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MÓDUL OV
EXPEDIENTE
MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO
ESTADO DO CEARÁ
ZEZINHO ALBUQUERQUE Presidente
SILVANA FIGUEIREDO
FÁBIO FROTA
EQUIPE PEDAGÓGICA:
LÍNGUAGENS E CÓDIGOS: CLÁUDIO MÁRCIO | STELLER DE PAULA | VICENTE JÚNIOR
MATEMÁTICA: PEDRO EVARISTO | ALEXMAY SOARES | THIAGO PACÍFICO
HISTÓRIA: MÁRCIO MICHILES | ANDRÉ ROSA
GEOGRAFIA: ITALO TRIGUEIRO
BIOLOGIA: ALEXANDRE WERNECK
FÍSICA: AUGUSTO MELO
QUÍMICA: CARLOS EUGÊNIO
REVISÃO: ADELAIDE OLIVEIRA
DESIGNER GRÁFICO: ADRIANO COSTA | ADRIANO-COSTA@HOTMAIL.COM
Índice
Linguagens e Códigos
Literatura ........................................................................................................................... 08 a 18
Linguagens e Códigos ........................................................................................................ 19 a 25
Redação ............................................................................................................................. 26 a 27
Matemática
Probabilidade .................................................................................................................... 29 a 32
Geometria Plana ................................................................................................................ 33 a 38
Exponencial .................................................................................................................... 39 a 43
Ciências Humanas
História do Brasil ................................................................................................................ 45 a 49
História Geral ..................................................................................................................... 50 a 65
Geografia ........................................................................................................................... 66 a 73
Ciências da Natureza
Biologia .............................................................................................................................. 75 a 80
Física .................................................................................................................................. 81 a 90
Química ............................................................................................................................. 91 a 98
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LITERATURA
própria falta de significado, sendo um exemplo da Surgem movimentos estéticos que interferem de
essência desse movimento iconoclasta. O princi- maneira fantasiosa na realidade. O Surrealismo
pal foco de difusão desta nova corrente artística foi, por excelência, a corrente artística moderna
foi o Café Voltaire, fundado na cidade de Zurique da representação do irracional e do subconscien-
pelo poeta Hugo Ball e ao qual se uniram os ar- te. Suas origens devem ser buscadas no Dadaís-
tistas Hans Arp e Marcel Janco e o poeta romeno mo e na pintura metafísica de Giorgio De Chirico.
Tristan Tzara. Suas atuações provocativas e a Este movimento artístico surge todas as vezes em
publicação de inúmeros manifestos fizeram que o que a imaginação se manifesta livremente, sem o
dadaísmo logo ficasse conhecido em toda a Eu- freio do espírito crítico, o que vale é o impulso psí-
ropa, obtendo a adesão de artistas como Marcel quico. Os surrealistas deixam o mundo real para
Duchamp, ou Francis Picabia. Não se deve estra- penetrarem no irreal, pois a emoção mais profun-
nhar o fato de artistas plásticos e poetas traba- da do ser tem todas as possibilidades de se ex-
lharem juntos - o Dadaísmo propunha a atuação pressar apenas com a aproximação do fantástico,
interdisciplinar como única maneira possível de no ponto onde a razão humana perde o controle.
renovar a linguagem criativa. Dessa forma, todos A publicação do Manifesto do Surrealismo, as-
podiam ter vivência de vários campos ao mesmo sinado por André Breton em outubro de 1924,
tempo, trocando técnicas ou combinando-as. Nii- marcou historicamente o nascimento do movi-
listas, irracionais e, às vezes, subversivos, os da- mento. Nele se propunha a restauração dos sen-
daístas não romperam somente com as formas timentos humanos e do instinto como ponto de
da arte, mas também com o conceito da própria partida para uma nova linguagem artística. Para
arte. isso, era preciso que o homem tivesse uma visão
Obs. Niilismo - É a desvalorização e a morte totalmente introspectiva de si mesmo e encon-
do sentido, a ausência de finalidade e de res- trasse esse ponto do espírito no qual a realida-
posta ao “porquê”. Os valores tradicionais se de interna e externa são percebidas totalmente
depreciam e os «princípios e critérios abso- isentas de contradições. A livre associação e a
lutos dissolvem-se». «Tudo é sacudido, pos- análise dos sonhos, ambos métodos da psicanáli-
to radicalmente em discussão. A superfície, se freudiana, transformaram-se nos procedimen-
antes congelada, das verdades e dos valores tos básicos do Surrealismo, embora aplicados
tradicionais está despedaçada e torna-se difí- a seu modo. Por meio do automatismo, ou seja,
cil prosseguir no caminho, avistar um ancora- qualquer forma de expressão em que a mente
douro”. não exercesse nenhum tipo de controle, os surre-
Não são questionados apenas os princípios esté- alistas tentavam plasmar, seja por meio de formas
ticos, como fizeram expressionistas ou cubistas, abstratas ou figurativas simbólicas, as imagens da
mas o próprio núcleo da questão artística. Ne- realidade mais profunda do ser humano: o sub-
gando toda possibilidade de autoridade crítica ou consciente. O Surrealismo apresenta relações
acadêmica, consideram válida qualquer expres- com o Futurismo e o Dadaísmo. No entanto, se
são humana, inclusive a involuntária, elevando-a os dadaístas propunham apenas a destruição,
à categoria de obra de arte. Efêmera, mas eficaz, os surrealistas pregavam a destruição da socie-
a arte dadaísta preparou o terreno para movimen- dade em que viviam e a criação de uma nova, a
tos vanguardistas tão importantes como o Surre- ser organizada em outras bases. Os surrealistas
alismo e a Arte Pop entre outros. pretendiam, dessa forma, atingir uma outra rea-
lidade, situada no plano do subconsciente e do
inconsciente. A fantasia, os estados de tristeza e
a melancolia exerceram grande atração sobre os
surrealistas e, nesse aspecto, eles se aproximam
dos românticos, embora sejam muito mais radi-
cais.
Principais autores
Salvador Dali
Joan Miró
O SURREALISMO - Nas duas primeiras décadas
do século XX, os estudos psicanalíticos de Freud
e as incertezas políticas criaram um clima favorá-
vel para o desenvolvimento de uma arte que criti-
cava a cultura europeia e a frágil condição huma-
na diante de um mundo cada vez mais complexo.
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LITERATURA
Principais artistas
Paul Gauguin
Paul Cézanne
Vicent Van Gogh
Toulouse-Lautrec
Munch
Kirchner
Paul Klee
Amadeo Modigliani
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LITERATURA
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LITERATURA
Poesia: Pau-Brasil; Poesias reunidas; Primeiro (1952); Estrela da vida inteira (1966).
Caderno de Poesia do Aluno Oswald de Andrade. Prosa: Crônicas da província do Brasil (1936);
Teatro: O Homem e o Cavalo; Teatro (A Morta, o Guia de Ouro Preto (1938); Noções de história
Rei da Vela). das literaturas (1940); Literatura hispano-ameri-
Ensaio: Ponta de Lança; A Arcádia e a Inconfi- cana (1949); Gonçalves Dias (1952); Itinerário de
dência; A Crise da Filosofia Messiânica; A Marcha Pasárgada (1954); De poetas e de poesia (1954);
das Utopias. Flauta de papel (1957); Andorinha, andorinha
Memórias: Um Homem sem Profissão. (1966).
Na obra Manifesto da Poesia Pau-Brasil, podemos
observar:* Defesa da liberdade temática e da am- MÁRIO DE ANDRADE (1893-1945) - Nasceu
pliação dos temas poéticos, destacando as pai- em São Paulo, cidade que amou intensamente e
sagens nacionais pobres e anônimas;* Crítica à que retratou em várias obras. Estudou música no
cultura elitista, que se isola das massas nos gabi- conservatório musical de São Paulo e cedo ini-
netes e academias;* Defesa da liberdade linguís- ciou sua carreira como crítico de arte, em jornais
tica, por meio da aproximação entre fala - cujos e revistas. Com apenas 20 anos e com pseudô-
“erros” na verdade são possibilidades expressi- nimo de Mário Sobral, pulicou seu primeiro livro,
vas - e escrita;* Rejeição ao passadismo literário Há uma gota de sangue em cada poema, no qual
e à mentalidade de cópia; defesa da conciliação faz críticas a carnificina produzida pela primeira
entre cultura primitiva e a atitude intelectualizada. guerra mundial e defendia a paz. As inovações
formais da obra desagradaram aos críticos de
MANUEL BANDEIRA (1886-1968) - Nascido orientação parnasiana. O autor teve um papel de-
no Recife, em Pernambuco, viajou várias vezes cisivo na implantação do Modernismo no Brasil.
para o Rio do Janeiro antes de se instalar em São Homem de vasta cultura, pesquisador paciente,
Paulo, onde iniciou a faculdade de arquitetura. Mário soube dar a substância teórica de que ne-
Em 1904, aos 18 anos, descobriu que sofria de cessita o movimento em algumas ocasiões deci-
tuberculose e partiu para o Rio de Janeiro buscar sivas: em 1922, meses após a semana publicou o
condições climáticas melhores. A doença o levou seu “Prefácio interessantíssimo” texto teórico que
para à Europa, onde entrou em contato com o abre Pauliceia desvairada, sua primeira obra de
Simbolismo e as vanguardas artísticas. Mas tar- poemas verdadeiramente modernista. Em 1925,
de, no Rio de Janeiro, tornou-se amigo de poe- quando s articulavam revistas e movimentos por
tas que como ele, passaram do Simbolismo ao todo o país, Mário lançou o ensaio “A escrava que
Modernismo. Seus poemas apresentam caracte- não é Isaura”, no qual retomava e aprofundava
rísticas bem definidas do movimento modernista, suas considerações iniciais sobre arte moderna.
com o humor e o olhar aguçado sobre tudo que o
cercou. Manuel Bandeira, um dos maiores poetas
brasileiras de versos livres, em tudo encontrou te-
mas para a sua poesia.
Mário de Andrade
Manuel Bandeira Entre 1924 e 1927, Mário de Andrade empreen-
deu uma pesquisa profunda sobre cultura brasi-
Principais obras de Manuel Bandeira leira - o folclore, as lendas, os ritmos, a dança, os
Poesia: A cinza das horas (1917); Carnaval costumes, as variações linguísticas - cujos resul-
(1919); Ritmo dissoluto (1924); Libertinagem tados contribuíram para a produção de obras de-
(1930); Estrela da manhã (1936); Mafuá do ma- cisivas em sua carreira, como Macunaíma (1928)
lurgo (1948); Estrela da tarde (1948); Opus 10 Da década de 1930 até 1945, quando de sua
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LITERATURA
morte, Mário cultivou uma poesia que toma duas escritores até hoje, por ser considerado o marco
direções: a poesia intimista e introspectiva e a inicial da liberdade artística.
poesia social, de denúncia da realidade brasilei-
ra. Na prosa, Mário escreveu contos, publicados EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGENS
em primeiro andar (1926) e contos novos (1946),
Crônicas, reunidas em Os filhos da Candinha Oferta
(1945), o romance Amar, verbo intransitivo (1927) Quem sabe
e a Rapsódia Macunaíma (1928). Em quase to- Se algum dia
das essas obras se destaca a preocupação com Traria
a descoberta e a exploração de novas técnicas O elevador
narrativas e, ao mesmo tempo, com a sondagem Até aqui
do universo social e psicológico do ser humano O teu amor
das grandes cidades. ANDRADE, Oswald de. Obras Completas de Oswald de Andrade. Rio de Janeiro: Civiliza-
ção Brasileira, 1978, p. 33
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LITERATURA
QUESTÃO 02 (2ª Aplicação ENEM 2010) - O mo- QUESTÃO 04 (2ª Aplicação ENEM 2011) - As
dernismo brasileiro teve forte influência das van- vanguardas europeias não devem ser vistas iso-
guardas europeias. A partir da Semana de Arte Mo- ladamente, uma vez que elas apresentam alguns
derna, esses conceitos passaram a fazer parte da conceitos estéticos e visuais que se aproximam.
arte brasileira definitivamente. Tomando como refe- Com base nos conceitos vanguardistas, entre
rência o quadro O mamoeiro, identifica-se que, nas eles o de exploração de formas geometrizadas do
artes plásticas, a: Cubismo, no início do século XX, o quadro Solda-
a) imagem passa a valer mais que as formas dos jogando cartas explora uma:
vanguardistas. a) abordagem sentimentalista do homem.
b) forma estética ganha linhas retas e valoriza o b) imagem plana para expressar a industriali-
cotidiano. zação.
c) natureza passa a ser admirada como um es- c) aproximação impossível entre máquina e
paço utópico. homem.
d) imagem privilegia uma ação moderna e indus- d) uniformidade de tons como crítica à indus-
trializada. trialização.
e) forma apresenta contornos e detalhes huma- e) mecanização do homem expressa por for-
nos. mas tubulares.
Só é meu
O país que trago dentro da alma.
Entro nele sem passaporte
Como em minha casa.
[...]
As ruas me pertencem.
Mas não há casas nas ruas.
As casas foram destruídas desde a minha infân-
cia.
Michelangelo. Pietà, século XV Os seus habitantes vagueiam no espaço
Vicente do Rego Monteiro. Pietà, 1924. À procura de um lar.
[...]
QUESTÃO 03 (2ª Aplicação ENEM 2011) - Vicente Só é meu
do Rego Monteiro foi um dos pintores, cujas telas fo- O mundo que trago dentro da alma.
ram expostas durante a Semana de Arte Moderna. BANDEIRA, M. Um poema de Chagall. In: Estrela da vida inteira: poemas traduzidos. Rio
de Janeiro: Nova Fronteira, 1993 (fragmento)
Tal como Michelangelo, ele se inspirou em temas
bíblicos, porém com um estilo peculiar. Consideran-
do-se as obras apresentadas, o artista brasileiro:
a) estava preocupado em retratar detalhes da
cena.
b) demonstrou irreverência ao retratar a cena bí-
blica.
c) optou por fazer uma escultura minimalista, di-
ferentemente de Michelangelo.
d) deu aos personagens traços cubistas, em vez
dos traços europeus, típicos de Michelangelo.
e) reproduziu o estilo da famosa obra de Miche-
langelo, uma vez que retratou a mesma cena
bíblica.
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LITERATURA
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LITERATURA
Vei, a Sol
Ora o pássaro careceu de fazer necessidade, fez
e o herói ficou escorrendo sujeira de urubu. Já
era de madrugadinha e o tempo estava inteira-
mente frio. Macunaíma acordou tremendo, todo
lambuzado. Assim mesmo examinou bem a pedra
mirim da ilhota para vê si não havia alguma cova
com dinheiro enterrado. Não havia não. Nem a
correntinha encantada de prata que indica pro es-
colhido, tesouro de holandês. Havia só as formi-
gas jaquitaguas ruivinhas.
ERNEST, M. O gigante acéfalo. Disponível em: www.historiadaarte.com.br.
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LITERATURA
O trovador
Sentimentos em mim do asperamente
dos homens das primeiras eras...
As primaveras do sarcasmo
intermitentemente no meu coração arlequinal... QUESTÃO 13 (1ª Aplicação ENEM 2013)
Intermitentemente... - O poema de Oswald de Andrade remon-
Outras vezes é um doente, um frio ta à ideia de que a brasilidade está relaciona-
na minha alma doente como um longo som re- da ao futebol. Quanto à questão da identida-
dondo... de nacional, as anotações em torno dos versos
Cantabona! Cantabona! constituem:
a) direcionamentos possíveis para uma leitura
Dlorom...
crítica de dados histórico-culturais.
Sou um tupi tangendo um alaúde! b) forma clássica da construção poética brasi-
ANDRADE, M. In: MANFIO, D. Z. (Org.) Poesias completas de Mário de Andrade. Belo
leira.
Horizonte: Itatiaia, 2005.
c) rejeição à ideia do Brasil como o país do
futebol.
QUESTÃO 12 (1ª Aplicação ENEM 2012) - Cara d) intervenções de um leitor estrangeiro no
ao Modernismo, a questão da identidade nacional exercício de leitura poética.
é recorrente na prosa e na poesia de Mário de e) lembretes de palavras tipicamente brasilei-
Andrade. Em O trovador, esse aspecto é: ras substitutivas das originais.
a) abordado subliminarmente, por meio de ex-
pressões como “coração arlequinal” que, Camelôs
evocando o carnaval, remete à brasilidade. Abençoado seja o camelô dos brinquedos de tos-
b) verificado já no título, que remete aos re- tão:
O que vende balõezinhos de cor
pentistas nordestinos, estudados por Mário
O macaquinho que trepa no coqueiro
de Andrade em suas viagens e pesquisas O cachorrinho que bate com o rabo
folclóricas. Os homenzinhos que jogam boxe
c) lamentado pelo eu lírico, tanto no uso de A perereca verde que de repente dá um pulo que
expressões como “Sentimentos em mim do engraçado
asperamente” (v. 1), “frio” (v. 6), “alma do- E as canetinhas-tinteiro que jamais escreverão
ente” (v. 7), como pelo som triste do alaúde coisa alguma.
“Dlorom” (v. 9).
d) problematizado na oposição tupi (selvagem) Alegria das calçadas Uns falam pelos cotovelos:
x alaúde (civilizado), apontando a síntese Uns falam pelos cotovelos:
— “O cavalheiro chega em casa e diz: eu filho, vai
nacional que seria proposta no Manifesto
buscar um pedaço de banana para eu acender o
Antropófago, de Oswald de Andrade. charuto.
e) exaltado pelo eu lírico, que evoca os “sen- Naturalmente o menino pensará: Papai está
timentos dos homens das primeiras eras” malu...”
para mostrar o orgulho brasileiro por suas
raízes indígenas. Outros, coitados, têm a língua atada.
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LITERATURA
da meninice...
E dão aos homens que passam preocupados ou
tristes uma lição de infância.
BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007.
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
C B C E B B D E E B
11 12 13 14 15
A D A C D
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LINGUAGENS E CÓDIGOS
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LINGUAGENS E CÓDIGOS
das medianas, cujas atitudes devem ter sempre mundos não difere da lei que rege as paixões hu-
explicações lógicas ou científicas. A linguagem é manas, o romance, em lugar de imaginar, tinha
outra preocupação importante: ela deve se apro- simplesmente de observar. (...) A arte tornou-se o
ximar do texto informativo, ser simples, utilizar-se estudo dos fenômenos vivos e não a idealização
de imagens denotativas, e as construções sintá- das imaginações inatas...”
ticas devem obedecer à ordem direta. Persona- Eça de Queirós. Idealismo e realismo. In: Cartas inéditas de Fradique Mendes. Apud:
gens tipificados: os personagens de romances SIMÕES, J. G.: Eça de Quirós – trechos escolhidos. Rio de Janeiro, Agir, 1968.
