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EXPLICANDO A RESOLUÇÃO 157 DO CONTRAN, DE 22 DE ABRIL DE 2004:

POR QUE, QUANDO E COMO DEVO SUBSTITUIR O EXTINTOR DO MEU


CARRO?

A Resolução Nº 157 do Contran determina a alteração das especificações técnicas do extintor de


incêndio cujo uso já era obrigatório nos veículos nacionais e importados desde 1968, condição essa mantida de
acordo com o artigo 105 do Código de Trânsito Brasileiro e Resolução Nº 14 do Contran, de 6 de fevereiro de
1998.

A obrigatoriedade do uso de extintor de incêndio em veículos automotores – inicialmente apenas para


veículos de carga e de transporte coletivo – foi introduzida na legislação de trânsito pelo Decreto 62.127, de 16
de janeiro de 1968, que aprovou o Regulamento do Código Nacional de Trânsito. Posteriormente, a Resolução
Nº 387 do Contran, publicada no Diário Oficial de 6 de maio de 1968, além de estender a obrigatoriedade do
extintor aos veículos mistos de aluguel, especificou a quantidade, o tipo e a capacidade mínima dos extintores
por classe de veículos. É importante salientar que por essa resolução, apenas um dos dois extintores
obrigatórios nos veículos de transporte de inflamáveis líquidos ou gasosos deveria ser de pó químico, já que
para todas as demais classes de veículos estava prescrito o extintor de dióxido de carbono (CO2), cuja eficácia,
como a do extintor de pó químico BC, restringe-se ao fogo em líquidos inflamáveis e em circuitos energizados.
Foi a Resolução Nº 410/68, publicada no Diário Oficial da União de 28 de janeiro de 1969, que estendeu a todos
os automóveis particulares a obrigação de portar extintor de incêndio, “a partir da data do seu licenciamento no
ano de 1972”. Na mesma resolução do Contran, ficou estabelecido que os veículos de fabricação nacional, já a
partir de 1970, sairiam da fábrica, obrigatoriamente, equipados com extintor de incêndio.

Os estudos desenvolvidos pela Câmara Temática de Assuntos Veiculares de 2000 a 2004 apontaram que
a segurança para preservação da vida humana e do patrimônio que é o automóvel seria maior se o extintor
admitido para veículos no Brasil comportasse capacidade extintora potencial para apagar princípio de incêndio
com extensão para todas as classes de fogo, e ainda aumentasse a confiabilidade do equipamento, mediante
redução de sua vulnerabilidade a fraudes por adulteração do produto químico no recipiente original.

Os estudos da Câmara Temática incluíram a discussão sobre o uso do extintor não ser obrigatório, a
exemplo do princípio já adotado na Comunidade Européia e nos Estados Unidos. A tese da não obrigatoriedade
do extintor foi vencida por decisão dos especialistas, justificada pelos dados disponíveis sobre a ocorrência de
incêndio em veículos – indicadores de que é significativo o risco de sinistros dessa natureza –, e pela idade da
frota brasileira (em média, 10 anos), cuja maior vulnerabilidade a incêndios não permite a mesma liberalidade
de outras legislações. Além disso, é grande o uso voluntário do extintor de incêndio naqueles países, enquanto
que no Brasil os aspectos de segurança preventiva ainda não estão bem assimilados pelos proprietários,
condutores e demais passageiros dos veículos, conforme pode ser exemplificado pela resistência ao uso até
mesmo do cinto de segurança, principalmente pelos ocupantes do banco traseiro.

A Câmara Temática analisou a eficácia do extintor de incêndio usado nos veículos segundo a norma
então vigente, comparando-a com a do extintor com tecnologia mais recente – já amplamente utilizada
internacionalmente e no Brasil, há mais de uma década, também nos extintores instalados em prédios
comerciais e residenciais – com capacidade para combater as três classes de fogo. Este extintor, com pó ABC,
mostrou-se mais eficaz do que o anterior, com pó BC, nos testes e ensaios demonstrativos realizados.

