
horas volta novamente a dar uma pancada, 2 às 14 horas e assim por diante até às 24 horas. Bate ainda uma única pancada
a cada meia hora. Começando a funcionar à zero hora, após 30 dias completos, sem parar, o número total de pancadas que
ele deu foi de:
a) 5400
b) 5340
c) 5460
d) 5520
e) 5580

Página 59 de 119
4) Os pontos médios dos lados de um quadrado com 24 cm de perímetro são vértices de um segundo quadrado. Os pontos
médios dos lados desse segundo quadrado são vértices de um terceiro quadrado e assim, sucessivamente, até o décimo
quadrado. A área do décimo quadrado assim obtido, em centímetro quadrado, é igual a: R.: e
1
a)
2
3
b)
512
105
c)
1024
7
d)
128
9
e)
128

5) (UEL) A igualdade é verdadeira para todo x real se, e somente se:


a)
b)
c)
d)
e)

6) (Mackenzie) Num retângulo de lados 1 cm e 3 cm, o seno do menor ângulo formado pelas diagonais é:
a) 4/5
b) 3/5
c) 1/5
d) 1/3
e) 2/3

7) (UFMG) Considere formados e dispostos em ordem crescente todos os números que se obtêm permutando os algarismos
1, 3, 5, 7 e 9. O número 75391 ocupa, nessa disposição, o lugar:
a) 21º
b) 64º
c) 88º
d) 92º
e) 120º
8) (FUVEST) Qual a altura de uma pirâmide quadrangular que tem as oito arestas iguais a 2?
a) 1
b) 1,5
c) 2
d) 2,5
e) 3

9) (UFMG) As áreas das superfícies laterais de dois cilindros retos V1 e V2, de bases circulares, são iguais. Se as alturas e
os raios das bases dos dois cilindros são, respectivamente, H1, R1, H2, R2, pode-se afirmar que a razão entre os volumes
de V1 e V2, nessa ordem, é:
a) H1/H2
b) R1/R2
c) (H1/H2)²
d) R1 H1/ R2 H2
e) (R1/R2)²

10) Num paralelogramo ABCD tem-se que A(- 3, 5), B(1, 7) e C(5, - 1). Determine as coordenadas do ponto D.
a) (1, - 3)
b) (2, - 2)
c) (3, - 1)
d) (2, 3)
e) (3, 5)

GABARITO – 1º LISTA DE EXERCÍCIOS

1–e 2–d 3–a 4–e 5–c 6–b 7–c 8–a 9–b 10 – a.

Página 61 de 119
2º LISTA DE EXERCÍCIOS

Y 4 .Y 6 .Y 3 .Y 8 .Y 2 X
14

1) Sabendo-se que w 7 e    25 o valor de


3
w é:
X  X7  X7  X7  X7 Y 
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5

2) No diagrama, a parte hachurada representa:

a)
b)
c)
d)
e)

3) Um naturalista observou que o número de ramos de uma espécie arbórea cresce como uma progressão geométrica ao
longo dos anos. Se o número de ramos em um certo ano é igual à soma dos números de ramos dos dois anos anteriores,
qual a razão dessa progressão?
1 5
a)
2
b) 5
c) 2
1
d)
2
1 2
e)
2

4) Os números a, b e c determinam, nessa ordem, uma progressão aritmética (PA) de razão r (r ≠ 0). Na ordem b, a, c
determinam uma progressão geométrica (PG). Então a razão da PG é:
a) - 3
b) - 2
c) - 1
d) 1
e) 2
5) Para o triângulo abaixo, calcule o valor de x:

a) 2 3
b) 5 3
c) 10 3
d) 5 2
e) 6 6

3 1    
6) Sabendo que cos   e que sen  , podemos afirmar corretamente que cos      sen     é igual a:
2 2  2  2
a) 0
3 1
b)  
2 2
3 1
c) 
2 2
3 1
d) 
2 2
3 1
e)  
2 2

7) São dados 12 pontos em um plano, dos quais cinco e somente cinco estão alinhados. Quantos triângulos distintos podem
ser formados com vértices em três quaisquer dos 12 pontos?
a) 200
b) 210
c) 220
d) 236
e) 248

8) Determine a área do triângulo em que os eixos coordenados formam com a reta 4x + 5y – 80 = 0.


a) 120
b) 140
c) 150
d) 160
e) 180

Página 63 de 119
9) (UFMG) Dois cilindros têm áreas iguais. O raio do primeiro é igual a um terço do raio do segundo. O volume do primeiro é
V1. O volume do segundo cilindro, em função de V1, é igual a:
a) V1/3
b) V1
c) 3V1/2
d) 2V1
e) 3V1

10) (U.E.BA) Um cone circular reto tem altura 3,75 cm e raio da base 5 cm. Esse cone é cortado por um plano paralelo a sua
base, distando dela 0,75 cm. A área total do cone obtido com essa secção, em cm², é:
a) 16 
b) 20 
c) 28 
d) 36 
e) 40 

GABARITO – 2º LISTA DE EXERCÍCIOS

1–a 2–c 3–a 4–b 5–e 6–d 7–b 8–d 9–e 10 – d.

3º LISTA DE EXERCÍCIOS

1) Sendo k um número real não nulo e assinale a opção que apresenta o valor simplificado da expressão
0,999...
 k w 3  k w 2 k w2  k w1 
 w 2 w 2 : w w w w w w  .
 3.k  k k k k k k k 
a) 1
b) 2
c) k/3
d) k

e) kw

2) A soma dos n primeiros termos de uma P.A é n2  2n . Determine seu 10º termo.
a) 16
b) 18
c) 20
d) 21
e) 22
3) A sequência (m, 1, n) é uma progressão aritmética e a sequência (m, n, - 8) é uma progressão geométrica. O valor de n
é:
a) – 2
b) – 1
c) 3
d) 4
e) 8

4) Sejam R e S conjuntos que possuem três elementos em comum. Se o número de subconjuntos de R é a quarta parte do
número de subconjuntos de S, o número mínimo de elementos do conjunto R  S é o:
a) 5
b) 4
c) 6
d) 6
e) impossível

5) (MACK) Com relação ao ângulo da figura, podemos afirmar que vale:

a)
b) 1
c)
d)

e)

6) (UNIFESP) Se x é a medida de um arco do primeiro quadrante e se sen x = 3.cos x, então sen(2x) é igual a:

a)

b)

c)

d)

e)

Página 65 de 119
7) (UFSC) Calcule o número de anagramas da palavra CLARA em que as letras AR aparecem juntas e nesta ordem:
a) 24
b) 25
c) 26
d) 27
e) 28

8) Calcule a área total de um cone reto de 4 cm de altura e 15  cm² de área lateral.


a) 24  cm²
b) 25  cm²
c) 26  cm²
d) 27  cm²
e) 28  cm²

9) Uma pirâmide triangular regular tem 5 cm de altura e o apótema da base mede 4 cm. Calcule o volume da pirâmide.
a) 40 2
b) 60 2
c) 50 3
d) 60 3
e) 80 3

10) Encontre a reta que passa pelo ponto médio do segmento de extremidades (5, - 6) e (- 1, - 4), e da interseção entre as
retas 2x + y – 2 = 0 e x = 5y + 23.
a) x + y – 5 = 0
b) x + 2y – 4 = 0
c) x – 2y + 3 = 0
d) x – y + 5 = 0
e) x – y – 7 = 0

GABARITO – 3º LISTA DE EXERCÍCIOS

1–c 2–d 3–d 4–a 5–c 6–b 7–a 8–a 9–e 10 – e.


4º LISTA DE EXERCÍCIOS

4
3 2 1 
1) Calculando-se a expressão  w w w  , obteremos:
 
a) w3
b) w8
c) w12

d)
4
w3
8
e) w3

2) Num avião temos brasileiros, estrangeiros, fumantes e não fumantes. O total de passageiros é 50. 32 são brasileiros, 8
homens estrangeiros não fumantes, 25 fumantes, 10 mulheres brasileiras não fumantes, 2 homens estrangeiros fumantes,
12 mulheres brasileiras fumantes, 16 brasileiros fumantes. Determine quantos passageiros não fumantes tem no avião?
a) 20
b) 22
c) 25
d) 28
e) 30

3) Dois andarilhos iniciam juntos uma caminhada. Um deles caminha uniformemente 10 km por dia e o outro caminha 8 km
no 1° dia e acelera o passo de modo a caminhar mais 1/2 km cada dia que se segue. Assinale a alternativa correspondente
ao número de dias caminhados para que o 2° andarilho alcance o primeiro:
a) 10
b) 9
c) 3
d) 5
e) 21

4) Quantos termos tem a P.G. ?


a) 8
b) 9
c) 10
d) 11
e) 12

Página 67 de 119
5) (MACK) No triângulo da figura, vale:

a) 2/9
b) 1/9
c) – 7/9
d) – 8/9
e) 5/9

6) (FUVEST) A tangente de um ângulo 2x é dada em função da tangente de x pela seguinte fórmula:

Calcule um valor aproximado para a tangente do ângulo 22°30’.


a) 0,22
b) 0,41
c) 0,50
d) 0,72
e) 1,00

7) A partir de um grupo de oito pessoas quer-se formar uma comissão constituída de quatro integrantes. Nesse grupo,
incluem-se Arthur e Felipe, que, sabe-se, não se relacionam um com o outro. Portanto, para evitar problemas, decidiu-se que
esses dois, juntos, não deveriam participar da comissão a ser formada. Nessas condições, de quantas maneiras distintas se
podem formar essa comissão?
a) 70
b) 35
c) 55
d) 45
e) 40

8) As retas r (2x + 7y = 3) e s (3x – 2y = - 8) se cortam num ponto P. Achar a equação da reta perpendicular a reta r pelo
ponto P.
a) 2x – y + 7 = 0
b) 3x + 4y – 5 = 0
c) 4x – 5y + 9 = 0
d) 5x + 2y – 11 = 0
e) 7x – 2y + 16 = 0
9) Calcule o volume de uma pirâmide hexagonal regular de área da base 288 3 m² e apótema 13 m.
a) 10 3 m³
b) 20 3 m³
c) 30 3 m³
d) 480 3 m³
e) 500 3 m³

10) (UFMG) Dois cilindros têm áreas laterais iguais. O raio do primeiro é igual a um terço do raio do segundo. O volume do
primeiro é V1 e o volume do segundo é V2. Portanto V2 é igual a:
a) V1/3
b) V1
c) 2V1/3
d) 2V1
e) 3V1

GABARITO – 4º LISTA DE EXERCÍCIOS

1–a 2–c 3–b 4–b 5–c 6–b 7–c 8–e 9–d 10 – e.

Página 69 de 119
5º LISTA DE EXERCÍCIOS

1) Cinquenta e duas pessoas discutem a preferência por dois produtos A e B, entre outros e conclui-se que o número de
pessoas que gostavam de B era:
I - O quádruplo do número de pessoas que gostavam de A e B;
II - O dobro do número de pessoas que gostavam de A;
III - A metade do número de pessoas que não gostavam de A nem de B.
Nestas condições, o número de pessoas que não gostavam dos dois produtos é igual a:
a) 48
b) 35
c) 36
d) 47
e) 37

2) O setor de recurso humanos de uma empresa vai realizar uma entrevista com 120 candidatos a uma vaga de contador.
Por sorteio, eles pretendem atribuir a cada candidato um número, colocar a lista de números em ordem numérica crescente
e usá-la para convocar os interessados. Acontece que, por um defeito do computador, foram gerados números com 5
algarismos distintos e, em nenhum deles, apareceram dígitos pares. Em razão disso, a ordem de chamada do candidato que
tiver recebido o número 75.913 é:
a) 24
b) 31
c) 32
d) 88
e) 89

3) Na figura, tg α vale:
4) Num quadrado de lado a, inscreve-se um círculo; nesse círculo se inscreve um novo quadrado e nele um novo círculo.
Repetindo a operação indefinidamente, tem-se que a soma dos raios de todos os círculos é:

a)

b)

c)

d)

e)

1 1 1 1
5) O valor da soma    ...  é:
1 2 2 3 3 4 999  1000
a) 10 10  1
b) 10 10
c) 99
d) 100
e) 101

6) A área de um triângulo é de 4 unidades de superfície, sendo dois de seu vértices os pontos A(2 , 1) e B(3 , - 2). Sabendo
que o terceiro vértice se encontra sobre o eixo das abscissas, pode-se afirmar que suas coordenadas são:
 1 
a)   , 0  ou  5, 0 
 2 
 1 
b)   , 0  ou  4, 0 
 2 
 1 
c)   , 0  ou  5, 0 
 3 
 1 
d)   , 0  ou  4, 0 
 3 
 1 
e)   , 0  ou  3, 0 
 5 

Página 71 de 119
7) Em regiões agrícolas, é comum a presença de silos para armazenamento e secagem da produção de grãos, no formato
de um cilindro reto, sobreposto por um cone, e dimensões indicadas na figura. O silo fica cheio e o transporte dos grãos é
feito em caminhões de carga cuja capacidade é de 20 m³. Uma região possui um silo cheio e apenas um caminhão para
transportar os grãos para a usina de beneficiamento.

Utilize 3 como aproximação para π


O número mínimo de viagens que o caminhão precisará fazer para transportar todo o volume de grãos armazenados no silo
é:
a) 6
b) 16
c) 17
d) 18
e) 21

8) Em um certo telhado, as telhas dispõem-se de modo que cada fila tem 2 telhas a mais que a anterior. Um telhadista está
calculando quantas telhas precisa para as 4 faces do telhado. Ajude-o a calcular o número de telhas sabendo que cada face
leva 4 telhas na primeira fileira e 38 na última fileira de cima para baixo.
a) 156
b) 312
c) 378
d) 756
e) 1512

9) O fichário de clínica médica de um hospital possui 10 000 clientes cadastrados em fichas numeradas de 1 a 10 000. um
médico pesquisador, desejoso de saber a incidência de hipertensão arterial entre pessoas que procuravam o setor, fez um
levantamento, analisando as fichas que tinham números múltiplos de 15. Quantas fichas não foram analisadas?
a) 666
b) 1500
c) 1666
d) 8334
e) 9334
10) Considerando M  3, 2 , N   1,3 e P   1, 6 , determine quantos números naturais pertencem ao intervalo

CP M  N  (conjunto complementar).


a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5

GABARITO – 5º LISTA DE EXERCÍCIOS

1–a 2–e 3–c 4–c 5–a 6–c 7–d 8–e 9–e 10 – c.

6º LISTA DE EXERCÍCIOS

1) As retas 3 y  x  3 , y   x  1 e o eixo Ox determinam um triângulo cujo maior angulo interno é:


a) 90º
b) 135º
c) 105º
d) 75º
e) 120º

2) Para obter uma mistura de cor alaranjada, um pintor utiliza-se de uma lata grande, em formato cilíndrico, cuja altura é 30
2
cm, contendo tinta de cor amarela, e de uma lata pequena, com tinta de cor vermelha, contendo da capacidade da lata
7
maior. A mistura é obtida combinando duas porções de tinta amarela para cada porção de tinta vermelha. O pintor usa todo
o conteúdo da lata menor para compor a mistura alaranjada. A quantidade de tinta amarela que restou na lata grande
corresponde a uma altura aproximada de:
a) 12,86 cm
b) 8,57 cm
c) 21,43 cm
d) 18,14 cm
e) 20,82 cm

Página 73 de 119
3) O valor de n, para que o número de combinações de n elementos tomados dois a dois seja igual ao número de
combinações de n elementos tomados quatro a quatro, é:
a) 4
b) 7
c) 5
d) 8
e) 6

4) Três números positivos estão em P.A. Sua soma é igual a 30 e, se acrescentarmos a eles, respectivamente, 1, 2 e 9,
obteremos uma P.G. Então, o menor deles é:
a) 2
b) 5
c) 10
d) 7
e) 8

5) Se a igualdade tgx  cot gx  4 é verdadeira para alguns valores de x, então, para esses mesmos valores de x, sen2 x é
igual a:
a) 0,2
b) 0,5
c) 0,4
d) 0,3
e) 0,1

 5  2  5 3
6) Se A   x  x   , B   x  x   e C   x   x   , então  A  C   B é:
 8  3  8 4
 2
a)  x  x  
 3
 3
b)  x  x  
 4
 5 2
c)  x   x  
 8 3
 5
d)  x  x  
 8
 5 3
e)  x   x  
 8 4
7) Um círculo é inscrito em um quadrado de lado m. Em seguida, um novo quadrado é inscrito nesse círculo, e um novo
círculo é inscrito nesse quadrado, e assim sucessivamente. A soma das áreas dos infinitos círculos descritos nesse processo
é igual a:
 m²
a)
2
3 m²
b)
8
 m²
c)
3
 m²
d)
4
 m²
e)
8

8) Qual é o valor da expressão

a) 0,3

b)
c) 1
d) 0
e) – 1

9) As rodas dianteiras de um trator têm 0,70 m de diâmetro e as traseiras têm o dobro desse diâmetro. Considerando
  3,14 , a distância percorrida por esse trator, em metros, se as rodas dianteiras derem 2.500 voltas a mais que as
traseiras, é:
a) 5.000
b) 7.500
c) 8.345
d) 10.990
e) 12.500

10) Um fabricante de doces dispõe de embalagens com capacidade para 6 doces cada uma. Sabendo que ele fabrica 15
tipos diferentes de doce, quantos tipos de embalagem, com 6 doces diferentes, ele poderá organizar? R.: b
a) 5.000 tipos
b) 5.005 tipos
c) 5.010 tipos
d) 6.000 tipos
e) 6.120 tipos

GABARITO – 6º LISTA DE EXERCÍCIOS

1–c 2–a 3–e 4–b 5–b 6–c 7–a 8–c 9–d 10 – b.


Página 75 de 119
7º LISTA DE EXERCÍCIOS

1) Duas rodovias retilíneas A e B se cruzam formando um ângulo de 45º. Um posto de gasolina se encontra na rodovia A, a
4 km do cruzamento. Pelo posto passa uma rodovia retilínea C, perpendicular à rodovia B. A distância do posto de gasolina
à rodovia B, indo através de C, em quilômetros, é:

2) Seja um cilindro de revolução com raio da base igual a 4 m e altura igual a 8 m. Conservando-se a altura e aumentando-
se o raio da base, obtém-se um outro cilindro cuja área lateral é igual à área total do primeiro. Nessas condições, o raio da
base aumentou:
a) 0,5 m
b) 1,0 m
c) 1,5 m
d) 2,0 m
e) 2,5 m

3) De uma urna que contém 5 bolas pretas e 3 bolas azuis, devem-se sortear todas as bolas. Quantos são os resultados
possíveis se as bolas sorteadas forem colocadas em fila?
a) 38 resultados
b) 52 resultados
c) 56 resultados
d) 60 resultados
e) 68 resultados

4) Interpolando cinco meios geométricos entre 2 e 1458, obtemos, como termo médio, o número:
a) 162
b) 18
c) 54
d) 1230
e) 486

5) Sejam a e b números reais tais que a reta de equação (3b + 4a)x + 2y + b = 0 é paralela ao eixo das abscissas e cruza a
bissetriz dos quadrantes pares no ponto de abscissa x = - 6. O valor de a é:
a) -9
b) 6
c) -12
d) 9
e) 12
6) Efetuando temos por resultado:

a)

b)

c)
d)

e)

7) Para participar da Meia Maratona Internacional de São Paulo, cujo percurso é de 21 km, um atleta treinou em uma pista
circular com 500 m de perímetro. No primeiro treino, o atleta deu 20 voltas na pista e em cada um dos treinos seguintes deu
uma volta a mais que no anterior. Esse atleta atingiu a distância exigida na prova no:
a) 24º treino
b) 23º treino
c) 22º treino
d) 21º treino
e) 20º treino

  1
8) Sabe-se que sen   x   . Determine então o valor da expressão cos   x   cos   x  .
2  2
a) – 2
b) – 1
c) 0
d) 1
e) 1/2

9) Uma editora estuda a possibilidade de lançar novamente as publicações Helena, Senhora e A Moreninha. Para isto,
efetuou uma pesquisa de mercado e conclui que em cada 1000 pessoas consultadas: 600 leram A Moreninha; 400 leram
Helena; 300 leram Senhora; 200 leram A Moreninha e Helena; 150 leram A Moreninha e Senhora; 100 leram Senhora e
Helena; 20 leram as três obras. O número de pessoas que leu pelo menos duas obras é:
a) 410
b) 420
c) 450
d) 460
e) 480

10) Os vértices de um triângulo são os pontos A(1 , 4), B(4 , 9) e C(10 , 15). O comprimento da mediana AM é:
a) 17
b) 13
c) 10
d) 9
e) 8

GABARITO – 7º Lista de Exercícios

1–e 2–d 3–c 4–c 5–d 6–a 7–b 8–b 9–a 10 – c.

Página 77 de 119
8º LISTA DE EXERCÍCIOS

1) A distância do ponto P(0 , -4) à reta bissetriz dos quadrantes pares é:


a) 2 3
b) 2 2
5
c)
2
3
d)
2
e) 2

2) As permutações das letras da palavra PROVA foram listadas em ordem alfabética, como se fossem palavras de cinco
letras em um dicionários. A 73ª palavra nessa lista é:
a) PROVA
b) VAPOR
c) RAPOV
d) ROVAP
e) RAOPV

3) Em um reservatório na forma de paralelepípedo foram colocados 18000 litros de água, correspondendo a 4/5 de sua
capacidade total. Se esse reservatório possui 3 m de largura e 5 m de comprimento, então a medida de sua altura é:
a) 1 m
b) 2 m
c) 1,5 m
d) 2,5 m
e) 3 m

4) A soma do 4º e 8º termos de um PA é 20 e o 31º termo é igual ao dobro do 16º termo. Determine o 1º termo dessa PA.
a) 0
b) 1
c) 4
d) 5
e) 6

5) O seno do ângulo da base de um triângulo isósceles é igual a 1/4. Então, a tangente do ângulo do vértice desse triângulo
é igual a:
1
108 2 
320,2  270,5   0,0016
0,25
6) O valor da expressão é:
2
a) 2
b) 2,2
c) 22
d) 2, 2  6 3
e) 22  6 3

7) Considere os números naturais n de três algarismos que, divididos por 7, deixam resto 3. Calcule a soma de todos os
números que satisfazem essa condição.
a) 64.672
b) 68096
c) 69.870
d) 70.821
e) 71.674

8) Uma pesquisa de mercado sobre o consumo de três marcas A, B e C de um determinado produto apresentou os seguintes
resultados:
 A: 48%
 B: 45%
 C: 50%
 A e B: 18%
 B e C: 25%
 A e C: 15%
 Nenhuma das três: 5%

Qual é a porcentagem dos entrevistados que consomem uma e apenas uma das três marcas?
a) 48%
b) 52%
c) 54%
d) 57%
e) 58%

9) Camila recebeu como herança um terreno na forma do quadrilátero ABCD, com coordenadas cartesianas A(-7 , 1), B(-3 ,
-1), C(3 , 4) e D(-3 , 6). Camila dividiu o terreno em lotes triangulares e vendeu para Nunes dois desses lotes, com as
seguintes características:

Lote 1: triângulo MCN, em que M é ponto médio do lado DC, e N é ponto médio do lado BC;

Lote 2: triângulo NPB, em que N é ponto médio do lado BC, e P é ponto médio do lado AB.

Nestas condições, a área total aproximada dos lotes adquiridos por Nunes em unidades de área é:

9
a)
2
9
b)
4
c) 9
d) 6
e) 5

Página 79 de 119
10) O diâmetro da base de um cone é igual à geratriz. A razão da área total para a área lateral do cone é:
3
a)
2
1
b)
2
2
c)
3
3
d)
4
2
e)
3

GABARITO – 8º LISTA DE EXERCÍCIOS

1–b 2–e 3–c 4–a 5–e 6–b 7–d 8–d 9–c 10 – a.

9º LISTA DE EXERCÍCIOS

1) Dados os conjuntos A = {x }, com , e B = {x }, determine o número de elementos de


.
a) 3
b) 4
c) 5
d) 6
e) 7

  3 
2) A soma das soluções da equação sec ²2 x  2tg ²2 x  1  0 , no intervalo  ,  , é:
2 2 
a) 
3
b)
2
c) 3
5
d)
2
e) 2
3) Num paralelepípedo reto-retângulo a área total mede 28 cm² e a diagonal 21 cm. A soma das dimensões mede:
a) 7 cm
b) 8 cm
c) 9 cm
d) 10 cm
e) 12 cm

4) No projeto de uma sala de cinema, um arquiteto desenhou a planta sob a forma de um trapézio isósceles com a tela sobre
a base menor desse trapézio. As poltronas serão dispostas em 16 fileiras paralelas às bases do trapézio, tendo 20 poltronas
na primeira fileira; a partir da segunda, cada fileira terá 2 poltronas a mais que a fileira anterior. Calcule o número de poltronas
desse cinema.
a) 520
b) 560
c) 580
d) 600
e) 620

5) Quantos números de 7 dígitos, maiores que 6.000.000, podem ser formados com os algarismos 0, 1, 3, 4, 6, 7 e 9, sem
repeti-los?
a) 1.800
b) 720
c) 5.400
d) 5.040
e) 2.160

1
6) Se P é o ponto de interseção das retas de equações x y2 0 e x  y  3 , a área do triângulo de vértices A(0 , 3),
2
B(2 , 0) e P é:
1
a)
3
5
b)
3
8
c)
3
10
d)
3
20
e)
3

Página 81 de 119
7) Uma PA e uma PG têm, ambas, o primeiro termo igual a 2. Sabe-se também que seus terceiros termos são maiores que
zero e iguais, e que o segundo termo da PA excede o segundo termo da PG em 1. Qual é o terceiro termo das progressões?
a) 2
b) 4
c) 5
d) 6
e) 8

8) Seja a, b, x, y números naturais não nulos. Se a.b = 5, e , qual é o algarismo das

unidades do número ?

a) 2
b) 3
c) 5
d) 7
e) 8

9) Seja e onde A e B são subconjuntos de X, e é o


complementar de A em relação a X. Sendo assim, pode-se afirmar que o número máximo de elementos de B é:
a) 7
b) 6
c) 5
d) 4
e) 3

tg   x   tg   x 
10) A expressão , obedecidas as condições de existência, é igual a:
tg  2  x   tg   x 
a) 1
b) – 1
c) 2
d) – 2
e) 0

GABARITO – 9º LISTA DE EXERCÍCIOS

1–c 2–c 3–a 4–b 5–e 6–d 7–e 8–e 9–b 10 – a.


G
E
O
G
R
A
F
I
A

Página 83 de 119
01. Na verdade, não basta apenas sugerir que o “impulso inicial em direção à industrialização possa brotar tanto no exterior,
quanto no interior de uma mesma economia”. Sob as condições do desenvolvimento capitalista, antes da revolução industrial,
é mais provável que o impulso provenha do exterior. Por essa razão, está cada vez mais claro que as origens da revolução
industrial da Grã-Bretanha não podem ser estudadas exclusivamente em termos da história britânica. (Eric Hobsbawm. As
origens da revolução industrial. Apud Adhemar Marques et alli. História contemporânea através dos textos, 2008.)
Considerando o texto, é correto afirmar que
(A) a acumulação primitiva do capital, que permitiu o pioneirismo inglês na revolução industrial, foi gerada pela exploração
do comércio colonial de algodão no interior da África subsaariana.
(B) a revolução industrial do século XVIII só foi possível em virtude da transferência de conhecimento tecnológico entre a
Grã-Bretanha e as demais nações europeias, em especial a França e a Espanha.
(C) a exploração do nascente mercado asiático e africano de manufaturas e produtos naturais exóticos foi consequência do
frágil mercado interno inglês, limitado por resquícios feudais.
(D) as regiões coloniais da América, exploradas por meio da escravidão, se constituíram em espaços importantes para
acumulação de capital, o que explica o êxito da revolução industrial britânica.
(E) a conservadora nobreza inglesa, avessa aos negócios com a propriedade da terra, obrigou a burguesia da Inglaterra a
intensificar os laços comerciais com a nobreza francesa.

02. O mundo necessita de novas fontes de energia, entre as quais o aproveitamento do lixo. Observe o mapa.

O mapa indica que, em 2020, a produção de energia a partir de resíduos nos países
(A) asiáticos será menor que a das Américas.
(B) sul-americanos será maior que a da União Europeia.
(C) africanos será equivalente à da Oceania.
(D) europeus será equivalente à da América do Norte.
(E) norte-americanos será maior que a da Ásia.

03. Mikhail Gorbachev chegou ao poder em 1985. (...) Mais do que qualquer outro indivíduo, foi ele o responsável pela
destruição [da União Soviética]. Porém, também se podia dizer que havia sido o responsável quase solitário pelo término de
meio século de pesadelo com a guerra nuclear mundial e, na Europa Oriental, pela decisão de libertar os Estados-satélites
da União Soviética. Foi ele quem, realmente, derrubou o Muro de Berlim. (Eric Hobsbawm. Tempos interessantes, 2002.)
A consideração de que Gorbachev “derrubou o Muro de Berlim” pode ser associada
(A) à recusa desse dirigente em negociar o fim da corrida armamentista com o presidente norte-americano Ronald Reagan,
o que potencializou ainda mais as insatisfações contra os regimes do chamado “socialismo real”.
(B) à rejeição do dirigente máximo do mundo socialista em instituir mudanças estruturais na ordem planificada da União
Soviética, o que provocou tensões consideráveis com a China e a Coreia do Norte.
(C) ao acordo entre a União Soviética e os países mais próximos da política de Moscou, como a Romênia, para evitar que a
Alemanha Oriental rompesse com o Pacto de Varsóvia, o que precipitou a descrença na prática política de Gorbachev.
(D) às recorrentes críticas desse dirigente aos descaminhos do socialismo na Alemanha Oriental, o que o tornou o primeiro
chefe de Estado a reconhecer a nova condição institucional do país vizinho, reunificado em 1990.
(E) ao seu projeto de reformas econômicas e políticas com o intuito de superar uma acentuada crise estrutural, que saiu do
seu controle e gerou, em 1991, a desintegração da União Soviética.

Página 85 de 119
04. As convenções internacionais têm sido muito bem utilizadas como expressão de países com menor peso no sistema
internacional. Em alguns casos, os documentos expressam vitórias importantes de países pobres, que conseguem
salvaguardar parte de seus interesses, o que certamente não ocorreria se as decisões fossem definidas por meio de ações
militares.
(Wagner C. Ribeiro. Geografia política e gestão internacional dos recursos naturais, 2010. Adaptado.)
As convenções internacionais de meio ambiente expressam princípios que confirmam o texto, como o da
(A) sustentabilidade, que determina a redução do consumo dos países ricos e o aumento nos países de renda mais baixa.
(B) precaução, que impõe aos países ricos o envio de tropas aos países pobres quando são invadidos por potências
nucleares.
(C) responsabilidade comum, porém diferenciada, que autoriza países pobres a não reduzirem suas emissões de gases
estufa.
(D) segurança ambiental, que garante o suprimento de água em um país pobre, a partir de resolução do Conselho de
Segurança da ONU.
(E) justiça ambiental, que permite a países pobres cobrarem indenizações de empresas transnacionais em caso de quebra
de contrato.

05. O processo de valorização da terra urbana obedece a uma lógica singular que
(A) considera a presença de serviços urbanos junto ao empreendimento.
(B) prescinde de fatores locacionais, depois da invenção do carro.
(C) exclui a posição do terreno, graças ao uso da informática.
(D) independe do mercado financeiro e do tamanho do terreno.
(E) identifica na expansão urbana o único vetor que define o preço.

06. Desde meados dos anos de 1960, as mulheres ingressaram de modo mais destacado no mercado de trabalho. Após
décadas desse fato, pode-se afirmar que,
(A) depois das cotas femininas dos partidos políticos, houve um equilíbrio de gênero na indicação de líderes, pois as mulheres
passaram a candidatar-se a cargos eletivos em todo o mundo.
(B) mesmo quando possuem a mesma escolaridade que os homens, recebem salários mais baixos e não chegam, na mesma
proporção que eles, a postos de comando em empresas.
(C) apesar do aumento da participação feminina no mercado de trabalho, ela é menor no segmento informal, como evidencia
a carência de empregadas domésticas nos grandes centros urbanos.
(D) ainda que elas tenham se tornado mais independentes, falta-lhes experiência em cargos de gestão, em função dos
afazeres domésticos que predominam em seu cotidiano.
(E) depois da queda das taxas de natalidade, elas passaram a ser estimuladas a abandonar suas atividades profissionais,
para aumentar o crescimento populacional.

07. Analise o mapa.

A partir do mapa, pode-se afirmar que a


(A) África mantém relações comerciais simétricas com a Europa Ocidental, mas exporta mais à América do Norte do que
dela importa.
(B) Europa do Leste mantém relações comerciais simétricas com a Europa Ocidental, mas importa mais da Ásia do que para
ela exporta.
(C) Ásia mantém relações comerciais assimétricas com a América do Sul e do Norte, pois a importação é maior que a
exportação.
(D) Europa Ocidental mantém relações comerciais asimétricas com os países do Golfo, mas exporta mais à América do Norte
do que dela importa.
(E) América do Sul e Central mantêm relações comerciais assimétricas com a Europa Ocidental, mas importam mais da
América do Norte do que para ela exportam.
08. A região representada no mapa localiza-se entre o Mar Negro e o Mar Cáspio. Nela coexistem países que recuperaram
sua independência depois da desintegração da União Soviética. É uma das regiões mais conflituosas do mundo.

Trata-se
(A) da Mesopotâmia, que reúne 3 etnias, todas cristãs.
(B) da Meso-América, que tem mais de 10 etnias não monoteístas.
(C) da Ásia Central, que abriga mais de 20 etnias, cuja religião principal é o judaísmo.
(D) dos Bálcãs, que congregam 4 etnias, distribuídas em três religiões principais: cristãos, islâmicos e judeus.
(E) do Cáucaso, que possui mais de 70 etnias, distribuídas em duas religiões principais: cristãos e islâmicos.

09. O processo de industrialização que se efetivou em São Paulo a partir do início do século XX foi o indutor do processo de
metropolização. A partir do final dos anos 1950, a concentração da estrutura produtiva e a centralização do capital em São
Paulo foram acompanhadas de uma urbanização contraditória que, ao mesmo tempo, absorvia as modernidades possíveis
e expulsava para as periferias imensa quantidade de pessoas que, na impossibilidade de viver o urbano, contraditoriamente,
potencializavam a sua expansão. Assim, de 1960 a 1980, a expansão da metrópole caracterizou-se também pela intensa
expansão de sua área construída, marcadamente fragmentada e hierarquizada. Esse processo se constituiu em um ciclo da
expansão capitalista em São Paulo marcada por sua periferização.

Isabel Alvarez. Projetos Urbanos: alianças e conflitos na reprodução da metrópole. Disponível


em: http://gesp.fflch.usp.br/sites/gesp.fflch.usp.br/files/02611.pdf. Acessado em 10/08/2015. Adaptado.

