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Pneumonia associada a paciente em ventilação mecânica no

Centro de Terapia Intensiva - CTI

1. Introdução

De acordo com o Código Internacional de Doenças (CID10), a pneumonia é uma


doença respiratória aguda de caráter multifatorial, a qual afeta o parênquima pulmonar,
desenvolvendo um processo inflamatório de causa infecciosa, os principais agentes
causadores são de origem bacteriana e viral1.

É considerada a principal causa de infecção nosocomial em UTI, incidindo, em mais


de 90% dos casos, nos pacientes intubados e ventilados mecanicamente2.

Classifica-se as pneumonias como comunitária ou nosocomial. A comunitária é


caracterizada como já presente ou incubada, na época da admissão hospitalar, ou seja, o
paciente adquiriu essa infecção fora do ambiente hospitalar, e no caso da nosocomial o
paciente contraiu a infecção dentro de um ambiente hospitalar, após 48 horas de internação.
Grande parte dos pacientes que se encontram em situação crítica nas UTI’s desenvolveu
durante o seu tempo de internação a pneumonia associada à ventilação mecânica PAVM,
sendo considerada a principal infecção nosocomial neste ambiente hospitalar3.

A Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAVM) é aquela que desenvolve-se


após 48h de ventilação mecânica, excluindo-se os casos de pneumonias como causa da
insuficiência respiratória. É considerada a segunda infecção mais frequente em Centro de
Terapia Intensivo (CTI) americanas e a mais frequente na Europa. Contudo, no Brasil estudos
individuais demonstram que a PAVM é considerada como uma das maiores causas de
infecções hospitalares que conduzem altos índices de internações prolongadas, aumento dos
custos hospitalares e consequentemente agravos no quadro clínico de pacientes 4.

A Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAVM) é considerada uma das


maiores infecções hospitalares, um estudo conduzido em 99 hospitais brasileiros, demonstrou
que do total de infecções no ambiente hospitalar, 28,9% foi de pneumonia e, destas, 50%
ocorreram em pacientes ventilados mecanicamente na unidade de terapia intensiva 5.
Os pacientes internados na UTI, estão expostos a uma vasta variedade de
microrganismos patogênicos, ou seja, o referido lugar representa menos de 2% dos leitos
hospitalares disponíveis, contudo, favorece com de 25% das infecções hospitalares, com
significativo impacto nos índices de morbidade e mortalidade6.

O cuidado com a vida dos pacientes críticos em geral ocorre por meio da substituição
de funções orgânicas por métodos artificiais, carecendo de acompanhamento e assistência
contínua para manter estáveis as funções vitais aumentando a sobrevida desses pacientes.
Dentre esses métodos pode-se citar a ventilação mecânica ou a traqueostomia que, por sua
vez, rompem as barreiras imunológicas, afetam os mecanismos de defesas do trato
respiratório, tais intervenções também podem ser danosas expondo-os a riscos de adquirir
infecções comprometendo de forma significativa a sua recuperação 7,8,9.

A infecção hospitalar decorrente das complicações é descrita como qualquer infecção


adquirida após a internação hospitalar ou pode manifestar-se logo após a alta, quando
relacionada com o procedimento ou internação, em contrapartida difere-se de outras
patologias por ser causada por agentes múltiplos e por sua cadeia de transmissão ser muito
variável. Desta forma, salienta-se a pneumonia que quando associada à ventilação mecânica
sua incidência é de 86% com a prevalência de 20,5 a 34,4 casos por 1.000 dias de VM, tendo
uma variação entre 10% e 50% para desenvolver a doença com risco aproximado de 1% a 3%
por dia de VM, podendo elevar os custos hospitalares e aumento do tempo de internações
repercutindo de forma expressiva no quadro do paciente tendo como principal consequência
mortalidade 10,11.

Observa-se que a Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAVM) apresenta


uma repercussão variável, em termos de mortalidade, custos, aumento da permanência do
paciente nas unidades hospitalares e tempo de ventilação mecânica.