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LINGUAGENS E CÓDIGOS
social e de aspectos patológicos, trazem para sua cessivo o escrúpulo do Cotrim, a quem não souber
obra temas como a miséria, a criminalidade e os que ele possuía um caráter ferozmente honrado.
problemas relacionados ao sexo como o adultério Eu mesmo fui injusto com ele durante os anos que
e o homossexualismo, tanto feminino como mas- se seguiram ao inventário de meu pai. Reconhe-
culino. Esses temas são abordados sempre por ço que era um modelo. Arguiam-no de avareza, e
meio de personagens que representam os grupos cuido que tinham razão; mas a avareza é apenas
marginalizados da sociedade, como por exemplo a exageração de uma virtude, e as virtudes devem
em “O Mulato”, “O Cortiço” de Aluísio Azevedo. ser como os orçamentos: melhor é o saldo que o
Face a tudo o que foi exposto pode-se dizer que déficit. Como era muito seco de maneiras, tinha
todo Naturalista é Realista, porém, nem todo inimigos que chegavam a acusá-lo de bárbaro. O
Realista é Naturalista. Pode-se dizer ainda que único fato alegado neste particular era o de man-
o Naturalismo é um prolongamento do Realismo, dar com frequência escravos ao calabouço, don-
só que mais intenso. de eles desciam a escorrer sangue; mas, além
Sergius Gonzaga de que ele só mandava os perversos e os fujões,
ocorre que, tendo longamente contrabandeado
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGENS - em escravos, habituara-se de certo modo ao trato
QUESTÃO 01 (MACKENZIE 2012) - Jesus, filho um pouco mais duro que esse gênero de negócio
de Sirach, se soubesse dos meus primeiros ciú- requeria, e não se pode honestamente atribuir à
mes, dir-me-ia, como no seu cap.IX, vers. 1: “Não índole original de um homem o que é puro efeito
tenhas ciúmes de tua mulher, para que ela não se de relações sociais. A prova de que o Cotrim tinha
meta a enganar-te com a malícia que aprender sentimentos pios encontrava-se no seu amor aos
de ti”. Mas eu creio que não, 1e tu concordarás filhos, e na dor que padeceu quando morreu Sara,
comigo; se te lembras bem da Capitu menina, hás dali a alguns meses; prova irrefutável, acho eu, e
de reconhecer que uma estava dentro da outra, não única. Era tesoureiro de uma confraria, e ir-
2como a fruta dentro da casca. mão de várias irmandades, e até irmão remido de
Machado de Assis, D.Casmurro uma destas, o que não se coaduna muito com a
Considerado o fragmento no contexto do roman- reputação da avareza; verdade é que o benefício
ce, assinale a alternativa correta. não caíra no chão: a irmandade (de que ele fora
a) O narrador onisciente, ao confirmar sua juiz) mandara-lhe tirar o retrato a óleo.
insegurança afetiva, dá pistas ao leitor de ASSIS, M. Memórias póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992.
que Capitu, mesmo adulta, manteve o com- Obra que inaugura o Realismo na literatura bra-
portamento ingênuo da infância, tendo na sileira, Memórias póstumas de Brás Cubas con-
verdade sido vítima da malícia do amigo densa uma expressividade que caracterizaria o
Escobar. estilo machadiano: a ironia. Descrevendo a moral
b) O narrador protagonista, buscando a cum- de seu cunhado, Cotrim, o narrador-personagem
plicidade do leitor (e tu concordarás comi- Brás Cubas refina a percepção irônica ao:
go, ref. 1), afirma sua convicção de que a a) acusar o cunhado de ser avarento para con-
esposa, já falecida, desde muito jovem já fessar-se injustiçado na divisão da herança
manifestara indícios de um comportamento paterna.
suspeito. b) atribuir a “efeito de relações sociais” a natu-
c) A ambiguidade do discurso de Bento Santia- ralidade, com que Cotrim prendia e tortura-
go converge para a expressão como a fruta va os escravos.
dentro da casca (ref. 2) que pode ser lida c) considerar os “sentimentos pios” demons-
tanto como prova da inocência da esposa trados pelo personagem quando da perda
como, ao contrário, prova de sua culpa. da filha Sara.
d) Valendo-se de um discurso tendencioso, o d) menosprezar Cotrim por ser tesoureiro de
advogado Bento Santiago evita ressalvas uma confraria e membro remido de várias
e modalizações na fala, expondo ao leitor irmandades.
inquestionáveis indícios da traição de sua e) insinuar que o cunhado era um homem vai-
mulher Capitu. doso e egocêntrico, contemplado com um
e) O discurso bíblico citado no início do frag- retrato a óleo.
mento revela que o narrador, preocupado
em caracterizar o comportamento da es- TEXTO
posa infiel, omite informações importantes (...) Um poeta dizia que o menino é o pai
acerca de si próprio. do homem. Se isto é verdade, vejamos alguns li-
neamentos do menino.
QUESTÃO 02 (ENEM 2014) - Talvez pareça ex- Desde os cinco anos merecera eu a alcu-
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LINGUAGENS E CÓDIGOS
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LINGUAGENS E CÓDIGOS
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LINGUAGENS E CÓDIGOS
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
B B C C E C D E A E
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REDAÇÃO
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REDAÇÃO
entre as questões públicas e os fatos de caráter Obs. A fórmula deve ser usada principalmen-
privado, na Internet, pois as relações humanas te por quem não está sabendo como resolver a
têm sido prejudicadas por isso. problemática. A fórmula é um tipo de “luz” para
quem não está sabendo o que escrever. Os ou-
◙ 2012 - O Movimento Imigratório para o Brasil tros candidatos só precisam articular a argumen-
no Século XXI. (impreciso) tação com a solução, ou seja, o que antes era o
Tese: O crescimento do movimento migratório problema, ou causador dele, deve surgir ao final
para o nosso país, atualmente, está ligado direta- como forma de intervenção.
mente à excelente situação econômica do Brasil
no cenário econômico internacional. EXERCÍCIO DE APRENDIZAGENS
Temas:
1 - Desastres ambientais no Brasil
2 - Crack: como tirar esta pedra do meio do
caminho?
3 - A Dengue e seu crescimento vertiginoso
4 - A obesidade no Brasil.
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MATEMÁTICA
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PROBABILIDADE
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PROBABILIDADE
OBSERVAÇÃO:
• Um dado é dito “não viciado” quando a chan- Então a probabilidade é P = 10/100 = 10%
ce de se obter qualquer uma das faces vol- b) A chance de gostar somente de matemática.
tadas para cima é igual as demais, ou seja, P = 30/100 = 30%
1/6. Isso ocorre quando a peça é homogê- c) Determine a chance gostar somente de infor-
neo. mática.
• Um dado é dito “viciado” quando a probabi- P = 10/100 = 10%
lidade de pelo menos de uma das faces é d) gostar matemática e informática.
diferente das demais, isso se deve a um de- P = 50/100 = 50%
sequilíbrio (proposital ou não) desse dado e) gostar matemática ou informática.
não homogêneo. P = 90/100 = 90%
EXEMPLO 2: EXEMPLO 4:
No lançamento de um dado viciado, a probabi- Considere o lançamento de dois dados. Calcu-
lidade de sair o número 6 é de 40% e igual para le a probabilidade de que a soma dos resulta-
os outros números. Determine: dos seja igual 8.
a) a chance para cada número. SOLUÇÃO:
Sendo P(6) = 40%, então a soma da probabilida- Observe que neste caso, o espaço amostral E é
de de todos os outros juntos é de 60%. constituído pelos pares ordenados (i,j), onde i =
Dessa forma, temos: número no dado 1 e j = número no dado 2.
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PROBABILIDADE
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PROBABILIDADE
QUESTÃO 05 - Qual a chance de se retirar uma Em relação ao lançamento de moedas não vicia-
carta com figura (J, Q ou K)? das, responda as próximas questões.
a) 1/4 b) 3/4 QUESTÃO 14 - Qual a probabilidade de lançar
c) 1/13 d) 2/13 e) 3/13 uma moeda e o resultado ser cara?
a) 50% b) 40%
QUESTÃO 06 - Determine a chance de retirar c) 30% d) 20% e) 50%
três reis em seguida, sem reposição.
a) 1/5525 b) 1/5255 QUESTÃO 15 - Qual a chance de lançar duas
c) 1/2555 d) 1/1100 e) 1/1055 moedas e ambas terem cara como resultado?
a) 30% b) 25%
QUESTÃO 07 - Calcule a probabilidade de se re- c) 20% d) 15% e) 10%
tirar um rei (K), dado que a carta é de ouro.
a) 15/63 b) 27/64 QUESTÃO 16 - Determine a probabilidade de lan-
c) 37/64 d) 1/13 e) 1/4 çar três moedas e todas terem cara como resul-
tado.
QUESTÃO 08 - Determine a probabilidade de se a) 1/6 b) 1/7
retirar uma carta de ouro, dado que a carta retira- c) 1/8 d) 1/9 e) 1/10
da é um rei (K).
a) 15/63 b) 27/64 QUESTÃO 17 - Calcule a probabilidade de lançar
c) 37/64 d) 1/13 e) 1/4 três moedas e pelo menos uma ter coroa como
resultado.
TEXTO PARA AS QUESTÕES DE 09 À 13 a) 1/8 b) 3/8
Um estudante tem uma urna que contém dez bo- c) 5/8 d) 7/8 e) 8/7
las numeradas de 1 à 10, de onde ele vai retirar
ao acaso um ou mais delas para o calculo de pro-
babilidade. Responda as próximas questões.
QUESTÃO 09 - Determine a probabilidade de re-
tirar uma bola com o número 10.
a) 10% b) 15%
c) 20% d) 25% e) 30%
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GEOMETRIA PLANA
Geometria Plana - Teorema de Pitágoras e áre- Sejam então A, B e C as áreas de figuras seme-
as de figuras planas - Relações Métricas no lhantes, construídas sobre a hipotenusa a e sobre
Triângulo Retângulo os catetos b e c de um triângulo retângulo, como
mostra a figura acima. Sabemos que a razão en-
tre as áreas de figuras semelhantes é igual ao
quadrado da razão de semelhança. Então:
A B C B C B+C A
= = , ainda: = = =
a 2
b 2
c 2
b 2
c 2
b +c
2 2
a2
Pela propriedade das proporções, como a² = b² +
c², concluímos que A = B + C. Isto quer dizer que,
se figuras semelhantes são construídas sobre os
Teorema de Pitágoras - A demonstração de lados de um triângulo retângulo, a área da figura
Perigal - Henry Perigal, um livreiro em Lon- construída sobre a hipotenusa é igual à soma das
dres, publicou em 1873 a demonstração que se áreas das figuras construídas sobre os catetos.
pode apreciar na figura abaixo. Trata-se da forma
mais evidente de mostrar que a soma das Trapézio
áreas dos quadrados construídos sobre os cate- Definição: Trapézio é todo quadrilátero que pos-
tos preenchem o quadrado construído sobre a hi- sui um par de lados paralelos. Os lados paralelos
potenusa. Perigal corta o quadrado construído são chamados bases do trapézio. A distância en-
sobre o maior cateto por duas retas passando tre as bases é chamada de altura do trapézio.
pelo seu centro, uma paralela à hipotenusa do Classificação dos Trapézios
triângulo e outra perpendicular, dividindo esse 1) Escaleno: quando os lados não-paralelos não
quadrado em quatro partes congruentes. Essas são congruentes.
quatro partes e mais o quadrado construído 2) Isósceles: quando os lados não-paralelos são
sobre o menor cateto, preenchem completamente congruentes.
o quadrado construído sobre a hipotenusa. 3) Retângulo (ou bi-retângulo): quando um dos
os lados não-paralelos é perpendicular às bases.
Generalizando o Teorema de Pitágoras - O Teo-
rema de Pitágoras afirma que a área do quadrado Área
construído sobre a hipotenusa de um triângulo re-
tângulo é igual à soma das áreas dos quadrados
construídos sobre os catetos. Agora, imaginemos
figuras semelhantes quaisquer, construídas sobre
os lados de um triângulo retângulo.
Paralelogramos - Definição: Paralelogramo é
todo quadrilátero que possui os pares de lados
opostos respectivamente paralelos.
33
GEOMETRIA PLANA
Área: Área
Área
34
GEOMETRIA PLANA
35
GEOMETRIA PLANA
A distância em metros que o paciente ainda deve marcou uma área quadrada no vértice A, para a
caminhar para atingir o ponto mais alto da rampa construção de sua residência, de acordo com o
é: AB
a) 1,16 metros. b) 3,0 metros. desenho, no qual AE = é lado do quadrado.
5
c) 5,4 metros. d) 5,6 metros.
e) 7,04 metros.
36
GEOMETRIA PLANA
caso, a vazão da água é de 1.050m³/s. O cálculo sua altura aumentada em 50%, mantendo a forma
da vazão, Q em m³/s, envolve o produto da área A retangular. Logo, a área da janela aumentou em:
do setor transversal (por onde passa a água), em a) 100%. b) 150%.
m², pela velocidade da água no local, v, em m/s, c) 200%. d) 250%. e) 300%.
ou seja, Q = Av. Planeja-se uma reforma na cana-
leta, com as dimensões especificadas na figura II, QUESTÃO 12 - Para cobrir o piso de uma cozi-
para evitar a ocorrência de enchentes. nha com 5m de comprimento por 4m de largura,
serão utilizados pisos de 25cm x 25cm. Cada cai-
xa contém 20 pisos. Supondo que nenhum piso
se quebrará durante o serviço, quantas caixas
são necessárias para cobrir o piso da cozinha?
a) 17 caixas b) 16 caixas
c) 20 caixas d) 15 caixas e) 12 caixas
Na suposição de que a velocidade da água não
se alterará, qual a vazão esperada para depois da QUESTÃO 13 (ENEM 2010) - A loja Telas & Mol-
reforma na canaleta? duras cobra 20 reais por metro quadrado de tela,
a) 90 m3/s. b) 750 m3/s. 15 reais por metro linear de moldura, mais uma
c) 1.050 m3/s. d) 1.512 m3/s. taxa fixa de entrega de 10 reais. Uma artista plás-
e) 2.009 m3/s. tica precisa encomendar telas e molduras a essa
loja, suficientes para 8 quadros retangulares (25
QUESTÃO 10 (ENEM CANCELADO 2009) - Um cm x 50 cm). Em seguida, fez uma segunda en-
fazendeiro doa, como incentivo, uma área retan- comenda, mas agora para 8 quadros retangulares
gular de sua fazenda para seu filho, que está in- (50 cm x 100 cm). O valor da segunda encomen-
dicada na figura como 100% cultivada. De acor- da será:
do com as leis, deve-se ter uma reserva legal de a) o dobro do valor da primeira encomenda,
20% de sua área total. Assim, o pai resolve doar porque a altura e a largura dos quadros do-
mais uma parte para compor a reserva para o fi- braram.
lho, conforme a figura. b) maior do que o valor da primeira encomen-
da, mas não o dobro.
c) a metade do valor da primeira encomenda,
porque a altura e a largura dos quadros do-
braram.
d) menor do que o valor da primeira encomen-
da, mas não a metade.
e) igual ao valor da primeira encomenda, por-
que o custo de entrega será o mesmo.
De acordo com a figura anterior, o novo terreno do QUESTÃO 14 - Observe a figura.
filho cumpre a lei, após acrescentar uma faixa de Note que as duas circunfe-
largura x metros contornando o terreno cultivado, rências menores se tangen-
que se destinará à reserva legal (filho). O dobro ciam no centro da circunfe-
da largura x da faixa é: rência maior e, também
a) 10%(a + b)2 b) 10%(a . b)2 tangenciam a circunferência
maior. Sabendo que o com-
c) a + b − (a + b) d) ( a + b )2 + ab − ( a + b ) primento da circunferência
( a + b )2 + ab + ( a + b ) maior é de 12π cm, pode-se
e)
afirmar que o valor da área da parte hachurada é,
em cm²:
QUESTÃO 11 - Após assistir ao programa Eco-
a) 6π b) 8π
prático, da TV Cultura, em que foi abordado o
c) 9π d) 18π e) 36π
tema do aproveitamento da iluminação e da ven-
tilação naturais do ambiente, Dona Maria decidiu
QUESTÃO 15 (ENEM 2010) - A ideia de usar
ampliar a janela de sua cozinha. A janela retan-
rolos circulares para deslocar objetos pesados
gular teve o seu comprimento dobrado e teve a
provavelmente surgiu com os antigos egípcios ao
37
GEOMETRIA PLANA
construírem as pirâmides.
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
D E B D C A C E D D
11 12 13 14 15
C B B D E
38
EXPONENCIAL
1. Potência com Expoente Natural - Dado um 2º caso: 0 < a < 1 (função decrescente)
número real a e um número natural n (n ≠ 0), de-
finimos a potência como o produto de n fatores
iguais ao número a.
an = a
⋅⋅
aa ⋅ ⋅a
...
n fatores
Em que:
a (base n (expoente an (potência
Convenção: a0 = 1, “a ∀ R* D(f) = R
Im(f) = R+*
2. Potência com Expoente Inteiro Negativo
1 Observação !!!
a −n = n com n ( N* e a ( R*
a Dos gráficos anteriores, observamos que:
3. Potência com Expoente Racional Eles nunca tocam o eixo horizontal, ou
seja, não possuem raízes.
( a)
m
m
an = n
= n am +* e m, n ( N (n ( 0) Eles cortam o eixo vertical no ponto (0, 1).
Os valores de y são sempre positivos (potên-
4. Propriedades das Potências
cia de base positiva é positiva), portanto o
a m ⋅ a n = a m +n
conjunto imagem é Im = R+*
am
n
= a m −n , se a ≠ 0 7. Equação Exponencial
a
Uma equação é denominada exponencial quando
(a ⋅ b ) = a ⋅ b
m m m
a incógnita aparece no expoente.
m ax = ay x = y, com 1 ≠ a > 0
a am
, se b ≠ 0
= 8. Inequação Exponencial
b bm
Denominamos inequação exponencial toda desi-
(a ) = (a ) = a
n m⋅n m
gualdade que possui variável no expoente.
m n
a , se n for par
n a ⋅b = n a ⋅n b
n
a a
n =
b n
b
n m
a = n⋅m a
6. Função Exponencial
Toda função f:R (R definida por f(x) = ax com a ∈ o sentido da desigualdade se conserva
R, 0 < a ≠ 1 e x (R, é denominada função expo-
nencial de base a. 2º caso: 0 < a < 1 (função decrescente)
f (x) = a x
Gráficos
1º caso: a > 1 (função crescente)
D(f) = R
o sentido da desigualdade se inverte.
Im(f) = R+*
39
EXPONENCIAL
loga b =x ⇔ b
= ax loga b n
= loga (b b b ... ⋅ b )
⋅ ⋅ ⋅
forma
n fatores
forma
logarítmica exponencial (loga b )n = loga b ⋅ loga b ⋅ loga b ⋅ ... ⋅ loga b
n fatores
Onde
b (logaritmando ou antilogaritmo (b ∈ R e b > 0) 5. Sistemas de Logaritmos Especiais - Dentre
a (base do logaritmo (a (R e 0 < a (1) todos os sistemas de logaritmos, dois deles se
x (logaritmo destacam por sua importância em Física, Quími-
ca, Biologia, Engenharia, Economia, ... .
e = 2,718...
2. Conseqüências da Definição - Sejam a, b e Logaritmo Natural ou Neperiano (base base
)
de Euler ou
c números reais e positivos, com 0 < ≠ 1, b > 0, c loge x = ln x número de Napier
40
EXPONENCIAL
Gráficos
1º caso: a > 1 (função crescente)
e)
2
∃ log a b ⇔ e
0 < a ≠ 1
QUESTÃO 02 - Sob determinadas condições, o
loga b = loga c ( b = c antibiótico gentamicina, quando ingerido, é elimi-
nado pelo organismo à razão de metade do vo-
8. Inequações Logarítmicas - Podemos compa- lume acumulado a cada 2 horas. Daí, se K é o
rar dois logaritmos indicados numa mesma base, volume da substância no organismo, pode-se uti-
através dos gráficos abaixo: t
1
1º caso: a > 1 (função crescente) lizar a função f (t) = k . 2 para estimar a sua eli-
2
minação depois de um tempo t, em horas. Neste
caso, o tempo mínimo necessário para que uma
pessoa conserve no máximo 2 mg desse antibió-
tico no organismo, tendo ingerido 128 mg numa
única dose, é de:
a) 12 horas e meia. b) 10 horas.
c) 10 horas e meia. d) 12 horas.
o sentido da desigualdade se conserva e) 6 horas.
