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TÁBULA MÁXIMA HIPERBÓREA

CAPÍTULO I

Advertência Especial

Tentar aprender essa Tábula Máxima é como tentar comer e digerir um elefante em
alguns minutos. Nenhum leitor inteligente se assustará com essa advertência, mas só um
grande tonto a desprezará.
É possível que demores muitos anos em compreender em profundidade o conteúdo
desse livro, e muito mais em poder aplicar o conhecimento de forma prática. Mas, assim
como não é possível que uma boa árvore construa seu enorme corpo de dura madeira em
uma hora, tampouco é possível para um homem normal dessa civilização aprender os
mistérios do Cosmos em uma só leitura. Ainda menos quando não tem consciência de si
mesmo.
A recomendação é ler tranquilamente, deixando de lado, por um momento tudo o
que não compreendas, ou seja difícil de assimilar. Nada deves acreditar, mas
compreender, e como verás, não é fácil compreender rapidamente o produto intelectual de
milênios de atividade filosófica. Se uma planta leva meses pra formar um fruto que
comemos em uns minutos, é compreensível que um conhecimento obtido em tantos
milênios por muitas mentes observadoras, requeira, para sua assimilação, alguns anos.
Não tem que “esforçar-se” em compreender nem deixar que a mente faça
demasiadas perguntas, porque entrará em um labirinto do qual custará a sair, e isso
causará sofrimento mental. Tem que viver normalmente, sendo muito mais importante
praticar a simplicidade da Doutrina Kristã e a meditação psicológica. Podes deixar este
Terceiro Livro para aqueles momentos em que possas ler muito tranquilo, sem
preocupações emocionais. Tudo aquilo que produz alguma inquietação ou mal-estar
intelectual, é produto de que não se entendeu corretamente o que se leu, ou se
compreendeu parcialmente, deixando algumas lacunas que não satisfazem as perguntas
que a mente faz consciente ou subconscientemente. Elas podem fazer-te sentir um abismo
emocional (ou mental) e de nada serve se assustar, ou ficar tentando compreender. Mais
vale nesse caso deixar por um momento a leitura e atender ao combate interno da
meditação (observação, diferenciação e eliminação dos Eus psicológicos). Todo o
conhecimento do universo que podemos ter, não resulta tão útil como livrar-se de um só
que seja dos parasitas emocionais. A máxima do explorador é que deve tirar os espinhos
antes de seguir caminhando.
Antes de começar a leitura da Tábula Máxima, é conveniente treinar a mente num
simples exercício de “não pensar” ou de deixar passar as imagens mentais (objetivas ou
subjetivas) sem que te afetem no emocional nem permaneçam no consciente. O “não
pensar” implica dirigir a mente a qualquer coisa útil, mas que não te deixe obcecado por
nenhuma ideia. Sem tal disciplina, o mais provável é que se consiga uma grande confusão
em vez da iluminação.
Não se preocupe por ter que ler várias vezes este livro para chegar a uma
conclusão, pois você vai aprender muito mais do que imagina por toda sua feliz eternidade.
Esta Tábula é a máxima chave de todas as ciências, porque é a manifestação
própria de Deus Pai Absoluto do Universo. Está composta de Oito Leis ou Arcanos Maiores
chamadas de Princípios Metafísicos, cada uma das quais representa uma das oito formas
que atuam na manifestação divina.
Os Princípios Metafísicos são absolutos e imutáveis, as Leis Herméticas são
relativas e imutáveis. Tanto os Princípios quanto as Leis devem ser respeitados e seu
conhecimento pode ser aplicado correta ou “teurgicamente” de acordo com a vontade
divina – o que produzirá liberdade, felicidade, paz, alegria de viver ou existir, permitindo
evoluir a estágios cada vez mais gloriosos e perfeitos. Mas, o uso incorreto ou
“Demiúrgico” deste conhecimento contra a vontade divina produz escravidão, involução,
sofrimento, infelicidade e aniquilação do Ego ou Consciência Humana. Não existe forma de
violar as leis divinas; só é possível produzir desequilíbrios em suas manifestações, mas é
impossível escapar dos efeitos. Tudo o que existe, contém essencialmente todos os
Princípios e Leis porque é produto de manifestação delas.
Todos os Princípios e Leis podem ser usados positiva ou negativamente, destrutiva
ou construtivamente e os efeitos serão determinados como bons ou maus, não pela
polaridade (negativa ou positiva) mas pela intenção do ser atuante e o equilíbrio entre o
amor, a inteligência e o poder que se aplique.

1 – PRINCÍPIO DE AMOR

“Todos os Universos, sejam macroscópicos, microscópicos, de vibrações


infra ou ultra em relação ao observador, estão compostos de infinitas partes que se
relacionam entre si pelo conjunto de forças que se denomina AMOR”.

Não existe atitude que não se faça por amor em alguma de suas incontáveis formas
de expressão. Por amor se vive e se morre, se evolui ou se involui. Uma guerra se faz por
amor; seja por amor à escravidão e ao domínio (como fazem os demiúrgicos) ou por amor
à liberdade e à dignidade (como fazem os teurgos).
O amor é a força de Deus manifestada numa relação entre dois ou mais
indivíduos, assim como a vontade e a força de Deus manifestada numa ação
individual.
Como se pode ver, o amor é um conjunto de forças mecânicas; certamente que o
Universo é mecânico pois tudo nele se relaciona mediante essas forças, e assim mesmo é
possível ver o mecanismo universal refletido em todos os demais Princípios, mas este
Aspecto Mecânico do Universo não é oposto à espiritualidade, sendo que a
espiritualidade em si mesma está dada e refletida na Perfeição Absoluta destes Princípios.
E todo este Aspecto Mecânico é - como já dissemos - “O Rosto Cognoscível de Deus”.
Podemos dizer que o Incognoscível (o Criador deste mecanismo) só pode ser vislumbrado
ou vivenciado depois de havermos nutrido totalmente o intelecto com o conhecimento
desses Princípios e passarmos a vida respeitando-os, o qual representa o ato mais pleno
de respeito a Deus.
Quando um místico não conhece esses Princípios e Leis tais como foram aqui
expostos, mas há filosofado o suficiente para alcançar a essência da Doutrina aqui
esclarecida, pode dizer-se - se vive conforme a ela -, que é um homem espiritualizado.
Mas a maioria das pessoas que professam uma religião sem ter compreendido nem os
Princípios, nem a Doutrina, somente tem uma vida psicológica similar a uma ilusão, pois
tem com Deus uma relação puramente emocional (no plano psíquico menor) que não
garante em absoluto a felicidade e realização do Ser.
O impulso interior (do Ego) pela busca do espiritual - dado que o Ser mesmo é uma
“Chispa Divina” -, leva o indivíduo a refletir de algum modo sua ideia de Divindade. Assim
cria imagens, totens, etc., ou vê nos fenômenos naturais a expressão de um ou de vários
deuses, extrapolando sempre a ideia, buscando lá fora o que tem por dentro. E muitas
vezes aceita ideias espirituais (arquétipos) totalmente distorcidas e daninhas, e por algum
ponto de afinidade com sua psicologia, isso se imprime em sua mente, com as
consequências de fanatismo religioso, sofrimento interior e as lógicas deformações que
estas ideias do psiquismo profundo afetam nos demais níveis da mente e do corpo
emocional.
Colocamos por exemplo, a imagem de Jesus crucificado - a margem da realidade ou
falsidade histórica do feito - que se tem impresso e mantido reforçando-a desde o século IX
com milhões de quadros, estampas, estátuas, livros, filmes e obras teatrais, de modo que a
imagem do amor Divino e perfeito que deveríamos ter pelos Cristãos, se deformou em um
Deus que exige a seu “Filho Predileto” - uma falha a mais nessa ideia, pois um pai perfeito
não teria predileções - fazer um sacrifício infernal como foi a crucificação.
Tanto que se Jesus for um Deus Absoluto mesmo, ou se é Seu Filho, a ideia de tê-lo
crucificado tem gerado em milhões de Almas, sentimentos de culpa e dor como nenhuma
outra religião ou crença já fez. E os que superam esse sentimento, sentindo-se solidário
com Jesus, tomam o arquétipo com atitude de resignação e sacrifício, mas sofrem porque
não se sentem capazes de tomar semelhante atitude voluntariamente e deixar-se
crucificar. Por outro lado, se pergunta: se ele se sobrecarregou com todos os pecados do
mundo, como é possível que, por dois milênios, os sofrimentos e horrores da humanidade
se hajam multiplicados mais que em qualquer outra etapa conhecida da história? Ainda
que não foi Jesus o causador de tais desgraças, mas que a causa está na distorção da
história, as baixezas do cristianismo em muitos casos com sadismo psicológico, o seguem
crucificando ou ressuscitando, em vez de apresentar um Jesus Iluminado; a estrapolação
pela busca, a indolência de rezar para pedir que se cumpram caprichos e bens materiais, é
a atitude geral, em vez de pedir-lhe que ilumine nossa inteligência e estimule o nosso
amor. Inclusive em vez de discutir a teologia tão ridiculamente como estão fazendo, sem
respeitar as mais elementares pautas da razão e da filosofia, o melhor para um cristão
seria praticar a doutrina em toda sua plenitude. Nenhum Mestre veio para ser adorado, e
sim para que seus seguidores aprendam e cheguem a ser Mestres também; e no A-mor
que significa “sem morte” existe uma grande chave. Disse Jesus: “Amai a vossos inimigos”.
Não disse que não teríamos e menos ainda que não os combateriam, simplesmente que
os amássemos.
Quem destrói em si mesmo essas ilusões impostas pelos interesses políticos e
econômicos, alcança, através da compreensão, aprendizagem ou próprio trabalho
filosófico, compreender a Deus intelectualmente, emocionalmente e praticamente reflete
em si mesmo a Divindade. E, por isso, compreende a Natureza Divina dos demais Seres e
coisas do Universo, amando-os com tal radiação que todos os sofrimentos que poderiam
lhe provocar as condições externas, não podem lhe impedir de ser feliz. Além disso, em
um tempo determinado pelo progresso, no dito entendimento e o equilíbrio na aplicação
prática, as condições externas de um indivíduo em evolução se vão ajustando cada vez
mais a Sua Vontade, assim permanentemente avança na compreensão da Vontade Divina;
e essa só pode ser Perfeita. Se bem que um indivíduo nunca pode ser o Absoluto, pode
compreendê-lo e viver em harmonia perfeita com Ele.
Nos estendemos nessa questão porque a humanidade precisa compreender a
Natureza do Amor em seu panorama total. O Amor Divino não é unicamente místico nem
unicamente mecânico. O científico sem místico é essencialmente daninho, e o místico sem
ciência, que descarta a razão, se faz fanático e deforma a essência religiosa levando-a a
um plano psicológico inferior. O científico deve ter sentimento místico e o místico deve ser
científico. Ambos devem ter os filósofos completos, já que não é possível entender o
Verdadeiro Amor sem o equilíbrio da Inteligência; e a Inteligência sem Amor só pode criar
escravidão, desastres e sofrimentos.
O Ser Humano deve manifestar Amor por si mesmo, pois como todo manancial, não
poderia dar o que não tem.
Isso se chama Dignidade. E só quem é Digno, pode dar Amor e até sacrificar-se em
alguma medida pelos demais, de acordo com o que sua consciência lhe indique. Mas, para
que seja sempre justo, deve conhecer os presentes Princípios e Leis.

LEIS HERMÉTICAS DO PRINCÍPIO AMOR

1a) REPULSÃO: “Os corpos se repelem entre si quando se tenham


enfrentados espaço-temporalmente suas cargas magnéticas de um mesmo signo ou
quando os conjuntos de cargas possuem características de gênero incompatível”.
O segundo caso é muito pouco comum na Terra, pois esta é formada por “matéria
química”, que é de gênero feminino ou masculino, segundo os elementos que possuam;
porém, é apreciado na ordem cósmica, já que as estrelas estão formadas de “matéria
plasmática”, que é de gênero neutro ou indefinível. A relação entre ambos os tipos de
matéria é interativa, como se explica em 1c. Nos seres, a antipatia é uma manifestação da
repulsa. As cargas magnéticas dos corpos mentais e emocionais, assim como a ordem de
afinidades, definem o tipo de relação interpessoal, muito mais que os interesses comuns,
embora estes especialmente são de sobrevivência – ajudam a conquistar afinidades
eliminando assim a repulsão.

1b) ATRAÇÃO: “Os corpos se atraem entre si em razão direta de suas massas
e em razão inversa ao quadrado de suas distâncias”.
É a fórmula redescoberta por Newton, a chamada “Força da Gravidade”.
F = Força
K = Constante = 6,67 x 10-11 Newtons x m2
m = Massa Kg2
d = Distância
Matematicamente, a repulsão é uma variante desta força, mas no seu oposto exato,
pois depende da constituição física e química dos corpos.
Nos seres, a atração se manifesta de diversos modos e intensidade. No casal
(masculino e feminino), a atração implica uma completa atividade mental, emocional e
física, mas é no início de um processo mais complexo que, quando não é contínua, resulta
na monotonia e destruição do par como tal. Já que se estão afinados a tal ponto que não
tem mais atração e suas vidas parecem vãs, passam a um sentimento fraterno que,
embora bom, não é próprio do ideal do casal. Quando o processo de atração continua, se
alcança a adesão no físico, a coesão no mental e a fusão no emocional. Nunca os seres
chegam até a separação porque deixariam de Ser.

1c) INTERAÇÃO: “É o equilíbrio espacial perfeito das duas anteriores, dado


que a atração é superior a repulsão – a diferença se vê compensada pela inércia. A
atração atua como força centrípeta; e os períodos de repulsão somados à inércia
formam a força centrífuga”.
Este fenômeno se vê entre matéria química e matéria plasmática. Há uma atração
permanente, mas também uma repulsão, que mantém uma distância entre ambos os tipos
de matéria. Assim é a relação entre os corpos do Cosmos. As estrelas – enquanto não se
“esfriam” e convertem em matéria química, mantém em sua órbita os planetas, sem deixá-
los chegar demasiadamente perto. Os núcleos maiores de matéria estelar espalhados nas
explosões das supernovas (estrelas que completaram e reiniciaram seu ciclo) são como
pequenos sóis que atraem a matéria “fria” ou química como a poeira derivada da explosão,
etc., e forma ao seu redor uma crosta que pode alcançar até umas mil e quinhentas vezes
a massa de plasma. Assim, os planetas se acham constituídos por um sol interior e um
espaço ou atmosfera (desde a heliosfera e fotosfera até a superfície sólida interior) de
umas seis a oito vezes o diâmetro da esfera plasmática ou sol interno.
Nos seres, (embora os corpos celestes também são seres e não simples objetos)
esta lei se manifesta em relações determinadas por interesses comuns, onde a atividade
emocional direta é escassa e muito limitada. É o caso dos “sócios”, dos companheiros de
trabalho ou estudo, ou de patrões ou mestres, etc. O normal nessas relações é um respeito
que poucas vezes é autêntico, sendo muitas vezes formal e imposto culturalmente a fim de
manter a ordem social. Este respeito formal, longe de ser um respeito solidário e amoroso,
pode manter-se até certo ponto, embora o sentimento entre as pessoas seja de ódio. Ali
surge a hipocrisia até dimensões repugnantes que nada tem a ver com a cortesia ou a
diplomacia dos guerreiros. Melhor não falar em detalhe das sociedades anônimas, que são
a mais pura expressão da despersonalização do desalmado sistema de mercado. Ali a
interação é tão limitada e indireta, tanto entre os sócios como entre os consumidores de
bens e serviços que, quando se juntam é só pra competir entre si pelo mando da
sociedade ou para resolver problemas de competição com outras sociedades do mesmo
estilo. E se acusam mutuamente de desalmados (com toda razão).
Toda interação entre as pessoas deve converter-se em atração ou em uma relação
harmônica de respeito autêntico, embora se mantenham a distâncias de mútua
conveniência, pois do contrário, o atrito violento será inevitável mais cedo ou mais tarde.
O amor fraternal da melhor expressão e da interação aplicada a todos os seres, lhes
permitem compartilhar praticamente tudo em diversas intensidades, menos na reprodução
da espécie. Por razões das leis naturais, como explicamos antes e mais adiante também,
as raças e culturas podem e devem interagir com grande harmonia e mútuo
enriquecimento sempre mantendo e respeitando os limites que estas leis determinam. A
mistura total ou “fusão” racial, produz o detrimento de ambos os tipos, a hibridização. Um
terceiro indivíduo que não possua a identidade de ninguém dos seus ancestrais é porque
possui uma confusão de arquétipos que o impede determinar sua própria identidade
individual. Este é um dos pontos mais importantes da aplicação e respeito da lei da
interação entre os seres.

1d) ADESÃO: “É o estado de atração total consumada em que dois ou mais


corpos ficam juntos, sem repulsão no geral, mas sem possibilidades de relacionar
seus componentes atômicos além das últimas camadas eletrônicas e só em virtude
de seus campos magnéticos”.
No físico, o enunciado é muito claro. Nos seres, essas leis podem aplicar-se em
todos os casos sem inconvenientes; está representada praticamente no fraterno aperto de
mãos e no abraço. Mas, no psicológico está representada na confissão franca e mútua dos
objetivos pessoais, quer seja entre parentes e amigos. Entre pessoas de diferentes sexos
e circunstâncias de vida em comum, o processo pode avançar até a manifestação da
seguinte lei (coesão), e entre pessoas de igual sexo se produzirá uma coesão psicológica
que é a amizade no mais amplo e saudável sentido.

1e) COESÃO: “É o estado em que dois ou mais corpos unem suas estruturas,
no geral com adesão e tendo relacionado intimamente suas primeiras camadas
atômicas”.
Fisicamente, é uma espécie de fusão limitada à primeira camada atômica ou
molecular, mas entre os seres, esta lei se manifesta com a atividade sexual, a qual é
correta e harmônica entre seres de diferentes sexos. A coesão homossexual produz
desarmonia em relação há várias outras leis, mas principalmente às leis do Princípio Vida
como se explica mais adiante.
A coesão é o que marca a formação de um casal, e deve produzir-se primeiramente
no psicológico, sendo a relação física um efeito e não uma causa, nem o motivo pela
busca de uma relação. Quando a coesão é produzida nas camadas mais profundas da
mente, regidas geralmente pelos arquétipos da alma, a relação pode ajustar-se e
harmonizar-se mediante o processo de meditação psicológica, tornando-se um casal feliz.
Para eles também devem coincidir os objetivos de vida, planejando a vida na relação. Só
assim é possível ao casal manifestar a lei seguinte.

1f) FUSÃO: “É o estado em que dois ou mais corpos unem suas estruturas
moleculares ou atômicas confundindo em uma resultante com características
químicas ou físicas iguais ou diferentes ao seu original, podendo ser do mesmo ou
diferentes elementos, mas mantendo-se inalteradas as características nucleares
particulares na maioria dos casos”.
No material, isto está claro, mas nos seres, a coisa é mais complicada para explicar,
por ser mais complexas e diferentes, sendo que as constituições dos corpos são estruturas
psicológicas e requerem um tempo de afinação muito longo para afinar-se a tal ponto que
possam fundir-se. Com a Yoga Sexual correta se produz uma fusão parcial a nível
espiritual, (nos níveis da alma) e as vezes até em nível astral, mas em um estado
correspondente ao reino humano, não existe a fusão total. Nem entre indivíduos, nem
entre estes e o Absoluto. A fusão com o Absoluto não é “absoluta” jamais, pois deixaria de
ser individual. Não se perde a individualidade em nenhum Reino a menos que esta se
aniquile por involução, (indo ao contrário das leis naturais) pois nada ganharia o Absoluto
Deus com a extinção das individualidades que são justamente as infinitas impressões e
manifestações de sua perfeição.
Certo é que se pode experimentar certas comunhões momentâneas com o Absoluto
(Iluminação) e isso é uma autêntica fusão da alma com Ele. Mas, nisso fica demonstrada a
Vontade do Absoluto de que a individualidade siga existindo como tal, pois Deus não
absorve o Ser. O Iluminado não desaparece, segue sendo o mesmo indivíduo, mesmo que
a experiência tenha afetado maravilhosamente sua psicologia e lhe tenha enriquecido
(sempre e quando o sujeito não distorce mentalmente a experiência nem se alimente com
a radiação de consciência recebida dos parasitas psicológicos).
O processo de Ascensão ao Reino Krístico, requer uma fusão momentânea da
alma, do astral, do corpo mental e do físico, para o qual o indivíduo se tem preparado ao
longo da sua existência a um Reino determinado (humano, no nosso caso), mas o
indivíduo tampouco desaparece, a menos que ele tenha passado a um Reino mais
glorioso. E assim, sucessivamente, o indivíduo recorre a Eternidade, sem nada nem
remotamente parecido ao tédio existencial que aparece na psicologia de quem desconhece
esta perspectiva. Não é possível escapar da existência fundindo-se ao Absoluto, mas se
escapa da imperfeição e da infelicidade do sofrimento, crescendo eternamente amparado
nas suas leis perfeitas. A aniquilação por involução, tampouco supõe uma fusão da
individualidade com o Absoluto, senão sua desintegração total voltando ao constituinte
básico (espírito) dos veículos de manifestação dessa individualidade, ao Oceano Cósmico
que é o corpo do Absoluto.

1g) FISSÃO: “É um processo no qual dois ou mais corpos superam a fusão


perdendo suas características atômicas particulares, formando um elemento
diferente ou uma irradiação energética”.
Este estado de fissão pode derivar alquimicamente em uma transmutação, onde o
elemento diferente é de características vibratórias superiores, ou pode derivar na
dissolução dos princípios atômicos, dissolvendo os elementos como tais. No último caso, a
energia irradiada passa a formar parte do universo vibracional imediatamente superior.
Isso depende da polaridade da consciência que guia o processo. Alguns filósofos tem
associado o fenômeno de fissão à Ascensão Krística, mas isso não é bem assim. No
momento da Ascensão, o que ocorre é uma fusão momentânea com o Absoluto, mas só
existe uma fissão muito parcial de alguns átomos do corpo físico, dos quais geram uma
energia suficiente para elevar as frequências vibratórias do resto da matéria até onde
determine a consciência do Ser. Estas pequenas fissões atômicas são as responsáveis do
intenso calor até muitos milhares de graus, registrados em alguns processos incompletos
de Ascenção (autocombustão), assim como as imagens impressas por sua radiação nos
sudários dos samanas hindus, como o sudário de Turin e muitos outros similares.
Seguramente Jesus deixou também seu sudário na Cripta Sagrada de Cashemira,
onde fez sua ascensão aos setenta e três anos, embora o mesmo permaneça oculto, já
que dificilmente tenha marcas de flagelos ou pregos.

CAPÍTULO II

2. PRINCÍPIO VIDA

“Tudo que existe possui um princípio vital que determina sua construção ou
sua destruição, seu movimento ambiental e o movimento interno das partes que o
compõem. Tal Princípio está determinado pelo equilíbrio entre os elementos
materiais e a Vontade de um Ser de manifestar-se no mundo das formas”.
Pode-se dizer que “tudo tem vida” e que “a vida permeia tudo”. Desde o átomo
infinitamente pequeno como o infinitamente grande, o Princípio Vital está presente de tal
maneira que, enquanto se der as condições apropriadas, este começa a se manifestar em
virtude da Eterna Vontade criativa de Deus (e, portanto, das infinitas individualidades que
povoam seu Universo).