Com base no texto e em seus conhecimentos, é correto afirmar:

(A) O processo que levou à formação da metrópole paulistana foi dual, pois, ao trazer modernidade, trouxe também
segregação social.
(B) A cidade de São Paulo, no período entre o final da Segunda Guerra Mundial e os anos de 1980, conheceu um processo
intenso de desconcentração industrial.
(C) A periferia de São Paulo continua tendo, nos dias de hoje, um papel fundamental de eliminar a fragmentação e a
hierarquização espacial.
(D) A periferização, em São Paulo, cresceu com ritmo acelerado até os anos de 1980, e, a partir daí, estagnou, devido à
retração de investimentos na metrópole.
(E) A expansão da área construída da metrópole, na década de 1960, permitiu, ao mesmo tempo, ampliar a mancha urbana
e eliminar a fragmentação espacial.

10. Vivemos numa era verdadeiramente global, em que o global se manifesta horizontalmente e não por meio de sistemas
de integração verticais, como o Fundo Monetário Internacional e o sistema financeiro. Muito da literatura sobre a globalização
foi incapaz de ver que o global se constitui nesses densos ambientes locais. (Saskia Sassen, 13 de agosto de 2011
http://www.estadao.com.br/noticias/suplementos, a-globalizacao-do-protesto, 758135,0.htm)
Assinale a alternativa que contém uma proposição coerente com os argumentos apresentados no texto:
(A) As metrópoles não apenas sofrem os efeitos da globalização, mas são espaços que produzem a globalização.
(B) As forças globais, tais como o FMI e os sistemas financeiros, não afetam os ambientes locais, desde que eles sejam
densos.
(C) Na escala global, os agentes operam horizontalmente, enquanto, na escala local, os agentes operam verticalmente.
(D) A noção de escala global deixou de ter importância em geografia, já que o global só se revela por meio do local.
(E) A globalização conferiu densidade a todos os ambientes locais, na medida em que suas forças atingem todos os lugares.

Página 87 de 119
11. Assinale a alternativa que melhor expressa a atividade econômica na Amazônia ao longo de um século, respectivamente
na primeira metade do século XX, no período dos governos militares e na primeira década do século XXI.
(A) Exploração da borracha; Zona Franca de Manaus; mineração.
(B) Reserva extrativista; mineração; pecuária leiteira.
(C) Pecuária de corte; reserva extrativista; Zona Franca de Manaus.
(D) Pecuária leiteira; mineração; pecuária de corte.
(E) Mineração; exploração da borracha; reserva extrativista.

12. Observe o gráfico:

Sobre os fatores relacionados ao processo de urbanização nas regiões brasileiras, assinale a alternativa
correta:
(A) A urbanização é mais lenta nas regiões onde predomina a agricultura de alta intensidade técnica.
(B) Na Região Norte, o processo de urbanização é a principal causa do desmatamento.
(C) Na Região Centro-Oeste, a urbanização é alimentada pelo êxodo rural resultante da crise do setor agrícola.
(D) No Sudeste, o elevado grau de urbanização é um reflexo da baixa produtividade do setor agrícola.
(E) No Sul, a urbanização foi impulsionada pela concentração da propriedade fundiária e pela modernização técnica da
agricultura.

13. Transições demográficas em curso nos diferentes países do Sul, inverno demográfico em certos países do Norte,
envelhecimento da população, urbanização sem precedentes: eis o que desenha uma paisagem demográfica inédita. Soma-
se a questão das circulações migratórias: 214 milhões de pessoas residem de modo permanente em um país diferente
daquele em que nasceram – um número que não inclui nem refugiados nem deslocados.
Gérard-François Dumont, 01 de Julho de 2011. Fonte: http://diplomatique.uol.com.br/artigo.php?id=961
Sobre o significado dos conceitos utilizados no texto acima para descrever a atual paisagem demográfica, leia as seguintes
afirmações:
I. Transição Demográfica refere-se ao período de transição entre uma situação de elevadas taxas de mortalidade e de
natalidade para um regime de baixa mortalidade e natalidade, em dado país ou região.
II. Inverno Demográfico refere-se a uma situação na qual a natalidade continua a diminuir no final da transição demográfica,
em dado país ou região.
III. Urbanização refere-se ao crescimento absoluto da população que reside em assentamentos definidos como urbanos, em
dado país ou região.
IV. Deslocado refere-se ao migrante que atravessa uma fronteira política internacional em busca de inserção no mercado de
trabalho em um país estrangeiro.
Está correto apenas o que se afirma em
(A) I, II e III.
(B) I e II.
(C) I, II e IV.
(D) I e III.
(E) I, II, III e IV.
14. A letra abaixo, Cio da terra, deixa transparecer a importância das atividades agrárias para a manutenção da sociedade.
Cio da terra
Debulhar o trigo
Recolher cada bago do trigo
Forjar no trigo o milagre do pão
E se fartar de pão
Decepar a cana
Recolher a garapa da cana
Roubar da cana a doçura do mel
Se lambuzar de mel
Afagar a terra
Conhecer os desejos da terra
Cio da terra
A propícia estação.
(Milton Nascimento e Chico Buarque. Em: BUARQUE, Chico. Letra e música.
São Paulo. Companhia das Letras, 1989. p. 149.)

Tendo como parâmetro a questão agrária no Brasil e no mundo, classifique os itens em verdadeiro ou falso:
I. A Revolução Agrícola, decorrente da Revolução Industrial, atinge patamares inigualáveis em termos de tecnologia de
ponta e biotecnologia, alçando níveis de produtividades estupendos, que, por si só, minimizam a fome crônica no mundo.
II. A Lei de Terras, implantada no Brasil, em 1850, concentrou ainda mais as terras nas mãos da oligarquia agrária, excluindo
parcela significativa da sociedade do direito à terra, reforçando a concentração fundiária, que é histórica.
III. Em 1960, foi criado o INCRA, com o objetivo de catalogar os imóveis rurais e a partir daí, implantar a reforma agrária. Na
mesma década, surgiram as Ligas Camponesas e o MST em resposta ao descaso do governo quanto à implantação de
uma política agrária. Ambos foram mecanismos de pressão na luta para efetivação da distribuição justa das terras
devolutas.
IV. Com a política do governo Luiz Inácio Lula da Silva em prol do biocombustível, é visível e notório o comprometimento de
grandes extensões de terras agricultáveis, priorizando as culturas destinadas ao fornecimento de matérias-primas.
V. Os sistemas de Plantation e Jardinagem, respectivamente, situados na zona tropical e no sul e sudeste asiático,
apresentam características similares como: monocultura, latifúndios, mão-de-obra numerosa e a produção é voltada
para o mercado externo.

A sequência CORRETA é:
(A) I – F; II – V; III – V; IV – V; V – V.
(B) I – F; II – F; III – F; IV – V; V – F.
(C) I – V; II – V; III – F; IV – F; V – F.
(D) I – F; II – V; III – F; IV – V; V – F.
(E) I – V; II – F; III – V; IV – F; V – V.

15. A próxima conferência internacional do clima, em Durban, na África do Sul, centrará seu foco no destino do Protocolo de
Kyoto. [...] Se não for renovado, expira em 2012. Durban é a última oportunidade de salvar Kyoto. Sem ele, desaparece o
único acordo climático internacional que existe. A decisão tem dia marcado: 9 de dezembro. É quando termina a CoP-17, o
encontro anual que reúne negociadores do mundo todo para discutir um acordo climático internacional, desta vez, na África
do Sul.
(http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/8/10/futuro-do-protocolo-de-kyoto-sera-prioridade-nacupula-
do-clima/?searchterm=Clima%20Kyoto)
Sobre o Protocolo de Kyoto, mencionado na reportagem, assinale a alternativa correta:
(A) Afirma o princípio da responsabilidade comum, estabelecendo metas de redução obrigatória das emissões de gases de
efeito estufa para todos os países signatários.
(B) Não foi ratificado pelos Estados Unidos, um dos maiores emissores de gases de efeito estufa do mundo.
(C) Criou um sistema de comércio de créditos de carbono válido apenas entre os países industrializados: o Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo.
(D) Entrou em vigor em 2008, quando ocorreu a adesão de dois países que figuram entre os maiores emissores de poluentes:
a Índia e a China.
(E) Considera apenas os níveis atuais de emissão, eximindo os países industrializados da responsabilidade sobre o estoque
de gases estufa presente na atmosfera.

Página 89 de 119
16. De acordo com os resultados preliminares do Censo Demográfico 2010, amplamente divulgados pela mídia, na última
década ocorreu no Brasil:
(A) elevação da taxa de crescimento demográfico.
(B) aumento da taxa de população classificada como urbana.
(C) diminuição no número de idosos na população total.
(D) aumento do número de jovens na população total.
(E) significativas perdas demográficas na maior parte das Regiões Metropolitanas.

17. Leia com atenção:


“Hoje, a China tem 130 milhões de trabalhadores migrantes. Em fábricas, restaurantes, canteiros de obras, elevadores,
serviços de entrega, limpeza doméstica, creches, coleta de lixo, barbeiros [...], praticamente todo trabalhador tem origens
rurais. Em cidades grandes como Pequim e Xangai, os migrantes chegam a ser um quarto da população; nas cidades
industriais do sul da China são eles que mantêm em funcionamento as linhas de montagem da economia nacional, baseada
nas exportações.”
CHANG, Leslie T. As garotas da fábrica – da aldeia à cidade, numa China em transformação. Rio de Janeiro: Intrínseca,
2010. p. 19.
Tendo em vista o processo de urbanização mundial, a situação da China indica que
(A) esse processo está se encerrando, na medida em que esse era o último grande país com maioria de população rural.
(B) os índices de urbanização mundial vão ultrapassar de longe a marca de 50%, em razão do peso demográfico do país
asiático.
(C) o impacto no índice mundial não será importante, pois a urbanização chinesa não é relevante nem rápida em termos
percentuais.
(D) a relação entre a industrialização e a urbanização não faz mais sentido, no século XXI, nem no país asiático marcado por
uma urbanização terciária.
(E) esse processo está se acelerando em todas as partes do mundo, inclusive nos países mais ricos, onde a urbanização
estava estagnada.

18. O tsunami no Japão, que abalou a segurança da usina nuclear de Fukushima, voltou a acirrar os debates em torno dos
riscos para a vida provocados por essa fonte de energia. Os dados indicam que há 443 reatores em operação em 30 países.
Considerando esses fatos e a distribuição geográfica das usinas no mundo, é correto afirmar que:
(A) Boa parte dos reatores e usinas está distribuída nos países pobres, como o Brasil, para diminuir o risco das populações
dos países ricos.
(B) Somente os países que empregam energia nuclear para uso militar também a utilizam para gerar energia.
(C) A concentração dos reatores em poucos países é positiva, pois os efeitos de acidentes ficam restritos aos seus territórios,
diminuindo, assim, a escala dos riscos.
(D) Os reatores concentram-se apenas em alguns países, que são aqueles poucos que têm acesso limitado às outras fontes
de energia, como os combustíveis fósseis.
(E) A maior parte dos reatores encontra-se nos países do hemisfério norte que possuem economia dinâmica e contingente
populacional bastante considerável.

19. “Relatório do Banco Mundial (Bird) divulgado no dia 6 de abril, mostra que o Brasil envelhece muito mais rápido do que
os países desenvolvidos. De acordo com o levantamento, as nações ricas primeiro ficaram ricas; depois, velhas. O Brasil e
outros emergentes estão ficando velhos antes de ficar ricos. Enquanto a França levou mais de um século para ter um aumento
de 7% para 14% da população acima de 65 anos ou mais, o Brasil passará pelo mesmo processo em duas décadas, de 2011
a 2031.”
(http://economia.estadao.com.br/noticias/economia,brasil-esta-ficando-velho-antes-de-ficar-rico-diz-bird,61690,0.htm)

Sobre a atual dinâmica demográfica brasileira e as tendências projetadas para o futuro, assinale a alternativa correta:
(A) Atualmente, a taxa de crescimento da população em idade de trabalhar é mais elevada que a taxa de crescimento da
população de idosos e que a de crianças, o que configura uma situação de “bônus demográfico”.
(B) Apesar das mudanças recentes, a taxa de crescimento da população de idosos ainda é mais baixa do que a taxa de
crescimento da população total.
(C) Como resultado da queda generalizada nas taxas de fecundidade, a população em idade escolar deverá diminuir nos
próximos decênios, garantindo a melhoria das condições de ensino em todos os níveis.
(D) A expectativa de vida no Brasil é a mais elevada da América do Sul: por isso, a velocidade do envelhecimento da
população do país é maior do que a registrada no continente.
(E) Ao contrário do que ocorreu nos países europeus, no Brasil o processo de envelhecimento é simultâneo ao aumento das
taxas de crescimento da população total.
20. De acordo com o Relatório Global sobre Assentamentos Humanos 2011, Cidades e Mudança Climática: Direções
Políticas, as “cidades deverão se transformar em campos de batalha dos esforços para combater a mudança climática”.
http://www.unhabitat.org/content.asp?cid=9599&catid=7&typeid=46&subMenuId=0&AllContent=1
Sobre a relação entre as cidades e as mudanças climáticas, assinale a alternativa correta:
(A) Apenas as cidades do mundo situadas em áreas costeiras são vulneráveis aos efeitos da mudança climática.
(B) As políticas de planejamento local têm pouco impacto sobre as mudanças climáticas, dado que estas ocorrem na escala
global.
(C) Nos termos do relatório, a estratégia mais eficaz de combate às mudanças climáticas é a contenção do processo de
urbanização da população mundial.
(D) As cidades do mundo são responsáveis por mais da metade das emissões globais de gases de efeito estufa.
(E) Em termos globais, a emissão de gases estufa pelos transportes urbanos representa menos da metade da emissão
gerada pelos transportes de longa distância.

21. São objetivos do Plano Diretor – SP: promover melhor aproveitamento do solo nas proximidades do sistema estrutural de
transporte coletivo com aumento na densidade construtiva, demográfica, habitacional e de atividades urbanas; incrementar
a oferta de comércios, serviços e emprego em áreas pobres da periferia; ampliar a oferta de habitações de interesse social
nas proximidades do sistema estrutural de transporte coletivo. Diário Oficial. Cidade de São Paulo, 01/08/2014.
Adaptado.
É correto afirmar que tais medidas visam a
(A) estimular a aproximação espacial entre moradia, emprego e serviços na cidade.
(B) inibir a verticalização em áreas próximas a vias de circulação e nas periferias.
(C) reduzir a densidade demográfica em áreas próximas ao sistema estrutural de transporte coletivo.
(D) coibir a distribuição espacial do setor terciário em áreas pobres da periferia.
(E) restringir a concentração espacial de habitações de interesse social a áreas periféricas da cidade.

22. Um tema recorrente no debate contemporâneo é a migração global. A Organização das Nações Unidas estima que
existam 232 milhões de migrantes em todo o mundo (ONU, 2013). Há, atualmente, mais mobilidade que em qualquer outra
época da história mundial. Comparando a migração atual com a do século XIX, é correto afirmar:
(A) Até o século XIX, as nações norte-americanas destacaram-se como emissoras de migrantes, enquanto, hoje em dia,
encontram-se entre as principais receptoras desses fluxos, sobretudo os originários do continente africano.
(B) Diferentemente do que ocorreu no século XIX, os recursos envolvidos são um traço diferenciador na atualidade, pois
remessas enviadas por migrantes originários de nações pobres, como Haiti e Jamaica, são, muitas vezes, utilizadas
para sustentar suas famílias no país de origem, além de representarem parte significativa do PIB desses países.
(C) Países europeus, como Irlanda, Itália, Grécia e Espanha, foram importantes emissores de migrantes no século XIX e
continuam a figurar, hoje em dia, dentre os países com maior fluxo migratório para os EUA.
(D) No século XIX, a emissão e a recepção de migrantes concentravam-se na Europa, enquanto, na atualidade, a emissão
restringe-se à América do Sul e a recepção tem alcance global.
(E) O movimento migratório do continente africano para a Ásia foi significativo no século XIX e, atualmente, apresenta
importante crescimento decorrente de políticas de cooperação internacional (Ásia/África) para o desenvolvimento
socioeconômico africano, especialmente para Angola e África do Sul.

23. Observe a tabela abaixo:


Os dados apresentados na tabela se explicam, dentre outros
fatores,
(A) pela industrialização significativa em estados do Nordeste do Brasil,
sobretudo aquela ligada a bens de consumo.
(B) pela forte demanda por força de trabalho criada pela expansão cafeeira
nos estados do Sudeste do Brasil.
(C) pela democracia racial brasileira, a favorecer a convivência pacífica entre
culturas que, nos seus continentes de origem, poderiam até mesmo ser
rivais.
(D) pelos expurgos em massa promovidos em países que viviam sob regimes
fascistas, como Itália, Alemanha e Japão.
(E) pela supervalorização do trabalho assalariado nas cidades, já que no
campo prevalecia a mão de obra de origem escrava, mais barata.

Página 91 de 119
24. Observe a charge.
Com base na charge e em seus conhecimentos, avalie as
afirmações:
I. O rápido e intenso crescimento econômico chinês se deu às
custas da exploração de recursos florestais da União Europeia.
II. A despeito da distinta condição econômica da União Europeia
e da China na atualidade, essas economias permanecem
interligadas.
III. A dependência econômica da China em relação à União
Europeia assenta-se no consumo do etanol europeu.
IV. Enquanto parte da União Europeia vive uma crise econômica,
a economia chinesa cresce.

Está correto apenas o que se afirma em


(A) I e II.
(B) I, II e III.
(C) III e IV.
(D) I, III e IV.
(E) II e IV.

25. O grupo Boko Haram, autor do sequestro, em abril de 2014, de mais de duzentas estudantes, que, posteriormente,
segundo os líderes do grupo, seriam vendidas, nasceu de uma seita que atraiu seguidores com um discurso crítico em relação
ao regime local. Pregando um islã radical e rigoroso, Mohammed Yusuf, um dos fundadores, acusava os valores ocidentais,
instaurados pelos colonizadores britânicos, de serem a fonte de todos os males sofridos pelo país. Boko Haram significa “a
educação ocidental é pecaminosa” em haussa, uma das línguas faladas no país.
http://www.cartacapital.com.br. Acessado em 13/05/2014. Adaptado.
O texto se refere
(A) a uma dissidência da Al-Qaeda no Iraque, que passou a atuar no país após a morte de Sadam Hussein.
(B) a um grupo terrorista atuante nos Emirados Árabes, país economicamente mais dinâmico da região.
(C) a uma seita religiosa sunita que atua no Sul da Líbia, em franca oposição aos xiitas.
(D) a um grupo muçulmano extremista, atuante no Norte da Nigéria, região em que a maior parte da população vive na
pobreza.
(E) ao principal grupo religioso da Etiópia, ligado ao regime político dos tuaregues, que atua em toda a região do Saara.

26. Considere que a motorização de um país


constitui um importante indicador para o
planejamento dos transportes e da mobilidade
urbana. Esse indicador pode ser obtido, por
exemplo, com base na relação entre o número de
habitantes e o de autoveículos, tal como expresso
no gráfico abaixo. Destaque-se o fato de que,
quanto menor essa relação, maior a motorização de
um país.
Com base no gráfico e em seus conhecimentos, é
correto afirmar que a motorização

(A) aumentou, discretamente, na Alemanha, graças à estabilidade econômica do país.


(B) diminuiu, sensivelmente, no Brasil, em função das altas taxas de juros para o financiamento de autoveículos.
(C) manteve-se alta nos Estados Unidos, no Japão e na França, apesar da reconhecida qualidade do transporte público
desses países.
(D) diminuiu na Argentina e na Coreia do Sul, em decorrência da recessão econômica que atingiu esses países.
(E) manteve-se baixa na Itália, apesar de fortes investimentos na indústria automobilística.
27. As perspectivas ficaram mais pessimistas porque a seca atual do Sistema Cantareira é mais crítica que a de 1953, até
então a pior da história e que servia de parâmetro para os técnicos dos governos estadual e federal. O Estado de S. Paulo,
17/03/2014. Adaptado.
Acerca da crise hídrica apontada no texto acima e vivida pela cidade de São Paulo e pela Região Metropolitana, é correto
afirmar que a situação apresentada é de natureza, entre outras,
(A) geográfica e geopolítica, dado que a grave crise no abastecimento experimentada por essa região levou à importação de
água de outros estados, assim como de países do Cone Sul.
(B) social e demográfica, já que políticas públicas de incentivo às migrações, na última década, promoveram o crescimento
desordenado da população em áreas que seriam destinadas a represas e outros reservatórios de água.
(C) climática e pedológica, pois as altas temperaturas durante o ano provocaram a formação de chuva ácida e a consequente
laterização dos solos.
(D) econômica e jurídica, levando-se em conta a flexibilidade da legislação vigente em relação a desmatamentos em áreas
de nascente para implantação de atividades industriais e agrícolas.
(E) ecológica e política, posto que a reposição de água dos reservatórios depende de fatores naturais, assim como do
planejamento governamental sobre o uso desse recurso.

28. O efeito estufa e o lixo são, talvez, as duas manifestações mais contraditórias da vontade de dominação da natureza
posta em prática pela racionalidade instrumental e sua tecnociência. Com o objetivo de aumentar a produtividade, que na
prática significa submeter os tempos de cada ente, seja ele mineral, vegetal ou animal, a um tempo da concorrência e da
acumulação de capital, esqueceu-se de que todo trabalho dissipa energia sob forma de calor (efeito estufa) e que a
desagregação da matéria, ao longo do tempo, torna-a irreversível (lixo).
Carlos W. Porto-Gonçalves. A Globalização da Natureza e a Natureza da Globalização. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,
2006. Adaptado.
Conforme o excerto acima, é correto afirmar:
(A) Com o aumento da produtividade, será possível vencer o efeito estufa e superar o problema da produção de lixo.
(B) A humanidade superou os problemas decorrentes da produção de lixo, graças à racionalidade instrumental e à
tecnociência.
(C) Os tempos da concorrência e da acumulação de capital vêm sendo subordinados ao tempo da natureza.
(D) A aceleração do tempo de acumulação de capital permite eliminar a irreversibilidade da produção do lixo.
(E) A busca pelo aumento da produtividade impõe a diferentes elementos da natureza o tempo dos interesses capitalistas.

29. Considere os mapas sobre a produção de leite no Brasil.

Com base nos mapas e em seus conhecimentos, é correto afirmar que a produção de leite no Brasil, no período retratado,
(A) cresceu na região Nordeste, devido à substituição das plantações de algodão, na Zona da Mata, pelos rebanhos leiteiros.
(B) avançou em direção aos estados do Norte e do Centro-Oeste, em função da predominância, nessas regiões, de climas
mais secos.
(C) consolidou a hegemonia de Minas Gerais, graças à alta produtividade alcançada com o melhoramento genético dos
rebanhos no Vale do Jequitinhonha.
(D) aumentou, tanto em quantidade produzida quanto em número de estados produtores, graças, em grande parte, ao
crescimento do consumo interno.
(E) abarcou todo o território nacional, excetuando-se os estados recobertos pela floresta amazônica, devido à presença de
unidades de conservação.

Página 93 de 119
30. Em 2015, os Estados Unidos (EUA), país que não é membro da OPEP, tornaram-se o maior produtor mundial de petróleo,
superando grandes produtores históricos mundiais, de acordo com a publicação Statistical Review of World Energy (BP) –
2015.
Sobre essa fonte de energia, é correto afirmar:
(A) A queda da oferta de petróleo, em 2015, pelos países não membros da OPEP é resultado do uso de fontes de energia
alternativas, como os biocombustíveis, e também da expansão das termelétricas.
(B) O Brasil, país que não é membro da OPEP, destaca-se pela exploração de jazidas de petróleo em rochas vulcânicas do
embasamento cristalino do pré-sal.
(C) O crescimento da produção de petróleo nos EUA, que levou esse país à condição de maior produtor mundial em 2015,
deu-se pela exploração das jazidas de óleo de xisto.
(D) A elevação da produção de petróleo em países da OPEP, como Arábia Saudita, Rússia e China, é resultado da alta dos
preços dessa commodity em 2015.
(E) A exploração das jazidas de óleo de xisto do subsolo oceânico foram fatores para a industrialização de países, como
México, Japão e EUA.

31. Tendo em vista o que a charge pretende expressar e a data de sua


publicação, dentre as legendas propostas abaixo, a mais adequada para essa
charge é:
(A) Suspensão do embargo econômico a Cuba por parte dos EUA.
(B) Devolução aos cubanos da área ocupada pelos EUA em Guantánamo.
(C) Fim do embargo das exportações petrolíferas cubanas.
(D) Retomada das relações diplomáticas entre os EUA e Cuba.
(E) Transferência de todos os presos políticos de Guantánamo, para prisões
norte-americanas.

32. Há dois lados na divisão internacional do trabalho [DIT]: um em que alguns países especializam-se em ganhar, e outro
em que se especializaram em perder. Nossa comarca do mundo, que hoje chamamos de América Latina, foi precoce:
especializou-se em perder desde os remotos tempos em que os europeus do Renascimento se abalançaram pelo mar e
fincaram os dentes em sua garganta. Passaram os séculos, e a América Latina aperfeiçoou suas funções. Este já não é o
reino das maravilhas, onde a realidade derrotava a fábula e a imaginação era humilhada pelos troféus das conquistas, as
jazidas de ouro e as montanhas de prata. Mas a região continua trabalhando como um serviçal. Continua existindo a serviço
de necessidades alheias, como fonte e reserva de petróleo e ferro, cobre e carne, frutas e café, matérias-primas e alimentos,
destinados aos países ricos que ganham, consumindo-os, muito mais do que a América Latina ganha produzindo-os.

Eduardo Galeano. As Veias Abertas da América Latina. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981. Adaptado.

Sobre a atual Divisão Internacional do Trabalho (DIT), no que diz respeito à mineração na América Latina, é correto afirmar:

(A) O México é o país com maior produção de carvão, cuja exportação é controlada por capital canadense. Para tal situação,
o padrão de dominação Norte/Sul na DIT, mencionado pelo autor, é praticado no mesmo continente.
(B) A Colômbia ocupa o primeiro lugar na produção mundial de manganês, por meio de empresas privatizadas nos dois
últimos governos bolivarianos, o que realça sua posição no cenário econômico internacional, rompendo a dominação
Norte/Sul.
(C) O Chile destaca-se pela extração de cobre, principalmente na sua porção centro-norte, que é, em parte, explorado por
empresas transnacionais, o que reitera o padrão da DIT mencionado pelo autor.
(D) A Bolívia destaca-se como um dos maiores produtores de ferro da América Latina, e, recentemente, o controle de sua
produção passou a ser feito por Conselhos Indígenas. Essa autonomia do País permitiu o rompimento da dominação
estadunidense.
(E) O Uruguai é o principal produtor mundial de prata, e o controle de sua extração é feito por empresas transnacionais.
Nesse caso, mantém-se o padrão da inserção do país na DIT mencionada pelo autor.
33. É preocupante a detecção de resíduos de agrotóxicos no planalto mato-grossense [Planaltos e Chapada dos Parecis],
onde nascem o rio Paraguai e parte de seus afluentes, cujos cursos dirigem-se para a Planície do Pantanal. Em termos
ecológicos, o efeito crônico da contaminação, mesmo sob baixas concentrações, implica efeitos na saúde e no ambiente a
médio e longo prazos, como a diminuição do potencial biológico de espécies animais e vegetais. (Dossiê Abrasco –
Associação Brasileira de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro/São Paulo: EPSJV/Expressão Popular, 2012. Adaptado.)

Com base no texto e em seus conhecimentos, é correto afirmar:

(A) No Mato Grosso do Sul, prevalece a criação de caprinos nas chapadas, ocasionando a contaminação dos lençóis freáticos
por resíduos de agrotóxicos.
(B) No Mato Grosso, ocorre grande utilização de agrotóxicos, em virtude, principalmente, da quantidade de soja, milho e
algodão nele cultivada.
(C) Em Goiás, com o avanço do cultivo da laranja transgênica voltada para exportação, aumentou a contaminação a montante
do rio Cuiabá.
(D) No Mato Grosso, estado em que há a maior área de silvicultura do país, há predominância da pulverização aérea de
agrotóxicos sobre as florestas cultivadas.
(E) No Mato Grosso do Sul, um dos maiores produtores de feijão, trigo e maçã do país, verifica se significativa contaminação
do solo por resíduos de agrotóxicos.

34. Sobre as 20 aglomerações urbanas mais populosas do


mundo, conforme gráfico ao lado, é correto afirmar:
(A) A maioria delas se encontra na Ásia, e, dentre estas,
predominam as localizadas em países com economias
desenvolvidas ou em desenvolvimento.
(B) Mais de 50% delas encontram-se em países desenvolvidos,
com alto PIB e alta distribuição de renda.
(C) 50% delas estão localizadas na América Latina, em países
subdesenvolvidos e pouco industrializados.
(D) 25% delas estão em países da Europa Oriental, em que há
boa distribuição de renda e serviços públicos essenciais
gratuitos.
(E) O segundo maior número dessas aglomerações encontra-
se em países da África, as quais se caracterizam por baixo
IDH.

Página 95 de 119
35. Observe o mapa abaixo e leia o texto a seguir.

O terremoto ocorrido em abril de 2015, no Nepal, matou por volta de 9.000 pessoas e expôs um governo sem recursos para
lidar com eventos geológicos catastróficos de tal magnitude (7,8 na Escala Richter). Índia e China dispuseram-se a ajudar
de diferentes maneiras, fornecendo desde militares e médicos até equipes de engenharia, e também por meio de aportes
financeiros.

Considere os seguintes motivos, além daqueles de razão humanitária, para esse apoio ao Nepal:
I. interesse no grande potencial hidrológico para a geração de energia, pois a Cadeia do Himalaia, no Nepal, representa
divisor de águas das bacias hidrográficas dos rios Ganges e Brahmaputra, caracterizando densa rede de drenagem;
II. interesse desses países em controlar o fluxo de mercadorias agrícolas produzidas no Nepal, através do sistema hidroviário
Ganges-Brahmaputra, já que esse país limita-se, ao sul, coma Índia e, ao norte, coma China;
III. necessidades da Índia e, principalmente, da China, as quais, com o aumento da população e da urbanização, demandam
suprimento de água para abastecimento público, tendo em vista que o Nepal possui inúmeros mananciais.

Está correto o que se indica em


(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.

36. O processo de industrialização que se efetivou em São Paulo a partir do início do século XX foi o indutor do processo de
metropolização. A partir do final dos anos 1950, a concentração da estrutura produtiva e a centralização do capital em São
Paulo foram acompanhadas de uma urbanização contraditória que, ao mesmo tempo, absorvia as modernidades possíveis
e expulsava para as periferias imensa quantidade de pessoas que, na impossibilidade de viver o urbano, contraditoriamente,
potencializavam a sua expansão. Assim, de 1960 a 1980, a expansão da metrópole caracterizou-se também pela intensa
expansão de sua área construída, marcadamente fragmentada e hierarquizada. Esse processo se constituiu em um ciclo da
expansão capitalista em São Paulo marcada por sua periferização.

Isabel Alvarez. Projetos Urbanos: alianças e conflitos na reprodução da metrópole. Disponível


em: http://gesp.fflch.usp.br/sites/gesp.fflch.usp.br/files/02611.pdf. Acessado em 10/08/2015. Adaptado.

Com base no texto e em seus conhecimentos, é correto afirmar:

(A) O processo que levou à formação da metrópole paulistana foi dual, pois, ao trazer modernidade, trouxe também
segregação social.
(B) A cidade de São Paulo, no período entre o final da Segunda Guerra Mundial e os anos de 1980, conheceu um processo
intenso de desconcentração industrial.
(C) A periferia de São Paulo continua tendo, nos dias de hoje, um papel fundamental de eliminar a fragmentação e a
hierarquização espacial.
(D) A periferização, em São Paulo, cresceu com ritmo acelerado até os anos de 1980, e, a partir daí, estagnou, devido à
retração de investimentos na metrópole.
(E) A expansão da área construída da metrópole, na década de 1960, permitiu, ao mesmo tempo, ampliar a mancha urbana
e eliminar a fragmentação espacial.
37. Observe os mapas.
Dentre as seguintes alternativas, a única que apresenta a principal
causa para o correspondente fluxo migratório é:
(A) I: procura por postos de trabalho formais no setor primário.
(B) II: necessidade de mão de obra rural, devido ao avanço do
cultivo do arroz.
(C) III: necessidade de mão de obra no cultivo da soja no Ceará e
em Pernambuco.
(D) IV: procura por postos de trabalho no setor aeroespacial.
(E) V: migração de retorno.

38. Cada vez mais pessoas fogem da guerra, do terror e da miséria econômica que assolam algumas nações do Oriente
Médio e da África. Elas arriscam suas vidas para chegar à Europa. Segundo estimativas da Agência da ONU para Refugiados,
até novembro de 2015, mais de 850 mil refugiados e imigrantes haviam chegado por mar à Europa naquele ano.
Garton Ash, Timothy. Europa e a volta dos muros. O Estado de S. Paulo, 29/11/2015. Adaptado.
Sobre a questão dos refugiados, no final de 2015, considere as três afirmações seguintes:
I. A criação de fronteiras políticas no continente africano, resultantes da partilha colonial, incrementou os conflitos étnicos,
corroborando o elevado número de refugiados, como nos casos do Sudão e Sudão do Sul.
II. Além das mortes em conflito armado, da intensificação da pobreza e da insegurança alimentar, a guerra civil na Síria levou
um contingente expressivo de refugiados para a Europa.
III. A política do apartheid teve grande influência na Nigéria, país de origem do maior número de refugiados do continente
africano, em decorrência desse movimento separatista.

Está correto o que se afirma em


(A) I, apenas.
(B) I e II, apenas.
(C) III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.

Página 97 de 119
39. Várias cidades europeias sofreram inundações em 2016. A inundação do rio Sena, em Paris, França, excedeu o leito do
rio em mais de 6 metros, mas não ultrapassou a inundação histórica de 1910, quando o rio extravasou 8 metros. As figuras
mostram as transformações do curso do rio Sena e de seu entorno, ocupado pelo homem, desde o passado no Neolítico até
os dias atuais.

De acordo com as informações apresentadas, é correto afirmar:


(A) Ao se compararem as inundações ocorridas em 2016 e em 1910, explica-se o nível superior das águas, em 1910, devido
à ausência, à época, de tecnologia que eliminasse a ascensão dos aquíferos até a superfície.
(B) As inundações excepcionais que ocorrem no sítio urbano de Paris devem-se ao comportamento alterado da dinâmica
fluvial do rio Sena, agravadas com a ocupação humana de suas margens e com a alteração do padrão de seu canal, de
anastomosado para meandrante.
(C) A instalação do homem às margens do rio Sena alterou a precipitação pluviométrica e ampliou o volume de água escoado
no curso fluvial, o que dificultou a infiltração das águas, provocando inundações excepcionais no sítio urbano de Paris.
(D) As inundações excepcionais do sítio urbano de Paris vêm ocorrendo em razão de a ocupação humana ter-se desenvolvido
às margens do rio Sena, transformando drasticamente a paisagem da planície de inundação e o padrão do canal fluvial,
de anastomosado para retilíneo.
(E) Na observação das alterações do curso do rio Sena ao longo do tempo, verifica-se que elas foram significativas do
Neolítico à Idade Média, enquanto que, da Idade Média aos dias atuais, essas alterações não foram intensificadas,
permanecendo constante a densidade de ocupação.