A Câmara Temática não inventou o novo extintor, e sim se ateve ao que recomenda a ABNT –
Associação Brasileira de Normas Técnicas. A ABNT NBR 10721 define que extintores de incêndio com
capacidade nominal de carga de até 1kg, inclusive, podem ser descartáveis. Todo extintor de incêndio com
capacidade nominal de carga superior a 1kg deve ser recarregável conforme as instruções específicas do
fabricante. Todo extintor de incêndio descartável é válido por 5 anos.

A Câmara decidiu que as condições de uso e validade do extintor nos automóveis, especificadas pelas
normas da ABNT e pelo fabricante, deveriam ser facilmente verificáveis, tanto pelo proprietário ou condutor do
veículo, como pelo agente da autoridade de trânsito, de modo a não haver risco de mau funcionamento ou falha
do equipamento, justamente quando houvesse a necessidade de utilizá-lo. Por isso, recomendou ao Contran
que o extintor com a capacidade de extinção mínima normalizada (1-A:5-B:C), correspondente à capacidade
nominal de carga até 1kg, ficasse isento da necessidade de manutenções periódicas e verificações ou ensaios
para revalidação – necessariamente realizados por técnicos habilitados mediante procedimentos complexos e
com periodicidade estabelecida em norma – devendo, portanto, ser descartável ao término de suas validades.
Por outro lado, considerou que a obrigatoriedade de ser recarregável, que a ABNT NBR 10721 impõe a todo
extintor de incêndio com capacidade nominal de carga superior a 1 kg, não seria empecilho para sua aplicação
nos veículos de transporte coletivo de passageiros (ônibus e microônibus) e nos veículos de carga para
transporte de produto inflamável líquido ou gasoso, já que esses veículos são geralmente de propriedade de
empresas que dispõem de técnicos especialistas em segurança, responsáveis por administrar prazos e atestar a
qualidade dos serviços de manutenção periódica e recarga.
O relatório aprovado pela Câmara Temática de Assuntos Veiculares foi discutido, posteriormente, pela
equipe técnica do Denatran e apresentado ao Fórum Consultivo do Sistema Nacional de Trânsito (ResoluçãO Nº
142/00), nas reuniões de novembro de 2003 e março de 2004 para conhecimento e comentários de seus
membros. Só então que foi remetido ao CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito, acompanhado de minuta de
resolução, afinal aprovada na reunião de 22 de abril de 2004 e publicada como Resolução Nº 157 no Diário
Oficial da União de 7 de maio de 2004.

Normas sobre substituição do extintor, contidas na Resolução 157 / 2004.

· Os extintores instalados em veículos automotores a partir de 7 de julho de 2004 (60 dias após a
publicação da Resolução 157 / 2004 no Diário Oficial da União) e até 31 de dezembro de 2004 podem ser do
tipo BC ou do tipo ABC:

- Os extintores para automóveis, utilitários, camionetas, caminhonetes, caminhão, caminhão


trator, triciclo automotor de cabine fechada, reboques e semi-reboques com capacidade de carga útil
maior que 6 toneladas passam a ser vendidos com 5 anos para garantia do extintor, incluindo validade
da carga e data limite para a validade do teste hidrostático do recipiente, contados a partir da data de
fabricação ou último teste hidrostático, podendo, nesse prazo de validade, ser recarregados após o uso;
ao término do prazo de 5 anos, deverão ser obrigatoriamente substituídos por extintor do tipo ABC;

- Os extintores para microônibus, ônibus, veículos de transporte de substância inflamável líquida


ou gasosa continuam a ser vendidos com prazo de 3 anos para garantia do extintor e validade da carga,
e 5 anos para validade do teste hidrostático do recipiente a partir da data de fabricação ou último teste
hidrostático; ao término do prazo de 5 anos, deverão ser obrigatoriamente substituídos por extintor do
tipo ABC;

· A partir de 1º de janeiro de 2005 é que os extintores já vêm nos veículos que saem de fábrica com
carga de pó ABC ou outro tipo de agente extintor, desde que o agente utilizado seja adequado às três classes
de fogo e que sejam atendidos os respectivos requisitos de capacidade extintora mínima e prazo de garantia do
extintor e de validade da carga, bem como a validade do teste hidrostático do recipiente.