LEIS HERMÉTICAS DO PRINCÍPIO VIDA

2a) EVOLUÇÃO: “As tendências primordiais da vida são a evolução e a


construção, que em sua relação com a consciência, permitem ao Ser desenvolver-se
e passar de estado a estado até manifestações cada vez superiores e mais
completas. O que não evolui dentro da perfeição ou em direção a ela, produz uma
dualidade e involui até desaparecer da existência”.
Tanto no Reino Mineral, Vegetal e no Animal, assim como no Humano e nas infinitas
Hierarquias Superiores, o Princípio Vida tem também um aspecto negativo, que interage
com o positivo. A destruição de um organismo e a involução de uma espécie atuam como
fatores de seleção, permitindo a outros seres e espécies evoluir; mas a construção cada
vez mais perfeita é a finalidade da vida como Princípio.
Essa construção cada vez mais perfeita para Glória da Consciência Individual e,
portanto, para o Divino Criador Absoluto é o que se chama evolução.
O Ser é um vórtice do espírito. É nele que se tem ativas as propriedades relativas
aos demais Princípios. Digamos que é um ponto individualizado do espírito em que se
manifestam basicamente o Amor, a Inteligência e o Princípio ou Vontade, e por efeito da
interação desses três se manifestam a Unidade, a Vida e a Verdade. A eternidade se
manifestará unicamente se sua orientação é evolutiva. Se é involutiva, irá na direção à
aniquilação como individualidade. A orientação só depende do livre arbítrio do próprio Ser,
e embora o Demiurgo propicie a evolução, sempre o Ser terá suficiente capacidade de
escolha. Digamos que não existe vítima sem um certo grau de consentimento de si próprio.
Se um Ser prefere a aniquilação de sua manifestação corporal, ao invés de tomar
emprestado jogos involutivos instigados e propiciados por um Demiurgo, seguramente a
involução não se produzirá. Um exemplo é o homem que prefere ser “morto antes que
escravo”, pois assim se afasta da aniquilação como Ser, embora deva reencarnar, e
seguramente o fará com um maior nível de consciência, dignidade e liberdade. Portanto
sua escolha o orientará nas direções da evolução.
Muito importante: Cabe deixar claro muito especialmente que Deus é um Ser
perfeito, então não pode criar imperfeição. As criaturas que nascem naturalmente em todos
os planetas são perfeitas como microrganismos, são perfeitas como vegetais, perfeitas
como animais, como humanos, e assim seguem nos seguintes Reinos. Então, a perfeição
é o normal da natureza. Sem embargo, nessa natureza verdadeira, ou se preferir, neste
“estado de normalidade” os microrganismos não adoecem os organismos superiores, nem
os animais destroem o Reino Vegetal. Em todos os planetas, em seu espaço realmente
habitado, que é seu interior, tampouco os animais primordiais se comem uns aos outros. A
ordem correta é a seguinte: os vegetais produzem frutos que vão assegurar a continuidade
da espécie, alimentam o Reino Animal e o Humano. O Humano Original se nutre de frutos,
leite e mel. Nem o homem nem os animais são originalmente carnívoros. Na natureza
“normal” não existe sofrimento porque não existe necessidades sem satisfação, nem existe
a pobreza e nem a fome, não existe a morte senão a ascensão ao Reino seguinte. Não
existem uns poucos oprimindo há muitos, portanto não existem os problemas psicológicos
que são o detonante imediato de todas as formas de sofrimento existencial.
Por outro lado, na natureza adulterada da superfície externa do nosso planeta,
existem todos esses males e aberrações porque um indivíduo primordial teve a má
ocorrência de intentar ser “deus” criando espécies vegetais e animais totalmente fora do
padrão criativo do Logos Planetário. Este Logos é uma inteligência de ordem Cósmica que
somente cria de acordo com a perfeição, mas a manipulação genética (a árvore da ciência
do Bem e do Mal) desse Jehová bíblico, produziu vegetais monstruosos como as plantas
carnívoras, monstros como os dinossauros, fez com que os felinos se tornassem
carnívoros e gerou processos involutivos em todas essas espécies, convertendo-as em
mortais devido a não ter uma estrutura perfeita de acordo com as Leis e Princípios
Cósmicos - estão condenadas a desaparecer. E nessa altura de seu pecado original, criou
por clonagem um homem mortal (Adão) e, pior do que isso, criou uma mulher, dizendo-se
um clone do homem ao qual inibiu todos os genes masculinos deixando ativos os
femininos. Então Eva não foi a primeira mulher mortal, senão a primeira clonagem
genericamente incompleta.
Esclarecemos: O Homem Primordial tem todos os genes masculinos e alguns
femininos.
A Mulher Primordial tem todos os genes femininos e alguns masculinos.
Adão, como um clone manipulado, tinha todos os genes masculinos e femininos,
mas algo diminuídos para que fosse mortal (condição essencial para dominá-lo).
Eva, como clone mais modificado, de um clone de homem, possuía nenhum gene
masculino e alguns femininos ativados lhe davam a aparência de mulher. Por isso no
Gênesis se especifica que “foi chamada mulher, por prover da carne do homem”,
enquanto que previamente, quando se trata da Criação Universal, se refere a divisão das
espécies em macho e fêmea. Eva não era uma fêmea humana, mas uma mulher.
Então era mais lógico e justo que instigasse a seu irmão – pai biológico – Adão, a
comer do fruto que o malévolo Deus – intruso geneticista – os proibiram comer. Qualquer
Ser nas condições de Eva, buscaria conhecer a Ciência do Bem e do Mal, com a qual foi
malfeita, malnascida, enviada a Adão e a seu deus caprichoso, e condenada a envelhecer
e morrer, diferentemente dos “deuses” ou “humanos normais”.
Se observarmos inteligentemente a natureza desta superfície externa da Terra,
veremos que é simplesmente terrível e competitiva. Existe a depredação, uma espécie de
“todos contra todos”, entre as espécies dos diferentes Reinos e o “equilíbrio ecológico” é
simplesmente uma agonia de eras, porque todos os seres, desde os humanos até os
vegetais, estão geneticamente condenados a morrer. Estão condenados a interrupção de
sua evolução de modo brusco ou paulatino, por falhas físicas parciais (de algum órgão em
particular), ou por deterioração integral do seu “relógio biológico”, que não é outra coisa
que a “maldita serpente do Paraíso, enrolada na Árvore da Vida”, pois, com esta alegoria,
a Bíblia se refere a serpentinas nucléicas. Como já é conhecido, as estruturas genéticas
estão baseadas em moléculas de ácidos orgânicos complexos, todos os quais possuem
formas serpentinas. Quando Jehová amaldiçoou a serpente, não foi com palavras, mas ele
a adulterou produzindo toda classe de seres imperfeitos.
Para conhecer a Perfeição é indispensável conhecer a Imperfeição e suas reais
causas. Se verá então que a perfeição é eterna e infinita e se manifesta como evolução,
embora a imperfeição que causa a involução é entrópica e, portanto, é finita, momentânea,
embora dure já há seiscentos milhões de anos.
As chaves para que o Homem mortal – tanto o homem como a mulher – saia da
imperfeição, estão dadas neste livro. E se bem a mulher atual não é uma “mulher” , porque
outros homens primitivos intervieram repetidamente na história para ajudar os mortais a
sair desse rolo que Jehová os colocou, hoje voltam a se ver muitos casos de andrógenos
que, embora usem sua desgraça para sobreviver neste meio como “exuberantes mulheres
com pênis”, são seres que se acham em um sério problema existencial. A causa destes
problemas está em resíduos genéticos distorcidos, raças mescladas incompatíveis e
consumo de drogas que transtornam a descendência.
Dadas estas explicações cabe dizer que o verdadeiro Deus não é um tirano que faz
uma Criação para que as criaturas se arrastem por eras entre tormentos infernais até
alcançar a Glória. Mas a imperfeição que vemos na natureza externa e em nós mesmos, é
produto de uma criatura pseudocriadora, apenas com capacidade para distorcer a
genética. O homem não é um macaco evoluído, mas o macaco é um homem
involuído. Nós, que temos a desgraça de ter nascido vítimas dessas manipulações
ancestrais, podemos, porém, voltar a perfeição.

2b) ORGANIZAÇÃO: “Em todo organismo existem sistemas interdependentes


que tem a mais completa expressão da perfeição quanto mais elevado seja o estado
evolutivo da consciência que dirige o processo construtivo”.
Nos organismos primordiais observamos como as leis do Princípio Amor atuam para
formar espirais nucléicos, ácidos e cadeias carbônicas cada vez mais complexas, e como
estas se organizam por lei de afinidade, dando lugar a funções mais complexas que vão
formando por sua vez, comunidades moleculares que originam um organismo celular. Este,
por sua vez, forma parte de comunidades celulares, as que formam organismos
superiores, e assim sucessivamente até chegarem ao Reino Vegetal, Animal ou Humano.
As espécies evoluem quando a organização é correta segundo o meio ambiente e, quando
esta espécie mantém em correta função sua Meristema Magnética, tem seu padrão de
crescimento e evolução geneticamente estabelecidos. Quando as misturas ou
cruzamentos de qualquer ser vivo são mais rápidas que seu processo de adaptação, a
espécie rompe seu equilíbrio natural e involui. Isso pode se ver em todos os Reinos,
especialmente no Humano, onde as espécies ou variedades (raças) se misturaram
indiscriminadamente, dando lugar a sub-raças que não possuem os valores ancestrais de
criatividade, desenvolvimento psíquico, nobreza de caráter, genialidade realizadora
material e espiritual, e padecem toda classe de enfermidades tanto por defeitos genéticos
como precipitações mentais das deficiências psicológicas.
A Lei Hermética de organização da vida é a chave para entender as motivações do
“Racismo autêntico”, que não busca eliminar os indivíduos inferiores e muito menos os de
outras raças, mas só impedir a procriação dos deficientes e a reprodução de híbridos
porque ela levaria – e está levando – à destruição do Reino Humano, gerando “Robôs
Biológicos” que, cedo ou tarde, se exterminarão entre si e se extinguirão por involução
geral, formando parte do Reino intermediário, que é a parte do Reino Animal não produzida
pelo Logos do mundo, mas resultado de um ajuste que este Anima Mundi teve que fazer
para evitar perder milhões de almas demiurgicamente presas em corpos involuídos.
Os humanos nascem dos efeitos deletérios do cruzamento animal e não se dão
conta desses efeitos em seu próprio Reino. Os símios descendem do Homem por
involução e não o inverso; são uma aberração genética humana ocorrida há milênios, e
tende a repetir-se com os cruzamentos. Na África e América do Sul – as zonas mais
afetadas pelos cruzamentos -, é possível encontrar grande quantidade de indivíduos que
em muito pouco se diferem de um símio e, embora falem e aprendam mais rapidamente,
ficam mais perto do macaco do que do Homo sapiens. Estes Pitecantropos modernos não
são comumente apresentados nos estudos de antropologia, mas basta viajar um pouco e
sair dos circuitos turísticos para ver sua lamentável abundância e as condições em que
vivem (pior que os símios da selva, já que os macacos estão estabilizados geneticamente
e vivem em um meio natural, sem televisão, nem os estímulos psicológicos incontroláveis
da civilização).
As chaves da Organização como Princípio se encontram nas raças puras. Por
exemplo: as vacas selvagens (búfalos e cavalos) são dignas, indômitas, livres, astutas,
suas manadas se organizam inteligentemente para defender-se de predadores, não se
misturam com outra espécie embora sejam do mesmo gênero, não se misturam com outra
raça de vacas selvagens, embora perante a presença de um inimigo comum, os chefes de
duas manadas diferentes reúnem a todos por igual para a defesa.
Ao contrário, a vaca cruzada, tem sofrido uma desordem genética, ela se faz mansa,
perde seus valores autênticos, se deixa submeter, não sabe responder ao espírito grupal,
nem afirma sua individualidade, perde o sentido de liberdade e sua astúcia; se faz
estúpida. Sua estrutura genética criada pelo Logos, tem sido desorganizada (a vaca é
proveniente do búfalo primordial geneticamente modificado).
Exatamente o mesmo ocorre com todas as espécies e o homem não é nenhuma
exceção. Termina sendo gado (escravo) dos poderes demiúrgicos de um pequeno grupo
de homens que controlam sinarquicamente as religiões, a “cultura”, a economia e a
política... e promovem a miscigenação, e os seres híbridos, cujas vítimas são essas almas
presas em corpos inutilizáveis com mentes inúteis ou degeneradas, as quais as instituições
de beneficência e programas de televisão especiais não podem devolver-lhes a dignidade
de um corpo são, mas apenas remendar algumas situações. Pelo contrário, alguns são
usados para ganhar dinheiro, promovendo a sensibilidade do público, sem enfrentar as
causas reais do problema, o que representaria encarar de frente a todo esquema
demiúrgico que produz semelhante atentado contra o Reino Humano.
Um dos problemas mais graves ao enfrentar essa questão, é que a seita mais
reacionária e poderosa (disfarçada de raça ou de nação), manipula os destinos da
civilização. Seu inconsciente coletivo e seu arquétipo religioso, levam a defender a vida
material a todo custo, considerando a vida do corpo como bem máximo, sem importar que
a alma, o verdadeiro Ser, está caindo em uma involução monstruosa. O não conhecer o
que existe por trás da morte, faz com que o indivíduo não se importe com o destino de sua
raça. Considera que com ela tudo se acaba, assim, ser escravo para alguns é uma
condição melhor que a morte. Tudo isso leva a uma permanente desorganização e
degradação genética, mental e espiritual de indivíduos, raças e nações.

2c) MANIFESTAÇÃO: “Onde existe condições de organização, o Princípio Vital


se manifesta por ser resultado da Inteligência e do Poder Onipresente na Natureza
do Cosmos”.
Todo o conjunto de leis cósmicas aponta a gerar as ótimas condições em todos os
planetas, mas em seu interior, para a manifestação da vida em suas infinitas formas.
Nenhum fruto dá a semente por fora (salvo o caju, que é um antigo híbrido da noz e da
maçã). Nenhum pássaro faz seu ninho para viver fora dele. Nenhum homem constrói sua
casa para viver toda vida por cima do telhado. Ninguém fabrica um cofre para deixar suas
riquezas para fora. Sempre o exterior é continente e o conteúdo está dentro. Com os
planetas ocorre o mesmo. A superfície interna é o habitat natural de infinidades de formas
de vida. E na Terra, a superfície externa também está habitada (por nós), mas se trata
quase de uma exceção. O exterior de quase todos os planetas é inabitado, a menos que
tenham uma atmosfera abundante que continue do lado externo, uma massa que implique
uma gravidade aceitável e uma distância do Sol Central do sistema que lhe permita
receber suficiente luz. O Universo, portanto, é “uma ebulição de vida”, e não um monte de
penhascos vazios.
Em um tórrido deserto do nosso planeta, se pegarmos qualquer pedra e olharmos
pelo microscópio, acharemos nela bactérias e micróbios de todo tipo. Todas as leis
químicas e físicas estão presentes em todo momento e lugar. Quando existem os
suficientes elementos químicos, estas leis se manifestam e formam estruturas que se
organizam, gerando a vida em infinidades de formas.

2d) MULTIPLICAÇÃO: “Toda forma de Vida contém em sua própria essência


genética um Princípio – o impulso multiplicador. Aquela espécie que perverte e
deteriora este princípio multiplicador, tem seu equilíbrio em relação ao meio
condenado a desaparecer”.
No caso dos humanos, como em outras espécies animais, se pode observar que os
“degenerados cientificamente” foram privados mediante a manipulação de suas
características superiores, mas foram tomados cuidados (como nas vacas) de conservar
intacto – ainda que estimulado – seu princípio genético multiplicador.
Os indivíduos de raça pura podem por si, ou com muito pouca ajuda, fazer grandes
coisas, enquanto que os escravistas necessitam um enorme número de pessoas
robotizadas para fazer algo que seguramente será inferior ao que o puro fez sozinho. O
princípio multiplicador é independente de outros aspectos genéticos, mas a longo prazo, a
lei que preserva a própria natureza se faz notar mediante a implacável lei de seleção.
O princípio multiplicador se relaciona muito diretamente com a Lei de Atração do
Princípio Amor. Nos cristais, os átomos se atraem formando moléculas que se agrupam
formando corpos de maior ou menor tamanho, segundo o espaço e as condições
ambientais que possuam.
Os vegetais incorporam átomos (e moléculas) afins com as suas estruturas
genéticas e os agrupam multiplicando ditas estruturas segundo o mesmo padrão genético,
e logo as distribuem nas estruturas gerais, formando células que também se reproduzem.
Logo, ao amadurecer essa estrutura geral, está em condições de produzir sementes. Estas
são células especiais que reproduzirão o ciclo, dando lugar a manifestação de outras
individualidades iguais ou melhores que seu original, pois a inteligência e a seleção
também atuam permanentemente. Se se altera o padrão genético – ainda que seja
diretamente, como em um laboratório ou por miscigenação – o resultado é um indivíduo
que perdeu parte dos seus valores genéticos. As melhoras genéticas que se podem fazer,
sempre obedeceram ao interesse particular de quem as faça e não da natureza em seu
conjunto. Mas o interesse no benefício coletivo – do Reino Humano e a Natureza toda – só
se consegue mediante a aplicação cuidadosa de planos políticos e culturais de acordo com
as leis naturais. Jamais por manipulação da “Árvore da Vida” ou padrão genético.

2e) SELEÇÃO: “A evolução orgânica e a evolução dos seres que fazem uso do
organismo material é possível graças a seleção que a natureza cumpre
inexoravelmente. Todo aquele indivíduo que não se adapta ao meio, perece. Toda
aquela espécie que se perverte em seus valores originais, desaparece. Toda espécie
que busca adaptação mediante a destruição do meio ambiente e outros seres,
produz sua própria involução até desaparecer”.
Isto é igualmente válido – e mais ainda – quando o número aumenta
desproporcionalmente (superpopulação). A superpopulação degenerada rompe seu próprio
equilíbrio ecológico, e com ela, todo o sistema. A nossa civilização é um claro exemplo
disso. As Leis de Mendel explicam muito dos mecanismos naturais da seleção, mas
basicamente os elementos são aqueles que podemos chamar “valores originais”: beleza,
harmonia, equilíbrio biopsíquico, saúde, força, etc. E no homem se somam inteligência,
poder, moral, grau de consciência, etc.
O homem atual tem perdido estes valores em grande medida. Se casa por dinheiro,
por atrativo sexual – estético - , por “conveniência” de classe; pinta quadros com manchas
que um bebê e até mesmo um símio poderia fazer, possuem esculturas deformadas ou
sem nenhuma mensagem; ainda o mais rico vive como miserável e se relaciona com eles,
se maravilham com pseudo-músicas que, em vez de facilitar sua elevação e recuperação
da evolução psico-espiritual, estimula suas paixões animais e distorce seu corpo
energético impedindo seu desenvolvimento astral e espiritual. Todos eles obedecem a um
plano demiúrgico que leva a humanidade à sua própria destruição. É cada vez mais
escrava de um sistema político, econômico e cultural, imposto por uns poucos, e segue
fazendo filhos da carne, sem importar-se com o mundo em que os joga... mas o fenômeno
de entropia – já irreversível – leva essa civilização ao seu inevitável fim. Só sobreviverão
os indivíduos cujo sangue (genético) não tenha sido adulterado de modo extremo, nem
debilitado mediante os remendos demiúrgicos que representam as vacinas e a medicina do
mercado. Esses “dissidentes” do sistema serão os que terão capacidade de sobreviver
como aqueles homens originais, dos quais descendem toda a humanidade. Ou ao menos
como os sobreviventes das anteriores civilizações (munitas, lemurianos e atlantes).
Os aborígenes de quase todas as raças e culturas, possuíam o sagrado e amoroso
costume de afogar na água (nunca queimar, asfixiar ou apunhalar) os filhos que nasciam
com defeitos graves. Não se tratava de crueldade ou brutalidade, de modo algum. Sabiam
que se essa criança crescesse, seria para sofrer uma vida miserável e se, se reproduzisse,
isso representaria um dano imenso às gerações seguintes. O mal se espalharia na espécie
e um dia todos poderiam ser afetados, e a espécie desapareceria. O afogar em água o
bebê, e não o matar de outro modo, se deve a que a morte por imersão é a menos cruel.
Após alguns segundos de desespero (que o bebê praticamente não sente porque se havia
acostumado ao meio líquido), sobrevêm um estado de paz muito profunda, porque o corpo
astral também é “água alquímica” e possui as qualidades magnéticas da água. Pela
mesma razão, uma pessoa que sofreu um grande trauma psicológico – como uma violação
– necessita banhar-se mais que nenhuma outra coisa, porque consegue uma limpeza
emocional, não só física. Os prejuízos derivados de valorizar a vida física mais que tudo,
se fazem defendidos por leis políticas, com o que se consegue mergulhar milhões de
pessoas em sua indignidade de uma vida em condições infernais, enquanto que o mesmo
sistema lhes brinda (e não de modo gratuito) desde as mais grosseiras formas de
aturdimento, até as mais refinadas e sobrepostas formas de evasão psicológica,
impedindo-os tomar consciência de sua real situação.
Retornando ao tema da seleção, cabe destacar que em nossa civilização seria
suficiente que os enfermos, alcoólatras ou indivíduos com qualquer defeito ou tendência
que possa estender-se geneticamente, seja educado para eliminar seu instinto reprodutor.
Não seria necessário nem sequer a castração, pois o Yoga tântrico lhe permitiria realizar-
se sexualmente sem nenhum problema para a sociedade. E no caso de indivíduos
defeituosos por causas genéticas, os irmãos deveriam seguir a mesma educação, já que
os genes embora recessivos neles, estão latentes e se manifestarão cedo ou tarde em
seus filhos, netos ou bisnetos.
Em uma sociedade realmente evolutiva, somente deveriam ter filhos aqueles
indivíduos cuja árvore genealógica não possuíssem problemas graves. Se os mais dotados
tem filhos, e os que não podem tê-los – por autoconsciência e espírito de responsabilidade
racial e grupal – tratam essas crianças com o amor que teriam por seus próprios filhos,
indubitavelmente que essa Seleção Natural melhoraria a espécie, se viveria infinitamente
melhor, se lhe liberaria a sociedade de encargos com indivíduos inúteis e desgraçados, e
não por ter este um sentido “utilitário”, mas que é bem claro que não se pode realizar-se
plenamente uma pessoa ou uma sociedade com alto índice de deficiências genéticas.
Aqueles planos políticos que modernamente tem considerado seriamente essa
questão, tem sido objeto de calúnias internacionais, guerras por instigação e até
massacres, já que os interesses econômicos (mais claramente falando, demiúrgicos) não
se interessam por ter povos saudáveis, mas sim grandes consumidores (compradores) de
medicamentos e aparatos. Muitos médicos e cientistas de todo tipo se aderem a este
arquétipo deformado do dinheiro e, consciente ou inconscientemente, rechaçam esse
conhecimento embora seja evidente em nossos dias, por que não imaginam outra forma de
vida que não seja a que lhes dê dinheiro, que ganham com as enfermidades mais do que
com a saúde.
Aos indivíduos, custa entender que o bem individual, a curto ou longo prazo,
somente pode estar assegurado pelo bem coletivo. E ao desconhecer ou negar o
fenômeno da reencarnação e seus mecanismos, não tomam consciência de que eles
mesmos serão, em outros corpos, vítimas de suas omissões ou ações contrárias às leis do
universo. Assim, em vez de compreender, evoluir ou transcender, a maioria dos humanos
padecem à involução, na infernal roda das reencarnações. Para sair dela existe um
caminho muito simples: aprender estas coisas e seguir a Doutrina Kristã que Jesus
reatualizou no conhecimento da humanidade mortal, e que no último milênio tem sido
extremamente distorcida.

2f) ADAPTAÇÃO: “Toda espécie possui naturalmente um conjunto de


capacidades individuais e coletivas que lhes permitem adaptar-se ao meio em que
foi criada”.
O homem original não foi criado na superfície externa do planeta, mas as condições
dadas a ela e a inteligência do Reino, foi o que permitiu que a temperatura se desenvolve-
se de -30° C a mais de 50° C. Hoje, esta adaptação se conquista pela tecnologia, mas o
homem original não a necessitava. Seu corpo era mais que forte, sua mente dominava
totalmente as funções corporais e se comunicava através da telepatia. De qualquer modo a
involução causada pelas condições originais perdidas, se evidencia no contraste das raças
mestiças com suas respectivas raízes: arianos, negros, amarelos e pardos. Essas raízes já
eram criações clonadas, produto de manipulações genéticas dos homens originais, mas
ainda conservavam caracteres de solidariedade, nobreza, lealdade, dignidade, inocência
(não ingenuidade), poder psíquico, monogamia, beleza e felicidade emocional.
Muitos aborígenes de todo o mundo se fizeram “primitivos” ao inverso, por efeito de
múltiplos cruzamentos durante milhões de anos, perdendo sua capacidade de adaptação.
Alguns se equilibraram geneticamente, o que se completou com o estreito contato com a
natureza vegetal, que lhe permitiu recuperar o rumo evolutivo. Os que não se adaptaram
ou não receberam ajuda dos homens originais, caíram num abismo involutivo,
transformando-se em símios. Os saltos involutivos genéticos como a “trissomia do par 21”
o mongolismo, assim como outros similares, se deve a cruzamentos incompatíveis
(recentes ou antigos), produto da hibridação onde o aspecto reprodutor não foi anulado,
pervertendo-se a descendência “com a serpente espreitando no calcanhar”, segundo a
maldição jeovítica.
Ao civilizado moderno a sofisticação o fez débil, dependente, incapaz de viver em
meio a natureza da qual depende, temendo-a e destruindo-a, parasitando a uns poucos
produtores, trabalhadores e criativos. A adaptação tem seus limites e o ser humano os tem
violado, desrespeitando-os com abuso. As consequências estão a vista; só basta querer
olhar. Se a Humanidade não olhar e não tomar consciência, ocorrerá o mesmo que muitas
vezes no passado: a destruição da civilização.

2g) SUSTENTAÇÃO: “A finalidade de todo organismo, em todos os Reinos, é


servir de Sustentação ou manifestação material (veículo) a uma essência, cujo grau
de consciência é proporcional ao grau de perfeição e desenvolvimento desse
organismo, formado por ela mesma de acordo com todas as Leis Naturais”.