40. O período que vai de 1956 a 1967 é considerado como a primeira fase da industrialização pesada no Brasil. (Barjas Negri.
Concentração e desconcentração industrial em São Paulo – 1880-1990. Campinas: Unicamp, 1996.)
Sobre as características da industrialização brasileira no período de 1956 a 1967, é correto afirmar que
(A) houve uma associação entre investimentos no setor estatal e a entrada de capital estrangeiro, que propiciaram a
instalação de plantas produtoras de bens de capital.
(B) a instituição do Plano de Metas, que teve como principal finalidade incrementar a incipiente industrialização do Rio de
Janeiro e de São Paulo, marcou politicamente esse momento do processo.
(C) partiu do Estado Brasileiro, de caráter fortemente centralizador e nacionalista, a criação das condições para a nascente
indústria têxtil que se instalava no país, por meio de diversos incentivos e isenções fiscais.
(D) ocorreu a implantação de multinacionais do setor automobilístico, que se concentraram em São Paulo, principalmente ao
longo do eixo da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, em direção a Ribeirão Preto.
(E) se trata de uma fase marcada pela política de “substituição de importações”, uma vez que se deu um incremento da
indústria nacional, pela abundância de mão de obra.

41. A “Revolução Verde”, implementada em países latino-americanos e asiáticos nos anos 1960 e 1970, tinha como objetivo
suprimir a fome e reduzir a pobreza de amplas parcelas da população. Entretanto, as promessas de modernização
tecnológica da agricultura não foram cumpridas inteiramente, contribuindo para a geração de novos problemas e
aprofundando velhas desigualdades. Assinale a opção que faz referência a efeitos da “Revolução Verde”.
(A) Coletivização das terras, implemento da agroecologia e expansão do crédito para os agricultores.
(B) Distribuição equitativa de terras, difusão da policultura e uso de defensivos biodegradáveis.
(C) Expansão de monoculturas, uso de técnicas tradicionais de plantio e fertilização natural dos solos.
(D) Reconcentração de terras, crescimento do uso de insumos industriais e agravamento da erosão dos solos.
(E) Estatização das terras agrícolas, trabalho em comunas e produção voltada para o mercado interno.
42. Anamorfose geográfica representa superfícies dos países em áreas proporcionais a uma determinada quantidade.
Observe as seguintes anamorfoses:

Nas alternativas apresentadas, os títulos que identificam de forma correta as anamorfoses I e II são, respectivamente:
(A) Transporte aéreo e Transporte ferroviário.
(B) População urbana e População rural.
(C) População total e Produto Interno Bruto.
(D)Ocorrência de HIV e Ocorrência de malária.
(E) Exportação de armas e Importação de armas.

43.O desmatamento atual na Amazônia cresceu em relação a 2015. Metade da área devastada fica no estado do Pará,
atingindo áreas privadas ou de posse, sendo ainda registrados focos em unidades de conservação, assentamentos de
reforma agrária e terras indígenas.
Imazon. Boletim do desmatamento da Amazônia Legal, 2016. Adaptado.
Tal situação coloca em risco o compromisso firmado pelo Brasil na 21ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança
Climática (COP 21), ocorrida em 2015. O desmatamento na Amazônia tem raízes históricas ligadas a processos que ocorrem
desde 1970.
Com base nos dados e em seus conhecimentos, aponte a afirmação correta.
(A) O desmatamento, apesar de atingir áreas de unidades de conservação, que incluem florestas, parques nacionais e terras
indígenas, viabiliza a ampliação do número de assentamentos da reforma agrária.
(B) As grandes obras privadas implantadas na Amazônia valorizam as terras, atraindo enorme contingente populacional, que
por sua vez origina regiões metropolitanas que degradam a floresta.
(C) A grilagem de terras em regiões de grandes projetos de infraestrutura, a extração ilegal de madeira e a construção de
rodovias estão entre as causas do desmatamento na Amazônia.
(D) A extração ilegal de madeira na Amazônia vem sendo monitorada por países estrangeiros devido às exigências na COP
21, pois eles são os maiores beneficiários dos acordos da Conferência.
(E) Os grandes projetos de infraestrutura causam degradação da floresta amazônica, com intensidade moderada e
temporária, auxiliando a regularização fundiária.

44. Leia o texto e assinale a alternativa correta:


Na Batalha de Argel, em 1957, as forças francesas, que chegaram a contar com quinhentos mil soldados, conseguiram
desmantelar a organização clandestina da Frente de Libertação Nacional (FLN), na capital do país. Uma sangrenta repressão
à população civil árabe, no entanto, consumou a divisão entre a minoria francesa e a maioria muçulmana. A Guerra da Argélia
produziu uma crise no governo francês e levou à queda da IV República. (Leonel Itaussu. História Moderna e
Contemporânea)
(A) O texto aborda problemas enfrentados pela França na África, antes da Segunda Guerra Mundial.
(B) O texto aborda a Guerra de Independência da Argélia, em plena descolonização da África, onde foram adotadas táticas
de guerrilha rural e urbana contra o colonialismo europeu.
(C) A queda da IV República francesa significou o afastamento definitivo do poder do general Charles de Gaulle.
(D) A Argélia havia se tornado uma colônia francesa após a Segunda Guerra Mundial em meio às tensões da Guerra Fria.
(E) A Argélia tinha sido uma colônia alemã, mas passou ao domínio da França como resultado dos tratados que se seguiram
à Primeira Guerra Mundial.

Página 99 de 119
45. Segundo relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças
Climáticas (IPCC), inúmeras gigatoneladas de gases do efeito estufa de
origem antropogênica (oriundos de atividades humanas) vêm sendo
lançadas na atmosfera há séculos. A figura mostra as emissões em
2010 por setor econômico.
Com base na figura e em seus conhecimentos, aponte a afirmação
correta.
(A) Os setores econômicos de Construção e Produção de outras
energias, juntos, possuem menores emissões de gases do efeito
estufa antropogênicos do que o setor de Transporte, tendo como
principal exemplo ocorrências no sudeste asiático.
(B) As maiores emissões de CH4 de origem antropogênica devem-se
ao setor econômico da Agricultura e outros usos da terra, em
razão das queimadas, principalmente no Brasil e em países
africanos.
(C) As maiores emissões de gases do efeito estufa de origem
antropogênica vinculadas à Produção de eletricidade e calor
ocorrem nos países de baixo IDH, pois estes não possuem
políticas ambientais definidas.
(D) Um quarto do conjunto de gases do efeito estufa de origem antropogênica lançados na atmosfera é proveniente do setor
econômico de Produção de eletricidade e calor, em que predomina a emissão do CO2, ocorrendo com grande
intensidade nos EUA e na China.
(E) A Indústria possui parcela significativa na emissão de gases do efeito estufa de origem antropogênica, na qual o N2O é
o componente majoritário na produção em refinarias de petróleo do Oriente Médio e da Rússia.

46. Em 1932, o Estado Brasileiro instalou campos de concentração


de flagelados no Ceará, desde a região do Cariri até Fortaleza,
destinados a isolar os retirantes que saíam do interior. No total,
esses campos chegaram a concentrar mais de 73 mil pessoas
vivendo sob condições precárias.
Sobre o tema das secas no Nordeste, é correto afirmar que
(A) o chamado “Polígono das Secas”, abrangendo a Zona da Mata,
desde a Bahia até o Maranhão, foi oficialmente demarcado nos
anos 1930, no contexto da grande seca.
(B) grandes levas de retirantes flagelados do Ceará saíam do sertão
e se direcionavam ao agreste nordestino, em busca de trabalho
nos canaviais, ou às capitais do Sudeste, à procura de emprego
no comércio.
(C) o projeto de transposição de águas do rio São Francisco,
implantado na atualidade como medida de combate à seca,
resultará em desassoreamento desse canal fluvial.
(D) a ocorrência de campos para flagelados explica-se pela ausência
de políticas de combate às secas, implantadas apenas em 1960
pela Sudene – Superintendência de Desenvolvimento do
Nordeste.
(E) a explicação do fenômeno de migração para as cidades como
decorrente da pobreza no sertão e exclusivamente relacionada à
seca é insuficiente, pois omite a lógica da concentração fundiária
e suas consequências.
47. Em 1948, quando começaram a demolir as casas térreas para
construir os edifícios, nós, os pobres, que residíamos nas habitações
coletivas, fomos despejados e ficamos residindo debaixo das pontes. É
por isso que eu denomino a favela como o quarto de despejo de uma
cidade.
Carolina Maria de Jesus, escritora e moradora da Favela do Canindé, nos
anos 1950. Quarto de despejo. Adaptado.

Levando em conta o texto e o mapa, considere as seguintes afirmações:


I. O custo da moradia em áreas mais valorizadas e a desigualdade social
são fatores que explicam a grande concentração do número de favelas
nas áreas periféricas do sul e do norte do município, de 1960 a 1980.
II. A favela é definida como uma forma de moradia precária devido à
existência de elevadas taxas de analfabetismo e baixos índices de
desenvolvimento humano de sua população, fatores predominantes
na região central da cidade até 1980.
III. Em todas as regiões do município, o maior crescimento do número de
favelas se deu de 1981 a 1990, em função da saída e do fechamento
de indústrias e da crise econômica que levaram ao desemprego.
Está correto o que se afirma em
(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.

48. Segundo o historiador britânico, Eric Hobsbawm, o “Breve Século XX” encerrou-se com a fragmentação do império
soviético e com o consequente fracasso da referência sócio-ideológica do Socialismo Real. No entanto, é possível, perante
a fragilidade das instituições multilaterais, observar a continuidade de manifestações étnicas, religiosas e nacional-territoriais.
O fim de uma Era não possibilitou a descontinuidade de ocorrências violentas em áreas de conflitos.
Sobre os principais focos de conflitos na atualidade, é INCORRETO afirmar:
(A) A expressão nacional emancipacionista, liderada pelo P.K.K. (Partido dos Trabalhadores do Curdistão), reflete os
princípios da causa curda e coloca em xeque as diretrizes da Doutrina Bush, em relação à estabilização político-
institucional no Iraque.
(B) A Província Autônoma da Chechênia, localizada na região montanhosa do Cáucaso russo, próximaao mar Cáspio, é um
dos principais focos de tensão separatista, em razão das diferenças de identidades nacionais entre russos e chechenos,
além da importância energética da região.
(C) A vitória parlamentar do Hamas, nas eleições palestinas de 2006, significou o fim do sectarismopolítico-religioso em
relação ao Fatah e uma possibilidade maior para a formação definitiva do Estado Palestino.
(D) A guerrilha muçulmana, na Caxemira Indiana, luta pela independência em relação à Índia e recebe o apoio do governo
do Paquistão. Esse envolvimento desestabiliza a região em razão da potencialidade bélica nuclear dos respectivos
países

49. Leia a matéria:


Os confrontos, que já duram vários dias, são o mais recente episódio de violência em um país marcado por diferenças
religiosas e étnicas e por uma história de conflitos sangrentos. Outro episódio recente foi o conflito militar entre Israel e o
grupo militante Hezbollah, em julho de 2006,que uniu a população durante os mais de trinta dias de bombardeio contra o
país, mas parece ter agravado muitoas tensões internas. (www.bbc.com.uk - acesso: 25/08/07)
Indique o país e a justificativa correta em relação ao texto:
(A) Iraque, país que concentra hoje vários grupos terroristas.
(B) Síria, país que dá suporte logístico ao Hezbollah e que combateu Israel durante a invasão ao sul do país em 2006.
(C) Afeganistão, que após ter destituído o regime Taleban, resistiu aos ataques do Hezbollah em 2006.
(D) Irã, dividido internamente entre xiitas e sunitas e inimigo histórico de Israel.
(E) Líbano, país que apresenta uma constituição confessional devido ao emaranhado religioso.

Página 101 de 119


50. Leia o texto e observe a ilustração.
O Programa de Despoluição da Baía de Guanabara – PDBG – foi concebido para melhorar as condições sanitárias e
ambientais da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Verifique a distribuição, a situação e as fases de operação das
Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) do PDBG.

Considerando essas informações, é correto afirmar:


(A) A área mais atendida em relação à mitigação da poluição encontra-se no sudeste da Baía de Guanabara, pois possui
maior número de estações que atuam em todos os níveis de tratamento de esgoto.
(B) O tratamento do esgoto objetiva a diminuição da poluição das águas, poluição essa causada pela introdução de
substâncias artificiais ou pelo aumento da concentração de substâncias naturais no ambiente aquático existente.
(C) A Baía de Guanabara encontra-se ainda poluída, em razão de as ETEs existentes reciclarem apenas o lodo proveniente
dos dejetos, sendo os materiais do nível primário despejados sem tratamento no mar.
(D) A elevada concentração de resíduos sólidos despejados na Baía de Guanabara, tais como plásticos, latas e óleos, acaba
por provocar intensa eutrofização das águas, aumentando a taxa de oxigênio dissolvido na água.
(E) O tratamento de esgoto existente concentra-se na eliminação dos fungos lançados no mar, principalmente aqueles
gerados pelos dejetos de origem industrial.

51. Observe as palavras de Gerry Adams:


Todas as unidades do IRA receberam ordens de depor as armas. Todos os voluntários foram instruídos a assistir aos
desenvolvimentos dos programas puramente políticos e democráticos por meios exclusivamente pacíficos. Os voluntários
não devem se engajar em nenhuma outra atividade de qualquer tipo.A liderança do IRA também autorizou nosso
representante(...) para completar o processo para depor suas armas de forma confiável de modo a aumentar a confiança
pública e para concluir esse processo o mais rápido possível. (Planeta Porto Alegre, 2005).
Sobre o assunto em questão, está correto afirmar:
(A) O IRA, mencionado no texto, é um grupo protestante extremista que defende a soberania britânica sobre a ilha da Irlanda.
(B) A questão irlandesa envolve um conflito religioso entre cristãos e muçulmanos sobre a soberania da ilha.
(C) O Eire reivindica a porção norte da Irlanda para juntar-se ao seu Reino.
(D) Gerry Adams lidera um partido que defende a unificação da Irlanda sob um regime republicano.
(E) A deposição de armas do grupo protestante do IRA abriu um novo capítulo que permite, a partir de agora, a unificação
da ilha.

52. As nascentes do rio Jordão se localizam no encontro de fronteiras entre Israel, Síria e Líbano. O Jordão flui em direção
ao sul, passando pelo lago Tiberíades e desaguando no Mar Morto. Em relação aos recursos hídricos dessa região, é
INCORRETO afirmar que
(A) o projeto hídrico de Israel e a oposição da Síria a esse projeto foi um dos motivos da Guerra dos Seis Dias.
(B) as nascentes do Jordão situam-se nas Colinas de Golã, que foram ocupadas por Israel durante a Guerra dos Seis Dias,
perdurando essa ocupação até hoje.
(C) uma parcela maior dos recursos hídricos do rio Jordão era reivindicada pelo Estado Palestino e pela Jordânia.
(D) o aqüífero pouco volumoso da planície costeira ocidental do território israelense contrasta com o volumoso lençol
subterrâneo do platô central, situado no território da Cisjordânia.
(E) as águas do rio Jordão, no trecho em que ele corta o norte da península do Sinai, foram objeto de disputa entre Israel e
Egito, a qual teve fim com o acordo de Camp David.
53. Sobre a Região Balcânica, é correto afirmar:
I. caracteriza os problemas de ordem étnico-territorial na Europa dos Bálcãs, que refletem as seculares disputas numa
região dominada pelos sérvios, no último século;
II. representa o conflito entre as identidades nacionais na Europa, reforçado pelo desmonte dos Estados socialistas no Leste
europeu, na última década do século XX;
III. exemplifica a causa típica dos conflitos que assolaram os Bálcãs, principalmente após a Guerra Fria, quando os sérvios
espalhados por outros territórios da antiga Iugoslávia lutavam pela manutenção da sua hegemonia na região.
Das afirmações acima, está(ão) correta(s):
(A) apenas a I.
(B)apenas a II.
(C) apenas a III.
(D) apenas a I e II.
(E) as afirmativas I, II e III.

54. (...) a intensidade do processo de globalização provoca graves efeitos desestabilizadores, criando um terreno fértil para
a fragmentação social e territorial. Uma globalização que aprofunda as desigualdades sociais, nacionais e regionais e gera
um fenômeno brutal de exclusão, tem produzido reações como o nacionalismo tribal, o separatismo e conflitos violentos, que
estão marcando o fim do século. São os fatores ‘disfuncionais’, destrutivos e regressivos que constituem perigosos ‘efeitos
colaterais’ da globalização da economia.”
(Adaptado de VIZENTINI, Paulo Fagundes in http://educaterra.terra.com.br/vizentini)
Sobre o processo descrito no texto, é correto afirmar que:
(A) mesmo com a integração em curso o continente europeu ainda vive manifestações separatistas, como ocorre na Bélgica,
com a rivalidade entre Flandres e Valônia.
(B) é possível associar o sentimento nacionalista aos integrantes do IRA (Exército Republicano Irlandês), o que impede
qualquer acordo de paz com os britânicos.
(C) as disputas regionais na Espanha foram definitivamente resolvidas pelos acordos assinados, durante o ano de 2007, por
galegos, bascos e catalães.
(D) na América, uma das mais importantes manifestações separatistas ocorre no Canadá, onde os moradores de Quebec
buscam autonomia cultural ante o domínio francês.
(E) mesmo com um governo de origem indígena, a Bolívia não consegue superar as disputas entre os nativos e os criollos,
como atesta o movimento separatista andino.

55. “(...) os EUA continuam a ser o pais que mais atrai imigrantes no mundo, devido à pujança de sua economia, às suas
amplas fronteiras, à pobreza reinante a partir de sua fronteira com o México e à proximidade com o Caribe (...). Assim, muitos
imigrantes preferem viver em condições ilegais nos Estados Unidos, pois sabem que ganharão mais do que em seus países
de origem, mesmo quando estes atravessam boa fase econômica, como o caso do Mexico nos últimos anos.”
(BRANCO, M. S. “Integrar ou reprimir?”. In.: Revista Discutindo Geografia. Ano 3, n°15, 2007).FONTE: Revista Discutindo
Geografia, ano 03, no15, 2007.
O texto e a charge retratam a atual situação da questão migratória nos EUA. Após os atentados terroristas de 11 de setembro
de 2001, o governo estadunidense assumiu postura mais radical em relação à entrada de imigrantes ilegais. Entre as
iniciativas repressivas, podemos destacar:
(A) A homologação, pelo presidente George W. Bush, da legislação que determina a construção de um muro na fronteira
entre os EUA e o México.
(B) A assinatura do tratado que proíbe a entrada de qualquer mexicano nos EUA, exceto para os que pretendem estudar nas
universidades estadunidenses.
(C) A criação de uma força policial constituída pelo governo dos EUA específica para atuar nos países da América Central,
sobretudo no México, Costa Rica, Nicarágua e Panamá (diminuindo assim a soberania dos países vizinhos).
(D) Em 1990, no governo George Bush, foi promulgada a mais nova lei de imigração (o Immigration Act) que acaba com a
concessão do visto de entrada e residência no país (o green card) criado em 1965.
(E) Os EUA passaram a conceder somente visto permanente para os latino-americanos que possuam, no mínimo, o terceiro
grau completo e tenham algum parentesco com um cidadão estadunidense.

56.Leia o texto:
... a existência de país supõe um território. Mas a existência de uma nação nem sempre é acompanhada da posse de um
território e nem sempre supõe a existência de um Estado.Pode-se falar, portanto, de territorialidade sem Estado, mas é
praticamente impossível nos referirmos a um Estado sem território. (Milton Santos, O Brasil, 2000)
Das palavras de Milton Santos, podemos deduzir:
(A) Nação, Estado e território são categorias excludentes.
(B) Não existe nação sem Estado.
(C) A categoria território é imprescindível à existência de um Estado.
(D) As fronteiras delimitam os territórios, mas não os Estados.
(E) Um Estado é sempre composto por uma única nação.

Página 103 de 119


57.Assinale a alternativa que reflete as condições sul-africanas:
(A) Com o fim do apartheid vários países europeus romperam relações com a África do Sul, o que provocou uma forte crise
econômica.
(B) A ascensão de novos países emergentes como a Nigéria tem provocado problemas sociais e econômicos à África do Sul.
(C) Após um “boom” de crescimento pós-apartheid, a África do Sul tem apresentado vários problemas que se refletem na
sociedade local.
(D) O fraco crescimento econômico do país é um obstáculo à absorção dos negros no mercado de trabalho.
(E) O fim da política do apartheid não conseguiu ainda promover de forma significativa a inclusão dos negros na economia.

58. O perfil racial da Fundação Unipalmares é único na América do Sul e há poucas como ela no mundo. O projeto excita e
atrai muita gente, como Jairo Abud, professor titular da Fundação Getúlio Vargas, que se apresentou à Unipalmares no início
de 2005. A diretora, acanhada, disse que não teria como pagá-lo. Ele respondeu: “Não estou perguntando quanto ou como
a senhora vai me pagar, estou dizendo que vou dar aula aqui”.Inevitável provocar a diretora sobre o tema da democracia
racial: “Minhas opiniões sobre isso se aprofundaram. Hoje eu posso falar a partir de um conhecimento empírico. Eu
discordava da democracia racial de Gilberto Freyre, sacava as dificuldades do negro. A importância disto aqui é que nossos
alunos têm uma melhoria macro: observo mudanças no modo de eles falarem, de se comportar, a postura, as roupas, o
padrão de consumo. Eles começam a ler e selecionar o que lêem. Não importa o que aconteça daqui pra frente, nós já
conseguimos fazer nosso aluno entender que aqui ele pode, e alguém da família dele pode também. Olha, estou vivendo a
democracia racial pela primeira vez”.
(ZIBORDI, 2007, p. 8).
A questão racial no Brasil tem suas origens históricas na escravidão e na situação do negro após a Abolição. Ações políticas,
como a da Unipalmares, representam, no contexto da sociedade brasileira,
(A) uma comprovação da existência da democracia racial no país, fruto da miscigenação étnica que deu origem ao povo
brasileiro.
(B) uma política de ação afirmativa, que, através de mecanismos compensatórios, busca corrigir uma injustiça social no país.
(C) o reforço do preconceito racial, pois prova a incapacidade intelectual dos negros para ingressarem na universidade sem
mecanismos facilitadores.
(D) a tese de que a diferenciação ocorre por critérios sociais e não de cor, na medida em que não existem manifestações de
racismo na sociedade brasileira.
(E) um retrocesso, ao permitir o ingresso na universidade de pessoas desqualificadas, utilizando-se apenas do critério racial
e nenhum mecanismo de aferição de conhecimento.

59. A partilha do continente africano no final do século XIX pelos colonizadores europeus criou as chamadas fronteiras
artificiais. Grande parte destas fronteiras foi mantida após o processo de independência dos países africanos. Com base
nesse contexto e nos conhecimentos sobre o assunto, é INCORRETO afirmar o que se segue.
(A) A definição de fronteiras artificiais refere-se ao fato de que diversas nações e grupos étnicos, muitos deles rivais, foram
colocados dentro de um mesmo território colonial, não respeitando as suas diferenças.
(B) Com o processo de descolonização da África e a manutenção das fronteiras artificiais, intensificaram-se os conflitos pela
disputa de poder entre as etnias sobre o território.
(C) Dentro dessas fronteiras artificiais, no período entre as Grandes Guerras Mundiais, os Estados Unidos e a União
Soviética, interessados em aumentar sua influência no continente africano, financiaram e estimularam os conflitos.
(D) Além das fronteiras artificiais, outros fatores que têm motivado os conflitos dentro do território africano são os de ordem
sócio-econômica (pobreza e epidemias) e ambiental (desertificação e estresse hídrico).

60. Localizado no sudoeste do continente asiático, o Oriente Médio é um território limitado pelos mares Negro, Mediterrâneo
e Vermelho, pelo Golfo Pérsico e pelo Mar Arábico, no Oceano Índico. Em termos geopolíticos é considerado como um barril
de pólvora devido ao complexo e explosivo clima político, fundamentado por princípios religiosos que orientam permanentes
conflitos. Sobre o território em questão, assinale o INCORRETO.
(A) Nele se concentra a maior riqueza do continente asiático. Localizados no Golfo Pérsico, os seus lençóis petrolíferos são
considerados os maiores do globo terrestre.
(B) A Faixa de Gaza e a Cisjordânia constituem as principais áreas de conflitos entre árabes e judeus, palcos de sangrentas
manifestações travadas entre radicais islâmicos, bem como, de radicas israelitas que não desejam a formação de um
estado palestino.
(C) O fundamentalismo islâmico, cujo ideário é a revogação dos costumes modernos e a aplicação da lei corânica à vida
cotidiana, bem como, uma rejeição completa ao mundo moderno, galgaram o cenário político do Oriente Médio, a partir
da Revolução Xiita iraniana, em 1979.
(D) Com exceção do Líbano, onde a maioria da população segue o judaísmo, os demais países do Oriente Médio professam
o islamismo como religião.
61.Considerando-se os reflexos das migrações internacionais na organização do espaço mundial, é incorreto afirmar que, na
atualidade, há
(A) um aumento de ações decorrentes da xenofobia que caracteriza parcela da população dos países receptores de
imigrantes
(B) um crescimento do contingente de imigrantes ilegais, o que tem favorecido a criação de leis que dificultam e criminalizam
a presença deles nos países receptores
(C) uma plena integração cultural e socioeconômica, no país receptor, das gerações posteriores de imigrantes, tornadas
cidadãos nacionais.
(D) uma tendência à mudança do perfil étnico, nos países receptores, em razão do número de imigrantes recebidos e de seu
comportamento demográfico diferenciado.

62. Em 1947,a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou um plano de partilha da Palestina que previa a criação de
dois Estados um judeu e outro palestino. A recusa árabe em aceitar a decisão conduziu ao primeiro conflito entre Israel e
países árabes. A segunda guerra (Suez, 1956) decorreu da decisão egípcia de nacionalizar o canal, ato que atingia interesses
anglo-franceses e israelenses. Vitorioso, Israel passou a controlar a Península do Sinal. O terceiro conflito árabe-israelense
(1967) ficou conhecido como Guerra dos Seis Dias, tal a rapidez da vitória de Israel. Em 6 de outubro de 1973,quando os
judeus comemoravam o Yom Kippur (Dia do Perdão), forças egípcias e sírias atacaram de surpresa Israel,que revidou de
forma arrasadora. A intervenção americano-soviética impôs o cessar-fogo, concluído em 22 de outubro.
A partir do texto acima, indique a opção correta.
(A) A primeira guerra árabe-israelense foi determinada pela ação bélica de tradicionais potências européias no Oriente Médio.
(B) Na segunda metade dos anos 1960, quando explodiu a terceira guerra árabe-israelense, Israel obteve rápida vitória
(C) A guerra do Yom Kippur ocorreu no momento em que, a partir de decisão da ONU, foi oficialmente instalado o Estado de
Israel.
(D) A ação dos governos de Washington e de Moscou foi decisiva para o cessar-fogo que pôs fim ao primeiro conflito árabe-
israelense.
(E) Apesar das sucessivas vitórias militares,Israel mantém suas dimensões territoriais tal como estabelecido pela resolução
de 1947 aprovada pela ONU.

63. "Tropas da República da Geórgia e da Rússia iniciaram nesta sexta (08/08/2008) um conflito armado, numa disputa pela
Ossétia do Sul.A região vive em conflito desde o fim da amiga União Soviética, em 1991. A Ossétia do Sul pertence à Geórgia,
mas tem um governo autônomo e luta pela independência com o apoio da Rússia"
Disponível em <http//jornalnacional.globocorn/ Telejornais/J N/o"M UL717 429-10406,oo-G EORG IME +RUSSIA+
INICIAM+CONFLlTO+ARMADO.html>. Acesso em 8 ago. 2008.
O conflito que inquieta as grandes potências e atraiu a atenção mundial em pleno período da Olimpíada 2008 explica-se a
partir
(A) da emergência das tensões étnico-nacionalistas que se mantiveram submersas diante do conflito leste-oeste, mas que
proliferaram em todo o mundo com o fim da Guerra Fria e da bipolaridade
(B) da emergência do novo terrorismo global, que se mune de todo arsenal financeiro e tecnológico além de contar com a
ajuda de Estados Nacionais que dão apoio militar a grupos terroristas.
(C) da internacionalização das guerrilhas que se beneficiam do desenvolvimento dos meios de comunicação e têm no
narcotráfico a principal fonte de financiamento para combater Estados Nacionais constituídos.
(D) do ranço da Guerra Fria, no qual Estados Unidos e Rússia tomam partidos opostos e não só apelam, mas até estimulam
alguns conflitos com a finalidade de desenvolverem suas indústrias bélicas com a venda de armamentos.
(E) do surgimento do mais novo tipo de tensão mundial, que é tipicamente cultural, no qual algumas etnias se opõem ao
avanço da globalização e lutam para preservar sua identidade, religião e costumes.

64. Sobre o significado e os desdobramentos dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, estão corretas as
afirmações a seguir, à exceção de
(A) Os ataques terroristas provocaram mudanças no cotidiano da população norte-americana, como o crescimento da
vigilância e restrições à liberdade e à privacidade dos cidadãos.
(B) A partir do atentado, o governo Bush introduziu na política externa americana o princípio da "guerra preventiva'; segundo
o qual os Estados Unidos têm o direito de atacar países que possam representar uma ameaça política futura.
(C) A reação do governo norte-americano aos atentados aumentou a tensão nas relações internacionais entre aliados
importantes dos Estados Unidos, como a Alemanha e a França, que demonstraram algum descontentamento com a
política unilateral adotada pelo governo Bush.
(D) Devido aos avanços tecnológicos, ocorreu uma expressiva diminuição dos gastos militares e do número de vítimas, desde
então, em comparação com os tempos da Guerra Fria.
(E) Os ataques terroristas fizeram ressurgir a ideia de que os conflitos no século XXI seriam explicados pela existência de
um conflito entre dois modelos de civilização.

Página 105 de 119


65. O fenômeno dos “rios voadores”
“Rios voadores” são cursos de água atmosféricos, invisíveis, que
passam por cima de nossas cabeças transportando umidade e vapor de
água da bacia Amazônica para outras regiões do Brasil. A floresta
Amazônica funciona como uma bomba d’água. Ela “puxa” para dentro
do continente umidade evaporada do oceano Atlântico que, ao seguir
terra adentro, cai como chuva sobre a floresta. Pela ação da
evapotranspiração da floresta, as árvores e o solo devolvem a água da
chuva para a atmosfera na forma de vapor de água, que volta a cair
novamente como chuva mais adiante. O Projeto Rios Voadores busca
entender mais sobre a evapotranspiração da floresta Amazônica e a
importante contribuição da umidade gerada por ela no regime de chuva
do Brasil.

(www.riosvoadores.com.br. Adaptado)
A partir da leitura do texto e da observação do mapa, é correto afirmar que, no
Brasil,
(A) cada vez mais, a floresta é substituída por agricultura ou pastagem, procedimento que promove o desenvovimento
econômico, sem influenciar, significativmente, o clima na América do Sul.
(B) os recursos hídricos são abundantes e os regimes fluviais não serão alterados, apesar das mudanças climáticas que
ameaçam modificar o regime de chuvas na América do Sul.
(C) o atual desenvolvimento da Amazônia não afeta o sistema hidrológico, devido à aplicação de medidas rigorosas contra o
desmatamento e danos à biodiversidade da floresta.
(D) os mecanismos climatológicos devem ser considerados na avaliação dos riscos decorrentes de ações como o
desmatamento, as queimadas, a abertura de novas fronteiras agrícolas e a liberação dos gases do efeito estufa.
(E) a circulação atmosférica é dominada por massas de ar carregadas de umidade que, encontrando a barreira natural
formada pelos Andes, precipitam-se na encosta leste, alimentando as bacias hidrográficas do país.

66. Nos cadernos internacionais dos principais jornais, já se tornou rotina a leitura de notícias sobre a travessia, em barcos
toscos e frágeis, de africanos que tentam vencer o Mediterrâneo e chegar às terras europeias. Os que sobrevivem, em geral,
são presos e obrigados a fazer o caminho de volta. A Europa não quer mais imigrantes.
Refletindo sobre o conteúdo do texto, é correto afirmar que
(A) o ciclo migratório africano e mundial está em fase de esgotamento, pois a automação crescente das atividades
econômicas não prevê mão de obra pouco qualificada
(B) os acordos econômicos e diplomáticos entre os países de emigração e os de imigração têm sido postos em prática para
coibir a movimentação, sobretudo de homens jovens
(C) as propostas civilizatórias europeias destinadas aos imigrantes, em vigor durante todo o século XX, estão sendo abolidas
frente às crises econômicas.
(D) os países europeus, em processo de transição demográfica e em plena fase de 3ª Revolução Industrial, já não admitem
a entrada de imigrantes.
(E) a globalização neoliberal promove a livre circulação de capitais e mercadorias, mas fecha as fronteiras para a força de
trabalho.