· 1º de janeiro de 2005 é também a data a partir da qual deve ser providenciada, por seus
proprietários, a substituição dos extintores de incêndio instalados nos veículos em circulação, pelo extintor com
carga de pó ABC ou outro tipo de agente extintor adequado às três classes de fogo e atendidos os
correspondentes requisitos de capacidade extintora mínima. Essa substituição deverá ocorrer gradualmente
durante o período de 5 anos, bastando para isso o proprietário ou condutor do veículo orientar-se pela data
limite (mês e ano) do teste hidrostático do recipiente gravada no rótulo do extintor.

· Por conseguinte, a partir de 1º de janeiro de 2010, todos os veículos em circulação já deverão portar o
extintor com carga de pó ABC ou equivalente.

Alguns esclarecimentos adicionais sobre os agentes extintores pó BC e pó ABC, e sobre


extintores de incêndio.

· Os requisitos mínimos para propriedades físico-químicas, bem como de desempenho, para agentes
químicos na forma de pó utilizados nas classes de fogo A, B e C são fixados pela ABNT NBR 9695:

- Pó BC, cujo produto inibidor é o bicarbonato de sódio (NaHCO3) ou o bicarbonato de potássio


(KHCO3) apresenta propriedades extintora e de condutividade elétrica nas classes B e C;

- Pó ABC, cujo produto inibidor é o fosfato monoamônio (NH 4H2PO4), apresenta propriedades
extintora e de condutividade elétrica nas classes A, B e C.

· Os extintores, componentes e acessórios utilizados na maioria da frota em circulação (tipo BC) são
fabricados no Brasil, há alguns anos, por várias empresas nacionais, sendo que a matéria prima do agente
extintor do tipo BC – bicarbonato de sódio – é fabricada no Brasil pela empresa Química Geral do Nordeste –
QGN, do grupo Church & Dwight Co. Inc.

· Para fabricação dos extintores do tipo ABC exigidos pela Resolução Nº 157, já se encontram
certificadas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – Inmetro empresas
como a Kidde, Resil, Mangels, Mocelin e Platinense. O agente extintor fosfato monoamônio é fabricado por três
empresas nacionais: a Alseg, Resil e Kidde Brasil, além da empresa Argentina DEN.
· Considerando que o produto inibidor (fosfato monoamônio) não é patenteado, e que, portanto,
qualquer indústria especializada no Brasil poderá produzi-lo, e que os fabricantes de componentes e acessórios
são os mesmos atuais, a fabricação de extintores do tipo ABC poderá ser facilmente absorvida pelo mercado
brasileiro.

· O mercado fornecedor de extintores não é exclusivo para atendimento à legislação de trânsito e, ao


contrário, abrange uma vasta gama de equipamentos, componentes e acessórios de combate a incêndio para
fins prediais e industriais, e inclusive já está fornecendo para esses setores o extintor do tipo ABC.

· Os agentes químicos na forma de pó utilizados nas duas categorias de extintores – seja o produto
inibidor o bicarbonato de sódio ou o bicarbonato de potássio, utilizados nos extintores do tipo BC, ou o fosfato
monoamônio, utilizado nos extintores de tipo ABC – não produzem qualquer efeito nocivo à saúde ou
integridade física humana, além da irritação da mucosa nasal quando são aspirados. Assim como alguns efeitos
colaterais do uso do cinto de segurança – lesões na pele por atrito ou equimoses quando ocorre a desaceleração
súbita do veículo ou colisão – o eventual dano pela exposição do corpo humano aos agentes químicos dos
extintores é ínfimo ante a magnitude do dano ocasionado pela ausência ou mau funcionamento do equipamento
de segurança ao se tornar necessário.