No caso dos minerais, a Consciência dos cristais é apenas a necessária para sua
formação e a radiação de seus princípios energéticos. Nos vegetais, o nível de consciência
é superior, com capacidade de sentir e de responder aos sentimentos de outros seres;
muitos elementais vegetais (a alma da planta) são antropomorfos (de forma humana) e
possui um instinto emocional refinado. Sua matéria é magnética (na ordem magnética que
chamamos “astral”). Os animais atuais são um produto de manipulação genética feita
ancestralmente por humanos, restos involutivos de antiquíssimas civilizações e manuseios
genéticos dos Animais Primordiais em laboratórios de alta tecnologia, cuja existência tem
sido demonstrada por descobertas abundantes (polidos a nível molecular e dissolvidos em
pedra – em pirâmides - , peças de cristal de quartzo como o crânio de Lub-an Tun e muitos
outros).
Apesar da maior parte do Reino Animal que habita a superfície externa não ser
criação sua, a Natureza do Logos do Mundo emprega milhões de anos para arrumar os
desastres que os homens fizeram consigo mesmo e com o resto do orbe. De todo modo os
animais possuem um cérebro que lhes permite pensar, elaborar ideias e tomar decisões
dentro de um esquema instintivo limitado. Tem sentimentos, são sustentados pelo Princípio
Vital que tende a aperfeiçoar seu veículo. As atitudes dos lobos e de outros caninos
racialmente bastante puros, assim como alguns felinos, revelam uma psicologia “Egoica”,
tanto emocional como mental (aplicação da inteligência). Se pudessem falar ou escrever
diriam “Eu... uma coisa dessas”.
Eles têm evidentemente uma consciência que transcende o simples padrão
instintivo e o reflexo condicionado. Muitos homens têm menos consciência egoica que
estes animais, já que os egos psicológicos os despersonalizam a tal ponto que são
psicologicamente uma massa de desejos, vícios, ódios e temores. Acredito que por
reflexão intelectual, e não por autoconsciência.
Os minerais não cristalizados possuem vida a nível atômico e não existe uma
Consciência dirigente, mas um cristal já é um ser vivo, cujo ciclo vital é de milhões de anos
e seu nível de consciência é imperceptível para outros Reinos, mas existe.
O ser humano deve compreender que sua existência material, sua vida física, é a
Sustentação e veículo para alcançar estados superiores de consciência e existência, mas
eles devem respeitar as Leis Naturais. Os instintos primários ou “primitivos” nada tem que
ver com os impulsos degenerados e mal chamados “instintos” fornicários, gulosos e
malvados do homem moderno, nem com a poligamia (socialmente necessária em raros
casos), nem com a competição entre semelhantes. Aqueles que conseguem superar o
caminho da involução atual, recuperando os valores originais, poderão ascender a super-
homens e a planos de realização cada vez mais gloriosos onde o elemento de sustentação
se aperfeiçoa e sutiliza ou densifica a vontade. Esclarecemos que “primário” é o elemental,
“primordial” é o original (que na natureza é perfeito) e “primitivo” se chama ao que caiu em
involução, e está evoluindo novamente.
Os seres de cada Reino Natural utilizam matérias e energias produzidas por Reinos
Menores e Maiores. Por exemplo: o Reino Vegetal se nutre basicamente do Mineral, e dos
restos do seu próprio Reino. O Animal e o Homem formam seus corpos com matéria
produzida pelos Reinos Mineral, Vegetal e Animal. O Reino Krístico se forma com os
Homens que por própria vontade tem elevado sua matéria a essas oitavas vibrações
maiores, e com certas energias muito sutis do sol interno de cada planeta. Mas Todos os
Reinos recebem a matéria e a radiação dos Reinos Cósmicos. Mais exatamente do Logos
Criador do Planeta em que se desenvolvem. Assim mesmo e seguindo essa escala de
sustentação, os planetas recebem a matéria e a energia das estrelas que os originam.

CAPÍTULO III

3. PRINCÍPIO VERDADE

“A verdade é independente e absoluta, como os outros princípios metafísicos.


É só uma, embora se manifeste de infinitas formas”.
Todo Ser a busca instintivamente e intelectualmente ao chegar ao Reino Humano, e
ainda neste, começa a buscá-la intuitivamente. Quando se mente não se altera a verdade,
mas se cria outra mais complexa, ocultando a primeira do outro. Mas, se João quebrou um
vaso e esconde o fato, negando a Pedro conhecimento sobre o assunto, ele não modifica
o feito de que João quebrou o vaso. Tampouco arruma o vaso, mas João acreditou em
outra verdade: “1°) João quebrou o vaso. 2°) Mentiu a Pedro ocultando o que fez”. Com
isso gerou uma verdade negativa que danifica seu corpo mental. Se persiste nesse
costume de gerar mentiras (verdades negativas) terminará louco, preso ou exilado.
Não cairá por destruir a verdade, porque embora se acredite em outras para ocultar
a primeira, esta segue ali. Cairá por ser esmagado pelo peso das verdades negativas
geradas, opostas e chocantes com as verdades positivas que realmente soube e ocultou.
Pode-se criar infinitas formas, infinitas estruturas e fenômenos dentro do infinito
Universo, o qual a converte também em um “Multiverso” de manifestações. Nenhuma
dessas criações ou fenômenos são Verdades Absolutas, mas sim Verdades Relativas,
sem embaraço existem verdades absolutas, que poderia se dizer que é uma só. Essa
Única Verdade Absoluta é Deus, embora se manifeste em Oito Princípios que podem ser
compreendidos intelectualmente como diferentes. Cada Princípio contém os demais e não
poderia existir sem essa condição. Na realidade, quanto mais Holística (completa) é mais
“Real”.
LEIS HERMÉTICAS DO PRINCÍPIO VERDADE

3a) IMUTABILIDADE: “Uma vez gerada uma verdade, esta se faz


absolutamente imutável, se grava no áskasis ou akasha (Memória magnética) de
todos os planos e é conhecida por Absoluto”.
As Leis Herméticas se superam lei sobre lei, mas ainda assim não podem ser
alteradas como leis. A Vimana e o avião não burlam as leis de atração (gravidade), mas
utilizam a aerodinâmica ou a magneto dinâmica para voar, mas a gravidade segue estando
e atuando. Em troca, os princípios metafísicos não são relativos, mas absolutos, ou seja,
que não podem ser superados uns com os outros, porque se tentar implica desequilíbrio e
percepção da manifestação do Ser. Como já explicamos, uma verdade não altera a outra.
O Universo Absoluto (ou Multiverso Relativo) está composto por uma infinita soma
Algébrica de verdades positivas e negativas. Poderiam contar-se as forças originando
infinitos efeitos e condições, mas nenhuma verdade conhecida ou desconhecida por uma
individualidade é eliminada da conta do Absoluto enquanto durar o ciclo cósmico do
Universo em particular (isto será entendido mais adiante).

3b) RELATIVIDADE: “Toda verdade que não seja um Princípio Absoluto é uma
verdade relativa”.
Isto é assim porque só é absoluto o Onisciente (que sabe de tudo), o Onipotente
(pode tudo, porque tudo o que ocorre está dentro do Absoluto) e o Onipresente (porque o
Espírito e os Princípios do Absoluto estão em todo lugar, e sua Consciência é testemunha
de tudo). Em troca, para qualquer observador individual será impossível observar uma
verdade – por pequena que ela seja – em toda sua dimensão, assim como será impossível
observar todos seus efeitos e as infinitas relações deles com os infinitos efeitos de tantas
outras causas. Por sua vez, para um observador qualquer que não seja o Absoluto, é
impossível ver a cadeia infinita de sucessivos efeitos que são derivados dessa verdade
como em um efeito mesmo da cadeia. Ademais, toda verdade é só parte infinitesimal da
Verdade Única que é o Absoluto. As Leis Herméticas – inclusive esta que estamos
explicando – são Verdades Eternas e Imutáveis, como os Princípios; mas diferente desses,
não são absolutas porque podem ser superadas umas com outras, conquistando infinitos
efeitos sem que impliquem desequilíbrio do indivíduo. Quando se viola uma Lei Hermética
e se produz o mal, é porque se fez sem relação aos Princípios, falhando nesse plano
primeiramente. A violação, por exemplo, da Lei de Seleção, e a manipulação genética com
todas suas manchas, tem sido consequência de não respeitar o Princípio Amor na ordem
psíquica, o qual produz um desequilíbrio na Inteligência como Princípio manifestado no
indivíduo que começou a indisciplina. Uma parte da Inteligência serviu a uma Vontade sem
Amor. Assim temos que só os Oito Princípios – que na realidade formam um Todo -, são
Absolutos, mas de lá para baixo, inclusive as Leis Herméticas que o formam, são relativas.

A Lei da Relatividade na Física é uma imitação ridícula e imperfeita da aplicação


desta Lei Hermética em relação ao Princípio Amor e as Leis de Temporalidade e
Espacialidade. Einstein, como elemento demiúrgico que era, conquistou alguma
informação parcial que lhe permitiu difundir uma Lei de Relatividade adulterada. Entre os
cientistas alemães de sua época, a Lei era conhecida corretamente, e suas aplicações
permitiram os avanços em eletromagnetismo e magneto dinâmica, que o “Projeto
Filadélfia” quis imitar, com consequências desastrosas para os participantes. A falha
ocorreu porque essa tecnologia não pode ser aplicada em pessoas com seus corpos
mentais e emocionais misturados. O Homem Mortal não pode andar num disco voador a
menos que depure previamente seus corpos astral e mental, pois como veículos
magnéticos que são, se decompõem por completo durante as trocas vibracionais senão
estão equilibrados em suas funções.

3c) FINALIDADE: “Toda coisa existente, toda verdade criada tem uma causa,
portanto uma razão de ser; podemos dizer, uma intencionalidade positiva ou
negativa”.
A finalidade tem sido muitas vezes tratada em psicologia e filosofia como
“existencialismo”. O homem, que tem em diversos planos vibracionais uma existência real,
se questiona permanentemente a razão possível de sua existência, a intencionalidade de
seu Criador. O “conflito existencial” lhe cabe porque tem alguma consciência de que é um
Ser eterno e transcendente, mas não sabendo e não vendo esta gloriosa transcendência
refletida nas religiões e nas atividades da vida, sofre e teme a morte; mas deve
compreender que tudo que existe para a Glória do Absoluto, existe também para a Glória
de suas Manifestações Individuais, e que toda verdade positiva tem um efeito
transcendente, enquanto que toda verdade negativa se dissolve desde sua causa até seu
último efeito, por ação dos mecanismos de expansão e contração da matéria, com a qual
se apaga o áskasis em sua totalidade ao final de cada Ciclo Universal.
Só sobrevivem à “morte momentânea” de cada Plano Dimensional, os seres que
são Espiritualizados na Matéria, enquanto que desaparecem da memória cósmica os que
pretendem (ainda que conquistado parcialmente) materializar o Espírito. O primeiro é
uma atitude Divina ou Teúrgica (está de acordo com as Leis do Absoluto), enquanto que o
segundo, é uma atitude demiúrgica diabólica; e todo demiurgo ou seguidor de um
demiurgo deixa de existir como individualidade, por aniquilação ao final dos tempos de seu
Plano Universal (cabe mencionar que as Bolhas Cósmicas estão compostas por infinitos
Planos Universais ou “Dimensões” e tem outro tipo de ciclos menos relacionados a
expansão e contração da matéria, e mais relacionados às variações vibracionais em outras
ordens).
O Ser ou individualidade é um Espírito corporizado, manifestado em uma estrutura
material, a qual deve levar a estados cada vez mais superiores (espiritualizar a matéria),
acrescentando autenticamente sua própria Glória. Mas quando o veículo (físico, mental,
astral e Alma) se perverte e toma uma orientação inversa, se produz a involução, com que
o Espírito (o Ser em si), se difunde em seu veículo cada vez mais, crendo ser um corpo,
com todas as suas debilidades e limitações; e com ele perde cada vez maior quantidade
de seus atributos: Ser, Consciência e Vontade. Então é um espírito materializado. Está em
uma atitude oposta a Finalidade Divina, que é Evolução e Glória.
A Intencionalidade ou Finalidade do Criador Absoluto é a Felicidade, Perfeição e
Glória de suas infinitas Manifestações Individuais. É, portanto uma finalidade perfeita; é o
amor em sua mais Infinita e Gloriosa expressão. Quando o cientista, o sacerdote, o político
ou o homem comum entendem isso no profundo de sua mente e seus sentimentos, todas
as diferenças se fazem ninharias e os problemas humanos não conseguem tirar sua
felicidade. Se desenvolve mais consciência e paz interior para encarar os problemas com
maior força e vontade. Esta compreensão é fundamental para o indivíduo e para a
comunidade. Já não se pode seguir pedindo aos seres que amem a um Deus que não
entendem, e menos crer que Deus é uma caricatura representada de um tirano sádico e
enlouquecido do Jardim do Éden, criador de homens mortais.
Observe cada um, sua própria intencionalidade em cada sentimento,
pensamento, palavra e ato, e achará os defeitos psicológicos que tem que erradicar para
viver conforme as Leis de Deus, e para deixar que sua Divina Presença, e o Eu Divino
guiem a personalidade pelos Caminhos da Perfeição.
Indo a outro tema, digamos que na prática, conhecer a finalidade de cada coisa é
chegar-se a Perfeição. Vejamos um exemplo: Em muitas oportunidades, as grandes
bibliotecas – especialmente aquelas que contenham grandes tesouros intelectuais – foram
queimadas para impedir ao homem acessar aos conhecimentos aqui expostos. Também,
com a mesma finalidade, se faz hoje o contrário. Podemos dizer que se editam livros-lixo,
que envenenam psicologicamente aos povos. Sem contar as quantidades de novelas
patéticas, sem mensagens, sem coisas úteis ao leitor e que, no melhor dos casos, podem
entreter um pouco. Mas isto também é nocivo, porque os afastam mais ainda da realidade
que deveria lhes interessar. Um “bom livro” é aquele que, além de entreter, entusiasma,
deixa um conhecimento real e útil, e contribui para felicidade existencial ou espiritual.
Por sua parte, o leitor deve buscar a utilidade – que é a manifestação prática da Lei
de Finalidade – em todas as coisas. Não se trata de ser utilitarista no sentido egoísta, mas
num sentido muito amplo, que não o impede de ser solidário (pois o que é útil a alguém,
em algum momento, pode ser útil aos demais). Bem podia dizer-se que “tudo o que não é
útil positivamente é útil ao negativo e, portanto, é nocivo”, ou “tudo o que não serve,
estorva”. O importante é que a utilidade não seja egoísta, é dizer que o que seja útil para
um, não seja prejudicial para outros.

3d) UNIVERSALIDADE: “Toda Verdade Absoluta e seus derivados herméticos,


é válida em todos os Universos Relativos (Bolhas Cósmicas), mas toda outra
verdade produzida no tempo morre no tempo de cada Universo Relativo em especial.
Cada Verdade tem efeito em toda a Bolha Cósmica a que pertence, mas não no resto
do Universo Absoluto. A exceção a essa Lei só é compreendida pelas consciências
que transcendem totalmente seu Plano Universal e logo o seu Universo Particular”.
Disto pode-se deduzir que de cada “plano espaço-temporal” só transcendem como
verdades aos seres mesmos, sem karma negativo. O conjunto de infinitos globos
cósmicos é o Corpo Infinito e Eterno do Absoluto. Nosso “Plano Universal” é uma bolha
menor que forma parte infinitesimal (de alguns bilhões de anos-luz de diâmetro
correspondente à mesma quantidade de tempo) de uma Bolha Cósmica ou Universo em
Particular. Ao final do ciclo, cada Plano Universal passa toda sua matéria à sua polaridade
oposta. Todos os seres que conquistaram um nível de consciência espiritual e
espiritualizaram sua matéria, dominam estas leis e ascendem a planos de existência onde
regem as mesmas Leis, mas em outras condições de aplicação.
Cabe esclarecer uma vez mais que quando falamos de “Plano Universal”, nos
referimos a uma ordem de matéria e energia que estão dentro de um intervalo limitado do
espectro infinito de estados vibratórios. Este só pode ser compreendido por quem medita
muito profundamente nestas coisas, mas é unicamente vivenciando-o que é alcançado o
estado Krístico, ou a iluminação momentânea. Entretanto entende-se que a separação dos
Planos Universais de uma mesma Bolha, e a separação maior ainda entre estas, já não só
em tempo, distância e tamanho, evita totalmente que o corpo eterno do Absoluto possa ser
infectado pela atividade demiúrgica que surge em alguns Universos. Inclusive é quase
impossível que a atividade demiúrgica alcance a produzir desordens que afetem mais de
um sistema solar, dado que o efeito matemático de “entropia” é mais rápido que a
expansão de qualquer civilização. Quanto mais pronunciada a atividade demiúrgica de
uma civilização – humana ou de qualquer outra espécie -, mais acelerada é a entropia,
portanto mais rapidamente se produz sua extinção. Como os Princípios e Leis Herméticas
são Universais no sentido do Absoluto, regem ao “Multiverso” ou “Universo
Absoluto”, qualquer que seja o Universo em Particular (Bolha Cósmica) que se observe
ou se atue, assim é como funcionam os infinitos Planos Universais ou dimensões de cada
Universo.
3e) UNICIDADE (ou Exclusividade): “Toda verdade é única em sua essência, é
exclusiva, e uma vez produzida não pode ser substituída”.
Este princípio (também chamado de exclusividade) se relaciona com o de
Imutabilidade, já que a verdade não pode ser modificada, mas que outra não pode ocupar
seu lugar na cadeia de causas e efeitos. Do mesmo modo, um ser não pode ser
substituído na dita cadeia. Uma substituição de funções sempre há, porque o Universo
tende a reorganizar-se com o menor esforço possível, recriando-se sempre no Absoluto e
no Relativo, embora sob os mesmos Princípios e Leis Eternas que não podem ser
substituídos (ver Lei de Espontaneidade). Mas o que se substituiu não é o Ser em si
mesmo, mas que em qualquer caso tem sido substituído o veículo que efetuava uma
função determinada. Digamos que João trocou de trabalho, e Pedro ocupa agora seu
lugar. Os amigos de João também se fazem amigos de seu novo companheiro – Pedro -,
mas João segue sendo João e a substituição é só em uma função, não na existência
mesma. Isto é aplicado a toda individualidade no Universo. Quando uma entidade é
aniquilada por efeito das causas que ela mesma tem produzido, poderá surgir outra
entidade idêntica, mas não é a mesma. Todo ser é basicamente uma verdade existente, e
embora haja uma infinidade de Seres idênticos, tem uma diferença que lhe permite se auto
reconhecer como um Eu. O mesmo ocorre com qualquer verdade.

3f) POTENCIALIDADE: “Toda verdade positiva possui uma força potencial de


manifestação que a faz superior a qualquer verdade negativa, mas toda verdade –
seja positiva ou negativa – é independente de que um observador a conheça ou não;
tem poder por si só”.
As forças que se movem na realização de uma verdade, lhe dão uma permanência
e vigência que supera todos os intentos de ocultá-la. Assim podemos ver que as
verdadeiras formas filosóficas, naturais, políticas ou humanistas de qualquer espécie,
ressuscitam com uma força esmagadora depois da queda dos homens ou impérios que
mentiram. Essa mesma força faz que toda verdade tenha possibilidade de produzir outras
verdades, o que atua como gerador permanente do movimento universal.
Um claro exemplo disso é a mesma cadeia de causas e efeitos que se faz cada vez
mais ampla e complexa, até que a matéria em expansão chega a esgotar sua inércia com
relação a atração das massas. Ali a potencialidade se inverte, mas não deixa de ser; então
o Plano Universal se contrai. Isto ocorre pela inversão das cargas, e a potência de
contração é igual a potência e tempo aplicados na expansão.
Do mesmo modo as verdades se concentram, ficando só o extrato efetivo: os
espíritos que tem superado as limitações da matéria, espiritualizando-a, conquistam
divinizar-se, reunindo em si não uma memória como os áskasis, mas a suma Verdade-
Potência que é o próprio Ser.

3g) EQUILÍBRIO: “Quando se tem gerado duas ou mais verdades de diferentes


signos, o resultado – como em toda soma algébrica -, é uma verdade intermediária
que contempla a ambas”.
Quando o observador tem ante si duas verdades aparentes e contrapostas, a
postura que deve manter é a neutralidade, até confirmar qual é a positiva. Dadas as
potencialidades da verdade, um problema quase nunca tem dois elementos, mas quatro ou
mais, e o observador deve buscar o equilíbrio entre todos eles para captar a verdade em
sua autêntica profundidade. Geralmente achará que nenhuma das aparências
apresentadas é a verdade, mas que ela se encontra oculta em um ponto justo de equilíbrio
de todos os elementos. As opiniões gerais sobre qualquer tema são quase sempre
extremas (racismo – antirracismo, liberdade – escravidão, nacionalismo – anti-
nacionalismo, monoteísmo – politeísmo, etc.), mas a verdade não se achará nunca nos
extremos, mas em um ponto intermediário. Os demiúrgicos utilizam estas dualidades para
levar os povos a esses extremos, dividindo-os para submetê-los mais fácil e
dissimuladamente. O Mago (seja Guerreiro ou Santo) comtempla muito seriamente a
aplicação desta lei, buscando sempre o “Caminho do Equilíbrio”, utilizando o intelecto para
descobrir o ponto de conciliação de duas posturas opostas. Em alguns casos não é
possível esta conciliação, devido que não se trata de oposições, mas de coisas
desconectadas. Em outras, não é possível o equilíbrio (especialmente quando se devem
tomar medidas práticas) porque o ponto médio não permite uma realização. Por exemplo,
pretender corrigir assuntos políticos com meias medidas, só produzem esterilidade,
causando um gasto inútil de energia. Vamos colocar por exemplo um passo de nosso
caminhar: o equilíbrio de nosso andar consiste em que cada passo que damos seja
seguro, concreto. Um meio passo implicaria um tropeção; e com meios passos não
chegaríamos a nenhum lugar. E na política, “a divisão de poderes” fazem que todas as
medidas que os povos necessitam para caminhar para a sua realização, sejam semi-
medidas, estéreis meios passos. E nas misturas raciais, a alma não pode conquistar o
equilíbrio biológico porque os elementos genéticos não são “opostos”, mas incompatíveis.
Ambos padrões genéticos são meio manifestos. E na ciência, os avanços são muito
menores do que muitos cientistas poderiam conquistar, porque estão envolvidos com as
limitações econômicas e pautas do mercado. A eletricidade segundo Tesla – por exemplo
– teria sido gratuita, superabundante e transmitida por ondas hertzianas. Mas essa
tecnologia só é usada por uns poucos que conservam um monopólio científico-econômico.
O resto da massa dessa civilização utiliza a eletricidade segundo Edson, que teve
que queimar as pestanas para inventar uma lâmpada que se queima em poucas horas, só
para vender peças de reposição, e onde também a eletricidade poderia ser cobrada. Tesla
propunha, segundo seus descobrimentos, a gratuidade da eletricidade, pois fez lâmpadas
que não se queimavam, condução e conversão da luz em alta frequência e ondas de rádio,
etc. Mas isto não convinha ao plano de domínio mundial mediante o mercado. A ciência se
viu meio desenvolvida, o que implica uma destruição do planeta por extração, uso e
distribuição energética em modos deletérios para o equilíbrio planetário. Estes exemplos
tem a finalidade de mostrar ao leitor que a Lei do Equilíbrio não deve ser confundida com
neutralização ou fraqueza; pois o equilíbrio aparente implica desequilíbrio. De modo que no
fim do século passado a massa não compreendeu que estava em conflito dos arquétipos
(o da gratuidade e o da submissão ao mercado) com respeito a tão importante assunto
como a eletricidade, e a discussão foi levada a outros terrenos: a polêmica era levada pela
imprensa como a eletricidade sendo diabólica, perigosa para a vida e que produziria
desemprego. E por outro lado, se diziam de suas vantagens e assim geravam na opinião
pública dois extremos, que terminaram gastando-se por neutralização. Embora as pessoas
discutiam o absurdo, os banqueiros faziam contas de quanto ganhariam se Edson
conseguisse comercializar a eletricidade, e seus funcionários combatiam a Tesla
mediante a ridicularização pública e outros meios mais severos. Mas, as pessoas não
compreendiam que a verdade estava em outra questão, porque qualquer meio que falava
dos avanços de Tesla recebiam os ataques imediatos da conspiração econômica. Ainda
hoje, nas universidades, não se ensina nada do que realmente Tesla conquistou. Mas os
desequilíbrios causados pela demiurgia nesses e em todos os campos científicos, políticos
e religiosos, produzirá efeitos inevitáveis, porque o Equilíbrio como Lei também tem
sustento na Lei de Causa e Efeito do Princípio propriamente dito.
CAPÍTULO IV

4. PRINCÍPIO INTELIGÊNCIA

“Há uma inteligência inconsciente, como a mineral, e uma inteligência


intelectual ou mental (como o homem); mas há diferentes graus de inteligência na
Natureza, e não há nada, nem Ser algum que careça totalmente dela. Essa
inteligência é uma só, atuando em todos os seres e coisas do “Universo Eterno”.

Os Princípios e Leis são uma prova da Inteligência Divina da criação. Essa


inteligência completa tudo, há uma ordem inevitável e perfeita que rege desde o
infinitamente grande até o infinitamente pequeno.

