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DECISÃO: Trata-se de mandado de segurança, com pedido de

medida liminar, impetrado por Marcos Pascolat contra acórdão prolatado


pelo Conselho Nacional de Justiça nos autos do Procedimento de
Controle Administrativo 2008.10.00.000.964-1.
Após argumentar a prevenção da eminente relatora do MS 28.185
para relatoria deste mandado de segurança, a parte-impetrante narra ter a
autoridade apontada como coatora invalidado o Decreto Judiciário
328/2004, do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. Referido texto legal
dispunha, com base no art. 299 do Código de Organização e Divisão
Judiciárias do Estado do Paraná - CODJ/PR sobre a remoção da
impetrante da função de Oficial Distrital de Planaltina do Paraná,
Comarca de Santa Izabel do Ivaí, para as funções delegadas e Oficial de
Registro de Imóveis (...) da Comarca de Chopinzinho (Fls. 06).
Segundo a parte-impetrante, a decisão viola direito líquido e certo
consistente na manutenção do ato de remoção, por:

1) Ofender à regra do juiz natural (art. 5º, XXXVII e LIII) e


a regra regimental do CNJ que dispõe sobre prevenção
(Enunciado Administrativo 9), na medida em que o DJ 328/2004
foi objeto do PCA 2007.10.00.000.318-0;

2) Contrariar coisa julgada administrativa (art. 5º, XXXVI


da Constituição), dado que a matéria fora examinada nos autos
do PCA 2007.10.00.000.318-0;
3) Violar o art. 103-B da Constituição, pois o CNJ não tem
competência para declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo;

4) Suplantar a expectativa de definição do quadro jurídico


pelo Supremo Tribunal Federal, posto o art. 299 do CODJ-PR
ser objeto das ADIs 3.248 e 3.253;

5) Negar duplamente aplicabilidade da reserva de


Plenário para declaração de inconstitucionalidade de texto
legal, porquanto a decisão originária fora proferida
monocraticamente, sem amparo em orientação firmada pelo
próprio CNJ ou pelo Supremo Tribunal Federal;

6) Não observar as regras do contraditório e da ampla


defesa (art. 5º, LV da Constituição), visto que, ao decidir
monocraticamente a questão e dar azo à interposição de
recurso, o CNJ teria impedido a realização de sustentação oral
(art. 125, § 3º do RICNJ);

7) Falhar no dever de fundamentar as decisões (art. 93, IX),


ante a omissão do enfrentamento de preliminar;

8) Ignorar a patente constitucionalidade do art. 299 do


CODJ-PR (Fls. 08);

9) Insistir em controle administrativo atingido pela


decadência do direito de anulação do decreto de remoção;

10) Distanciar-se dos princípios da boa-fé, segurança


jurídica e confiança legítima (art. 1º da Constituição e art. 2º da
Lei 9.784/1999), dada a estabilidade da expectativa outorgada
pela existência de normas que fundamentariam a remoção da
impetrante.

Para robustecer o fumus boni juris, menciona precedentes (MS 27.981-


MC, MS 28.207 e MS 28.185).
Para firmar o periculum in mora, diz haver o risco de breve
provimento da vaga, antes que se possa examinar o mérito desta ação
(art. 236, § 3º da Constituição).
Ante o exposto, pede-se a concessão de medida liminar para
suspender os efeitos da decisão tida por violadora de direito líquido e
certo. No mérito, pede-se a anulação do acórdão reclamado, bem como de
quaisquer outros que dele decorram.
Esta ação de mandado de segurança foi-me distribuída por
prevenção relativa ao MS 28.261 (Fls. 985).
Dado o requerimento para distribuição do mandado de segurança
por prevenção, encaminhei os autos à i. Presidência da Corte, que
confirmou a relatoria deste Ministro (Fls. 991-992).
A medida liminar pleiteada foi deferida.
O Ministério Público Federal opina pela denegação da segurança,
em parecer elaborado pelo procurador-geral da República. Dr. Roberto
Monteiro Gurgel Santos.
É o relatório.

