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CENÁRIOS DE RESPOSTA CADERNO DE ATIVIDADES CLUBE DAS IDEIAS 10

UNIDADE I
FILOSOFIA – UMA INTRODUÇÃO; Problemas e questões da filosofia

FICHA DE TRABALHO 1
I.
1.1. A caracterização dos problemas filosóficos.
1.2. «Um problema filosófico, à partida, não é uma interrogação técnica ou esotérica (…) mas uma
perplexidade de ordem geral»; «Um problema filosófico é por natureza intrigante»; «Um problema
filosófico é antes de mais, e talvez apenas, um problema embaraçoso, (…) parece que não há maneira
de se livrar dele.».
2.1. A afirmação faz sentido pelo que é dito a seguir no texto. Os cientistas são por natureza
questionadores, mas as questões em ciência não se podem prolongar indefinidamente no tempo; a
ciência aspira a respostas e, sempre que possível, a respostas que possam ser comprovadas
empiricamente. Daí que quem persiste nos porquês saia do âmbito da investigação científica para se
colocar já no âmbito da filosofia.
2.2. Contrariamente à ciência, a filosofia apresenta teorias e argumentos que não podem ser defendidos
ou refutados recorrendo a métodos empíricos. O método da filosofia é o método argumentativo. Por
outro lado, contrariamente à ciência, a filosofia está para além dos factos ou das experiências, daí o seu
questionar ser constante; a filosofia não se satisfaz com uma resposta única. Aliás, em filosofia
raramente existe uma só resposta face a um problema. As respostas encontradas são, de um modo
geral, divergentes. É por isso que em filosofia, e contrariamente à ciência, as respostas permanecem
sempre abertas à discussão. Por fim, é precisamente porque o objeto da filosofia é o Todo, e não
realidades particulares, como na ciência, que as suas respostas têm as caraterísticas apontadas.

II.
1.1. (A); 1.2. (B); 1.3. (B); 1.4. (C)

III.
1. (1) problemas (2) questões (3) ciência (4) abrangentes (5) geral (6) abertas (7) facto (8)
argumentação (9) particulares (10) totalidade (11) Todo (12) significado (13) refletir (14) relacionar
(15) saber (16) saberes

FICHA DE TRABALHO 2
I.
1. A; B; E; G; K

II.
1. Argumentos válidos: 1.1. 1.4. 1.5. 1.7.

III.
1. Para que um argumento possa ser considerado válido, a sua conclusão tem que decorrer
necessariamente das suas premissas, isto é, se as premissas forem verdadeiras a conclusão não pode
ser falsa.
2. Um argumento diz-se inválido quando a conclusão não decorre necessariamente das premissas.
3. As proposições e os argumentos não se avaliam da mesma forma. Das proposições só se pode dizer
se são verdadeiras ou falsas; dos argumentos só podemos dizer se são válidos ou inválidos.
IV.
1.1. Sugestão: Temos o dever de preservar o meio natural?
1.2. Devemos preservar o meio natural pois é algo que herdámos e que deve- mos manter para que os
nossos descendentes possam usufruir desse bem.
1.3. Se abater a floresta virgem é interromper os ciclos de vida natural; se o abate da floresta ou a sua
inundação para construção de barragens são ganhos de curto prazo, pois tornar-se-ão obsoletos; se
depois de abatida a floresta se perde a continuidade com o passado, o que será um custo para toda a
humanidade; então, não devemos abater as florestas virgens.

FICHA DE TRABALHO 3
I.
(1) filósofos; (2) físicos; (3) physis; (4) razão; (5) mitos; (6) Mileto; (7) Tales; (8) arquê; (9)
Anaximandro; (10) indeterminado; (11) apeiron; (12) fogo; (13) terra; (14) Anaxímenes; (15) ar;
(16) densidade; (17) rarefação; (18) cosmos; (19) universo; (20) logos; (21) reflexão; (22)
Sócrates; (23) antropológica; (24) ser humano; (25) moral; (26) ética; (27) aretê

II.
(1) physis; (2) antropológica; (3) Anaxímenes; (4) apeiron; (5) ética; (6) aretê; (7) Sócrates; (8)
Tales; (9) verdade; (10) logos; (11) Mileto; (12) filósofo; (13) mitos; (14) arquê

UNIDADE II
AXIOLOGIA OU TEORIA DOS VALORES
Os valores – análise e compreensão da experiência valorativa

FICHA DE TRABALHO 4
I.
1.1. (D); 1.2. (A)
1.3. Tudo o que fazemos, todos os gestos que realizamos, são acontecimentos que partem de nós, mas
nem tudo o que fazemos está incluído no conceito de «ação». Filosoficamente, a palavra «ação» pode
apenas ser aplicada aos gestos ou movimentos que faço apercebendo-me e querendo, isto é, aos gestos
que realizo intencionalmente.

II.
1.1. Julie Bluhm, uma adolescente norte-americana.
1.2. Lançamento de uma petição em linha.
1.3. A jovem acredita que as imagens publicadas nas revistas destinadas a adolescentes são
estereotipadas, manipuladas e distorcidas.
1.4. A jovem deseja acabar com a publicação de imagens manipuladas e estereotipadas e mostrar às
raparigas da sua idade que não precisam de ser como as raparigas das publicações para poderem ser
consideradas bonitas.
1.5. Obrigar as publicações para adolescentes a optar por imagens ajustadas à realidade e com as quais
as jovens adolescentes se possam identificar.
1.6. Lançar uma petição em linha contra a manipulação de imagens.