67. Considerando-se os movimentos migratórios dos Estados Unidos da América do Norte, é incorreto afirmar que
(A) nenhum outro país do mundo recebeu tantos imigrantes quanto os Estados Unidos milhões desde o início do séc. XIX; o
primeiro ciclo imigratório foi estimulado pela colonização agrícola, seguido pela lei de terras e pela colonização privada
das terras do oeste e pela industrialização do Nordeste; na atualidade, os movimentos seguem pela expansão dos
empregos no comércio e nos serviços.
(B) no início do séc. XX, as maiores cidades norte-americanas, no nordeste e na costa leste, apresentavam mais da metade
de suas populações constituídas de estrangeiro ou filhos de estrangeiros. A hostilidade dos "primeiros imigrantes",
protestantes, contra os recém-chegados, muitos deles católicos ou judeus, manifestou-se sob a forma de discriminação
ativa.
(C) a imigração do pós-guerra contrasta com a dos ciclos imigratórios anteriores, pois os imigrantes atuais provêm,
essencialmente, da América Latina e da Ásia. Sendo os mexicanos o grupo de maior representação, rotulados de forma
generalizada como hispânicos, compõem o maior grupo nascido fora do país na atualidade.
(D) a maior parte da imigração mexicana é constituída por trabalhadores temporários (os braceros), que se empregam nas
colheitas das fazendas do sudoeste dos Estados Unidos. Mas a maioria dos imigrantes, hispânicos ou asiáticos, destina-
se ao comércio, aos serviços de baixa qualificação e à construção civil nas cidades.
(E) as leis de segregação, de um lado,e a expansão industrial, de outro, provocaram o prolongado movimento migratório de
negros do norte para as cidades do sudeste e do sudoeste. Do início de século passado até meados dos anos 70, mais
de meia dezena de milhões de negros engajaram-se na "Grande Migração", modificando o panorama demográfico dos
Estados Unidos.
68. As migrações são movimentos de grupos populacionais de um lugar para outro e possuem caráter variado em duração,
em distâncias percorridas e em objetivos dos migrantes. Com referência aos movimentos migratórios e imigratórios no Brasil,
é incorreto afirmar que:
(A) Nas décadas de 1960 e 1970, houve fluxos migratórios significativos de sulistas em direção ao Centro-Oeste e Norte do
país.
(B) O período mais intenso da imigração alemã ocorreu entre 1849 e 1872, instalando-se principalmente nos estados do RS
e SC.
(C) Os italianos formaram o grupo mais expressivo numericamente e destacaram-se nas plantações de café do SE e na
produção vinícola do RS.
(D) Na década de 1940, grandes contingentes populacionais se dirigiram do N para o NE, em busca de emprego nas áreas
urbanas do litoral nordestino.
(E) A lavoura de cana-de-açúcar na Região SE atraía, até a modernização desta cultura agrícola, o maior contingente de
trabalhadores temporários oriundos do NE brasileiro.

69. Desde meados do século XX, os Estados Unidos da América se tornaram a potência-líder do capitalismo internacional,
construindo um poder político e econômico que projetou o pais na busca da hegemonia mundial. A expansão do modelo
norte-americano tem contado com uma série de fatores que lhe garantiram sucesso, em um processo bastante complexo,
produzindo problemáticas que não cessam de criar desdobramentos.
A esse respeito, marque a opção falsa,
(A) O desmantelamento do poderio soviético, no final do século XX, permitiu uma ampliação acelerada do papel de
superpotência desempenhado pelos Estados Unidos em escala mundial, com repercussões no âmbito político e no
âmbito econômico,
(B) A partir do governo do presidente George W. Bush, iniciado em 2001, a democracia norte-americana se tornou mais
sólida e eficiente, privilegiando o igualitarismo e a liberdade de opinião dos americanos, assim como dos imigrantes.
(C) A despeito da maciça aprovação popular norte-americana conseguida pelo governo do presidente George W. Bush após
os atentados de 11 de setembro de 2001, atualmente, depois das guerras do Afeganistão e do Iraque e da descoberta
de prisões secretas onde a prática da tortura é comum, a popularidade do presidente caiu e as criticas à sua política
antiterrorista vêm se tornando correntes.
(D) A participação dos Estados Unidos como o país mais poluidor do planeta, responsável pela maior parcela das emissões
históricas de gases de efeito estufa. É crucial em qualquer estratégia de encaminhamento da questão das mudanças
climáticas globais.

70. Os quadrinhos ironizam a bipolaridade característica da Guerra Fria, ordem de poder mundial que marcou a maior parte
da segunda metade do século XX.

A crítica central do texto recai sobre a seguinte característica desse contexto geopolítico
(A)formação de blocos militares, que deu origem a política do "Big Stick".
(B)corrida armamentista, que gerou a doutrina da – Destruição Mútua Assegurada".
(C)conflitos bélicos diretos entre EUA e URSS, que estabeleceram o - Equilíbrio do Terror".
(D)confrontos regionais manipulados pelas superpotências, que resultaram na “Détente”.

Página 107 de 119


71. O Oriente Médio é, historicamente, zona de tensões entre povos, nações e países. Em 2006, ocorreram conflitos armados
nas fronteiras de Israel, Palestina e Líbano. Envolvendo exército e grupos armados.
Sobre os conflitos, analise as afirmações seguintes.
I. O grupo Hamas, acusado por Israel pela morte e sequestro de soldados na região da Faixa de Gaza, é um movimento
que luta pela formação do Estado Independente da Palestina e se opõe à existência do Estado de Israel.
II. O grupo Hezbollah luta pela desocupação israelense nos territórios de Gaza e Golã e pela demarcação de Jerusalém
como território independente, devido à sua importância religiosa para católicos, judeus e muçulmanos.
III. Além dos conflitos de ordem histórica, religiosa e política, a região apresenta tensões decorrentes da escassez de
recursos hídricos, como o interesse no contrate das nascentes do rio Jordão.
IV. Uma das zonas de tensão é a fronteira do Líbano, onde se encontram as nascentes do rio Jordão, área estratégica para
o acesso e controle da água doce disponível na região.
Estão corretas as afirmações:
(A) I e III, apenas.
(B) III e IV, apenas.
(C) I e IV, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III, apenas.

72. A doença que Mafalda se refere, na charge abaixo, está relacionada aos intensos conflitos mundiais entre os Estados
Nacionais que vêm se tornando cada vez mais comuns no atual cenário internacional. Identifique a opção que explica o
conflito que deu origem ao último Estado membro da ONU.

(A) Em agosto de 2008, o movimento nacionalista do Tibete voltou a protestar contra o domínio da China sobre a região. Os
primeiros protestos surgiram logo após a prisão de monges tibetanos que organizaram uma passeata para marcar os
49 anos do grande levante contra o governo chinês. Em seguida, milhares de pessoas também foram às ruas,
reivindicando a independência.
(B) A guerra entre a Rússia e a Geórgia, em agosto de 2008, ocorreu em função do projeto separatista da Ossétia do Sul e
da Abkházia, mas está relacionada a problemas que datam da dissolução da União Soviética. Antes do colapso do
regime socialista, a região da Ossétia do Sul havia declarado autonomia em relação à República Socialista Soviética da
Geórgia, aproximando-se da Rússia, que dominava a União Soviética. Com a dissolução da URSS, em 1991, a Geórgia
tornou-se uma república independente. A Ossétia do Sul procurou seguir pelo mesmo caminho, proclamando sua
independência em relação à Geórgia.
(C) Na passagem de 2008 para 2009 as Forças de Defesa de Israel iniciaram uma ofensiva contra a faixa de Gaza, território
palestino dominado pelo grupo radical islâmico Hamas. O objetivo da operação era eliminar a capacidade do Hamas de
atacar as cidades israelenses próximas à fronteira.
(D) O povo basco está distribuído no nordeste da Espanha e sudoeste da França. Essa etnia luta pela independência política
e territorial há pelo menos 40 anos. Os bascos correspondem a um grupo social de origem não identificada e que
provavelmente teria chegado à península Ibérica há 2000 anos. Em todo esse tempo, as nações que estão subordinadas
preservaram seus principais elementos culturais.
(E) Em fevereiro de 2011, a população no Sudão, foi às urnas para definir, em referendo, a separação e emancipação da
região na porção meridional do país. Com a aprovação de esmagadores 98,8% dos votantes, surgiu o até então mais
novo país: o Sudão do Sul, tendo como capital a cidade de Juba.

73. O conceito de meio técnico-científico-informacional é um dos grandes legados do pensamento do geógrafo Milton Santos,
que pode ser entendido como
(A) a desvinculação do espaço e dos processos históricos na leitura do modo de produção capitalista.
(B) o período que se inicia a partir da revolução industrial com a profunda transformação no modo de produção.
(C) a independência da técnica e das pesquisas científicas nos processos produtivos capitalistas.
(D) o papel dos comércios informais no desenvolvimento dos países de economias emergentes, em especial a do Brasil.
(E) a incorporação da ciência e da técnica e o aprofundamento do papel da comunicação nos sistemas produtivos.
74. O espaço geográfico é produto, reflexo, meio e condição de reprodução social. Nessa perspectiva, as formas espaciais
criadas pelo trabalho humano:
I. asseguram a reprodução das condições de produção e das relações sociais de produção.
II. funcionam como palco para as atividades humanas que nelas se encaixam e se realizam.
III. refletem cada momento da história humana de desenvolver a produção e, consequentemente, produzir o espaço.
IV. resultam do trabalho individual do homem e funcionam de maneira desarticulada na conjuntura total do espaço.
V. interferem e garantem a realização das relações sociais, mediando, assim, o funcionamento total da sociedade.

Estão corretas:
(A) I, II e III.
(B) I, III e IV.
(C) I, III e V.
(D) I, II e IV.
(E) II, IV e V.

75. O continente africano se inseriu na economia-mundo como espaço derivado das forças econômicas hegemônicas,
primeiramente, como fornecedor de mão-de-obra cativa e, posteriormente, assumindo funções complementares para as
economias capitalistas desenvolvidas. Esse papel na divisão territorial internacional do trabalho deixou marcas na sua
configuração territorial que persistem como rugosidades socioespaciais até o presente. Sobre a colonização europeia, os
seus impactos e as marcas deixadas no espaço africano, pode-se afirmar que:
(A) A colonização europeia se fez preservando os limites territoriais pré-existentes e que separavam as diversas sociedades
e etnias do continente. Por isso, os espaços nacionais africanos atuais refletem às territorialidades étnicas ancestrais à
chegada dos colonizadores.
(B) A colonização europeia deixou como legado espacial uma intricada, densa e extensa rede de transportes, que vem sendo
utilizada para promover a integração continental em blocos econômicos e, assim, facilitar as trocas entre os países do
continente.
(C) O modelo de colonização europeu permitiu um contínuo processo de acumulação interno de capitais, o que gerou muitas
iniciativas de industrialização e permitiu experiências endógenas internas de desenvolvimento econômico no continente.
(D) A colonização europeia conservou as formas africanas coletivas de apropriação e uso dos solos para a produção agrícola,
logo, as fomes endêmica e epidêmica resultam das contradições internas e exclusivas do continente e já existiam antes
da chegada do colonizador.
(E) As configurações territoriais dos países africanos refletem o padrão das fronteiras estabelecidas pelo colonizador europeu,
que não respeitou as diferenças culturais e sociais africanas, o que explica muitos dos conflitos étnicos vivenciados pelo
continente.

76. Em geral, os enfoques tradicionais sobre a organização do território, dominados pela corrente neoclássica economicista,
não se preocupam com a busca da explicação dos fenômenos territoriais, ocultando a verdadeira natureza da questão
territorial, cuja explicação deve apoiar-se no conhecimento real do sistema social vigente, cujas leis devem ser decifradas a
partir de um corpo teórico crítico que não negue as contradições do sistema capitalista. Nesta perspectiva a problemática
espacial deve ser apreendida como derivação da totalidade, já que cada lugar é parte de um todo.”
(Adaptado de: BERNARDES, Júlia Adão. Mudança técnica e espaço: uma proposta de investigação. Em: CASTRO, Iná Elias
de; et all (Org). Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2012.)

Considerando os pressupostos subjacentes ao tipo de nálise do espaço sugerido no texto acima, analise as afirmativas a
seguir.
I. Os conflitos constituem o elemento dinamizador da totalidade social.
II. A construção do espaço é, na aparência, um fato social e, na essência, um fato técnico.
III. O espaço é o instrumento material manipulado pelos grupos dominantes para manter sua posição de classe.

Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Página 109 de 119


77. A teoria que sustenta que a fonte fundamental de conflitos no mundo novo não será principalmente ideológica ou
econômica, mas que as grandes divisões entre a humanidade e a fonte dominante de conflitos será cultural, é:
(A) o fim da história.
(B) o choque das civilizações.
(C) a globalização econômica.
(D) o consenso de Washington.
(E) a desterritorialização cultural.

78. Populações têm propriedades que os tornam muito dinâmico no ecossistema, tais como: padrões de crescimento, os
padrões de mortalidade, densidade, estrutura etária (idade) e distribuição espacial. Selecione a opção que corresponde à
relação correta entre colunas.

(A) 1c, 2a, 3d, 4b.


(B) 1b, 2d, 3a, 4c.
(C) 1d, 2c, 3b, 4a.
(D) 1a, 2b, 3c, 4d.
(E) 1a, 4b, 3c, 2d.

79.Sobre a produção do espaço geográfico urbano sob o capitalismo, as estrofes


da canção ao lado se referem à
(A) periferização da força de trabalho manual, cujo salário inviabiliza viver em espaços
valorizados pela lógica mercadológica que preside a produção do espaço
geográfico urbano.
(B) ação do Estado, como indutor da especulação imobiliária, que exclui o trabalhador
do acesso à moradia digna e, por isso, obriga-o a viver em favelas nas periferias
do espaço geográfico urbano.
(C) incorporação imobiliária dos arrabaldes das cidades e a consequente substituição
das atividades rurais pelas urbanas nessas áreas.
(D) lógica social da produção do espaço geográfico urbano que surgiu com a
industrialização e leva à prevalência das trocas, da compra e da venda, da
mercadoria e do dinheiro sobre o direito do trabalhador usufruir dos resultados do
fruto do seu trabalho, inclusive das formas geográficas que ele produz.
(E) expansão territorial do espaço geográfico urbano, promovida pela implantação de
loteamos nas periferias.
80. O Espaço geográfico resulta das relações entre a sociedade e a natureza mediadas pelo trabalho social. Essas relações
são historicamente determinadas e, portanto, diferem-se no tempo, nas diversas culturas e atendem aos objetivos de cada
modelo de sociedade. Com base no exposto, observe e analise as figuras abaixo, marque (V) para as alternativas verdadeiras
e (F) para as falsas e, em seguida, assinala a sequência correta das respostas.

A sequência correta é:
(A) V F V F V.
(B) F V F V F.
(C) V V F F V.
(D) F V V V F.
(E) F V V F F.

81. Milton Santos, em sua obra Pensando o Espaço do Homem, analisa o “período técnico científico e a universalização da
sociedade”. Com relação a essa análise, analise as afirmativas a seguir.
I. A técnica é um objeto de elaboração científica sofisticada e a tecnologia e mass-media estão entre os pilares do atual
período tecnológico.
II. O Estado torna-se internacionalizado por suas funções externas e internas, e para assegurar as condições do crescimento
econômico ao nível mundial.
III. Os mecanismos de dominação são sistematicamente elaborados e os países subdesenvolvidos assistem à utilização
intensiva da sua força de trabalho.

Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Página 111 de 119


82. No que tange à lógica instrumental da acumulação, criam-se condições para a internacionalização da economia em um
mercado unificado, e um espaço de fluxos financeiros, mercantis e informacionais tende a superar os Estados e as fronteiras,
delineando uma nova divisão territorial do trabalho e uma nova geopolítica.”
(BECKER, Bertha. A geopolítica na virada do milênio: logística e desenvolvimento sustentável. CASTRO, Iná Elias de; et all.
(Org..). Geografia: Conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2012.)

Em relação à dimensão política do espaço, Berta Becker afirma que a globalização significa
(A) aumento da distensão.
(B) incentivo à inovação tecnológica.
(C) aumento da homogeneização.
(D) reforço das barreiras.
(E) valorização da diferença.

83. A paisagem é tudo que vemos, é tudo que a visão alcança a partir da posição
em que o observador se encontra. Ela é formada não apenas por volumes, mas
também de cores, movimentos, adores, sons etc. A sua leitura e interpretação
revela as características da sociedade que a elabora. Assim sendo, sobre a
paisagem urbana, a estrofe da canção ao lado revela

I. a opressão da população pobre da periferia, que enfrenta a precariedade do acesso aos serviços essenciais e à moradia
e está exposta à violência e ao controle dos aparelhos de segurança do Estado.
II. as constantes mudanças estruturais na composição da paisagem urbana, mudanças essas impostas pelos interesses do
capital imobiliário, que são os comandantes da construção/reconstrução do espaço urbano.
III. a atuação dos movimentos sociais urbanos em prol da construção de uma cidade mais plural, inclusiva e que atenda as
demandas de moradia e lazer de todos os cidadãos.
IV. a poluição do ar gerada pela concentração industrial e pelo uso de meios de transportes particulares movidos por
combustíveis de origem fóssil e que se revela nos tons de cinza que cobrem os grandes centros urbanos industriais.
V. as constantes mudanças de alocação das atividades econômicas que se reproduzem no espaço urbano e que ditam as
suas mudanças funcionais.

Estão corretas:
(A) I, II e III.
(B) I, II e IV.
(C) II, III e IV.
(D) II, III, IV e V.
(E) I, II, III e V.

84. A imagem piramidal e hierárquica tradicionalmente associada ao território, na qual os efeitos de proximidade têm
supremacia sobre os efeitos de interdependência a longa distância, é cada vez mais menos verdadeira. [...] O exemplo da
Amazônia é expressivo. A ligação direta e instantânea de certas localidades da Amazônia com os principais centros
econômicos do país tornou, em parte, desnecessária a _____ anteriormente realizada pelos degraus inferiores da _____.”
(Adaptado de Leila Christina Dias. Redes: emergência e organização. CASTRO, Iná Elias de; et all. (Org.). Geografia:
Conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2012.)
Assinale a opção que completa corretamente as lacunas do fragmento acima.
(A) Dominação - rede urbana.
(B) Proximidade - rede urbana.
(C) Função - centralidade urbana.
(D) Mediação - hierarquia urbana.
(E) Polarização - rede nacional de cidades.
85. Há dois lados na divisão internacional do trabalho [DIT]: um em que alguns países especializam-se em ganhar, e outro
em que se especializaram em perder. Nossa comarca do mundo, que hoje chamamos de América Latina, foi precoce:
especializou-se em perder desde os remotos tempos em que os europeus do Renascimento se abalançaram pelo mar e
fincaram os dentes em sua garganta. Passaram os séculos, e a América Latina aperfeiçoou suas funções. Este já não é o
reino das maravilhas, onde a realidade derrotava a fábula e a imaginação era humilhada pelos troféus das conquistas, as
jazidas de ouro e as montanhas de prata. Mas a região continua trabalhando como um serviçal. Continua existindo a serviço
de necessidades alheias, como fonte e reserva de petróleo e ferro, cobre e carne, frutas e café, matérias-primas e alimentos,
destinados aos países ricos que ganham, consumindo-os, muito mais do que a América Latina ganha produzindo-os.
Eduardo Galeano. As Veias Abertas da América Latina. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981. Adaptado.

Sobre a atual Divisão Internacional do Trabalho (DIT), no que diz respeito à mineração na América Latina, é correto afirmar:
(A) O México é o país com maior produção de carvão, cuja exportação é controlada por capital canadense. Para tal situação,
o padrão de dominação Norte/Sul na DIT, mencionado pelo autor, é praticado no mesmo continente.
(B) A Colômbia ocupa o primeiro lugar na produção mundial de manganês, por meio de empresas privatizadas nos dois
últimos governos bolivarianos, o que realça sua posição no cenário econômico internacional, rompendo a dominação
Norte/Sul.
(C) O Chile destaca-se pela extração de cobre, principalmente na sua porção centro-norte, que é, em parte, explorado por
empresas transnacionais, o que reitera o padrão da DIT mencionado pelo autor.
(D) A Bolívia destaca-se como um dos maiores produtores de ferro da América Latina, e, recentemente, o controle de sua
produção passou a ser feito por Conselhos Indígenas. Essa autonomia do País permitiu o rompimento da dominação
estadunidense.
(E) O Uruguai é o principal produtor mundial de prata, e o controle de sua extração é feito por empresas transnacionais.
Nesse caso, mantém-se o padrão da inserção do país na DIT mencionada pelo autor.

86. Leia os textos e responda:


Texto I - Em visita a Israel, o candidato republicano Mitt Romney afirmou que Jerusalém é a capital do Estado judeu. A
declaração de Romney de que Jerusalém é a capital de Israel esta alinhada à afirmação feita pelos governos
israelenses, ainda que os Estados Unidos e outras nações tenham suas embaixadas em Tel Aviv.
http//www.valor.com.br/internacional
Texto II - Os palestinos acusaram o candidato republicano à presidência dos EUA, Mitt Romney, de minar as perspectivas
de paz, pois segundo o próprio chefe negociador palestino, Saeb Erekat, não pode haver Estado palestino sem
Jerusalém Oriental.
(http//www.g1.globo.com/mundo/notícias/2012/07)
A ocupação de Jerusalém Oriental pelo exército de Israel e o domínio de toda a cidade pelos israelenses ocorreu:
(A) Durante a Guerra da Fundação de Israel, em 1949;
(B) Na Guerra de Suez, em 1956;
(C) Na Guerra dos 6 Dias, em 1967;
(D) Na Guerra do Golfo, em 1991;
(E) Depois de 11 de Setembro, em 2001.

87. A figura abaixo esquematiza as relações entre cidades em uma rede urbana no período técnico-científico-informacional
atual, correspondendo, portanto, a uma ilustração do modelo informacional de hierarquia urbana.
Sobre as relações entre cidades nesse modelo de rede urbana é correto afirmar que:
(A) A metrópole nacional comanda as relações entre as cidades da rede urbana
por dispor da maior concentração e diversidade de indústrias.
(B) As cidades locais, com papéis específicos, podem estar articuladas
diretamente com a metrópole nacional, sem que as relações dependam de
agentes localizados em cidades intermediárias, promovendo o chamado curto-
circuito da cidade próxima.
(C) A metrópole regional reforça e amplia o sua influência na rede urbana em
vista da montagem das modernas vias de transportes e da constituição dos
meios de informação em tempo real (internet e telefonia celular, por exemplo),
enfraquecendo a influência de metrópole nacional na área onde exerce essa
função.
(D) O centro regional atrai os agentes que desenvolvem atividades econômicas
específicas e modernas da cidade local e da vila localizadas em seu entorno,
reforçando o caráter escalonado entre as cidades nesse modelo de hierarquia
urbana.
(E) As vilas e cidades locais tecem as suas relações com a metrópole nacional em uma série de degraus ou etapas, que
correspondem ao centro local e à metrópole regional, evidenciando o padrão piramidal e militar desse modelo de
hierarquia urbana.

Página 113 de 119


88. No capitalismo, as relações campo-cidade se tornaram muito mais intensas e diversas porque atendem às
complementaridades e interações fundamentais para a reprodução do seu modelo de sociedade historicamente determinado.
Assim, nesse modo de produção
(A) a cidade suprimiu o campo, já que o segundo passou a funcionar para atender aos ditames da produção localizada na
segunda e apresenta pouca importância na dinâmica do funcionamento da economia geral.
(B) o campo continuou com a propriedade da terra e a produção agrícola como negócios de capitalistas rurais. Portanto,
mesmo com o avanço da urbanização sobre ele, manteve o comando sobre as suas principais atividades produtivas.
(C) o campo se transformou pela adoção de formas, técnicas e relações de produção urbanas, por exercer funções antes
consideradas como urbanas, por adotar o ritmo e os modos de vida urbanos, dai se falar em urbanização do campo,
para uns, ou da existência de um novo rural, para outros.
(D) o campo e a cidade se implodem, já que a urbanização completa do planeta desautoriza se considerar a existência de
ambos em uma sociedade urbana que se completou.
(E) a cidade invadiu o campo e a ele impôs as urbanidades, em contrapartida, o segundo não sobreviveu na primeira, dai a
inexistência das ruralidades na cidade, característica da atual sociedade de urbanização completa.

89. O processo de globalização neoliberal se afirmou com o fim da ordem geopolítica mundial bipolar, a emergência da
terceira revolução técnica e científica, a reestruturação do capitalismo, a expansão das políticas neoliberais, entre outros.
Sobre essa etapa histórica da humanidade é correto afirmar que:
(A) As técnicas de informação instantâneas e as normas neoliberais permitem transgredir os limites das fronteiras nacionais,
especialmente pelos monopólicos e oligopólios do capitalismo, notadamente o capital financeiro.
(B) O tempo e o espaço se comprimem, dada à instantaneidade da circulação de informações, possibilitada pela revolução
da informática, o que autoriza a se afirmar que a globalização é um fenômeno essencialmente técnico da história da
humanidade.
(C) A hegemonia planetária se desloca dos países capitalistas desenvolvidos, a exemplo dos EUA, para o continente asiático,
com a China, em função da pujança do seu crescimento econômico, assumindo o papel de líder em uma ordem
geopolítica mundial monopolar.
(D) O Estado se enfraqueceu para exercer o seu papel em atender aos reclamos das finanças e de outros grandes interesses
internacionais, fortalecendo, todavia, os seus cuidados com as populações cuja vida é mais difícil.
(E) O espaço geográfico mundial se homogeneíza, pela incorporação dos aparatos técnicos, científicos e informacionais do
período, transformando-se em meio técnico-científico-informacional, ao mesmo tempo em que a sua homogeneização
faz as regiões desaparecerem.

90. Os procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e


a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para
reaproveitamento ou para outra destinação final
ambientalmente adequada, são conhecidos como:

(A) Retorno de origem.


(B) Partilha de responsabilidade.
(C) Destino fonte.
(D) Logística reversa.
(E) Responsabilidade igualitária.

91. Mesmo passados mais de 120 anos da sanção da Lei Áurea, decisões de organismos governamentais, para atender às
demandas territoriais no país, são conflitantes e mesmo contraditórias, como no caso dos quilombos. Com relação ao trecho
acima, analise as afirmativas a seguir.
I. Há um deliberado “esquecimento” das comunidades e dos territórios derivados de antigos quilombos, sítio geográfico
estratégico onde se agrupavam pessoas de origem africana.
II. A situação dos quilombos contemporâneos, apesar das disposições constitucionais de 1988, tem sido tratada com ações
episódicas e fragmentárias.
III. Os quilombos são associados a algo do passado, como se não fizessem parte da vida nacional contemporânea.

Está correto o que se afirma em


(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) I e III, apenas
(D)II e III, apenas.
(E) I, II e III.
92. Com relação aos efeitos da difusão das redes de telecomunicações e da intensificação dos fluxos de informação na
dinâmica territorial brasileira, a partir da década de 1980, analise as afirmativas a seguir.
I. Alguns centros urbanos que extraíam sua força dos laços de proximidade geográfica foram marginalizados.
II. A comunicação entre parceiros econômicos por meio das novas redes foi acompanhada de seletividades espacial.
III. As diferentes regiões do país se tornaram mais homogêneas quanto ao seu conteúdo e às suas vantagens locacionais.

Assinale:
(A )se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II e III estiver correta.
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

93. A imagem abaixo retrata evento cerimonial em que a seleção irlandesa de rúgbi foi recebida pela rainha Elizabeth II e um
dos atletas da delegação recusou-se a cumprimentá-la.

Considerando os aspectos políticos, culturais e nacionais, o atleta que se recusou a estender a mão à rainha provavelmente
seja mais próximo de um:
(A) Católico republicano.
(B) Protestante monarquista.
(C) Católico unionista.
(D) Protestante unionista.
(E) Protestante separatista

94. Sobre o contexto geopolítico, apresentado na figura a seguir, é CORRETO afirmar que
(A) os Estados Unidos da América pretendem
reforçar o regime absolutista da Turquia, país
que está situado no limite entre a Europa e a
Ásia e vem enfrentando uma série de críticas do
MERCOSUL sobre a falta de respeito às
liberdades públicas.
(B) Israel, Arábia Saudita, Síria, Jordânia e Turquia
são países aliados militares dos Estados Unidos
e promovem, em conjunto, uma geopolítica de
enfrentamento ao território Curdo que briga pelo
uso das águas dos rios Tigre e Eufrates.
(C) os países, literalmente referidos na figura,
localizam-se no Oriente Médio e possuem
grande importância econômica e
geoestratégica. Essa região é de grande
interesse de potências mundiais, além de
apresentar, de forma geral, conflitos religiosos,
sociais e territoriais.
(D) Israel, Arábia Saudita, Síria, Jordânia e Turquia concentram parte das reservas mundiais de petróleo e também de gás
natural, razões pelas quais esses países de tradição islamita se unem politicamente contra os Estados Unidos.
(E) a Jordânia é o único país do Oriente Médio onde a água é foco de disputas e, até, de conflitos militares. Com o crescimento
econômico e a expansão da agricultura, esse país vem recebendo apoio incondicional dos Estados Unidos.

Página 115 de 119


95. "Quem deu a Israel o direito de negar todos os direitos?" Eduardo Galeano
"Desde 1948, os palestinos vivem condenados à humilhação perpétua. Não podem nem respirar sem permissão. Perderam
sua pátria, suas terras, sua água, sua liberdade, seu tudo. Nem sequer têm direito a eleger seus governantes. Quando votam
em quem não devem votar são castigados. Gaza está sendo castigada. Converteu-se em uma armadilha sem saída, desde
que o Hamas ganhou limpamente as eleições em 2006. Algo parecido havia ocorrido em 1932, quando o Partido Comunista
triunfou nas eleições de El Salvador. Banhados em sangue, os salvadorenhos expiaram sua má conduta e, desde então,
viveram submetidos a ditaduras militares. A democracia é um luxo que nem todos merecem."
Com base no fragmento do texto de Eduardo Galeano é correto afirmar que:
(A) Os Estados Unidos se consideram em estado de guerra com Israel e, desde 1948, não cessam de proclamar sua vontade
de lançar os israelitas no mar e de riscar seu Estado do mapa do Oriente Médio.
(B) O estado palestino, criado pelo Acordo de Oslo, em 1993, tem sua implantação fiscalizada pela ANP (Autoridade Nacional
Palestina), com a ajuda financeira dos Estados Unidos da América, da União Europeia e dos principais grupos
palestinos: o Fatah e o Hamas.
(C) Os conflitos entre israelenses e palestinos passam também pelo domínio das águas da bacia do rio Nilo.
(D) A Organização das Nações Unidas aprovou, em 1947, a divisão da Palestina, então administrada pelos britânicos, em
um estado árabe e outro judeu, possibilitando a criação de Israel, em 1948.
(E) Os grupos terroristas Judeus surgiram na década de 1980 objetivando combater o estado da Palestina e a implantação
de um estado de Israel islâmico.

96. “Palavras de ordem, símbolos, propaganda, atos públicos, vandalismo e violência são, atualmente, manifestações de
hostilidade frequentes contra estrangeiros na Europa. Os países onde mais intensamente têm ocorrido conflitos são
Alemanha, França, Inglaterra, Bélgica e Suíça.”
(MOREIRA, Igor e AURICCHIO, Elizabeth. Construindo o espaço mundial. 3.ª ed. São Paulo: Ática, 2007, p. 37. Adaptado.)
Sobre o fenômeno social enfocado pelo texto, é válido afirmar que se trata de conflitos:
(A) Civis e militares, relacionados às formas históricas de exploração dos países do chamado Terceiro Mundo.
(B) Ligados ao nacionalismo, ao racismo e à xenofobia, no contexto globalizado das grandes migrações internacionais.
(C) Entre imigrantes das diversas nacionalidades que invadem a Europa, atualmente, na disputa por empregos e por
melhores condições de vida.
(D) Culturais, principalmente causados pelo conflito armado entre países católicos e protestantes, mas também, sobretudo,
conflitos contra países islâmicos.
(E) Étnicos e sociais decorrentes das dificuldades de desenvolvimento de países europeus em continuar a sua
industrialização nos setores tecnológicos de ponta.

97. Leia a notícia abaixo. “França proíbe o uso do véu islâmico em locais públicos – Projeto de lei veta traje que cobre todo
o corpo e/ou deixa só olhos à mostra. A França está prestes a entrar para o grupo de países europeus que decidiu proibir o
uso do véu islâmico em locais públicos. A Câmara Baixa francesa aprovou, com 335 votos a favor e um contra, o projeto de
lei que proíbe o uso da burca (cobre todo o corpo e rosto) ou o niqab (deixa apenas os olhos à mostra). O texto foi aprovado
na última segunda-feira pelos deputados da maioria conservadora da União por Movimento Popular (UMP), sem a presença
dos socialistas, que já haviam alertado que não participariam da votação. O projeto segue para o voto no Senado em
setembro, onde se espera que passe facilmente. A medida conta com o apoio da população francesa, segundo pesquisas
divulgadas nas últimas semanas, mas atrai críticas do mundo muçulmano.
(http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/donna/19,206,2970825,Franca-proibe-o-uso-do-veu-islamico-em-locais-publicos.html)

Com base na notícia, analise as proposições abaixo.


I. Fica clara a influência da religião islâmica no Estado Francês, que se mostra preocupado em manter as especificidades
da cultura religiosa islâmica.
II. A medida de proibição que conta com apoio da população francesa está relacionada à democracia e ao ideal republicanos
que os franceses alimentam, construídos desde a Revolução Francesa, e que separou o Estado de quaisquer
manifestações de religiosidade.
III. Os franceses são antiterroristas e, por isso, querem impedir o crescimento do islamismo naquele país, pois para os
franceses um religioso islâmico é sempre um terrorista.
IV. Os franceses são contra o uso do véu em lugares públicos porque ele seria um símbolo da subserviência feminina.

Assinale a alternativa correta.


(A) Somente a afirmativa I é verdadeira.
(B) Somente a afirmativa II é verdadeira.
(C) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras.
(D) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras.
(E) Todas as afirmativas são verdadeiras.
98. “Alguns conflitos na Europa tiveram origem vários séculos atrás e relacionam-se ao processo de incorporação de
territórios e de grupos étnicos minoritários, como é o caso da dominação inglesa sobre os irlandeses e a espanhola sobre os
bascos”. (Lucci, Elian Alabi; Anselmo Lázaro Branco e Cláudio Mendonça. Território e sociedade no mundo globalizado:
Geografia Geral e do Brasil. Ensino Médio. São Paulo: Saraiva, 2005 p.390.)
Sobre o tema dos conflitos étnicos nacionais, assinale a alternativa correta:
(A) Os povos bascos são marcados pela luta por autonomia da região basca e pelo empreendimento separatista na Espanha,
com o objetivo de se criar um País Basco, que tomaria todo o território espanhol.
(B) A Irlanda do Norte é uma nação independente da Grã-Bretanha, com quem forma apenas uma integração territorial e
econômica.
(C) O grupo terrorista basco ETA, apesar de lutar pela criação do País Basco, não conta com o apoio da maioria basca e,
desde 2006, anunciou a deposição de suas armas.
(D) A luta da Irlanda do Norte por sua independência frente ao território britânico foi marcada por muitos conflitos e, ainda
hoje, não existe previsão de pacificação entre as duas partes, com a realização de atentados terroristas praticamente
todos os dias.