41
EXPONENCIAL
42
EXPONENCIAL
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
A D E C A D D A B D
43
CIÊNCIAS HUMANAS
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HISTÓRIA DO BRASIL
DITADURA MILITAR - O governo de João Gou- dora Nacional (ARENA), e o Movimento Demo-
lart foi marcado por alta inflação, estagnação eco- crático Brasileiro (MDB), que veio a servir de refú-
nômica e uma forte oposição da Igreja Católica e gio a toda a esquerda e extrema esquerda política.
das forças armadas que o acusavam de permitir Em pequenos municípios, porém, a divisão entre
a indisciplina nas Forças Armadas e de fazer um os dois partidos, ou as vezes, dentro do mesmo
governo de caráter esquerdista. Em 31 de março partido político, pois cada partido podia lançar
de 1964 as Forças Armadas realizam um Golpe até 3 candidatos a prefeito (as sublegendas),
Militar de 1964, destituindo João Goulart que se não era de idéias ou paradigmas, mas sim dis-
exilou no Uruguai. Os líderes civis do golpe, foram putas pessoais entre os líderes locais. Em 1970,
os governadores dos estados do Rio de Janeiro, o MDB quase foi extinto por ter tido uma votação
Carlos Lacerda, de Minas Gerais, Magalhães Pin- mínima para o Congresso Nacional. Em 1967,
to e de São Paulo, Adhemar de Barros. A maioria o nome do país foi alterado para República Fe-
dos militares que participaram do golpe de estado derativa do Brasil [83] Em 15 de março de 1967,
eram ex-tenentes da Revolução de 1930, entre promulgada a sexta Constituição Brasileira pelo
os quais, Juraci Magalhães, Humberto de Alen- Congresso, institucionalizando o movimento e es-
car Castelo Branco, Juarez Távora, Médici, Gei- tabelecendo eleições indiretas para presidente,
sel e Cordeiro de Farias. Foram 5 os presidentes realizada via colégio eleitoral, este eleito direta-
da república, todos generais de exército, durante mente. A partir daquele dia ficavam revogados os
o regime militar: o General Humberto de Alencar atos instituicionais baixados desde 1964. Nesse
Castelo Branco, seguido pelo General Arthur da mesmo dia, diante do crescimento dos movimen-
Costa e Silva (1967-1969), eleitos pelo Congres- tos de contestação ao regime militar, o General
so Nacional. O General Emílio Garrastazu Médi- Arthur da Costa e Silva assumiu a presidência da
ci (1968-74) foi escolhido pela Junta Militar que república. Porém esta normalidade institucional
assumira o poder com a morte de Costa e Silva dada pela constituição de 1967 durou pouco. Em
em 1969 e eleito por um colégio eleitoral. O Ge- 13 de dezembro de 1968, Costa e Silva fechou o
neral Ernesto Geisel (1974-79) e o General João Congresso Nacional e decretou o Ato Institucio-
Baptista de Oliveira Figueiredo (1979-84) também nal nº 5, o AI-5, que lhe deu o direito de fechar o
foram eleitos por colégios eleitorais formados Parlamento, cessar direitos políticos e suprimir o
pelo Congresso Nacional mais representantes direito de habeas corpus. Em 1969, é feita uma
das assembléias legislativas dos estados. Entre ampla reforma da constituição de 1967, conheci-
as características adquiridas pelos governos de- da como emenda constitucional nº 1, que a torna
correntes do golpe militar, também chamado de mais autoritária. Neste período, intensificou-se a
“Revolução de 1964” e de “Contra-Revolução de luta armada nas cidades e no campo em busca
1964”, destacam-se o combate à subversão pra- da derrubada do governo militar. Praticamente,
ticadas por guerrilhas de orientação esquerdista, tudo teve início com o atentado no Aeroporto In-
a supressão de alguns direitos constitucionais ternacional dos Guararapes, em Recife, em 1966,
dos elementos e instituições ligados à suposta com diversos mortos e feridos, e em diversos ou-
tentativa de golpe pelos comunistas, e uma forte tros pontos do país, principalmente em São Paulo
censura à imprensa, após a edição do AI-5 de 13 e Rio de Janeiro. Foi após a configuração des-
de dezembro de 1968. O golpe de estado foi cha- ta conjuntura de terror e justiçamentos da parte
mado de “Contra-Revolução de 1964” porque os dos grupos comunistas que a censura teve sua
golpistas estavam tentando impedir uma provável implantação consolidada. Em 1969, Costa e Silva
revolução comunista no Brasil, nos moldes da sofreu uma trombose e ficou incapacitado; uma
recém ocorrida revolução cubana ocorrida anos junta militar formada pelos comandantes das For-
antes.[82] ças Armadas assumiu o poder. Em outubro, o Ge-
Humberto de Alencar Castelo neral Médici tomou posse como presidente eleito
Branco. Em 1965, pelo Ato Ins- pelo Congresso Nacional que ele pediu que fosse
titucional nº 2, todos os partidos reaberto. Médici comandou o período de maior re-
políticos então existentes são pressão aos grupos esquerdistas que combatiam
declarados extintos, e teve iní- a ditadura militar, em especial, a repressão aos
cio a intensificação da repres- grupos de revolucionários e guerrilheiros marxis-
são política aos comunistas. tas, com suspeitos e colaboradores sendo presos,
Somente dois partidos eram ocasionalmente exilados, torturados e/ou mortos
permitidos, a Aliança Renova- em confrontos com as forças policiais do Estado.
45
HISTÓRIA DO BRASIL
Em 1969, os guerrilheiros atacaram o Quartel Ge- me campanha popular em favor de eleições di-
neral do II Exército, atual Comando Militar do Su- retas, levada a cabo por partidos de oposição, à
deste, em São Paulo, quando morreu o soldado frente o PMDB, que buscava a aprovação pelo
Mário Kozel Filho. No governo Médici teve início Congresso Nacional da Emenda Constitucional
o movimento guerrilheiro no Araguaia e a realiza- que propunha a realização de eleições diretas. A
ção de sequestros de embaixadores estrangeiros campanha foi chamada de “Diretas já”, e tinha à
e assaltos a bancos comerciais por grupos de es- frente o deputado Dante de Oliveira, criador da
querda. Estes sequestros eram usados, em sua proposta de Emenda. Em 25 de abril de 1984, a
maioria, como forma de pressionar o governo mi- emenda foi votada e obteve 298 votos a favor, 65
litar a libertar presos políticos. Após a redemocra- contra, 3 abstenções e 112 deputados não com-
tização do país, contabilizou-se mais de trezentos pareceram ao plenário no dia da votação. Assim
mortos, de ambos os lados. Em 1974, o General a emenda foi rejeitada por não alcançar o núme-
Ernesto Geisel assumiu a presidência, tendo que ro mínimo de votos para a aprovação da emen-
enfrentar grandes problemas econômicos, causa- da constitucional. As principais realizações dos
dos pela dívida externa criada pelo governo Médi- governos militares foram: a Ponte Rio-Niterói, os
ci, agravados pela crise internacional do petróleo, metrôs de São Paulo e Rio de Janeiro, a usina
e uma alta taxa de inflação.[carece de fontes?] hidrelétrica de Itaipu, a barragem de Sobradinho,
a Açominas, a Ferrovia do Aço, a rodovia Transa-
mazônica, o FGTS, o BNH, a reforma administra-
tiva atráves de decreto-lei nº 200, o Banco Central
do Brasil, a Polícia Federal e o sistema DDD.
EXERCÍCIO DE APRENDIZAGEM
QUESTÃO 01 - Em dezembro de 1968, o gover-
no militar editou o Ato Institucional nº5 (AI-5), que
determinava:
a) que o Presidente da República teria pode-
Manifestação pelas Diretas, em 1984 - Geisel res para fechar o Congresso, intervir nos
iniciou a abertura democrática[carece de fontes?] Estados e suspender os direitos políticos de
“lenta, gradual e segura”, que foi continuada pelo qualquer cidadão.
seu sucessor, o General Figueiredo (1979-85). b) as eleições para Governadores dos Estados
Figueiredo não só permitiu o retorno de políticos e Presidente da República passariam a ser
exilados ou banidos das atividades políticas du- decididas no Colégio Eleitoral.
rante os anos 1960 e 70. Foram anistiados os c) a extinção dos partidos políticos existentes
militantes das guerrilhas do tempo de governo até então, e a criação do Movimento Demo-
Médici. Figueiredo também autorizou que estes crático Brasileiro - MDB - e da Aliança Re-
anistiados concorressem às eleições municipais novadora Nacional - ARENA.
e estaduais em 1982. O regime militar termina d) a obrigatoriedade da transmissão, por todas
com as eleições indiretas para presidente em as emissões de rádio, do programa “A Voz
1984, com Paulo Maluf concorrendo pelo PDS e do Brasil” e do horário eleitoral gratuito no
Tancredo Neves pelo PMDB apoiado pela Fren- rádio e TV.
te Liberal, dissidência do PDS liderada por José
Sarney e Marco Maciel. Venceu Tancredo Neves, QUESTÃO 02 - Durante a década de 70, inúme-
na eleição indireta de 15 de janeiro de 1985, para ras manifestações de descontentamento com o
governar por 6 anos, a partir de 15 de março de governo militar vinham acontecendo por todo o
1985, até 1991. Nem todos, na oposição ao re- Brasil. Assinale os acontecimentos que marcaram
gime militar, concordavam com o lançamento da decisivamente as novas relações capital-trabalho:
candidatura Tancredo Neves. O PT expulsou de a) com o crescente descontentamento popu-
seus quadros os seus deputados que votaram em lar, o controle e a repressão no interior das
Tancredo Neves no colégio eleitoral. Foram expul- fábricas se intensificaram, impedindo qual-
sos do PT: a deputada federal Beth Mendes e os quer greve ou agitação operária na década
deputados federais Aírton Soares e José Eudes. de 70
Essas eleições, as últimas eleições indiretas da b) o ambiente de protesto fortaleceu o sindi-
história brasileira, foram precedidas de uma enor- calismo corporativo e assistencialista e seu
46
HISTÓRIA DO BRASIL
47
HISTÓRIA DO BRASIL
48
HISTÓRIA DO BRASIL
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM
01 02 03 04 05
A C B C D
EXERCÍCIOS COMPLEMENTAR
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
D D C B A D D C D C
49
HISTÓRIA GERAL
Renascimento - Introdução - Quando começa- aquela conjuntura tão tradicional que ainda arro-
mos a falar do período histórico Idade Moderna deava a sociedade européia. A esperteza criou
temos que lembrar a polêmica dos historiadores uma outra autoridade, pois o movimento chegou a
em tentar extinguir esse momento, pois para mui- enganar em muitas ocasiões seus inimigos, como
tos ele é avaliado como uma fase de transição por exemplo fazer um movimento artístico onde
pelo muito que tem de características de uma era retratado imagens religiosas, os santos, um
fase anterior e já começar a ter inovações da con- Jesus, uma virgem Maria, mas todos sendo re-
temporaneidade. Neste instante, um dos fatos lacionados ao valor do homem e europeus. Quer
bem marcantes foi do Renascimento, movimento dizer, se o homem é a imagem e semelhança de
cultural, que resgata aspectos clássicos e peca Deus poderá ele imitar a Deus ou quem ser um
em um dia dizer que cultura, no período medieval, novo deus.Que esperteza, não. Por isso muitos
morreu. membros da própria igreja chegaram a patrocinar
Análise geral - O estudo que fizemos so- o Renascimento e eram chamados de mecenas,
bre a época medieval nos fez imaginar uma socie- que eram patrocinados de arte, em que estavam
dade com aspectos culturais muito ligados a uma incluídos também burgueses e príncipes, reis que
extrema religiosidade que se envolvia naquela você saberá o por que em instantes. A necessi-
época, religiosidade esta que estava aproximado dade de fazer esse movimento veio também de
a instituição igreja católica, que acabou criando uma questão sócio-econômico, já quem desem-
a denominação de teocentrismo para aquele mo- penhou um papel decisivo nessas transforma-
mento cultural, pois a força dessa igreja era tão ções foi a burguesia. Essa classe precisava, para
grande que Deus virou o centro de todas as ex- se firmar como classe, destruir as expressões
plicações relacionadas aquela sociedade. Então do feudalismo que ainda estavam muito forte e
como foi mudar essa realidade? Com muita cer- uma delas era a questão cultural, a linha de pen-
teza racionalista e coragem, que isso que tiveram samento conduzia as pessoas a não quererem a
os idealizadores desse assunto que estamos de- mudança proposta pela burguesia, sem falar na-
batendo agora. Imagine só como era ser diferente quela história de sempre, que o novo choca, mas
naquela sociedade. Se ser diferente ainda hoje era necessário esse novo e temos que concordar
chega a chocar, criar desconfortos com os tradi- numa coisa,os burgueses promoveram um gran-
cionalistas o que diga nos séculos XIV e XV, e por de serviço naquilo que podemos chamar de mo-
isso que nos devemos realmente chamar esses dernidade, pois se não fossem eles o atraso de
pensadores de corajosos, pela sua audácia e va- certas coisas no mundo seria grande. Pena que
lor. Vou dá uma opinião: existe um grave erro nis- eles mudaram tanto quando o poder chegou em
so tudo que é o nome que foi dado ao movimento. suas mãos. Com essa visão, os burgueses pre-
Chamá-lo de Renascimento é querer dizer que no cisavam está perto ou financiando aqueles que
tempo medieval a cultura havia sido totalmente devem ser chamados, sem dúvida, de gênios,
aniquilada, destruída e todos nós sabemos que pessoas que a essência brilhante de suas vidas
a coisa não assim, pois por influência católica a eram entrar na história como marcantes instru-
cultura era plenamente monopolizada, não pode- mentos de transformação e investigar era o cami-
ria outra pessoa saber de certas coisas pois estas nho. A arte de escrever de muitos, virou forma de
poderiam prejudicar a autoridade da Igreja naque- divulgar uma nova sociedade e condenar aquilo
le instante. Portanto, a cultura não morreu apenas que seria comprovado como errado. Então deve-
foi oculta, mas depois foi veio uma explicação que mos enxergar estas produções não como simples
daria uma certa situação correta ao nome do mo- textos dramáticos ou amorosos, e sim como vias
vimento. A cultura renascentista resgata muito os condutores de destruição do medievalismo que
aspectos clássicos, que seriam as características sufocava os europeus. E como os textos tinham
greco-romanos, reverenciando o racional e o va- um alvo mais social, econômico, então certos se-
lor do homem, fazendo com que este se tornas- tores que ainda se mantinham fortes e não afeta-
se agora o centro de todas as coisas, criando o dos não importunavam os geniais renascentistas.
antropocentrismo, o momento de valorização do Mas quando falamos do momentos ligados a uma
humano (humanismo) e todo um conjunto de fa- criação científica, os mecenas diminuíam, pois
tos que lembravam a antiguidade mas reforçava nem todos estavam de acordo com aquela linha
aquilo que poderíamos chamar de novo ou mo- de pensamento apresentada por certos represen-
derno. O movimento cria uma dúvida que seria tantes. Leonardo da Vinci, por exemplo, durante
como os renascentistas conseguiram acabar com anos ficou sendo conhecido apenas como aquele
50
HISTÓRIA GERAL
que retratou cenários religiosos ou personagens, Análise geral - Eu acho que você conseguiu per-
que historicamente não tiveram a menor influên- ceber que quando falamos que a Idade Moderna
cia para o mundo, mas se soubessem que ele era era uma fase de transição era uma grande verda-
inventor, cientista e outras grandes qualidades a de, pois o que não falta nesses primeiros capítu-
mais, quem sabe seria perseguido insistentemen- los é a lembrança do medievalismo e que a prin-
te por certas pessoas. Nicolau Copérnico, Galileu cipal instituição comentada é a Igreja Católica. O
Galilei, que estruturam teorias que foram total- assunto agora está diretamente relacionado a
mente comprovadas, também passaram seus ins- Igreja, pois nos conta sobre um movimento verda-
tantes constrangedores, principalmente Galileu, deiramente anticlerical, constituído por pessoas
que foi ameaçado pelo tribunal da Santa Inquisi- que não suportavam mais os desmandos desses
ção de ser queimado a não ser que renunciasse religiosos e seus absurdos modos de atuar em
a sua teoria, que consistia em dizer que a Terra, nome de Deus. A corrupção era descarada, com
nosso planeta, não era o centro do universo,como venda de tudo que se possa se imaginar para en-
muitos diziam, inclusive a Igreja Católica e sim o riquecer essa igreja, como principalmente a sal-
Sol (Heliocentrismo). Para escapar, a negação foi vação das pessoas com artefatos ditos como
a única saída, mas só para ficar vivo. E agora, bentos,alguns deles de origem tão ridícula que
chegando a esse momento, que já esclarecemos acaba provocando risos quando citados como pe-
a importância que é valorização da história do Re- daços de tecidos azuis sendo ditos de Nossa Se-
nascimento, temos a condição de entender que nhora a mãe de Jesus, pedaços de madeira se
isso principia essa tão falada modernidade. A es- dizendo da cruz de Jesus e outras coisas mais,
timulação do valor do homem, o individualismo, que não irei mais citar para que meus não se dis-
o combate ao aspectos feudais, o fortalecimento traíam do assunto. Por esses absurdos, porque
das idéias burguesas, acompanhada de um re- não dizer de blasfêmias, a história constata que
nascimento comercial e urbano, todo isso junto esse movimento era inevitável, ele precisava
fundamenta a fonte de mudança proposta nesse acontecer de qualquer forma para melhorar a
movimento, que teve como sede a Itália, que era concepção de Deus, que a igreja, naquela época
o berço das renovações comerciais européias conseguiu deturpar, precisava-se tirar aquela situ-
confirmando que o movimento era sem dúvida ação elitizada que insistia os religiosos em man-
burguês. O lugar atraía pela realidade avança- ter, pois a igreja deveria ser do povo, dos fiéis,
da que apresentava, onde todos procuravam as não se deveria rezar as missas na linguagem do
cidades italianas para ganhar dinheiro, ter com clero, pois pelo que eu saiba nem Jesus falava
isso mobilidade social, fundamentar suas novas latim e sim aramaico. É hora de mudar, mas era
teorias, tendo apoiadores que precisavam dessas muito difícil, pois muitos que chegaram a falar mal
mudanças, chegando a ter como colaboradores dessa instituição perderam a vida e então, como
gente que vinha até do Oriente, como os sábios fazer para combater essa expressão de poder tão
bizantinos, que fugiam de perseguições promo- resistente, até hoje? Muitas vezes a Igreja já tinha
vidas pelos islâmicos. Quer dizer, houve sim um sido contestada pelos seus próprios membros,
renascer, um estímulo de muitos para que a reali- em alguns casos de maneira sutil, para não se-
dade ocidental pudesse avançar daquilo que era rem penalizados, mas um dia um frade agostinia-
atrasado para humanidade. no chamado de Martinho Lutero mostrou o que
lhe deixava descontente com a Igreja e era tudo
Reforma - Introdução - Ao examinarmos a Idade aquilo que também descontentava aos outros fi-
Média Ocidental, vimos uma entidade forte, cor- éis, como a venda de indulgências e o exagero de
rupta, móvel e que marginalizou seus fiéis, que é imposições que vinha do santo padre, o papa.
a Igreja Católica e esses seguidores dessa igreja Para Lutero as coisas denominadas santas, sa-
por não quererem mais essa postura resolveram gradas deveriam ser de todos e não só da igreja,
promover uma Reforma, que acaba gerando uma por isso ele queria uma igreja quem sabe, no iní-
nova igreja cristã, a dos protestantes, que não cio, democrática, que pudesse servir a todos,
terá somente a participação de ex-católicos, con- onde até a salvação das pessoas fosse algo que
victos e esperançosos numa nova seita, mas terá muitos tivessem condições de puder realizar, que
também os oportunistas, membros de uma classe seria a fé e não as obras que era a forma católica.