LEIS HERMÉTICAS DO PRINCÍPIO INTELIGÊNCIA

4a) PERCEPÇÃO: “É a capacidade da Consciência de responder às vibrações


do demais seres e coisas. Uma vez que a individualidade possui o organismo
preparado pelo mesmo em uma primeira fase para manifestar-se e evoluir, começa a
manifestar a segunda fase de sua inteligência individual mediante qualquer das
formas de percepção”.
Na primeira fase não percebia, mas irradiava seus atributos do Ser, para manejar
os elementos químicos ou biológicos que constituiriam seu veículo (átomos, moléculas,
genes, etc.).
Cabe esclarecer que as formas de percepção são variadas e se realizam por
diversas modalidades de órgãos, mas se faz sempre mediante oito níveis de captação
vibracional, nas mais baixas ou altas oitavas imagináveis do espectro vibratório.
Os oito níveis correspondem a: tato, audição, paladar, olfato, visão, compreensão
intelectual, intuição e gnosis. Para isso, cada Ser possui em seu organismo os
mecanismos mais apropriados segundo seu nível de evolução. Os protozoários por
exemplo, só tem um tato muito refinado, mas nenhum outro. Alguns insetos possuem uma
visão 50 a 100 vezes superior à humana, com a qual percebem imagens em diversas
cores, as temperaturas do ar e dos corpos. Carecem de audição, mas percebem sons
como tato, pela vibração atmosférica. O paladar dos insetos é muito rudimentar, mas seu
olfato também é refinado. Devemos considerar as abelhas fora do contexto do
insectuarium, pois são os únicos insetos criados pelo Logos. Possuem olfato, tato, paladar,
visão, audição e uma espécie de intuição as vezes superior à do humano mortal. O ser
humano comum tem os 5 sentidos primários dos animais superiores, mas possuem uma
compreensão intelectual (que os animais superiores perderam no processo involutivo e
que os animais inferiores – produto de manipulações genéticas – nunca tiveram).
O homem superior (de raça pura) possui uma refinada intuição e desenvolve
naturalmente a gnosis. Os delfinídeos e os cetáceos, que são animais primordiais,
possuem os cinco sentidos primários, compreensão intelectual simples, grande intuição, e
muitos deles desenvolvem gnosis. Estes possuem, igual ao homem de raça pura,
constituição sétupla (ver Anatomia Esotérica Geral Humana, no livro segundo), com mais
harmonia que o homem desta civilização.
A percepção cumpre a função de nutrir de experiência e capacidade aos veículos
superiores (potenciais) de cada Ser no plano vibratório imediatamente superior, além de
permitir a sobrevivência do corpo físico. Assim se forma a memória askásica de cada
indivíduo. (É a banda magnética ou “Alma” onde foram gravadas todas as imagens das
experiências passadas pelo Ser). O homem atual tem involuído por causa dos
cruzamentos entre espécies (raças) e perde a direção evolutiva porque o verdadeiro Eu
Humano, o “Ego”, fica oculto pelos falsos Eus, que estão compostos de recordações das
emoções. E assim, busca alimentar-se a si mesmo, repetindo experiências animalescas e
exclusivamente sexuais, em vez de desenvolver suas qualidades superiores e
potencialidades espirituais. O Eu real não sabe quem é ele mesmo porque está difundido e
disperso entre os elementos dessa envoltura magnética. Por isso desconhece os prazeres
que causa as coisas de ordem espiritual, e atentando contra essa lei de evolução, está
cada vez mais desajustado e grosseiro seu sistema de percepção.
Já não percebe gnosticamente porque a consciência está separada da Divina
Presença como um mal filho que só tira do pai o sustento vital. A intuição desaparece por
sua genética alterada e sua vontade é quebrada por contraposição. O Eu Verdadeiro quer
libertar-se do vício embora o eu falso o retém e o leva cada vez mais para o fundo. Por
igual razão, o cérebro responde menos e sua mente entretida na atividade sexual, perde a
capacidade da compreensão intelectual.
Vejamos, por exemplo, o masoquista, que perdeu o tato a tal ponto que não sente
prazer na carícia, mas no golpe com o chicote; da mesma forma o paladar, que só é
estimulado com refeições picantes, rudes, ácidas, etc. Sua visão não capta a beleza das
cores, nem suas notas sutis, nem seu intelecto capta as ideias refinadas, mas busca
imagens cada vez mais grosseiras, de assassinatos, de violações, ideias de paixões turvas
(tudo isto muito especialmente estimulado pela literatura e cinematografias demiúrgicas e
degeneradas).
Ao perder a percepção natural, o homem perde possibilidades de superação e
perfeição. Na natureza intraterrena em geral, os Reinos, gêneros e espécies mantém uma
simbiose evolutiva perfeita.
Nela, cada indivíduo de qualquer Reino, gênero ou espécie, possui as percepções
necessárias para seu perfeito desenvolvimento, e, portanto, possui comunicação com
qualquer outro indivíduo de qualquer outro Reino que se faz dentro do intervalo vibratório.

4b) ASSOCIAÇÃO: “A inteligência funciona baseada na separação dos objetos


de percepção na Natureza, e a capacidade de uni-los e combiná-los nos planos das
ideias”.
A Lei de Associação está presente em toda função intelectual, seja na complexa
elaboração humana ou na primitiva ideia – quase instintiva – do animal. A necessidade é
uma ideia, o objeto que a satisfaz é outra. A inteligência resulta da relação entre ambas.
Quando se faz uma meditação ou concentração profunda em um objeto, a consciência
concentrada associa todos os objetos, todos os detalhes, desde os externos até os mais
íntimos do objeto em questão, e associa tudo para conquistar a contemplação total. A
meditação superior, chamada Meditação Transcendental, é a contemplação do Eu Divino;
ela faz com que a inteligência imanente em todos os veículos inferiores do homem (físico,
mental, astral e vital) e parte dos superiores (Alma e Kristos) se associe a si mesmo, se
unifique e também se unifique com a inteligência do Absoluto. Isto é o que se chama
Iluminação, porque a Consciência do Absoluto está absolutamente associada (o que
equivale a “unificada”) com tudo o que existe. Não é possível fazer corretamente a
Meditação Transcendental sem haver eliminado previamente os Eus psicológicos ou
emoções inferiores do corpo astral, mediante a Meditação Psicológica. (ver livro segundo,
capítulo III, parte 6).

4c) EXPANSÃO: “Toda manifestação da Consciência como ponto focal de uma


inteligência, busca expandir-se e crescer em relação direta com o grau de perfeição
que manifestem seus veículos de expressão. Quanto mais evoluída a Consciência,
mais amplo é o espectro vibratório que pode perceber, portanto é maior sua
expansão”.
Podemos agregar que quanto maior é a expansão de uma Consciência, maior é a
quantidade de Seres e coisas que pode perceber. Quanto mais os Seres comunicarem-se
transferindo mutuamente informações, mais aumentarão mutuamente sua expansão. É um
processo isotrópico, “incluso” como um espiral que se faz potencialmente mais amplo.
Assim mesmo se pode escrever a evolução, pois no caso da Consciência, a evolução é
diretamente proporcional a expansão, enquanto que a involução é diretamente
proporcional a concentração negativa ou perdida de comunicação (não confundir com a
“concentração da mente”, já que a concentração mental é a capacidade de comunicação
profunda de uma Consciência, com outro Ser, objeto ou assunto, durante um tempo
determinado).
Podemos observar que todo veículo de uma consciência tende a APRENDER,
acumular conhecimentos, associá-los (seja automaticamente ou por força da vontade
guiada) e aplica-los para desenvolver-se ou para adquirir mais conhecimentos. Dado que
tudo tem mente, a inteligência se manifesta em tudo o que existe, seja com efeitos
positivos ou negativos. As pessoas que exigem de si mesmas, moderadamente, mas sem
pausa, a tarefa de desenvolver o intelecto, alcançam compreensão de tudo aquilo que lhe
interesse. Mas, o indolente que se deixa arrastar pela preguiça mental se empobrece mais
que aquele que é dominado pela preguiça física. Qualquer forma de preguiça é deletéria,
mas a preguiça mental impede a expansão da consciência ficando o indivíduo preso em
sua própria rede de paixões e enganos, e com a mente cada vez mais letárgica. A
expansão da consciência, portanto, requer manter a mente ocupada em aprender coisas
positivas, em buscar a verdade depois das aparências, em descobrir o Universo Infinito,
Eterno e Maravilhoso em que vivemos, cuja realidade geral nada tem que ver com o
inferno dessa superfície externa da Terra.

4d) CONSCIENTIZAÇÃO: “Todo foco de inteligência, amor e poder que se


ordena o suficiente para analisar-se a si mesmo, se converte em uma Consciência”.
Isto é uma manifestação do mais alto nível da Lei de Evolução, através da qual tudo
vai para sua origem divina, mas individualizada. Desse modo, o Absoluto toma consciência
de si mesmo através de toda sua Criação e Todas Suas Criaturas, já que toda Consciência
busca associar-se ao seu Criador.

4e) APLICAÇÃO: “Toda função de inteligência desenvolvida ou manifestada,


tem sua inevitável aplicação. Toda função de inteligência que não se aplica tende a
apagar-se da mente de onde surgiu”.
Quando uma função de inteligência não se aplica, essa mente perde sua
capacidade, o que implica grande sofrimento para o Ser, já que não só se apaga do corpo
mental o conhecimento adquirido, mas também a função em si. Podemos dizer que se
apagam os elementos magnéticos do “Programa” do computador da mente. Se perde
energia mental, conhecimentos e capacidades. Segundo as condições de vida, uma mente
“adormecida” pode conservar seus conhecimentos e capacidades durante muito tempo,
mas não indefinidamente. A Lei de Aplicação tem relação analógica com a de Finalidade
do Princípio Verdade. Se não houver variações nos campos magnéticos do planeta, um
disco de computador poderia conter sua informação durante milênios, mas como não
existe nada estático no Universo, se se guarda o disco, a informação se perderá parcial ou
totalmente ao cabo de alguns ciclos ou – quando muito – alguns milênios.
Nos Seres, a constituição biológica é mais complexa e mutável, de modo que se não
evoluem aplicando ou sintetizando a informação contida na memória mental, tal informação
(conhecimento) se perderá paulatinamente ou suas partes se associarão a outros corpos
de informação, de modo mais ou menos distorcido. De todo modo, o consciente do Ego
que está em evolução faz, neste caso, uma série de razões que formam conceitos;
podemos dizer, corpos de informação aplicáveis as necessidades emergentes.
Em tal caso a informação não se perde realmente, mas tende a usar-se de outro
modo.

4f) DIMENSIONALIDADE: “Toda inteligência tem a capacidade de dimensionar,


medir e calcular. É a capacidade de relação entre a consciência e o meio em que se
está, e é também a relação entre a sua consciência e o espaço, o tempo, a realidade
objetiva externa a seu veículo e as imagens de sua memória”.
Quando a consciência gera veículos apropriados, pode conhecer ou perceber
diferentes dimensões fora do Universo vibracional imediato. No caso do Ser Humano, este
percebe a altura, o comprimento e a largura, mas quando sua inteligência é aguçada
mediante a utilização de seus próprios recursos, pode perceber uma “Quarta Dimensão”,
que são as três anteriores, mas em outro estado vibratório e compreendidos ao mesmo
tempo. O indivíduo orientado na direção da espiritualização, pode compreender muitas
outras dimensões, inimagináveis para o sujeito materialista ou para o cientista
exclusivamente mecanicista. E não se trata dos delirantes, nem místicos, nem de
escritores de ficção científica – embora estes últimos geralmente são, em muitos casos,
autênticos filósofos –, mas de quem pode perceber realidades como as que aqui
expusemos, porque a mente está orientada em direção à transcendência, rompendo as
limitações dos sentidos puramente materiais. As pessoas que devem resolver diariamente
problemas complexos (especialmente detetives, bombeiros, médicos, filósofos, escritores,
estrategistas militares, etc.), geralmente desenvolvem o intelecto de diversos modos,
dimensionando situações, fatos e possibilidades muito complexas, o que muitas vezes os
obriga automaticamente a desenvolver o que parece “instinto”, mas se trata de intuição.
Alguns psicólogos e alguns “resolvem tudo” que trabalham de adivinhos, geralmente
desenvolvem esta intuição – honesta ou desonestamente – até graus admiráveis,
parecendo clarividência ou alcançando suas mesmas utilidades. A gnosis é a forma de
dimensionalidade mais expandida no Humano, e funciona mediante a clarividência,
embora não sempre da mesma forma em todos os indivíduos. Os filósofos geralmente têm
um tipo especial de gnosis, sem as imagens que percebe o clarividente. Podem
dimensionar coisas tão abstratas como estas Leis. O leitor que tenha compreendido
profundamente todo o exposto até aqui, está aprendendo a dimensionar em abstrato, e
notará em um tempo que sua mente “troca de fase”, pois mantém as formas de percepção
normais, mas quando o deseja pode elevar seu pensamento a coisas de ordem muito
superior ao mundano. Em todo caso deve manter um equilíbrio, afim de não sobrecarregar
a mente nem ao corpo emocional. Se recomenda viver normalmente, sem deixar de
atender as questões mundanas, porque dentro de certos limites, que o sentido comum te
indicará, o inferior e o superior devem dimensionar-se sem fanatismos. Assim se pode
viver cada vez mais de acordo com o aprendido, trocando ou evoluindo paulatinamente,
sem pressa e sem pausa; dando-se tempo para desfrutar mais serenamente possível de
todas as coisas da vida.
Algo fundamental, é dimensionar corretamente a importância dos assuntos materiais
e sensoriais. Não devemos ser reprimidos, mas superados. A chave está na Meditação
Psicológica. Não devemos nos condenar por não saber ou por ter vícios. Devemos
trabalhar com nós mesmos, sem pressa e sem parar.
4g) PERFEIÇÃO: “Toda inteligência tende a ser perfeita. E tudo na criação
busca perfeição mediante os mecanismos da inteligência”.
Esta Lei é evidente no Reino Humano, já que todo indivíduo pode observar em si
mesmo a necessidade instintiva de se aperfeiçoar, seja por sobrevivência, pelo sucesso,
pelo humanismo, culturalmente ou fisicamente. O aspecto negativo desta lei é que, aquele
que não se aperfeiçoa (o que não evolui), se estanca e começa a perverter-se, a tornar-se
imperfeito (involui).
No Reino Humano o indivíduo tende a evoluir ao longo de cada encarnação, mas a
atividade demiúrgica o faz mestiço, com o que se assegura encarnar em corpos cada vez
menos aptos, cada vez mais degenerados. Assim seu karma grupal – especialmente racial
– o arrasta a involução grotesca e diabólica, por mais que “se porte bem” em todas as
encarnações.
O Pecado Original é Genético, já que se trata de manipulação, clonagem ou
mestiçagem. Ter um filho com uma pessoa de outra raça gera mais karma negativo que
matar a um milhão de pessoas, porque com ele se assegura o processo involutivo de todas
as suas gerações futuras. De todo modo, a solução não é matar aos degenerados, pois
isso evidenciaria uma monstruosa falta de amor e incapacidade política. Mas, impedir sua
reprodução mediante planos educativos, seria uma benção para o Reino Humano (ou
melhor, Sub-reino Humano Mortal). Os defensores da mestiçagem (fanáticos antirracistas
que se juntam com revoltados), e os piegas “defensores da vida” que pensam e atuam sem
inteligência, o fazem contra as Leis Naturais, e isso os condena a permanecer na
superfície externa do Planeta, encarnando em condições cada vez mais desastrosas, em
vez de alcançar a Imortalidade e a Ascenção, de uma vez que condenam à morte
permanentemente a milhões de Seres.
Os remanescentes de antigas civilizações humanas, que hoje são símios, foram
grandes defensores da vida física sem se importar com o respeito às Leis Naturais. O que
na natureza não se aperfeiçoa, inevitavelmente se “imperfeiciona” degradando-se até sua
aniquilação.
A Inteligência Máxima é a que planejou estas Leis Eternas e Imutáveis, e não é
possível ir contra elas sem sofrer as consequências. Deus Absoluto não é bom nem mau;
simplesmente é PERFEITO, e o que não se aperfeiçoa se afasta Dele até desaparecer de
sua memória.
Urge tomar consciência dessa realidade, seja por compreensão intelectual, por
intuição ou por instinto, para reverter rapidamente esse processo. Isto é possível embora
seja, ou se tenham filhos mestiços, porque “tomar consciência” é a verdadeira forma de
arrependimento, e a evolução se começa a reverter no momento de não gerar mais karma
negativo. A partir daí cada um fará segundo se indique seu Eu Interior ou Ego, mediante
sua Divina Inteligência. Mas quem, sabendo isso, persiste na estupidez e no Pecado
Racial, certamente se condena a si mesmo.

CAPÍTULO V

5. PRINCÍPIO ESPÍRITO

“O Espírito como Princípio Metafísico, é o material original do Cosmos, a


“Substância” original, primordial, da qual estão feitas todas as coisas, porque Deus
é feito dessa substância. O Espírito é passivo, não tem vibração, e toda vibração
Nele, produz energia”.
Para os cientistas modernos como para os antigos alquimistas, se chama éter. Pode
ser considerado arqueometricamente a origem incognoscível do conjunto de matérias e
energias que formam o Universo.
Quando falamos do Espírito do Homem, embora esteja composto dessa mesma
substância, falamos de uma entidade individual composta, na realidade, pelos oito
Princípios Metafísicos e seus atributos eternos: Ser, Consciência e Vontade, em sua
manifestação ativa. Podemos dizer que um Ser (qualquer e não somente o Homem) se
inicia em um ponto do Espírito posto em vibração, que tende a evoluir indefinidamente
pois, para ele, estão disponíveis o infinito e a eternidade.

LEIS HERMÉTICAS DO PRINCÍPIO ESPÍRITO

5a) CONSTITUCIONALIDADE: “O Espírito contém em si mesmo todos os


Princípios ainda que seja em manifestação passiva, ou ativa em uma escala infinita
de vibrações e densidades. Tudo que existe está composto de Espírito em qualquer
de suas infinitas formas de expressão”.
Esta lei, mais que comentários, merece meditação. Seu enunciado é sumamente
concreto.

5b) MALEABILIDADE: “O Espírito, sendo a substância original de tudo o que


existe, é o elemento mais maleável que há, e o grau de maleabilidade é Infinito”.
Suponhamos que todo Universo, com todas as coisas materiais, mentais, etc.,
estivesse constituído por plasma. Não existiria no dito Universo nada mais maleável que o
mesmo. O Espírito se manifesta de modo “ativo” ou “passivo” para um observador que se
encontra em um determinado plano de percepção, porque a percepção em si mesma é a
capacidade de uma Consciência de responder às vibrações de outros Seres e coisas.
Portanto, a atividade ou passividade do espírito manifestado em uma forma qualquer, é
algo relativo à posição do observador. Para um observador com visão astral, a pedra não é
tão passiva quanto parece ao observador normal, pois o primeiro vê as radiações da pedra
que escapam a percepção do olho normal.
Devido aos ciclos atômicos da pedra em um meio natural estável, essa não varia a
aparência para nenhum de ambos os observadores, que durante anos ou milênios
poderiam percebê-la da mesma maneira, mas se os ciclos atômicos são modificados, é
possível converter a aparência estável (matéria passiva) em uma manifestação ativa
(energia).
Com a aplicação adequada das Leis Naturais, de modos mais ou menos direto,
segundo a profundidade e equilíbrio do conhecimento, uma Consciência pode manipular o
Espírito (matéria – energia), manejando suas formas de expressão. Os antigos
Alquimistas, como os modernos cientistas, transmutavam chumbo em ouro. Os Alquimistas
conservam técnicas avançadas de civilizações anteriores; os modernos os conseguem em
quantidades insignificantes, como efeito residual da atividade dos grandes reatores
nucleares. Os grandes Magos, cuja Consciência tem alcançado níveis de expansão mais
além do Reino Humano, conseguem transformar quantidades notáveis de energia cósmica,
luz solar ou qualquer outro tipo de energia, em matéria visível ou palpável ao humano, sob
o molde que o Mago lhe impõe mentalmente. Tal é a “precipitação” do vinho, dos pães e
dos peixes de Jesus, o bibuti e as joias de Sai Baba, etc., assim como certas curas
milagrosas. Algumas curas por sugestão ou autossugestão se devem em grande parte a
maleabilidade do Espírito, pois a mente é magnética e é o meio pelo qual a Consciência
afeta a matéria. A matéria mais poderosa que existe é a do próprio corpo, por isso é mais
fácil de ser afetada. Mas para influir em outro corpo é necessário induzir mediante
sugestão a Consciência que o possui.
Voltando a termos mais amplos, a maleabilidade do Espírito é infinita, porque
serve assim a infinitos Seres, para manifestar-se ou corporizar-se nos infinitos Planos
Universais dos infinitos Universos em Particular que formam o Universo Absoluto. Dentro
de cada Universo em Particular é possível haver um espectro infinito de vibrações, embora
cada Ser, sendo uma Individualidade Eterna, mas não Infinita, perceba uma parte limitada
de vibrações, e, portanto, uma quantidade limitada de manifestações do Espírito. Na
medida que a Consciência do Ser evolui, os limites se expandem, podendo
proporcionalmente modificar as manifestações de matéria – energia. O involuído homem
das cavernas apenas pode modificar a madeira e a pedra em sua forma externa; logo
aprende a manejar metais utilizando o fogo e a água. O químico e o físico modernos
modificam a forma, a constituição química e as propriedades físicas de corpos e elementos
aproximando-se das conquistas dos alquimistas antigos. O Mago modifica a substância
alquimicamente, convertendo-a quase em qualquer coisa (para isso deve transmutar-se
primeiramente a si mesmo). Para um mestre ascenso (um Kristos), nosso plano vibracional
perceptível de matéria e energia, não tem segredo algum.

5c) TOTALIDADE: “Não existe nada que não seja composto por espírito e de
espírito. Todas as modificações que este pode ter, estão comtempladas em suas
próprias Leis e em sua infinita capacidade de manifestação. O Universo Absoluto é
um Oceano Infinito de Espírito”.
Pode-se considerar que não é possível, sem Espírito, modalidade alguma de
existência. O Ser é um “centro” ou vórtice de Espírito Puro e “passivo” (a Divina
Presença), que se individualiza ao por em vibração uma determinada quantidade de
Espírito ativo ao seu redor, mediante ao qual se manifesta formando as Esferas de
Consciência, com as que influi no Oceano Cósmico, gerando com sua “água” (também
Espírito), as diversas modalidades de energia e matéria. Podemos dizer que a matéria não
é outra coisa que Espírito posto em vibração pelos diferentes Seres que, na escala
evolutiva Cósmica, povoam o Infinito.

5d) DENSIDADE: “O Espírito possui dois estados maiores: um é o da absoluta


passividade e o outro é o da densidade. Quando HÁ vibração, proveniente da
VONTADE do SER, o Espírito toma densidade e se manifesta”.
Qualquer coisa perceptível, seja um objeto ou uma vibração, é, na realidade,
Espírito densificado ou éter vibrando. Existem sete manifestações maiores do Espírito, as
quais são:
TERRA = Toda a matéria química.
FOGO = Todo o plano magnético (mental).
AR = Todas as formas do princípio vital.
ÁGUA = Todo o plano emocional ou astral.
ÉTER = Toda forma de plasma estelar, origem de toda outra matéria.
KUNDALINI = (Super éter ou Libido) Toda energia ativante do Princípio Amor em
todas as suas formas de expressão. Como é energia produzida pelos Eus individuais,
contém a essência ou radiação da Vontade e da Consciência definidas.
PRANA = Essência de toda energia e detonante de toda atividade volitiva e
consciente ou automática, inerte ou inconsciente. É Espírito vibrando sem se densificar,
porém definitivamente, e a disposição das individualidades. O Eu Divino é um vórtice
Prana, cujo produto é o Kundalini. O Prana é a “água” do Oceano Eterno, o “fogo” da
Eterna Fogueira. Também se aplica este termo a uma parte da energia telúrica, convertida
em uma espécie de eletricidade estática, que o corpo humano produz e aproveita a partir
das trocas elétricas produzidas na mucosa nasal durante a respiração, mas este “prana” é,
alquimicamente, ar. De acordo com algumas raças, os que alcançam um grau evolutivo
próximo a Ascenção Krística, podem produzir esta modalidade de prana-ar energético em
grandes quantidades, a partir de qualquer tipo de energia, transformando em “Bioplasma” e
precipitando-o como substância material (os pães e os peixes de Jesus, o “Bibuti” de Sai
Baba, etc., por funcionamento da Lei de Maleabilidade em acordo com a Lei de
Mentalismo).

5e) ESPONTANEIDADE: “Como existe uma quantidade fixa de Espírito e esse


número é “infinito”, o balanço matemático de sua manifestação é infinito também.
Portanto, o Universo se recria infinitamente em forma espontânea devido a Interação
com a primeira força causal, que embora incognoscível sua origem absoluta, é
manifestação evidente da Vontade Suprema”.
Só cabe comentar que a espontaneidade como Lei, se vê manifestada nos demais
princípios, e que as infinitas manifestações da Consciência Única extraem Espírito do
oceano infinito em forma permanente para realizar suas criações. Por outra parte, as
lacunas que se formam eventualmente em razão da matéria que é ascendida a planos
vibracionais superiores, são cheias por idêntica quantidade de Espírito precipitando com
diversas modalidades, já que não existe um Universo material e outro espiritual separados,
mas um único Universo Absoluto, e Plurivibracional, cuja modalidade material é
manifestação densa do Espírito, e a Lei de densificação ou Densidade fala dos estados
maiores (passividade e vibração), pois o balanço quantitativo tende a ser sempre perfeito,
em razão da Lei do Equilíbrio do Princípio Verdade. Esta Lei apenas se conhece na
Astrofísica e na física quântica como teoria de recreação universal espontânea.

5f) ESSENCIALIDADE: “Depois de qualquer forma, modalidade ou estado que


assuma o éter, se faz a essência que é o Espírito, e esta essência é absolutamente
inalterável”.
Qualquer forma de manifestação do Espírito, contém uma essência imodificável. O
estado vibratório do Espírito definirá uma modalidade de éter, e este uma modalidade de
energia ou matéria, mas nenhuma destas condições farão que o Espírito deixe de ser tal.
Embora uma individualidade, um Eu, possa ser difundido nos abismos atômicos da matéria
pela atividade demiúrgica, desaparecendo como unidade egoica, o Espírito como
substância não desaparece, mas volta ao Oceano Eterno.