99. Com o colapso do socialismo real no Leste Europeu, um dos estados mais afetados foi a Iugoslávia que, ao longo da
década de 1990, foi desaparecendo aos poucos. Com o fim da federação iugoslava, surgiram vários pequenos estados que,
atualmente, fazem parte do mapa político europeu.
Assinale a alternativa que NÃO corresponde a um desses estados surgidos da ex-Iugoslávia.
(A) Eslovênia
(B) Bósnia
(C) Sérvia
(D) Lituânia
(E) Macedônia

100. Os 25 anos da Constituição brasileira, que se comemoram hoje, talvez contenham em si mesmos – pela mera menção
de sua durabilidade – o maior elogio ao texto atualmente em vigor.
Quando foi promulgada, em 5 de outubro de 1988, não faltaram advertências quanto aos riscos de inviabilidade que a nova
Carta projetava sobre os governos do futuro, dado seu detalhismo e sua prodigalidade ao acomodar demandas das mais
distintas corporações.
< www.folha.uol.com.br/opiniao >. Seção: Editorial – Constituição em vigor, 05 de outubro de 2013.
Assinale a alternativa que, dentre os diversos fatores, aquele que justifica a denominação “Constituição Cidadã” dada para a
atual Carta Magna do Brasil.
(A) As leis que previam a licença-maternidade e a demarcação de terras indígenas pelos estados e municípios.
(B) A multa de 50% no ato da demissão de um trabalhador e o direito à greve para os funcionários públicos e privados.
(C) O direito à titularidade da terra para as mulheres trabalhadoras rurais e o conceito restrito de família.
(D) A aprovação de leis a qual também contava com audiências públicas que preparavam emendas com a participação da
sociedade civil na busca dos próprios interesses.
(E) A transição entre o período da ditadura militar e a afirmação do regime democrático no País, marcada pela Constituição,
tendo total respaldo dos militares desde o movimento Diretas Já.

101. O grupo palestino Hamas disse que lutará até que Israel atenda suas exigências para um cessar fogo.” (BOWEN,
Jeremy. Cessar-fogo não deve pôr fim à guerra na Faixa de Gaza. BBCBrasil.com. Disponível em:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2009/01/09 0118_gazatregua_analise_fp.shtml.)
O texto do site da BBCBrasil.com trata dos conflitos armados entre palestinos e o Estado de Israel, que teve seu início
quando:
(A) Na Declaração de Balfour, em que foi concedido apoio britânico para a criação de uma pátria judaica na Palestina.
(B) A ONU, no ano de 1947, fez a divisão entre os territórios da Palestina e Israel. Ação que desencadeou um ataque da Liga
Árabe ao Estado de Israel.
(C) No movimento sionista, criado no séc. XIX, por Theodor Herzl, que tinha como propósito a formação de um estado judaico
com reconhecimento internacional da Palestina.
(D) Na assinatura dos Acordos de Camp David, pelos quais se estabelecia a concordância na negociação para a devolução
do Sinai ao Egito e a autonomia restrita aos palestinos que habitavam Gaza.
(E) Na Intifada e no Haganah.

Página 117 de 119


102. São objetivos do Plano Diretor – SP: promover melhor aproveitamento do solo nas proximidades do sistema estrutural
de transporte coletivo com aumento na densidade construtiva, demográfica, habitacional e de atividades urbanas;
incrementar a oferta de comércios, serviços e emprego em áreas pobres da periferia; ampliar a oferta de habitações de
interesse social nas proximidades do sistema estrutural de transporte coletivo.
Diário Oficial. Cidade de São Paulo, 01/08/2014. Adaptado.

É correto afirmar que tais medidas visam a


(A) inibir a verticalização em áreas próximas a vias de circulação e nas periferias.
(B) reduzir a densidade demográfica em áreas próximas ao sistema estrutural de transporte coletivo.
(C) estimular a aproximação espacial entre moradia, emprego e serviços na cidade.
(D) coibir a distribuição espacial do setor terciário em áreas pobres da periferia.
(E) restringir a concentração espacial de habitações de interesse social a áreas periféricas da cidade.

GABARITO - MODULO IV - TURMA MÁSTER - GECON - PROF. LUGÃO


001 002 003 004 005 006 007 008 009 010 011 012 013 014 015 016 017
D B E E A B D E A E A E A D B B B

018 019 020 021 022 023 024 025 026 027 028 029 030 031 032 033 034
E A D A B B E D C E E D C D C B A

035 036 037 038 039 040 041 0422 043 044 045 046 047 048 049 050 051
C A E B D A D E C B D E A C E B D

052 053 054 055 056 057 058 059 060 061 062 063 064 065 066 067 068
E E A A C E B B D C B A D D E E D

069 070 071 072 073 074 075 076 077 078 079 080 081 082 083 084 085
B B A A A A A D B A D A C E B D C

086 087 088 089 090 091 092 093 094 095 096 097 098 099 100 101 102
C B C A D E D C C D B B C D D B C
H
I
S
T
Ó
R
I
A

Página 119 de 119


Prof. Vagner Souza História Militar-Naval

PRIMEIRA BATERIA

01) Os primeiros anos da República foram marcados pela progressiva desmobilização da Esquadra brasileira.
As revoltas que assolaram a Nação e o desgaste econômico conhecido como Encilhamento provocaram o
gradativo desmantelamento das unidades da Força Naval.
De acordo com o livro Introdução à História Marítima Brasileira (SDM, 2006), qual fator abaixo NÃO foi
relacionado aos problemas da “desmobilização” da Marinha do Brasil no fim do século XIX?
(A) O enorme esforço financeiro do Império do Brasil durante os anos em que se envolveu em guerras
externas, muito especialmente na Guerra da Tríplice Aliança.
(B) A perda de poder político da Marinha do Brasil devido à Proclamação da República.
(C) O Brasil não ter podido acompanhar a verdadeira revolução tecnológica que ocorreu no setor marítimo,
na segunda metade do século XIX.
(D) O fim da escravidão no Brasil, em 1888, tirando mão-de-obra da construção naval brasileira,
principalmente na Ribeira das Naus em Salvador – BA.
(E) Falta de recursos financeiros para a manutenção de uma Esquadra adequada às necessidades de defesa
do Brasil.

02) A Revolução Industrial, que teve início na Inglaterra a partir do final do século XVIII, só chegou quando
aos navios de guerra?
(A) Na segunda metade do século XIX, mas a partir de então ocorreram em profundidade.
(B) Nos primeiros anos do século XVIII, e se processaram lentamente.
(C) Apenas no começo do século XX, com o lançamento de Dreadnought.
(D) Já no final do século XVIII, após as Guerras Napoleônicas.
(E) Nos primeiros anos do século XIX, e se processaram lentamente.

03) A dualidade Inglaterra x Alemanha na disputa industrial e bélica se intensificou a partir da década de
1880 por dois fatores: primeiro a criação da Jeune École pelo Almirante Théophile Aube na França, que
diminuiu o Poder Naval daquele país frente à conjuntura internacional, e pela
(A) ajuda internacional que a Inglaterra solicitou para poder desenvolver navios mais poderosos do que os
navios alemães.
(B) popularização do uso do aço na construção naval, o que exigia muito mais desenvolvimento industrial,
alcançado principalmente por ingleses e alemães.
(C) criação de um órgão internacional chamado Liga das Nações, que incentivou a corrida armamentista
entre ingleses e alemães.
(D) interferência japonesa no desenvolvimento industrial de nações parceiras da Inglaterra, como os EUA,
levando a outros países como Brasil a apoiar a indústria inglesa fazendo aquisições de navios em seus
estaleiros.
(E) união de Alemanha, Itália e Japão na chamada Tríplice Aliança, que levou as nações à Primeira Guerra
Mundial.

04) A indústria naval brasileira – importante desde o período colonial, com a Ribeira das Naus, em Salvador
- BA, e, já no período imperial, com o Arsenal da Corte (hoje Arsenal de Marinha), no Rio de Janeiro - RJ,
ambos capacitados para a construção até mesmo de naus, os mais poderosos navios de guerra da época, não
pôde acompanhar as mudanças tecnológicas que se sucederam, e entrou em Acelerada decadência na segunda
metade do século XIX, EXCETO:
(A) durante as Guerras de Independência do Brasil, quando reparamos os navios abandonados na Baía da
Guanabara.
(B) para a intervenção brasileira feita na Argentina durante a Guerra de Independência daquele país.
(C) na Segunda Fase da Guerra contra Oribe e Rosas, que teve como desfecho a criação do Uruguai.
(D) na fase da Regência do Segundo Império, durante a tentativa de Independência da Bahia na Revolta
Sabinada.
(E) durante a Guerra do Paraguai, quando foram construídos importantes navios encouraçados.

Módulo Máster 4 -1- Turma Máster 2019


Prof. Vagner Souza História Militar-Naval

05) Em 15 de novembro de 1902, o Almirante Júlio de Noronha assumiu a pasta da Marinha, encontrando
uma Força Naval composta de navios reformados, sendo, na sua maioria, modelos obsoletos frente às classes
mais modernas que estavam em processo de construção pelas potências industriais da época. Por essa razão,
foi criado(a)
(A) o “Programa Naval Júlio de Noronha”, de 1906, com a construção no Brasil de novos navios de guerra.
(B) o “Programa Naval Brasileiro”, uma tentativa do Almirante Júlio de Noronha de modernizar o material
bélico naval brasileiro.
(C) o “Programa Naval Júlio de Noronha”, de 1904, para reestruturar a Marinha do Brasil.
(D) a Esquadra de 1910”, uma combinação de navios encomendados no exterior e a construção de navios
modernos, tipo Dreadnought, no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro.
(E) o “Programa Combinado Brasileiro”, unindo os programas navais do Almirante Júlio de Noronha com o
do Almirante Alexandrino de Alencar.

06) Para reerguer a Marinha do Brasil, desmobilizada durante a última década do século XIX, no começo do
século XX foram necessários programas navais. A fim de dinamizar os programas e obter verbas do governo,
essenciais para a reconstrução de nossa Esquadra, importante foi a participação de políticos que articularam
os projetos. Entre estes políticos, podemos destacar
(A) o Senador Álvaro Almeida.
(B) o Deputado Laurindo Pitta.
(C) o Presidente Venceslau Braz.
(D) o Ministro das Relações Exteriores Itamaraty.
(E) o Governador do Rio de Janeiro, Barata Ribeiro.

07) O Programa Naval de autoria do Almirante Júlio de Noronha, apresentava a vantagem de ser um plano
de conjunto que formaria um tripé de sustentação da Marinha brasileira, ou seja, incluía juntamente com os
navios
(A) a criação de um moderno arsenal e um porto militar.
(B) a compra de submarinos e aviões.
(C) a aquisição de dois navios poderosos, tipo Dreadnought ingleses.
(D) a criação do Corpo de Fuzileiros Navais e formação da Aeronáutica Naval.
(E) a compra de tanques terrestres e aviões de combate.

08) O Programa Júlio de Noronha incluía os modelos de navios que, no fim do século XIX, equipavam as
melhores Esquadras do mundo, logo a seguir empregados nas Batalhas de Porto Arthur e Tsushima (1904-
1905), travadas durante a Guerra Russo-Japonesa. O estudo estratégico das experiências proporcionadas por
essas batalhas e o lançamento do Encouraçado Dreadnought pela Marinha britânica (1906), que aparecia
como o navio mais poderoso do mundo, inspiraram debates em torno do Programa de 1904. O Deputado
José Carlos de Carvalho e o Almirante Alexandrino Faria de Alencar, então senador, foram os grandes
responsáveis por qual fato abaixo descrito?
(A) Da extinção do Programa de 1904.
(B) Da inclusão de torpedeiras no Programa de 1906.
(C) Da remodelação do Programa Júlio de Noronha.
(D) Da adoção dos parâmetros da Jovem Escola Francesa.
(E) Da mudança do Programa Naval dos EUA para a Inglaterra.

Módulo Máster 4 -2- Turma Máster 2019


Prof. Vagner Souza História Militar-Naval
09) Em 15 de novembro de 1906, assumiu a Presidência da República o Conselheiro Afonso Pena e, com
ele, o seu novo ministério, sendo a pasta da Marinha ocupada pelo Almirante Alexandrino Faria de Alencar
que alterou o Programa Naval brasileiro, sendo a alteração mais marcante trazida pelo novo programa
(A) a adição de três novos encouraçados do tipo Dreadnought ingleses.
(B) a criação de um novo arsenal na Ilha Grande – RJ.
(C) a transferência do Batalhão Naval, atual Corpo de Fuzileiros Navais, da Bahia para o Rio de Janeiro.
(D) a aquisição nos EUA de aviões tipo Curtis e a contratação de pilotos da FAB para a Marinha.
(E) a construção de bases secundárias em Belém - PA e em Natal - RN, e um porto militar de Grande porte
em São Francisco do Sul - SC.

10) Como consequência direta do “Programa Alexandrino de Alencar”, podemos citar


(A) a compra de poderosos submarinos ingleses, que foram batizados de F1, F3 e F5.
(B) a compra de aviões e porta-aviões de origem americana.
(C) a criação de uma poderosa força de superfície, composta principalmente por fragatas ligeiras.
(D) a modernização das instalações da Ilha das Cobras – RJ e a montagem da Esquadra de 1910.
(E) a criação de duas esquadras para o Brasil. Uma de pequeno porte, tendo torpedeiras e fragatas, sediada
em Salvador Bahia, e outra de grande porte, com navios Dreadnought sediada no Rio de Janeiro.

11) A Esquadra de 1910, assim chamada por haver chegado ao Brasil nesse ano a maior parte de seus
componentes, incluindo dois navios tipo Dreadnoughts, representou o que para a Marinha do Brasil?
(A) Um verdadeiro revigoramento militar e tecnológico da Marinha brasileira.
(B) A possibilidade de o Brasil iniciar uma expansão militar na América do Sul.
(C) O fim do período mais promissor do aparato bélico naval brasileiro.
(D) A subordinação completa e definitiva da Marinha do Brasil à Marinha inglesa.
(E) A concretização de um aparato bélico que não foi mais contestado internacionalmente.

12) A importância de o Brasil possuir uma força naval comparável com as melhores esquadras do mundo em
1910, permitíamos possuir uma frota de alto-mar ofensiva, podendo levar a outros rincões o Pavilhão
Nacional e, principalmente,
(A) iniciar uma série de guerras contra as forças que compunham a Tríplice Entente em 1914.
(B) criar uma aliança entre Brasil e os países que formavam o Eixo militar, notadamente Itália, Alemanha e
Japão.
(C) realizar as principais ações de guerra na Primeira e na Segunda Guerra Mundial.
(D) apoiar a ação diplomática do governo brasileiro em qualquer local que se fizesse necessário.
(E) iniciar uma série de guerras contra as forças que compunham a Tríplice Aliança em 1910.

13) A incorporação de navios como os Encouraçados Minas Gerais e São Paulo, pertencentes à classe dos
dreadnoughts mais poderosos do mundo, encheu de orgulho e confiança os brasileiros. Além dessas
embarcações, posteriormente ao ano de 1910, chegaram outros navios que complementaram os efetivos da
marinha do Brasil, estando entre eles
(A) porta-aviões e caças submarinos.
(B) cruzadores e fragatas.
(C) submarinos e outros navios auxiliares.
(D) contratorpedeiros e porta-helicópteros.
(E) navios de desembarque de tropas e carros de combate e navio-oficina.

Módulo Máster 4 -3- Turma Máster 2019


Prof. Vagner Souza História Militar-Naval

14) O terceiro encouraçado previsto pelo Programa Alexandrino de Alencar era o Rio de Janeiro, lançado ao
mar em 1913. A demora em sua construção se deveu à necessidade de se introduzir novas modificações que
o tornassem ainda mais poderoso. O que aconteceu com este navio?
(A) Ele foi destruído pela Inglaterra, ainda no arsenal de sua construção, para não ser capturado pela Marinha
alemã durante a Primeira Guerra Mundial.
(B) Foi vendido pelo Brasil à Marinha argentina, em 1914, antes do começo da Primeira Guerra Mundial.
(C) Ficando a serviço da Marinha do Brasil até a Segunda Guerra Mundial, esse navio participou da Defesa
Ativa dos portos brasileiros.
(D) A Inglaterra recuperou para sua Marinha o projeto, desenvolvendo outros navios para o Brasil em
compensação militar.
(E) Este navio não chegou a ser incorporado à Armada brasileira. Foi adquirido pela Marinha turca e depois
pela Marinha inglesa, tendo participado da Batalha da Jutlândia.

15) com o início da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), o Ministro da Marinha, Alexandrino de Alencar,
determinou que as principais unidades operativas de superfície fossem reorganizadas em três divisões, a fim
de patrulhar as águas costeiras dentro de cada área de responsabilidade, sendo criadas as Divisões Navais
(A) do Norte (Manaus), do Leste (Recife) e do Sul (Rio Grande).
(B) do Oeste (Campo Grande), do Leste (Salvador), do Norte (Manaus) e do Sul (Montevidéu).
(C) do Norte (Belém), do Leste (Salvador) e do Sul (Florianópolis).
(D) do Sul (São Francisco do Sul), do Centro (Rio de Janeiro) e do Norte (Belém).
(E) do Norte (Belém), do Sul (Buenos Aires), do Oeste (Cuiabá) e do Leste (Rio de Janeiro).

16) Eclodido o conflito na Europa em 1914, que veio a ser conhecido por Primeira Grande Guerra, como o
Brasil reagiu ao começo desse conflito que envolvia seus principais parceiros econômicos?
(A) Permaneceu neutro nos primeiros três anos de guerra.
(B) Cortou as comunicações marítimas com os países formadores da Tríplice Entente.
(C) Intensificou a balança comercial com a Inglaterra e a França, por perder os mercados da Itália e
Alemanha.
(D) Interrompeu as trocas comerciais com a Inglaterra e a Alemanha, pivôs da crise internacional.
(E) Aumentou as trocas comerciais com os EUA e com o Mercosul, este a partir da Argentina.

17) O bloqueio submarino sem restrições aos países Aliados, firmado pelo governo alemão em 31 de janeiro
de 1917, trouxe não só mal-estar a todos os países neutros, como também preocupação ao Governo brasileiro,
que dependia fundamentalmente do mar para escoar a sua produção e importar produtos que necessitava. O
Brasil rompeu sua neutralidade
(A) devido à perda do Transporte Marquês de Olinda, ainda em janeiro daquele ano.
(B) devido ao afundamento do NM Paraná, ao largo da costa francesa, em abril de 1917.
(C) após o torpedeamento do NM Macau, realizado pelo submarino alemão U-507.
(D) quando o Transporte Cabedelo foi afundado na costa dos EUA.
(E) devido à caça aos nossos navios mercantes, por submarinos alemães, na costa do Brasil.

18) Em 26 de outubro de 1917 o Brasil reconheceu e proclamou o estado de guerra com o Império alemão.
A participação da Marinha brasileira na Primeira Grande Guerra formalizou-se com o envio para o teatro de
operação da
(A) Divisão Naval em Operação de Guerra (DNOG), sob comando do Almirante Alexandrino de Alencar.
(B) Terceira Divisão Naval Brasileira (3ª DN), sob o comando do Almirante Manoel Barroso da Silva.
(C) Divisão Naval em Operação de Guerra (DNOG), sob o comando do Almirante Pedro Max Fernando de
Frontin.
(D) Força Naval brasileira, composta de três divisões navais, sob comando do Almirante Laurindo Pitta.
(E) Primeira Divisão Naval em Operação de Guerra (1ª DN), sob comando do Almirante Júlio de Noronha.

Módulo Máster 4 -4- Turma Máster 2019


Prof. Vagner Souza História Militar-Naval

19) Qual foi a missão da Marinha do Brasil durante a Primeira Grande Guerra?
(A) Proteger os comboios navais conjuntos de ingleses e franceses no mar Mediterrâneo.
(B) Patrulhamento da área entre Dakar – São Vicente – Gibraltar, na costa da África e sob orientações do
almirantado inglês.
(C) Identificar as posições das bases submarinas alemães na costa da África, entre Dakar e Gibraltar.
(D) Escoltar os comboios de navios mercantes que trafegavam entre a costa da África e a costa do Brasil.
(E) Explorar aas rotas de navegação dos navios mercantes inimigos, entre as localidades de Dakar, na costa
da África, até Gibraltar, na costa do Mediterrâneo, sob orientação do almirantado americano.

20) A tripulação da DNOG foi gravemente atingida durante a Primeira Guerra Mundial, mas mesmo com
muitas baixas sofridas, cumpriu a missão a ela determinada. Qual foi o maior motivo de baixas à Marinha do
Brasil durante aquele conflito?
(A) As ações submarinas alemãs.
(B) A falta de alimentos frescos, provocando Escorbuto nas tripulações.
(C) Os diversos combates entre os navios brasileiros e os submarinos alemães.
(D) A “gripe espanhola” de 1918.
(E) Os acidentes provocados pelas condições de tempo no mar.

21) Outra participação significativa da Marinha do Brasil na Primeira Guerra Mundial foi a designação de
(A) marinheiros brasileiros para servirem como instrutores nos navios ingleses durante as operações de
guerra.
(B) 12 oficiais aviadores para servirem junto à Royal Air Force (RAF), que foram empregados no
patrulhamento do Canal da Mancha.
(C) engenheiros do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro para a construção de navios em estaleiros ingleses
sediados na África.
(D) oficiais da Marinha do Brasil para comandar navios ingleses de pequeno porte no Canal da Mancha.
(E) praças e oficiais brasileiros para apoiarem a Marinha francesa, tanto nas operações de guerra quanto na
construção naval em estaleiros como de la Havre.

22) Na Segunda Guerra Mundial, também nos mantivemos neutros a princípio. Com o Tratado do Rio de
Janeiro, vinculamos os interesses comuns que tínhamos com os Estados Unidos. Neste Tratado, nos
comprometíamos a formar ao lado de qualquer nação americana que fosse atacada, e passamos a apoiar
abertamente os EUA quando
(A) o Brasil teve seu primeiro navio afundado pelo Japão em 1941.
(B) a ONU determinou as sanções contra a Alemanha por invadir a Rússia em 1940.
(C) ocorreu o ataque japonês a Pearl Harbour, em 7 de dezembro de 1941.
(D) a França foi derrubada pela Alemanha em 1940.
(E) os EUA tiveram seu primeiro navio afundado pelo Japão em 1939.

23) Devido ao apoio aberto do Brasil aos EUA, a partir de 1942, como represália, nossa Marinha Mercante
começou a ser agredida pelos submarinos alemães. Qual afirmativa abaixo está correta sobre as ações alemãs
contra o Brasil na Segunda Guerra Mundial?
(A) A Alemanha afundou nosso Navio Mercante Paraná, junto a costa francesa, dando início às hostilidades
contra o Brasil.
(B) A Alemanha afundou nosso Navio Mercante Taubaté, no mar Mediterrâneo, em 1942.
(C) O afundamento do Navio Auxiliar Vital de Oliveira, a dez milhas do Rio de Janeiro, iniciou as
hostilidades da Alemanha contra o Brasil.
(D) A pior perda da Brasil na Segunda Grande Guerra foi o afundamento do Cruzador Bahia, quando este
fazia patrulha no oceano Atlântico e foi torpedeado por submarino italiano.
(E) A primeira perda brasileira foi o Navio Mercante Cabedelo, em fevereiro de 1942.

Módulo Máster 4 -5- Turma Máster 2019


Prof. Vagner Souza História Militar-Naval

24) O ataque fulminante do U-507, que em cinco dias, levou a pique seis embarcações nacionais dedicadas
à linha de cabotagem nas costas de Sergipe, com 607 vítimas, inclusive soldados do Exército, levou o Brasil
a declarar
(A) Guerra, apenas contra a Alemanha, tendo em vista ter sido um submarino alemão o responsável pelo
ataque.
(B) Beligerância, contra as nações formadoras da Tríplice Aliança - Alemanha, Áustria-Hungria e Turcos-
Otomanos.
(C) Neutralidade, a fim de evitar novos ataques à nossa Marinha Mercante.
(D) Guerra às potências do Eixo – Alemanha, Itália e Japão.
(E) Beligerância contra as nações formadoras do Pacto de Aço – Alemanha e Itália.

25) Após a entrado do Brasil na Segunda Grande Guerra, imediatamente a Marinha brasileira mobilizou-se,
criando a
(A) Divisão Naval em Operações da Segunda Guerra (DNOSG), sob orientações do Ministério da Defesa
Exterior do governo de Getúlio Vargas.
(B) Força Naval do Nordeste, comandada pelo Almirante Alfredo Soares Dutra, subordinada operativamente
à Quarta Esquadra norte americana.
(C) Divisão Naval em Operações da Segunda Guerra (DNOSG), sob as ordens do Almirante Henrique
Aristides Guilhem, Ministro da Marinha.
(D) Força Naval brasileira, composta de seis divisões navais (Norte, Nordeste, Sudeste, Leste, Sul e Oeste).
(E) Força Naval do Nordeste, subordinada ao almirantado inglês.

GABARITO:
01 – D 02 – A 03 – B 04 – E 05 – C 06 – B 07 – A 08 – C 09 – A 10 – D
11 – A 12 – D 13 – C 14 – E 15 – D 16 – A 17 – B 18 – C 19 – B 20 – D
21 – B 22 – C 23 – E 24 – D 25 – B
Módulo Máster 4 -6- Turma Máster 2019
Prof. Vagner Souza História Militar-Naval

SEGUNDA BATERIA

01) Analisando o período denominado de “Entre Guerras”, sou seja, o período que vai do fim da Primeira
Guerra Mundial, em 1918, até o início da Segunda Guerra Mundial, em 1939, vemos que esse período se
caracterizou pelo(a)
(A) abandono a que foi submetida a Marinha de Guerra e toda a atividade nacional relacionada com o mar.
(B) crescimento das atividades marítimas no Brasil, superando as cabotagens feitas pela
Argentina e os transportes realizados pela Inglaterra.
(C) desenvolvimento dos estaleiros e arsenais nacionais. Algumas áreas como o Rio Grande do Sul e a Bahia
tornaram-se polos de produção naval.
(D) ressurgimento do poder naval brasileiro, que havia caído em inexpressiva qualidade por causa da Revolta
da Armada de 1993.
(E) troca das unidades navais remanescentes da Esquadra Antiga (anterior à Esquadra de 1910), por unidades
modernas, como os submarinos nucleares comprados na Itália.

02) Segundo o Livro Introdução à História Marítima Brasileira (SDM, 2006), iniciativas modestas, ocorridas
ainda durante a Primeira Grande Guerra, como a criação da Escola Naval de Guerra (depois Escola de Guerra
Naval), da Flotilha dos Submarinos e da Escola de Aviação Naval, indicaram qual necessidade à Marinha do
Brasil?
(A) Compra de novos navios na Inglaterra, do tipo mais moderno, como os porta-aviões.
(B) Aquisição nos EUA de equipamentos para a guerra aeronaval.
(C) Avançar na melhoria das condições de prontidão da nossa Força Naval.
(D) Desenvolver no Brasil uma mentalidade contrária às ações navais.
(E) Mudar a estratégia naval brasileira dos navios de superfície para as aeronaves.

03) A Revolução de 1930 representou para a Marinha um divisor de águas entre duas épocas distintas. Em
relatório do Ministro da Marinha no ano de 1932, em que foi feita uma análise da situação da Marinha,
reconheceu a falta de pronto emprego naval. Foi tentado reequipar a Marinha do Brasil com a indústria
nacional, o que gerou uma
(A) nova Esquadra, chamada de Esquadra de 1930.
(B) poderosa Esquadra, tendo em vista a grande capacidade naval brasileira.
(C) Marinha descomposta e heterogênea, habilitada apenas para as operações terrestres.
(D) Força Naval modesta, dentro das possibilidades financeiras e técnicas do País.
(E) Marinha de Guerra denominada de Esquadra Revolucionária.

04) Em 1935, foi iniciada uma grande reforma no Encouraçado Minas Gerais e em 1940, obedecendo ao
novo programa naval então aprovado, decidiu-se pela construção no Brasil de uma série de navios mineiros
varredores, no entanto, pode-se perceber, claramente, a vulnerabilidade de nosso Poder Naval em qual área?
(A) Na constituição de navios tipo cruzadores.
(B) Na organização administrativa do Ministério da Marinha.
(C) Para o enfrentamento da guerra A/S (antissubmarino).
(D) Nos meios terrestres de pronto emprego.
(E) Para a Guerra Aeronaval.

Módulo Máster 4 -7- Turma Máster 2019


Prof. Vagner Souza História Militar-Naval

05) No início da década de 1940 o nosso Poder Naval possuía limitações operacionais importantes. No início
da Segunda Guerra Mundial na Europa, em 1939, qual era a situação do Brasil?
(A) Havíamos reformado todo aparato militar naval e tínhamos fortes alianças com os países do Oriente
Médio.
(B) O Brasil contava com praticamente os mesmos navios da Primeira Guerra Mundial e da mesma forma,
inicialmente, nos declaramos neutros no conflito.
(C) Estávamos formando alianças com os países sul-americanos e africanos e o programa naval brasileiro
estava bem adiantado.
(D) Apesar da Marinha do Brasil ter como núcleo da Esquadra os Dreadnoughts da Primeira Guerra, os novos
navios em construção no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro projetavam nosso poder no exterior.
(E) Além de alianças militares ocidentais, o Brasil estava construindo alianças orientais, com países como a
Índia e a China.

06) Em 1940, as grandes preocupações do nosso Estado-Maior da Armada em caso de uma guerra eram a
defesa de nossa enorme e desprotegida costa marítima e, fundamentalmente, a proteção das linhas de
comunicação, vitais para a conservação de nossas artérias comerciais com o exterior e para a manutenção
das linhas de cabotagem. Devemos observar que no ano de 1940 esse tipo de transporte era fundamental,
pois
(A) não existia uma única comunicação terrestre entre algumas capitais brasileiras.
(B) nossos navios eram capazes de navegar apenas em ambiente fluvial.
(C) os principais produtos comercializados no país eram café e açúcar, e que somente podem ser
transportados por via marítima devido ao peso.
(D) a Marinha do Brasil era a única força militar com capacidade operacional.
(E) nossos navios eram capazes de navegar apenas em ambiente marítimo.

07) Derrotada na Primeira Guerra Mundial, a Alemanha foi obrigada a perdas muito graves para seu povo,
atingindo duramente sua economia, e ficou limitada na capacidade operacional militar. Tais fatos foram a
ela obrigados pelo
(A) Tratado de Viena, criado a partir da união entre a Inglaterra, a França e a Rússia.
(B) Tratado de Fontainebleau, colocado em prática pela França após a Primeira Guerra Mundial.
(C) Tratado da Tríplice Aliança, fechado entre a Alemanha, a Áustria e Itália.
(D) Tratado dos Impérios, forçado pela Áustria contra os Balcãs.
(E) Tratado de Versalhes, assinado ao fim da Primeira Guerra Mundial.

08) Na Alemanha, a partir de 1930, começou um movimento nacionalista de contestação à ordem


internacional imposta a eles. Se juntando à Alemanha, encontramos a Itália e o Japão, todos havidos por
quais razões?
(A) Motivados exclusivamente por razões religiosas do Nazismo.
(B) Por uma política expansionista voltada a obtenção de mercados coloniais e consumidores.
(C) Apenas para obtenção de áreas destinadas ao seu controle militar.
(D) Exclusivamente para construírem colônias destinas a adotar seus modos de organização social.
(E) Para obterem mercados consumidores de suas matérias primas básicas.

09) Em 1936, Itália, Alemanha e Japão assinaram um acordo para combater o comunismo internacional
(Pacto Anti-Comintern), formalizando qual aliança entre Roma-Berlim-Tóquio?
(A) A Tríplice Aliança.
(B) O Impérios Centrais.
(C) A Tríplice Entente.
(D) O Eixo.
(E) A Aliança dos Impérios.

Módulo Máster 4 -8- Turma Máster 2019


Prof. Vagner Souza História Militar-Naval

10) Em agosto de 1939, a Alemanha e a União Soviética firmaram entre si um Pacto de Não Agressão.
O que estabelecia, secretamente, esse Pacto?
(A) A agressão a china, a partir do ano seguinte.
(B) Ações de corso com uso de submarinos contra a navegação ocidental.
(C) A partilha do território polonês entre as duas nações.
(D) O início das hostilidades contra a Inglaterra, previstas para 1940.
(E) A fase irrestrita da Guerra.

11) A partir do Pacto de não agressão entre a Rússia e a Alemanha, qual foi a atitude de Hitler?
(A) Iniciou a formação da aliança com a Itália e o Japão.
(B) Realizou a primeira agressão à Inglaterra, afundando o HMS Pathfinder.
(C) Agiu contra os aliados da França e Inglaterra, afundando navios brasileiros e norte-americanos.
(D) Invadiu a Polônia, dando início à Segunda Guerra Mundial.
(E) Invadiu imediatamente a França, dando início a formação da Tríplice Aliança.

12) A Marinha Mercante brasileira no início da Segunda Grande Guerra, mesmo pequena e composta de
navios antiquados, se comparada com as grandes potências de então, exercia papel fundamental na economia
nacional. Marque abaixo as afirmativas como certas e erradas e escolha a única combinação possível:
( ) No decorrer da guerra, foram perdidos por ação dos submarinos japoneses no oceano Atlântico 33
navios mercantes brasileiros.
( ) Os primeiros ataques à nossa Marinha Mercante ocorreram quando o Brasil ainda se mantinha neutro
no conflito europeu.
( ) Em 22 de março de 1941, no Mar Mediterrâneo, o Navio Mercante (NM) Taubaté foi metralhado e
afundado pela Força Aérea alemã, sendo a primeira perda brasileira na Guerra.
( ) Com a entrada dos Estados Unidos da América naquele conflito, os submarinos alemães passaram a
operar no Atlântico ocidental, ameaçando os navios de bandeiras neutras.
( ) A primeira perda brasileira foi o NM Cabedelo, que deixou o porto de Filadélfia, nos Estados Unidos,
com carga de carvão, em 14 de fevereiro de 1942.
(A) E, C, C, E, C
(B) E, C, E, C, C
(C) C, E, E, E, E
(D) E, E, C, C, C
(E) C, C, E, C, E

13) A entrada direta do Brasil na Segunda Guerra Mundial foi motivada pelos afundamentos dos navios
mercantes brasileiros. Relembrando os dois grandes conflitos anteriores em que o Brasil se viu envolvido,
as perdas dos navios Marquês de Olinda e Paraná foram as responsáveis pela entrada do Brasil nas Guerras
contra o Paraguai e contra a Tríplice Aliança respectivamente. Qual navio está relacionado à entrada do
Brasil na Segunda Guerra Mundial?
(A) O Navio Mercante brasileiro Cabedelo.
(B) O submarino alemão U-507.
(C) O Navio Mercante LLoyde brasileiro Taubaté.
(D) O submarino italiano Dandalo.
(E) O Destroier japonês Kagoshima Maru.

14) A melhor forma de defesa encontrada pelos aliados durante a Segunda Guerra Mundial contra as ações
submarinas alemãs foi o emprego
(A) do corso contra a navegação do Eixo.
(B) do comboio entre navios mercantes e navios de guerra.
(C) das ações aéreas a partir de bases fixas no Atlântico Norte.
(D) do emprego de submarinos nucleares americanos e russos contra os submarinos alemães.
(E) da supressão total das comunicações marítimas por parte dos Aliados.

Módulo Máster 4 -9- Turma Máster 2019


Prof. Vagner Souza História Militar-Naval

15) A maior parte dos navios mercantes brasileiros vitimados por submarinos alemães em 1943 navegava
(A) entre o mar do Caribe e nosso litoral Sul.
(B) no mar Mediterrâneo.
(C) no oceano Pacífico.
(D) nas águas restritas do mar do Norte.
(E) fora dos comboios.