III.
1. Livre-arbítrio; 2. Acontecimento; 3. Finalidade; 4. Motivo; 5. Vontade; 6. Involuntário; 7. Ação; 8.
Consciência; 9. Decisão; 10. Voluntário; 11. Agente; 12. Deliberação
IV.
1.1. Uma ação é um gesto (ou conjunto de gestos) que implica intencionalidade. Uma vez que existe
intencionalidade, August Landmesser age ao manter-se imóvel: decide não realizar a saudação nazi. São
seus a intenção e os motivos. Dispunha de cursos alternativos (realizar ou não realizar o gesto) e seguir
qualquer um deles dependia unicamente de si.
1.2. Uma ação tem sempre em vista uma finalidade, visa um resultado. O gesto (que, neste caso, se
traduz na ausência de gesto ou de movimento) tem um sentido, isto é, uma direção e um significado.
1.3. Aquilo que permite distinguir uma ação de um qualquer outro gesto reside na intencionalidade e no
facto desta poder ser imputável a um agente. Assim, o mesmo gesto, como cruzar os braços, por
exemplo, pode não ser uma ação, caso o seu autor o realize de forma não consciente
(sem se aperceber) e/ou involuntária (sem querer), ou ser uma ação, caso o agente o realize sabendo
que o está a fazer e querendo fazê-lo.
1.4. A decisão é um processo de pensamento que antecede o movimento ou conjunto de movimentos
voluntários. A decisão faz parte da ação, mas não deve ser confundida com ela, uma vez que agir é algo
mais do que simplesmente deliberar (ponderar alternativas) e decidir (optar por uma das alternativas ao
dispor do agente).
1.5. Quando identificamos um comportamento como sendo uma ação, indicamos habitualmente um
porquê, uma razão (ou várias razões possíveis) dessa ação, isto é, o motivo ou motivos. Os motivos são
as razões que levam o agente a optar por uma das alternativas e a excluir as restantes. As razões de
August Landmesser para se distanciar do regime nazi permitem-nos identificar como ação o seu
comportamento, compreendê-lo e explicá-lo. Para conhecer os motivos do agente precisamos muitas
vezes de recorrer ao seu comportamento anterior e posterior, como acontece neste exemplo.

FICHA DE TRABALHO 5
I.
1.1. (A); 1.2. (D); 1.3. (B)
2. Por um lado, todos nós acreditamos que temos livre-arbítrio e que somos moralmente responsáveis
por aquilo que livremente fazemos, ou seja, que controlamos, pelo menos em parte, o nosso
comportamento. Como poderíamos não o pensar? Por outro lado, há fortes razões para acreditarmos
que tudo no universo (incluindo as nossas próprias ações) é determinado por acontecimentos anteriores
que escapam ao nosso controlo. Aceitar como sendo verdadeira uma destas crenças parece implicar a
rejeição da outra. Nisto consiste o problema do livre-arbítrio.

II.
1. C. O determinista defende que todos os acontecimentos do universo, sem exceção, são efeitos
causados por acontecimentos anteriores. Não há acontecimentos sem causa. A lei da causalidade não
admite exceções. Esta tese tem no seu núcleo a convicção de que tudo o que acontece foi inteiramente
fixado pelo que ocorreu antes.
F. Para o determinista radical nada do que faço está sob o meu controlo.
Se todo o meu comportamento presente é fixado por acontecimentos precedentes e pelas leis da
natureza, então a ideia de que exerço algum controlo sobre as minhas próprias ações radica numa
ilusão.
G. O determinismo radical é uma teoria incompatibilista (ou não compatibilista) porque considera que
não é possível aceitar simultaneamente o determinismo e o livre-arbítrio, rejeitando este último.
J. Uma vez que para o libertista o nosso comportamento não está sujeito a causas necessitantes, então
não será possível prevê-lo, pelo menos não na perspetiva em que um determinista o defende.
L. O determinista moderado não rejeita a causalidade universal. Afirma que todos os acontecimentos do
universo são causados, incluindo aquilo que fazemos livremente. Ser livre não significa ser incausado,
mas apenas não ser constrangido.
M. O determinista moderado considera que existem comportamentos constrangidos (não-livres) quando,
por exemplo, o meu comportamento é resultado de uma compulsão. Sendo assim, alguns
comportamentos são constrangidos, outros não.
2. B
3.
(1) deterministas radicais; (2) livre-arbítrio; (3) ilusória; (4) deterministas moderados; (5)
determinada; (6) coação; (7) avaliação moral; (8) incompatível; (9) determinismo; (10) real

III.
1.1. O determinismo é a teoria segundo a qual tudo o que acontece tem uma causa. Se isto é verdade
para todos os acontecimentos, é verdade para as ações: as minhas ações e escolhas são determinadas
por acontecimentos ou estados precedentes e pelas leis da natureza. Na perspetiva do determinista
radical, esta tese exclui a liberdade da vontade. O livre-arbítrio é uma ilusão, diz o determinista radical.
Se o determinismo radical for verdadeiro, teremos de abandonar a crença no livre-arbítrio e na
responsabilidade moral. Acontece que não é claro que o possamos fazer, ainda que o quiséssemos.
2.1. Segundo o libertista, os seres humanos são especiais: as suas ações são livres, uma vez que não
são causalmente determinadas pelas leis da natureza. Os libertistas colocam o ser humano
completamente fora da esfera da natureza.
A posição libertista entra em contradição com grande parte do que nos ensina o bom senso e a ciência.
Ao excluir a relação entre o nosso comportamento e o funcionamento neurofisiológico do corpo e do
cérebro, o libertismo tende a ser uma teoria pouco plausível.

