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Publicado em NOVA ESCOLA 09 de Outubro | 2018

Educação Infantil

A importância da leitura para os


bebês
Atividade fortalece o vínculo com o adulto e ajuda no desenvolvimento da
criança
NOVA ESCOLA

Foto: Marcelo Freire

“Os bebês têm uma vinculação ao som desde a gestação e, ao nascer, estão atentos a toda
musicalidade do ambiente ao redor”, diz Ana Flavia Castanho, pedagoga, especialista na capacitação de
professores na área de Formação de Leitores e da Didática de Matemática. Isso porque, ainda no útero
materno, desde o quarto mês, eles conseguem ouvir e distinguir vários sons. A modulação da voz
humana é uma das primeiras coisas que aprendem a interpretar quando nascem. Ou seja, não falam,
mas escutam muito.

LEIA MAIS Leitura para bebês

Sendo assim, é importante oferecer aos bebês experiências afetivas e cuidadosas com as diferentes
musicalidades que a voz humana assume, incluindo conversas, cantos ou leituras. Aos poucos, eles vão
percebendo as particularidades e as nuances melódicas e de ritmo de cada situação.

Isso significa que não há limite de idade para começar a ler para uma criança? Não há. É uma prática
que pode ser feita desde que ela nasce, seja em casa ou no cotidiano de creches, berçários e escolas
de Educação Infantil. São vários os ganhos para o desenvolvimento.

LEIA MAIS Fraldas e livros: a importância da leitura para a primeira infância

Um é a criação, ou fortalecimento, de vínculo com quem está lendo, pois a criança compreende que
aquele é um momento de atenção dedicada a ela e à leitura. “Ela observa as reações do adulto e
percebe quando ele está se divertindo ou quando fica emocionado com a história, por exemplo. Então,
a qualidade da interação é essencial para ela querer repetir a experiência”, diz Edi Fonseca, pedagoga e
pesquisadora na área de leitura para crianças. A observação vale também para o adulto, que tem a
chance de conhecer melhor o bebê e acompanhar sua aprendizagem.

Outro ponto fundamental é que, ao compartilhar com o bebê seu encantamento com a leitura, o
adulto contribui para aproximar os pequenos do mundo da literatura. Primeiro por meio da linguagem
oral, com a mediação da leitura e contação de histórias, e depois com a apresentação da linguagem
escrita, quando as crianças manuseiam os livros.

Esse contato com a literatura ajuda no desenvolvimento da escuta e da oralidade, pois a leitura amplia
o vocabulário e revela que a língua escrita normalmente é mais formal do que a falada e pode assumir
estilos diferentes, conforme os autores e os gêneros (poesia, contos, história rimada etc) escolhidos.

Também enriquece o imaginário da criança, algo essencial para estimular a capacidade criativa delas.
Em um sentido amplo, a leitura permite a ela conhecer melhor a si mesma, o mundo e a cultura em
que vive, construindo sentido e significado ao que a cerca.

ONDE BUSCAR MAIS INFORMAÇÕES

Para entender melhor os benefícios da leitura para bebês e saber como planejar esses momentos,
Nova Escola criou, em parceria com a Fundação Itaú Social, um curso gratuito sobre o assunto.

Conduzido por Ana Flavia, por meio de vídeo-aulas, o curso tem nove etapas, nas quais será possível
compreender como os bebês se apropriam dos livros e das leituras, conhecer experiências realizadas
no Brasil e no exterior, aprender com exemplos de boas práticas e pensar em critérios para um bom
planejamento.

Para a Fundação Itaú Social é uma iniciativa complementar ao programa Ler para uma criança, que,
desde sua criação, em 2010, já distribuiu gratuitamente mais de 50 milhões de livros infantis
impressos. “É uma sinergia óbvia e necessária. Ambas são ações importantes para melhorar a
educação no nosso país como um todo, afinal, quanto mais uma criança está ligada à leitura, mais
propício será para que se torne um futuro leitor”, diz Angela Dannemann, superintendente da
Fundação Itaú Social.

Promover o acesso a livros desde pequeno é também uma maneira de combater a desigualdade. “Há
pesquisas mostrando que crianças, de zero a seis anos, que não têm acesso à leitura possuem um
vocabulário pelo menos três vezes menor do que o daquelas com acesso”, afirma Angela. “O cérebro
se desenvolve com base nas relações estabelecidas entre o que é dado pela genética e as experiências
da vida. Assim, a qualidade dessas vivências é um fator decisivo no desenvolvimento das capacidades
atuais e futuras da criança”, completa Edi.

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