5g) INÉRCIA: “Uma vontade pode precipitar o Espírito a uma densidade


determinada, e só uma vontade igual em potência pode modificar o estado vibratório
imposto. Enquanto a tal da vontade segunda não atue, o Espírito conservará a
condição imposta. Assim mesmo, um processo de modificação vibratória
programado por uma vontade continuará até que outra vontade o detenha”.
Todo desenvolvimento da vida e as manifestações dos Seres é possível graças a
existência de uma grande série de programações em todas as ordens: genéticas na
estrutura biológica, radioativas e dinâmicas na mente do mundo, etc. Nenhuma dessas
programações ou processos poderiam ser planejados por Deus ou pelas Criaturas de
todos os Reinos, se não contassem com a segurança de que, uma vez posto em funções
um mecanismo, este repetirá as ações programadas de um modo automático. Coloquemos
um exemplo simples: um mecânico planeja um motor utilizando inteligência e vontade. O
equilíbrio entre ambos os atributos, permitirá ao sujeito que seu planejamento responda à
sua vontade de funcionar ou deter-se quando o ordenar. Mas se não existisse a inércia,
nenhum mecanismo funcionaria; o impulso inicial acabaria no mesmo instante em que
terminaria a vontade consciente de produzir o movimento.
A inércia pode comprovar-se na automaticidade do movimento relativo como lei
física e nos processos químicos artificiais (guiados pelo homem) ou nos naturais (guiados
pelo Logos). A programação subjacente nos estados atômicos da matéria, só pode
reverter-se em virtude da mesma Lei e mediante uma vontade. Os Logos da Hierarquia
Cósmica são os programadores da atividade vibratória em um Plano Universal
determinado dentro de um Universo em Particular, e embora possam variar suas
modalidades de criação, sempre se ajustam a estes Princípios Metafísicos.
A atividade química não é outra coisa que a atividade física a nível atômico. A
inércia visível na física, - e, portanto, na química - são reflexos da inércia do Espírito, como
elemento e princípio de toda matéria segundo as programações efetuadas pelos Logos.
Mas, em geral, o Princípio Espírito se divide, em todas as suas formas de manifestação,
em sete grandes elementos de progressiva densidade. O que hoje se estudam como a
Arqueometria, a física, a química e a matemática Hermética, é o que se denomina no
esoterismo ALQUIMIA (não confundir com a alquimia sexual, embora esta obedeça às
mesmas Leis). A densificação segue normalmente na seguinte ordem: ESPÍRITO >>
PRANA >> KUNDALINI >> ÉTER >> FOGO >> AR >> ÁGUA >> TERRA.
Mas em muitos seres do Universo esta ordem é diferente. No Humano mortal, o
processo é diferente nas escalas vibratórias menores. No quaternário mundano, a ordem
corresponde a ÁGUA >> AR >> FOGO >> TERRA, podemos dizer ASTRAL >> VITAL >>
MENTAL >> FÍSICO, quando se encarna com o mesmo corpo astral, mas quando se
provém de um tempo de sonho no plano Devachan (plano mental), a precipitação é
diferente porque não se conta com o corpo astral e tem que formá-lo novamente. O
primeiro que se forma nesse caso é o vital, logo o mental, depois o astral e, simultâneo a
eles, o físico. No homem original, a essência egoica proveniente do Reino Vegetal ou do
Animal, já tem formado um astral antropomórfico sustentado por seu Ovo Áurico, que já
existe previamente (já é uma Alma desde que iniciou sua evolução no Reino Mineral, de
modo que possui um astral (Água), que com seu suporte físico formará o vital (Ar), e
paralelamente o mental (Fogo), que logo irá acrescentando como herança (memória),
mediante suas próprias funções. Estes exemplos podem ser um pouco complexos na
primeira leitura, mas compreenderá o Leitor que nada é possível se não existisse essa Lei
Hermética de Inércia.
Também cabe esclarecer que a divisão alquímica do Universo (que acabamos de
expor) deve ser entendida para poder compreender os mecanismos da vida e planejar
aplicações práticas no futuro. Este conhecimento permite às civilizações não demiúrgicas
construir “Vimanas” ou aviões magneto dinâmicos (discos voadores). A extração de
energia para uso tecnológico, para viajar, etc., a partir da matéria ou de outros campos
energéticos, sem deterioração do planeta, contaminação, etc., se baseia nestas Leis que o
Leitor comum aproveitará de diversos modos em algum momento; mas o cientista
dedicado a esse campo de investigação achará nestas Leis um Tesouro sem medida.
Podemos agregar às chaves anteriores, que a energia dos elementos é
simplesmente o residual do Espírito, da transmutação de um elemento em outro.
Uma das Leis Práticas da Alquimia e da Arqueometria são: “toda transmutação
requer fogo e implica modificação do éter”. Toda terra contém todos os outros elementos.
A água contém a todos menos terra, e o fogo nela está adormecido. O ar contém éter e
fogo (as vezes um pouco de água). O fogo só tem a modalidade mais pura de éter, rompe,
converte, transmuta, associa ou desassocia, purifica e eleva ou diminui vibratoriamente a
todos os elementos; inclusive converte o éter em Espírito novamente. A Arqueometria
moderna está muito próxima desta compreensão.
CAPÍTULO VI

PRINCÍPIO UNIDADE

“O Todo Absoluto é Único e indivisível. Dentro Dele ocorrem infinitas coisas,


mas tudo tende a voltar a Ele. O Absoluto não pode multiplicar-se, porque nada
existe fora de Si Mesmo. Tampouco pode dividir-se realmente, embora as infinitas
individualidades que tem lugar em seu seio eterno, possam sentir-se separadas”.
De qualquer modo, essa separação é uma realidade relativa. Cada individualidade
está inevitável e eternamente unida ao Todo, qualquer que seja o plano vibracional,
Universo em Particular ou dimensão de Consciência em que se encontre; e todos seus
elementos constituintes pertencem ao Todo. A tendência geral de todas as manifestações
é de evolução como individualidades perfectíveis, em direção a planos cada vez mais
Gloriosos da Consciência Divina, que é Única.

LEIS HERMÉTICAS DO PRINCÍPIO UNIDADE

6a) DIVISÃO: “(Diversificação) O Absoluto não pode multiplicar-se porque


nada há fora dele, mas é infinitamente diversificado em individualidades que se
manifestam separadamente em aparência, sempre dentro do Absoluto”.
Existem infinitas maneiras de realizar este processo. Cada individualidade possui
livre-arbítrio para manifestar-se enquadrada nas leis imutáveis do Ser Eterno. O início do
processo poderia descrever-se como uma vibração perfeita emanada da Vontade do
Absoluto. Essa vibração contém, em perfeito equilíbrio, todos seus atributos e,
logicamente, possui uma infinitesimal Consciência do Ser, ou seja, “EU SOU”. Ao passar
pelos diversos Reinos Naturais, este centro de Consciência obtém uma experiência
Universal, criando seu próprio Áskasis (o Ovo Áurico, Alma ou Manas) que cresce e se
aperfeiçoa cada vez mais em sublimes, perfeitas e gloriosas formas de manifestação. Não
existe, portanto, uma autêntica divisão do Absoluto relativamente falando porque nada fica
absolutamente separado dele. Bem poderia chamar-se a essa Lei “DIVERSIFICAÇÃO”,
pois é Infinito e Eterno e pode “multiplicar-se dentro de si mesmo” o que é o mesmo que
“dividir-se a si mesmo”. Mas o que não pode o Absoluto é subtrair-se ou somar-se, pois
não existe nada fora do Absoluto, nem um tempo, nem um espaço onde colocar algo ou de
onde extrair algo para somá-lo.
(8 = infinito) 8 + 8 Não é possível 8 – 8 Não é possível
8x8=8 8:8=8

6b) INDIVIDUALIZAÇÃO: “A Individualidade Divina (Divina Presença) não


possui consciência de separação, mas ao projetar sua vibração no éter circundante
gera uma consciência relativa ou “Individualidade” que assume a forma de sua
manifestação” (mineral, planta, animal, humano, etc.).
A consciência Humana não é o verdadeiro Eu ou Divina Presença, mas é o eu
humano ou Ego, o eu animal, o eu Arcanjo, etc... quando a Consciência individual se
unifica momentaneamente com a Consciência Divina, se produz um salto evolutivo de um
Reino a outro.
PARA O CASO DO HUMANO: Quando o Ego ou Eu Menor se eleva até unificar-se
com o Eu Divino no qual se origina, se produz a Ascensão ao Reino Krístico ou Super-
Humano, no qual desaparecem as limitações físicas. Antes da Ascensão normalmente se
produz alguns “ensaios” da Consciência, ao que chamamos “iluminação”. Não se conquista
neles a Ascensão, mas sim um vislumbre da realidade espiritual e desse momento de
Unificação com o Absoluto, que deve ser logo analisado pelo intelecto e aproveitado
emocionalmente de modo equilibrado. Não confundir Iluminação real com as onirias
misticoides. (Ver Meditação Transcendental no Livro Segundo).
As partículas de matéria são individuais também nas mais diversas formas de
expressão do Absoluto, mas sempre dentro de suas Leis. Embora a palavra “átomo”
significa indivisibilidade, este termo tem uma origem ética e não técnica. Os antigos sábios
e alquimistas sabiam que o átomo se pode dividir eternamente, mas também sabiam que
não se deve dividir, porque isso produz desordens enormes na natureza imediata. As
individualidades materiais têm uma ordem físico-químico que o Humano não deve alterar
mais além de certas margens, porque cai na demiurgia alquímica. As consequências
resultam mais rapidamente destrutivas que a demiurgia genética.

6c) DIFERENCIAÇÃO: “Não existem duas manifestações idênticas no


Absoluto. Cada Ser é único e irrepetível dentro do mesmo Universo em Particular”.
Isto é assim porque cada individualidade possui todo o infinito a sua disposição para
realizar sua criatividade, e como parte infinitesimal do Absoluto, mas, a Sua Imagem e
Semelhança, cria seus próprios modos de manifestação etérica e material. Sendo estes
modos potencialmente infinitos enquanto que a quantidade de Seres em um Universo em
Particular é infinita também, é matematicamente impossível a existência de duas entidades
identicamente manifestadas.

6d) AFINIDADE: “Os Seres que são parecidos entre si, de modo instintivo,
intelectual ou intuitivo, buscam identificar-se por igualdade, por oposição ou por
combinação de ambas as condições”.
A Afinidade é uma espécie de Interação seletiva, tanto a nível da matéria como a
nível da consciência. Pode comparar-se com a Lei de Atração do Princípio Amor, porque
essa a molda profundamente, formando um complexo mecanismo de atrações em diversos
planos atômicos e vibracionais. A afinidade entre um homem e uma mulher, por exemplo,
está dada em fatores como “atração das massas atômicas do corpo emocional, interação
harmônica entre as vibrações odoríferas e sua percepção pela outra pessoa”, etc.... neste
caso, o acúmulo de fatores de afinidade é respaldado pela Lei da Geração.
A Lei de Afinidade permite uma grande quantidade de processos naturais,
relacionando desde os protozoários até o homem e de todos os seres entre si, já que rege
desde os mais densos até os mais sutis planos da matéria, e de igual modo quem respeita
os processos evolutivos da consciência. Por exemplo: um microrganismo que deseja
evoluir, possui uma inclinação de consciência igual a de um homem que deseja evoluir
também. Isso o faz contribuir com este homem em seu plano de atividade, assim como
esse homem contribui com outras hierarquias e com a célula planetária que habita.
Quando a tendência evolutiva se rompe, o homem adoece, porque se rompe a afinidade,
surgindo o antagonismo ou a neutralidade no plano emocional ou astral (Água alquímica
que define o caráter da intencionalidade). O microrganismo que o servia já não pode servi-
lo porque possui tendências opostas, mas em troca este homem se associa
vibracionalmente com microrganismos que tem tendência entrópica (involutiva), os quais
tende a destruir por superpopulação, etc.... o habitat que os contém. Assim, o homem
adoece de invasão (infecção) e morre junto com os vírus que o invadiu. Quando a
orientação do indivíduo é evolutiva, a afinidade é maior com quem o serve e a quem este
resulta útil (seja microrganismos ou outros seres humanos ou de outros Reinos),
produzindo as saudáveis simbioses harmônicas.
As polaridades afins (Princípio, lei de Polaridade) atuam construtiva ou
negativamente no mais denso da matéria e até no plano anímico.

6e) UNIFICAÇÃO (Concentração): “Toda consciência tende a buscar sua


origem e todo conjunto de consciências afins perseguem objetivos comuns”.
Em todas as culturas humanas vemos a ideia de pesquisar a Origem Divina, que
une religiosamente as pessoas, e a estas com seu ideal de Divindade. Assim mesmo se
unem os seres por afinidade depois de qualquer objetivo, igual às células de um órgão que
contribui com diversas funções a uma função geral que lhes são comuns.
Em todo conjunto de consciências existe uma “Consciência Coletiva” (inconsciente
coletivo, para Carl Jung) quando são de um mesmo nível evolutivo e respondem a um
mesmo conjunto de arquétipos. A tendência da matéria, mediante as Leis do Princípio
Amor também é de unificação.

6f) EXPANSÃO: “Toda consciência tende a expandir-se na mesma medida que


se unifica com seus iguais. Quanto mais consciente é a Unidade do Todo, mais se
expande, mantendo-se a individualidade”.
Esta lei aparentemente é um paradoxo, mas se entendemos que na realidade
absoluta há uma só consciência atuante em infinitas individualidades manifestadas,
podemos compreender este assunto, superando a sensação de limitação dimensional.
Assim como há um infinito em tempo e distância, espaço e tamanho, há um infinito em
consciência, que é atemporal e adimensional; portanto, uma consciência pode abranger o
infinito harmonizando-se com a Consciência Única. Toda Consciência individual é reflexo
finito da Consciência Única. Mas este reflexo pode abranger o Todo e seguir sendo
individual.
Se bem que este Princípio de Unidade se refere em especial à Consciência,
podemos dizer que ao ser Individualizado, abrange como lei a todas as coisas, já que tudo
está dentro do Todo e o Todo está em todas as coisas, embora o Absoluto não possa
resumir-se em uma individualidade. Mas todos os seus Princípios estão até na mais
infinitesimal manifestação – matéria ou outro Ser – perceptível por uma Consciência.

6g) TOTALIZAÇÃO: “Absolutamente tudo pode ser abrangido por uma


consciência, porque a Consciência Única abrange tudo. Assim ocorre com toda
manifestação. Tudo o que ocorre em qualquer plano por efeito de uma vontade,
repercute infinitamente em todos os planos, já que a vontade é uma só, o Ser é um
só, e a Consciência é uma só. Ser, Consciência e Vontade é a trilogia da Totalidade.
É o Uno Absoluto que se manifesta de infinitas maneiras”.
Se bem que esta Lei pode ser compreendida unicamente após uma profunda
experiência meditativa, podemos fazer algumas comparações, que embora grosseiras,
estão baseadas na mesma Lei: Se tirarmos uma gota de água do mar, acharemos em uma
primeira análise, todos os elementos próprios de toda a água do mar, nas porcentagens
correspondentes. Em uma análise mais profunda, acharemos também partículas que nos
indicarão o conteúdo do Mar na fauna e na flora.
Se pudéssemos extrair a informação askásica (gravação magnética da matéria) da
mesma gota, as vibrações nos indicariam até a geografia marinha recorrida pelos átomos
constituintes e nos aprofundando nos áskasis do átomo, obteríamos seguramente a
história do Mundo e do Universo todo. Isto não nos é possível por meios eletrônicos, mas é
possível para um psicometrista bem treinado. A parte da Lei que diz “absolutamente tudo
pode ser abrangido por uma consciência” ... envolvendo ao áskasis de qualquer
elemento, e quando essa consciência alcançou o estágio necessário para ler esses
áskasis (mediante evolução e refinamento dos sentidos), pode saber quase qualquer coisa,
a partir de qualquer outra. Esta experiência só pode ser alcançada por uma consciência
completamente livre e pura, com um veículo de manifestação em idênticas condições. O
Humano Mortal que a alcança está começando a ser Imortal, pois seu corpo astral se
impregna da Chama Negra ou incolor, e se torna roxo. A experiência de Totalização já é
atributo do Reino Vegetal Original e dos Animais Originais, antes de alcançar o umbral do
Reino seguinte. Podemos dizer que o experimenta o Vegetal que logo será Animal ou
Humano. Os Animais devem passar inexoravelmente pelo Reino Humano e pelo Sub
Reino Humano Mortal, segundo seu Karma e Dharma. Mas voltando a Totalização, a física
moderna se aproxima ao conhecimento desta Lei quando diz que o Universo é “Holístico”.
A totalidade contém uma parte e uma parte contém a totalidade. Mas, a Totalidade contém
o Absoluto enquanto que a parte contém a totalidade somente na essência, ou seja, em
seus Princípios.

CAPÍTULO VII

7. PRINCÍPIO DO PRINCÍPIO

“O Princípio do Absoluto é Incognoscível, mas se manifesta em toda sua


mecânica cósmica, moldando a ação do Universo e a Imutabilidade de todas as Leis.
É a Vontade do Pai Absoluto em ação”.
As Sete Leis entregues à humanidade por HERMES TRIMEGISTO, o “três vezes
mestre” (mestre de mestres de mestres) representam só a oitava parte do Conhecimento
Hermético. Provavelmente Hermes entregou tudo, mas o único livro Hermético que chega
aos nossos dias pela via Votivum Herméticus – antes dessa Tábula Máxima Hiperbórea,
que contém a totalidade do conhecimento – é O Kaibalion. Essas Leis são a base
inevitável da dinâmica Universal. É a Vontade Divina atuando, sendo, criando, colocando
em manifestação infinitas individualidades.
Na Criação Divina ou Universo Absoluto, o Princípio Amor é a Força, o Princípio
Inteligência é a Ordem, o Princípio Vida é a Corporização, o Princípio Verdade é a
Criação, o Princípio Espírito é a Manifestação, o Princípio Unidade é a Existência e o
Princípio Eternidade é a Divinização. Mas a atividade desses Princípios está regulada
pelo Princípio do Princípio que é a Mecânica inalterável que permite a interação entre os
Princípios e suas Leis e as infinitas manifestações resultantes.

LEIS HERMÉTICAS PROPRIAMENTE DITAS (O KAIBALION)

7a) KARMA (Causa e Efeito): “Toda causa produz um efeito e todo efeito
provém de uma causa. Existe uma Causa Eterna Primordial em que toda a existência
se origina. A essa Causa Primeira chamamos DEUS; Dele emanam eternamente as
infinitas cadeias de causas e efeitos.”
Damos duas explicações diferentes para essa Lei que é tão necessária
compreender, posto que as más interpretações feitas a respeito, tem perturbado os
criadores de mistérios:
Esta Lei de Karma, para ser entendida corretamente, não pode separar-se da Lei de
Polaridade. A causa é fator positivo em si mesmo; o efeito é o oposto, podemos dizer:
negativo. (Não confundir com “bom” ou “mau”, porque o bem e o mal tem mais que ver
com a Lei de Evolução que com a de Polaridade). Por sua vez, o efeito se polariza como
positivo para converter-se em causa e assim sucessivamente.
Quando estudamos a Lei em sua ativação sobre a consciência, não devemos
descartar essa mecânica natural, porque cairíamos em confusões pueris das doutrinas
adulteradas. Existe como Karma, a dupla polaridade: as boas ações geram um Karma
Evolutivo (chamado “Positivo”), enquanto que as más geram um Karma Involutivo
(chamado “Negativo”). Devemos considerar que os efeitos só são percebidos por uma
Consciência, assim como as verdadeiras causas são promovidas por ela. Tomando em
conta essa simples verdade, compreenderemos que a polaridade da Vontade, - como
manifestação do Ser e da Consciência - e principalmente a intencionalidade emanada da
manifestação do Amor ou seu distorcido reflexo mundano, definirá o tipo de Karma. A
qualidade dessa Vontade, ou melhor, a proporção e qualidade de Amor que lidera, é o que
chamamos “Intencionalidade”.
A intenção pode ser boa ou má, segundo a linha escolhida pelo Ser, de acordo com
as inclinações de sua consciência. O livre-arbítrio reside na opção dentro de uma
dualidade: intenção construtiva ou destrutiva, amorosa ou odiosa, valente ou temerosa,
consciente e volitiva ou estúpida e indolente. Aqui temos também a Lei de Karma atuando
inevitavelmente, mas devemos utilizá-la inteligentemente: primeiro devemos meditar e
saber qual é a verdadeira intenção que nos move. Se é perfeita, construtiva e harmônica
com Deus (minimamente harmônica com nossa consciência interior), estaremos dispostos
a qualquer sacrifício para a conquista. Mas se não estamos dispostos a tudo pelo todo, é
porque a intenção é egoísta ou de escassa Vontade, ou não representa nosso ideal.
A atitude pensada neste caso, pode não corresponder a nosso desejo interno (o
desejo da Alma segundo a orientação evolutiva ou involutiva) em um momento dado.
Sempre que emitimos um sentimento, um pensamento, uma palavra ou um ato, estamos
gerando causas, as que inexoravelmente produzirão seus efeitos, e os primeiros efeitos se
produzirão em nós mesmos como produtores dessas causas.
Na economia “ou matemática da consciência”, o efeito sempre é duplo:
a) Efeito sobre os corpos de manifestação, (humanos, vegetais, o mundo
todo) por variação vibratória. Inclusive o próprio corpo é o primeiro a ser afetado
analogamente pelos sentimentos e pensamentos que produzimos.
b) Efeito “boomerang”, por reação de outras Consciências, que
respondem harmonicamente às nossas atitudes harmônicas (generosas, amistosas,
compreensivas, etc.), e desarmonicamente às nossas atitudes desarmônicas
(daninhas, maledicentes, etc.).
Se estudarmos bem uma sucessão de causas e efeitos, veremos que se o
causante emite um ato bom (de orientação evolutiva), gerará uma série alternada de
causa-efeito, que logo concluirá um ciclo de longitude variável, em um efeito sobre
si mesmo, do mesmo signo. Se atua bem, recebe bem; se atua mal, recebe
indefectivelmente mal. E quanto mais tempo passar até receber esse efeito, mais
mal ou mais bênçãos receberá, pois há uma inércia acumulativa nos mentalismos.
Com essa usura especula o demiurgo para ter-nos presos aos mortais. Nos faz
promover causas com efeitos “a longo prazo”, como a violação ao instinto racial,
cujos efeitos não são muito visíveis até se passar muitos anos ou várias gerações.
Os aparentes efeitos destrutivos de uma intenção construtiva, quase nunca
poderão ser conhecidos de antemão pelo Homem comum, enquanto que um
discípulo pode vislumbrar o fenômeno, e o Adepto* considerará estes fatores dentro
da planificação de sua obra (sempre de acordo com o Plano da Hierarquia do
Logos).
[*O Adepto tem consciência Krística e está perto de ascender; o
discípulo já é um Homem Livre e aspira a ser imortal. O homem comum ainda
não sabe que pode fazer-se imortal.]
O manejo das polaridades (tomando parametricamente como negativo, o
destrutivo e positivo, o construtivo) requer então – como passo fundamental – a
sinceridade ao analisar a própria intenção, afim de dar à causa uma polaridade
totalmente positiva. De acordo com os conhecimentos que temos recebido e que
tenham achado seu reflexo na Alma, se atuará com maior ou menor inteligência;
mas se o primeiro passo é correto, os efeitos serão seguramente construtivos no
balanço, apesar do sofrimento causado pela falta na inteligência aplicada.
A chave mágica para gerar com exatidão cada vez mais Karma Evolutivo ou
“positivo” é assim: “A Inteligência, o Poder e o Amor, devem estar em equilíbrio,
tendo como parâmetro o fator que sentimos mais elevado dentre eles. Se
compensarão as proporções faltantes mediante a meditação necessária. Quando os
três fatores coincidem, temos a “Santíssima Trindade”: Ser – Consciência –
Vontade, cujo equilíbrio é Perfeição, Ser é Amor, Consciência é Inteligência Divina,
e Vontade é Poder de Deus”.
O que fazemos com profundo Amor a Deus Absoluto e, portanto, a Todos os
Seres, com toda a inteligência possível e aplicando todo o poder que temos, sempre
resultará em um benefício, em um mérito. O mal não é outra coisa que o
desequilíbrio. O Karma negativo se produz pela falta de Amor. Eles fazem com que
o Poder e a Inteligência Divina sejam utilizados para satisfazer um amor pequeno,
individualizado (um amor próprio ou ególatra). Este é o pior dos males.
Também se produz um mal (embora o menor) quando o Amor e a
Inteligência não têm Poder para manifestar-se; e por último, o mal intermediário se
produz quando falta a inteligência. Ali o Amor se manifesta com Poder, sem o
controle adequado, e pode haver desastres. Por isso é que não basta “boa
intenção”, pois se gera Karma negativo por estupidez, por ignorância ou por
desinteligência.
Esclarecemos agora o assunto do Dharma, sobre o que tanto se tem
especulado, confundindo-o muitas vezes com o Karma positivo. Em parte, é “Karma
já cobrado”, pois é a experiência acumulada na Alma. Também o Dharma pode ser
Evolutivo (positivo), quase sempre a mercê da Esfera de Consciência de
Transmutação, que permite que as más experiências sejam proveitosas; ou pode
ser Involutivo (negativo), quando a orientação faz com que a involução seja tal que a
consciência vai desaparecendo, ou são tantas vezes reiteradas a maldade que “a
alma se apodrece”. A Alma também é mente, embora em um grau superior, e se só
acumulamos más experiências e as aceitamos como realidades totais, o balanço
termina sendo negativo. Por isso não há que resignar-se ao mal nem ao sofrimento.
Tem que sair do inferno interno como do externo. A atmosfera natural da Alma é a
felicidade, e se aceitarmos permanecer no sofrimento, na tortura, na humilhação, na
pobreza e na ignorância, cairemos na loucura em que o demiurgo quer nos levar.
Ninguém pode dizer a outro que lhe faltam tantas ou quantas encarnações, pois um
só e maravilhoso instante de iluminação é o que necessitamos para renegar
definitivamente as falsidades deste mundo extrapolado.
O Karma que cada um tem é o que lhe impede despertar, mas a Vontade de
Ver, Conhecer, Saber e Atuar conforme a Verdade, pode fazer do mais demônio
escravo, um Homem Livre para sempre, no instante em que decida sê-lo. Basta
uma encarnação – a presente – para que o homem geneticamente completo (ainda
com muitos defeitos) faça sua Ascensão a Kristos, ou ao menos fique em condições
de encarnar no Paraíso Terrestre.
Toda causa produz inevitavelmente um efeito e vice-versa, e não é possível
que exista um efeito sem causa, nem que uma causa não tenha efeito. A causa é
ação e o efeito é reação. Por sua vez, a reação é causa de outro efeito e esse efeito
é causa de outro, e assim infinitamente. A Vontade da Consciência pode levar essa
sucessão de causas e efeitos de forma evolutiva ou involutiva. O Ego produtor de
causas pode ascender ou descender, segundo seja a polaridade (construtiva ou
destrutiva) das causas que promove.
O Karma não é uma “vingança divina” como fazem parecer as religiões
patrocinadas pelos arquétipos demiúrgicos. O Karma é uma Lei Mecânica Perfeita
que impede que o causante da destruição possa destruir o Universo, já que quem
gera causas negativas ou destrutivas recebe inexoravelmente sobre seus veículos
de manifestação (corpo e alma), os efeitos do mesmo signo.
A individualidade manifestada (infra-humana, humana ou supra-humana) é
um Ego (SER, CONSCIÊNCIA E VONTADE), e é um centro de influência no mundo
em que se manifesta. Gera causas com o sentimento, pensamento, palavra e ato.
Tem livre-arbítrio para gerar causas, mas os efeitos são sempre análogos a essas
causas e a chave causal é a INTENCIONALIDADE, não a aparência material.
Por exemplo: um Guerreiro defende sua Dignidade ou a dos fracos, embora
para isso tenha que ferir ou matar. Se sua intenção fundamental é o Amor e a
Justiça, e atua com a Vontade e a Inteligência proporcionais, criará um Karma
positivo para si mesmo, o que ajudará o seu próprio Ser a alcançar a Glória do
estado de consciência seguinte. Mas se sua intenção é de domínio, subjugação e
escravidão de outros, gerará um Karma negativo composto pelas vibrações de ódio
de si mesmo e as dos pensamentos e sentimentos de todas as suas vítimas.
O Humano deve vencer o Karma que ele mesmo gerou, e a única maneira de
fazer isso é elevando seu nível vibratório, sua compreensão; limpando seus veículos
(corpos mental, emocional e físico), e sobretudo evitando continuar com o Pecado
Original, que é trazer filhos ao mundo, a menos que honestamente observe que seja
apto para procriar filhos com perspectivas genéticas superiores a ele mesmo (além
das condições adequadas para cria-los felizes e sadios). Para isso deve assegurar-
se a mesma pureza racial e sanidade genética de seu par. Só com essa
responsabilidade na mentalidade da humanidade é que poderá liberar-se do Karma
da mortalidade. Assim sendo, o Karma individual exerce, em particular, a força
suficiente para que o indivíduo escape ao Karma negativo grupal.
A única forma de escapar do Karma na superfície externa do Planeta Terra é
declarando-se “em falência financeira espiritual”, evitando contrair dívidas kármicas
negativas, como filhos de carne imperfeita quando se tem manchas genéticas,
sentimentos retorcidos de ódio, ganância, etc., que impedem fazer a Ascensão ao
Kristos, que é o Corpo Virtual de Perfeição que cada um tem em sua genética
mental.
Esse “Corpus Cristi” deve ser completo, levando toda energia componente do
corpo físico VIVO, do corpo mental VIVO e do corpo astral ou emocional VIVO, ao
plano de Equilíbrio Vibratório Perfeito ou “Quinto Céu”, onde se acham as mais
elevadas vibrações da matéria magnética perceptível para os Seres desta Bolha
Universal.