16) A Lei de Empréstimo e Arrendamento – em inglês Lend Lease – com os Estados Unidos da América
(EUA) permitia, sem operações financeiras imediatas, o fornecimento dos materiais necessários ao esforço
de guerra dos países aliados. Ela foi assinada a 11 de março de 1941 e pode ser resumida de qual forma?
(A) Um acordo que subordinou totalmente os interesses brasileiros aos americanos.
(B) Uma aliança puramente econômica entre os dois países.
(C) Era um acordo bilateral, com benefícios e obrigações mútuas entre Brasil e EUA.
(D) Um tratado acima de tudo, versando principalmente sobre os interesses americanos.
(E) Um acordo que previa apenas sacrifícios ao norte-americanos na formação do aparato militar brasileiro
para a Segunda Guerra Mundial.

17) Ao rompermos relações diplomáticas como Eixo, a Marinha do Brasil desconhecia as novas táticas
antissubmarino e estava, consequentemente, desprovida do material flutuante e dos equipamentos
necessários para executá-las. Os ataques sofridos pelo Brasil na costa dos EUA e no Caribe, levou a qual
ação abaixo descrita?
(A) O fornecimento ao Brasil de unidades de proteção ao tráfego e de ataque a submarinos.
(B) À Declaração de Guerra do Brasil ao Eixo.
(C) Formação da Força Expedicionária Brasileira (FEB).
(D) Desenvolvimento no Brasil de uma Esquadra totalmente nacional.
(E) Declaração de Guerra do Eixo ao Brasil.

18) Os primeiros navios recebidos pelo Brasil, depois da declaração de guerra ao Eixo, foram os caça-
submarinos da classe G (Guaporé e Gurupi), entregues em Natal, a 24 de setembro de 1942. Em seguida,
foram incorporados à Marinha do Brasil, em Miami, oito caça-submarinos, da classe
(A) G (Guaíba, Gurupá, Guajará, Goiana, Grajaú e Graúna).
(B) B (Bertioga, Beberibe, Bracuí, Bauru, Baependi, Benevente, Babitonga e Bocaina).
(C) M (Marcílio Dias, Mariz e Barros, Greenhalgh, Paraíba, Rio de Janeiro, Ceará e Piauí).
(D) J (Javari, Jutaí, Juruá, Juruema, Jaguarão, Jaguaribe, Jacuí e Jundiaí).
(E) S (Salvador, São Paulo, Santos, Sergipe, Seriema e Simplício Correa)

19) Após o término da guerra na Europa, com o compromisso de não os entregarmos o material americano a
outros países, qual foi o resultado do acordo com os EUA?
(A) A cessão dos navios americanos ao Brasil foi tornada permanente.
(B) Tivemos que devolver todos os materiais não utilizados de volta aos EUA.
(C) Foi obrigatória a indenização pelo Brasil de todo material utilizado na Guerra.
(D) O Acordo foi aberto também à Inglaterra, que passou a fornecer o material naval ao Brasil.
(E) Foi revisto, sendo, então, acordado que o Brasil seria o depositário dos equipamentos americanos.

Módulo Máster 4 - 10 - Turma Máster 2019


Prof. Vagner Souza História Militar-Naval

20) Declarada a guerra contra o Eixo, foi desenvolvido um trabalho intenso no Brasil para adaptar nossos
antigos navios, dentro de suas possibilidades, para a campanha antissubmarino. As aquisições feitas pelo
Lend Lease e os aperfeiçoamentos impetrados em nossa Força Naval vieram aumentar nossa capacidade de
reagir de forma adequada aos novos desafios que se afiguravam. Tais afirmativas levam a crer que
(A) o Brasil venceria a guerra, independente de ajuda externa.
(B) certamente o Brasil seria invadido por forças alemãs, e que isso não aconteceu devido apenas ao apoio
dos EUA.
(C) o auxílio norte-americano foi vital para que pudéssemos nos contrapor aos submarinos alemães.
(D) que o Brasil passou a sofrer os ataques alemãs apenas após assinar o acordo do Lend Lease com os EUA.
(E) que não havia capacidade alguma de reação brasileira antes do acordo Lend Lease.

21) Como primeira medida de caráter orgânico, foram instalados os Comandos Navais com o propósito de
prover uma defesa mais eficaz da nossa fronteira marítima, orientando e controlando as operações marítimas
comerciais e de guerra, obedecendo às diretrizes gerais estabelecidas pelo Estado-Maior da Armada. A área
de cada Comando abrangia determinado setor de nossas costas marítimas e fluviais, sendo INCORRETO a
seguinte afirmativa:
(A) Comando Naval do Norte, com sede em Belém-PA.
(B) Comando Naval do Nordeste, com sede em Salvador-BA.
(C) Comando Naval do Centro, com sede Brasília-DF.
(D) Comando Naval do Sul, com sede em Florianópolis-SC.
(E) Comando Naval do Mato Grosso, com sede em Ladário-MT.

22) A defesa da costa do Brasil ficou a cargo do Chefe do Estado-Maior da Armada, que agiu em
(A) caráter exclusivo, coordenando as ações apenas da Marinha do Brasil nesse aspecto.
(B) defesa dos interesses da Marinha brasileira, afastando outros órgãos da área de atuação da Armada.
(C) conjunto exclusivo com a Força Aérea brasileira, adotando principalmente as ações aeronavais a partir
de nossos porta-aviões.
(D) subordinação aos exclusivos interesses norte-americanos, seguindo apenas as ordens vindas da Armada
americana.
(E) entendimento com seus colegas do Exército e da Aeronáutica para organizar um serviço conjunto de
vigilância e defesa da costa.

23) As ações costeiras tomadas pelo Estado-Maior da Armada brasileira visavam a proteção de nossas
comunicações marítimas, das áreas portuárias e da possibilidade de
(A) os EUA não aceitarem realizar operações no Brasil se não fosse garantida a costa.
(B) alemães, italianos e japoneses realizarem atos de ataques maciços nas nossas costas.
(C) submarinos japoneses agirem na intenção de obstruir nossas comunicações marítimas.
(D) intervenção inglesa na nossa Marinha, como havia ocorrido durante a Primeira Guerra Mundial.
(E) desembarque de elementos isolados, tendo como objetivo realizar atos de sabotagem contra o Brasil.

24) Por qual motivo o Brasil não suprimiu as comunicações marítimas durante a Segunda Guerra Mundial,
evitando assim os riscos à nossa navegação?
(A) Porque não havia temor por parte do Brasil de ações submarinas em nossas costas.
(B) Porque muitas de nossas capitais costeiras somente se comunicavam pelo mar.
(C) Devido à proteção marítima que nos era fornecida pelos EUA.
(D) Porque sabíamos ser impossível as ações marítimas inimigas no Atlântico Sul.
(E) Porque a Inglaterra e seus aliados haviam nos garantido a livre navegação.

Módulo Máster 4 - 11 - Turma Máster 2019


Prof. Vagner Souza História Militar-Naval

25) Derrotada na Primeira Guerra Mundial, a Alemanha foi obrigada a restituir territórios conquistados
anteriormente àquele conflito, entregar seus navios mercantes e de guerra e pagar indenizações financeiras
aos vencedores, e ficar restrita na capacidade militar, limitando principalmente seu exército. Estas medidas
atingiram duramente a economia alemã, afligindo seu povo, que passou a nutrir um sentimento de aversão
às principais potências da época. Em qual tratado ficaram estabelecidas as ações contra a Alemanha?
(A) Tratado de Versalhes.
(B) Tratado de Fontainebleau.
(C) Tratado de Londres.
(D) Tratado de Paris.
(E) Tratado de Berlim.

GABARITO:
01 – A 02 – C 03 – D 04 – C 05 – B 06 – A 07 – E 08 – B 09 – D 10 – C
11 – D 12 – B 13 – B 14 – B 15 – E 16 – C 17 – A 18 – D 19 – A 20 – C
21 – C 22 – E 23 – E 24 – B 25 – A
Módulo Máster 4 - 12 - Turma Máster 2019
Prof. Vagner Souza História Militar-Naval

TERCEIRA BATERIA
ANTIGUIDADE E IDADE MÉDIA

01) O Modelo Imperial requeria, portanto, um elemento essencial à sua execução, as forças armadas, sem as
quais não haveria, evidentemente, qualquer conquista, porque todas eram realizadas pelo fio da espada.
Então, ao se falar em modelo imperial, subentende-se o exercício pleno do poder militar. Grandes operações
militares já se faziam entre os antigos, todas de caráter eminentemente terrestre. A primeira vez em que
aparece o elemento naval em grande escala foi
(A) da tentativa, três vezes encetada, do império persa para dominar a Grécia, durante a segunda metade do
século VaC.
(B) quando se conseguiu construir navios capazes de suportar o fogo dos canhões.
(C) após o desenvolvimento do corvo, um elemento que facilitou as operações de combate naval na
Antiguidade.
(D) determinada pela possibilidade de se operar septrremes.
(E) em “um ataque da Ásia sobre a Europa”.

02) Temístocles, o grande chefe grego, decidira levar sua esquadra para o istmo de Corinto, cerca de 300
navios de guerra. Os persas, além do seu exército, até então vitorioso nas campanhas das Guerras Médicas,
contavam ainda com uma força naval de cerca de 800 navios. Restavam aos gregos duas opções: a resistência
no istmo de Corinto ou o emprego decisivo de sua esquadra. Como foi o desfecho desta Guerra?
(A) Depois de convencer aos demais líderes, Temístocles conseguiu reunir a esquadra grega em local
adequado, no golfo de Salônica, junto à ilha de Delos.
(B) Atraídos os persas para o golfo de Salônica, deu-se a famosa Batalha de Salamina, que redundou em
grande e memorável vitória dos gregos.
(C) Bastante inferiores em número, os persas tiveram uma ampla vantagem no emprego perfeito das técnicas
e táticas de combate naval.
(D) A atuação de Temístocles na formação de uma esquadra para enfrentar os persas só foi decisiva pela
participação de Platéia como general.
(E) A batalha de Salamina foi decisiva no mar, no entanto, acabou mal aproveitada pelos gregos.

03) Dispersa a frota inimiga, obtiveram os gregos a superioridade no mar. Sem possibilidade de receber o
apoio logístico de que precisava, o exército persa viu-se forçado à retirada. Permaneceu no território helênico
apenas uma força terrestre de cerca de 50 mil homens, que foi batida em Platéia, cerca de 60 quilômetros a
noroeste de Atenas, em 479 aC. Sobre os gregos, marque abaixo uma afirmativa INCORRETA
(A) Na mesma ocasião de 479, em Micale, nas costas da Ásia Menor, os gregos destruíram o resto da
esquadra persa, numa “batalha naval” em terra.
(B) Essa campanha [Guerras Médicas] foi decidida nas batalhas terrestres.
(C) Dentro do modelo imperial, os persas fizeram uma campanha com íntimas conexões entre o exército e a
marinha.
(D) Foi posto à prova, pela primeira vez na História, em grande escala, o valor de uma força naval para
operação de larga envergadura.
(E) Na ameaça persa, o mar foi capital. Era elemento imprescindível para a vitória e foi decisivo para a
derrota.

Módulo Máster 4 - 13 - Turma Máster 2019


Prof. Vagner Souza História Militar-Naval

04) A luta entre Cartago, potência marítima de primeira ordem dentro do Mediterrâneo, e Roma, que se
afirmava como potência terrestre em plena expansão continental, teve como causa primordial das chamadas
“guerras púnicas” a rivalidade comercial marítima. Identifique abaixo as afirmativas com sendo certas ou
erradas e marque a única opção correta.
( ) No séc. IIaC, já Cartago, antiga colônia fenícia no norte da África, exercia intensa atividade comercial
marítima no mar Mediterrâneo.
( ) No séc. IIaC, os gregos haviam acabado de conquistar a península itálica, englobando em seu novo
território político as cidades do sul da “bota” italiana. Eles eram excelentes soldados de terra, que em
sucessivas campanhas dilataram o que mais tarde formou o Império Grego.
( ) Vendo a expansão romana, Cartago logo pressionou os gregos da Sicília, produtores de trigo, a fim de
manter essa ilha sob sua tutela, antes que Roma se apoderasse dela. A ameaça cartaginesa, entretanto,
gerou a grande crise que se iniciou em 264aC e que só terminou após três guerras sucessivas, com o
arrasamento da cidade de Cartago em 146aC.
(A) C C C
(B) C E C
(C) E C C
(D) C C C
(E) E E E

05) Sendo a ilha da Sicília o pivô da disputa com Roma, a guerra a ser travada tinha que ser marítima e
Cartago tinha a vantagem. Com sua poderosa e adestrada marinha, os cartagineses punham sua capital a salvo
das investidas romanas, enquanto interditavam o comércio marítimo de Roma e pilhavam suas costas. Só
restava aos romanos qual alternativa?
(A) Se aliar aos gregos da península Helênica para enfrentar Cartago.
(B) Se afastar da Sicília e buscar outras áreas de atuação.
(C) Contratar exércitos mercenários para atacar Cartago.
(D) Buscar auxílio no Egito, após a fragmentação de Alexandre.
(E) Se transformar em nação marítima.

06) A segunda Guerra Púnica, realizada entre 218-202aC, foi eminentemente terrestre, na qual o gênio
cartaginês de Aníbal soube fazer uma potência de tradição marítima como Cartago levar Roma quase à
rendição por meio de uma campanha terrestre partida da Espanha, colônia cartaginesa, portanto
(A) ela foi de aniquilamento de Roma, como desejava Catão.
(B) a segunda guerra púnica nada acrescentou de importante ao problema do poderio marítimo.
(C) os romanos arrasaram Cartago, após uma heroica resistência.
(D) as guerras púnicas não tiveram um acentuado motivo econômico.
(E) evidencia o cuidado de Cartago em afastar Roma de suas áreas de influência.

07) As diversas disputas internas, que haviam de durar 100 anos, encontraram um ponto final no caso do
triunvirato Otávio - Marco Antônio - Lépido. Afastado o último, restavam Otávio no Ocidente e Marco
Antônio no Oriente, este de amores com a soberana do Egito, Cleópatra. Otávio partiu contra Marco Antônio,
então na Grécia, e as forças mediram-se
(A) ao largo do golfo Ambraciano, na grande Batalha de Ácio, em 31 aC.
(B) entre os exércitos de Agripa, e os navios de Marco Antônio, em 60aC.
(C) na formação do Segundo Triunvirato, em 45aC.
(D) quando os navios de Agripa, mais ágeis e manobreiros do que os de Marco Antônio, venceram a batalha
da Grécia em 60aC.
(E) na disputa de poder que resultou na formação da República Romana.

Módulo Máster 4 - 14 - Turma Máster 2019


Prof. Vagner Souza História Militar-Naval

08) Mesmo após a descoberta da rota marítima para o Oriente, contornando o continente africano, o comércio
mediterrâneo se manteve, embora em declínio, constituindo grande preocupação para Veneza e outras
cidades italianas que o monopolizavam.
No Atlântico, os empreendimentos náuticos foram de caráter diverso. Durante a Idade Média já se realizavam
viagens costeiras entre o mar Mediterrâneo e o norte da Europa, com fins comerciais. A Guerra dos Cem
Anos provocou qual fato do ponto de vista marítimo?
(A) Ela ativou particularmente o comércio marítimo atlântico, em face da conflagração nos territórios
continentais.
(B) Ela impediu o comércio que era exercido entre a Ásia e a Europa, via Mediterrâneo.
(C) Ela foi responsável pela morte de milhares de soldados nos territórios continentais, provocando o declínio
populacional da Europa.
(D) Do ponto de vista marítimo, a Guerra dos Cem Anos afetou apenas o mar do Norte, notadamente o canal
da Mancha.
(E) Desviou as correntes mercantis que trafegavam no Mediterrâneo para o Pacífico.

09) No Império Romano do Oriente, fatos marcantes ocorreram em plena Idade Média e tiveram profunda
significação em termos navais nas constantes tentativas de desintegração daquele remanescente império.
Desta vez, entretanto, a ameaça vinha dos árabes que
(A) fizeram diversas investidas, por mar e por terra, até a invenção do fogo grego, aparecido em 677.
(B) realizaram uma “guerra santa” contra os cristãos à Leste, na Ásia.
(C) impuseram sua vontade a partir de ações políticas contra o comércio cristão no Atlântico.
(D) construíram diversas rotas de comércio triangular entre o norte da África, os arquipélagos atlânticos e o
mar Vermelho.
(E) desenvolveram uma tenaz perseguição aos comerciantes islâmicos e sarracenos.

10) O fim da Idade Média é marcado por importantes invenções, estando entre elas, quanto à arte da
navegação,
(A) a caravela, embarcação de altos bordos inventada em 1520.
(B) o canhão, desenvolvido pelos italianos de Gênova e Veneza.
(C) a introdução da bússola na Europa do século XIII
(D) os castelos, de proa e popa.
(E) a pólvora, trazida do oriente por Marco Polo.

11) Sitiada diversas vezes no correr dos séculos seguintes por árabes e turcos, Constantinopla sustentou a
luta e permaneceu fora do alcance dos estrangeiros que pretendiam dominá-la. Ela, contudo, que salvara a
civilização cristã do Ocidente, obstando o avanço de seus inimigos, veio a ser, por ironia da História, pilhada
barbaramente pela
(A) terceira cruzada (chamada dos Reis), em1300.
(B) quarta cruzada (cristã), de 1204.
(C) primeira cruzada (chamada dos Nobres), em1096.
(D) segunda cruzada (militar), que conquistou Jerusalém em1096.
(E) quarta cruzada (comercial), em 1094.

12) NETO (2015), in Atlântico: A história de um oceano, conta que os gregos conferiram ao ponto extremo
do mar Mediterrâneo o nome de Colunas de Hércules em alusão ao seu herói mitológico e que aquele
território Ocidental era uma área temida por todos os povos da Antiguidade, no entanto, o primeiro povo a
se distinguir na navegação entre Leste e Oeste no Mediterrâneo foi
(A) o fenício.
(B) o grego.
(C) o egípcio.
(D) o romano.
(E) o mesopotâmio.

Módulo Máster 4 - 15 - Turma Máster 2019


Prof. Vagner Souza História Militar-Naval

13) NETO (2015), As embarcações fenícias, conquanto desenhadas para as viagens mediterrânicas, lograram
vencer distâncias maiores, por meio da navegação costeira, e levar seus passageiros a vasculhar as águas
oceânicas. A nós pode parecer que para marinheiros desse quilate a navegação transgibraltana tenha sido
algo óbvio, fácil, mas não, pois a entrada em águas desconhecidas não se fez sem grandes riscos. A partir de
quando a presença fenícia no Atlântico já pode ser confirmada?
(A) Após o início da era Cristã.
(B) No século XIII a.C.
(C) Meados do século VII a.C.
(D) Após a fundação da cidade de Tiro.
(E) Antes do surgimento de Cartago.

14) Segundo NETO (2015), qual afirmativa abaixo sobre os fenícios está INCORRETA?
(A) A escassez de terras agriculturáveis na costa libanesa, sua pátria original, levou os fenícios a se fazerem
ao mar.
(B) Como estabelecimento comercial fenício, a única prova concreta é da presença desse povo comerciante
marítimo na costa Leste do Mediterrâneo.
(C) O crescimento populacional posterior às invasões dos Povos do Mar levou os fenícios na direção do mar.
(D) Inicialmente os fenícios se fizeram atravessadores, posteriormente fundaram feitorias e, por fim,
estabeleceram povoamentos em todo o Mediterrâneo.
(E) As oportunidades apresentadas pelo comércio marítimo levaram os fenícios a se lançarem ao mar.

15) NETO (2015) afirma que, dentre as urbanidades surgidas das trocas além-mar, Tartessos foi a maior e
mais famosa e, diante da demanda das civilizações mediterrânicas por estanho, os tartéssios estabeleceram
contatos comerciais ao longo de toda a costa europeia do Atlântico, desde sua Andaluzia natal até as ilhas
britânicas: na Idade do Bronze, metais oriundos da Inglaterra, de Gales, da Cornualha e mesmo da Irlanda
foram transportados até o sul da Espanha, o que indica
(A) a existência de rotas comerciais bem estabelecidas.
(B) haver comércio somente com a porção Oriental do Mediterrâneo.
(C) que os fenícios não se estabeleceram além das Colunas de Hércules.
(D) haver comercio somente de metais.
(E) haver comércio somente com a porção Ocidental do Mediterrâneo.

16) NETO (2015) esclarece que por volta do século VI a.C., Tartessos foi conquistada pelos fenícios, que
além de navegarem para o Norte também o fizeram na direção Sul, junto a costa da África, até,
aproximadamente,
(A) a África do Sul.
(B) as Ilhas Canárias.
(C) a Costa da Guiné.
(D) o Congo.
(E) Angola.

Módulo Máster 4 - 16 - Turma Máster 2019


Prof. Vagner Souza História Militar-Naval

17) NETO (2015) informa que o historiador grego Heródoto visitou o Egito “por volta de 450 a.C., apenas
um século
depois dos eventos do fim da XXVI Dinastia”, e o monarca referido no texto, Necau, reinou entre 610 e 595
a.C. Essa dinastia, chamada saíta, foi marcada, entre outras coisas, pela ampliação do comércio marítimo,
majoritariamente tocado por marinheiros gregos contratados. Heródoto também faz menção a uma possível
viagem fenícia de
(A) transporte de metais preciosos entre as atuais Américas e o mar Mediterrâneo.
(B) abastecimento dos navios em águas do atual Japão, devido as características linguísticas apresentadas
nos textos.
(C) expansão comercial marítima até a atual Coréia.
(D) circum-navegação, tendo os fenícios partido do mar Vermelho, contornado a África e entrado pelo mar
Mediterrâneo.
(E) abastecimento dos navios em águas da atual China, devido as características apresentadas nos produtos
comercializados.

18) Um dos registros de viagens atlânticas mais fascinante que sobreviveram é o Périplo de Hano, o
navegador, empreendido por volta de 500 a.C. Segundo NETO (2015), as fontes para o conhecimento dessa
expedição são fragmentadas: imortalizada em placas, foi posteriormente citada por autores gregos e latinos
em seus textos sobre geografia e história. Onde se encontravam as placas descritivas dessa viagem?
(A) Num templo em Cartago.
(B) Nas lápides das tumbas no Egito.
(C) Em um navio afundado no Pacífico.
(D) no palácio de um rei saudita.
(E) Em um navio enterrado na costa Leste africana.

19) Norma Musco Mendes, no livro Atlântico: A história de um oceano, informa que o Império Romano foi,
sobretudo, um império marítimo, visto que para o controle das suas partes, o mar Mediterrâneo e o oceano
Atlântico, eram os espaços estratégicos fundamentais de comunicação. Roma, segundo a autora, absorveu a
experiência da tradição fenício-púnica, etrusca e grega em relação à navegação pelo Mediterrâneo e pelo
Atlântico, acrescida do conhecimento proveniente dos périplos terrestres e marítimos. O que permitiu a Roma
alcançar essa qualidade foi
(A) os conhecimentos de astrologia fenícios.
(B) as tábuas solares de Akenaton dos egípcios.
(C) a introdução de técnicas de construção naval céltica e germânica.
(D) as runas de navegação dos vikings.
(E) os textos místicos de Chipre.

20) MENDES (2015), afirma que a preocupação com os mares esteve sempre presente na política
expansionista romana desde o início do período republicano, possivelmente como herança das atividades dos
etruscos pelo mar Tirreno. Em 311 a.C. foram criados dois grupos navais comandados por duoviri navalles,
e já nessa época se registra a fundação de colônias marítimas. As batalhas navais durante qual(ais) guerra(s)
concederam à República o domínio do Mediterrâneo?
(A) As Guerras Púnicas.
(B) As Guerras Médicas.
(C) As Guerras Civis.
(D) A Guerra do Primeiro Triunvirato.
(E) A Guerra de Roma.

Módulo Máster 4 - 17 - Turma Máster 2019


Prof. Vagner Souza História Militar-Naval

21) Em MENDES (2015), encontramos a última grande batalha naval da Antiguidade, que ocorreu em
(A) Ácio, onde após diversas batalhas terrestres, Marco Antonio foi derrotado e Otávio Augusto se tornou
imperador.
(B) Salamina, onde as forças navais de Otávio venceram as forças navais de Júlio César, que deram fim ao
Primeiro Triunvirato.
(C) Cambises, onde a força naval comandada pelo Almirante Agripa venceu a força naval que estava sob
serviço de Marco Antonio.
(D) Actium, onde as forças de Marco Antônio e Cleópatra foram vencidas e Otávio, como triúnviro, iniciou
o processo de criação do sistema político do Principado.
(E) Salônica, onde após vários dias de batalhas navais sangrentas, as forças rebeldes de Marco Antonio foram
vencidas, dando início ao período Imperial de Roma.

22) Durante o Principado foram evidentes os esforços para o desenvolvimento de um poder marítimo, sem o
qual Roma não teria conseguido o controle das áreas anexadas, MENDES (2015). Nesse sentido, basta citar
qual fato abaixo relatado?
(A) O início das operações imperiais contra a pirataria no Mediterrâneo feitas pelo General Pompeu.
(B) A busca de novos mercados para os produtos da indústria romana.
(C) A luta por novas terras e áreas produtivas para o Império obtidas nas guerras contra Cartago.
(D) A criação pelo Império de uma marinha destina unicamente às operações no Atlântico.
(E) A criação por Otávio Augusto de uma marinha imperial para o policiamento dos mares.

23) MENDES (2015) afirma que o período que se estende da fundação da República, em 509 a.C. ao
estabelecimento do Principado, em 27 a.C., presenciou a transformação do Estado romano em um império,
ou seja, a passagem de Roma de uma pólis clássica para uma cosmópolis. O mundo romano ao longo desses
processos vivenciou uma série de mudanças relacionadas aos processos de contato com as comunidades
vizinhas, com a expansão da intervenção romana nas distintas comunidades, revoltas, guerras de conquista
e, por fim, a anexação territorial. Que transformação foi essa vivida por Roma entre a República e o Império?
(A) Ela mudou de uma sociedade latina para uma sociedade saxônica.
(B) Roma abandonou suas características rurais e passou a ter características urbanas.
(C) A transformação foi de uma sociedade presa exclusivamente a terra em uma comunidade marítima.
(D) Foi uma lenta e gradativa mudança de uma sociedade pacífica em uma militarizada.
(E) A maior mudança ocorreu com o abandono das antigas tradições para uma religião monoteísta como
controle social.

24) De acordo com MENDES (2015), os estudos da área atlântica do Império Romano têm crescido nos
últimos anos em decorrência das abordagens interdisciplinares marcadas pelo diálogo entre a história e a
arqueologia náutica e subaquática. No tocante à península Ibérica, a conquista romana começou com a
(A) Segunda Guerra Púnica (218-202 a.C.), quando Cipião foi vencido.
(B) conquista de Lisboa, tomada dos árabes dando início ao desenvolvimento comercial da região.
(C) fundação de Madri, onde as legiões romanas tiveram sucesso em todas as batalhas.
(D) formação do Império, após as batalhas de Queronéia e Basiléia.
(E) Batalha de Actium, após a vitória de Marco Antonio contra o Triunvirato.

25) MENDES (2015) relata que o primeiro choque entre romanos e lusitanos foi em 194 a.C., na região da
Beira interior, cujo acirramento é representado pelas campanhas, entre 147 e 140 a.C., contra Viriato, líder
de um exército formado talvez por uma confederação de tribos. Na guerra contra Viriato os romanos usaram
duas táticas, uma por terra, através da região das atuais províncias de Badajós e Cáceres, e outra por mar,
pela costa do Algarve. O que representa este fato histórico para Roma?
(A) O fim das guerras que envolveram Roma no Atlântico.
(B) O início do período do Principado.
(C) Foi a primeira vez que os romanos se aventuraram pelo Atlântico.
(D) O início do período do Império.
(E) A formação da República e início das aventuras romanas nos oceanos.
Módulo Máster 4 - 18 - Turma Máster 2019
Prof. Vagner Souza História Militar-Naval

26) Em MENDES (2015) encontramos que as rotas marítimas romanas eram complementadas pelo transporte
fluvial formado pelos principais rios do Noroeste da península Ibérica — Minho, Douro, Tejo, Guadiana e
Guadalquivir. Essas áreas fluviais deixaram evidente o uso de um sistema de transporte misto, que fazia a
conexão de quais dois sistemas?
(A) O Atlântico e o Continental.
(B) O Urbano e o Rural.
(C) O Militar e o Civil.
(D) O Norte com o Sul.
(E) O Leste com o Oeste

27) MENDES (2015) afirma que apesar de o transporte fluvial ter sido mais seguro, o marítimo continuou
sendo, na época romana, o
(A) único possível na direção Oeste.
(B) mais barato e rápido.
(C) menos viável de ser executado.
(D) mais caro, devido às inseguranças.
(E) único possível na direção Leste.

28) MENDES (2015), informa que os rios ibéricos atuavam como corredores para o acesso ao oceano
Atlântico e, consequentemente, os seus estuários se constituíram em locais estratégicos para a interface dos
sistemas de navegação fluvial e marítima. Nos estuários dos rios já havia assentamentos permanentes pré-
romanos, estimulados pelas condições de segurança que permitiam o embarque e o desembarque de
mercadorias e a comunicação com as regiões do interior. Logo, Olisipo (Lisboa) se transformou, ao longo
do domínio romano, num centro do sistema marítimo da costa Oeste da Ibéria, pois
(A) não haviam portos usuais nas demais áreas do Mediterrâneo.
(B) o estuário do Tejo fornecia as embarcações segurança, acesso e comunicação com o interior peninsular.
(C) era o único porto que permitia, naquela época, acesso marítimo à península Ibérica.
(D) as características da cidade faziam do estuário do Tejo uma área fortificada e impossível às invasões.
(E) as mercadorias provenientes do lado Oeste do Atlântico eram facilmente distribuídas da costa Leste.

GABARITO:
01 – E 02 – B 03 – B 04 – B 05 – E 06 – B 07 – A 08 – A 09 – A 10 – C
11 – B 12 – A 13 – C 14 – B 15 – A 16 – B 17 – D 18 – A 19 - C 20 - A
21 – D 22 – E 23 – C 24 – A 25 – C 26 – A 27 – B 28 – B
Módulo Máster 4 - 19 - Turma Máster 2019
Prof. Vagner Souza História Militar-Naval

QUARTA BATERIA
IDADE MODERNA

01) A Batalha de Lepanto é uma das poucas ações navais importantes que não estava ligada a alguma
campanha terrestre, com objetivos puramente marítimos. Outro exemplo que encontramos na História é o
caso das batalhas navais entre
(A) a Inglaterra e Holanda no século XVII.
(B) a França e a Inglaterra no século XIV.
(C) a França e Portugal no século XVI.
(D) a Espanha e Portugal no século XVI.
(E) a Holanda e Portugal no século XVII.

02) O aparecimento da pólvora veio dar novas dimensões à guerra e criou na mente dos homens pacíficos
um grande temor, muito semelhante, guardadas as devidas proporções, com o que hoje se observa em relação
às armas nucleares. As primeiras armas chamadas de fogo foram os canhões; só muito depois é que surgiram
as armas portáteis. Na marinha, o canhão forçou lentamente o abandono do navio a remos que, embora mais
manobreiro que o navio a vela,
(A) consumia muito mais combustível.
(B) não podia conduzir o mesmo número de canhões.
(C) era mais lento por ocasião das batalhas navais.
(D) era muito grande e lento.
(E) não podia atingir todos os pontos do mar Mediterrâneo.

03) Nos fins do século XIII, o uso da bússola já estava generalizado na Europa, juntamente com outros
instrumentos de navegação da época como o astrolábio e a balestilha, que davam ao navegador um seguro
conhecimento de sua latitude, no entanto,
(A) não ajudaram no desenvolvimento econômico da Europa.
(B) o único meio de conhecimento da longitude era pelo caminho percorrido e com grande margem de erro.
(C) forneciam mais ainda as informações de longitude e com precisão.
(D) eram de difícil utilização devido ao tamanho e a necessidade de vários homens para operá-los.
(E) era completamente impossível se determinar a longitude.

04) Coube aos portugueses o papel principal do grande espetáculo dos descobrimentos marítimos do século
XV. Suas primeiras navegações foram feitas empregando-se navios como a barca e o barinel, no entanto, o
navio mais característico dessa época foi
(A) a nau.
(B) o submarino.
(C) a corveta.
(D) a fragata.
(E) a caravela.

05) Muitas histórias fantásticas corriam na Idade Média a amedrontar os que se aventurassem “pela grandeza
do mar oceano”, isto é, pelo Atlântico: animais monstruosos, capazes de devorar um navio inteiro, sereias,
que atraíam com seu canto os navegantes para junto dos rochedos, algas (sargaços) gigantescas que
imobilizavam os navios e faziam morrer de sede e fome seus ocupantes, etc. Algumas dessas lendas
(A) eram inventadas a partir de fatos religiosos e não influíam na navegação.
(B) remontavam à Antiguidade e os mecanismos protecionistas.
(C) fizeram com o comércio se dinamizasse, pela necessidade de se aumentar o volume de navios em
operação.
(D) foram responsáveis pelo abandono completo da navegação no Atlântico.
(E) medievais não influenciaram as cabeças dos homens na Idade Moderna.

Módulo Máster 4 - 20 - Turma Máster 2019


Prof. Vagner Souza História Militar-Naval

06) No capítulo da abertura do mar, o primeiro lugar cabe indiscutivelmente aos portugueses. Foram eles
que durante mais de 200 anos abriram novos caminhos, exploraram novas fontes de riquezas e descobriram
novas terras. Como foram realizadas as navegações portuguesas?
(A) Foram fruto de fatores diversos e o acaso, características do período medieval.
(B) Elas se desenrolaram com caráter de continuidade e, muitas vezes, com planos preestabelecidos.
(C) Foram realizadas sob administração e orientação da Igreja, confirmando os aspectos medievais de
Portugal.
(D) Elas foram realizadas de acordo com a demanda do Estado, levando em consideração apenas as questões
políticas.
(E) Baseada apenas em questões comerciais, as navegações portuguesas não tiveram impacto social em
Portugal.

07) Após a conquista de Ceuta, em 1415, o Infante d. Henrique instalou-se no promontório de Sagres,
transformando sua residência num ponto de reunião de geógrafos, navegadores, astrônomos e outros
indivíduos dedicados à ciência. Qual foi o papel principal de D. Henrique?
(A) Ter sido o maior navegador da história de Portugal.
(B) Ter financiado todas as expedições navais que ocorreram no século XIV.
(C) Ter levado a todos os reinos europeus a ideia de desenvolvimento comercial marítimo.
(D) Ter sido o condutor da política marítima portuguesa no início das grandes navegações.
(E) Ter construído o único aparato marítimo europeu do século XV.