FICHA DE TRABALHO 6
I.
1.1. A; 1.2. A; 1.3. B; 1.4. C; 1.5. B; 1.6. C; 1.7. A

II.
1.1. (B)
1.2. Entende-se por condicionante da ação todo e qualquer fator (interno ou externo) que de alguma
forma interfira (positiva ou negativamente) com a nossa capacidade de agir num determinado sentido.
As condicionantes da ação estabelecem as possibilidades e os limites que balizam a ação.
As condicionantes da ação podem ser físico-biológicas ou histórico-culturais.
Uma tradição fortemente enraizada, como o casamento infantil, constitui uma condicionante histórico-
cultural. Trata-se de um fator externamente imposto pela cultura. Poder escolher com quem e quando
casar é uma possibilidade que não está ao alcance destas meninas.

UNIDADE III
AXIOLOGIA OU TEORIA DOS VALORES
Os valores – análise e compreensão da experiência valorativa

FICHA DE TRABALHO 7
I.
Juízo de facto: A; B; F; H; J
Juízo de valor: C; D; E; G; I; K; L
2.
(A) A verdade dos juízos de valor depende exclusivamente da perspetiva do sujeito que avalia. É, por
conseguinte, relativa, seja a indivíduos, seja a sociedades.
(B) Não existindo juízos de valor com validade universal, temos de ser tolerantes com qualquer juízo de
valor, por mais diferente que possa ser em relação ao nosso.
(C) A verdade dos juízos de valor é independente da perspetiva do sujeito que avalia. É, por
conseguinte, absoluta.
(D) Sendo os juízos de valor verdadeiros ou falsos num sentido objetivo ou universal, pouco os
distingue dos juízos de facto, existindo por isso a possibilidade de haver verdade e erro sobre os juízos
de valor.
3.1. JF; 3.2. JF; 3.3. JV; 3.4. JF; 3.5. JV; 3.6. JF; 3.7. JV; 3.8. JF; 3.9. JF; 3.10. JV
4.1.– Para os defensores do subjetivismo axiológico, a verdade dos juízos de valor depende
exclusivamente da perspetiva do sujeito que avalia. Os subjetivistas consideram a verdade dos juízos de
valor como sendo relativa.
Os pensadores objetivistas afirmam que a verdade dos juízos de valor é independente dos estados
mentais ou dos sentimentos dos indivíduos que avaliam. Os objetivistas consideram a verdade dos juízos
de valor como sendo absoluta.
Imaginemos que estamos inclinados a considerar que o exemplo narrado é revelador de costumes
inaceitáveis e que a violação é um mal. Seremos subjetivistas se defendermos que esta posição exprime
apenas uma opinião particular que encontra outras perspetivas opostas. Pelo contrário, seremos
objetivistas se defendermos que esta posição expressa uma verdade universal, mesmo que dificilmente
verificável no estado atual da humanidade.
4.2. Os valores são guias fundamentais da ação. Organizam-se em escalas e ajudam-nos a determinar o
sentido da nossa ação e a julgar pessoas, situações e ações, dividindo a realidade entre o desejável e o
indesejável. Quando tomamos conhecimento de exemplos como o narrado, o mais provável é que nos
seja impossível manter uma posição de neutralidade face aos factos. Para os habitantes da aldeia, o
castigo atribuído aos irmãos é justo, para nós profundamente injusto.
4.3. Existem valores superiores e valores inferiores, sendo por isso possível organizá-los em escalas (ou
tábuas), de acordo com a sua importância relativa, ou seja, hierarquicamente.
4.4. Todos os valores têm dois polos, um positivo e um negativo (por exemplo, justiça/injustiça). A esta
característica dos valores chamamos polaridade.

FICHA DE TRABALHO 8
I.
1.1. (D); 1.2. (B)
2. 2.1.; 2.2.; 2.4.; 2.6.; 2.7.; 2.8.; 2.13.; 2.14.; 2.15.; 2.16.; 2.18.

II.
1.1. Se as conclusões do relativismo cultural forem verdadeiras:
Não há crítica moral dos valores de uma sociedade, nem sequer da nossa. Criticar ou sugerir algo
contrário à perspetiva dominante de uma dada sociedade é imoral. E, sendo assim, a ideia de progresso
moral é posta em causa. Deixaríamos, portanto, de poder afirmar que, por exemplo, relativamente aos
direitos das mulheres e das minorias, a sociedade ocidental de hoje é mais justa do que a sociedade
ocidental dos séculos anteriores.
Deixamos de poder afirmar que os costumes de outras sociedades ou de outras épocas são moralmente
inferiores ou superiores aos nossos.
Podemos decidir se as ações são certas ou erradas pela simples consulta dos padrões da nossa
sociedade, independentemente de quais sejam esses padrões.
1.2. (B)
2.1. Todas as afirmações são verdadeiras.

UNIDADE IV
ÉTICA OU FILOSOFIA MORAL
A dimensão ético-política – análise e compreensão da experiência convivencial

FICHA DE TRABALHO 9
I.
1. Responsabilidade; 2. Boas razões; 3. Universalidade; 4. Ação moral; 5. Egoísmo psicológico; 6.
Consciência moral; 7. Ética; 8. Imparcialidade; 9. Egoísmo ético; 10. Liberdade

II.
1.1. Se fossemos egoístas éticos votaríamos na proposta «não admitir nenhuma das pessoas que estão
no exterior».
Se fossemos egoístas éticos defenderíamos que as pessoas devem agir sempre e apenas em função do
seu interesse pessoal; admitir pessoas do exterior poria em causa o nosso interesse próprio, no que diz
respeito a luxo, segurança, saúde, bem-estar, etc.
Não (o aluno deve sustentar a sua resposta considerando as objeções ao egoísmo ético).
Sim (o aluno deve sustentar a sua resposta respondendo às objeções ao egoísmo ético).
2.1. A moralidade exige que nos apoiemos em boas razões; mentir é mau por diversas razões: prejudica
as pessoas, põe em causa a confiança e a própria sociedade.
A moralidade exige o ponto de vista imparcial, ou seja, que consideremos os interesses de todos aqueles
que são afetados pelo que fazemos; mentir é, regra geral, desconsiderar os interesses alheios.
A moralidade exige princípios universalizáveis; a regra da mentira não é universalizável.