O modo de fazer a Ascensão Krística é ensinado neste Livro, mas não se


pode servir a dois Senhores; não se pode pretender Ascender a Kristos e ao mesmo
tempo seguir fazendo filhos da carne. – Quem já tenha filhos da carne, que os ame,
os ensine tudo isto e os ajude, com seu exemplo. Poderá fazer igual sua
Ascensão. Mas uma vez que alguém “foi chamado”, ou seja, que recebeu e
entendeu este conhecimento, não pode seguir fazendo filhos da carne, pois
isto implicaria seguir gerando conscientemente, seres com defeitos genéticos, com
enfermidades, com debilidades, formando parte da grande massa de vítimas e
adoradores conscientes ou inconscientes do demiurgo. Por isso, a Doutrina Kristã
diz: “aquele que na hora que for chamado, se estiver celibatário, fique
celibatário, e se estiver casado, que fique casado”. Isto “que fique casado”
significa criar os filhos com a máxima consciência de responsabilidade e manter o
casal em uma relação mágica para a mútua transmutação. O celibatário em
realidade pode ainda escolher entre o Caminho do Santo, que é ascético, ou o
Caminho do Guerreiro, que requer de uma parceria sexual. Mas convenientemente
sem gerar filhos, a menos que as condições políticas, ambientais e de sanidade
genética assegurem uma criança sem riscos, afim de permitir a essas crianças
formar parte da massa evolutiva da Humanidade.
As chaves esotéricas para evitar gerar Karma são: NÃO ODIAR, NÃO
TEMER, NÃO DESEJAR. Estes três atos emocionais são os que originam todos os
pensamentos negativos e mobilizam o homem a cometer todos os horrores
imagináveis. Em vez de odiar, se deve amar, e tudo deve ser feito com e por Amor
Divino a tudo, ainda que seja um circunstancial inimigo. O medo em qualquer de
suas formas também deve ser eliminado da psicologia, mas sem imprudências. O
instinto de conservação que alerta do perigo é útil; mas nenhum medo o é. Com os
desejos, a coisa é mais difícil de manejar e nem todos devem ser eliminados. Dado
que o desejo carnal é o mais poderoso, deve dominar-se mediante a magia sexual
ou “tantra yoga”, elevando-se a energia libido ao plano vibracional Krístico.
Não só é possível combater e matar com amor, mas que, quem sabe e
conhece, não pode fazer de outro modo nem o evitar quando é estritamente
necessário. Se uma mãe deseja salvar o seu filho da escravidão, ela deve usar
certamente da violência; mas não deve fazer por ódio ao escravagista, mas por
amor ao seu filho, amor a justiça e amor a todos os Seres, que cairiam escravos se
não fossem autorizados a fugir.
Para evitar que essas coisas sejam compreendidas e poder subjugar aos
povos que os servem, o demiurgo Jehová fazia demonstrações tecnológicas
desconhecidas e incompreensíveis para os povos primitivos, assim se passando por
um deus máximo. Logo lhe deu os mandamentos mais antinaturais e perversos da
história, com os quais se assegurou a geração de Karma dos seus escravos,
mantendo-os dentro de seus domínios:
1) “Não terás outros Deuses diante de mim”, o que delatam é que
existem. “Não farás imagens nem esculturas”, com o que se anula a
criatividade e a representação artística de valores, monopolizando assim o uso
de arquétipos. Nisto o catolicismo tem uma total contradição com os
mandamentos, pois tem suas igrejas cheias de imagens; uma mistura de
arquétipos humilhantes, macabros, suplicantes e sangrentos, com alguns
opostos de Glória, Poder e Justiça, como São Miguel. A luta arquetípica é hoje
um verdadeiro combate no plano das Almas e ideias, no seio da Igreja Católica.
Afortunadamente o paganismo, que é autenticamente Kristão, está ganhando
terreno e pode salvar a Igreja como Escola da Doutrina. Ainda passará muita
água debaixo desta ponte até que tudo seja limpo.
Seguindo com os mandamentos: “Castigaria a maldade dos pais, nos
filhos até a terceira e quarta geração...” Propicia o mal e depois o pune
mediante a lógica involução genética.
2) “Não tomarás em vão o nome do Senhor teu Deus...” (mais
suscetível e temeroso da zombaria de muitos humanos). Uma forma confusa e
ambígua de impor idolatria e temor, em vez de Respeito e Amor.
3) “Recorda-se de santificar o dia de sábado...”, com o que lhe
assegurou o quórum semanal. De cada sete dias (sete Leis Herméticas e um
oitavo Princípio) seu povo trabalha e vive normalmente 6 dias. Ao contrário, a
semana que marcava o ritmo entre Vikings, e ancestrais mais antigos ainda não
era lunar, mas solar; tinha oito dias. Se vive normalmente sete dias e se ocupa o
oitavo para render louvores ou contemplação ao Absoluto. Assim o faziam os
romanos até meados do século II, onde no Templo de Todos os Deuses se
filosofava, se orava com a mais plena liberdade de culto e se buscavam os
pontos em comum entre todas as doutrinas. A regra era render culto ao deus
particular e respeitar os deuses dos demais. A única proibição era negar aos
demais deuses. A maioria terminava entendendo que há uma Hierarquia
Cósmica, e que há um Absoluto Criador de deuses e de homens, de animais e
vegetais, de mundos e estrelas. Isto impedia o monopólio e domínio de Jehová.
Portanto, era prioritário destruir a diversidade cultural, as escolas filosóficas e o
Kristianismo, porque este resumia em sua Doutrina a metafísica comum a todas
as escolas, dando as chaves práticas da libertação a povos e homens.
4) “Honra a teu pai e a tua mãe...” com o que se assegura de que seu
povo siga cometendo sempre os mesmos horrores geração após geração e não
haja evolução, pois, aquele povo não entendia como honra ao ato amoroso de
respeito, mas a sua cega obediência.
5) “Não matarás”, o qual se contradiz absolutamente com o que ele
mesmo sempre fez. Inclusive mandando exterminar nações inteiras (ver em
Antigo Testamento: Ezequiel Cpts. 38 e 39; Gênesis 19; Êxodo 12:29; Deuter.
20:12 até 20:20; Josué, todo o cap. 6, especialmente o versículo 21, e todo o
cap. 7, especialmente os versículos 3, 13, 15 e 25, e todo o capítulo 8,
especialmente os versículos 21, 22, 24, 25, (estremecedor), 26, 28... (aqui se vê
como o terror foi semeado, o ódio e o desejo mais terrível: a ganância).
6) “Não fornicarás e não adulterarás”. Mas permitia entre seu povo a
poligamia, o incesto, etc. (Deuter. 21:15). Jamais explicou que fornicar é ejacular
o sêmen e não o ato sexual em si. Assim, todos os povos afetados por esse
arquétipo, tem culpa com respeito ao sexo, em vez de utilizá-lo para alcançar o
Amor Mágico. E quando se liberam “da culpa”, na realidade o fazem contrapor,
na orgia e na libertinagem.
7) “Não furtarás”. Em um povo são, natural e solidário, não existe o
roubo nem o furto, já que não há miséria e nada é próprio, salvo o corpo físico
(autêntico Tabernáculo de Deus) e todos os valores espirituais do indivíduo.
Esse mandamento perverte a economia, fazendo sentir que há coisas materiais
exclusivamente estranhas, com o que se cria o sentimento de ganância, quer
dizer, de ter coisas exclusivamente próprias. Esse desequilíbrio produz pobreza
e miséria a alguns e a cobiça a outros. E uns e outros fazem um Karma de
ganância que os faz reencarnar em condições miseráveis como explorados e em
condições exuberantes como exploradores, alternadamente.
8) “Não levantarás falso testemunho nem mentiras contra o teu
próximo”, mas considerava próximo aos do mesmo povo, porque contra os
demais, lhes aconselhava toda classe de enganos. Seu povo tem feito do
engano uma ciência e da calúnia uma arte; da hipocrisia, um modo de vida. Um
povo honrado detesta naturalmente qualquer forma de mentira.
9) “Não cobiçarás a mulher de teu próximo”, (como se a mulher fosse
um objeto), mas podia tornar escravas as mulheres de outros povos, assim como
podia usar a sua ou suas mulheres para enganar e misturar-se com outros povos
como fizeram Abraão e muitos outros.
10) “Não cobiçarás os bens do teu próximo...” este mandamento só
podia dar-se a um povo que já era necessariamente ganancioso.
Necessitavam ser assim para submeter a todas as nações do mundo, mas
não deviam usar a cobiça contra eles mesmos.
Assim é como se aumentou enormemente o Karma negativo da
Humanidade.
O “temor a Deus” (como não temer um deus tirano), o ódio aos outros
povos e o desejo de domínio faziam plantar todo o joio e o Karma necessários
para manter esse inferno de civilização, cujos enganos e iniquidades estão a
ponto de liquidá-la.
O temor é uma perversão do instinto de conservação. O instinto avisa do
perigo e não deve ser anulado; mas o medo é um exagero desta função, o que
produz uma atrofia glandular, mental ou nervosa – dependendo do caso – que
paralisa e impede a defesa. O medo é o que o escravagista coloca na mente do
escravo para evitar que se rebele. É o sentimento inserido pelo Progenitor
ancestral, o Demiurgo, para que o homem não se atreva a pensar e descubra
sua condição de falso deus e simplesmente de SER HUMANO ORIGINAL.
Quando o homem realmente o descobre, o entende e se declara “em falência
financeira”, o Karma impede a transitar o caminho que o leva de volta ao
Paraíso, superando o demiurgo “Geohvá” (Jehová ou Yahvé), que significa
“Expulso da Terra”.
Mas deve evitar-se odiá-lo ou temê-lo, porque de ódio e medo ele se
nutre. Em respeito ao desejo, este deve ser prudentemente polarizado,
eliminando da mente e do astral, todo desejo que não seja motivado por
autêntico amor a Deus que mora no coração de todos os Seres e das coisas.
Esse amor deve dar-se a nossos semelhantes e não semelhantes, (não só ao
nosso próximo) sem desejos egoístas, mas sim com dignidade e equilíbrio.
Há que recordar o mandamento Kristão: “Ama alguém até a vosso
inimigo...” a que ter em conta que as baixas paixões do desejo não controlado
pela inteligência, arrastam o homem a procriar sem moderação, a submeter a
outros e a cometer injustiças de toda classe. É impossível eliminar o desejo
totalmente, porque é a expressão da Vontade do Ser no mundo em que se
manifesta, mas deve estar guiado pela Consciência que é a Inteligência Divina.
Um comentário importante: quem compreende o funcionamento desta
Lei e a atividade da Inteligência, entenderá definitivamente que a astrologia e
todas as formas de adivinhação do futuro mediante qualquer sistema ou forma
de “mancia”, são os maiores enganos que pesam sobre a humanidade,
mergulhando-a na ignorância. Se podem prever alguns feitos futuros, mediante o
conhecimento normal ou paranormal das causas, mas não há um destino
inevitável. O futuro não existe, mas sim o que fazemos com nossos
sentimentos, pensamentos, palavras e atos.
Quando o homem elimina todos os medos; quando já não pode sentir ódio
em nenhuma de suas variantes (ciúmes, inveja, maldade, rancor); e quando
finalmente controlar seus desejos inteligentemente, seu Karma começa a
reverter-se e se faz cada vez mais livre de qualquer influência externa. Tal
homem se faz forjador consciente de seu melhor destino e se afasta do abismo
involutivo para aproximar-se da Glória e da Verdadeira CRIAÇÃO DIVINA.

7b) POLARIDADE: “Tudo está dividido em pares de opostos e toda coisa


possui sua contrapartida; tudo tem uma orientação virtual dupla, que se inclina ao
positivo ou negativo. Toda a Natureza é dual”.
Em toda a natureza se vê a existência dos pares de opostos, e tudo é questão de
grau. Ainda que os Princípios Absolutos dos quais emanam estas leis, possam manifestar-
se positiva ou negativamente.
Ninguém pode dizer que há um calor absoluto, ou um frio absoluto, embora o frio
sideral é ausência de calor no plano da energia – matéria. Pode dizer-se de um “bem
absoluto”, que é a Perfeição Divina destas Leis e Princípios, mas, no mundo manifestado,
o bem e o mal só podem determinar-se pela intencionalidade da consciência atuante, e do
equilíbrio na aplicação de seus atributos (AMOR, INTELIGÊNCIA E PODER), no momento
de gerar uma causa. Podemos resumir em que, salvo os Princípios Divinos, tudo o que
existe no Universo é relativo; tudo pode ser medido, valorizado em uma escala infinita que
é negativa em um lado e positiva no outro, desde o ponto em que se encontre uma
consciência. Um corpo físico está sujeito a um alongamento da escala de temperaturas –
por exemplo – além da necessidade particular de cada indivíduo, a escala continua
negativamente para um lado e positivamente para o outro. Por sua vez, um dos extremos
“pertence ao Absoluto relativamente” e o outro “pertence absolutamente ao relativo”. Por
exemplo: o frio é a ausência de calor. O frio é relativamente absoluto, pois se não há calor,
o frio reina absolutamente. Mas o calor é absolutamente relativo, pois pode ter uma
graduação infinitesimal e aumentar indefinidamente. Mas pode não existir em um ponto
determinado. O frio não pode deixar de existir, embora em infinitos pontos do Universo
tenha calor. Tudo, no profundo ou no evidente, está constituído de modo dual. A
consciência deve elevar-se sobre essa dualidade para observá-la e manejá-la, porque se
não o fizer, será arrastado para a involução ou mantido em certa estagnação, que o faz
sofrer. Transcender a dualidade não significa que esta deixe de existir, mas não afetará a
Consciência, sendo que esta usará a Lei de Polaridade para sua própria evolução, e para
ajudar a outros a evoluir, por imperativo de seu Amor.
7c) GÊNERO: “Tudo na natureza está divido em um aspecto feminino e outro
masculino, e ambos aspectos interagem para produzir a manifestação de toda a
Criação. Mas cada indivíduo se achará manifestado em absoluta representação de
um gênero; sendo masculino embora tenha subjacente o feminino, ou vice-versa. Se
ambos elementos se equilibram na manifestação, não é possível reproduzir uma
manifestação nem fazer que a mesma ascenda ao plano de existência imediatamente
superior. O masculino responde parametricamente ao positivo (entrega) e o feminino
ao negativo (recepção)”.
Nas plantas hermafroditas há dois seres diferentes em um mesmo corpo, mas nos
homossexuais do reino animal e do humano, há um só ser degenerado (pode ser
psicológico ou biológico-hormonal – ou ambas as coisas) onde se confundem os aspectos,
pondo-os em conflito, não sabendo qual de ambos manifestar. Isso impede a Ascenção
enquanto o indivíduo não estabeleça corretamente seu gênero. Para Ascender, o Homem
deve ser “Macho Absoluto” e a mulher “Fêmea Absoluta”. Ambos formarão um Ser
Andrógeno Primordial de Excelsa Felicidade no plano Existencial do Logos, mas depois de
passar por outros Reinos sobre-humanos, pois que o Reino Krístico se divide em Machos e
Fêmeas de Excelsa Perfeição. Mas o humano deve chegar a esse estado sem preocupar-
se nem especular com as “almas gêmeas”, porque elas fazem parte de um Reino a que o
Homem apenas pode vislumbrar com sua inteligência atual. Primeiramente deve converter-
se em homem verdadeiro, ou seja, “geneticamente imortal”. Posteriormente deve alcançar
o Plano ou Reino Krístico; e sabemos que existem um ou dois Reinos, antes de alcançar o
Reino dos Logos Inefáveis.
A contínua recriação do Cosmos (ver Leis de Espontaneidade ou Recriação), se
deve hermeticamente a interação destes dois fatores (masculino e feminino), que se unem
e desunem ritmicamente para transmutar energias e gerar uma nova manifestação, que
sempre terá uma qualidade igual ou inferior em um sistema demiúrgico, ou um indivíduo
igual ou melhor em um sistema natural.
Outra função do gênero, é a mútua elevação vibracional dos indivíduos de gêneros
opostos. Cada indivíduo possui em si mesmo ambos aspectos (masculino e feminino), mas
um deles terá predomínio, de modo que a relação de um casal funcionará por afinidade (já
que ambos têm os dois aspectos), por oposição de polaridades e por complementação em
diversos aspectos psicológicos, vibracionais, etc.
O ser Humano tem um destino mais ou menos imediato, que é o Reino Krístico. Isso
implica a eliminação, em sua consciência objetiva do fator genérico mais débil,
convertendo-os em Macho Absoluto ou Fêmea Absoluta.
Isto não significa que a manifestação do homem careça de atributos femininos como
a delicadeza, a suavidade na relação material, e a ternura e sensibilidade no afetivo e
espiritual. O que sucede é que outros fatores serão parte automática nas manifestações,
mas seu poder será absolutamente masculino; enquanto que a mulher conservará
aspectos masculinos como objetividade, tenacidade, criatividade, etc... O Macho Absoluto
e a Fêmea Absoluta expressam de modo perfeito as Esferas de Consciência, sob a forma
correspondente a seu gênero. Nenhum dos dois possui as emoções passionais do Homem
mortal, mas sentimentos refinados que causam mútua felicidade em graus que o Leitor
apenas pode vislumbrar enquanto não tenha feito sua depuração psicológica.
A atividade demiúrgica tem sido realizada sobre esta civilização, mediante a
descentralização do caminho individual das almas, confundindo-as por manipulação
genética do princípio e com outras técnicas e depois, encarnando almas masculinas em
corpos femininos e vice-versa. Esta confusão, levada ao extremo, põe o indivíduo humano
em estado andrógeno, o qual está fora do projeto criacional deste Universo, e detém
completamente seus processos evolutivos, convertendo-o em uma consciência
neutralizada, que seguramente deverá enfrentar desastres kármicos para si mesmo.
Poderá encarnar como hermafrodita (bissexual biológico, com ambos aparelhos sexuais),
como já ocorreu ao final de alguns ciclos do combate, em que quase constituíram uma
raça – que logicamente se exterminou rapidamente – impossibilitada de manter uma ordem
evolutiva de acordo com as Leis Naturais e dos projetos dos Logos Criadores. Tais são as
causas e efeitos herméticos dos vícios que levam a homossexualidade deste tempo. Isso
não libera o homossexual da responsabilidade que tem sobre si mesmo, pois se faz
cúmplice do demiurgo quando, em vez de buscar respostas e soluções, se “assume”,
justificando seu estado e aceitando como se fosse virtude, quando internamente sabe que
não é.
A homossexualidade – que em sucessivas encarnações produz androginismo –
como todas as deficiências por falhas no aspecto Gênero, pode reverter-se por obra do
conhecimento, da meditação, da ginástica rúnica e do Tantra. Para os bissexuais
biológicos, a re-evolução será um pouco mais difícil que para uma pessoa sexualmente
normal, mas geralmente essa experiência lhes dá, paradoxal e obrigatoriamente, grande
sensibilidade no espiritual, de modo que deverão meditar profundamente para definir-se
em um sexo e retomar a senda evolutiva. A cirurgia pode ajuda-los muito bem, mas eles
devem analisar profundamente o que sentem. A Alma geralmente tem um sexo definido,
podemos dizer que o corpo krístico é homem ou mulher definidamente. Os bissexuais
biológicos tem chegado a esse extremo por próprio karma, mas talvez por causa do
sistema demiúrgico imperante, porque no geral são pessoas excelentes que a sociedade
deve compreender e respeitar, do mesmo modo que deve aprender a respeitar as pessoas
diminuídas racialmente, uma vez que elas devem assumir (não resignadamente) sua
condição mestiça e lutar contra seus defeitos psicológicos e biológicos.
O seguinte passo involutivo para quem se deixa arrastar pelos defeitos sem lutar
contra eles, é a animalidade antropomórfica, tal como se passou aos últimos habitantes
dos períodos munita, lemuriano e atlante, que são as atuais raças de macacos. Em todos
os períodos (ciclos do combate demiúrgico) existiram remanescentes de homens que
foram ficando em diversos graus de involução, com estruturas genéticas mais ou menos
estabilizadas, mas quase todos eles sem possibilidade alguma de remontar ao abismo por
seus próprios meios, principalmente porque suas características reprodutivas não foram
diminuídas; o fator de geração tem seguido trabalhando, mas a Seleção Natural tem tido
cada vez menos margem de ação.