Decido.
O pedido é improcedente.
O sistema jurídico pátrio não prevê a figura da coisa julgada
administrativa. A imutabilidade que caracteriza o trânsito em julgado é
predicado exclusivo das decisões judiciais prolatadas no exercício de
função jurisdicional.
Como anotou o Ministro Moreira Alves no RE 144.996, “a coisa
julgada a que se refere o artigo 5º, XXXVI, da Carta Magna é, como
conceitua o § 3º do artigo 6º da Lei de Introdução do Código Civil, a
decisão judicial de que já não caiba recurso, e não a denominada ´coisa
julgada administrativa´” (DJ 12.09.1997).
De qualquer forma, o CNJ nada havia firmado sobre a matéria de
fundo ao julgar o PCA 2007.10.00.000.318-0, limitando-se a reconhecer
que, como algumas questões de mérito já estavam sendo examinadas por
esta Suprema Corte, o órgão administrativo iria aguardar o controle de
constitucionalidade concentrado.
Por oportuno, confira-se a ementa do precedente tido por violado:

“EMENTA: RECURSO ADMINISTRATIVO. DECISÃO


MONOCRATICA. NÃO CONHECIMENTO DE PEDIDO DE
INSTAURAÇÃO DE PROCEDIMENTO DE CONTROLE
ADMINISTRATIVO. MATÉRIA SUBMETIDA À COGNIÇÃO
DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. INVIABILIDADE DE
ATUAÇÃO DO
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA.
DESPROVIMENTO.
I — Limitando-se a atuação do Conselho Nacional de
Justiça à esfera administrativa, não se conhece de pedido de
instauração de Procedimento de Controle Administrativo,
quando existente ação perante o Supremo tribunal Federal
questionando a constitucionalidade de dispositivo de lei
estadual que serviu de suporte para o ato administrativo
impugnado.
II - Razões de recurso que não infirmam os fundamentos
adotados na decisão impugnada.
III - Recurso administrativo conhecido e desprovido”.

Como o paradigma nada disse sobre a possibilidade de remoção do


delegado notarial sem prévia aprovação em concurso de provas e títulos,
o ato coator não o violou ao examinar tais questões de mérito.
A propósito, esta Suprema Corte reconheceu a inconstitucionalidade
dos dispositivos da legislação local que permitiam a remoção do
delegado notarial sem a prévia aprovação em concurso público de provas
e títulos.
Nesse sentido, transcrevo a seguinte ementa:

“EMENTA: AÇÃO DIRETA DE


INCONSTITUCIONALIDADE. ART. 299 DA LEI
PARANAENSE 14.351/04. CRITÉRIOS PARA REMOÇÃO DE
NOTÁRIOS E REGISTRADORES PARA SERVENTIA VAGA.
AÇÃO JULGADA PROCEDENTE.
I – Constitui afronta ao § 3º do art. 236 da Constituição
Federal dispositivo de lei estadual que autoriza a remoção de
notários e registradores por meio de simples requerimento do
interessado, sujeito à aprovação discricionária do Conselho de
Magistratura local, independentemente de concurso.
II – A declaração de inconstitucionalidade não exclui a
necessidade de confirmação dos atos praticados pelos notários
ou registradores removidos com base no dispositivo
inconstitucional até o ingresso de serventuário removido após a
realização de concurso. Isso porque, com fundamento na
aparência de legalidade dos atos por eles praticados, deve-se
respeitar os efeitos que atingiram terceiros de boa-fé.
III – Ação direta julgada procedente para declarar a
inconstitucionalidade do art. 299 da Lei 14.351/2004 do Estado
do Paraná” (ADI 3.248, rel. min. Ricardo Lewandowski, DJ e de
24.05.2011).