FICHA DE TRABALHO 10
I.
1. Para o autor, quando falamos em «comunidade de consideração moral»:
Referimo-nos a todos aqueles cujo bem-estar pode ser afetado pelo que fazemos, não implicando a sua
localização no espaço ou no tempo ou, sequer, se são humanos ou não-humanos.
É irrelevante se as pessoas afetadas pelo que fazemos vivem no nosso bairro ou num país distante, se
vão ser afetadas pelas nossas ações agora ou num futuro distante. Todas as pessoas, onde quer que
vivam, devem merecer a mesma consideração moral e estar incluídas na comunidade de consideração
moral.
Os não-humanos, na medida em que têm também interesses que são afetados por aquilo que fazemos,
estão igualmente incluídos na comunidade de consideração moral.
1.2. O autor aponta duas consequências deste alargamento da comunidade de consideração moral:
O uso em larga escala das armas de destruição maciça não é justificável.
A não preservação/destruição do ambiente não são razoáveis.
2.1. (A); 2.2. (A), 2.3. (B); 2.4. (C); 2.5. (D)

FICHA DE TRABALHO 11
I.
1.1. (B); 1.2. (C); 1.3. (A); 1.4. (D); 1.5. (A)
II.
1. Deontológicas; 2. Autonomia; 3. Categórico; 4. Hipotético; 5. Dignidade; 6. Dever; 7. Ação por
dever; 8. Legais; 9. Heteronomia; 10. Consequencialistas; 11. Hedonismo; 12. Superiores; 13.
Inferiores; 14. Qualidade; 15. Imparcialidade; 16. Utilidade; 17. Felicidade

III.
1. (A) «Faça Y»; (B) Imperativos hipotéticos; (C) Incondicionais (absolutos); (D) A ação é
representada como um meio; (E) Ação por dever (moral); (F) Inclinação; (G) Autonomia
2.1. (D)
3. (1) utilitarismo; (2) felicidade; (3) dor; (4) prazer
4.1. Mill construiu a sua própria versão do utilitarismo. Concordava com Bentham no que respeita à
maximização da felicidade, mas distinguia qualitativamente os prazeres em superiores (prazeres dos
espírito) e inferiores (prazeres do corpo).
Para Bentham, tudo o que importa são as experiências aprazíveis, independentemente de como sejam
produzidas: «os dardos (…) eram tão válidos como a poesia». Mill discordava, defendendo que os
prazeres do espírito, como a poesia, eram intrinsecamente mais válidos do que os prazeres inferiores,
como os dardos.
Para Mill, «é melhor ser um ser humano insatisfeito do que um porco satisfeito». Os seres humanos, ao
contrário dos porcos, são capazes de experimentar prazeres intelectuais e prazeres físicos, preferindo os
primeiros aos segundos.

IV.
1.1. Segundo a perspetiva consequencialista, «a melhor decisão é aquela que, tomando em conta todas
as consequências que conseguimos prever, parecer possuir, simultaneamente, a maior probabilidade de
conduzir aos melhores resultados e a menor probabilidade de conduzir aos piores». Assim sendo,
provavelmente, um consequencialista concorda que se diga às crianças que o Pai Natal existe. Trata-se
de uma mentira que gera mais resultados positivos do que negativos.
«Um deontologista procurará compreender a correção e a incorreção morais mediante uma regra básica
que estaríamos dispostos a adotar como princípio». Sendo que não estamos dispostos a universalizar e a
adotar como princípio a regra da mentira, um deontologista considerará errado dizer às crianças que o
Pai Natal existe. Trata-se de uma mentira e mentir é errado em si mesmo, independentemente dos
sentimentos que nos conduzem a fazê-lo ou do objetivo visado.

UNIDADE V
FILOSOFIA POLÍTICA
A dimensão ético-política – análise e compreensão da experiência convivencial

FICHA DE TRABALHO 12
I.
1.1. Sim.
Trata-se de um ato público (é praticado publicamente nas principais praças das cidades espanholas).
Trata-se de um ato político (é guiado e justificado por princípios de justiça e dirige-se à maioria que
detém o poder em Espanha e na União Europeia).
Trata-se de um ato não violento, que inclui manifestações e um acampamento pacífico.
Os cidadãos que assim se manifestam têm como objetivo mobilizar a comunidade e provocar a alteração
das políticas seguidas pela maioria que detém o poder.
É um ato contrário à lei (a ocupação das praças, sob a forma de acampamento, não é permitida pela
lei).
Os cidadãos que, em consciência, decidem manifestar- se reconhecem o Estado de direito e estão
dispostos a aceitar as consequências jurídicas do seu ato de desobediência.
2. (1) democrático; (2) legitimidade; (3) público; (4) violento; (5) consciência; (6) política; (7) lei;
(8) governo; (9) justiça; (10) livres; (11) iguais; (12) direito
3.1. Ética e direito são conceitos correlacionados: referem-se ambos a perspetivas reguladoras da nossa
experiência convivencial.
A ética diz respeito aos princípios morais que definem o certo e o errado; o direito reúne o conjunto de
normas jurídicas ou obrigações legais que regem coercivamente os indivíduos.
Numa sociedade bem ordenada, o direito deve estar baseado em princípios éticos racionalmente
justificáveis. Mas ética e direito nem sempre coexistem: em todas as sociedades há obrigações legais
imorais (como as leis racistas e segregacionistas que vigoraram nos Estados Unidos da América até
finais da década de 1960, de que nos dá conta o exemplo), do mesmo modo que existem obrigações
morais ilegais (o princípio moral do respeito pela dignidade de todas as pessoas, de acordo com o
exemplo, era ilegal).
O movimento dos direitos civis e o boicote aos autocarros de que nos fala o texto teve em vista a
aproximação entre ética (princípios racionalmente justificáveis) e direito (obrigações legais).