7d) VIBRAÇÃO: “Tudo é vibração. Tudo está composto de espírito vibrando


em uma determinada frequência e com características particulares, mas nada
perceptível existe estaticamente. A vibração tem três características que são:
ORDEM: que é o tempo com relação a um espaço determinado, em que oscila
eletronicamente uma matéria (ciclos por segundo, longitude de onda, etc...);
QUALIDADE: que é a harmonia e estabilidade dessa matéria segundo o meio em que
se encontra; e ORIENTAÇÃO: a que pode ser descendente ou ascendente. É
descendente quando tende a ser mais lenta, produzindo densificação, e ascendente
quando tende a ser mais rápida, produzindo sutilização”.
Não existe coisa alguma que não seja vibração em si mesma. As manifestações da
energia (som, luz, etc.) são vibrações. O Verbo Criador é o som capaz de modificar a
matéria porque vai acompanhado de Vontade. É a vibração da Vontade modificando as
vibrações mentais, ou dando-lhes força ou ritmo, ou direção ou tudo junto. Neste universo
espaço-temporal perceptível, o tato inicia a escala de medição para o Ser Humano com
uma vibração por segundo ou pouco menos; enquanto que um máximo perceptível para o
humano, está perto dos cinco trilhões de ciclos por segundo – que corresponde aos
impulsos da alma - , o ser com Consciência Krística percebe vibrações de mais de milhões
de quintilhões de ciclos por segundo; e mais além nem as cifras nem as relações espaços-
temporais são úteis agora para o conhecimento humano.
A vibração como som, produz no éter uma corda de cor. Com isso se pode trabalhar
em muitos aspectos, mas a orientação da intencionalidade define a densificação ou a
sutilização das coisas. A baixa vibração que permite à existência do Reino Mineral não é
“ruim”. O ruim é que o ser consciente baixe seu nível vibratório em vez de subi-lo. Não
existem vibrações definitivamente ruins, mas quando entorpecem uma função, é
relativamente ruim o efeito. Uma vibração baixa pode ser elevada pela consciência
(Ascenção), assim como uma alta pode ser baixada (precipitação).
Um dos aspectos mais importantes da natureza, relacionados a Lei de Vibração, é a
existência do ÁSKASIS ou AKASHA: é a estrutura eficaz do Universo no Plano Mental, que
permite um registro, uma ordem e a manifestação da inteligência Divina. Akasha significa
“Memória Universal”. Todo corpo que existe no espaço está composto por matéria, e esta
irradia permanentemente pequeníssimas quantidades de energia muito sutis, que se
transformam em uma sucessão infinita de campos vibratórios cada vez mais tênues, que
correspondem a frequências vibratórias cada vez mais altas. Nesses campos vibratórios
magnéticos e ultra magnéticos, fica codificada toda a história desse corpo e sua inter-
relação com o entorno. Algo assim como a banda magnética de um vídeo cassete.
A magnetosfera (campo magnético de um planeta), contém toda a história desse
mundo, desde o seu princípio como corpo no espaço. Como não existe um vídeo cassete
onde inserir o planeta e decodificar o “filme” de sua história, isso se pode fazer mediante
uma antena principal, que captura as vibrações e as decodifica apresentando-as em uma
tela, segundo as coordenadas espaço-temporais que se deram, baseadas em certas
medidas vibratórias e a localização axial de sua origem. Este aparelho é “o livro da vida”
que menciona A Bíblia, em que Jehová pode inscrever sua loucura de domínio, e em que
outros deuses inscreveram os arquétipos rúnicos ários, os de Tao e as letras sânscritas
que permitem a libertação do Homem mortal.
Também pode se fazer uma leitura vibrométrica de objetos, e eles nos contariam a
história por partes ou totalmente. Já se fizeram algumas realizações como o “Projeto
Akasha”, no qual se manteve em segredo absoluto para ocultar o que se descobriu. Pode o
mundo imaginar as repercussões políticas, religiosas, econômicas e sociais do assunto.
Ver em uma tela a filmagem dos acontecimentos passados, revelaria até o mais recôndito
fato político. Veríamos o que sucedeu umas horas atrás em qualquer parte do mundo. Os
objetos na presença de um crime serviriam de testemunhos irrefutáveis. Os conhecimentos
de civilizações antigas, como as que faziam vimanas para voar, e carros de fogo como o
dos “deuses” orientais, maias, astecas, etc. A divulgação maciça da Verdadeira História
causará a queda das religiões adulteradas e sacudirá todas as estruturas viciosas da atual
civilização.
No ano de 1975, uma equipe científica internacional, iniciou um projeto para filmar a
vida de Jesus askasicamente, mas como é lógico, o Vaticano (junto com outros
organismos da Sinarquia) se apoderou do assunto imediatamente, para ocultá-lo a
qualquer preço. Sem embargo, a pessoa desenvolvida, em processo de recuperação de
sua real condição de Deus vivente, tem incorporadas todas as capacidades imagináveis no
cérebro e na mente, podendo ler no “livro da vida” como se chama o Áskasis Planetário,
melhor que com o mais sofisticado aparelho. Tal indivíduo poderá conhecer com imagem e
som, todos os sucessos ocorridos no mundo. É lógico que o desequilíbrio emocional
impede tal desenvolvimento; ou o distorce, produzindo demência em alguns casos. Buda,
Jesus, Maomé e outros grandes Mestres, podiam profetizar porque conheciam totalmente
o passado, e, portanto, conheciam os planos do demiurgo, seus anteriores modos
operandi, de modo que podiam deduzir alguns feitos futuros.
Ocorre que a mente humana é Akasha, exatamente igual ao Akasha do mundo. É
matéria da mesma qualidade e análogo nível vibratório. Em troca, a Alma Humana é da
mesma matéria, mas levada a uma vibração muitíssimo mais alta, e se chama “Manas”.
Quem coloca sua consciência do Eu no plano de Manas, recorda suas anteriores
encarnações, porque lê a memória do Ovo Áurico, sua própria Alma Imortal. E se coloca
sua consciência em tal estado que possa entrar em contato com a memória Manas do
Mundo, alcança a Sabedoria Eterna, porque pode sentir o Amor Supremo do Logos do
Mundo. Tão incrível e complexo isso é para o homem moderno “civilizado”, mas tão
simples e elemental era para os povos nórdicos, para os aborígenes americanos e para os
Negros wuatus is. Também os amarelos desenvolveram a geomancia, graças a seu
profundo amor pela terra, que sempre consideraram um organismo vivente. Os únicos
povos com este conhecimento na América são alguns Mongulas, que evitam
absolutamente o contato com a civilização que os ameaça e os creem “sem intelecto”
porque não usam aparelhos.

7e) RITMO: “Toda coisa, fenômeno ou efeito tem seu fluxo e refluxo, seu
ascenso e descenso, um ir e um vir, um movimento oscilante, uma alternância
constante entre os fatores da polaridade e do gênero, assim como uma oscilação
entre as causas e os efeitos, havendo uma manifestação e uma não manifestação
periódica. Tudo tem uma variação sob ciclos que podem ser percebidos e
antecipados. Só a Consciência Divina pode colocar-se por sobre essa Lei, depois de
superar a si mesma a dualidade do positivo e do negativo”.
Se entende como Consciência Divina, uma Consciência que pode ser humana,
com a condição de que esteja orientada pelo superior, ocupando seu aspecto Vontade em
elevar a vibração de seus veículos.
Em respeito a Lei em si, o Ritmo pode ver-se em todas as coisas: a maré, os ventos,
as estações, o dia e a noite, etc... Um Ser Humano não pode evitar que existam esses
ritmos, mas pode colocar-se sobre seus efeitos mediante sua Inteligência e sua Vontade.
Mas, no que diz respeito a seus próprios veículos de manifestação no mundo – que são
seus corpos físico, mental e emocional – ele pode colocá-los por sobre seus próprios
ritmos na medida em que a vibração seja inteligentemente aumentada. A vibração se
aumenta ao pensar com amor em vez de ódio; com dignidade em vez de submissão; com
alegria em vez de tristeza; com generosidade em vez de egoísmo.
O início de um ritmo se chama “impulso” e este tem as características que
determinarão uma “inércia rítmica”, sendo necessária uma vontade tão poderosa como a
que produziu o ritmo, para inverter sua polaridade, para modificá-lo ou para detê-lo (detê-lo
definitivamente implica a morte da manifestação). O batimento cardíaco é um impulso
biológico. No início de uma ideia, a intencionalidade define boa parte do impulso na qual é
gerada materialmente com o primeiro movimento físico.
Quando uma pessoa observa que seus períodos são de bonança e de sofrimento
alternados, deve dar-se conta que se elevar a vibração de seus pensamentos, e eliminar
as emoções inferiores para colocar em seu lugar sentimentos verdadeiros (Esferas de
Consciência), se colocará por cima dos ritmos. Os sucessos não o afetarão tanto e ele
mesmo terminará produzindo ritmos melhores para si e para seu entorno.
Na ordem Cósmica, cada Plano Universal ou Dimensão tem um ritmo de expansão
e contração que varia segundo a quantidade de matéria que o constitui. Dado que um
mesmo Plano Universal está constituído por átomos de dimensões não muito diferentes, os
ritmos dos conjuntos de corpos siderais (Galáxias, Aglomerados e Superaglomerados) são
aproximadamente proporcionais. Um conjunto de Superaglomerados Galácticos está
nucleado por um “atractor” que é o centro de uma parte muito pequena de um Plano
Universal. Chame-se a esta “parte” Globo Galáctico (é constituído por uns quantos
trilhões de galáxias). Cada Globo Galáctico se expande e se contrai corrigindo a mesma
atividade dos demais Globos. Nosso Globo tem ciclos de uns quatro bilhões de anos (entre
um Big Ban e outro), mas o Plano Universal em si, possui ciclos que excedem o manejo
numérico da mente humana, porque ali, temos que calcular a relação entre a contração e
expansão da matéria de todos os Globos Galácticos, a quantidade de ciclos que pode
repetir-se em cada um, e a quantidade de Globos Galácticos que formam este Plano. E,
assim, apenas teríamos algum vislumbre da duração do ciclo deste Plano Universal. A esta
abismal grandiosidade temos que agregar a relação entre as diferentes dimensões
atômicas, infra-atômicas e extra globulares, para ter uma noção do que é um Universo em
Particular.
Se existe alguma utilidade para nós sondarmos os abismos, é puramente espiritual,
já que isso nos permite compreender – ou infinitesimalmente vislumbrar – a Imensidade de
Deus Absoluto e compreender que todo deus que possa individualizar-se, não é muito
mais que nós mesmos. Aqueles deuses que ajudaram aos homens mortais várias vezes
(inimigos todos do demiurgo) o fizeram para que sigamos, como eles, o caminho da
Evolução. Porque em nosso infinitesimal ponto de existência, – tão infinitesimal como a
mais excelsa individualidade imaginável – somos Herdeiros da Perfeição do Absoluto.
Podemos conhecer os Princípios que regem o infinito porque regem nossa própria Vida e
todos os aspectos de nossa existência. Esses Princípios Eternos são nossa própria
essência. Se buscarmos compreender e ficarmos atentos às Leis da Criação, nossos
ritmos Álmicos, mentais e psíquicos serão elevados por efeito da elevação vibracional. E
só isso pode produzir infinita felicidade, embora vosso intelecto não o entenda no princípio.
A prática da Doutrina e da meditação fazem que o intelecto – cedo ou tarde e sem apuros
– entenda estas coisas e as aproveite com a maior satisfação possível (ver página
seguinte).

7f) MENTALISMO: “Tudo que existe é mental antes de ser manifestado. Tudo é
primeiramente uma ideia”.
A Criação Universal é um eterno pensamento na mente do Absoluto (mas não uma
“ilusão”), é o Pensamento Perfeito. Tudo que existe nesta Criação por Vontade de uma
individualidade (infra-humana, humana ou supra-humana) é primeiro uma ideia. Cada
individualidade é co-criadora com o Absoluto, participando de Sua Mente Universal, de
acordo com seus atributos (Amor, Inteligência e Poder).
Não é possível que exista algo que não tenha sido primeiramente imaginado,
visualizado por uma mente individual, assim como não é possível a existência do Universo
sem um Criador Absoluto.
Os Princípios Metafísicos, Leis Herméticas e seus derivados – Leis biológicas,
matemáticas, físicas, alquímicas e químicas – são Criação Universal do Absoluto, mas as
formas de vida de cada Bolha Cósmica e de cada Plano Universal são criações dos Logos
Planetários, Solares, Galácticos, etc...
Em um plano muito mundano, digamos que o homem não pode fazer um móvel,
uma casa, um vestido, nem coisa alguma sem primeiro imaginá-lo. Em seu campo de ação
mental, o homem cria, mas não pode criar as Leis aqui expostas. Pode tentar violá-las e
jogar com a genética para fazer outros homens que inevitavelmente serão inferiores a ele.
Pode modificar o que fez e se for harmônico com o Logos, criará coisas magníficas; mas
não pode criar uma nova espécie de seres sem cometer enganos que o Logos Planetário
deve corrigir depois. Pode o homem manejar o átomo e se destruir a si mesmo se sua
intenção é destruí-lo; mas não pode inventar nem modificar as Leis da Genética nem as
Leis Físicas, que dependem das Leis Herméticas e dos Princípios Vida e Amor
respectivamente.
O Logos Planetário não é criador dessas Leis, mas as aplica para criar, irradiando
magneticamente os Princípios Ativos da Vontade Divina. São as chamadas CHAMAS
METAFÍSICAS, que são OITO e se correspondem com os Princípios a saber:
PRINCÍPIO AMOR >>>>>>>>>>>>>> CHAMA ROSA OU ROXA
PRINCÍPIO INTELIGÊNCIA >>>>>>>> CHAMA AMARELA OU DOURADA
PRINCÍPIO PRINCÍPIO >>>>>>>>>>> CHAMA AZUL
PRINCÍPIO VERDADE >>>>>>>>>>> CHAMA BRANCA
PRINCÍPIO VIDA >>>>>>>>>>>>>>>> CHAMA VERDE
PRINCÍPIO ESPÍRITO >>>>>>>>>>>> CHAMA ALARANJADA OU ACOBREADA
PRINCÍPIO UNIDADE >>>>>>>>>>>> CHAMA VIOLETA
PRINCÍPIO ETERNIDADE >>>>>>>>>> CHAMA NEGRA OU INCOLOR
Cada Chama é um impulso da Vontade do Ser, que se manifesta em sua esfera
mental superior ou Manas, formando as denominadas “Esferas de Consciência da Alma”, e
estas são:
CHAMA BRANCA >>>>>>>>>> VERDADE, PUREZA, EQUILÍBRIO E PERFEIÇÃO
CHAMA AMARELA >>>>>>>>>>> CONSCIÊNCIA, INTELIGÊNCIA E SABEDORIA
CHAMA ALARANJADA >>>>>>>>>>>> PROVISÃO, RIQUEZA E ABUNDÂNCIA
CHAMA ROXA >>>>>>>>>>>>>>>>>> AMOR E LEALDADE
CHAMA VIOLETA >>>>>>>>>>>>>>>>> TRANSMUTAÇÃO E PERDÃO
CHAMA VERDE >>>>>>>>>>>>>>>>>>> VIDA E SAÚDE
CHAMA AZUL >>>>>>>>>>>>>>>>>>>> PODER, DIGNIDADE E LIBERDADE
CHAMA NEGRA >>>>>>>>>>>>>>>> IMORTALIDADE

Cada Alma tem em si mesmo todos os atributos da Mente Divina, e pela aplicação
destes Princípios Ativos pode libertar-se da triste condição de escravo do demiurgo, e
alcançar assim a imortalidade que lhe corresponde por Herança Divina. Mas não é
possível compatibilizar o Poder Divino com a debilidade, a imortalidade com a resignação,
a doença com o medo da morte; não é possível crer em um Deus bondoso e amoroso que
impõe a seus filhos sofrimento, humilhação, escravidão e temor... Se adoecemos e
morremos não é por culpa do Deus Criador do Universo, mas por causa desse Homem
malvado e impostor que dá mandamentos perversos e faz com que suas criaturas lhes
supliquem, lhe temam e lhe adorem servilmente.
A aplicação destas Chamas consiste na meditação profunda em cada uma destas
Esferas de Consciência, e a visualização das cores correspondentes na mais bela
expressão possível, para tomar consciência de que cada humano contém em si mesmo
todos os Atributos Divinos, mas que devem aflorar em perfeito equilíbrio e com a
polaridade correta POR ESFORÇO DE CADA UM E SEM ESPERAR DE UM DEUS
EXTERNO, POSTO QUE CADA SER HUMANO É UMA PARTÍCULA DE DEUS
ADORMECIDA, QUE DEVE DESPERTAR. Como se disse anteriormente, não deve
intentar-se nisto sem primeiramente eliminar os Eus psicológicos ou “defeitos da
personalidade”.
Cada indivíduo é feito “a sua imagem e semelhança”, mas imagem e semelhança se
perdem em contradição da consciência. Não pode se parecer a Deus nem chegar a Ele
uma pessoa que, em vez de Verdade, Pureza, Equilíbrio e Perfeição, vive na mentira, na
sociedade (interna e externa), no desequilíbrio (de qualquer tipo) e se desculpe com um “...
bom... ninguém é perfeito”. Não pode aproximar-se de Deus quem, em vez de Inteligência
e Sabedoria, trabalhe com estupidez e por impulso inconsciente quando, até os animais,
geralmente fazem demonstrações de “sentido comum”.
Não pode ir até Deus, quem aceite a pobreza e não lute com toda sua força para
alcançar a segurança e liberdade material, assim como não pode chegar-se a Deus o que
vive na opulência à custa da pobreza alheia ou na cobiça e na avareza. Os “pobres de
Espírito” não são nem serão bem-aventurados – embora o digam assim as Bíblias
adulteradas – mas que passarão toda classe de desgraças, vivendo no mesmíssimo
inferno que se produzem mentalmente. O que é merecido, por confiar mais nas
adulteradas escrituras dos homens, que em seu próprio sentido comum e na Consciência
Divina que cada um tem.
Não vai até Deus quem, em vez de atuar por Amor, é movido pelo ódio, nem quem
em vez de transmutar ou perdoar, cristaliza rancores que “apodrecem seu coração”
(destroem seu próprio sistema mental). Não é possível alcançar a Consciência Divina
quando se aceita a enfermidade como uma benção e a morte como uma necessidade. Se
bem que não temos que temer a morte nem se apegar a vida física, devemos aprender,
meditar e fazer o que corresponda, nos preparando mentalmente para alcançar a Vida
Eterna.
Tampouco vai até Deus quem aceita com resignação a debilidade e a usa como
desculpa para não fazer o que deve, sendo que a Consciência que é Inteligência Divina,
está composta também por Vontade, que é Poder Divino. A falta de equilíbrio nestes
elementos constituintes do Ego (que é reflexo do Eu Divino) gera todo mal. A falta de
Vontade se deve a indolência, a comodidade e a preguiça. E permanecer na escravidão é
o Karma do indolente. Por sua indolência, seu medo e sua aceitação de tais condições, se
faz cúmplice do demiurgo. O ESCRAVO É SEMPRE CÚMPLICE DO ESCRAVAGISTA.
Não é possível chegar a Deus sem alcançar o conceito mental de Eternidade.
Quando o Ser medita o suficiente e a mente compreende, se dá conta que o Eu Divino é
imortal, eterno e que é UM MESMO. Mas deve aceitá-lo assim e trabalhar em
consequência, sem medo a deus nenhum, nem ao diabo, nem a ninguém. Deus não quer
vosso medo porque Ele é Absoluto e Perfeito; o demiurgo sim quer vosso medo porque é
assim como os domina. Assim é que o medo é uma das maiores debilidades. É oposto a
Vontade, ao Poder e a Liberdade. Também “se teme o que se odeia e se odeia o que se
teme”. O Deus Absoluto do qual cada Eu Divino individual somos um reflexo, merece um
profundo RESPEITO, que é Amor e Veneração, mas de nenhum modo temor e
servilidade. E esse Respeito se pratica dando-o a todos os Seres e coisas, reconhecendo
a Divindade até no inimigo, embora deva combater-se sua manifestação, se é demiúrgica.
Por isso quando Jesus dizia “Amai até vosso inimigo”, não dizia que não se devia ter
inimigo, nem que não o combateria, mas que é necessário amá-lo, posto que também luta
pela sua libertação.
O Homem deve manejar corretamente esses conhecimentos para poder, assim,
gerar mentalismos adequados à sua necessidade atual e retornar ao estado de
Consciência Divina; mas deve estar preparado para empunhar uma espada, em vez de
juntar as mãos em atitude suplicante. A súplica é humilhante e a promove, o escravagista.
As mãos juntas como para deixar-se colocar correntes ou algemas, são um arquétipo de
rendição e submissão; de escravidão ante um Deus malvado. O Verdadeiro Deus só aceita
de seus Filhos o Respeito e o Amor. A misericórdia cabe para a individualidade, que se
identifica compassivamente com a miséria do outro. Mas um sentimento mais elevado
ainda é a Magnanimidade. O Deus Verdadeiro é Absoluto, não humilha e nem é sádico. É
amoroso e magnânimo; assim, não quer filhos humilhados e escravos, mas Dignos,
Livres e Soberbos (mas não tolamente vaidosos, não com soberba psicológica). Vós, Pais
carnais, permitis que vossos filhos se humilhem ante vós e os temam? Gostarias de que
eles os suplicassem com sofrimento antes de dar-lhes de comer? Os faríeis crucificar para
permitir-lhes crescer?
Saber que TUDO É MENTAL antes de ser matéria, e que tudo tem motivação
emocional – que é Vontade mental – é fundamental para escapar da influência demiúrgica,
contrapondo os arquétipos (moldes mentais) adequados. As Ginásticas Rúnicas, o
conhecimento e as Chamas Metafísicas, a Magia Sexual Kristã e o sentido comum, são
as armas para destruir todos os mentalismos que cada um tem criado respondendo a
arquétipos macabros de domínio e escravidão nesta e em anteriores encarnações.
Se vos mentalizais suplicantes, temerosos e culpados, sereis cada vez mais
indignos, covardes e pobres; se vos mentalizais ricos, dignos, bondosos, livres, valentes e
generosos, virá a vós toda a benção natural. Se vos mentalizais imortais, gloriosos, dignos
filhos de um Deus de Perfeição, e trabalhares como tais, alcançareis a Vida Eterna embora
morra vosso corpo atual. Já vos disse o Grande Guerreiro Essênio: “Batei e se abrirá, pedir
e se o dará”. A atitude de pedir dignamente provê, mas a atitude suplicante é para a Lei de
Mentalismo como dizer a Deus: “Considera-me indigno”, e o indigno não é merecedor.
Recordando: vossos sentimentos e pensamentos, palavras e atos determinam
vossa vida presente e futura. Na medida que os dominais e os purificais, vossa vida mortal
e mundana mudará e se orientará em direção à Vida Eterna. Não é necessário nem
conveniente colocar-se prazos, mas não há que mentalizar que isso “está demasiado longe
de mim”. Pois embora a mudança de orientação implicará alguns sofrimentos e grandes
esforços, como quando é arrastado por um rio em direção a mortal catarata, o esforço fará
a diferença entre evolução ou involução. Quem se deixa arrastar, cedo ou tarde sofrerá
mais que aquele que se esforce por seguir o rio da vida em direção a Deus.
Não verás tão longe a praia da Perfeição do Oceano Divino, porque a Felicidade
verdadeira está perto para o que decide orientar-se em direção ao espiritual. Não é
necessário nem conveniente tornar-se místico, e muito menos fanatizar-se. Iniciar a
depuração psicológica com valentia e determinação – que como já dissemos é muito mais
importante que entender a Mecânica Universal – é o passo mais importante. Quando reler
essa Tábula com menos carga emocional, a confusão emergente da primeira leitura irá
desaparecendo, e o intelecto fará seu maravilhoso trabalho com menos esforço. O
Mentalismo de cada um funciona determinando nossas próprias vidas muito mais que
todas as influências externas, de modo que se vamos nos harmonizando emocionalmente
com a Natureza Divina, as mesmas forças universais que antes eram obstáculos e nos
confundiam, serão nossas invencíveis aliadas; e será cada vez mais fácil entendê-las e
aplicá-las.

