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Todos os direitos em língua portuguesa reservados por Editora Fiel da Missão Evangélica Literária
1. Olhe e veja
Quantas pessoas cruzam seu caminho todos os dias? Atendentes de loja,
caixas de banco, lixeiros, vizinhos, pessoas pelas quais passamos na rua ou
aquelas que se sentam atrás de nós na igreja durante os cultos, semana após
semana. Todas essas pessoas se misturam no contexto de nossas vidas
ocupadas. Nós lhes damos um aceno com a cabeça, mas só isso. Será que já
olhamos para elas e as vimos como pessoas que Deus colocou em nosso
caminho para amar, ainda que de uma maneira mais simples?
Deus nos vê e cuida de nós. Lembra-se de Agar em Gênesis 16? Sara não
podia conceber o filho de Abrão, então ela decidiu que Agar, sua serva, daria
um filho a Abrão. Quando Agar concebeu e Ismael nasceu, tratou Sara com
desprezo. Sara reagiu mandando Agar para o deserto. Surpreendentemente, o
anjo do Senhor seguiu-a e falou com ela. Agar ficou maravilhada! Ela disse:
“Tu és Deus que vê” (Gn 16.13). Agar, uma escrava, não era invisível para
Deus. Alguém deveria ser “invisível” para nós?
Em Lucas 7, Jesus estava a caminho da cidade de Naim com seus
discípulos. Uma grande multidão os seguia. Em meio a todo esse movimento,
Jesus viu uma mulher enlutada, e seu coração se compadeceu dela. Ele parou
para confortá-la e restaurou a vida ao seu filho morto. Os Evangelhos estão
cheios de relatos de Jesus vendo pessoas famintas, perdidas e feridas, e
aproximando-se delas para suprir suas necessidades. Como vamos ministrar a
um mundo cheio de pessoas solitárias se primeiro não olharmos para vê-las?
2. Ouça
Outra coisa que podemos fazer para nos aproximar das pessoas é ouvi-las –
e ouvi-las bem. Servimos a um Deus que conhece cada pensamento nosso.
Ele conhece nossas palavras antes mesmo de nos chegarem à língua; ainda
assim, ele nos encoraja a falar com ele. Quando fazemos isso, ele nos ouve.
Por quê? Porque quer que nos relacionemos com ele, como uma criança com
seu pai. Como sabemos que ele ouve? Porque a Escritura registra diálogos
que ele teve com pessoas – conversas que incluíam a troca de ideias entre
Deus e Abraão, Moisés, Jó e muitos outros. O Senhor do universo nos ouve
também.
Se Deus se preocupa o bastante para nos ouvir, como nós não nos
preocuparíamos o bastante para ouvir os outros? Ouça não somente as
palavras que dizem, mas também o que significam. Perceba o que seu tom de
voz, as expressões faciais e a linguagem corporal estão comunicando. Ouvir
bem requer que tenhamos interesse genuíno nos outros. Também requer
paciência e sabedoria, as quais só vêm pela obra do Espírito de Deus em nós.
3. Toque
O toque pode aliviar a solidão dos outros. Esse é um assunto delicado
porque vivemos em uma sociedade em que praticamente tudo ganhou uma
conotação sexual. Até mesmo os cristãos são propensos a ler todo tipo de
coisas nas ações mais inocentes. Eu não sou ingênua; sei que toques
pecaminosos ocorrem inclusive dentro da igreja. Contudo, a resposta correta
não é evitar tocar ou ficar paralisado pelo medo de processos judiciais. Em
vez disso, a igreja deve ser o lugar no qual tratamos uns aos outros como
membros da família, com “toda a pureza” (1Tm 5.1-2).
Jesus não apenas falava com as pessoas que curava; ele as tocava, e se
deixava tocar por elas também. Aqueles que sofreram abuso físico ou
emocional devem ser capazes de encontrar conforto e cura não somente nas
palavras que ouvem na igreja, mas também no toque que recebem – toque
que transmite nada mais, nada menos que gentileza. Queremos ser sensíveis
às experiências das pessoas e sábios na forma como abordamos isso?
Certamente! Porém, não queremos compensar
excessivamente, nunca nos aproximando com um toque. Quando alguém foi
privado do toque ou ferido por um toque inapropriado, é maravilhoso vê-lo
responder com alegria quando é tocado gentilmente com o amor de Cristo.
A Escritura nos diz para amar uns aos outros (Jo 13.34). Depois, na lista do
“uns aos outros”, lemos “saudai-vos uns aos outros com ósculo santo” (Rm
16.16). Se isso é um pouco demais para você, que tal oferecer um aperto de
mão, um tapinha nas costas, um toque no antebraço ou talvez um abraço?
Deus nos criou com uma pele sensível ao toque e declarou que tudo que criou
é bom. Nós, como corpo de Cristo, podemos oferecer seu toque a pessoas
solitárias e machucadas.