FICHA DE TRABALHO 13
I.
1.1. (C); 1.2. (B); 1.3. (D); 1.4. (A); 1.5. (B)

II.
1. Ética; 2. Família; 3. Aldeia; 4. Cidade; 5. Animal político; 6. Discurso; 7. Vida boa; 8. Animais; 9.
Liberdade; 10. Natural; 11. Legislativo; 12. Iguais; 13. Governo; 14. Estado de natureza; 15. Positivo;
16. Contrato social

III.
1.1.
Para Aristóteles, a finalidade do Estado é promover a vida boa, ou seja, assegurar as condições para a
realização da natureza humana e assegurar o aperfeiçoamento moral dos cidadãos, é formar bons
cidadãos e cultivar o bom caráter. Só vivendo no interior do Estado e participando na sua vida política é
que concretizamos plenamente a nossa natureza enquanto seres humanos. Isolados não somos
autossuficientes porque não conseguimos desenvolver a capacidade de linguagem e deliberação moral.
Para Locke, a principal motivação para abandonar o estado natural em favor do Estado é a necessidade
de proteção: proteção da vida, da liberdade e, em especial, da propriedade. A finalidade do Estado é
então assegurar proteção aos indivíduos. Para este efeito, os indivíduos acordam em ceder parte do seu
poder a um governo, responsável por elaborar e fazer aplicar imparcialmente leis que promovem o bem
comum.
2. (1) Estados; (2) lei natural; (3) iguais; (4) liberdade; (5) indisciplina; (6) propriedade; (7) estado
de natureza; (8) punido; (9) contrato social; (10) governo; (11) maioria; (12) consentimento

FICHA DE TRABALHO 14
I.
1.1. (D); 1.2. (B); 1.3. (C); 1.4. (A); 1.5. (A)
II.
1. Equidade; 2. Liberdade; 3. Oportunidade justa; 4. Contrato social; 5. Diferença; 6. Véu de
ignorância; 7. Utilitarismo; 8. Posição original; 9. Igualdade; 10. Justiça; 11. Todos; 12. Bens básicos;
13. Acordo; 14. Hierarquicamente; 15. Maximin

III.
1.
B. J. Rawls chama a esta situação inicial de ignorância «posição original» enão «estado natural», embora
a posição original corresponda à situação de estado natural das teorias contratualistas tradicionais.
C. J. Rawls considera relevante o conhecimento sobre os factos particulares do nosso eu e por isso
mesmo cria a ficção do «véu de ignorância». Se soubermos que emprego temos, de que sexo somos, se
temos ou não família, onde vivemos, que religião professamos, etc., seremos parciais e não estaremos
em condições de escolher princípios justos e equitativos.
D. Os indivíduos, sob o véu de ignorância, sabem o que são bens essenciais (liberdade, oportunidades,
rendimento, dignidade, etc.) e, mais, sabem que preferem ter mais a ter menos desses mesmos bens.
F. Segundo Rawls, o princípio da liberdade tem prioridade sobre todos os demais princípios. As nossas
liberdades fundamentais não são sacrificáveis a benefícios sociais e económicos, mesmo que a restrição
de algumas liberdades pudesse contribuir para o bem-estar da maioria das pessoas.
G. Esta é a única circunstância em que a intervenção do Estado se justifica, quando as nossas ações
ameaçam a liberdade de outrem, uma vez que, nesta situação, a nossa liberdade é incompatível com
iguais liberdades para os outros.
H. O princípio da igualdade de oportunidades afirma que ninguém pode ser excluído dos trabalhos e
funções mais bem remunerados por motivos infundados, tais como a etnia ou a orientação sexual.
2.1. Rawls apresenta uma proposta ousada e original que passa por uma experiência mental a que
chama «posição original». A sua ideia consiste em conceber que, em conjunto, acordamos em escolher
uma sociedade melhor. Fazemo-lo desconhecendo as características particulares que nos levariam a ser
parciais. Cobertos por um «véu de ignorância», o que escolheríamos? Escolheríamos o que fosse
racional, justo e equitativo.
Todas as pessoas sensatas, desconhecendo o lugar que ocupariam na sociedade, escolheriam, em
defesa do seu próprio interesse, que, neste caso, é o de todos e o de cada um, dois princípios justos e
equitativos: o primeiro princípio (princípio da liberdade) consagra as liberdades fundamentais; o
segundo princípio (princípio da igualdade, subdividido nos princípios da diferença e da oportunidade
justa) define os limites da desigualdade justa.
3.1. Dado que o facto de eu possuir os talentos que me permitem competir com mais sucesso não
depende de mim, mas de contingências que não controlo, como a sorte, a justiça social não é, para
Rawls, uma questão de recompensar o mérito. Mas, sendo assim, quais os incentivos? Será que assim o
atleta talentoso não irá treinar menos ou retirar-se mais cedo? E que dizer do esforço que o atleta leva a
cabo para desenvolver os seus talentos? Não deve ser recompensado?
Outra objeção, contida no texto, diz respeito à posição original. Na posição original os contratantes
cooperam e atuam, diz Rawls, pelo seguro. Mas e se, em vez de atuarem pelo seguro, as pessoas
colocadas na posição original optarem por arriscar, mesmo que possam dar-se mal? Jogar é um risco,
mas os seres humanos estão muitas vezes dispostos a corrê-lo.
UNIDADE 6
FILOSOFIA DA RELIGIÃO
A dimensão religiosa – análise e compreensão da experiência religiosa