08) Ano após ano, partiam os nautas portugueses (e também de outras nacionalidades a serviço de Portugal)
pelas costas africanas, “por mares nunca dantes navegados”, aumentando sempre os conhecimentos náuticos
dos lusitanos. A primeira parte das conquistas portuguesas se concretizou em
(A) 1500, quando Vasco da Gama descobriu o caminho para as Américas.
(B) 1498, quando Pedro A. Cabral localizou a passagem sul do continente africano.
(C) 1488, quando Bartolomeu Dias descobriu o extremo sul da África.
(D) 1500, quando Pedro A. Cabral descobriu o Brasil.
(E) 1515, quando Portugal tomou a cidade de Ormuz na Índia.

09) O governo lusitano ficou estupefato e contrariado quando, em 1493, Colombo, de volta à Espanha, passa
por Lisboa anunciando que havia chegado às Índias. A Viagem de Cristóvão Colombo era relativamente
simples: partindo do pressuposto de que a Terra era redonda, as Índias poderiam ser atingidas navegando-se
para o ocidente em vez do oriente. Por que Portugal não aceitou esta via de acesso às Índias?
(A) Não havia recursos em Portugal para se realizar grandes navegações atlânticas.
(B) Era notório que esta rota era impossível de ser realizada.
(C) Havia, entre todas as nações europeias, uma repulsa pelas Américas.
(D) Não interessava a Portugal abandonar uma norma que vinha seguindo havia meio século.
(E) Os recursos portugueses eram regulados pela Igreja, que não tinha interesses na América.

10) Colombo desconhecia a existência de um vasto continente entre a Europa e as Índias; imaginava a
distância entre a Europa e a Ásia pelo ocidente muito menor do que realmente é. Durante a viagem, teve que
mentir para as guarnições rebeladas, dizendo que ainda não haviam percorrido o caminho previsto. Colombo
calculava com razoável aproximação o diâmetro da Terra, isso devido a(o)
(A) a falta de conhecimentos de matemática entre os navegadores europeus.
(B) inexistência de instrumentos que indicassem a Latitude.
(C) mudança constante da posição dos astros, dificultando os cálculos.
(D) característica das embarcações utilizadas pelos espanhóis, todas de construção árabe.
(E) desconhecimento que havia na época sobre os cálculos de Longitude.

Módulo Máster 4 - 21 - Turma Máster 2019


Prof. Vagner Souza História Militar-Naval

11) A viagem de Colombo que, à primeira vista, parecia colocar por terra todos os planos portugueses, fez
com que este país recorresse imediatamente ao Papa para defesa de suas pretensões. O acordo inicial não
agradou ao governo português, porque
(A) a divisão, hábil do ponto de vista político, não tentava evitar um conflito entre duas importantes nações
da cristandade.
(B) atendia aos clamores de Portugal desagradando à Espanha, terra natal do Papa Alexandre VI.
(C) não dividiu entre os dois estados querelantes o mundo descoberto e por descobrir.
(D) as terras situadas a 100 léguas a oeste do meridiano das ilhas dos Açores e do Cabo Verde seriam da
Espanha e, as situadas a leste, de Portugal.
(E) era frontalmente contrária aos prováveis interesses dos demais estados (França, Inglaterra, Veneza,
Gênova, etc.), que eram sumariamente excluídos da repartição do mundo.

12) Os navios lusitanos, de grande porte em comparação com os dos árabes, não tinham a liberdade de ação
dos navios de guerra inimigos, mas tinham
(A) maior conhecimento de navegação no oceano Índico.
(B) a capacidade de operarem isoladamente no oceano Pacífico.
(C) maior capacidade de carga, o que os faziam ser mais rápidos.
(D) uma área de velas em maior proporção, o que permitia navegar até em completa calmaria.
(E) maior poder de fogo.

13) E o mundo estava entrando numa época de predomínio do fogo sobre movimento e choque. Dessa disputa
entre árabes e portugueses, estes, apesar das distâncias, mas fortemente amparados por um governo resoluto,
em poucos anos arrebataram aos orientais o domínio dos mares índicos e passaram a exercer, com
exclusividade, o comércio das especiarias e demais mercadorias do Oriente para a Europa. Qual batalha
colocou a Ásia nas mãos portuguesas?
(A) Batalha de Diu.
(B) Tomada de Constantinopla.
(C) Batalha de Adem.
(D) Tomada de Ormuz.
(E) Batalha do Golfo Pérsico.

14) Em 1566, os Países Baixos, possessão da coroa espanhola, revoltaram-se contra a intolerância religiosa
e a opressão econômica de Felipe II. A longa luta que se seguiu, com altos e baixos para os holandeses,
terminou em 1609 com a independência das sete províncias protestantes do norte. Desde 1580, Portugal e
Espanha estavam unidos sob uma única coroa, e, embora juridicamente os dois Estados continuassem
independentes, na prática o resultado foi
(A) que as terras de Portugal se uniram as de Espanha.
(B) fazer dos holandeses inimigos dos portugueses.
(C) que durante sessenta anos Portugal esteve em guerra contra a Espanha.
(D) uma maior união de Portugal com as demais nações europeias.
(E) o acirramento das disputas coloniais brasileiras e o movimento de independência do Brasil.

Módulo Máster 4 - 22 - Turma Máster 2019


Prof. Vagner Souza História Militar-Naval

15) Uma nova potência marítima estava surgindo: a Inglaterra. O século XVII iria assistir a uma longa luta
pelo domínio do mar entre holandeses e ingleses, sendo correto afirmar que
(A) Em 1651, a monarquia havia sido temporariamente derrubada na Inglaterra e o país era governado com
mão-de-ferro por Carlos II.
(B) O Ato de Navegação, baixado em 1651, restringiu os direitos de outros países em favor da marinha
mercante holandesa.
(C) O Ato de Navegação era um golpe muito sério para a Holanda, país que vivia principalmente do comércio
terrestre.
(D) A Holanda possuía nessa época as maiores frotas mercante e pesqueira da Europa, apoiadas por um forte
exército.
(E) A posição geográfica holandesa, todavia, era muito desfavorável: fronteiras terrestres muito abertas e as
principais rotas de navegação passando junto às costas inglesas.

16) Finalmente o governo português enviou à nova colônia americana duas expedições militares (guarda-
costas) em 1516 e 1526, ambas tiveram a oportunidade de combater numerosos navios franceses. Elas foram
comandadas por
(A) Men de Sá.
(B) Cristóvão Jaques.
(C) Duarte Coelho.
(D) Martim Afonso de Sousa.
(E) Amador Bueno.

17) Com a ocupação definitiva do Brasil a partir de 1530, o problema da pirataria deixou de ser importante.
Os ataques de piratas e corsários, porém, a cidades litorâneas foram frequentes durante todo o período
colonial. Qual item abaixo foi uma importante ação de piratas/corsários no território brasileiro?
(A) De 1580 a 1640, contra o Nordeste brasileiro.
(B) De 1555, contra o Rio de Janeiro (França Antártica).
(C) De 1611, no Maranhão (França Equinocial).
(D) De 1630-1654, em Pernambuco.
(E) De 1710 e 1711, contra o Rio de Janeiro.

18) As guerras holandesas no Brasil são muito importantes para o estudo da guerra terrestre, porque nelas os
brasileiros empregaram, na maior parte do conflito e em larga escala, o sistema de guerrilhas, muito antes,
portanto, de Mao Tse-Tung, considerado por muitos como “o pai das guerrilhas”. Do ponto de vista da HMN
Brasileira, as ações holandesas sobre nosso território implicaram em qual importante fato?
(A) A presença maciça da Marinha portuguesa no Brasil, deu início ao processo de formação da consciência
marítima brasileira.
(B) Para combater a presença da Cia. Holandesa das Índias Ocidentais no Brasil, foi criada a primeira
companhia de comércio brasileira.
(C) O envio de tropas do Batalhão Naval português para combater a presença holandesa, deu início a
construção dos batalhões de artilharia da Marinha brasileira.
(D) No RJ foi criada a primeira expedição naval brasileira destinada a combater a presença de estrangeiros
no Brasil.
(E) O governador do RJ, Salvador Correa de Sá, enviou uma expedição naval a fim de combater a presença
de franceses e holandeses em Angola, na África.

Módulo Máster 4 - 23 - Turma Máster 2019


Prof. Vagner Souza História Militar-Naval

19) O Cardeal Richelieu tinha grande vontade de dar uma esquadra à França. Fazendo eco a seus desejos,
um subordinado seu escrevia em 1626: “Todo aquele que é senhor do mar tem grande poder na terra. Tomai
como exemplo o rei de Espanha. Desde que conquistou o mar, é senhor de tantos reinos, que nunca o Sol se
põe sobre os seus territórios!”. Sobre a conquista dos mares, qual afirmativa abaixo está correta?
(A) Portugal, ao longo dos séculos XV, XVI e XVII, foi a maior potência naval europeia.
(B) As Guerras Anglo-Holandesas do século XIX deram a Inglaterra o poderio naval tão sonhado por todas
as grandes nações europeias.
(C) A Holanda, que realizava comércio com as principais áreas do Norte da Europa, passa a controlar também
o comércio com o Oriente a partir da queda dos árabes dentro do Mediterrâneo.
(D) A Espanha, depois de Portugal, indicara o caminho a seguir, mas os holandeses, na Batalha de Dunes,
em 1639, deram o golpe de misericórdia no poderio naval dos espanhóis.
(E) Nenhuma nação europeia estava apta para tomar a dianteira das grandes navegações a partir da queda de
Portugal sob domínio espanhol.

20) Depois da fundação da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, em 1621, o Almirante Pedro Hayn
fez várias incursões ao Brasil, aprisionou, em 1628, a mais rica esquadra de tesouros que os espanhóis
armaram, apossou-se das Antilhas e fundou colônias na costa norte-americana. Entre estas
(A) contava-se a Nova Amsterdã (Nova Iorque), comprada aos índios, em 1626, por 60 florins, ou sejam 24
dólares.
(B) Nova Jersey, que se tornou a mais importante área de produção de tecidos holandeses.
(C) está a Guiana, que até hoje é território holandês encravado nas américas.
(D) podemos destacar a área compreendida pela costa Leste canadense, destinada a pesca e a produção de
peixe salgado ou defumado.
(E) as áreas produtoras de madeiras no atual território do Canadá, importante para a construção naval.

21) Enquanto ocorria o surto de progresso inglês no séc. XVI denominado de “pré-Revolução Industrial”, a
Espanha mantinha-se dominando um grande império colonial, como, aliás, fazia seu vizinho ibérico,
Portugal. A União Ibérica ampliou os domínios espanhóis, no entanto
(A) agregou valores ao comércio espanhol de especiarias orientais.
(B) não permitiu a expansão portuguesa nas áreas coloniais americanas.
(C) espalhou diversas guerras nos territórios africanos.
(D) permitiu o início do ciclo de mineração no Brasil.
(E) declinou a economia lusitana.

Módulo Máster 4 - 24 - Turma Máster 2019


Prof. Vagner Souza História Militar-Naval

22) ROTH (2015), em seu texto diz que “Quando Cristóvão Colombo, em 1484, pediu apoio a dom João II
para a sua viagem, este recusou. O rei tinha algumas razões para tal negativa, sendo INCORRETO afirmar
que
(A) A primeira delas seria a discordância entre os cálculos sobre a esfericidade da terra apresentados por
Colombo, que, partindo de uma premissa errônea, levavam à conclusão de uma viagem de menor duração
do que a sustentada pela junta de especialistas constituída para examinar a proposta.
(B) Outro possível motivo estaria na crença de dom João em seus objetivos ultramarinos. Mudá-los no
momento em que começavam a surtir efeito os esforços feitos pelos portugueses, por mais de sessenta
anos, na busca da passagem marítima pelo sul da África para as Índias não parecia ser uma política
apropriada.
(C) Era também uma razão de ser que, Portugal desgastado por quase um século de guerras contra os mouros,
ao final do século XV estava sem recursos humanos e materiais para continuar a busca da passagem a
Oeste do Oceano Atlântico.
(D) Também é provável supor que já se soubesse da existência de um continente que seria o limite ocidental
do Atlântico. As viagens para oeste de Cabo Verde, oriundas da Volta da Mina, poderiam ter levado
navegadores portugueses a avistarem terras do continente americano. Assim, o projeto de Colombo levaria
a uma descoberta que já seria de seu conhecimento e a abertura de uma frente não desejada naquele
momento, já que todos os esforços estavam concentrados em contornar a África e garantir o monopólio
do comércio com os locais descobertos por Portugal.
(E) Por fim, a manutenção do sigilo de suas descobertas dava ao rei a vantagem de decidir qual seria o melhor
momento para iniciar a exploração portuguesa desse novo mundo.

23) ROTH (2015) afirma que com Henrique VIII (1509-1547), a Inglaterra continuaria a investir na
construção naval, com grandes navios, armados com canhões pesados, como o HMS Mary Rose. O que
representou esta Marinha de Henrique VIII?
(A) Um elemento para a diplomacia daqueles tempos.
(B) O maior exemplo de construção naval do século XVI.
(C) Que nascia, assim, o poder naval inglês.
(D) Representou o início de uma nova era inglesa, a Godwellfare.
(E) Marcou o fim da Guerra dos Cem Anos.

24) ROTH (2015), afirma que oi com Elizabeth I (1558-1603) que a Marinha inglesa revelou a sua
importância no cenário europeu do século XVI. A exploração marítima e o corso (apoiado de forma velada)
eram ações que se mesclavam na arriscada política de Elizabeth com a Espanha. Foi nesse contexto que
(A) foram descobertas terras no continente Antártico.
(B) ocorreu a batalha naval da Invencível Armada de 1588.
(C) Espanha iniciou a Guerra dos Cem Anos Espanhola.
(D) a esquadra inglesa foi destroçada ao apoiar os turcos em Lepanto contra os espanhóis.
(E) que a independência da Martinica foi obtida, pouco antes dos ingleses conquistarem Gibraltar.

25) ROTH (2015), esclarece que os holandeses foram expulsos do Brasil pelas forças espanholas, lideradas
por dom Fradique de Toledo, e portuguesas, chefiadas por dom Manuel de Meneses. As forças navais eram
comandadas por dom Juan Fajardo, que liderava a esquadra espanhola com 31 galeões, e dom Francisco de
Almeida, à frente da esquadra portuguesa de 18 navios grandes e quatro caravelas. Esse insucesso da
Companhia viria a ser compensado com
(A) o aprisionamento da frota espanhola de prata proveniente do México, em 1628.
(B) com a expansão dos domínios holandeses na África, a partir da conquista de São Jorge da Mina.
(C) o aumento do comércio de especiarias com as zonas de Hansa.
(D) a descoberta de ouro nos territórios holandeses da América Central e Caribe.
(E) com a expansão dos domínios holandeses na Ásia, com a conquista de Madrasta nas Filipinas.

Módulo Máster 4 - 25 - Turma Máster 2019


Prof. Vagner Souza História Militar-Naval

26) NASCIMENTO, Rômulo L. X (2015), em seu artigo sobre “Mare clausum e mare liberum: episódios
luso-neerlandeses no Atlântico Sul”, afirma que depois de 1631 muitas embarcações (grandes e pequenas)
cruzariam o Atlântico a serviço da Companhia das Índias Ocidentais (WIC) holandesa, tendo como base no
Brasil
(A) Salvador - BA.
(B) Rio de Janeiro - RJ.
(C) Olinda/Recife- PE.
(D) Maceió - AL.
(E) Belém - PA.

GABARITO
01 – A 02 – B 03 – B 04 – E 05 – B 06 – B 07 – D 08 – C 09 – D 10 – E
11 – D 12 – E 13 – D 14 – B 15 – E 16 – B 17 – E 18 – B 19 – D 20 – A
21 – E 22 – C 23 – C 24 – B 25 – A 26 – C

Módulo Máster 4 - 26 - Turma Máster 2019


Prof. Vagner Souza História Militar-Naval

QUINTA BATERIA
IDADE CONTEMPORÂNEA (1)

01) Pouco depois da Revolução Americana, a Revolução Francesa vinha transformar a situação marítima
internacional, deixando a Inglaterra opor-se às forças navais e terrestres da Europa inteira com sua potente
frota. Napoleão, subindo ao poder, compreendeu que o poder marítimo inglês seria seu verdadeiro inimigo e
empreendeu os eventos abaixo, EXCETO:
(A) Durante vários anos Napoleão pensou em invadir a Grã-Bretanha atravessando o canal da Mancha com
uma frota de batelões construídos em Bolonha, mas por fim compreendeu a fragilidade de seus projetos.
(B) Napoleão tentou de várias formas atingir a Inglaterra entre o fim do séc. XVIII e início do XIX. Invadiu
a Espanha, Portugal, Bélgica, Holanda e a Rússia, tomando posse temporária desses países e de suas
colônias.
(C) Napoleão julgou então que a resistência britânica podia ser enfraquecida por uma ameaça efetiva contra
as Índias e o comércio oriental. O resultado foi a desastrosa campanha do Egito.
(D) A desastrosa campanha do Egito levou à ascensão o grande Almirante inglês Nelson. O Egito foi ocupado
por ele em 1798 e o que restava da esquadra francesa totalmente disperso na Batalha de Abuquir (Batalha
do Nilo).
(E) Os exércitos franceses que estavam no Egito, impossibilitados de se moverem e sem apoio logístico,
foram vencidos em 1798.

02) A situação era clara entre o fim do séc. XVIII e início do XIX: a França, potência terrestre, opunha-se à
Inglaterra, potência marítima. O resultado era inevitável. Em 1801, Nelson bombardeou Copenhague e,
finalmente, em 1805, deu-se a Batalha de Trafalgar, onde pôs em debandada as forças franco-espanholas e
retomou o domínio dos mares. O que ocorreu após Trafalgar?
(A) Diante da indecisão do Regente de Portugal, a Inglaterra obrigou a transferência da corte para o Brasil e
invadiu a Bélgica.
(B) Devido ao apoio do rei da Espanha à França, a Inglaterra invadiu o reino luso para utilizá-lo na investida
contra Napoleão.
(C) A Inglaterra empreendeu o bloqueio do continente Europeu e apoderou-se das colônias da Espanha e da
Holanda, que, contra a vontade, eram aliadas de Napoleão.
(D) Portugal, seguindo o destino da Espanha, foi invadido por Napoleão. A Inglaterra, respondendo à altura
dos acontecimentos, resolveu tomar as colônias desses países para que não nutrissem a França.
(E) Apesar do apoio inglês às nações ibéricas, tanto Espanha quanto Portugal foram invadidos. O resultado
não podia ser outro, a Inglaterra declarou guerra a Portugal e Espanha.

03) A vitória inglesa nas Guerras Napoleônicas deu origem imediatamente a que característica abaixo
relatada?
(A) A Revolução Industrial inglesa, destinada principalmente a metalurgia.
(B) A corrida armamentista contra a França, incluindo outras nações como a Itália e a Alemanha.
(C) A Revolução Industrial inglesa, destinada principalmente a tecelagem.
(D) Ao Capitalismo Financeiro e Industrial, processado até então na França.
(E) A longa Pax Britannica, imposta pela marinha inglesa.

04) Na última década do século XVIII, a França foi agitada por uma grande transformação que alcançou o
mundo: a Revolução Francesa. Do ponto de vista da História Militar Naval francesa, essa Revolução
representou
(A) a transformação da Marinha francesa, que passou a operar de forma muito mais eficiente durante a
Revolução.
(B) a perda da capacidade combativa da Marinha francesa durante a Revolução, por motivo da emigração ou
morte de seus oficiais.
(C) o aniquilamento da Marinha francesa, que não mais se reergueu após a Revolução.
(D) a Era de Ouro da Marinha francesa.
(E) a autodestruição pela Revolução e a venda de seus navios de guerra para a Inglaterra.
Módulo Máster 4 - 27 - Turma Máster 2019
Prof. Vagner Souza História Militar-Naval

05) A princípio, a Grã-Bretanha olhou com benevolência as transformações provocadas pela Revolução
Francesa, pois tudo parecia levar este país para o caminho do governo constitucional, quando, porém, a
França investiu militarmente sobre outros países europeus, a fim de estender os efeitos da Revolução, ela
deixou sua posição de simples espectadora. Durante as Guerras Napoleônicas, quem foi responsável por
manter a grandeza e expandir o Império Britânico?
(A) O General Washington, comandando as tropas inglesas, foi o ícone da Inglaterra.
(B) O almirante Churchil, a frente da esquadra britânica, garantiu a vitória inglesa na Europa.
(C) Lord Ficher, Grande Almirante inglês, comandando a esquadra de seu país, obteve as vitórias.
(D) O gênio militar e administrativo de Napoleão encontrou seu par na figura de Nelson, o almirante inglês.
(E) Lord Cromwell, ministro da Marinha inglesa, foi o célebre comandante naval.

06) Napoleão fez o que pôde para invadir a Grã-Bretanha. Antes dele outros já haviam tentado o mesmo,
mas o último que conseguiu foi Guilherme, o Conquistador, em 1066. A Grã-Bretanha salvava-se sempre
pelo mar, como ocorreu em que ocasião abaixo?
(A) Durante a Guerra dos Cem Anos, durante os séculos XV e XVI.
(B) Nas tentativas de invasão dos povos vikings, dos séculos IX a XI.
(C) Na Batalha Naval da Jutlândia, durante a 1ª GM, no ano de 1914.
(D) Na 3ª Batalha do Atlântico, operando a partir de suas bases africanas.
(E) Com Hitler, mais de um século depois de Napoleão.

07) Nos Estados Unidos da América em 1776 dera-se a Revolução Americana, com as clássicas ideias da
democracia liberal. Ela se fez com lutas memoráveis a fim de garantir a liberdade das antigas 13 colônias
inglesas da América do Norte, o que torna correto afirmar do ponto de vista da HMN que
(A) A Revolução foi responsável pela Guerra de Secessão Americana (1780-1800).
(B) A Revolução Americana (1776-1783) viu nascer a marinha dos Estados Unidos da América.
(C) O comércio livre, pregado pela Inglaterra, estimulou as colônias americanas.
(D) A Revolução americana estreitou os laços com a antiga metrópole.
(E) A aproximação dos EUA com a França por causa da Revolução Americana, permitiu as conquistas
militares francesas contra a Inglaterra.

08) Na Revolução Americana (1776-1783) as lutas desenvolveram-se no mar e em terra. O apoio da França,
ressentida com a perda do Canadá para a Inglaterra alguns anos antes, foi decisivo para os norte-americanos.
Repetiu-se nessa campanha memorável uma situação análoga à de Xerxes na Grécia, após a Batalha de
Salamina. Tendo os britânicos perdido a Batalha de Chesapeake (5/9/1781), o General Cornwallis ficou
isolado na América e
(A) buscou ajuda nas colônias espanholas para poder vencer os revoltosos.
(B) sem poder receber o apoio de que necessitava, acabou rendendo-se.
(C) tendo que manter a Marinha espanhola ocupada no mar do Caribe.
(D) tentou conseguir uma liga militar, semelhante a de Delos na Grécia Antiga.
(E) criou uma guerra civil nos EUA, chamada de Guerra de Secessão, igual a Guerra do Peloponeso.

09) Napoleão, de mentalidade continental por excelência, tentou vencer seu inimigo por outros modos.
Tentou controlar o mar controlando a terra. Pretendia fazer seu adversário morrer à míngua, esvaziando seu
comércio de qual forma?
(A) Bloqueando todos os empórios e colônias inglesas.
(B) Decretou, em Berlim, o famoso bloqueio continental.
(C) Desviando o comércio inglês do oceano Atlântico para o Pacífico.
(D) Construindo, ao longo das comunicações inglesas, fortificações capazes de imobilizar seu comércio.
(E) Desviando as monarquias europeias para suas colônias americanas, como foi o caso de Portugal e Brasil.

Módulo Máster 4 - 28 - Turma Máster 2019


Prof. Vagner Souza História Militar-Naval

10) A decisão emancipadora de Dom Pedro colocou subitamente o novo império contra a tropa do General
Inácio Madeira de Melo, comandante da guarnição portuguesa na Bahia, formada em torno de um núcleo de
seis mil soldados, em sua maioria veteranos das campanhas ibéricas. Havia também na Bahia uma Esquadra
portuguesa comandada por
(A) Vasco de Ataíde.
(B) Thomas Cochrane.
(C) Félix Pereira de Campos.
(D) João de Oliveira Bottas.
(E) Manoel Marques Lisboa

11) Na conquista da Guiana Francesa oficiais britânicos haviam dirigido operações navais conjuntas da frota
anglo-brasileira sob o comando de
(A) Tomas Croz.
(B) Regis Milmann.
(C) Leonardo Sequillos.
(D) Jaime Lucas Yeo.
(E) João Arcanjo Flint.

12) Outros países latino-americanos haviam contratado serviços de oficiais britânicos, como os de Guilherme
Brown, engajado pela Junta de Buenos Aires em 1814. Com o domínio do mar e sem as necessidades do
bloqueio europeu da época napoleônica, o poder marítimo britânico dispensara grande número de oficiais
experientes, que ficaram disponíveis para oferecer sua capacidade profissional às nações emergentes recém-
emancipadas. Entre esses, o futuro Marquês de Barbacena contratou para comanda a MB
(A) John Taylor
(B) John P. Grenfell
(C) Marquês de Tamandaré
(D) Lorde Cochrane
(E) Manoel A. Farinha

13) Em 3 de abril de 1823, a nau capitânia Dom Pedro I partiu do Rio de Janeiro acompanhada pela fragata
Ipiranga e pelas corvetas Maria da Glória e Liberal, suplementadas por um brigue e uma escuna. Essa força
naval foi conduzida para combater áreas resistentes a nossa independência, seguindo para qual província?
(A) Pernambuco
(B) Paraíba
(C) Paraná
(D) São Paulo
(E) Bahia

14) No primeiro combate com a frota portuguesa, Lorde Cochrane teve dificuldades com a marujada lusitana
engajada na esquadra brasileira. Restabelecida a disciplina, os combates e escaramuças continuaram até a
expulsão dos resistentes, cuja navios foram perseguidos por ______________________, que ostentou a
Bandeira Brasileira no rio Tejo em Portugal em 12 de setembro de 1823.
(A) João Taylor
(B) João Bottas
(C) Tamandaré
(D) Grenfell
(E) Inhaúma

Módulo Máster 4 - 29 - Turma Máster 2019


Prof. Vagner Souza História Militar-Naval

15) As áreas resistentes a Independência do Brasil foram:


(A) Bahia, Maranhão, São Paulo e Santa Catarina.
(B) Bahia, Grão Pará, Maranhão e Paraíba.
(C) Grão Pará, Maranhão, Bahia e Cisplatina
(D) Uruguai, Bahia, Maranhão e Pará.
(E) São Paulo, Bahia, Maranhão e Uruguai.

16) Como se constituiu a Marinha do Brasil?


(A) Sob orientação direta de D. Pedro I.
(B) Com ajuda da esposa do Imperador.
(C) A partir da compra de navios na Inglaterra pelos comerciantes cariocas.
(D) Tendo como artífice José Bonifácio de Andrada e Silva.
(E) Seguindo as ordens de D. Pedro I e os projetos ingleses.

17) Os fatos que explicam os motivos do mar ter sido a única opção para a Independência do Brasil estão
relacionados abaixo, exceto:
(A) Portugal mantinha tropas fiéis em pontos destacados da costa brasileira.
(B) Havia necessidade de se obstruir as comunicações de Portugal com resistentes no Brasil.
(C) Um forte aliado de Portugal era a Inglaterra, nação poderosa nos mares.
(D) Não havia comunicações terrestres para todos os pontos do território brasileiro.
(E) Portugal tinha uma economia fortemente relacionada com o mar.

18) Com sua visão de estadista (além de cientista que foi), José Bonifácio percebeu claramente um grave
problema: havia focos rebeldes à Independência, cuja ação poderia levar à separação de partes até então
integrantes do território do antigo Reino do Brasil. A única solução para o caso era o emprego da força
armada, a fim de eliminar as reações ao surgimento do novo Estado independente. Por que foi optado pelo
emprego de uma marinha na solução do problema apresentado?
(A) Devido ao Brasil do início do século XIX não apresentar obstáculos para eficiente comunicação interna
e os elementos capazes de conter e eliminar as resistências tiveram que percorrer pequenas distâncias.
(B) Porque os principais focos de resistência eram a Bahia, o Maranhão, o Grão-Pará e o Rio Grande, no
extremo sul. Deslocar tropas pelo interior não seria a melhor decisão e talvez impossível.
(C) A única via para um deslocamento rápido de tropas seria o mar. O mar não apenas como via para forças
terrestres, mas também para forças navais.
(D) Porque Portugal mantinha em nossas águas navios de guerra ingleses e americanos e, usando o mar,
apoiava as tropas de terra que lhe eram fiéis.
(E) Impunha-se, de nossa parte, o corte das comunicações marítimas entre a Inglaterra e seus soldados que
aqui estavam.

19) Após a formação da MB, faltava, contudo, um elemento importantíssimo: quem iria guarnecê-la?
(A) Portugueses e Ingleses fiéis a metrópole lusitana.
(B) Portugueses dissidentes de Lisboa com apoio portenho.
(C) Ingleses, irlandeses e espanhóis que aproveitaram a fragilidade europeia.
(D) Estrangeiros, em sua maioria ingleses, que estavam livres das guerras europeias.
(E) Oficiais de náutica ingleses e de artilharia franceses complementados por 500 marinheiros espanhóis.

Módulo Máster 4 - 30 - Turma Máster 2019


Prof. Vagner Souza História Militar-Naval

20) O navio a vela era milenar. Os homens estavam já habituados a manobrar com ele. Sua manutenção
implicava apenas a conservação de suas madeiras, de seu velame e dos cabos que formavam seus aparelhos.
Navegava dependendo apenas de dois elementos: vento e comida para a guarnição. Quando comparamos os
navios antigos com os da era da Industrialização, podemos afirmar com EXCESSÃO que:
(A) Todo o espaço dos navios mercantes destinava-se exclusivamente ao transporte de carga e ao alojamento
da guarnição.
(B) O raio de ação dos navios antigos era quase ilimitado.
(C) Excetuando-se reparos casuais, motivados pelo mau tempo ou pela ação do inimigo, as bases e os portos
espalhados pelo mundo apenas serviam para prover os navios dos meios necessários à subsistência de
seus homens.
(D) A obtenção de pessoal qualificado e peças de reposição para os navios modernos se tornou fácil no início
da industrialização.
(E) Os navios de guerra modernos tinham bastante espaço para os canhões e sua respectiva munição.

21) No começo do século XVIII, um francês, Denis Papin, tentou adaptar um engenho a vapor num barco.
Mais tarde, Jaime Watt, por volta de 1770, construiu a primeira máquina a vapor digna desse nome, e ao
longo do século XIX as transformações foram se acentuando. Como não podia deixar de ser, a marinha
(mercante e de guerra) sofreu o impacto da Revolução Industrial. Qual afirmativa abaixo está correta sobre
industrialização e as marinhas do mundo todo?
(A) A navegação fluvial foi a menos favorecida pelos avanços tecnológicos nos navios da era Industrial.
(B) Devido aos rápidos progressos da Industrialização, a busca de navios de guerra mecanizados foi intensa
no início do séc. XIX.
(C) Os avanços tecnológicos foram mais lentos nas marinhas de guerra e no ambiente marítimo.
(D) A disputa industrial entre a França e a Inglaterra permitiram o acesso rápido de todas as nações aos
navios modernos.
(E) Países como os EUA e o Japão participaram ativamente da Industrialização naval já na primeira metade
do séc. XIX.

22) As guerras napoleônicas mal haviam terminado e os mercantes começavam a desenvolver o novo tipo
de propulsão. As nações marítimas, dentre elas principalmente a Grã-Bretanha, tinham feito vultosíssimos
investimentos em navios de madeira a pano para a situação de beligerância que tinham acabado de viver.
Adotar o vapor àquela altura significava jogar fora todo o investimento feito, já que novas táticas e novos
métodos haveriam de surgir. O que isso representou?
(A) Um fator de preocupação mas que não atrapalhou o desenvolvimento da navegação mecanizada.
(B) Um empecilho à adoção do navio a vapor, principalmente nas marinhas de guerra.
(C) Apesar das dificuldades iniciais, a navegação a vapor progrediu rapidamente no hemisfério sul.
(D) Uma facilidade de afirmação da navegação a vapor no hemisfério norte, principalmente nas marinhas de
guerra inglesa e francesa.
(E) Uma paralisação completa da evolução náutica, até a resolução dos entraves iniciais.

23) Qual afirmativa abaixo encontra-se INCORRETA sobre o uso do vapor como força motriz?
(A) Um navio mercante poderia sofrer avarias nas máquinas e o pior que lhe poderia acontecer seria um
atraso na entrega da mercadoria ou no desembarque dos passageiros.
(B) Pensava-se que o vapor não se coadunava com a guerra no mar. Era de difícil condução, inseguro, alterava
consideravelmente todo o sistema logístico consagrado havia tanto tempo.
(C) O navio de guerra, se sofresse avarias, teria prejudicada a presteza no ataque e na defesa militar e as
máquinas ainda não ofereciam a desejada segurança.
(D) As rodas de pás laterais não eram apenas feias. Eram também vulneráveis. Se fossem atingidas o navio
perderia a mobilidade e poderia ser facilmente afundado pelo inimigo.
(E) As rodas de pás laterais ainda tiravam muito espaço para a colocação de mastros horizontais, diminuindo
a velocidade do navio, mas não alteravam seu poder ofensivo, pois a artilharia da época era disposta pelos
bordos.

Módulo Máster 4 - 31 - Turma Máster 2019


Prof. Vagner Souza História Militar-Naval

24) O navio encouraçado fez sua aparição no Brasil durante a Guerra do Paraguai (1864-1870), por
necessidade tática e estratégica do teatro de operações. Qual foi a razão dessa necessidade tática e estratégica?
(A) As áreas de defesa do território paraguaio encontravam-se fora do raio de ação da MB.
(B) Os rios paraguaios estavam poderosamente defendidos por fortalezas.
(C) Os navios paraguaios eram plenamente adaptados a guerra oceânica.
(D) As posições armadas por Solano López encontravam-se ao longo da região costeira paraguaia.
(E) Havia necessidade de se alcançar o território paraguaio, e a única forma era através do oceano Pacífico.