Como o Supremo Tribunal Federal reconheceu a


inconstitucionalidade do art. 299 do CODJ-PR, é ociosa a discussão acerca
da contrariedade ao art. 103-B da Constituição, relativa à incompetência
do CNJ para declarar incidentalmente a inconstitucionalidade de lei
estadual. Sem a barreira da “coisa julgada administrativa” sugerida pelo
impetrante, ao apreciar a matéria de fundo, o CNJ não teria outra opção
senão observar a declaração de inconstitucionalidade do art. 299 do
CODJ-PR.
Pelas mesmas razões, não há utilidade na discussão sobre o alegado
desrespeito à violação da reserva de Plenário (também amparado pela
Súmula 473/STF), à ampla defesa, ao contraditório, ao dever de
fundamentação das decisões judiciais e ao princípio do juiz natural.
Também não está caracterizada a decadência do dever de controle
dos atos administrativos. Inicialmente, o CNJ negou-se a examinar a
validade do ato de remoção por entender que o exame em realização por
esta Corte lhe era prejudicial. Se o órgão administrativo tem obstáculo
legal ou jurisprudencial à sua atividade, falta condição essencial à
incidência da norma de decadência, que é a inércia intencional ou
culposa.
Mesmo que assim não fosse, dado que o ato inconstitucional data de
21.09.2004, e o pedido de controle foi protocolado em 05.05.2008, ainda
não havia transcorrido o lapso de tempo de cinco anos necessários à
caracterização da decadência.
Por fim, é absolutamente ilegítima a expectativa do impetrante à
permanência na delegação notarial almejada.
Em uma série de precedentes, esta Suprema Corte confirmou a
necessidade de prévia aprovação em concurso público de provas e de
título como condição para delegação notarial. O requisito aplica-se
indistintamente à delegação inicial e à remoção ou “promoção”, como
forma de evitar o que a Ministra Ellen Gracie chamou de “usucapião da
função pública” (MS 28.279, Pleno, ).
Os mesmos fundamentos aplicam-se à delegação notarial por
permuta ou remoção, já que é imprescindível a prévia aprovação em
concurso público específico para acesso a cada serventia. Se assim não
fosse, a possibilidade de delegação “derivada” sem prévio concurso
superaria, em termos de anacronismo, até mesmo a figura do usucapião
de função pública, uma vez que a falta de concurso público tornaria
teoricamente viável, por exemplo, a sucessão hereditária ou negocial nas
serventias, o que seria inadmissível à luz dos princípios constitucionais
que densificam a pulsão democrática desta nação.
Em desabono à argumentação do impetrante, esta Corte tem
sistematicamente reconhecido a plena aplicabilidade da exigência de
prévia aprovação em concurso público de provas como condição para a
outorga de serventia extrajudicial. A redação do art. 236, § 3º da
Constituição vincula expressamente o ingresso na atividade notarial e de
registro à aprovação em concurso público de provas e títulos. A
vinculação se estende à remoção dos delegados e serventuários.
Nesse sentido, confiram-se os seguintes precedentes:

“EMENTA: AÇÃO DIRETA DE


INCONSTITUCIONALIDADE. IMPUGNAÇÃO DO
DISPOSTO NOS ARTIGOS 19, 20 E 21 DA LEI N. 14.083 DO
ESTADO DE SANTA CATARINA. REGRAS GERAIS
CONCERNENTES AOS CONCURSOS PÚBLICOS PARA
INGRESSO E REMOÇÃO NA ATIVIDADE notarial E DE
REGISTRO. VIOLAÇÃO DO DISPOSTO NO ARTIGO 37,
INCISO II, E NO ARTIGO 236, § 3º, DA CONSTITUIÇÃO DO
BRASIL. 1. Os preceitos da Lei n. 14.083 de Santa Catarina
violam o disposto no artigo 236 da Constituição de 1988, que
estabelece que o ingresso nas atividades notarial e de registro
será efetuado por meio de concurso público de provas e títulos.
2. O artigo 21 da Lei n. 14.083 permitiria que os substitutos das
serventias extrajudiciais nomeados até 21 de novembro de 1994
fossem elevados à condição de titular, sem aprovação em
concurso. 3. Esta Corte tem entendido que atos normativos
concernentes ao provimento de cargos mediante a elevação de
substitutos à titularidade dos cartórios, sem a devida aprovação
em concurso público afrontam a Constituição do Brasil.
Precedentes --- artigo 37, inciso II, e artigo 236, § 3º, da
Constituição do Brasil. 4. Os artigos 20 e 21 da Lei n. 14.083
violam o texto da Constituição de 1.988. Ato normativo estadual
não pode subverter o procedimento de acesso aos cargos
notariais, que, nos termos do disposto na Constituição do
Brasil, dar-se-á por meio de concurso público. 5. A
inconstitucionalidade dos artigos 20 e 21 impõe a procedência
do pedido no tocante ao artigo 19. 6. O provimento de cargos
públicos mediante concursos visa a materializar princípios
constitucionais aos quais está sujeita a Administração, qual o da
legalidade, da moralidade, da impessoalidade. 7. Pedido
julgado procedente para declarar inconstitucionais os artigos
19, 20 e 21 da Lei n. 14.083 do Estado de Santa Catarina. ( ADI
3.978 , rel. min. Eros Grau, Tribunal Pleno, DJe 232 DIVULG 10-
12-2009 PUBLIC 11-12-2009);

EMENTA: CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. LEI


ESTADUAL QUE ESTABELECE NORMAS PARA A
REALIZAÇÃO DO CONCURSO DE REMOÇÃO DAS
ATIVIDADES NOTARIAIS E DE REGISTRO. DISPOSITIVO
QUE ASSEGURA AO TÉCNICO JUDICIÁRIO
JURAMENTADO O DIREITO DE PROMOÇÃO À
TITULARIDADE DA MESMA SERVENTIA E DÁ
PREFERÊNCIA, PARA O PREENCHIMENTO DE VAGAS, EM
QUALQUER concurso AOS SUBSTITUTOS E RESPONSÁVEIS
PELOS EXPEDIENTES DAS RESPECTIVAS SERVENTIAS.
OFENSA AOS ARTS. 37, II E 236, § 3º DA CF.
INCONSTITUCIONALIDADE DOS ARTIGOS 5º; 10 § 2º E 12
DA LEI 2.891/98 DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.
PRECEDENTES. AÇÃO JULGADA PROCEDENTE. (ADI
1.855 , rel. min. Nelson Jobim, Tribunal Pleno, DJ de 19.12.2002)

EMENTA: Ação direta de inconstitucionalidade. Ataque à


expressão "de provas e títulos" relativa ao concurso de remoção
referido no artigo 16 da Lei 8.935, de 18 de novembro de 1994. -
Falta de relevância jurídica, suficiente para a concessão da
liminar requerida, no fundamento de que o artigo 236 da
Constituição impede que a legislação infraconstitucional
estabeleça a modalidade de concurso de remoção ali referido
como sendo concurso de provas e títulos e não apenas concurso
de títulos. Pedido de liminar indeferido. ( ADI 2.018-MC , rel.
min. Moreira Alves, Tribunal Pleno, DJ de 31.03.2000);

EMENTA:- cartorio de notas. Depende da realização de


concurso público de provas e titulos a investidura na
titularidade de Serventia cuja vaga tenha ocorrido após a
promulgação da Constituição de 1988(art. 236, par. 3.)não se
configurando direito adquirido ao provimento, por parte de
quem haja preenchido, como substituto, o tempo de serviço
contemplado no art. 208, acrescentado, a Carta de 1967, pela
Emenda n. 22, de 1982. (RE 182.641 , rel. Octavio Gallotti,
Primeira Turma, DJ de 15.03.1996);