Conhecendo-se as causas que levam a esta afecção, as medidas de prevenção para as


pneumonias são fundamentais, devendo ser implantadas estratégias de controle centrando suas
ações no treinamento de condutas para a assistência ao paciente crítico. Para que tenha-se bons
resultados é imprescindível o envolvimento de toda a equipe, sendo de extrema importância a
educação continuada de todos os profissionais que trabalham com pacientes com
predisposição a desenvolver Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAVM).
Diante destas considerações entende-se que as medidas preventivas dessas infecções
deve-se a equipe de enfermagem que assiste o paciente de forma direta e que responde por
vários mecanismos de prevenção.

Por fim, deve se preservar o bem estar físico, mental e emocional do paciente numa
visão holística, buscando a excelência no atendimento, competência profissional e minimizar
consequentemente a ocorrência de Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAVM).

2. Objetivos

Esta pesquisa tem por objetivo, investigar a partir de revisão bibliográfica, e informar
aos profissionais da área de saúde, sobre alguns aspectos da Pneumonia Associada à
Ventilação Mecânica (PAVM) como, conceito, incidência, taxa de mortalidade e diagnóstico,
enfatizando a importância dessa patologia, já que apresenta um grave problema de saúde no
Centro de Terapia Intensiva (CTI).

3. Método

3.1 Tipo de estudo

Trata-se de um estudo do tipo bibliográfico, exploratório, descritivo, com análise


integrativa da literatura. O estudo bibliográfico possibilita a busca, a avaliação crítica e a
síntese do estado do conhecimento sobre determinado assunto.

Os resultados e discussão dos dados obtidos serão apresentados de forma descritiva,


possibilitando ao leitor a avaliação da aplicabilidade da revisão integrativa elaborada, como
também atingir o objetivo desse método, ou seja, impactar positivamente na qualidade da
prática de enfermagem, fornecendo subsídios ao enfermeiro para uma atuação visando
contribuir com a otimização da assistência ao paciente acometido por PAVM, inclusive
visando estudos posteriores para criação de protocolos assistenciais.
3.2 Operacionalização da coleta de dados

O estudo exploratório objetiva proporcionar maior familiaridade com o problema, com


vistas a torná-lo mais explícito, enquanto que a descritiva procura descobrir a frequência com
que um fenômeno ocorre, sua relação e conexão com outros, sua natureza e características.

A análise integrativa é aquela que tem como propósito obter um profundo


entendimento de um determinado fenômeno, baseando-se em trabalhos anteriores. Trata-se de
um método em que pesquisas anteriores são sumarizadas e conclusões são estabelecidas,
considerando o delineamento das pesquisas avaliadas, a qual possibilita a síntese e análise do
conhecimento científico do tema investigado.

Os descritores utilizados serão: Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), no endereço:


http://www.bireme.br/ e em revistas eletrônicas disponíveis nas bases de dados do Sistema
Latino-Americano e do Caribe de informação em Ciências da Saúde - LILACS, National
Library of Medicine – MEDLINE, Bancos de Dados em Enfermagem – BDENF, Scientific
Electronic Library online – Scielo, PUBMED, Google Acadêmico e em dissertações e teses
defendidas em Universidades reconhecidas no Brasil, como também em livros e periódicos
impressos.

Como critério de inclusão, serão pesquisadas as publicações em Língua Portuguesa,


no período de 2013 a 2018, utilizando-se os seguintes descritores: UTI, pneumonia, ventilação
mecânica, aspiração endotraqueal e enfermagem. Foram excluídos artigos on-line não
disponíveis na íntegra.

A coleta dos dados acontecerá no decorrer do mês de Setembro de 2018.

Nesta etapa será realizada uma leitura mais atenta do conteúdo e fichamentos para
determinar unidades de registro através dos descritores. Os estudos selecionados serão
analisados pelo resumo e na íntegra (quando necessário e disponível), e seus dados serão
extraídos a partir de um formulário previamente elaborado, contendo título, ano de publicação,
periódico, país de origem, autor, objetivo e conclusão.
3.3 Tratamento dos dados e apresentação dos resultados

Após a identificação dos artigos, nas fontes de busca mencionadas, serão avaliados os
títulos e resumos, de modo a selecioná-los. Serão elencados os artigos que farão parte da
amostra, que serão registrados em ficha própria contendo dados do periódico, base de dados,
idioma, ano de publicação, objetivos, resultados e conclusões.