que a igreja católica perseguia e agora querem Portanto faz sentido que o movimento tenha o
dá o troco, com o mesmo Deus mas com uma nome de Reforma, porque era exatamente isso
nova fé. que o senhor Lutero queria, reformar a Igreja Ca-
51
HISTÓRIA GERAL
tólica para ela ficar melhor para seus participan- e a classe burguesa. Está aí a relação calvinismo
tes. Baseado nessa intenção, vemos que o movi- e capitalismo, a salvação do fiel. Uma outra repre-
mento era algo inevitável e não pode ser sentação da reforma foi o anglicanismo (que vem
relacionado como uma forma única de desejos de angli, que é inglês) que tem também uma boa
culturais da classe burguesa. É claro que uma história para conta, que começa com uma ques-
ação que pudesse enfraquecer a Igreja seria para tão pessoal do rei inglês Henrique VIII. Infeliz-
a burguesia uma forma dela se fortalecer, mas mente você deve saber que o sacramento do ca-
nesse caso ela foi oportunista, viu que Lutero con- samento, em muitas vezes, foi uma forma política
seguiu fortes apoiadores como os príncipes ale- de fortalecimento de muitas famílias e durante
mães, que já não suportavam esse poder exage- essa história acontece isso. Henrique VIII foi pro-
rado dos religiosos, que na verdade passava do metido como noivo a herdeira do trono da Espa-
setor religioso, viu que de uma certa forma o re- nha, Catarina de Aragão, filha dos unificadores do
formador conseguiria também apoio popular e país, os reis católicos Fernando e Isabel, e a in-
vão começar estimular esse acontecimento em tenção era criar um império fabuloso entre os dois
outros lugares, já que o papa Leão X, em 1520, países. Mas pelas desilusões com os filhos que a
excomungou Lutero e os efeitos disso foram ne- rainha lhe dera e por causa de uma nova paixão,
nhum então a burguesia também poderia desafiar o rei inglês queria se casar com outra senhora,
a igreja e quem sabe nada aconteceria. O movi- Ana Bolena, e alegando a necessidade de um
mento era necessário, temos que aceitar isso, herdeiro, decide para conseguir desfazer seu ca-
pois ele não era um simples desejo dos burgue- samento, criar uma nova igreja, que era pouco
ses de acabar com liderança dos clérigos, para diferente da igreja católica, mas ao mesmo tempo
eles pararem com suas perseguições, insistindo conseguiria o rei duas grandes vantagens nessa
em dizer que os comerciantes são promotores de hora, que seria sua autonomia religiosa, pois ago-
usura e por isso são hereges, não era só isso e ra a religião seria controlada pelo rei, amadure-
sim um desejo de muitos de ter um deus verda- cendo o que chamaremos de princípio absolutis-
deiramente seu para lhe ajudar e para lhe defen- ta, e promovendo a dominação total sobre as
der do fogo do inferno e levar suas almas para o terras da igreja, que seria com isso duramente
céu e socorrer a quem mais precisava. A verdade prejudicada, pois usando termos bem religioso,
é essa, mas por que muitos falam de um movi- agora Henrique VIII teria o poder espiritual e tem-
mento que tem uma ligação com o próprio capita- poral ao mesmo tempo. A conclusão que deve-
lismo? De dizer que todo esse episódio era produ- mos chegar é que o século XVI foi terrível para a
to único da burguesia. Existe uma certa linha de igreja, foi perdendo espaço, poder político, fiéis,
raciocínio. Primeira linha é a que vem dos oposi- riqueza senão dizer tudo, se não fosse três coi-
cionistas da igreja, que querem de todas as for- sas, onde a todas elas serão resumidas no que
mas denegrir a instituição e por conta disso ela chamaremos de Contrarreforma. A necessidade
não pode mais cometer um só erro, que uma coi- de mostrar aos seus fiéis que a igreja na verdade
sa absurda, já que ela pode até falar em nome de não mentia, que seus dogmas eram corretos criou
Deus, mas é conduzida por homens cheios de fa- uma reunião, em 1545, chamada de Concílio de
lhas. A segunda linha vem dos outros reformado- Trento, para estudar saídas para a igreja se man-
res, que através seus movimentos deram um for- ter com aquela força de antes, estudar também
talecimento direto a classe burguesa sim, como problemas da fé e outras situação que foram du-
no caso do calvinismo, que tem esse nome por ramente contestadas pelos protestantes. Muitas
conta do francês João Calvino, que pegando al- das atitudes desses religiosos foram reafirmadas,
gumas teses de Lutero, reforçou a doutrina do como a Inquisição, o celibato dos padres, a manu-
protestantismo baseado principalmente a inten- tenção da hierarquia eclesiástica, a indissolubili-
ção de salvação da pessoa através do trabalho, dade do casamento e infalibilidade do papa, mas
fazendo assim uma lógica ser criada que seria outras foram realmente condenadas onde a prin-
aquela de quem trabalha mais terá sua salvação, cipal foi a vendas de indulgências. Por isso o con-
mais que trabalha muito também terá muito di- cílio deve ser uma forma de fazer com que a igre-
nheiro no bolso, pois o trabalho é o princípio bási- ja se mantivesse ainda poderosa. A Companhia
co da acumulação de capital. Para Calvino aquele de Jesus é outro fato que conseguiu sustentar a
que pede esmolas quem sabe será considerado igreja, pois era composta por pessoas determina-
um pecador e são predestinados a serem bons os das em praticar o bem e catequizar, educar reli-
que produzem, reforçando as relações comerciais giosamente a pessoa, por isso chega uma deter-
52
HISTÓRIA GERAL
minada época da vida dos católicos que eles acontecendo sobre o mar Mediterrâneo, promovi-
praticam o catecismo, atitude desenvolvida pelos do pelos italianos, criando a seguinte situação a
soldados de Jesus ou jesuítas. Outra forma de de que eles é que tinha a facilidade de conseguir
salvação da instituição foi a América. O cresci- as mercadorias para negociar na Europa e vender
mento do protestantismo no continente europeu, ao preço que bem entendesse, e isso fazia com
diminuiu o espaço da igreja, motivando portanto que os burgueses de outros países, juntamente
ela a se aventurar pelo novo mundo para conse- com seus governantes tivessem que encontrar
guir novo adeptos e lhe digo uma coisa, a igreja uma saída para se livrar desse monopólio. Quem
não foi para a América para dá salvação ao índio encontrou uma saída foi o já considerado país
e sim para lhe salvar, porque era a única chance Portugal, que como já estava centralizado, des-
que ela tinha senão... de o século XII, tinha as melhores condições para
planejar uma audaciosa viagem para encontrar
Grandes Navegações e Mercantilismo um novo caminho para as Índias Orientais, que
Introdução - Que tal uma viagem? Nes- era assim genericamente chamada as localida-
se período? Porque não? Que tal pelo mar? Para des que agrupavam essas mercadorias lucrativas
que? Para entender que aventura séria e lucrativa designadas de especiarias. Naquele tempo, em
era percorrer os sete mares. Para nós isso seria função da limitação de conhecimento que existia,
um passeio de férias, para eles foi um trabalho se imaginava que a Terra era quadrada, então a
exaustivo, temeroso, mas lucrativo. Descubra o melhor saída nessa hora de se fazer essa viagem
porquê, na proa desse capítulo. era navegar percorrendo a costa ocidental da Áfri-
Análise geral - Europa, século XII, prin- ca, para não ter o perigo de não cair no abismo
cípio do que chamaremos de renascimento co- sem fim, que era isso que se dizia naquela época
mercial e os promotores desse movimento com pelos os habitantes não terem o conhecimento da
um problema: para fazer comércio precisamos esfericidade do planeta a da força da gravidade.
de mercadorias, mas na Europa elas não exis- O primeiro local conquistado foi Ceuta, no norte
tem, é uma localidade muito pobre de produtos, da África, em 1415, por Dom Henrique, o infante,
então como consegui-los? Em um outro fato his- filho do rei D. João I, observe essa relação nave-
tórico, que foi as Cruzadas, acabou acontecendo gador e estado, e a partir daí as conquistas não
mas uma vez na Europa o comércio, ligando um pararam de acontecer, principalmente pela funda-
Oriente rico e abundante com um Ocidente pre- ção da chamada Escola de Sagres, que era uma
cário e feudalizado, que agora por conta de inú- espécie de centro formador de navegadores, que
meros motivos, principalmente pela falta de traba- aprendiam métodos de navegação para promo-
lhadores para a produção, precisava de fontes de ver esse processo em seus países, como fizeram
mercadorias para abastecer aquele continente. por exemplo os holandeses. Com essa conquista,
Com esse estímulo comercial foi também criado os portugueses foram descendo pela encosta da
a classe do comércio que era chamada de bur- África, onde esse caminho era chamado de pé-
guesia, por causa dos burgos, cidades do comér- riplo africano, onde se matava dois coelhos com
cio, que começaram a aparecer no final da Idade a mesma cajadada, quer dizer, ao mesmo tempo
Média, e esses burgueses precisavam dessas quês os navegadores lusos foram procurando um
fontes de produtos, já que a Europa não tinha, novo caminho para as Índias, foram também ex-
por ser um continente pobre e será durante mui- plorando todas as regiões, que viraram seu impé-
to tempo, graças a falta de mercadorias naturais, rio colonial, formando um pioneirismo no episódio
fazendo com que essa busca seja interminável. grandes navegações, portanto esse fato histórico
Quer dizer, a Europa precisava fazer comércio, não é veraneio não e sim comércio puro. Dessa
pra fazer comércio precisava de mercadorias e rotina vão aparecendo as mercadorias que fazem
as mercadorias só tinha no Oriente, por isso os as cidades ter seu sentido de vida, se urbanizan-
comerciantes europeus tinham que ir ao Oriente do, crescendo a classe burguesa e dinamizando
para trazer essas mercadorias para ganhar no se- algo que a muitos anos não existia no continente,
tor europeu e o meio mais fácil era o mar, já que que era a moeda e quando ela surge não somen-
pela terra os obstáculos eram bem maiores, como te sairemos do período chamado de pré-capitalis-
por exemplo o domínio que os árabes tinham fei- mo, que era o momento em que existia apenas a
to sobre determinadas regiões no oriente médio, classe burguesa e as mercadorias, para termos
então o mar seria mais viável mesmo. Mas outro o período do capitalismo comercial, contestados
problema existia que era o monopólio que estava por muitos como não sendo um período da his-
53
HISTÓRIA GERAL
tória capitalista, pelo pouco acúmulo de capital çados, com grandes desenvolvimentos para a
e acima de tudo pela interferência do Estado na área de arquitetura, viviam em comunidades pri-
economia para dinamizá-la. Com a burguesia ain- mitivas que foram evoluindo com o tempo para
da não tinha aquela força socioeconômica sufi- dinamizar a economia das civilizações, centrali-
ciente para caminhar com suas próprias pernas, zando o poder político criando ate mesmo um pro-
precisava de umas boas e fortes muletas, que vão cesso muito semelhante a do modo de produção
ser o rei, que estava a muito tempo esperando asiático, onde o estado se apropriava do exce-
uma oportunidade par chegar ao poder, centrali- dente de produção, já que era o dono de todas
zá-lo e destruir algumas características do siste- as terras.
ma feudal, que lhe impedia de se desenvolver e
também a burguesia, por isso ativar o comércio Povos - Maias - localizados onde hoje fica o equi-
foi bom para o rei, pois acabava com aquelas re- valente a Honduras e Guatemala, com sistema de
lações e proporcionava ao mundo a modernidade produção ligados a agricultura, servidão coletiva,
que se tanto queria. Essa relação burguesia mais pouca escravidão a não ser através das guerras
Estado, na figura do rei, gerou dentro capitalismo e possivelmente teve seu declínio através de ba-
comercial a política do mercantilismo, sistema de talhas com outros povos americanos. Astecas-
base comercial que era controlado pelo estado, -região do México, mas muitos chegam a dizer
que na teoria gerava benefícios a ambas as par- que são originários da Califórnia, tinham o impé-
tes, mas a coisa não era bem assim, pois o esta- rio mas desenvolvido com uma sociedade mais
do tinha um ganho maior, promovendo uma série hierarquizada com altos cargos no funcionalismo
de características em que ele sempre acumulava público, cultivo de algodão, tabaco, tomate, feijão,
mais que os burgueses. Com essas averiguações tomate e tinham uma religião politeísta profunda-
vem logo a pergunta do dia: a burguesia foi muito mente ligada ao setor político. Foram dizimados
burra, se os negócios eram dela, por que entregar com a chegada dos espanhóis, no comando de
para o rei? Porque não são sabia fazer negócio Fernão Cortez.
tão bem assim, precisa ela mostrar que existia e Incas-região do Peru, que por conta de
que podia ter força, e achava que o rei poderia suas tradições militares chegaram a dominar até
ser um bom aliado, mas num próximo futuro eles regiões da Argentina. Tinham o domínio de um rei
vão perceber que não, que o rei queria o poder que era chamado de Inca ou filho do Sol, tinha
sem dividir, sem ninguém para lhe dá opinião. Se uma sociedade muito hierarquizada, com repre-
existisse, por exemplo, um descobrimento como sentantes da nobreza, sacerdotes e chefes milita-
foi o caso da América, as terras não seriam do res.
burguês descobridor e sim do rei daquele país Conclusão: Mesmo com tantos aspectos
que patrocinou o navegador, por isso aquela his- positivos que foram desenvolvidos pelas socieda-
tória de América espanhola e portuguesa, e não des pré-colombianas elas foram dizimadas pelas
Colômbia, em alusão a Cristóvão Colombo ou Ca- conquistas dos europeus de diferentes origens
bralina, lembrando Pedro Álvares Cabral. Pode como os espanhóis, portugueses, franceses, in-
um negócio desse, a burguesia teve o trabalho e gleses e holandeses.
rei levou fama, que grandes navegações. Daqui a
alguns capítulos a vingança burguesa acontece- Absolutismo (séc. XV até XVIII) - Introdução
rá. - Se tudo, na Idade Média, com o feudalismo
As teorias que chegaram a ser propostas lembra economia fechada, estática e uma polí-
sobre a América: tica descentralizada, na Moderna tudo mudará
*Autóctone-dizendo o homem americano por causa da classe burguesa que irá fortalecer
ser da própria América; pessoas para tentar ter força também, mas em al-
*Malaio-polinésia-ele teria vindo de barco guns casos o tiro vai sair pela culatra e a burgue-
através da Malásia e Polinésia; sia acaba criando monstros que futuramente ela
*Australiana-a descendência viria da Aus- terá que extinguir. Um deles é o rei, que no come-
trália; ço era ¨tudo de bom¨ para a nação, mas depois
*Asiática-teria sido utilizado o estreito de ele acaba virando o absoluto. Que transformação
Bering, no período glacial para passar de um con- foi essa, meu irmão. É só ler pra entender.
tinente para o outro; Análise geral - Olha só a revisão que ire-
mos fazer. O feudalismo era um sistema econômi-
Características geral - Estágios culturais avan- co de subsistência, sem comércio, sem exceden-
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HISTÓRIA GERAL
tes e sua estrutura política era descentralizada, lado, quem sabe, ganharia muito também e foi
fortalecendo com isso o poder dos senhores feu- isso que fez a Igreja Católica, os nobres, que per-
dais. Essa história eu sei que você conhece. Com deram terras mas não queriam perder títulos e um
certos episódios, durante a Idade Média, o siste- grupo social que iremos designar aqui de pensa-
ma feudal foi se enfraquecendo para possibilitar a dores do centralismo político ou do absolutismo.
ascensão de uma nova classe e de um novo e Conjunto de pseudo intelectuais, que começaram
velho governante, que seriam respectivamente, a a produzir uma literatura voltada a justificar o
burguesia e o rei, figuras básicas para o desen- grande poder que deveria ter o rei, quer dizer, a
volvimento da modernidade que acabou gerando literatura dos seus bajuladores. Com essa organi-
a Idade Moderna, que não é em si a mesma coi- zação de “aliados” e também a tradição de lide-
sa. Essa relação trouxe bons resultados, como o rança de muitos desses governantes, os reis co-
fim das relações econômicas feudais, que enfra- meçaram a se apoderar dos países como se
quecia uma boa parte da população que era a de fossem só seu e de sua família, como veremos
servos, a centralização política que acaba geran- casos acontecidos em diferentes localidades
do uma formação de países e com isso a criação como principalmente Inglaterra e França e em to-
de sentimento nacionalista (Estados Nacionais), dos eles o que mas fez esses líderes foi se apo-
mesmo que seja embrionário e um novo sistema derar das riquezas do Estado e fazer com que
econômico que era o capitalismo, centrado na po- necessariamente uma reação fosse estruturada
lítica mercantilista, que vai ser o pivô de nosso para acabar com aquele tipo de situação. A rela-
assunto de agora. Com o mercantilismo, o Estado ção de países que merece mais destaque é Por-
tem uma tendência natural a se fortalecer e esse tugal, que o auge do crescimento do país aconte-
processo acontece em muitos países, em fases ceu na chamada dinastia de Avis, período
diferentes mas sempre com mesma lógica, que marcado pelos imensos investimentos feitos pela
seria de acumulação de metal, para a fabricação classe burguesa para que Portugal não perdesse
de moedas, a balança comercial ser favorável, o sua autonomia frente a Espanha, que sempre
protecionismo, etc. Tudo isso obtinha nomes par- ameaçava um domínio sobre os lusos. Esses in-
ticulares para cada país, mas a finalidade dessa vestimentos foram traduzidos nas grandes nave-
política acabava sempre sendo a mesma, fazer gações, com o dinheiro de particulares e ingerên-
com que o rei estruturasse um país e sua burgue- cia do Estado, que foi iniciada essa família pela
sia local desempenhasse uma mobilidade social ordem militar e religiosa de Avis, liderada por D.
que nunca teria o período feudal. Então o rei virou João I. As conquistas de Portugal foram tantas
o responsável por quase todas essas mudanças, nesse período, que eles foram considerados os
que seria a de centralizar o poder, dinamizar o co- mais fortes e ricos durantes séculos, tanto que
mércio, gerar mobilidade social, estimular as quando a Espanha descobriu a América, os portu-
grandes navegações e as colonizações, que lin- gueses exigiram que o continente fosse dividido
do, o rei existe, ele nos criou, nos protege e nos com eles e que ria ver se os espanhóis desafias-
salvou das garras destruidoras dos nobres feuda- sem os caras, seria como a letra do Jobim “é
lizados. Opa, que história estou contando, a da pau,é pedra, é o fim do caminho”, só que seria
carochinha, não mesmo e por isso vão mostrar o para os castelhanos. Os vizinhos ibéricos dos lu-
que realmente aconteceu. Sem dúvida alguma a sos, os espanhóis, tiveram um certo retardo no
ação do rei em todo esse processo foi essencial, seu processo de unificação por causa da invasão
mas ele se aproveita muito, por causa da sua dos árabes, que provocaram a Guerra da Recon-
nobreza, de sua origem em muitos casos militari- quista, momento importante para a estruturação
zada, a fragilidade do povo e também de um gru- do povo, na sua questão étnica e cultural, mas
po de pessoas que percebeu que ficar ao lado do também com o fim da guerra, a Espanha sonha
rei seria lucrativo, como por exemplo a Igreja Ca- com uma parte do comércio com as Índias orien-
tólica, que percebia plenamente que a estrutura tais e graças aos reis católicos Fernando e Isabel,
feudal não iria se sustentar e com isso ela preci- foram feitos os incentivos que fizeram o navega-
saria de um outro patrocinador, tanto que essa dor italiano Cristóvão Colombo a criar todas es-
aliança deu tão certo que para facilitar o domínio sas oportunidades que fizeram a Espanha ficar
colonial americano quem foi mandado para certos rica, durante a dinastia filipiana, que deriva esse
países como o Brasil foram os membros da Igreja. nome do segmento de três reis, que foram Felipe
O rei conseguiu credibilidade suficiente para ser II, Felipe III, Felipe IV, fazendo até uma união com
considerado o mais forte e quem tivesse do seu o país Portugal, quando sua dinastia de Avis che-
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HISTÓRIA GERAL
gou ao final (União Ibérica). No caso francês a ça, para acabar com o que era abominável cha-
centralização do país acontece quando vem o fim mado de sistema feudal e então no momento
a Guerra dos Cem Anos (1337-1453), com isso é mais oportuno possível, foi desenvolvida a mu-
constituído uma dinastia que se esforça em pro- dança dos tempos modernos, que acabou geran-
mover o sistema capitalista comercial, que mes- do também um grave obstáculo para o crescimen-
mo tardio vai ter êxito quando chegam ao poder to do sistema econômico, pois o mercantilismo
os Bourbons, que tem um segmento de reis que que estava em vigor não mais dava a classe bur-
chegam a ser considerados os mais absolutistas guesa todos aqueles ganhos que ela desejava.
de todos os reis do mesmo momento, como o foi Mas a vingança da burguesia, em relação a todas
o caso de Luís XIV, que por ter sido o filho espe- essas desvantagens,está próxima.
rado de Luís XIII, recebe com isso uma carga
imensa e natural de poder, sendo até intitulado de Iluminismo - Introdução - Sabe aquele rei, “tudo
rei sol, o astro rei e com isso estava totalmente de bom”, “o melhor”, “o absoluto”, que se favore-
consolidado a idéia de o país não era do povo e ceu do país, do povo e da sua classe produtora
sim do seu governante, podendo ele matar, rou- burguesa? Pois agora é a vez do rei levar o tro-
bar, mentir, fazer o que quiser, já que os fins justi- co. Não sei se você conseguiu perceber, mas nos
ficam os meios, que são os ensinamentos do pen- tempos modernos foi a burguesia que mais favo-
sador absolutista italiano Nicolau Maquiavel, com receu as transformações desse período e menos
seu livro o príncipe. No tempo do rei sol, seu tipo ganhou, pois a centralização do estado, com a
de mercantilismo ganhava até um nome especial, força do mercantilismo fez do rei o próprio esta-
que era Colbertismo, assim chamado porque ti- do, com isso a burguesia foi percebendo a imensa
nha sido derivado do ministro das finanças Jean besteira que havia feito. Querendo mais poder, a
Colbert, fortalecendo o Estado em todas as ocasi- classe do comercio resolve atacar o poder abso-
ões para as guerras e também para os luxos da luto dos reis, com um movimento que tinha como
família real, como foi o caso da construção do pa- principal finalidade, conseguir privilégios que a
lácio de Versalhes, ainda hoje um ponto turístico burguesia tanto sonhava. Não é que ela finalmen-
no país, que representa a ostentação e desinte- te conseguiu. Duvida? Leia o capitulo e olhe ao
resse do rei frente aos seus súditos. A Inglaterra seu redor.