FICHA DE TRABALHO 15
I.
1.1. Os polos caracterizadores da religião são o polo objetivo e o polo subjetivo. No texto podemos
referenciá-los em duas frases distintas. O polo objetivo, que consiste na presença de uma realidade
superior de que o Homem religioso depende: «(…) Se experiencia uma Presença originante e doadora» e
«Ao mesmo tempo que vivencia o mundo, a História e a si mesmo como radicalmente dependentes». O
polo subjetivo, que é o reconhecimento dessa realidade por parte do ser humano, podemos considerá-lo
presente na frase: «(…) O Homem religioso vive e experiencia a presença do Mistério, onde tudo tem a
sua fonte de realidade».
1.2. O sagrado e o profano representam as duas dimensões presentes em qualquer religião. O texto
começa por falar delas quando diz que «o sagrado é dado como experiência com as experiências e nas
experiências humanas (…)». Excerto do texto leva-nos precisamente para a relação que existe entre
elas: ao dizer que o sagrado se dá como experiência com e nas experiências humanas, o texto deixa
claro que as experiências do sagrado só existem como contraponto das experiências profanas, isto é, da
vida secular. As realidades sagradas, sejam elas experiências, lugares, espaços ou tempos, instituem- se
na dimensão profana da vida quotidiana como experiência de uma transcendência.

II.
1.1. O sentido da vida ou da existência.
1.2. As respostas que o texto aponta são: a resposta da personagem Silvestre e a resposta da religião.
2.1. A resposta religiosa ao sentido da existência assenta essencialmente nos seguintes pressupostos:
Deus é o garante do sentido da existência.
Perante a existência de Deus, o crente sente o conforto dessa presença e encontra nela a resposta para
as angústias que o sentido da sua finitude transporta.
Ao aceitar a existência de Deus como origem de tudo o que existe, a pergunta sobre o sentido da
existência torna-se de mais fácil resposta.
O sentido da vida reside na divindade e, nessa medida, aceita-se que Deus pode explicar tudo quanto
existe e tudo o que acontece.
Deus é a justificação e a explicação última do sentido da nossa existência e a recompensa que nos
espera depois da morte, desde que cumpramos os seus mandamentos.

III.
1.1. (C); 1.2. (B)
2.1. Um defensor do sentido objetivo da existência, como Susan Wolf, diria o seguinte:
O sentido deve ser procurado na ligação entre a felicidade e o sentido concebido objetivamente.
Para tal, deve procurar-se uma atividade com sentido concretizável numa entrega áquilo a que chama
«projetos de valor».
Essa atividade só tem sentido se a pessoa se entreguar a ela, se se sentir atraída por ela, ou pelo objeto
em que essa atividade se centra.
Tal atividade, diria Susan Wolf, irá sempre satisfazer as nossas preferências e fazer-nos felizes.
O sentido é, para os defensores desta perspetiva, um ingrediente da vida boa ligado ao interesse
próprio, embora não derive diretamente da vida boa, pois não é subjetivo, resultando antes da total
entrega da pessoa a esses projetos de valor.
IV.
1.1. (C); 1.2. (C); 1.3. (A)

FICHA DE TRABALHO 16
I.
1. B; 2. A; 3. C; 4. C; 5. D; 6. C; 7. B; 8. A; 9. D; 10. C; 11. B; 12. D; 13. A e B; 14. B; 15. A; 16.
C; 17. D; 18. C; 19. C; 20. C

II.
1.1. (B); 1.2. (B); 1.3. (C); 1.4. (D)
2. A resposta anterior só poderia ser a da alínea D
Deus é o ser maior do que o qual nada pode ser pensado –, pois corresponde ao argumento ontológico.
Para Sto. Anselmo, a existência de Deus prova-se pela própria definição de Deus como ser supremo.
Ora, se Deus é um ser perfeito pela sua própria essência, então Ele não pode existir apenas na nossa
mente, terá de existir também na realidade, pois, se assim não fosse, não seria perfeito e poderíamos
conceber ou pensar um ser ainda mais perfeito, que existisse também na realidade. Se isso fosse
possível, Deus deixaria de ser o ser maior do que o qual nada pode ser pensado. Deste modo, para não
haver contradição, Deus tem de existir não só no pensamento mas também na realidade.