EMENTA: - Direito Constitucional. Serventias judiciais e


extrajudiciais. concurso público: artigos 37, II, e 236, par. 3., da
Constituição Federal. Ação Direta de Inconstitucionalidade do
art. 14 do A.D.C.T. da Constituição do Estado de Santa
Catarina, de 5.10.1989, que diz: "Fica assegurada aos substitutos
das serventias, na vacancia, a efetivação no cargo de titular,
desde que, investidos na forma da lei, estejam em efetivo
exercício, pelo prazo de tres anos, na mesma serventia, na data
da promulgação da Constituição. 1. E inconstitucional esse
dispositivo por violar o princípio que exige concurso público de
provas ou de provas e titulos, para a investidura em cargo
público, como e o caso do Titular de serventias judiciais (art. 37,
II, da C.F.), e também para o ingresso na atividade notarial e de
registro (art. 236, par. 3.). 2. Precedentes do S.T.F. 3. Ação Direta
de Inconstitucionalidade julgada procedente. ( ADI 363 , rel.
min. Sydney Sanches, Pleno, DJ de 03.05.1996);

EMENTA: - DIREITO CONSTITUCIONAL. SERVENTIAS


JUDICIAIS E EXTRAJUDICIAIS: EFETIVAÇÃO DE
SUBSTITUTOS. AÇÃO DIRETA DE
INCONSTITUCIONALIDADE: ART. 14 DO ADCT DA
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SANTA CATARINA.
RECLAMAÇÃO. 1. O art. 14 do ADCT da Constituição do
Estado de Santa Catarina, em sua redação original, estabelecia:
"Fica assegurado aos substitutos das serventias, na vacância, a
efetivação no cargo de titular, desde que, investidos na forma
da lei, estejam em efetivo exercício, pelo prazo de três anos". 2.
Esse dispositivo, por votação unânime do Plenário do Supremo
Tribunal Federal, foi declarado inconstitucional na ADI nº 363
(DJ 03.05.96, Ementário n º 1.826-01), "por violar o princípio que
exige concurso público de provas ou de provas e títulos, para a
investidura em cargo público, como é o caso do Titular de
serventias judiciais" (art . 37, II, da Constituição Federal), e
também para o ingresso na atividade notarial e de registro (art.
236, § 3º). 3. A pretexto de dar cumprimento a essa decisão do
S.T.F. , que, por ser declaratória e com eficácia "erga omnes",
independia de execução, a Assembléia Legislativa do Estado de
Santa Catarina, em data de 18.06.1996, promulgou a Emenda nº
10 à Constituição Estadual, com este "Artigo único": "Artigo
único - Respeitadas as situações consolidadas, fica suspensa a
execução do artigo 14 do Atos das Disposições Constitucionais
Transitórias da Constituição do Estado de Santa Catarina". 4.
Com isso, o que fez a Assembléia Legislativa foi conferir eficácia
ao art. 14 do ADCT, em sua redação original, ao menos para
amparar as "situações consolidadas" até 18.06.1996, data de sua
promulgação. 5. Vale dizer, pretendeu retirar do acórdão do
S.T.F., que declarara a inconstitucionalidade do art. 14 do
ADCT, em sua redação original, sua eficácia "ex tunc", para só
admiti-la a partir de 18.06.1996. 6. E como se valeu de um outro
ato normativo, consubstanciado na referida E.C. nº 10/96, podia
ela ser impugnada, mediante nova ADI, como foi, não sendo o
caso de se examinar o pedido como Reclamação, prevista nos
artigos 156 e seguintes do RISTF, como alvitrado na inicial. 7.
Assim, a ação foi corretamente distribuída como ADI e como tal
é admitida. 8. Ação Direta julgada procedente para a declaração
de inconstitucionalidade da Emenda Constitucional nº 10, de
18.06.1996, do Estado de Santa Catarina. 9. Decisão unânime.
( ADI 1.573 , rel. min. Sydney Sanches, Pleno, DJ de 25.04.2003);

EMENTA: RECURSO. Extraordinário. Provimento.