não poderia ter ficado de fora da nossa explana- Análise geral - Depois de alguns capítu-
ção, pois também deixou marcas de governos au- los não sei se você percebeu como foi difícil para
toritários, como em outros países europeus. Se- a burguesia implantar todas essas reformas que
gundo muitos pesquisadores na área, tudo come- serão fundamentais para melhoria do mundo, mas
ça a ter uma definição com a Reforma religiosa de praticamente não ganhando aquilo que tanto de-
Henrique VIII, que por motivos principalmente sejava, que seria o poder, o privilégio de poder ter
pessoais acaba com sua relação com a Igreja Ca- força para mandar um pouco mais na economia,
tólica, ficando com o poder concentrado só para já que com mercantilismo o estado é que tirava
ele podendo dizer com isso que foi inaugurado o maior proveito, mandar na sociedade, impon-
um absolutismo com a dinastia dos Tudor. Com a do seus padrões que eram vistos como forma de
morte de Elizabeth I, filha de Henrique VIII, a sua pobreza pela tradição nobre que pesava sobre o
substituição foi feita com o rei Jaime I, que iniciou mundo europeu e como deveria ser horrível pêra
a dinastia dos Stuart, que teve uma sequência a burguesia ter visto aquele rei que ascendeu ao
problemática de governantes, por causa principal- trono graças a seu apoio, que agora era ele abso-
mente de lutas religiosas entre católicos e protes- luto e não expressou de forma alguma seu agra-
tantes, que pro sinal levou muitos desses novos decimento. Aquilo para a burguesia era quase um
cristãos a saírem do país para tentar viver de uma ato de traição, pois se temos que dá o braço a
maneira mais tranqüila na América, gerando uma torcer para ela em alguma coisa é na forma com
colonização que não teve controle do Estado in- que ela fez a modernidade surgir. Mas com o pas-
glês e que acabou sendo chamada de coloniza- sar do tempo as novas linhas de pensamento que
ção de povoamento, que era totalmente diferente foram surgindo direcionaram a classe burguesa
da colonização mais conhecida que era de explo- a uma libertação e destruição desses parâmetros
ração. A conclusão que devemos chegar é que de sociedade, uma linha ideológica que começou,
em um momento de extrema necessidade, a so- na sua primeira fase com um procedimento cien-
ciedade daquela época precisou muito do rei e tificista e depois passou a ser um projeto político
resolveu depositar nele toda a sua fé e esperan- e econômico, que desestruturou o governo do rei,
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HISTÓRIA GERAL
que agora seria chamado de Antigo Regime. Esse mo converter o pensamento da população em di-
movimento que iria se apresentar chamava-se Ilu- reção as questões políticas que iriam combater o
minismo, por causa do efeito de iluminação das regime absolutistas e quem primeiro fez uso da
mentes que teria provocado esses pensadores razão para esse fim foi o inglês John Locke, que
do período, estimulando diversos sentidos que lançou as idéias que foram as bases do pensa-
até aquele instante a população de um amanei- mento liberalista, afirmando que todo o governo
ra em geral e principalmente a própria burguesia pode ser discutido, que não tinha origem divina
não tinham percebido que conseguiriam produzir, e que o povo tinha a autoridade para derrubá-
porque achavam que o monstro que haviam cria- -lo, formalizando o que poderíamos chamar de
do que era o soberano real nunca seria abatido. O segunda básica característica do iluminismo que
absolutismo desprezou muito a condição de valor seria a política antiabsolutista, que teve presença
da burguesia, só fazendo ela se tornar uma paga- garantida na realização da Revolução Gloriosa,
dora de contas, sacrificando seus investimentos, em 1688. Os outros pensadores que iremos des-
que deveriam ser para o país em suas vaidades tacar serão oficialmente iluministas políticos, que
nobres, luxo e guerras, que muitas vezes era des- tem uma efervescência intelectual para condenar
necessária e o final delas era sempre desastroso. plenamente a autoridade do rei, com algumas
Mas como fazer outros homens perceber que o contradições, mas que serão bem entendidas se
rei era falível e deveria ser substituível por uma partimos do princípio básico que também existia
classe, que mesmo já conseguindo um certo va- um interesse de tomada de poder em toda essa
lor social, ainda não tinha credibilidade suficiente história, já que a burguesia não dá ponto sem nó,
para governar? O primeiro passo vem com a pri- quer dizer, a classe quer mandar. Os pensado-
meira característica do movimento, que seria o ra- res são principalmente o senhor Voltaire, que fi-
cionalismo, que foi estimulado por representantes cou exilado na Inglaterra por alguns anos por ter
que tiveram iniciativas de mostrar que mundo só sido um contestador das condições de privilégios
poderia evoluir com o poder do próprio homem, para classe nobre que existia intensamente na
que hoje em dia isso é algo elementar, mas como França e após ter contato com Locke e Newton
foi difícil eles perceberem. A razão seria o guia viu que estimular a razão para gerar processos
para a sabedoria dos homens e faziam eles com- de transformações era a única saída para que o
bater quase que naturalmente as religiões, que estado pudesse ter um bom direcionamento para
mantinham o povo em total e eterna ignorância, o destino do país e que o rei se fazia necessário já
até as universidades que estavam muitas delas que o poder não poderia ser entregue a qualquer
sobre a influência da igreja eram combatidas para um, sendo isso a base do processo que vai ser
dá lugar a criação do pensamento, primeiramente chamado de despotismo esclarecido, que consis-
matemático e físico, mas com abrangência quase tiria no rei aceitar idéias iluministas para continuar
que universal, pois até as mulheres foram lem- com certos privilégios. O próximo pensador era o
bradas para serem conquistadas por esse pen- barão de Montesquieu, que fundamentou estraté-
samento, com isso temos que indicar que esse gias de poder que diminuíssem a força do sobera-
processo é sem dúvidas um sistema anticlerica- no propondo em alguns casos a proclamação de
lista, por ignorar a igreja e suas explicações para república e a divisão dos três poderes (executivo,
o destino do homem. A imprensa conseguiu pro- legislativo e judiciário), que teriam que ser har-
pagar bastante esse movimento divulgando os mônicos, independentes e iguais entre para não
livros que eram lançados, mostrando uma certa existir corrupção, que sem dúvida alguma era um
liberdade de pensamento e nesse tempo os gran- fator de destruição do estado, não abrindo opor-
des pioneiros do processo foram René Descartes, tunidades para a melhoria da sociedade. O outro
Isaac Newton e John Locke, mostrando com isso a ser destacado era o criador da soberania po-
que o pensamento não se focalizava em um só pular, o pai da democracia moderna e que seus
lugar, pois temos aqui nesse primeiro instante re- fundamentos tinham uma lógica que era a sua ori-
presentantes da Inglaterra e da França. gem de muita pobreza. Estamos falando de Jean-
A iniciativa desses homens de idéias era -Jacques Rousseau. Experiente sabedor da total
tentar mostrar que o pensamento racionalista realidade a que o povo passava, ele significou a
está ao alcance de todos e que estruturando uma exceção do movimento por causa de sua origem
pesquisa tudo se poderia provar através dessa empobrecida e de suas duras palavras que pro-
lógica que teve grande apresentação na França. nunciava contra a propriedade privada, dizendo
Mas o grande destino desse movimento era mes- que ela surgiu graças a autoridade de um homem
57
HISTÓRIA GERAL
e a covardia dos demais, pois se um tivesse dito desenvolver uma das principais nações do mundo
que aquela atitude não deveria ser aceita ou pro- que é os Estados Unidos, que também se utilizará
duzida, quem sabe muitas situações de injustiças das idéias do iluminismo para fazer sua coloniza-
teriam sido evitadas e é por isso que as idéias de ção. Quer dizer que as revoluções inglesas como
Rousseau foram a base para as revoluções con- a Puritana, proclamadora da república de Oliver
sideradas mais populares, mesmo que depois se Cromwell, iniciador de uma ditadura promissora
observe que esse mesmo povo foi na verdade uma para o país e a Revolução Gloriosa marcam a
massa de manobra, como a Revolução Francesa. perseverança da classe burguesa, que ao querer
O outro destaque que devemos dá é para aquilo os seus objetivos utiliza força e inteligência, que
que foi verdadeiramente o grande divulgador do trouxe bons frutos para a nação, mas ao mes-
movimento que foi a iniciativa de dois pensado- mo tempo isso não foi para todos. Que iluminis-
res chamados de Diderot e D’Alembert, que são mo complicado, fala de liberdade, crescimento e
conhecidos como os enciclopedistas, por terem não se confunde isso com democracia. Esquisito.
escrito um livro chamado de A Enciclopédia, que Outra faceta do movimento eram as escolas eco-
incluía todos os escritos, teses, ensaios e tudo nômicas, pois se é para combater o absolutismo
que poderia ser usado em benefício da propaga- que seja por todas as fontes que o absolutismo se
ção do movimento, que teve seu maior momento fortaleça, inclusive o mercantilismo. Duas escolas
agora com o lançamento desse livro. A divulgação vão se originar com esse ideal que são o fisiocra-
pessoal e literária dessas idéias iluministas conta- tismo e o liberalismo econômico que começaram
giou países como a Inglaterra, que sempre criou com muitas coisas em comum, principalmente o
uma maneira de interferir na vida do mundo, seja inimigo, pois as escolas queriam o fim de toda a
com suas ações econômicas ou políticas; como influência do estado na economia, quer dizer o fim
a guerra das Duas Rosas (1455-1485), a Refor- do mercantilismo, achando portanto que o comér-
ma Anglicana, as lutas religiosas, as navegações, cio era algo estério e uma forma muito primitiva
a colonização americana e o Parlamentarismo. de acumular capital. Mas os fundadores do fisio-
A essa transformação política indicada que foi o cratismo, Quesnay e Gournay, acreditavam que
parlamentarismo foi uma amadurecimento da bur- as atividades ligadas a agricultura eram as mais
guesia que implantou essa tendência iluminista rentáveis para o país e as verdadeiras geradoras
sem precisar tirar o rei do governo de uma ma- de riquezas vinham da terra, sendo as indústrias
neira abruta, já que tudo ire acontecer através de uma mera criação do homem para mudar a ma-
um golpe, por isso essa revolução foi chamada de téria, por isso a frase de Gournay “deixai fazer,
sem sangue. Desde do momento que foi se forta- deixai passar, que o mundo caminha por si só.”
lecendo o poder do rei sobre o parlamento, isso (“Laissez faire, laissez passer, lê monde va de lui-
acontecendo com a reforma de Henrique VIII, a -même”) acreditando plenamente na força da na-
qualidade de influência de outras classes foi sen- tureza.
do danificada e as sucessões foram provocando Enquanto o liberalismo de Adam Smith
certos problemas sociais e religiosos que foram tinha a idéia que era a indústria essa fonte ines-
tendo a necessidade de serem resolvidos de uma gotável de riqueza e o que mais importava era o
forma emergencial. Os governos de Maria Stuart, trabalho do homem sendo usado para o desen-
Elizabeth I tiveram suas consequências relativa- volvimento da humanidade, condenando o con-
mente benéficas, pois proporcionaram ao país trole estatal, o pacto colonial e os monopólios, de-
um crescimento econômico, mesmo que fosse as fendendo o livre cambismo alfandegário e a livre
custas de muitos meios ilícitos, como o desenvol- industrialização e foi isso que superou os fisiocra-
vimento da política de pilhagens ou seja a pirata- tas, que já lançaram uma proposta velha para o
ria, logo depois vem uma série de reis, que deram mundo novo, mantendo o sistema liberalista até
início a uma outra dinastia chamada de Tudor que hoje, quer dizer eles conseguiram, estamos em
teve uma opção religiosa católica, que praticou um mundo burguês, liberalista ou melhor dizer,
constantes atos de perseguição aos protestantes, neoliberalista, onde o estado sucateado perde a
fazendo com que muitos saíssem do país para se cada dia que passa para o mercado. É, deu certo.
refugiar na América, desenvolvendo um tipo de Independência dos Estados Unidos.
colonização que o estado inglês nunca desejou
que foi intitulado de colonização de povoamento, Introdução - Quando a América foi desco-
que tinha um benefício apenas para os colonos berta, em 1492, a região começa a se chamar de
que futuramente irão com esse tipo de trabalho índias ocidentais, depois terra de oportunidades
58
HISTÓRIA GERAL
e por ultimo, a terra dos estados unidos. Por que que chamamos de 13 colônias inglesas, onde 4
será que eles ficaram tão diferentes dos outros ficavam no norte, 4 no centro e 5 de exploração
paises americanos e visto como donos da Amé- ficavam no sul, com situações bem diferentes, já
rica? Será que foi por causa da sua metrópole? que as características da colonização de explora-
Que idéias e movimentos foram esses que mu- ção continha latifúndio, monocultura mão-de-obra
dou tanto um país e o resto do mundo? Você verá escravista, mas por um bom tempo, não sei se só
agora se a América é dos americanos. de aparências, eles viviam bem, principalmente
Análise geral - Uma vez uma pessoa me as colônias do norte e centro que não tinham a
falou da seguinte forma: ah! Se o Brasil tivesse autoridade da metrópole para fazer um rigoroso
sido pelos ingleses em vez dos portugueses, es- controle. Mas as coisas vão mudar mais rápido
taríamos com os norte-americanos, ricos e quem do que se esperava. Uma disputa territorial pela
sabe donos do mundo. Que ilusão, pensei na região popularmente conhecida como a dos gran-
mesmo hora. Por que? Porque não importa os des lagos, fez a história de muitos colonos mudar.
colonizadores e sim o tipo de colonização e não Tanto a França como a Inglaterra reivindicavam
sei se me acharão muito radical, mas se pudés- essa região para si e pro conta de colonos des-
semos ter uma conversa com os reis daqueles sas nacionalidades habitarem a região foi feito
paises, no momento da colonização eu acho que uma declaração de guerra, que acabou fazendo
todos iriam optar por fazer uma colonização de o recrutamento de muitos “americanos”, iniciando
exploração. A situação da Europa sempre foi de uma disputa que tinha raízes européias que agora
muita precariedade no setor de abastecimento, vai ser batizada de Guerra dos Sete Anos (1756-
de fontes de recursos minerais e foi sem dúvida o 1763). O fenômeno acabou tendo como vencedor
descobrimento da América uma espécie de salva- os anglos-saxões, que anexaram o território, mas
ção para certos países, por isso uma disputa tão acabaram também produzindo um espírito de luta
acirrada pelo domínio daquela região, que tendo e força para os colonos que eles chamaram para
um referencial europeizante, foi descoberto pela a luta, desenvolvendo a base espiritual e militar
Espanha, que ignorou a até aquilo que podería- para a futura luta de independência, que vai co-
mos chamar de nacionalidade dos verdadeiros meçar quando a Inglaterra precisa, para repor os
donos da terra,os índios. Com essa realidade, o gastos que teve com a guerra, cobrar os impostos
continente queria sempre tirar proveito de outras que tanto sonhou a tanto tempo, por isso foi dito
localidades dando justificativas como a propaga- que a colonização de povoamento foi um erro.
ção da fé cristã, para salvar os índios sendo no fi- Os impostos foram aparecendo de maneira in-
nal das contas o interesse econômico a fonte prin- transigente, tentando acabar com toda autonomia
cipal que motivava esse colonizadores, por isso que aqueles colonos haviam construído durante
essa história de povoamento ser uma conversa anos e eram cobrados de forma repentina como
para enganar, vocês leitores, que agora não vão foi feito quando surgiu a Lei do Açúcar (1764). A
se deixar enganar. O principal motivo que irá fazer intenção desse tipo de lei não só conseguir poder
essa colonização de povoamento se concretizar de arrecadação, mas também mostrar que a me-
será inicialmente, o problema das lutas religiosas trópole estava poderosa sobre todos os assuntos
da Inglaterra que vai desestabilizar o governo de da colônia e engraçado, nesse período estáva-
uma tal forma que a pretensão de fazer uma co- mos vivendo o processo do parlamentarismo, que
lonização de exploração vai ter que ser adiada, deveria consistir em um governo descentralizado,
já que tinha começado com algumas colônias no mas o rei tinha ainda certa força para fazer com
sul da região da América do norte, como a Virgí- que os ministros produzissem os impostos que
nia. Portanto, a vinda de muitos colonos não foi beneficiasse a coroa e a população, quer dizer a
de livre espontânea vontade, vieram porque na tradição de certas coisas do antigo regime ainda
época quem estava governando produzia uma estavam em plena atividade. Acabar com a auto-
perseguição desonesta a membros certas religi- nomia dos colonos como eu havia dito era priori-
ões como a puritana, sendo o rei católico, quer dade dessa nova política instalada no pós-guerra
dizer como a intolerância cria desastres, que nes- e a lei do açúcar foi uma determinação metropo-
se caso foi econômico e social, fazendo com que litana queria finalizar um comércio que envolvia
milhares de ingleses criassem uma colonização a região das treze colônias, as Antilhas e a Áfri-
que tinha como características a policultura, o ca, por causa do tráfico negreiro.Tudo começava
minifúndio e o trabalho de livre, de base familiar, com a necessidade da colônia de obter trabalha-
que se tornaria assalariado. O processo formou o dores para suas regiões agrícolas, mas para con-
59
HISTÓRIA GERAL
seguir negros para escravizar existia uma rotina cre. Mas essas vidas não vão se perder em vão,
que era conseguir uma matéria-prima que pudes- pois futuramente os colonos vão invadir o mesmo
se ser escambiada para conseguir esse “produto” porto, agora disfarçados de índios, irão render os
e a matéria foi o melaço da cana-de-açúcar que soldados que vigiavam o local e vão jogar toda a
era produzido nas Antilhas, para assim ser levado carga toda a carga de chá no mar, provocando o
para se transformar na bebida mais popular para que chama a história norte-americana de a festa
esse tipo de comércio chamada de rum, um deri- do chá em Boston, mas as consequências disso
vado da cana, onde finalmente com a bebida teria tudo vão ser desastrosas.
a fonte para fazer o escambo, conseguir os ne- Ao saber da ousadia dos colonos, o rei
gros e escravizá-los. Esse comércio era chama- George III demonstra sua veia tirana através de
do de comércio triangular. Agora a lei funcionava um conjunto de decisões que começa a ser cha-
assim quando os colonos queriam qualquer tipo madas de Atos Intoleráveis, que seria um retorno
de produto, principalmente aqueles que iriam ge- a todas a imposições que a coroa inglesa havia
rar beneficiamento para a região, como o açúcar feito aos norte-americanos até aquela demons-
e os escravos, só poderiam consegui-lo através tração de autonomia e uma delas seria o fecha-
da metrópole, quer dizer foi inaugurado um pac- mento do porto de Boston até que se achasse os
to colonial, onde quem iria perder com isso seria culpados daquele ato. Por conta disso, as atitu-
os colonos, portanto, todas aquelas idéias de que des que agora seriam tomadas deveriam ser mais
a Inglaterra era uma boa metrópole estão sendo moderadas, pensaram os colonos, pois com fer-
desmascaradas e agora está se vendo que o que ro se fere e com ferro será ferido, não é assim o
aconteceu foi uma falha do governo inglês, pois ditado, então vamos tentar conversar com o rei,
eles jamais desejavam que isso acontecesse. A vamos tentar lhe pedir perdão. Que engraçado,
próxima lei que iremos comentar será a Lei do se fala tanto de lutas, intolerâncias apresentando
Selo(1765), que por muitos é avaliada como a lei portanto um povo que seria visto com os estan-
da extrema arbitrariedade, pois conseguia indicar dartes da busca da liberdade, mas o que se vê é
uma taxação para tudo que fosse utilizar papel que se o rei fosse um pouco mais compreensível
para sua produção, quer dizer jornal, livros, cartas tudo poderia ser resolvido, claro que compreen-
de baralho, selos que agora só poderiam circu- sível para a elite, pois o povo não ganharia nada
lar com uma permissão da metrópole, mostran- com isso.Bem, os ingleses americanizados come-
do que o rei não estava para brincadeira, queria çaram a pensar da seguinte forma que deveriam
se apossar de todas as riquezas da colônia, pois pedir desculpas ao rei pela ação promovida por
com o controle do papel se controlaria a produção certos colonos e com isso realizaram em 1774
de papel moeda e assim a produção de ouro, mas o Primeiro Congresso da Filadélfia, que investiu
essa lei foi revogada depois de muitas pressões em uma tentativa de só fazer um comércio com
dos colonos, que agora exigiam sua participação os ingleses se fossem revogadas as leis criadas
nas criações das leis para os colonos. Uma ou- pela coroa, mas não propunha qualquer forma de
tra polêmica lei foi criada pelo ministro Charles desligamento total, quer dizer a independência,
Townshend, que resolveu fazer o que podemos mas mesmo com essa atitude amena o rei con-
chamar de uma lei do selo com outro nome, onde tinuava irredutível e fez com os colonos tomas-
outros produtos seriam incluídos principalmente se uma outra posição. A reunião aconteceu mais
o chá, que monopolizava a negociação para os uma vez, agora com todas as colônias tendo uma
metropolitanos, mas o que a metrópole não acre- representação e fizeram o Segundo Congresso
ditava é que os colonos chegaram ao seu limite da Filadélfia, em 1775, que decidiu pelo total rom-
e resolveram reagir, fazendo uma manifestação pimento com a metrópole, pois a convivência não
para invadir o principal porto do país que ficava na seria mais admissível e agora a única saída seria
cidade de Boston, criando uma certa lógica nessa pegar em armas, mobilizar o povo com as idéias
manifestação que invadindo o porto para impedir de liberdade e esperar que a metrópole esteja em
a descarga dos produtos ingleses. Mas os colo- péssimo período de lutas, pois se ela estiver forte,
nos tiveram uma surpresa que foi uma recepção salve-se quem puder e com essa preparação de
calorosa dos soldados da coroa, que misturando terreno foi declarada a emancipação dos Estados
provocações e ansiedade dos manifestantes aca- Unidos da América, em 04 de julho de 1776 só
bou isso provocando uma ação militar do exército, faltando a Inglaterra fazer o reconhecimento, só.