III.
1.1. As respostas aos problemas levantados no texto têm sentidos distintos. Nenhuma delas pode, no
entanto, ser considerada mais acertada do que outra, pois todas elas partem de posicionamentos
diferenciados do sujeito. Do mesmo modo, todas elas podem ser contra-argumentadas. No primeiro
caso, estamos perante uma posição ateísta, que nega perentoriamente a existência de Deus, afirmando
a sua ausência. No entanto para o fazer, tem de supor a sua existência. Um ateu pode recorrer ao
argumento do mal para tentar provar o seu ponto de vista. No segundo caso, temos a posição teísta,
que afirma a existência de Deus e que pode recorrer a vários argumentos para tentar provar a sua
existência, entre os quais se destacam os argumentos teleológico, cosmológico e ontológico. Apesar das
suas limitações, estes argumentos são formas de sustentar essa posição. Apesar de antagónicas, ambas
as teses (ateísmo e teísmo) se sustentam em posições de fé, isto é, na crença de que Deus não existe
ou, pelo contrário, existe. Assim, a posição assumida pela terceira questão, o agnosticismo, parece ser
aquela que melhor responde ao problema. O agnóstico não sente a falta de Deus, nem entende a sua
necessidade, considerando-O, como tal, indemonstrável. Assume a posição que recusa escolher entre
uma ou outra das teses anteriores. Não tomando partido, deixa o problema em suspenso, o que pode
ser visto como uma atitude cómoda e sem comprometimento. Ao afirmar não saber se Deus existe e ao
não se pronunciar sobre tal questão, o agnóstico está, assim mesmo, a dar uma resposta: uma não-
resposta, não deixa de ser uma resposta.

IV.
1.1. (B); 1.2. (A); 1.3. (B)
2.1. (D); 2.2. (B); 2.3. (C); 2.4. (A)

FICHA DE TRABALHO 17
I.
1.1. (C); 1.2. (D); 1.3. (C); 1.4. (D); 1.5. (D)
2. A resposta pode ter dois sentidos: (i) Se se assumir uma postura intolerante e intransigente face aos
outros credos, então cada um afirmará a sua crença como a única aceitável e verdadeira, não deixando
margem para a discussão aberta e saudável das suas certezas. (ii) Se, pelo contrário, se assumir que
nenhuma certeza existe quanto a esta questão e que todas as crenças são válidas, desde que
respeitadoras da diferença, então esta atitude de tolerância pode fazer caminho no sentido de se
conseguir um diálogo frutuoso entre as diferentes religiões, aceitando a diferença, combatendo os
excessos e permitindo a paz mundial. Assim, e concluindo, só uma atitude de tolerância ativa pode
proteger os diferentes credos e fés, respeitando o outro na sua integridade física, moral eracional.

II.
1. As três questões abordadas pelo texto são: o facto de os líderes judeus e islâmicos se unirem contra
a lei holandesa que proíbe o abate de animais conscientes, por a considerarem uma ameaça à sua
liberdade religiosa; as posições dos judeus ultraortodoxos em defesa da existência de lugares separados
nos autocarros para homens e mulheres, por considerarem que o contacto entre homens e mulheres que
não sejam casados ou com quem não tenham um relacionamento não deve ocorrer; e, por fim, os
mesmos ultraortodoxos pretenderem que o governo não leve por diante o fim da isenção do serviço
militar obrigatório para estudantes religiosos a tempo inteiro.
2. Quanto à primeira questão, o autor diz o seguinte: «O facto de se proibir o abate ritual de animais
não impede os judeus ou os muçulmanos de praticarem a sua religião»; quanto à segunda, considera
que «permitir que homens e mulheres se sentem em qualquer lugar de um autocarro não viola a
liberdade religiosa dos judeus ortodoxos, porque a lei judaica não ordena que se utilizem os transportes
públicos» e que «é apenas uma comodidade da qual se pode prescindir – e os judeus ortodoxos têm
dificuldade em acreditar que as leis que professam tivessem o objetivo de tornar a vida o mais cómoda
possível»; quanto à última questão, embora a considere que não é tão fácil de resolver, diz que «este
problema é geralmente resolvido através de um serviço alternativo que não é menos árduo do que o
serviço militar (para que essas religiões não atraiam seguidores apenas por essa razão), mas que não
implica lutar ou matar».
3. Resposta aberta. Se for sim, sugerimos: Na realidade não parece que estas três questões tenham
efetivamente algo ver com a prática livre de uma religião, pois estão muito aquém do que se poderá
considerar um ataque à liberdade religiosa, na medida em que nenhuma delas parece pôr em causa essa
prática e esses credos na sua consistência doutrinária. Questões como estas podem levar a que surjam
conflitos sem sentido, elevados por posições a que falta um entendimento mais tolerante. Daí que Peter
Singer considere que «quando as pessoas são proibidas de praticar a sua religião – por exemplo, através
de leis que proíbem determinadas formas de adoração – não poderá haver quaisquer dúvidas de que a
sua liberdade religiosa foi violada» e que «restringir a legítima defesa da liberdade religiosa à rejeição de
propostas que impedem as pessoas de praticar a sua religião, torna possível a resolução de muitos
outros litígios em que se afirma que a liberdade de religião está em jogo». Porém, nenhuma destas
questões parece enquadrar-se nestes pressupostos.

III.
1. Omnipotente; 2. Profano; 3. Mal; 4. Valor; 5. Tolerância; 6. Fé; 7. Agnosticismo; 8. Razão; 9.
Subjetiva; 10. Deus; 11. Sagrado; 12. Ateu; 13. Objetivo; 14. Finitude; 15. Dogmas; 16. Crente; 17.
Cosmológico; 18. Existência; 19. Desígnio; 20. Bíblia

UNIDADE 7
ESTÉTICA E FILOSOFIA DA ARTE
A dimensão estética – análise e compreensão da experiência estética