Efetivação na titularidade do cartório de Registro de Imóveis e
Anexos da Comarca de Pacaembu. Vacância ocorrida na
vigência da Constituição Federal de 1988. Violação do artigo
236, § 3º. Precedentes. Agravo regimental não provido. A
investidura na titularidade de Serventia cuja vaga tenha
ocorrido após a promulgação da Constituição de 1988 depende
de concurso público de provas e títulos. ( RE 252.313- AgR , rel.
min. Cezar Peluso, Primeira Turma, DJ de 02.06.2006);

1. Conforme orientação prevista nos arts. 21, § 1º, do


RISTF, e 557, caput, do Código de Processo Civil, é cabível ao
relator negar, por decisão monocrática, recurso improcedente e
que contrarie a jurisprudência predominante do Tribunal. 2.
Agravo regimental improvido. ( AI 465.864-AgR , rel. min. Ellen
Gracie, Segunda Turma, DJ de 05.05.2006);

EMENTA: Ação Direta de Inconstitucionalidade. 2. Lei


estadual cearence no 12.832, de 10 de julho de 1998, que
assegura aos titulares efetivos dos Ofícios de Registro Civil da
Pessoas Naturais, na vacância das Comarcas Vinculadas criadas
por lei estadual, o direito de assumir, na mesma Comarca, a
titularidade do 1o Ofícios de Notas, Protestos, Registro de
Títulos e Documentos e Civil das Pessoas Jurídicas e Registro
civil das Pessoas Naturais. 3. Alegação de violação ao art. 37, II,
da Constituição Federal (princípio do concurso público). 4.
Precedentes. 5. Ação Julgada Procedente. ( ADI 3.016 , rel. min.
Gilmar Mendes, Pleno, DJ de 16.03.2007);

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO


EXTRAORDINÁRIO. SERVENTUÁRIO DA JUSTIÇA.
EFETIVAÇÃO DE SUBSTITUTO NO CARGO VAGO DE
TITULAR, NOS TERMOS DO ART. 208 DA CONSTITUIÇÃO
DO BRASIL. REQUISITOS. CONTAGEM DO TEMPO DE
SUBSTITUIÇÃO E ESTAR EM EXERCÍCIO NA SERVENTIA
AO TEMPO DA VACÂNCIA DO CARGO. 1. A Emenda
Constitucional 22, de 29 de junho de 1982, assegurou a
efetivação do substituto da serventia, no cargo de titular,
quando vagar, àquele que contasse, a partir de sua vigência, ou
viesse contar até 31 de dezembro de 1983, cinco anos de
exercício, nessa situação de substituto, na mesma serventia. 2. O
serventuário substituto. Ascensão à titularidade do cargo, cuja
vacância ocorreu na vigência da Constituição do Brasil. Direito
adquirido. Inexistência. Precedentes. Agravo regimental não
provido. ( RE 413.082-AgR , rel. min. Eros Grau, Segunda
Turma, DJ de 05.05.2006);
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE
INCONSTITUCIONALIDADE. MEDIDA LIMINAR.
NOTÁRIOS E REGISTRADORES. TITULAR. NECESSIDADE
DE CONCURSO PÚBLICO. ART. 236, § 3º, DA
CONSTITUIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE EFETIVAÇÃO
IMEDIATA DE SERVENTUÁRIO SUBSTITUTO NA
VACÂNCIA DO CARGO. LIMINAR DEFERIDA COM
EFEITOS EX TUNC. Lei complementar estadual que converte
em titulares de cartórios de registros e notas bacharéis em
Direito que não realizaram concurso público específico para o
cargo. Afronta ao § 3º do art. 236 e ao inciso II do art. 37 da
Constituição federal. Precedentes. Liminar deferida com efeitos
ex tunc . Decisão unânime. (ADI 3.519-MC , rel. min. Joaquim
Barbosa, Pleno, DJ de 30.09.2005).

Ante o exposto, denego a segurança (art. 38 da Lei 8.038/1990 e art.


21, § 1º do RISTF).
Fica cassada a medida liminar outrora concedida.
Comunique-se o teor desta decisão à autoridade-reclamada, ao
advogado-geral da União e ao Tribunal de Justiça do Estado do Paraná.
Publique-se. Int..
Brasília, 31 de agosto de 2011.

Ministro JOAQUIM BARBOSA


Relator
Documento assinado digitalmente

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