que o fato foi chamado de Massacre de Boston, Pessoas como George Washington, rico fazen-
mesmo com apenas quatro mortos. Que massa- deiro da Virgínia, Thomas Jefferson, jovem jurista
60
HISTÓRIA GERAL
e Benjamin Franklin, que foi a Paris para ganhar mesmos que seria constituir uma sociedade onde
apoio dos franceses, conseguindo prontamente, e todos pudessem ter benefícios para puder viver
é claro que iria conseguir por conta da rixa antiga melhor. Deve ter sido essa a intenção que teve o
dos dois países, que não dispensavam uma boa homem no momento que desenvolveu máquinas
luta, foi estimulado assim uma batalha de Davi que pudessem acompanhar o crescimento popu-
contra Golias, fazendo uma paródia bíblica, seria lacional, que comprovadamente era incontrolável,
portanto um conjunto de poderosas pessoas que pois graças as condições de melhoria de vida das
conseguiram agregar o povo as seus ideais, que localidades européias e de muitas outras, existia
combateriam a coroa inglesa disposta a tudo para agora uma grande busca de satisfazer aos no-
não perder suas possessões. A luta se estendeu vos habitantes com bons produtos, tecnologia
até o ano de 1781, após ter tido momentos de que lembrava praticidade e uma nova política
lutas que ficaram memoráveis, como por exemplo econômica que irá se chamar de consumismo.
a batalha de Saratoga, mas a vitória dos colonos A partir da segunda metade do século XVIII, as
deve ser atribuída a ajuda dos inimigos da Ingla- máquinas que tinham sido inventadas começa-
terra, porque se fossem por eles a nova nação ram a ser massificadas, portanto aquelas produ-
americana não teria sido bem sucedida, pois a Es- ções básicas das manufaturas começaram a ser
panha e a Holanda só ajudaram para se livrar de substituídas por uma produção fabril, em larga
toda aquela influência inglesa no mar da América escala, para atender a muitos e também sendo a
central e a França por causa do revanchismo da grande novidade da época. E que novidade cara,
Guerra dos Sete Anos e também pela recupera- mas atraente. Então as máquinas começaram a
ção de certos territórios na América do Norte. Com ser a sensação do momento, adquirir um produto
fim do conflito só faltava a Inglaterra reconhecer a das fábricas de produção era um luxo, no come-
independência dos Estados Unidos que o fez só ço, mas todos desejavam tanto que o empreen-
em 1783, demonstrando como a metrópole não dimento foi valendo a pena, principalmente pela
queria de forma alguma libertar os seus colonos e necessidade que era e com isso alguns ingre-
nem os colonos queriam desistir das tradicionais dientes foram começando a compor essa receita.
manias de comandar que haviam aprendido com Um dos primeiros foi sem dúvida a criatividade
a colonização de povoamento, pois se falou tan- e necessidade do ser humano, que ao ter esses
dois sentimentos começa a desenvolver isso que
to de liberdade, fizeram uma declaração de inde-
posso chamar de projeto em busca do verdadei-
pendência fabulosa, criaram o presidencialismo,
ro capitalismo, já que para muitos analista no as-
que foi uma inovação no sistema de governo e a
sunto o comércio por ser uma forma primitiva de
constituição, como ainda hoje é falada pela sua
capital, não deve ser considerado uma fase do
justiça social e direito a propriedade privada, mas
capitalismo, mas quando chega a industrialização
a escravidão ainda era a mesma e igualzinha a de
todo o setor econômico mudará e, segundo eles
muitos países da América Latina, que eles tanto
para bem melhor. Existe agora com essa criação
dizem ser diferente, mas conseguiram.
de um novo meio de produção, uma nova fonte
de energia, pois as primeiras máquinas que fo-
Revolução Industrial
ram criadas na Inglaterra por ter reunidos as me-
Introdução - Um dia, os pensadores fi-
lhores condições, precisavam dessas fontes para
zeram a seguinte avaliação sobre a revolução
movimentar suas máquinas, onde a primeira foi
industrial: esse fato é um mal necessário. O cres-
o carvão mineral, abundante na natureza, e pro-
cimento populacional exigia um crescimento da
porcionava um bom nível de produção, que aten-
produção, mas essa expansão produtora gerou
deu bem a Europa e alguns outros compradores.
aumento da lucratividade, do trabalho, das injus-
A primeira indústria foi de tecidos e nessa época
tiças sociais e lutas operarias. Como é boa a tec-
a matéria-prima para esse tecido surgir foi a lã da
nologia que foi desenvolvida para a humanidade,
ovelha e portanto criar o animal era mais que ne-
mas o terrível é que nem todos podem tê-la. Que
cessário. Com essa intenção de fazer a criação,
pena. Leia, saiba e se emocione.
os industriais tinham que adquirir terras para alo-
Análise geral - A genialidade humana é
jar essa fonte de matéria-prima e assim começou
realmente incrível, buscamos todos os dias ma-
o processo de cercamentos de terras, para conse-
neiras e mais maneiras para conseguir compor
guir um bom produto para o indústria ter um bom
uma vida de prazeres, realizações e valores, que
processamento e venda. Mas começa a existir um
se modificaram com o passar dos períodos da
problema que é quando se cria animais em uma
história, mas ao mesmo tempo sempre foram os
localidade a mesma não deve conviver com uma
61
HISTÓRIA GERAL
62
HISTÓRIA GERAL
pela fé e boas obras na Europa. minha cabeça vão encontrar um outro na multidão
e) a criação pela igreja protestante da Com- para reproduzir o mesmo espetáculo.” (Napoleão
panhia de Jesus em moldes militares para Bonaparte) Sobre o período napoleônico (1799-
monopolizar o ensino na América do Norte. 1815), podemos afirmar que:
a) consolidou a revolução burguesa na França
EXERCÍCIOS DE COMPLEMENTAR através da contenção dos monarquistas e
QUESTÃO 01 - Antes de 1789, inúmeros pro- jacobinos.
blemas devastavam a França, o que a levou à b) manteve as perseguições religiosas e o con-
grande revolução de 14 de Julho. Assinale a al- fisco das propriedades eclesiásticas inicia-
ternativa que contém os fatores que propiciaram das durante a Revolução Francesa.
o surgimento da Revolução. c) enfrentou a oposição do exército e dos cam-
a) O decreto do Bloqueio Continental por Na- poneses ao se fazer coroar imperador dos
poleão Bonaparte, o que levou praticamen- franceses.
te toda a Europa a uma guerra. Esta, fazen- d) favoreceu a aliança militar e econômica com
do milhares de vítimas entre os franceses, a Inglaterra, visando à expansão de merca-
trouxe um colapso à economia (pela dimi- dos.
nuição da mão de obra) o que levou o país e) anulou diversas conquistas do período re-
à revolução de 14 de julho. volucionário, tais como a igualdade entre os
b) A coroação de Luís XIV como o “rei Sol”. indivíduos e o direito de propriedade.
Monarca vaidoso e perdulário, construiu
Versalhes, solapando as finanças france- QUESTÃO 03 - O processo de independência na
sas, o que levou o país a imensos déficits. América Latina deve ser compreendido no con-
Descontentes com a situação, filósofos ilu- texto da conjuntura internacional, marcada pelo
ministas pregavam a substituição da Mo- ideário liberal iluminista, a expansão industrial in-
narquia por uma República e a luta entre glesa, as guerras napoleônicas, além das crises
monarquistas e republicanos levou ao início inerentes ao sistema colonial. Assinale a alterna-
da Revolução. tiva diretamente relacionada com o processo de
c) O enorme deficit causado por altos gastos independência na América Espanhola:
com a Corte e o pagamento de dívidas alia- a) Conflito social que não teve relação com a
do às baixas receitas, recaindo todo o ônus desigualdade entre os nascidos na terra e
dos impostos sobre o Terceiro Estado. Além na metrópole.
disso, o ideário iluminista adotado pela bur- b) Ruptura Colônia/Metrópole mais relaciona-
guesia fez com que esta se dispusesse a da com a Guerra dos Sete Anos e sem re-
lutar por uma igualdade jurídica. lação alguma com as campanhas de Napo-
d) A França estava devastada pelas guerras leão na Península Ibérica.
de religião, havendo perseguições e assas- c) Abertura dos portos à livre concorrência dos
sinatos de huguenotes pelos católicos. Bus- produtos manufaturados europeus para ga-
cando a paz social, o rei Luís XIV estabele- rantir a sobrevivência interna da pequena
ceu o Edito de Nantes, trazendo a liberdade indústria têxtil latino-americana.
religiosa. Descontentes com a medida real, d) Movimento de libertação fundamentado na
os católicos depuseram e aprisionaram o identidade profunda entre a independência
rei, o que deu início à revolução. política e a independência econômica.
e) O surgimento da Revolução Industrial na e) Movimento emancipador conduzido princi-
França, o que levou milhares de campone- palmente pelos crioulos.
ses às cidades, em busca de melhores con-
dições de vida. Não encontrando trabalho QUESTÃO 04 - Dentre os fatores que contribuí-
(não conheciam o trabalho fabril), vivendo ram para a difusão do Movimento Reformista Pro-
nas ruas e lançados à miséria, grande parte testante, no início do século XVI, destaca-se:
da população de Paris invadiu a Bastilha, a) o cerceamento da liberdade de crítica pro-
buscando um teto para se abrigar do rigoro- vocado pelo Renascimento Cultural.
so inverno francês. O rei reagiu expulsando b) o declínio do particularismo urbano que veio
os invasores, o que deu início à revolução. a favorecer o aparecimento das Universida-
des.
QUESTÃO 02 - ”Milhares de séculos decorrerão c) o abuso político cometido pela Companhia
antes que as circunstâncias acumuladas sobre a de Jesus.
63
HISTÓRIA GERAL
d) o conflito político observado tanto na Alema- a) contrapõe lucro a renda, pois geram racio-
nha como na França. nalidades e modos de vida distintos.
e) a inadequação das teorias religiosas cató- b) mostra as vantagens do capitalismo comer-
licas para com o progresso do capitalismo cial em face da estagnação medieval.
comercial. c) defende a lucratividade do comércio contra
os baixos rendimentos do campo.
QUESTÃO 05 - No processo de formação dos Es- d) critica a preocupação dos comerciantes
tados Nacionais da França e da Inglaterra podem com seus lucros e dos cavalheiros com a
ser identificados os seguintes aspectos: ostentação de riquezas.
a) fortalecimento do poder da nobreza e retar- e) expõe as causas da estagnação da agricul-
damento da formação do Estado Moderno tura no final do século XVIII.
b) ampliação da dependência do rei em rela-
ção aos senhores feudais e à Igreja QUESTÃO 08 (Mackenzie) - Assinale a alternati-
c) desagregação do feudalismo e centraliza- va em que aparecem as principais ideias de Jean
ção política Jacques Rousseau em sua obra O CONTRATO
d) diminuição do poder real e crise do capita- SOCIAL.
lismo comercial a) Cada homem é inimigo do outro, está em
e) enfraquecimento da burguesia e equilíbrio guerra com o próximo e por esta razão cria o
entre o Estado e a Igreja Estado para sua própria defesa e proteção.
b) O Estado é uma realidade em si e é necessá-
QUESTÃO 06 (FUVEST) - Sobre o chamado des- rio conservá-lo, reforçá-lo e eventualmente
potismo esclarecido é correto afirmar que: reformá-lo, reconhecendo uma única finali-
a) foi um fenômeno comum a todas as monar- dade: sua prosperidade e grandeza.
quias europeias, tendo por característica a c) O governante deve dar um bom exemplo
utilização dos princípios do Iluminismo. para que os súditos o sigam. Através da
b) foram os déspotas esclarecidos os res- educação e de rituais, os homens de capaci-
ponsáveis pela sustentação e difusão das dade aprenderiam e transmitiriam os valores
ideias iluministas elaboradas pelos filósofos do passado.
da época. d) Que as classes dirigentes tremam ante a
c) foi uma tentativa bem intencionada, embora ideia de uma revolução! Os trabalhadores
fracassada, das monarquias europeias re- devem proclamar abertamente que seu ob-
formarem estruturalmente seus Estados. jetivo é a derrubada violenta da ordem social
d) foram os burgueses europeus que conven- tradicional.
ceram os reis a adotarem o programa de e) A única esperança de garantir os direitos de
modernização proposto pelos filósofos ilu- cada indivíduo é a organização da socieda-
ministas. de civil, cedendo todos os direitos à comu-
e) foi uma tentativa, mais ou menos bem suce- nidade, para que seja politicamente justo o
dida, de algumas monarquias reformarem, que a maioria decidir.
sem alterá-las, as estruturas vigentes.
QUESTÃO 09 - Dentre as consequências sociais
QUESTÃO 07 (FUVEST) - “Um comerciante está forjadas pela Revolução Industrial pode-se men-
acostumado a empregar o seu dinheiro principal- cionar:
mente em projetos lucrativos, ao passo que um a) o desenvolvimento de uma camada social de
simples cavalheiro rural costuma empregar o seu trabalhadores, que destituídos dos meios de
em despesas. Um frequentemente vê seu dinhei- produção, passaram a sobreviver apenas da
ro afastar-se e voltar às suas mãos com lucro; o venda de sua força de trabalho.
outro, quando se separa do dinheiro, raramente b) a melhoria das condições de habitação e so-
espera vê-lo de novo. Esses hábitos diferentes brevivência para o operariado, proporciona-
afetam naturalmente os seus temperamentos e da pelo surto de desenvolvimento econômi-
disposições em toda espécie de atividade. O co- co.
merciante é, em geral, um empreendedor auda- c) a ascensão social dos artesãos que reuniram
cioso; o cavalheiro rural, um tímido em seus em- seus capitais e suas ferramentas em oficinas
preendimentos...” ou domicílios rurais dispersos, aumentando
(Adam Smith, A RIQUEZA DAS NAÇÕES, Livro III, capítulo 4) os núcleos domésticos de produção.
Neste pequeno trecho, Adam Smith: d) a criação do Banco da Inglaterra, com o obje-
64
HISTÓRIA GERAL
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM
01 02 03
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
65
GEOGRAFIA
DAS COISAS SEM SERVENTIA UMA DELAS É podem até não acreditar, mas a ciência geográfi-
A GEOGRAFIA - A Geografia é um desses negó- ca tem uma utilidade que poucos conseguem ver,
cios chatos que inventaram para ser a palmatória pois um dos papéis que cumpre é justamente o
intelectual das crianças. Não dá prazer nenhum de cegar a sociedade, desde a infância, de uma
brincar de ser recipiente de nomes difíceis e ainda leitura da produção social deste espaço cheio de
ter que repetir tudo certinho na hora das provas. contradições. Por outro lado, como em tudo mais,
A tortura geográfica, comum na maioria das esco- o fazer científico só serve quando feito por pra-
las, é um exercício constante de ver um mundo de zer, coisa esquecida nestes tempos cabeludos
coisas, decorar o máximo e não aprender nada. em que viver para a felicidade é quase um crime,
São aquelas palavras cheias de nós consonantais parafraseando Brecht. A Geografia, assim como a
que, vez por outra, o sujeito tem que repetir lá na criança, é um perigo para os homens sérios que
frente, correndo o risco de se engasgar com uma fazem do lucro seu sentido existencial, porque no
montanha e ser motivo de deboche a semana in- meio da brincadeira ela pode deixar muitos reis
teira. A utilidade que a criança vê em aprender completamente nus.
geografia é a mesma que tem o aquecedor do *Lixão do Roger: depósito de lixo urbano da cidade de João Pessoa - PB. Das Coisas
sem Serventia uma delas é a Geografia. Aula de Geografia. Manoel Fernandes de Sousa
Lada apropriado para derreter neve, no Nordeste Neto. Ed. Bagagem, Campina Grande – PB, 2008.
66
GEOGRAFIA
nificar distância entre dois pontos, o conjunto de dividi-lo em séculos, períodos e idades. Tempo
planetas e estrelas (espaço sideral), mas, para a Cíclico: é usado para explicar fenômenos que
Geografia significa uma determinada extensão da acontecem em intervalos relativamente curtos,
superfície terrestre que é organizada, produzida e como os terremotos, as erupções vulcânicas, a
modelada pelas sociedades, através do trabalho, migração de pessoas de seu hábitat natural em
ao longo da história, de maneira desigual a partir determinadas épocas do ano, os períodos de
do uso de técnicas. “É por demais sabido que maior incidência de vendas no comércio, etc.
a principal forma de relação entre o homem e a
natureza, ou melhor, entre o homem e o meio, é ESPAÇO-TEMPORALIDADE E LITERATU-
dada pela técnica. As técnicas são um conjunto RA - “A relação entre geografia, história e letras
de meios instrumentais e sociais, com os quais não só é possível, como de fato existe. E o que
o homem realiza sua vida, produz e, ao mesmo embasa essa relação é a categoria de espa-
tempo, cria espaço. Essa forma de ver a técnica ço. Normalmente se diz que para entendermos
não é, todavia, completamente explorada. uma obra precisamos contextualizá-la no tempo.
” SANTOS, Milton. A Natureza do Espaço. São Paulo: EDUSP, 2008.p.29. Mas não se fala de inseri-la no contexto do es-
Toda organização espacial reflete as intervenções paço. Habitualmente, o espaço fica abstraído da
humanas na natureza, quando derrubamos uma contextualização de uma obra. E, no entanto, a
árvore (primeira natureza) para fabricar-mos mó- contextualização no tempo só é possível quan-
veis (segunda natureza) estamos nos aproprian- do a contextualidade no espaço fica estabele-
do do espaço e assim criando o espaço geográ- cida. Porque não existe tempo fora do espaço,
fico. A organização espacial é um meio de vida e espaço fora do tempo, uma vez que o real é
no presente (produção) e uma condição de vida o espaço-temporal. Não há romance que possa
para o futuro (reprodução). As modificações sofri- falar da problemática humana – e até prova em
das pelos meios naturais vão depender do tipo de contrário a problemática humana é o tema tanto
economia que tenha a sociedade em questão. A da literatura como da história e da geografia –
economia industrial proporciona o incremento de fora da sua contextualidade espaço-temporal. É,
uma paisagem urbana enquanto que a economia todavia, mais frequente a referência ao tempo e
baseada na agricultura produz uma paisagem ru- ao espaço nos romances da literatura brasileira.
ral. Muitas vezes os termos espaço e paisagem Sabemos o quanto é espaço-temporal a obra de
se confundem, mas não têm o mesmo significado. um Machado de Assis, Lima Barreto, Graciliano
Na visão do professor Milton Santos: “A paisagem Ramos, José Lins do Rêgo, Jorge Amado, Érico
é diferente do espaço. A primeira é a materiali- Veríssimo, Guimarães Rosa, cujos personagens
zação de um instante da sociedade. Seria, numa veem suas tramas de vida se confundirem com
comparação ousada, a realidade de homens fixos, seu espaço e tempo, mesmo quando, a exemplo
parados como numa fotografia. O espaço resulta de Grande Sertão: veredas, os homens buscam
do casamento da sociedade com a paisagem. O um mergulho na sua interioridade subjetiva para
espaço contém movimento. Por isso, paisagem e realizar a fuga simbólica das estruturas espaço-
espaço são um par dialético. Complementam-se -temporais que amarram objetivamente suas for-
e se opõem” mas de existência. O peso das determinações
SANTOS, Milton. Metamorfoses do Espaço Habitado. São Paulo: EDUSP, 2008.p.79.
espaço-temporais sobre esses personagens
PAISAGEM NATURAL X PAISAGEM ARTIFI- e suas tramas de vida é tal que com elas sua
CIAL - Parque Estadual de Vila Velha (PR). Bair- existência indissociavelmente se confunde. Pu-
ro do Benfica, na cidade de Fortaleza (CE). Tudo dera, o homem é homem-no-mundo [...] Quando
o que existe ocupa espaço e se situa num tempo. se diz que é preciso contextualizar um romance
Ou seja, tudo o que acontece também se situa no seu espaço-tempo, está se querendo dizer é
num tempo e num espaço. O tempo pode ser se- preciso que ele seja visto no âmbito da estrutura
parado em diferentes escalas que facilitam o en- da sociedade concreta em que desenrola a tra-
tendimento de sua intervenção nos espaços geo- ma de vida de seus personagens.