FICHA DE TRABALHO 18
I.
1.1. O texto refere-se ao juízo de belo, ao juízo estético: a pirâmide de Keops parece-me muito bela.
1.2. O autor contrapõe esse tipo de juízo ao agradável e bom: «Apesar de não ver nela nada
“agradável” nem me pareça moralmente “bom” que tenha sido construída um dia».
1.3. Sim, Kant concordaria plenamente com o autor do texto. Repare-se na última frase do texto:
«Porque não sou capaz de explicar claramente que tiro eu disso a que chamo “formosura” ou “beleza”
para que me dê prazer apesar de tudo: é difícil entender porque me “interessa” tanto». Para Kant, o
juízo estético é puramente contemplativo e desinteressado, é independente da experiência real do
representado, tal como acontece com o autor do texto. Para Kant, tal como para Savater, o prazer
proporcionado é independente de qualquer desejo ou interesse prático, daí a sua dificuldade em o
explicar. Como diz Kant, o belo é o que agrada sem conceito.
2.1. (B); 2.2. (D)
3.1. A relação entre as duas afirmações de Kant é clara. Se para ele o belo não se funda em conceitos,
significa que o juízo estético ou de gosto
(como ele o designa) não é um juízo de conhecimento, lógico e objetivo, resulta antes da tomada de
consciência da sensação de prazer que acompanha qualquer representação do tipo estético e é sempre
inteiramente referente a um sujeito, isto é, é sempre subjetivo. É para tornar ainda mais clara a
especificidade dos juízos estéticos que Kant estabelece a diferença dos juízos do agradável e do bom, já
que estes são sempre acompanhados de um qualquer interesse, de um qualquer desejo. Assim, só o
gosto pelo belo é um prazer livre de qualquer tipo de interesse, seja ele dos sentidos ou da razão, e,
como tal, não necessita de aprovação.

II.
1. (1) natureza; (2) estéticos; (3) subjetivismo; (4) espectador; (5) beleza; (6) sujeito; (7) objetivismo;
(8) belo; (9) propriedades; (10) objetos; (11) questão; (12) gosto; (13) apreciação; (14) intrínsecas;
(15) independentes; (16) critério; (17) caracterização
2. A; C; D

FICHA DE TRABALHO 19
I.
1.1. O texto aborda a perspetiva de Platão relativamente à arte. Para ele, como fica claro no texto, a
arte é imitação e os artistas, no caso os poetas e os pintores, são maus imitadores de uma realidade que
desconhecem e, por isso, enganadores e falsos.
1.2. «Todos os poetas, começando por Homero, são imitadores da imagem da virtude e dos demais
assuntos sobre os quais versejam e que não atingem a verdade»; «O pintor fará, sem ele próprio nada
entender de sapatos, um sapateiro»; «O imitador, nem saberá, nem terá uma opinião certa, no que toca
à beleza ou fealdade das suas imitações»; «Não deixará de fazer à mesma as suas imitações, sem saber
em que sentido é que cada uma é má ou boa»; «Que o imitador não tem mais do que um conhecimento
insignificante das coisas que imita, e que essa imitação não é senão uma forma de brincadeira que não
deve ser levada a sério»; «A poesia e, em geral, toda a arte mimética, executa as suas obras longe da
verdade».
2. Aristóteles tem uma opinião mais positiva do que Platão sobre a arte e os artistas. Para Aristóteles, a
arte é igualmente imitação, mas considera que esta é natural ao ser humano e que é uma imitação
verdadeira, e não falsa, com diz Platão. A arte é, para Aristóteles, uma invenção do real e tem um
caráter pedagógico, já que fortalece o sentimento de vida comunitária. Por fim, considera ainda que ela
tem um efeito purificador ou de catarse, já que pela sua expressão permite tomar consciência da vida e
dos sentimentos, positivos e negativos, que ela transporta.
3.1. (C); 3.2. (C); 3.3. (B); 3.4. (D); 3.5. (A)
II.
1.1. Relativamente ao quadro de Picasso, o representante da teoria da arte como imitação teria alguma
dificuldade em considerá-lo uma obra de arte. Afinal, o que é que está a ser imitado? Na realidade,
veem-se algumas caras humanas e focinhos de animais, mas não são imitações perfeitas, são disformes,
sem sentido. Provavelmente, ao aplicar-lhe os seus critérios de classificação e de valoração, que
permitem distinguir uma obra de arte de outro tipo qualquer de objeto, o partidário da arte como
imitação não conseguiria classificar Guernica como uma obra de arte. Ou, se a considerasse, tomá-la-ia
como uma má obra de arte, já que, em termos de imitação, no seu entender, deixaria muito a desejar.
O representante da teoria da arte como expressão ficaria impressionadíssimo com a tela de Picasso.
Para este, a arte revela os sentimentos e emoções vividos pelo artista, a que o espectador acede e
(re)vive. Consideraria que há clareza nessa transmissão de sentimentos e sinceridade, o que provocaria
no observador uma unicidade de sentimentos. Neste sentido, seria considerada uma verdadeira obra de
arte. Para o formalista, Guernica seria igualmente uma obra de arte, já que provocaria no público
conhecedor uma verdadeira emoção estética. A obra de Picasso estaria dotada de forma significante,
provocando a emoção estética. Diria: a sua estrutura, a conjugação das suas linhas com as cores e a
combinação das suas formas tornam-na esteticamente estimulante, daí que conduza ao êxtase que
provoca a emoção que só as verdadeiras obras de arte originam em quem as observa, a emoção
estética.
2. A; D; E; F; I; J

III.
1.
1.1. (C); 1.2. (C)

FICHA DE TRABALHO 20
I.
1. C; E; F; H; I; L; N; O
2.1. (D); 2.2. (C)

II
1. Belo; 2. Estética; 3. Objetivismo; 4. Expressão; 5. Desinteressado; 6. Bom; 7. Imitação; 8. Feio; 9.
Subjetivista; 10. Gosto; 11. Catarse; 12. Forma; 13. Objetos; 14. Aberta

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