7g) CORRESPONDÊNCIA: “Assim como é acima, é abaixo, assim como é o


grande, é o pequeno”.
Se observais um átomo, vereis um conjunto de partículas semelhante a um enxame
de galáxias (o elétron), girando ao redor de um aglomerado galáctico de proporções
perfeitamente comparáveis. Enormes distâncias proporcionais existem entre as partículas
de um átomo, e entre as partículas que compõem as ditas partículas. Proporções que são
idênticas as que tem os sóis com relação aos seus planetas e entre si. As mesmas formas,
tamanhos e tipos vereis nos “planetas, astros, estrelas, galáxias, aglomerados galácticos,
etc.”, que nos “quarks, sub-quantum, quantum, elétrons, prótons, átomos e moléculas”.
As Hierarquias da natureza também existem em todas as dimensões, mas para
compreender isso é mister sair-se totalmente dos limitadíssimos conceitos desta
civilização.
A Eternidade é em direção ao grande como em direção ao pequeno, e os Princípios
e Leis regem infinitamente, de modo que há uma perfeita correspondência entre o
infinitamente grande e o infinitamente pequeno. Os átomos estão compostos por corpos
siderais que formam um Universo Dimensional imediatamente abaixo do nosso, mas o
nosso é um Universo Atômico de outro Universo. Nosso planeta é um sub-quantum de um
quantum, de um elétron, de uma molécula de outro Universo quintilhões de vezes maior...,
mas a Consciência de um Ser daqui, “de cima” (extragaláctico) ou do “de baixo” (atômico)
é exatamente igual porque é SER, CONSCIÊNCIA E VONTADE, e pode dizer “EU SOU”.
Os atributos do EU DIVINO, como os de seu reflexo atuante no mundo mental das
formas (o Ego), são SER, CONSCIÊNCIA E VONTADE, e eles não variam entre um Ser
que habita em um átomo de nosso Plano Universal ou em outra Bolha Cósmica, e nós.
Idêntica é a qualidade e intensidade da consciência de um Ser do Universo extragaláctico,
que seria esse Plano Universal para o qual nosso Universo é só um átomo.
A Lei de Correspondência não só rege questões físicas e dimensionais, mas
também processos da Consciência, o qual é comprovado entre nossos assuntos, enquanto
a que “cada um sofre ou goza o mais que pode, segundo seus costumes”. Se a
compreensão dessa Lei se compatibiliza com a de mentalismo, se verá que é possível
eleger os próprios estados de ânimo emocionais e mentais, o que determinará tanto
“acima” como “abaixo” (no plano mental como no material), condições perfeitamente
correspondentes. Assim como se sente, se pensa; assim como se pensa, se fala; e
assim como se fala, se atua. Por isso nunca será suficiente insistir em que a primeira
coisa que se faz para alcançar a felicidade, é encarar o processo de meditação psicológica
e tirar-se os parasitas emocionais de cima (de dentro), porque o que tem dentro determina
as condições de fora. Sem mencionar quando o indivíduo está tão possuído por esses eus
psicológicos que parece, de certo modo, que no instante que quer pensar, o faz
influenciado por outro eu psicológico; quando fala, o faz influenciado por outra emoção
diferente e – se é que atua – o faz outro que nada tem a ver com os anteriores. Assim vive
a maioria dos seres humanos da presente civilização.
Mas quem compreende as coisas de “acima” e vive conforme elas indubitavelmente
que “abaixo” – no plano mundano – irá manifestando maior perfeição e felicidade.

CAPÍTULO VIII

8. PRINCÍPIO ETERNIDADE
Trataremos de expressar essas Leis do infinito com as dificuldades de nossa
limitada linguagem humana, superável unicamente mediante a profunda meditação de
cada um.
“A Eternidade é o único ABSOLUTAMENTE REAL, e se manifesta através
deste conjunto de Leis. Tudo o que não é eterno, é como uma ilusão – real, mas
relativa – na mente de Deus; o Universo é uma criação mental do Absoluto e Nele
tem lugar todas as coisas. “O grau de realidade” de uma existência, depende do
grau de Consciência que contenha”.
Por exemplo: a Alma do homem é mais real que o seu corpo; seu corpo Krístico é
mais real que a Alma, e sua Divina Presença é o único Absolutamente Real; seu Eu
Humano ou EGO é seu Ser potencial e relativamente Imortal e Eterno (já que para
conservar-se Eterno, deve manter-se orientado evolutivamente). Com o corpo físico vive
uns anos, embora que a Alma dure tantas encarnações quanto necessite para ascender ao
estado Krístico ou até que seja aniquilada pela involução. No centro da Terra ou “o Paraíso
Terrestre” se encarna uma só vez como humano, para ascender, em vez de morrer. (A
morte ritual representa a Ascenção, não a lamentável morte biológica dos seres da
superfície externa da Terra).
O corpo Krístico dura eras (mais que o presente Universo material), mas o Eu Divino
é Infinito e Eterno porque é parte infinitesimal – mas unida – do Absoluto. Este Eu Divino
não pode ser aniquilado, mas depois da involução total do seu veículo, se funde com o
Absoluto até que transcorra todo o ciclo de seu Plano Universal (uns quatro bilhões de
anos para o nosso) *Bilhão castelhano, ou seja, milhões de milhões.

LEIS HERMÉTICAS DO PRINCÍPIO ETERNIDADE

8a) SER: “O Ser Absoluto é Um só, Eterno, Insondável, Supremo, Perfeito, e é


Triplo em sua manifestação, sendo seus Atributos AMOR, INTELIGÊNCIA e PODER.
O Ser Relativo é a Individualidade à imagem e semelhança do Ser Absoluto”.
Todos os Seres são manifestações infinitesimais do Único. A sensação de
separabilidade dura enquanto dure a manifestação individual pouco consciente, e é
relativamente real o ser manifestado, mas na Realidade Absoluta todos os seres somos
um Só e Supremo Ser diversificado. Isto é gradualmente compreendido à medida que uma
consciência individual escala em evolução. Exemplo: todas as formigas de uma variedade
são manifestações de uma consciência única, o Elemental maior. Igualmente ocorre no
Reino Mineral, e em alguns vegetais e animais. O humano responde a arquétipos
determinados, mas é no primeiro escalão de Consciência Individual, que pode perceber o
Todo intelectualmente, e assegurar sua individualidade graças ao crescimento de sua
consciência refletida ou Ego, e sua unificação com a Consciência Eterna do Ser Único.
A manifestação do Ser, seja o Absoluto ou uma individualidade (arcanjo, homem,
formiga ou micróbio) é triplo (e aqui o Mistério Desvendado da Santíssima Trindade):
Amor, Inteligência e Poder, são os atributos de uso de toda forma de manifestação do Ser.

8b) VONTADE: “Existe um Único Ser Absoluto, uma única Vontade Absoluta.
Cada Ser individual manifesta uma porção infinitesimal de Vontade, de acordo com a
medida de sua Consciência”.
Para dar um exemplo didático, digamos que um Iniciado com alto grau de
consciência terá sempre uma maior vontade que aquele que dá seus primeiros passos no
caminho Espiritual, porque SABE, CONHECE e COMPREENDE o valor de sua tarefa, de
seus exercícios e de suas obrigações ou responsabilidades. Do mesmo modo, o homem
mundano que obedece a desejos materialistas, na medida de seus desejos, aplicará sua
Vontade. A diferença entre ambas as linhas (o Iniciado e o mundano), consiste em que o
Iniciado será capaz de enfrentar todo sacrifício, a pobreza, a dor; vencerá em seu caminho
aos monstros internos (agregados psicológicos) e as harpias externas (carnais, astrais,
etc.) que muitas vezes tentarão fazê-lo cair nas tentações viciosas e involutivas; o Iniciado
será capaz de remontar a corrente que arrasta o resto da Humanidade e se fosse
necessário se enfrentaria só, na luta para libertar o Mundo, por seus ideais ou por fazer
despertar nem que seja uma só Alma de seu sonho mundano.
Por outro lado, o mundano não é capaz de sustentar um combate, nem sequer para
defender sua própria dignidade ou sua liberdade. Só busca comodidade, porque não
possui vontade para o sacrifício, dado que carece de consciência das responsabilidades
para consigo mesmo. A tenacidade dos escravagistas não deve confundir-se com a
Vontade, porque em tal caso a Vontade deste Ser está sendo usada por um Eu psicológico
(o “Eu escravagista”). Tampouco deve confundir-se a Vontade com a força robótica dos
que seguem arquétipos mentais sob pressão de cobiça ou de medo. Muitas pessoas que
entenderam o desenvolvimento da presente civilização e suas desastrosas consequências
individuais e coletivas, permanecem indolentes ou em aparente indiferença a respeito, sem
fazer nada por elas mesmas, e menos ainda por seus semelhantes; porque como precisam
de conscientização clara do assunto, não podem aplicar a devida Vontade. Se bem que os
obstáculos principais são os apegos emocionais e as dependências psicológicas ao
material, isto desaparece na medida que a pessoa “toma consciência” da realidade, porque
isso implica um despertar da Vontade interna, verdadeira. Esta não deve confundir-se com
essa força robótica do empregado que vai com relutância a seu trabalho que detesta,
fazendo um esforço titânico que nunca alcança, que lhe aflige, e que destrói sua dignidade.
A verdadeira Vontade não é um sacrifício psicológico nem um pesar, nem um
tormento para a personalidade, mas é uma força desenvolvida, um ímpeto que supera a
personalidade e a todos os componentes do ser humano, sacrificando tudo o que seja
necessário aos seus interesses, porque está mobilizada pela Força Cósmica que é o
Amor. A Vontade do empregado com desgosto é uma atitude mal forçada e sempre
negativa; nunca se acompanha do poder criativo e da emoção alegre do que faz bárbaros
esforços em busca de uma realização de Vontade consciente. O pai e o esposo que faz
um trabalho que não lhe corresponde vocacionalmente, mas o faz por amor a sua família,
pode não sentir o peso de suas tarefas porque a motivação não será a criativa experiência
da atividade que gosta, mas o amor familiar o motiva de igual modo. Mas se aplicasse
mais inteligência à sua amorosa vontade, talvez obteria mais satisfação vocacional e
realização. O manejo correto da Vontade em nossa degradada civilização, só pode
alcançar-se equilibrando-a com grande Amor e Inteligência; porque nossa vontade
individual é utilizada pelo escravagista contra nós próprios e em seu exclusivo benefício
material.
O Absoluto cria tudo mercê a sua Infinita Vontade e em tudo se manifesta com uma
alegria sem par, porque em sua incessante atividade não há imperfeição, não há desgosto,
não faz nada contra sua própria Vontade Perfeita. O homem que atua por Vontade de seu
Divino Ser Interno compartilha com o Absoluto essa alegria inefável que busca no Mundo
sem achar, e que chamamos FELICIDADE.

8c) CONSCIÊNCIA: “A Consciência é o conhecimento de todo o externo e o


interno em idêntica proporção, desde o ponto de vista do Ser Manifestado; assim
como do autoconhecimento, desde o ponto de vista do Ser Não Manifestado”.
Vejamos primeiro ao Ser Não Manifestado: podemos falar de Deus ou de um Ser
Individual Não Manifestado, dá no mesmo em termos de autoconhecimento, mas há uma
diferença fundamental: Deus, Manifestado em infinitas formas, nunca é encontrado sem se
manifestar, já que Sua Vontade não é cíclica, mas Eterna. O Ser individualizado – em troca
– evolui eternamente com períodos de Manifestação e Não Manifestação. Durante a não
manifestação há um pleno autoconhecimento, embora que a manifestação o impele ao
conhecimento do externo, esquecendo-se de si mesmo total ou parcialmente. O Ser
Individual equilibrado nunca perde totalmente de vista o externo quando está em seu
período de Não Manifestação, nem perde de vista totalmente seu interior quando está
manifestado. Os Guerreiros da Luz que são mortos em combate, não perdem a
consciência de si mesmos embora percam o astral (que não o perdem por vício, mas
eventualmente por uma “ruptura” quando ainda não o tem formado em matéria Vraja
vermelho). O mortal comum que não sabe nada dessas coisas e é arrastado depois da
morte ao Devachan, perde consciência do externo, caindo em uma oníria, que o Guerreiro
evita porque seus arquétipos estão em plena função durante a vida física. Embora não
tenha uma consciência total no estado devachanico, tampouco esquece quem é e o que
deve fazer para voltar a encarnar quanto antes possível e re-evoluir.
O Ser Manifestado: o processo pelo qual o Ser Manifestado recupera, ainda
permanecendo na forma, a plena autoconsciência, produz que toda a matéria que constitui
a dita forma seja vibracionalmente elevada ao estado Krístico. É assim porque na medida
que o Ser recupera sua autoconsciência, recupera sua Vontade Divina, que governa o
Espírito como Princípio, e consequentemente domina a manifestação do Espírito, que é a
matéria. Principalmente opera sobre a matéria de seu próprio corpo, mas pode operar
sobre qualquer outra, produzindo a “Alquimia Filosofal”. Assim vemos que há uma relação
Absoluta entre Consciência e Vontade; embora geralmente se perceba no Ser,
primeiramente a Consciência e – aparentemente – como acessório, a Vontade. Os Seres
não afetados pela demiurgia (os intra-terrenos e os habitantes normais de todos os
planetas), tem momentos proporcionalmente muito pequenos de Não Manifestação e
muitos diretamente permanecem em Manifestação Constante.
As pessoas que seguem a linha demiúrgica fazem um caminho inverso; pretendem
o domínio da matéria pelo caminho equivocado, podemos dizer: dominando a outros seres,
materializando o Espírito, convertendo-o em prisioneiro da forma a ponto de fazer-lhe
perder sua individualidade (aqui dizemos do Espírito como Ser individual). E tanto o ser
escravizado assim como o demiurgo, por seu próprio Karma, ficam pulverizados em seus
componentes energéticos, passando a formar parte da forma material ou da ideia-forma,
espalhados pelo Universo, à disposição das formas e dos seres em evolução.
O Teurgo, em troca, busca a Kristificação, que é a libertação de si mesmo, mas sem
destruir assim a matéria ou forma, mas levando-a consigo ao plano glorioso da Evolução e
Manifestação Superior. Na realidade, um demiurgo opera em desarmonia com a Lei,
porque pretende usá-la egoisticamente; resultado = ANIQUILAÇÃO.
Um Teurgo é o que se atém a Lei, e em harmonia com ela se converte em sua
manifestação; resultado = KRISTIFICAÇÃO, que é cristalizar em um Reino Natural
Superior, a perfeição suprema lograda na forma. Quando uma partícula semente mineral
forma um cristal, venceu sua prova e passa ao Reino Vegetal. Quando um homem forma
um Kristos, passa a esse Reino Superior de maior consciência e segue evoluindo em
direção a estados cada vez mais Gloriosos e Felizes. Os Logos Planetários, Solares, etc.,
são Seres de extraordinária Consciência, apenas compreensível para o Humano mediante
analogia.

8d) TEMPORALIDADE (Tempo): “Tempo é a relação existente entre dois


pontos de um mesmo processo evolutivo ou involutivo, mais que entre dois pontos
do espaço e da velocidade. É, na realidade, um presente contínuo que adquire
diferentes formas na Consciência do Ser Individual, sendo uniforme, eterno e
perfeito na Consciência do Absoluto”
Entendendo a primeira parte do enunciado, vemos que o tempo físico ou
matemático é um reflexo do Tempo como Lei Hermética. Podem fazer-se todas as
equações feitas ou por fazer, tirando conclusões einstenianas que em nada contribuem
com o homem. Não só não se resolvem seus problemas espirituais nem materiais com
essa especulação, mas priva a mente do fator “Infinito”, atrasando enormemente a
compreensão intelectual necessária para ascender à compreensão Krística. O tempo é
fora de especulação, “uma distância entre dois pontos do processo de uma consciência”, e
deve ser compreendido em seu aspecto Hermético, o que não invalida a utilidade de seu
reflexo mecânico (o tempo físico), cuja medição nos permite fazer diversos cálculos
objetivos. Com idêntica objetividade devemos compreender a Eternidade. A fórmula
apresentada na Lei de Diversificação do Princípio Unidade, serve para compreender essa
Lei de Temporalidade, assim como a de Espacialidade: 8 + 8 Não é possível embora se
gerem constantemente individualidades; 8 - 8 Não é possível porque não existe lugar fora
do Infinito onde colocar o que se resta; 8 x 8 = 8 Porque se recria constantemente e não
existem limites no tempo nem no espaço; 8 % 8 = 8 Porque se diversifica em infinitas
individualidades e podem dividir-se tanto o tempo como o espaço, infinitamente.

8e) ESPACIALIDADE (Espaço): “É o corpo de Deus desde o ponto de vista da


Criação Absoluta e é o volume que ocupa dentro de uma Consciência, desde o ponto
de vista da criação relativa”.
O espaço físico-matemático que percebe o homem comum, é só um reflexo do
Espaço como Lei Hermética. Tempo e Espaço para o intelecto humano médio, são coisas
muito relativas; existem, são reais nesse reduzido estado de consciência. Mas o Ser
Individual que começa a tornar-se autoconsciente estando dentro da forma, percebe a
eternidade real de qualquer espaço, já que esse é infinito em direção a qualquer ponto,
qualquer seja o ponto em que a forma manifestada se encontre. Exemplo: o espaço
existente entre duas moléculas de matéria (ou entre dois átomos), não está vazio, mas
cheio de éter, que é matéria atômica de uma dimensão infra-atômica. Entre duas galáxias
não há um vazio real, mas há um “cheio” de éter mesclado com grande quantidade de
gases. Mas se vemos um átomo em sua plena dimensão, apreciaremos uma paisagem
galáctica; e se víssemos por sua vez um átomo dessa paisagem galáctica, nos
encontraríamos ante uma paisagem galáctica quase infinitamente menor, e assim
sucessivamente.
Aqui, o fator espaço se relaciona com a Lei Hermética de Correspondência no que
se refere a tamanho, desde um ponto de vista de um observador que se ache nesta
dimensão ou em qualquer outra. Desde os pés até a cabeça, então, temos um espaço
relativo aos outros corpos que vemos e apalpamos, mas a distância – nossa estrutura – na
realidade Absoluta, é infinita, posto que cabem no inestimado espaço de nosso “pequeno”
corpo físico, infinitas dimensões infra-atômicas. Em direção ao “grande” ocorre o mesmo. A
teoria do Big Ban é algo menos que pueril para a consciência de um Hermetista, pois seu
intelecto não está limitado a 15.000 nem mais milhões de anos, nem a medida de tempo
possível assim como não se limita espacialmente.
Quando este conhecimento, após passar sua etapa intelectual, é “compreendido” na
ordem de pensamentos e sentimentos, se é muito mais feliz, embora para alcançá-lo
geralmente se passe por “abismos” espirituais ou mentais, com sensação de “pequenez”,
“insegurança”, “falta de fé”, etc... uma vez compreendido intelectualmente, parece algo
com pouca importância ou impraticável, mas quando este conhecimento do infinito é
“conscientizado” e SABEMOS realmente que somos ETERNOS em consciência e
INFINITOS na forma, desaparecem o medo da morte, a insegurança, as ilusões mentais
pseudomísticas, etc. ; porque se bem que o Universo é um pensamento na mente do
Absoluto Criador, é Absolutamente Real, embora as coisas, dentro de seu espaço infinito
sejam relativas ou realmente infinitesimais em duração e tamanho.

8f) INTERDINÂMICA: “Todas as coisas e Seres existentes dentro de um


mesmo Plano Universal se influem dentro de si direta ou indiretamente, embora essa
influência seja infinitesimal. Não existe influência direta entre individualidades dos
Planos Universais diferentes, mas influências indiretas e infinitesimais que uma
consciência transcendente pode perceber. Mas jamais existe influência direta ou
indireta, nem sequer infinitesimalmente entre Seres ou coisas pertencentes a
diferentes Bolhas Cósmicas ou Universos em Particular diferentes”.
Uma Bolha Cósmica ou “Universo em Particular” está constituída por infinitos
“Planos Universais”, que correspondem a dimensões extragalácticas, atômicas ou infra-
atômicas. Não nos vamos estender na compreensão das infinitas Bolhas Cósmicas,
embora só diremos que em nenhuma delas atuam outros Princípios e Leis que não sejam
os aqui expostos. Assim que, quando falamos de Planos Universais, nos referimos às
infinitas dimensões de nosso Universo em Particular, quer seja em direção ao “grande” ou
em direção ao “pequeno”.
Esta Lei parece mais um efeito que uma Lei Imutável, mas é uma espécie de
interação (nada tem a ver com a do Princípio Amor), entre os Planos Universais que
unicamente se efetua na forma controlada pelas consciências que transcendem o Plano
Universal em que se formaram. Vejamos um exemplo: todas as coisas e Seres se
relacionam e influenciam direta ou indiretamente pelo feito de estarem sujeitos as mesmas
Leis, atuando na mesma ou diferentes dimensões, pertencendo a um Universo em
Particular que é um Só Corpo; digamos que, o que ocorre a João na Terra, afeta
infinitesimalmente a um ser vegetal que vive em outra galáxia, a milhões de anos luz, e por
ordem de afinidades João afeta o seu vizinho e a todos os seres deste Universo em
Particular na medida que sua consciência se faz poderosa. Mas não afeta as coisas ou
seres do Plano Universal imediato em direção “abaixo” (atômico) ou em direção “acima”
(extragaláctico), enquanto não dá um passo transcendente.
Se João ascende na consciência do plano Krístico, no momento de fazê-lo está
influenciando diretamente no espaço de seu Plano Universal porque deixa um “vazio de
matéria”. Na realidade o que fez o elevaria vibracionalmente. No Plano Universal atômico
imediato, a influência relativa é maior porque está arrastando vibracionalmente a trilhões
de “galáxias”, que se beneficiam super-infinitesimalmente com a dita Ascenção, e
infinitesimalmente se beneficiam todos os seres que nelas habitam. Para o Universo
“Superior” do qual nosso conjunto galáctico é só um elétron, o benefício é mais infinitesimal
e indireto ainda, porque é como se um João (João 2) que vive em um sub-quantum de um
elétron de um átomo, de uma molécula de uma célula de nosso corpo, tivera tomado
consciência Krística. Primeiramente devemos considerar o abismo de tamanho existente; e
segundo, o feito de que esse elétron (onde vive João 2) está uns anos, ou meses, ou
minutos, escassos segundos ou pequena fração, ocupando um lugar em nosso corpo.
Terceiro, devemos calcular que um elétron dá entre 50.000 e 80.000 voltas ao redor do
próton em um segundo.
Para esse João 2 de nosso elétron, a vida como um ser encarnado dura em nosso
plano espaço-temporal menos de uns cem mil quatrilhonésimos de segundos, já que esse
elétron tem um movimento interno de órbitas entre quantum e sub-quantum, análogo ao de
nossa galáxia ao redor do centro do aglomerado. O planeta de João 2, tendo uma vida
proporcional à nossa, equivaleria a uns cem mil trilhonésimos de segundos. A
interdinâmica espaço-temporal entre João 1 e João 2, equivale então a que milhões de
Joãos do Plano Universal atômico ascendam em cada microssegundo da vida do João 1,
ao nível Krístico. Quando o faz, nosso João 1, não faz mais que acompanhar o processo
de espiritualização da matéria que vem se desenvolvendo desde a entranha mesma de
cada átomo. Se alguém segue a linha demiúrgica, indo contra a evolução, baixando sua
vibração mental, astral e física, sua própria matéria o “atropela”. Entra em desarmonia e
oposição com toda a natureza que se desenvolve dentro de todos os seus veículos de
manifestação.
Apesar da infinitesimal pequenez dos corpos dos seres que habitam nos planos
universais subatômicos, a soma de evoluções de trilhões de miríades de consciências
individuais do sub-universo, somadas aos infinitos sub-universos em direção “abaixo”,
formam uma corrente evolutiva que, para ser revertida, necessitaria da atividade
demiúrgica de trilhões de consciências concentradas em perverter vibracionalmente um só
Ser (coisa objetivamente impossível). Ainda assim seria uma atividade infinitesimal para
este Plano Universal e enquanto se der a força perversora, desde o sub-universo inferior
ao atômico, incontáveis consciências em evolução atropelariam todo o esquema, voltando
tudo a normalidade.
A atividade demiúrgica é infinitesimal ainda em nosso Plano Universal, e jamais
pode ser “preocupante” para o Absoluto, embora afete o despertar da consciência de uma
galáxia completa. Um demiurgo também, não tem veículo que possa durar o necessário
para manifestar-se mais além do espaço-tempo de seu Plano Universal. Tanto menos
ainda para afetar a outro Universo em Particular, em que nenhuma Consciência pode
exercer a mais infinitesimal influência. O mais poderoso demiurgo imaginável não pode
evitar a interdinâmica e também sua consciência é – em vez de expandida – cada vez mais
limitada. Esta Lei regula as relações inter-universais, e as relações espaço-temporais das
causas e dos efeitos, mantendo o Universo Absoluto na Perfeição Absoluta. A imperfeição
é relativa e infinitesimal no tempo e no espaço.

8g) AUTOMATICIDADE: “Todo o conjunto de Leis e Princípios funciona


automaticamente, sem que nenhuma consciência individual possa alterá-lo, já que é
uma criação da Consciência Única Infinita e Eterna. Toda regra tem sua exceção, a
que se ajusta por automaticidade do funcionamento de todas as Leis e pela exatidão
das constantes matemáticas que regulam todos os fenômenos de todos os planos
da Eternidade, sejam positivos ou negativos, manifestados ou não, masculinos ou
femininos, ou qualquer que seja sua localização dimensional ou espaço-temporal...”
Qualquer vontade individual pode – por lei relativa de livre-arbítrio – opor-se a
Vontade Divina, sendo passível dos efeitos da Lei em todas as suas partes e na medida
proporcional em que essa vontade atue, mas nenhuma vontade pode mudar as Leis, nem
sequer infinitesimalmente, sendo o Absoluto a soma, origem e existência de todos os
Universos e seus infinitos Planos dimensionais, de todas as Consciências, de todas as
Vontades e de todos os Seres, mas estando sempre infinitamente mais além de todas elas.
Só podemos alcançar a Glória de Deus mediante a aplicação das Leis Divinas de
instante em instante, já que elas atuam automaticamente em todos os planos de existência
por Vontade Absoluta emanada eternamente da Infinita Consciência do Eterno Ser.

FIM

* * *
Tábula Máxima Hiperbórea
Votivum Hermeticum
Digitalizador: Ramiro Granada & Los Caballeros de la Biblia Negra
01/01/03
Traduzido por Antonia Rodrigues da Silva e Cíntia Rodrigues da Silva
17/04/19

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