MOREIRA, Ruy. Pensar e Ser em Geografia. Ed. Contexto: São Paulo, 2007.p.144.
gráficos: Tempo Geológico: é usado para contar In.: Ser-tões: o universal no regionalismo de Graciliano Ramos, Mário de Andrade e
a história da formação do Universo e da Terra e Guimarães Rosa.
dos seus continentes através da divisão em Éons, TERRITÓRIO - A discussão sobre território está
Eras, Épocas e Períodos. Tempo Histórico: é usa- presente em diferentes áreas do conhecimento
do para explicar as profundas mudanças ocorri- científico, desde a Etologia, da qual surgiram as
das no espaço geográfico. Apesar de não haver formulações iniciais sobre territorialidade, pas-
consenso entre os estudiosos, convencionou-se
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GEOGRAFIA
sando pela História, Ciência Política, Antropo- que um ninho está sendo construído ou um
logia e Sociologia, até aportar na Geografia, na sinal para que os outros pássaros não se
qual se constitui um dos conceitos básicos. Ao aproximem. Os gatos borrifam, em torno do
perpassar esses diferentes campos, o concei- espaço que consideram seu, uma secreção
to assume uma enorme polissemia, posto que de odor penetrante, destinada a evitar a en-
cada área sintetiza um enfoque a partir de uma trada de outros animais. Desse modo, estão
determinada perspectiva.No âmbito da própria demarcando uma fronteira. Entre os seres
Geografia, as diferentes definições de território humanos, há inúmeros comportamentos ter-
atestam essa condição, cujos sentidos variam ritoriais.
de uma abordagem jurídica, social e cultural, e MAGNOLI, Demétrio. GÉIA – Fundamentos da Geografia. São Paulo, 2002.
Ed.Moderna.p.18.
mesmo afetiva, cuja problematização se ancora
REGIÃO - O termo região deriva do latim Re-
em aspectos vinculados a relações que a socie-
gio / Regere e significa comandar, como nos
dade estabelece com a natureza, mediadas por
lembra Corrêa: “a origem etimológica do ter-
mecanismos de apropriação, dominação, ocupa-
mo região estaria no termo regio, do latim, o
ção ou posse de uma fração do espaço. Dessa
qual se referia “à unidade político-territorial
relação, emerge a fragmentação do espaço com
em que se dividia o Império Romano”. Ain-
distintas funções, cuja organização, gestão, ma-
da segundo este autor, o fato de seu radical
nutenção ou, mesmo, reorganização conjugarão
ser proveniente do verbo regere, governar,
interesses dos atores envolvidos.
atribuiria à região “em sua concepção origi-
Território deriva do vocábulo latino
nal, uma conotação eminentemente política”.
terra e, nessa língua, corresponde a terri-
Corrêa, 2001.
torium. Conforme Di Méo (1998, p. 47 apud
Região é um conceito fundamental da
HAESBAERT, 2004, p. 43), o jus terrendi con-
Geografia, mas que a partir dos estudos interdis-
fundia-se com o direito de aterrorizar. Embo-
ciplinares amplia suas referências semânticas
ra não ocorrendo consenso sobre essa ori-
para outras disciplinas científicas. Na realidade,
gem etimológica, é importante ressaltar que,
região torna-se um estudo comum à investiga-
direta ou indiretamente, o que se propagou
ção geográfica, histórica, social, linguística, lite-
sobre território diz respeito a um duplo senti-
rária e, nesses e em outros casos, precisa ser
do: à terra, o território como materialidade, e
descrita e definida epistemologicamente, sob
aos sentimentos que o território inspira, por
pena de se tornar um instrumento ideológico ou
exemplo, medo (para quem é dele excluído)
doutrinário, e não um conceito científico. Embora
e satisfação (para quem dele usufrui ou com
objeto de grande polêmica, ao ponto de já ter
ele se identifica).
sido proposto o abandono da utilização por Yves
Um elemento extremamente importante
Lacoste, por ter sido este se transformado num
para a Geografia e para a interpretação correta
conceito-obstáculo, a discussão da questão não
da sociedade e de suas relações com a natureza
se restringe a simples definição de um termo que
é o território. Quando falamos em território logo
possa ser suprido pela noção de área; mais im-
nos vêm a ideia de território nacional e o Estado
portante é a reflexão sobre as questões que dão
enquanto seu administrador. Porém a interpreta-
base a formação do conceito de região. A divisão
ção do território não tem relação somente com o
do mundo em regiões foi e continua sendo um
território nacional, podemos trabalhar o território
dos principais desafios encontrados pela ciência
indígena, ou o território de uma gangue de rua
geográfica ao longo da história. Na verdade não
ou até mesmo o território do tráfico de drogas.
existe uma divisão regional ou uma regionaliza-
Em cada um desses territórios há relações so-
ção única e dominantemente correta, a regiona-
ciais de poder que modelam a área em questão,
lização pode seguir vários critérios.
seguindo uma composição societária e um con-
junto de leis por ela elaboradas.
LUGAR - O conceito de lugar sempre esteve
presente na análise geográfica, sofrendo amplas
CONTEXTO BIOLÓGICO
considerações em diferentes épocas. Por muito
Os estudiosos da etologia animal, a
tempo, a Geografia tratou o lugar com uma ex-
ciência que estuda os comportamentos e os
pressão do espaço geográfico sob uma dimen-
hábitos dos animais, observaram entre vá-
são pontual (localização espacial absoluta). Para
rias espécies de aves e mamíferos, práticas
ultrapassar esta ideia, a discussão de lugar tem
de definição e defesa de territórios. O canto
sido realizada sob duas acepções: lugar e ex-
dos pássaros, muitas vezes, é um aviso de
68
GEOGRAFIA
era apenas caçador e coletor, um nômade so- Considerando essa afirmação, analise as senten-
brevivia através da caça e coleta. ças a seguir:
MEIO TÉCNICO: Quando o ser huma- I. A simples observação da paisagem não nos
no passa a domesticar animais e se deslocar a traz explicações sobre as funções das edi-
longas distâncias. Além do desenvolvimento de ficações, da organização dos sistemas de
atividades agrícolas, a construção de abrigos e a produção e de tecnologias empregadas.
criação de ferramentas para facilitar as atividades II. Apenas os elementos naturais são suficien-
diárias. Essa frase pode ser representada pela tes para entendermos o espaço geográfico,
Revolução Agrícola. visível através das paisagens.
MEIO TÉCNICO-CIENTÍFICO: Há cerca III. Ao considerarmos os elementos naturais,
de 250 anos, o avanço da ciência criou condições as funções dos espaços construídos, as re-
para a invenção de máquinas que modificaram ra- lações e as estruturas econômicas, sociais
dicalmente e com muita rapidez o modo de vida e políticas, estamos tratando do espaço ge-
no planeta. A tecnologia adquiriu um papel cada ográfico e não apenas das paisagens.
vez mais importante. O conjunto das tecnologias IV. As paisagens geográficas envolvem não
envolvidas no processo de fabricação de mer- somente os aspectos naturais, mas tam-
cadorias, produção de energia e circulação de bém os aspectos visíveis da cultura das so-
pessoas foi resultado da aplicação prática dos co- ciedades.
nhecimentos científicos. Esse período é marcado Está correto apenas o que se afirma em:
pela Revolução Industrial. a) I e II b) II e III
MEIO TÉCNICO-CIENTÍFICO-INFORMA- c) II e IV d) I, II e IV e) I, III e IV
CIONAL: Atualmente a sociedade vive cercada
pela utilização de tecnologias da informação (te-
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GEOGRAFIA
QUESTÃO 02 - O patrimônio cultural brasileiro é rias. Em conjunto, essas invenções tiveram efeito
dos mais variados e apresenta íntima relação com principalmente sobre a ampliação da:
o espaço geográfico. Ao lado e abaixo temos dois a)intervenção estatal
momentos da arquitetura brasileira que remetem b) integração territorial
a esta reflexão. Sobre isso, podemos afirmar: c) distribuição da riqueza
d) mobilidade ocupacional
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GEOGRAFIA
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GEOGRAFIA
QUESTÃO 12 (UFOP) - Leia o texto a seguir: Com base no texto, considere as afirmativas a se-
[...] Fechado ao sul pelo morro, descendo escan- guir:
celado de gargantas até o rio, fechavam-no, a V. I. Na paisagem produzida pelas sociedades,
oeste, uma muralha e um vale. De fato, infletindo coexistem temporalidades distintas que se
naquele rumo, o Vaza-Barris, comprimido entre as manifestam na diversidade de formas e de
últimas casas e as escarpas a pique dos morros artefatos.
sobranceiros, torcia para o norte feito um cañon VI. II. O aumento da densidade das paisagens
fundo. A sua curva forte rodeava, circunvalando- faz com que as sociedades humanas per-
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GEOGRAFIA
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CIÊNCIAS DA NATUREZA
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BIOLOGIA
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BIOLOGIA
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BIOLOGIA
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BIOLOGIA
ção também no microcosmo da citologia. Obser- Com base no texto acima, identifique a teoria que
vando os critérios de origem e função, podemos melhor explica a evolução do cavalo:
identificar, claramente, como estruturas análogas: a) Lamarckismo b) Darwinismo
a) cloroplastos em células vegetais e mitocôn- c) Criacionista d) Mendelismo
drias em células animais. e) Malthusianismo
b) microvilosidades do epitélio intestinal e cris-
tas mitocondriais. QUESTÃO 17 - […] o uso, nos animais domésti-
c) glóbulos brancos e glóbulos vermelhos do cos, reforça e desenvolve certas partes, enquanto
sangue. o não-uso as diminui e, além disso, estas mudan-
d) lisossomos e vacúolos digestivos. ças são hereditárias. A afirmação faz referência
e) retículo endoplasmático rugoso e aparelho aos mecanismos que explicariam a transmissão
de Golgi. das características biológicas de pais para filhos:
lei do uso e desuso e transmissão hereditária dos
QUESTÃO 15 - As teorias de Lamarck e Darwin caracteres adquiridos. Pode-se afirmar que esses
diferem-se com relação à evolução. No Lamarkis- mecanismos de herança eram aceitos:
mo, o ambiente é o agente responsável pela mu- a) tanto por Lamarck quanto por Darwin. Po-
dança das espécies, enquanto no Darwinismo o rém, para Darwin, esses mecanismos
processo se inicia dentro das próprias espécies. apenas explicavam a transmissão das ca-
Portanto, a essência do Darwinismo reside em: racterísticas hereditárias, enquanto que a
a) evolução por caracteres adquiridos. evolução em si era explicada como resulta-
b) variações individuais herdáveis, que, atra- do da ação da seleção natural sobre a va-
vés do espaço e tempo, se convertem em riabilidade.
variação interespecífica. b) tanto por Lamarck quanto por Darwin. Para
c) evolução por meio de mutações súbitas, im- ambos, esses mecanismos, além de expli-
primidas pelo meio ambiente. carem a herança das características he-
d) transformação das populações por meio de reditárias, também explicavam a evolução
mutações lentas, as quais são úteis para a das espécies ao longo das gerações. Para
adaptação. Darwin, porém, além desses mecanismos
e) variações que dão origem, respectivamente, deveria ser considerada a ocorrência das
a novas espécies. mutações casuais.
78
BIOLOGIA
c) exclusivamente por Lamarck. Cerca de 50 quiridos como base para ação da seleção
anos depois de Lamarck, Darwin demons- natural nas populações emevolução.
trou que as características adquiridas não e) Relacionar a ação do DNA com a capaci-
se tornam hereditárias e apresentou uma dade de manutenção e expressão das in-
nova teoria capaz de explicar o mecanismo formações genéticas existente em todos os
da herança: a seleção natural. sistemas vivos.
d) exclusivamente por Lamarck. Essas explica-
ções sobre o mecanismo da herança foram QUESTÃO 19 - Apesar do acúmulo dos estudos
imediatamente contestadas pela comunida- sobre evolução dos seres vivos e de uma série de
de científica. Coube a Darwin apresentar o evidências coletadas desde a época de Darwin,
mecanismo ainda hoje aceito como correto: observa-se uma onda de posicionamentos contrá-
a Teoria da Pangênese, que complementa a rios às teorias evolucionistas. Em vários estados
Teoria da Evolução. dos EUA e em um estado do Brasil, por exemplo,
e) exclusivamente por Lamarck. Darwin sabia foi incluído o ensino do criacionismo, por decisão
que essa explicação não era correta e por governamental. Um dos professores que ensinará
isso, nesse aspecto, era contrário ao lamar- o criacionismo em uma destas escolas brasileiras
ckismo. Contudo, Darwin não tinha melhor afirmou: Tenho certeza de que minha avó não era
explicação para o mecanismo da herança. macaca.
Coube a Mendel esclarecer que o material
(Ciência Hoje, outubro de 2004).
hereditário é formado por DNA. No entanto, a partir dos estudos de evolução dos
primatas, em particular, sabe – se que
QUESTÃO 18 - Com os cabelos castanhos e on- a) macacos originaram-se tanto na América
dulados já rareando, Mendel sobrescritando os quanto na África, assim como os humanos,
envelopes à sua maneira metódica, criou cora- o que reforça a hipótese da existência de
gem suficiente para enviar separatas a, pelo me- um ancestral comum.
nos, uma dúzia de cientistas de renome em toda a b) humanos e macacos têm um mesmo ances-
Europa. Uma separata foi encontrada no escritó- tral, uma vez que o tamanho do cérebro dos
rio de Charles Darwin, de modo que Mendel dever macacos é muito próximo do tamanho do
ter enviado um exemplar do seu trabalho ao pai cérebro dos humanos.
da teoria da Evolução. Mesmo que Darwin tives- c) geneticamente, alguns macacos são muito
se lido o artigo de Mendel, porém, provavelmente próximos dos humanos, o que se considera
não lhe daria importância. como uma evidência em termos de ances-
(HENIG, 2001, p. 130-131). HENIG, Robin Marantz. O monge no jardim: O gênio esque- tralidade comum.
cido e redescoberto de Gregor Mendel, o pai da genética. Rio de Janeiro: Rocco, 2001.
d) humanos e macacos têm um ancestral co-
Considerando a importância dos trabalhos de mum, pois em suas regiões de origem apre-
Mendel para elucidar os mecanismos norteado- sentam hábitos alimentares muito seme-
res da hereditariedade, pode-se afirmar que a lhantes.
utilização desses trabalhos por Charles Darwin, e) o fato de apenas macacos e humanos apre-
ainda no século XIX, poderiam ter aprimorado os sentarem as mãos com cinco dedos é a
conceitos darwinistas sobre evolução biológica. É maior evidência de ancestralidade comum.
possível afirmar como exemplo desse aprimora-
mento: QUESTÃO 20 - O desenvolvimento da genética
a) Reconhecer, no mendelismo, os mecanis- teve grande impulso no começo do século XX,
mos genéticos que levam a uma estabili- o que permitiu reinterpretar a teoria da evolução
dade das espécies e, ao mesmo tempo, elaborada por Darwin. Em meados de 1940, sur-
interpretar a variação herdada ao longo das ge uma teoria evolucionista mais consistente, que
gerações. ficou conhecida como teoria sintética da evolução
b) Compreender como a replicação semicon- ou neodarwinismo, cuja essência pode ser resu-
servativa é capaz de manter as informações mida em:
genéticas ao longo das gerações. a) os seres vivos se modificam ao longo do
c) Identificar, na geração espontânea, os me- tempo, as formas atuais de vida são des-
canismos genéticos responsáveis pelo au- cendentes de espécies ancestrais extintas
mento da variabilidade genética de uma po- e o mais forte se sobressai e sobrevive do-
pulação que sofre ação da seleção natural. minando o mais fraco.
d) Utilizar a lei da herança dos caracteres ad- b) as variações hereditárias presentes nos in-
79
BIOLOGIA
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
B A E C B D D B E C
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
C D C B B B A A C B
80
FÍSICA
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FÍSICA
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FÍSICA
8. Polarização
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FÍSICA
9. Dispersão
10. Difração
d⋅y
Difração da luz pelas árvores no pôr-do-sol, na λ= 2 ⋅
n⋅D
qual é possível observar as cores do arco-íris
(foto: Wing-Chi Poon) Onde n é o número de meios comprimentos de
onda, assim temos:
• Se n é par: P é atingido por um máximo de
intensidade;
• Se n é ímpar: P é atingido por um mínimo de
intensidade
12. Interferência
84
FÍSICA
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FÍSICA
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FÍSICA
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FÍSICA
II. transversais e pode ocorrer por reflexão ou um refletor parabólico com nove metros de diâ-
transmissão; metro para captação de sinais de rádio oriundos
III. transversais ou longitudinais e pode ocorrer do espaço. Esse refletor foi instalado no quintal
por interferência ou transmissão. de sua casa e, em 1939, tendo ajustado seu equi-
Está correto o contido em: pamento para o comprimento de onda de 1,9 m
a) I apenas b) II apenas detectou sinais provenientes do centro da Via-
c) III apenas d) I e II apenas e) I, II e III -Láctea. Adotando-se para o módulo de velocida-
de de propagação das ondas de rádio o valor de c
QUESTÃO 09 - Dois pulsos, X e Y, propagam-se = 3,0 · 108 m/s, é correto afirmar que a frequência
ao longo de um fio homogêneo, como indicado na dos sinais captados por Reber, do centro da Via-
figura a seguir: -Láctea, é mais próxima de:
a) 1,4 · 108 Hz. b) 1,6 · 108 Hz.
c) 1,8 · 108 Hz. d) 2,0 · 108 Hz.
e) 2,2 · 108 Hz.
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FÍSICA
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FÍSICA
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QUÍMICA
CÁLCULOS ESTEQUIOMÉTRICOS - Nas rea- Isso quer dizer que não existe lei de conservação
ções químicas, é importante se prever a quantida- de volume, como ocorre com a massa.
de de produtos que podem ser obtidos a partir de 10 L de H2 + 5 L de O2 à 10 L de H2O relação
uma certa quantidade de reagentes consumidos. de números inteiros e simples: 10:5:10, que pode
Os cálculos que possibilitam prever essa quanti- ser simplificada por 2:1:2
dade são chamados de cálculos estequiométri
(A palavra estequiometria vem do grego stoi- Lei ou hipótese de Avogadro - “Volumes iguais
cheia (partes mais simples) e metreim (medida)). de gases diferentes possuem o mesmo núme-
Essas quantidades podem ser expressas de di- ro de moléculas, desde que mantidos nas mes-
versas maneiras: massa, volume, quantidade de mas condições de temperatura e pressão”. Para
matéria (mol), número de moléculas.Os cálculos melhor entender a Lei de Gay-Lussac, o italiano
estequiométricos baseiam-se nos coeficientes da Amedeo Avogadro introduziu o conceito de molé-
equação. É importante saber que, numa equação culas, explicando por que a relação dos volumes
balanceada, os coeficientes nos dão a proporção é dada por números inteiros. Dessa forma foi es-
em mols dos participantes da reação. Nos mea- tabelecido o enunciado do volume molar.
dos do século XVIII, cientistas conseguiram ex-
pressar matematicamente certas regularidades TIPOS DE CÁLCULOS - Os dados do problema
que ocorrem nas reações químicas, baseando-se podem vir expressos das mais diversas maneiras:
em leis de combinações químicas que foram divi- quantidade de matéria (mol), massa, número de
didas em ponderais (que se relacionam às mas- moléculas, volume, etc. Em todos esses tipos de
sas dos participantes da reação) e volumétricas cálculo estequiométrico vamos nos basear nos
(explicam a relação entre os volumes das subs- coeficientes da equação que, como vimos, dão a
tâncias gasosas que participam de um processo proporção em mols dos componentes da reação.
químico).
REGRAS
LEIS PONDERAIS - Lei da conservação da mas- 1ª regra: Escreva corretamente a equação
sa ou Lei de Lavoisier química mencionada no problema (caso ela
“Em um sistema, a massa total dos reagentes é não tenha sido fornecida);
igual à massa total dos produtos”. 2ª regra: As reações devem ser balanceadas
A + B ----- AB corretamente (tentativa ou oxi-redução),
2g 5g 7g lembrando que os coeficientes indicam as
Lei das proporções definidas ou Lei de Proust proporções em mols dos reagentes e pro-
dutos;
“ Toda substância apresenta uma proporção cons- 3ª regra: Caso o problema envolva pureza de
tante em massa, na sua composição, e a propor- reagentes, fazer a correção dos valores,
ção na qual as substâncias reagem e se formam trabalhando somente com a parte pura que
é constante”. efetivamente irá reagir;
A + B ------ AB 4ª regra: Caso o problema envolva reagentes
2g 5g 7g em excesso - e isso percebemos quando
4g 10g 14g são citados dados relativos a mais de um
Com a Lei de Proust podemos prever as quanti- reagente – devemos verificar qual deles
dades das substâncias que participarão de uma está correto. O outro, que está em excesso,
reação química. deve ser descartado para efeito de cálculos.