Os resultados serão apresentados por meio de tabelas e quadros que contemplem as


principais características dos artigos utilizados na pesquisa. Caso seja necessário, serão
identificadas categorias temáticas.

4 – Referências

1 - Matoso, L. M. L.; Castro, C. H. A. Indissociabilidade Clínica e Epidemiológica da


Pneumonia. Catussaba. Revista cientifica da Escola e Saúde, Ano 2, n° 2, abr. / set. 2013.
Disponível em: <https://repositorio.unp.br/index.php/catussaba/article/viewFile/223/284>.
Acesso em 27 jun. 2018.

2 - Nepomuceno; R.M. et al. Fatores de Risco Modificáveis para Pneumonia Associada à


Ventilação Mecânica em Terapia Intensiva. In: Rev. Epidemiologia e Controle de infecção.
HSC, Rio de Janeiro, v. 04, n.1, p. 01-05, jan/mar. 2014. < DOI:
http://dx.doi.org/10.17058/reci.v4i1.3933 > Acesso em 25 de jun.2018.

3 - David, C. M. N. Infecção em UTI. Medicina, v.31, n.3, p.337-348, 1998. Disponível em:
<http://www.limic.xpg.com.br/infeccao_em_uti.pdf> Acesso em 19 de jun.2018.

4 – Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o Manejo da asma.


Jornal Brasileiro de Pneumologia. v.38, n.1, p.S1-S46. Abril. 2013.

5 - BRASIL. Ministério da Saúde. DATASUS. Pneumonia é a maior responsável pelas


hospitalizações de acordo com relatório do sistema do DATASUS. Março. 2014. Disponível
em:http://datasus.saude.gov.br/nucleos-regionais/sao-paulo/noticias-sao-paulo/402-
pneumonia-e-a-maiorresponsavel-pelas-hospitalizacoes-de-acordo-com-relatorio-do-
sistema-do-datasus. Acesso em: 15 jun. 2018.

6 - Bork, L.C.A.; Gaspar, M.D.R.; Reche, P.M. Adesão às medidas preventivas de


pneumonia associada à ventilação mecânica. Revista Epidemiologia e Controle de Infecção.
v. 5, n. 1, p.12. Jan/Mar. 2015.
7 - Gomes, R.H.S.; Santos, R.S. Avaliação da capacidade e comprometimento funcional em
pacientes traqueotomizados de um hospital público de Curitiba. Rev. CEFAC. Curitiba-PR.
v.18, n.1, p.120-128. Jan/Fev. 2016.

8 - Perugini, M.R.E.; Perugini, V.H.; Figueira, F.D.; Fontana, L.M.S.; Diniz, J.J.; Santos,
D.L.; Belei, R.A.; Vespero, E.C.; Pelisson, M.; Stipp-Abe, A.T.; Capobiango, J.D. Impacto
de um bundle nas taxas de pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) em uma
unidade de terapia intensiva pediátrica em Londrina-PR. Semina: Ciências Biológicas e da
Saúde, Londrina. v.35, n.2, p.259. Ago. 2015.

9 - Melo, E.M.; Barbosa, A.A.; Silva, J.L.A.; Sombra, R.L.S.; Studart, R.M.B.; Lima, F.E.T.;
Versa, J.E.G.L.F. Evolução clínica dos pacientes em uso de ventilação mecânica em unidade
de terapia intensiva. Rev enferm UFPE. Recife. v.9, n.2, p.610-16, Fev. 2015.

10 - Almeida, K.M.V.; Barros, O.M.C.; Santos, G.J.C.; Valença, M.P.; Cavalcanti, A.T.A.;
Ferreira, K.O. Adesão às medidas de prevenção para pneumonia associada à ventilação
mecânica. Rev. Enferm UFSM. Recife, PE. v.5, n.2, p.247, Abr/jun. 2015.

11 - CALIL, K.; VALENTE, G.; SORAIA. C.; SILVINO, Z. R. Ações e/ou intervenções de
enfermagem para prevenção de infecções hospitalares em pacientes gravemente enfermos:
uma revisão integrativa. Enfermería Global, Murcia (Espanha). v. 13, n. 34, p. 406. Abr. 2014.

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