25) No Brasil, a oficialidade estava a par das grandes modificações que então ocorriam no mundo. Nossas
dificuldades na produção energética implicavam a importação do carvão, o que onerava bastante a operação
dos navios a vapor. O emprego dos navios mistos (a vapor e vela), porém, que ainda se fazia em grande
escala pelos mares, foi um recurso bastante usado aqui. Os ministros da marinha frequentemente
recomendaram aos comandantes de navios que, nos cruzeiros ao longo da costa, apenas usassem o pano,
empregando o vapor somente nos casos de manobras ou quando a necessidade assim o exigisse. Qual
afirmativa abaixo encontra-se correta sobre o emprego do vapor para a Marinha de Guerra brasileira?
(A) Toda a MB foi logo convertida para navios a vapor durante a primeira metade do século XIX.
(B) No Brasil, a última grande batalha naval com navios de madeira foi a do Riachuelo, em 1865. Esta
também foi a primeira batalha naval no mundo em que só se usou vapor.
(C) Havia desconfiança dos oficiais da MB para o uso da propulsão a vapor, principalmente no ambiente
fluvial, como ocorria com as demais marinhas.
(D) A MB, forjada nos estaleiros e nas carreiras da França, estava engajada para a guerra fluvial devido a
presença dos navios com propulsão a vapor.
(E) Apesar dos navios da MB serem destinados principalmente a navegação oceânica, eles foram
perfeitamente adaptados a Guerra do Paraguai devido ao emprego do vapor como força motriz.

26) A Revolução Industrial mudara a face do mundo. A Revolução Industrial primeiro e, depois, o que se
começou a chamar de Revolução Tecnológica, agravaram as relações nacionais e internacionais. Nos Estados
Unidos sobreveio uma grande crise em torno da economia industrializada e da economia rural, que culminou
com a Guerra de Secessão (1861-1865), cujo móvel aparentemente inexpressivo foi a abolição da
escravatura. Qual afirmativa abaixo está correta?
(A) Foi com a Guerra de Secessão (1861-1865) que surgiu os navios encouraçados.
(B) Criando as condições necessárias, os estados do Norte conseguiram vencer os estados do Sul, no entanto,
o fator da industrialização do Sul é que quase permitiu a vitória Confederada.
(C) Os estados federados do Sul tinham condições exclusivas rurais em sua economia, enquanto os estados
confederados do Norte eram exclusivamente industriais.
(D) Nessa guerra civil, a marinha federal bloqueara os portos sulistas, impedindo que os confederados
recebessem recursos externos de que tanto necessitavam, justamente por não possuírem base industrial.
(E) A construção dos meios navais do Sul dependeu de apoio francês durante a guerra, enquanto que o apoio
inglês aos estados do Norte era mais evidente.

Módulo Máster 4 - 32 - Turma Máster 2019


Prof. Vagner Souza História Militar-Naval

27) Os navios de vapor, o casco de ferro e a couraça foram a eloquente representação da Revolução Industrial
na Guerra do Paraguai. Nunca se fez, no Brasil, esforço de guerra semelhante. Nunca o surto de
desenvolvimento da marinha foi tão evidente fruto das imposições do estado de beligerância. Nunca os fatos
mostraram com tanta evidência a necessidade de se manter sempre uma razoável força naval atualizada nas
mais modernas técnicas, não para a conquista, nem para o gosto dos espíritos belicosos, mas para a segurança
do Estado e a certeza de uma defesa eficaz que garanta os cidadãos amantes de sua pátria, no entanto,
(A) a MB acabou por receber forte estímulos vindos principalmente dos EUA.
(B) o Brasil entra em crise política após a Guerra do Paraguai, e a questão militar acabou pesando no destino
da nação.
(C) a presença de militares brasileiros, principalmente da MB, foi responsável pela mudança política do
Brasil.
(D) a economia brasileira, fortemente agrícola, não aceitou as mudanças possíveis vindas da industrialização.
(E) a falta de dinheiro nos cofres imperiais não permitiu a compra de navios dotados de características
industriais.

28) Sob a Campanha Cisplatina, Vidigal (1985) afirma que “o Tratado de Tordesilhas, indubitavelmente,
não estorvou o avanço português em direção ao rio da Prata. Embora conscientes de que aquelas terras se
encontravam do lado ocidental do meridiano famoso, não estavam eles dispostos a renunciar à conquista,
de fato, daqueles territórios.”
Baseado nesta afirmativa, qual opção abaixo encontra-se correta sobre os fatos políticos daquela região?
(A) A reconstituição do antigo Vice-Reinado do Prata, que unisse os territórios do que hoje é a Argentina, o
Paraguai e o Uruguai, constituiria uma séria ameaça à segurança brasileira.
(B) A ameaça à segurança do território brasileiro deveria ser combatida apenas pelos meios políticos.
(C) A independência da província de Buenos Aires em 1810 não criou possibilidades de ameaça à segurança
territorial brasileira.
(D) a Província Cisplatina aderiu ao Império brasileiro quando os uruguaios votaram sua incorporação. Não
havia, portanto, possibilidade de perda deste território para o Brasil
(E) A ameaça à segurança do território brasileiro deveria ser combatida apenas pelos meios militares.

29) Vidigal (1985) afirma que, “A carência de pessoal [para formação de nossa Primeira Esquadra] era de
tal ordem que foi necessário recorrer ao voluntariado indígena, aceitando-se, até mesmo:
(A) mulheres para as funções administrativas.
(B) escravos e condenados como marinheiros e grumetes.
(C) mulheres para as funções de saúde e limpeza dos navios.
(D) civis para as operações de guerra no Rio de Janeiro e na Cisplatina.
(E) estrangeiros para atuarem exclusivamente nos cargos administrativos.

30) Vidigal (1985) afirma que por força de uma liderança deficiente, o bloqueio naval brasileiro não foi
conduzido com o rigor desejado, embora isso fosse perfeitamente possível por força da nossa superioridade
numérica. Constantemente, corsários escapavam dos portos argentinos e atacavam o tráfego marítimo em
águas brasileiras. O abandono espontâneo e criminoso da ilha Martim Garcia, chave da navegação do rio
Uruguai, posteriormente ocupada, para grande mal nosso, por nossos inimigos, veio culminar a série de erros
(A) da Esquadra inglesa que estava a serviço do Brasil na região Platina.
(B) cometidos pelo Vice-Almirante Rodrigo Pinto Guedes, que acabou falecendo nos combates.
(C) devido à inabilidade do General Bartolomeu Mitre, Chefe das Forças Unidas do Prata.
(D) do Almirante Rodrigo Lobo, que foi exonerado em maio de 1826 e submetido a Conselho de Guerra.
(E) provocadas pelo presidente argentino Bartolomeu Mitre no comando das Forças da Tríplice Aliança.

Módulo Máster 4 - 33 - Turma Máster 2019


Prof. Vagner Souza História Militar-Naval

31) No começo de 1865, a força naval brasileira compreendia 45 navios armados, sendo 33 a vapor e 12 a
pano, sendo tripulados por 609 oficiais e 3.627 praças. Esses navios, evidentemente, estavam distribuídos ao
longo do nosso litoral, empenhados em tarefas importantes, não podendo, portanto, ser todos concentrados
contra o Paraguai. Vidigal (1985)
Qual a maior deficiência do Brasil por ocasião do início da Guerra contra o Paraguai?
(A) A falta de aliados políticos na região, devido às campanhas contra a Argentina em 1851 e contra o
Uruguai em 1864.
(B) A indisponibilidade da maior parte dos militares brasileiros da região em lutar pelo Império, devido aos
fatos ocorridos durante a Revolução Farroupilha.
(C) A incapacidade brasileira de acompanhar a evolução existente em curso naquela época no Paraguai.
(D) A falta de navios encouraçados, principalmente que fossem apropriados para as águas rasas e turbulentas
da bacia Platina.
(E) A falta de pessoal capacitado na Marinha Imperial a executar operações militares em águas fluviais.

32) No campo interno, a Regência, resultante da abdicação de Pedro I e da minoridade de seu filho, dirigia
seus esforços no sentido de unificar o Império, unido por laços ainda tênues, quer econômicos, quer culturais.
Vidigal (1985), afirma que “Desde 1830 o tráfego de escravos era ilícito, sendo o combate a ele tarefa da
nossa Marinha. Durante muitos anos, o Império manteve operando na costa da África, com base em Cabinda,
uma a Divisão Naval, com esse propósito específico.” Qual era essa Divisão Naval?
(A) Divisão Naval do Norte.
(B) Divisão Naval Negreira.
(C) Divisão Naval do Leste.
(D) Divisão Naval do Banzo.
(E) Divisão Naval Tumbeira.

33) Revoltas e sedições sucederam-se no Rio de Janeiro e nas diversas Províncias. Citando, apenas, as
principais: em Pernambuco, a Setembrada (setembro de 1831), a Novembrada (novembro de 1831) e a
Abrilada (abril de 1832); no Pará, a Cabanagem (janeiro de 1835 a abril de 1839); na Bahia, a Sabinada
(novembro de 1837 a março de 1838); no Maranhão, a Balaiada (dezembro de 1838 a janeiro de 1841); no
Rio Grande do Sul, a Guerra dos Farrapos (1835 a 1845), de caráter nitidamente separatista. Segundo Vidigal
(1985), está correto afirmar que
(A) a Marinha Imperial só teve que atuar em algumas dessas revoltas, sendo especificamente na Balaiada
onde ocorreram os principais eventos navais.
(B) em todos esses movimentos sediciosos, os revoltosos não dispunham de Marinha, exceto no caso da
Revolução Farroupilha.
(C) a Cabanagem, no Pará, foi a primeira e a mais longa Revolta Regencial.
(D) a Marinha Imperial teve um único combate naval nas Revoltas Regenciais, ocorrido na Cabanagem, onde
os principais eventos navais ocorreram nos canais marítimos que circundam S. Luís.
(E) a Farroupilha, por abranger uma área mais extensa, as forças rebeldes acabaram dispersas e não puderam
fazer frente à Marinha Imperial.

34) Vidigal (1985) afirma que as "granadas ocas" - que eram cheias de pólvora e que, por meio de mecha,
deflagravam e provocavam incêndios - eram uma séria ameaça para os navios de madeira. À medida que
foram sendo introduzidos melhoramentos nos canhões, como o emprego da alma raiada, a supremacia da
artilharia levou
(A) a se reforçar os cascos dos navios com maior espessura das madeiras.
(B) ao aparecimento das couraças a posterior construção de navios metálicos.
(C) a se desenvolver navios mais rápidos, como os famosos Clippers americanos.
(D) a criação de mecanismos de combate a incêndios nos navios.
(E) a melhoria do emprego da pólvora para os canhões defensivos.

Módulo Máster 4 - 34 - Turma Máster 2019


Prof. Vagner Souza História Militar-Naval

35) “A Guerra de Secessão nos Estados Unidos (1861-1865) foi extremamente fecunda sob o ponto de vista
de construção naval, o que teve profundas repercussões sobre a estratégia e táticas navais.” Vidigal (1985).
Qual afirmativa abaixo encontra-se INCORRETA sobre a Guerra Civil Americana em seus aspectos navais?
(A) A batalha de Hampton Roads (1862) marca o aparecimento de navios que combinavam o uso do vapor
com o de couraça.
(B) a Merrimac ou Virginia foi o navio utilizado pelos Confederados.
(C) Os estados do Sul dos EUA adaptaram um navio a vapor que havia sido recuperado de um incêndio como
navio encouraçado e o empregou na batalha de Hampton Roads.
(D) A Guerra Civil Americana foi responsável pela criação da couraça nos navios de guerra, empregados
durante as batalhas navais de Hampton Roads e Mississipi.
(E) o Monitor, foi o navio utilizado pelos estados Federados do Norte.

36) A 22 de janeiro de 1808, a Nau Príncipe Real, onde o Príncipe Regente D. João encontrava-se embarcado,
chegou à Bahia. A 28, D. João proclamava a independência econômica do Brasil com a publicação da famosa
carta régia que
(A) determinou a criação da primeira faculdade no Brasil.
(B) abriu ao comércio estrangeiro os portos do país.
(C) declarou guerra à França.
(D) declarou guerra à Espanha.
(E) determinou as primeiras tarifas alfandegárias no Brasil

GABARITO
01 – B 02 – C 03 – E 04 – B 05 – D 06 – A 07 – B 08 – B 09 – B 10 – C
11 – D 12 – D 13 – E 14 – A 15 – C 16 – D 17 – E 18 – C 19 – D 20 – D
21 – C 22 – B 23 – E 24 – B 25 – B 26 – D 27 – B 28 – A 29 – B 30 – D
31 – D 32 – C 33 – B 34 – B 35 – D 36 – B
Módulo Máster 4 - 35 - Turma Máster 2019
Prof. Vagner Souza História Militar-Naval

SEXTA BATERIA
IDADE CONTEMPORÂNEA (2)

01) De acordo com a publicação HNB-V5-T1b, Entre 1913 e 1914 a Marinha do Brasil incorporou:
(A) Três submarinos de fabricação italiana (FIAT), denominados de F1, F3 e F5.
(B) Dois Encouraçados tipo Dreadnoughts de fabricação nos EUA pela GM.
(C) Dez Contratorpedeiros de origem francesa da Renault.
(D) Dois Cruzadores de “Scolta” de fabricação alemã pela Audi.
(E) Cinco rebocadores de construção argentina na Tango.

02) As grandes disputas geradas no século XIX não poderiam terminar em paz. A corrida colonial foi
acompanhada de uma corrida armamentista de enormes proporções. As tensões internacionais cresceram em
tal ordem que tudo culminou numa guerra como jamais o mundo vira antes: a Grande Guerra, como ficou
logo conhecida. Um dos fatos da 1ª GM foi denominado de “A Tragédia dos Dardanelos”, que corresponde
exatamente à(ao)
(A) resistência da Marinha russa no mar Báltico.
(B) mal emprego do poder naval britânico no Mediterrâneo.
(C) demora da chegada da Marinha do Brasil com a DNOG ao cenário da guerra.
(D) número de franceses mortos pelos navios ingleses na localidade de Alcácer Kibir.
(E) esmagadora capacidade dos navios de superfície alemães no mar Negro.

03) O grande revés experimentado pelos Aliados com a campanha de Constantinopla, como também ficou
conhecida a Campanha dos Dardanelos, foi seguida em 1916 de uma gigantesca batalha naval, a maior do
mundo até então, a Batalha da Jutlândia (também chamada de Skagerrak pelos alemães), que envolveu 250
navios, sendo 151 ingleses e 99 alemães. Qual afirmativa abaixo encontra-se correta sobre a Batalha da
Jutlândia?
(A) A Batalha da Jutlândia, apesar de sua magnitude, não teve consequências estratégicas importantes.
(B) Os alemães empregaram toda sua força de superfície na Batalha da Jutlândia, vencendo os combates.
(C) Apesar da superioridade inglesa, a Batalha da Jutlândia foi claramente coordenada pelas ações alemãs.
(D) A Batalha da Jutlândia, evento naval principal da 1ª GM, encerrou as operações navais da guerra.
(E) As operações submarinas irrestritas alemãs na 1ª GM forçaram a Batalha da Jutlândia.

04) O submarino na 1ª GM era uma arma obscura. Ninguém conhecia exatamente seu valor. Nunca havia
sido experimentado em larga escala. Era conhecido apenas como um navio adequado para a defesa dos
portos. O submarino era, exclusivamente, um navio de emprego defensivo. Entretanto, a guerra estava num
impasse após a Batalha da Jutlândia, sendo necessário à Alemanha,
(A) em 1916, empregar toda sua força de superfície na costa dos EUA.
(B) em 1915, voltaram-se tenazmente contra a Tríplice Entente no mar.
(C) em 1917, iniciar a campanha submarina irrestrita.
(D) em 1918, passar enfim a afundar os navios mercantes de qualquer nacionalidade que navegassem na zona
de guerra.
(E) em 1916, sem condições de alcançar cedo uma vitória que pretendiam obter sobre a França,

05) Dentre as diversas formas de se superar as ações submarinas restritas alemãs na 1ª GM, temos
(A) o amplo emprego de sonares de localização de submarinos.
(B) o uso de radares de detecção submarina.
(C) o emprego de minas magnéticas dentro dos portos aliados ou neutros.
(D) o uso da aviação naval na patrulha do Atlântico.
(E) o uso de bandeiras neutras por parte dos ingleses.

Módulo Máster 4 - 36 - Turma Máster 2019


Prof. Vagner Souza História Militar-Naval

06) Os alemães pretendiam liquidar com a economia inglesa e fazer o povo inglês padecer de fome, já que a
Grã-Bretanha importava alimentos em grande quantidade. A estratégia teria dado excelente resultado para
os alemães, não fossem estudos novos que se fizeram sobre o tráfego marítimo. No que resultou estes
estudos?
(A) No emprego em larga escala de navios aeródromos de detecção antissubmarina.
(B) No uso do comboio como medida geral a ser adotada para o tráfego marítimo durante a guerra.
(C) No aperfeiçoamento das medidas antissubmarinas, como uso de sonares.
(D) Na supressão do tráfego de cargas para a Inglaterra.
(E) Na mudança de comportamento da Tríplice Entente, aceitando as imposições da Tríplice Aliança.

07) Qual das afirmativas abaixo encontra-se INCORRETA sobre a desconfiança do Almirantado britânico
na medida geral adotada para o tráfego marítimo durante a 1ª Guerra?
(A) A velocidade do comboio teria que ser reduzida em função do navio mais lento, o que aumentaria
demasiadamente a demora nas travessias.
(B) Os portos ficariam congestionados em face da chegada simultânea de um número grande de navios para
as operações de carga e descarga.
(C) Os navios viajariam escoteiros (isolados); assim, não haveria substancial prejuízo na rapidez das viagens.
(D) A viagem em grupo aumentava os riscos de colisão e de consequente perda de navios.
(E) O emprego de navios de guerra para a cobertura dos comboios retirá-los-ia de missões ofensivas, com
prejuízo para o desenvolvimento das operações navais

08) Qual o nome de uma das alianças formadas durante a Primeira Guerra Mundial?
(A) Tríplice Aliança, formada principalmente por Brasil, Argentina e Uruguai.
(B) Tríplice Entente, que a partir de 1917 contou com a participação do Brasil e EUA.
(C) Tríplice Aliança, tendo a Inglaterra como nação hegemônica.
(D) Tríplice Império, contanto com a Alemanha, a Áustria-Hungria e os Turcos-Otomanos.
(E) Tríplice Aliança, formada por EUA, França e Rússia.

09) A marinha enviou uma força naval para a Europa, com o fim de participar da guerra naquele teatro de
operações. A 7 de maio, os primeiros navios suspenderam, seguidos depois de outros, que vieram a formar,
juntos, a Divisão Naval em Operações de Guerra – DNOG – comandada pelo
(A) Vice-Almirante Pedro Max de Frontin.
(B) Contra-Almirante Alexandrino de Alencar.
(C) Almirante Marques de Leão.
(D) Vice-Almirante Saldanha da Gama.
(E) Capitão-de-Mar-e-Guerra Pedro Gama e Sousa.

10) O Brasil nas vésperas da 1ª GM não se alinhava entre potências capazes de influir nos negócios europeus.
Sequer tinha uma frota mercante significativa a ponto de preocupar seriamente as autoridades com a
navegação nos mares, no entanto, à mesma época, a marinha de guerra era respeitável – embora não muito
grande – porque dispunha do que orgulhava as marinhas de então:
(A) de três submarinos classe F italianos.
(B) de aviões tipo Curtis americanos.
(C) de cruzadores ligeiros classe Queen franceses.
(D) de dois magníficos encouraçados do tipo Dreadnought ingleses.
(E) de rebocadores classe Laurindo Pitta, de construção inglesa.

Módulo Máster 4 - 37 - Turma Máster 2019


Prof. Vagner Souza História Militar-Naval

11) Na rota para a África (Dacar), a Divisão Naval realizou ataques a submarinos. De Dacar, os navios
partiram para Gibraltar, a fim de patrulharem aquelas águas, onde pouco tempo antes um navio britânico foi
afundado por ação de submarino inimigo. Tais operações de patrulhamento não chegaram a completar-se,
pois
(A) a MB não conseguiu completar o agrupamento dos navios devido as baixas por doença a bordo deles.
(B) os navios encaminhados pela MB eram inadequados as operações na costa da África.
(C) o almirantado britânico alterou os planos de emprego da DNOG, encaminhado a Divisão ao
Mediterrâneo.
(D) a associação aos navios americanos colocou nossa Divisão em condição operativa ofensiva.
(E) a 11 de novembro de 1918 o armistício foi assinado.

12) Em seu conjunto, a Primeira Guerra foi muito violenta tanto no mar como em terra. Diferente de tudo o
que já houvera até então, o conflito surpreendeu estrategistas e táticos com as novidades que apareceram. De
europeia ela tornou-se mundial, ao longo de todos os meridianos. Envolveu a Europa, a América e o Oriente,
onde
(A) a Rússia instalou no mar Amarelo a Base Naval de Porto Artur.
(B) o Japão, que emergia como potência, impôs condições ao kaiser.
(C) países como a China e a Coréia iniciaram seu desenvolvimento armamentista.
(D) os navios americanos comandados pelo Comodoro Perry chegaram a Uraga.
(E) o Japão, de modo imperialista, conquistou Formosa e a Malásia e obteve hegemonia sobre a Coréia e a
Indochina.

13) O fim da guerra assinalou também o começo do declínio inglês, e dali a duas décadas a Royal Navy
deixaria de ser a maior do mundo, sendo mais tarde superada por qual marinha?
(A) A Marinha do Czar da Rússia. (D) A Marinha russa, comandada pela URSS.
(B) A Marinha nipônica. (E) A Marinha norte-americana, a US Navy.
(C) A Marinha do Kaizer alemão.

14) O império russo caíra em 1917. O Império Austro-Húngaro esfacelara-se, libertando as nacionalidades
oprimidas da Europa Central. A Grã-Bretanha e a França estavam exaustas. O império alemão se desfizera.
O Japão progredia sem desgastes no Extremo Oriente. A América Latina era ainda, junto com a África, palco
das representações dos artistas da economia europeia e norte-americana. Woodrow Wilson, presidente dos
Estados Unidos da América, compreendeu que um novo mundo se formava e insistiu pela criação de uma
assembleia de nações, onde se pudessem discutir as questões comuns, sendo criado qual órgão internacional?
(A) A Liga das Nações.
(B) As Nações Unidas.
(C) As Alianças Unidas.
(D) A Tríplice Aliança.
(E) A Tríplice Entente.

15) Ao terminar a Primeira Guerra Mundial,


(A) os EUA superaram a Royal Navy, tornando-se a maior potência naval do planeta.
(B) o Brasil, fazendo parte da Aliança das Américas, passou a Potência por Aliança.
(C) os ingleses não conseguiram recuperar sua frota mercante.
(D) a esquadra alemã se afundou por vontade própria no fundeadouro de Scapa Flow.
(E) a França, continuando sua secular corrida armamentista, superou a marinha de guerra inglesa.

Módulo Máster 4 - 38 - Turma Máster 2019


Prof. Vagner Souza História Militar-Naval

16) a Segunda Guerra Mundial finalmente eclodira. Era o caminho natural de tantos desentendimentos. Dir-
se-ia mais tarde que aquele conflito foi uma continuação do primeiro. Marque abaixo a única opção
INCORRETA sobre a 1ª e/ou a 2ª GM:
(A) uma diferença da Segunda Guerra Mundial era fundamental: a guerra de 1914 estava calcada nitidamente
sobre feroz concorrência internacional, em termos puramente econômicos.
(B) quase tudo girava em torno de acirrada disputa de mercados na 1ª GM e a Alemanha foi a grande
concorrente da Grã-Bretanha.
(C) em 1939, embora persistissem motivos econômicos, sobretudo geopolíticos, havia indisfarçável e até
gritante acento ideológico na contenda.
(D) a estratégia naval alemã era nítida: devido à deficiência de navios de superfície, o emprego de submarinos
tornou-se mais do que uma opção e a Alemanha destacou-se empregando até submarinos de transporte de
tropas e porta aviões.
(E) ao eclodir o conflito da 2ª GM, a Itália não contava entre os agressores: mantivera-se neutra, apesar de
sua aliança com os alemães.

17) Para a Alemanha, seus corsários de superfície tiveram também grande atividade, tornando-se famosos
durante a 2ª GM. Dois exemplos que temos desses navios corsários são:
(A) o Admiral Graf Spee, afundado em decorrência da Batalha da Jutlândia em 1916 e o do Bismarck,
afundado em sua primeira e única viagem, em 1941.
(B) o Starhost, perdido em batalha ao largo das ilhas Falklands, e o Admiral Müller, que participou do
Combate Naval do Atlântico.
(C) o Lager, sobriamente projetado em Badem Badem, e o Pilsen, projetado para ser um navio de ampla
utilização.
(D) o Hashtag e Germany, construídos inicialmente como mercantes armados, foram transformados em
cruzadores ligeiros.
(E) o Admiral Graf Spee, afundado em decorrência da Batalha do Rio da Prata, de 13 de dezembro de 1939
e o do Bismarck, afundado depois de memorável epopeia, em sua primeira e única viagem, em 27 de maio
de 1941.

18) VIDIGAL (2000), ao tratar da Guerra Russo-Japonesa de 1904-1905, fala das ações das torpedeiras
usadas pelos japoneses. Esses navios de ação rápida, construídos na Inglaterra nos anos que antecedem a
guerra regular entre aqueles países, foi responsável pela ação inicial da guerra, levando grandes danos aos
navios russos. Outras ações japonesas também foram muito contundentes, o que, inclusive, os levou à vitória
na guerra. Qual ação abaixo NÃO foi empreendida pelo Japão durante aquele conflito?
(A) A derrota do Encouraçado Mikasa sob comando do Almirante Togo.
(B) O ataque com a destruição da base russa de Porto Arthur.
(C) A vitória japonesa na Batalha de Tsushima.
(D) A Guerra de Minas empreendida com vantagem pelos japoneses.
(E) A Batalha do Mar Amarelo, com vantagens colhidas pelos japoneses

Módulo Máster 4 - 39 - Turma Máster 2019


Prof. Vagner Souza História Militar-Naval

19) Utilizando-se do artigo escrito por VIDIGAL (2000), correlacione a coluna da esquerda com a da direita
e marque abaixo a única opção plausível:
1 - Dreadnought ( ) Desenvolvido em 1904, estava prevendo a compra de navios
de pequena a regular tonelagem, como torpedeiras e
cruzadores, além da construção de um novo Arsenal para a MB.
2 – Esquadra de 1910. ( ) Desenvolvido em 1906, teve como motivadores os
ensinamentos da Guerra Russo-Japonesa e o lançamento de
modernos navios encouraçados.
3 – Programa Naval ( ) Incorporava todos os ensinamentos recentes, como
Júlio de Noronha motores Diesel, caldeiras a óleo, turbinas a vapor, canhões de
12” e 3” em torres duplas, tubos lança torpedos, rádio, etc
4 - Revolta Marinheira de 1910 ( ) Fruto da distância social criada entre a imensa qualificação
do material flutuante da MB e a baixa qualificação de seu
pessoal, levando, inclusive, a Esquadra de 1910 ser considerada
uma “frustração”.
5 – Programa Naval ( ) Teve como núcleo dois navios encouraçados, se tornando a
Alexandrino de Alencar soma dos esforços da Mb em se reequipar. Participou
ativamente tanto da 1ª quanto da 2ª Guerra Mundial.

20) Na publicação HNB-V5-T1b, sobre Pessoal, Herick Marques Caminha afirma que Entre a Proclamação
da República e o fim do ano de 1922, a administração naval brasileira buscou a qualificação de seu pessoal.
Qual foi a Missão Naval escolhida para a qualificação profissional dos membros da Armada Brasileira e por
qual motivo havia a necessidade de melhoria do pessoal?
(A) A escolha foi sobre a Missão Naval Americana, sendo para atender ao crescente desenvolvimento
tecnológico do material.
(B) Coube a Missão Naval Alemã, devido a disponibilidade de pessoal e material naquele país após a
Primeira Guerra Mundial.
(C) Com a aproximação do Brasil com a França, a escolha natural foi para a Missão Francesa, a mais
desenvolvida do ponto de vista naval naquela época.
(D) Naturalmente a escolha foi sobre a Missão Naval Inglesa, tendo em vista ser a grande nação vencedora
da Primeira Guerra Mundial.
(E) Apesar da escolha ter sido sobre a Missão Naval Inglesa, a escolha se deu como parte dos pagamentos
que o Brasil devia à Inglaterra ao fim da Primeira Guerra Mundial.

21) No começo do século XX o Brasil incorporou o Encouraçado Minas Geais, de construção inglesa, assim
como o São Paulo posteriormente. Junto a esses navios também foram incorporados Cruzadores-
Esclarecedores (Scouts) e Contratorpedeiros (Destroyers). Segundo a HNB-V5-T1b, esses navios fizeram
parte da
(A) Primeira Revolta da Armada.
(B) ações de guerra do Brasil contra a França por causa da pesca irregular em águas brasileiras.
(C) Segunda Revolta da Armada.
(D) construção do Programa Naval do Almirante Júlio de Noronha.
(E) Esquadra de 1910.

22) Quem era o comandante do primeiro navio revoltado na Revolta da Chibata, de acordo com a publicação
HNB-V5-T1b?
(A) Capitão-de-Mar-e-Guerra João Batista das Neves
(B) Capitão-de-Fragata Claudio da Mota.
(C) Capitão-de-Mar-e-Guerra Armando Pena Botto.
(D) Almirante Isaías de Noronha.
(E) Capitão-de-Mar-e-Guerra Alberto de Alencar Castelo Branco.

Módulo Máster 4 - 40 - Turma Máster 2019


Prof. Vagner Souza História Militar-Naval

23) Devido às características dos marinheiros de nossa Esquadra no começo do século XX, segundo a HNB-
V5-T1b, a MB era obrigada a
(A) manter sempre seu material flutuante na mais alta qualificação.
(B) manter uma troca constante de pessoal com o Exército Brasileiro.
(C) manter os navios adquiridos após a Revolta da Armada de 1893.
(D) contratar marinheiros estrangeiros, em sua maioria ingleses.
(E) enviar os marinheiros a comissões no estrangeiro para aprimoramento profissional.

24) No Livro Atlântico: A história de um oceano, organizado por SILVA, Francisco C. T. da, (Rio de Janeiro:
Editora Civilização Brasileira, 2015), está a afirmativa de que o Brasil teve um crescimento e enriquecimento
nas últimas duas décadas com uma sistemática escalada no grupo das grandes potências, e que isso trouxe
novas necessidades estratégicas. Segundo o autor, onde estão expressas essas novas condições e necessidades
nacionais brasileiras?
(A) Na Estratégia Nacional de Defesa, de 2008.
(B) Na Constituição Federal, de 1998.
(C) No Tratado Internacional, de 2001.
(D) No Acordo das Américas, de 1997.
(E) Na Organização das Nações Unidas, de 1945.

25) De acordo com SILVA et al (2015), O Brasil, com 16.885 quilômetros de fronteiras terrestres com dez
países sul-americanos, muitos dois quais nem sempre estáveis em termos de segurança pública e/ou
institucional e de controle eficaz da ordem interna diante do crime organizado, como no caso do Paraguai,
da Bolívia e da Colômbia, teremos sempre de manter um olhar atento sobre nossas fronteiras. Por outro lado,
deve-se dizer, somos nós mesmos uma fonte de insegurança para nossos vizinhos?
(A) Sim, devido a política belicista do governo brasileiro, sempre na intenção de agredir os países fronteiriços
com o Brasil.
(B) Não, tendo em vista nossos vizinhos sul-americanos serem potencialmente mais fortes do ponto de vista
militar.
(C) Não, devido a política pacifista brasileira, onde em nenhuma hipótese iremos agredir países fronteiriços.
(D) Sim, pela exportação do crime organizado, como no caso das facções criminosas do Rio de Janeiro e de
São Paulo que transbordaram para o Paraguai
(E) Não, por ser o Brasil incapacitado de ações bélicas em virtude de uma política desencontrada do governo
com as Forças Armadas.

26) SILVA et al (2015), afirma que hoje percebemos que quase 85% de todo o comércio externo do país,
importação e exportação, usa o Atlântico como via principal de acesso. São cerca de 300 bilhões de
dólares/ano de riquezas (sobre um conjunto de 359 bilhões em 2010) que fluem do/para o Brasil através das
águas do Atlântico. Além disso, qual produto importante encontra-se em zonas offshore do oceano?
(A) Toda captação da pesca brasileira provém do Atlântico.
(B) Cerca de 90% de todo o petróleo e gás do país.
(C) Nossas principais jazidas de ferro.
(D) As principais áreas produtoras de manganês.
(E) Nossas únicas fontes de energia.

Módulo Máster 4 - 41 - Turma Máster 2019


Prof. Vagner Souza História Militar-Naval

27) Em SILVA et al (2015), encontramos a afirmação que “O oceano Atlântico, denominado pela Marinha
do Brasil, de forma metafórica, Amazônia Azul, em função da sua imensa extensão sob responsabilidade
nacional e de suas riquezas, foi a própria origem do país. Para o Brasil, que se fez através dos mares, o
Atlântico é uma área vital para a prosperidade e a tranquilidade. Qual afirmativa abaixo esta correta sobre a
relação do Brasil o Atlântico?
(A) Em 1942 o Brasil se viu atingido por forte campanha submarina alemã em sua costa, o que levou a sua
entrada no conflito até 1945.
(B) A forte campanha submarina alemã em nossa costa quase inviabilizou o intenso comércio de cabotagem
que o Brasil vivia às vésperas da Segunda Guerra Mundial.
(C) A entrada do Brasil na Grande Guerra de 1914 a 1918 não se deu pelos ataques de submarinos germânicos
aos navios mercantes brasileiros que transitavam pelas áreas de conflito europeias.
(D) Por duas vezes o comércio marítimo nacional foi atingido naquele século [XX], com sérias repercussões
para a vida nacional.
(E) A entrada do Brasil na Primeira Grande Guerra se deu pelo ataque alemão a um de nossos navios que
fazia transporte de longo curso naquela época, o NM Paraná.

28) SILVA et al (2015) afirma que, a aceitação pelo Brasil da missão de comando das forças da ONU na
vigilância e pacificação no mar Mediterrâneo, em 2011, impõe, como exemplo, a existência de meios eficazes
para isso. Qual navio foi enviado para aquela região?
(A) Corveta Barroso.
(B) NDD Rio de Janeiro.
(C) NAE São Paulo.
(D) Submarino Timbira.
(E) Fragata União.

29) A participação brasileira em vários esforços internacionais de disposição de forças de paz, segundo
SILVA et al (2015), não será possível caso continuemos com uma panóplia militar sucateada e de má
qualidade. A modernização das Forças Armadas brasileiras assume, assim, um caráter de emergência, e não
apenas retórico. Um desses esforços brasileiros em forças de paz ocorreu recentemente
(A) na República Dominicana.
(B) no Haiti.
(C) em Angola.
(D) no Egito.
(E) em Cuba

GABARITO
01 – A 02 – B 03 – A 04 – C 05 – E 06 – B 07 – C 08 – B 09 – A 10 – D
11 – E 12 – B 13 – E 14 – A 15 – D 16 – D 17 – E 18 – A 19 – E 20 – A
21 – E 22 – A 23 – C 24 – A 25 – D 26 – B 27 – C 28 – E 29 – B

Módulo Máster 4 - 42 - Turma Máster 2019

Potrebbero piacerti anche