5ª regra: Relacione, por meio de uma re-
LEIS VOLUMÉTRICAS - Lei de Gay-Lussac gra de três, os dados e a pergunta do
“Os volumes de todas as substâncias gasosas problema, escrevendo corretamen-
envolvidas em um processo químico estão entre te as informações em massa, volume,
si em uma relação de números inteiros e simples, mols, moléculas, átomos, etc. Lembre-
desde que medidos à mesma temperatura e pres- -se de não podemos esquecer a relação:
são”. 1 mol = ......g = 22,4 L (CNTP) = 6,02x1023
1 L de H2 + 1 L de Cl2 à 2 L de HCl relação 6ª regra: Se o problema citar o rendimento da
de números inteiros e simples: 1:1:2 reação, devemos proceder à correção dos
Cabe aqui observar que nem sempre a soma dos valores obtidos.
volumes dos reagentes é igual à dos produtos.
91
QUÍMICA
92
QUÍMICA
H2S. Qual a massa de cloreto ferroso - FeCl2 - 3ª - A menor quantidade de produto encontra-
obtida quando 1100g de sulfeto ferroso - FeS de da corresponde ao reagente limitante e indi-
80% de pureza reagem com excesso de ácido ca a quantidade de produto formada.
clorídrico - HCl?
Acerte os coeficientes da equação: 1FeS + 2HCl Foram misturados 40g de gás hidrogênio (H2) com
------------1FeCl2 + 1H2S 40g de gás oxigênio, com a finalidade de produzir
Veja os dados informados (1100g de sulfeto ferro- água, conforme a equação: H2 + O2 --------- H2O.
so com 80% de pureza, ou seja, 880g de sulfeto Determine:
ferroso puro) e o que está sendo solicitado (mas- a) o reagente limitante;
sa de cloreto ferroso) e estabeleça uma regra de b) a massa de água formada;
três. c) a massa de reagente em excesso.
1FeS -------------- 1FeCl2 Acerte os coeficientes da equação:2H2 +1O2 -----
1x88g ------------- 1x127g -------2H2O.
880g -------------- x Vamos considerar que o H2 seja o reagente limi-
x= 1270g tante.
2H2 --------------- 2H2O
RENDIMENTO - Rendimento de uma reação é 2x2g----------------2x18g
o quociente entre a quantidade de produto real- 40g ------------------ x
mente obtida e a quantidade de produto que seria x=360g
teoricamente obtida pela equação química corres- Em seguida, vamos considerar que o O2 seja o
pondente. Queimando-se 30g de carbono puro, reagente limitante.
com rendimento de 90%, qual a massa de dióxido 1O2 --------------- 2H2O
de carbono (CO2) obtida, conforme a equação: C 1x32g------------- 2x18g
+ O2 ---------- CO2 . 40g ------------------ xy
Os coeficientes já estão acertados: 1C + 1O2 --- y=45g
------- 1CO2. Observe que a menor quantidade água corres-
Veja os dados informados (30g de Carbono puro ponde ao consumo total de O2, que é realmente
com 90% de rendimento) e o que está sendo so- o reagente limitante. A massa de água produzida
licitado (massa de dióxido de carbono obtida) e será de 45g. Agora vamos calcular a massa de H2
estabeleça uma regra de três. que será consumida e o que restou em excesso,
1C -------------- 1CO2 aplicando uma nova regra de três:
1x12g----------- 1x44g 2H2 --------------- 2O2
30g --------------- x 2x2g---------------2x32g
x=110g (considerando que o rendimento seria z -------------- 40g
de 100%) z=5g (massa de H2 que irá reagir)
estabeleça outra regra de três para calcular o ren- Como a massa total de H2 era de 40g e só 5g irá
dimento (90%) reagir, teremos um excesso de 35g (40-5). Dessa
110g -------------100% (rendimento teórico) forma, passaremos a responder os quesitos soli-
y --------------- 90% citados:
y = 99g a) reagente limitante: O2
Quando são dadas as quantidades de dois ou b) massa de água formada: 45g
mais participantes: É importante lembrar que as c) massa de HTT em excesso: 35g
substâncias não reagem na proporção que que-
remos (ou que as misturamos), mas na propor-
ção que a equação (ou seja, a Lei de Proust) as EXERCÍCIOS PROPOSTOS
obriga. Quando o problema dá as quantidades de Qual a massa de água que se forma na combus-
dois participantes, provavelmente um deles está tão de 1g de gás hidrogênio (H2), conforme a rea-
em excesso, pois, em caso contrário, bastaria dar ção H2 + O2 --------- H2O? R:9
a quantidade de um deles e a quantidade do outro Sabendo que 10,8g de alumínio reagiram comple-
seria calculada. Para fazer o cálculo estequiomé- tamente com ácido sulfúrico, conforme a reação:
trico, baseamo-nos no reagente que não está em Al + H2SO4 -------- Al2(SO4)3 + H2, calcule:
excesso (denominado reagente limitante). a) massa de ácido sulfúrico consumida;
Nesse caso devemos seguir as etapas: b) massa de sulfato de alumínio produzida;
1ª - Considere um dos reagentes o limitante e c) volume de gás hidrogênio liberado, medido
determine quanto de produto seria formado; nas CNTP. R: a) 58,8g b)68,4g c) 13,44L
2ª - Repita o procedimento com o outro rea-
gente; Qual a massa de gás oxigênio necessária para
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QUÍMICA
reagir com 560g de monóxido de carbono, confor- a) massa de nitrato de sódio obtida;
me a equação: CO + O2 ----------- CO2? R: 320g b) massa do reagente em excesso, se houver.
R: a) 680g b) 80g de NaOH
Calcular a massa de óxido cúprico (CuO) a partir
de 5,08g de cobre metálico, conforme a reação: (UFRN) Uma amostra de calcita, contendo 80%
Cu + O2--------- CuO. R:6,36g de carbonato de cálcio (CaCO3), sofre decompo-
sição quando submetida a aquecimento, segundo
Efetuando-se a reação entre 18g de alumínio e a reação: CaCO3 --------- CaO + CO2.
462g de gás cloro, segundo a equação química: Qual a massa de óxido de cálcio obtida a partir da
Al + Cl2 -------- AlCl3 , obtém-se qual quantidade queima de 800g de calcita? R:358,4
máxima de cloreto de alumínio? R: 89g
Qual a quantidade máxima de NH3 , em gramas,
Quantos mols de O2 são obtidos a partir de 2,0 que pode ser obtida a partir de uma mistura de
mols de pentóxido de dinitrogênio (N2O5), de acor- 140g de gás nitrogênio (N2) com 18g de gás hidro-
do com a reação: N2O5 + K2O2 ---------- KNO3 + O2 gênio (H2), conforme a reação: N2 + H2 ------- NH3
R: 1,0 R: 102g
Quantas moléculas de gás carbônico podem ser (PUC-MG) A equação de ustulação da pirita (FeS)
obtidas pela queima de 96g de carbono puro, é: FeS + O2 -------SO2 + Fe2O3. Qual a massa de
conforme a reação: C + O2 -------- CO2? óxido de ferro III obtida, em kg, a partir de 300
R:4,816x1024 kg de pirita, que apresenta 20% de impurezas?
R:218,18
(Faap-SP) A combustão do metanol (CH3OH)
pode ser representada pela equação não balan- (Fuvest-SP) Qual a quantidade máxima, em gra-
ceada: CH3OH + O2 -------- CO2 + H2O. Quando se mas, de carbonato de cálcio que pode ser prepa-
utilizam 5,0 mols de metanol nessa reação, quan- rada misturando-se 2 mols de carbonato de sódio
tos mols de gás carbônico são produzidos? R:5 com 3 mols de cloreto de cálcio, conforme a equa-
ção: Na2CO3 + CaCl2 -------- CaCO3 + NaCl.
Quantas moléculas de gás oxigênio reagem com R: 200g
6 mols de monóxido de carbono, conforme a
equação: CO + O2 ------- CO2? R: 1,806x1024 32,70g de zinco metálico (Zn) reagem com uma
solução concentrada de hidróxido de sódio
(UECE) Uma vela de parafina queima-se, no ar (NaOH), produzindo 64,53g de zincato de sódio
ambiente, para formar água e dióxido de carbono. (Na2ZnO2). Qual o rendimento dessa reação?
A parafina é composta por moléculas de vários R:89,69%
tamanhos, mas utilizaremos para ela a fórmula
C25H52. Tal reação representa-se pela equação: Misturam-se 147g de ácido sulfúrico e 100g de
C25H52 + O2 --------- H2O + CO2. Responda: hidróxido de sódio que se reajam segundo a rea-
a) Quantos mols de oxigênio são necessários ção: H2SO4 + NaOH ------ Na2SO4 + H2O. Qual a
para queimar um mol de parafina? massa de sulfato de sódio formada? Qual a mas-
b) Quanto pesa esse oxigênio? R: a)38 b)1216g sa do reagente que sobra em excesso após a re-
ação? R:177,5 e 24,5
O ácido sulfúrico de larga utilização e fator de- Para a produção de soda cáustica (NaOH), uma
terminante do índice de desenvolvimento de indústria reage carbonato de sódio com hidróxido
um país, é obtido pela reação SO3 + H2O ------ de cálcio segundo a equação: Na2CO3 + Ca(OH)2
--- H2SO4. Reagimos 80g de trióxido de enxofre --------- CaCO3 + NaOH. Ao reagirmos 265g de
(SO3) com água em excesso e condições neces- carbonato de sódio com 80% de pureza, devemos
sárias. Qual a massa de ácido sulfúrico obtida obter que massa, em gramas, de soda cáustica?
nessa reação que tem rendimento igual a 75%? R:160
R:73,5
(UFF-RJ) O cloreto de alumínio é um reagente
Quais são as massas de ácido sulfúrico e hidró- muito utilizado em processos industriais que pode
xido de sódio necessárias para preparar 28,4g ser obtido por meio da reação entre alumínio me-
de sulfato de sódio, conforme a reação: H2SO4 + tálico e cloro gasoso, conforme a seguinte reação
NaOH ------- Na2SO4 + H2O? R:19,6 e 16 química: Al + Cl2 --------- AlCl3. Se 2,70g de alumí-
nio são misturados a 4,0g de cloro, qual a massa
400g de hidróxido de sódio (NaOH) são adiciona- produzida em gramas, de cloreto de alumínio?
dos a 504g de ácido nítrico (HNO3), produzindo R:5,01
nitrato de sódio (NaNO3) e água. Calcule:
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QUÍMICA
Quantas moléculas de gás carbônico (CO2) podem amostra analisada, expresso em porcentagem
ser obtidas pela queima completa de 9,6g de car- em massa, é de:
bono puro, conforme a reação C + O2 -----------CO2? a) 78% b) 82%
R:4,816x1023 c) 86% d) 90% e) 74%
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QUÍMICA
reação de 130 g de zinco com ácido sulfúrico em Considerando-se o exposto e o fato de que uma
excesso é: Massas molares em g/mol: Zn = 65 indústria alcooleira utilize 100 mols de sacarose
H=1 e que o processo tenha rendimento de 85%, con-
a) 1. b) 2. clui-se que a quantidade máxima obtida do álcool
c) 3. d) 4. e) 5. será de:
a) 27,60 kg. b) 23,46 kg.
QUESTÃO 06 (ESPCEX (AMAN) 2014) - Con- c) 18,40 kg. d) 15,64 kg. e) 9,20 kg.
siderando a equação não balanceada da rea-
ção de combustão do gás butano descrita por QUESTÃO 10 (ENEM PPL 2014) - O bisfenol-A
C4H10 ( g) + O2 ( g) → CO2 (g) + H2O(g), a 1 atm e 25° é um composto que serve de matéria-prima para
(condições padrão) e o comportamento desses a fabricação de polímeros utilizados em embala-
como gases ideais, o volume de gás carbônico gens plásticas de alimentos, em mamadeiras e
produzido pela combustão completa do conteúdo no revestimento interno de latas. Esse composto
de uma botija de gás contendo 174,0 g de butano está sendo banido em diversos países, incluindo
é: Dados: Massas Atômicas: C = 12 u; O = 16 u o Brasil, principalmente por ser um mimetizador
e H = 1 u; Volume molar nas condições padrão: de estrógenos (hormônios) que, atuando como tal
24,5L . mol-1. no organismo, pode causar infertilidade na vida
a) 1000,4 L b) 198,3 L adulta. O bisfenol-A (massa molar igual a 228g/
c) 345,6 L d) 294,0 L e) 701,1 L mol) é preparado pela condensação da propano-
na (massa molar igual a 58g/mol) com fenol (mas-
QUESTÃO 07 (UCS 2014) - Um analista precisa sa molar igual a 94g/mol), em meio ácido, confor-
realizar a determinação de sulfato de tálio I pre- me apresentado na equação química.
sente em pesticidas utilizados na eliminação de
ratos e de baratas. A dissolução de 10g do pes-
ticida em água, seguida da adição de iodeto de
sódio em excesso, leva à precipitação de 1,2g de
iodeto de tálio I, de acordo com a equação quími- Considerando que, ao reagir 580g de propanona
ca representada abaixo. com 3760g de fenol, obteve-se 1,14kg de bisfe-
T 2SO4 ( aq) + 2NaI( aq) → 2 TI( s ) + Na2SO4 ( aq) nol-A, de acordo com a reação descrita, o rendi-
Qual é a porcentagem aproximada, em massa, de mento real do processo foi de:
sulfato de tálio I, na amostra do pesticida? a) 0,025% b) 0,05%
Dados: T =204; O = 16; S = 32; I = 127. c) 12,5% d) 25% e) 50%
a) 1,2 % b) 3,0 %
c) 5,4 % d) 9,1 % e) 11,4 % QUESTÃO 11 (UCS 2012) - A adição de cloreto
de sódio à água reduz o seu ponto de congela-
QUESTÃO 08 (G1 IFCE 2014) - O ferro utilizado mento devido ao efeito crioscópico. A presença
na produção de aço é obtido a partir do minério de 23,3% de NaCl(s) na água pode reduzir o seu
hematita (Fe2O3), em processo químico represen- ponto de congelamento a -21,1ºC, formando en-
tado pela equação Fe2O3 + CO → Fe + CO2. tre ambos uma mistura eutética. Se NaCl sólido
Considerando-se rendimento de 100% para a re- for adicionado ao gelo acima dessa temperatura,
ação mostrada, a quantidade de ferro obtida em parte desse gelo se fundirá e ocorrerá a dissolu-
gramas, a partir de 2 mols de hematita, é ção do sal adicionado. Se mais sal for adicionado,
Considere Fe = 56,0g/mol, Fe2O3 = 160,0 g / mol, O o gelo continuará a fundir. Essa é uma prática co-
= 16 g/mol, C = 12g /mol. mum, utilizada para remover o gelo das ruas das
a) 224 g. b) 112 g. cidades em que neva no inverno.
(PERUZZO, F. M; CANTO, E. L. Química: na abordagem do cotidiano. v. 2. Físico-Química. 4. ed. São
c) 56 g. d) 100 g. e) 500 g. Paulo: Moderna, 2006. – Texto adaptado.)
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FOLHA DE REDAÇÃO
ALUNO(A)__________________________________________________________________________________
DATA:________/________/________
TÍTULO (OPCIONAL)
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RESERVADO AO CORRETOR
Competências Pontos Níveis INSTRUÇÕES
1. Preencha o seu nome e assine nos locais apropriados.
I 1 2 3 4 5 2. A transcrição da sua redação deve ser feita preferencialmente com
caneta esferográfica de tinta preta, fabricada em material transpa- CORRETOR
II 1 2 3 4 5 rente.
3. Em nenhuma hipótese, haverá substituição desta folha por erro de
III 1 2 3 4 5 preenchimento do participante.
4. Escreva a sua redação com letra legível. No caso de erro, risque
IV 1 2 3 4 5 com um único traço e escreva, em seguida, o respectivo substitutivo.
Lembre-se: parênteses não podem ser usados para tal finalidade. Nome
5. Não será avaliado texto escrito em local indevido. Respeite rigoro-
V 1 2 3 4 5 samente as margens.
6. Não será permitido utilizar material de consulta. Data:_____/_____/_____
Total 7. Não será permitido o empréstimo de qualquer material entre os par-
ticipantes.
Média (Nota Final) • Atenção: A redação será corrigida a partir de 8 linhas.
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GRADE CORREÇÃO
Nível 0 0,0 | Nível I 2,0 | Nível II 4,0 | Nível III 6,0 | Nível IV 8,0 | Nível V 10,0
COMPETÊNCIA CRITÉRIOS (Níveis)
0. Demonstra desconhecimento da norma padrão, de escolha de registro e de convenções da escrita.
1. Demonstra domínio insuficiente da norma padrão, apresentando graves e frequentes desvios gramati-
cais, de escolha de registro e de convenções da escrita.
2. Demonstra domínio mediano da norma padrão, apresentando muitos desvios gramaticais, de escolha
I de registro e de convenções da escrita.
Demonstrar domínio da norma 3. Demonstra domínio adequado da norma padrão, apresentando alguns desvios gramaticais e de con-
padrão da língua escrita. venções da escrita.
4. Demonstra bom domínio da norma padrão, com poucos desvios gramaticais e de convenções da es-
crita.
5. Demonstra excelente domínio da norma padrão, não apresentando ou apresentando escassos desvios
gramaticais e de convenções da escrita.
0. Foge ao tema proposto.
1. Desenvolve de maneira tangencial o tema ou apresenta inadequação ao tipo textual dissertativo-argu-
II
mentativo.
Compreender a proposta de
2. Desenvolve de forma mediana o tema a partir de argumentos do senso comum, cópias dos textos mo-
redação e aplicar conceitos das
tivadores ou apresenta domínio precário do tipo textual dissertativo-argumentativo.
várias áreas de conhecimento
3. Desenvolve de forma adequada o tema, a partir de argumentação previsível e apresenta domínio ade-
para desenvolver o tema,
quado do tipo textual dissertativo-argumentativo.
dentro dos limites estruturais
4. Desenvolve bem o tema a partir de argumentação consistente e apresenta bom domínio do tipo textual
do texto dissertativo-
dissertativo-argumentativo.
argumentativo.
5. Desenvolve muito bem o tema com argumentação consistente, além de apresentar excelente domínio
do tipo textual dissertativo-argumentativo, a partir de um repertório sociocultural produtivo.
0. Não defende ponto de vista e apresenta informações, fatos, opiniões e argumentos incoerentes.
1. Não defende ponto de vista e apresenta informações, fatos, opiniões e argumentos pouco relacionados
ao tema.
2. Apresenta informações, fatos e opiniões, ainda que pertinentes ao tema proposto, com pouca articula-
III
ção e/ou com contradições, ou limita-se a reproduzir os argumentos constantes na proposta de redação
Selecionar, relacionar, organizar
em defesa de seu ponto de vista.
e interpretar informações, fatos,
3. Apresenta informações, fatos, opiniões e argumentos pertinentes ao tema proposto, porém pouco orga-
opiniões e argumentos em
nizados e relacionados de forma pouco consistente em defesa de seu ponto de vista.
defesa de um ponto de vista.
4. Seleciona, organiza e relaciona informações, fatos, opiniões e argumentos pertinentes ao tema propos-
ta de forma consistente, com indícios de autoria, em defesa de seu ponto de vista.
5. Seleciona, organiza e relaciona informações, fatos, opiniões e argumentos pertinentes ao tema propos-
ta de forma consistente, configurando autoria, em defesa de seu ponto de vista.
0. Apresenta informações desconexas, que não se configuram como texto.
IV
1. Não articula as partes do texto ou as articula de forma precária e/ou inadequada.
Demonstrar conhecimento
2. Articula as partes do texto, porém com muitas inadequadas na utilização dos recursos coesivos.
dos mecanismos linguístico
3. Articula as partes do texto, porém com algumas inadequações na utilização dos recursos coesivos.
necessários para a construção
4. Articula as partes do texto, com poucas inadequações na utilização de recursos coesivos.
da argumentação.
5. Articula as partes do texto, sem inadequações na utilização dos recursos coesivos.
0. Não elabora proposta de intervenção.
1. Elabora proposta de intervenção tangencial ao tema ou a deixa subentendida no texto.
V 2. Elabora proposta de intervenção de forma precária ou relacionada ao tema mas não articulada com a
Elaborar proposta de solução discussão desenvolvida no texto.
para o problema abordado, 3. Elabora proposta de intervenção relacionada ao tema mas pouco articulada à discussão desenvolvida
respeitando os valores no texto.
humanos e considerando a 4. Elabora proposta de intervenção relacionada ao tema e bem articulada à discussão desenvolvida no
diversidade sociocultural. texto.
5. Elabora proposta de intervenção inovadora relacionada ao tema e bem articulada à discussão desen-
volvida em seu texto, com detalhamento.
Aspectos considerados na avaliação de cada competência
100 100
MESADIRET
ORADAASSEMBLEI
A UNI
VERSI
DADEDO P ARL
AMENT
O
L
EGISL
ATI
VADO EST
ADO DO CEARÁ CEARENSE
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