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AO INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

RAZÕES DE RECURSO ADMINISTRATIVO

O benefício de prestação continuada do recorrente foi


indeferindo em razão do entendimento de que a renda familiar era superior a
¼ do salário mínimo, em razão da renda recebida pelo pai do requerente.

Ocorre que o núcleo familiar do requerente é formado por 04


pessoas que sobrevivem, conforme parecer social e documentos anexos,
exclusivamente da renda auferida pelo genitor.

Em que pese a percepção de salário por esse membro da família,


o requerente apresenta diversos problemas de saúde os quais demandam
gastos para os quais a renda familiar é insuficiente, de forma que o salário
do genitor não basta para fazer frente às despesas para os diversos
tratamentos de que necessita o requerente e com os demais gastos de
subsistência do núcleo familiar.

Senão, vejamos.

O recorrente é portador de diversas patologias, conforme laudos


médicos anexos: cegueira legal em ambos os olhos, disfunção pulmonar,
dificuldades de aprendizado, transtorno de atenção e hiperatividade,
possuindo história de hidrocefalia compensada e sofrimento fetal.

Tais patologias reclamam diversas medicações, além de


demandarem a realização de tratamento contínuo em outra cidade
(Teresina/PI), exigindo grande dispêndio financeiro, conforme ressalta o
Parecer Social anexo.

Assim sendo, junta-se ao presente recurso, as prescrições dos


medicamentos necessários ao tratamento do requerente, além de notas fiscais
comprobatórias, bem como orçamento da farmácia com gasto mensal de R$
675, 00. Além disso, utiliza também fórmulas manipuladas conforme
receituário anexo, com valor bimestral aproximado de R$ 76,00.

Segue ainda prescrição dietética, haja vista que o requerente


necessita de alimentação especial, que a família não tem condições de
cumprir na íntegra.

Resulta, assim, a insuficiência de renda do grupo familiar para


manter o sustento do recorrente, pelo que o recorrente faz jus ao BPC/LOAS.

Tem-se ainda que a renda familiar per capta não pode ser o
único critério para concessão do benefício, devendo ser considerados outros
fatores, como os mencionados acima.

Com efeito, em 18.04.2013, o Plenário do STF julgou


improcedente a Reclamação 4374, na qual o INSS alegava afronta ao
decidido na ADIn 1232, em que foi considerado constitucional o art. 20, §3º
da Lei nº 83742/1993, ao tempo que declarou a inconstitucionalidade do
parágrafo 3º do artigo 20 da Lei Orgânica da Assistência Social (Lei
8.742/1993), que prevê como critério para a concessão de benefício a idosos
ou deficientes a renda familiar mensal per capita inferior a um quarto do
salário mínimo, por considerar que esse critério está defasado para
caracterizar a situação de miserabilidade.
Outrossim, devem ser deduzidos da renda familiar os valores
gastos com medicamentos, alimentação especial, transporte para
deslocamento da criança até o local de tratamento e eventuais consultas.

Ante tais informações, o recorrente requer seja revisada a


decisão recorrida para que lhe seja concedido o benefício de prestação
continuada.

Nestes Termos,

Pede deferimento.

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