· A deposição dos componentes dos extintores de incêndio atende a normas ambientais estabelecidas
em legislação específica.

· A aplicação e regulamentação dos dispositivos do Código de Trânsito Brasileiro – CTB que versam
sobre a segurança do trânsito e preservação e defesa da vida dos condutores e ocupantes de veículos, e de
pedestres, tem primazia sobre quaisquer outros aspectos ou impactos, como não poderia ser diferente ao se
considerarem os elevados índices de acidentes de trânsito e de morbidade e mortalidade nesses acidentes,
atestados por estudos e estatísticas disponíveis, e sentidos por milhões de pessoas que padecem as seqüelas de
acidentes, em si ou em entes queridos, ou que sofrem a irreparável perda de parentes e amigos.
O que é capacidade extintora? Capacidade extintora é o tipo e tamanho do fogo que o extintor pode
apagar, conforme ensaios descritos na ABNT NBR 9443 (Ensaio de fogo em engradado de madeira), ABNT NBR
9444 (Ensaio de fogo em líquido inflamável) e ABNT NBR 12992 (Ensaio de condutividade elétrica). O tipo de
fogo é caracterizado pela classe (A, B e C) e o tamanho, pelo grau (numérico, correspondente às dimensões e
volume dos corpos utilizados nos respectivos ensaios).

Quais são as classes de fogo e como deve ser o extintor com capacidade de extinção de cada classe de
fogo?

APTIDÃO DO EXTINTOR DE INCÊNDIO


CLASSES DE FOGO
CONFORME RESOLUÇÃO 152/2003

A – Fogo em materiais sólidos que deixam resíduos Equipamento destinado a combater fogo classe A, com grau
(por exemplo: madeira, papel, tecido e borracha). de capacidade extintora mínima 1-A ou 2-A

B – Fogo em líquidos, gases e graxas, combustíveis Equipamento destinado a combater fogo classe B, com grau
ou inflamáveis. de capacidade extintora mínima 5-B, 10-B ou 20-B

Equipamento destinado a combater fogo classe C, cujo


C – Incêndios que envolvem equipamentos elétricos
agente de extinção do fogo tenha condutividade elétrica
energizados.
desprezível

Os graus por classe de fogo dos extintores para veículos automotores previstos na Resolução 152 / 2003 são os
expostos na tabela abaixo:

Grau- Quantidade e arranjo de elementos de madeira no engradado Volume do líquido inflamável


Classe (ABNT NBR 9443) Classe A: ABNT NBR 9443
Classe B: ABNT NBR 9444

1-A 50 elementos em 10 camadas de 5 elementos cada 1 litro

2-A 78 elementos em 13 camadas de 6 elementos cada 2 litros

5-B Não aplicável 58,5 litros

10-B Não aplicável 117 litros


20-B Não aplicável 245 litros

Comparação entre o extintor de pó BC e o extintor de pó ABC

EXTINTOR DE PÓ EXTINTOR DE PÓ
CLASSES DE FOGO
BC ABC

A – Estofamento, painéis, revestimentos, pneus. Não extingue Extingue

B – Gasolina, álcool, diesel, óleos lubrificantes e graxa. Extingue Extingue

C – Bateria, fiações elétricas. Extingue Extingue

Substituição do extintor com pó BC pelo extintor com pó ABC (ou com agente extintor com a mesma
capacidade de extinção).

ANO DO ÚLTIMO ANO LIMITE


TESTE HIDROSTÁTICO PARA SUBSTITUIÇÃO

2000 2005

2001 2006

2002 2007

2003 2008

2004 2009

CTB

"Art. 105. São equipamentos obrigatórios dos veículos, entre outros a serem estabelecidos pelo
CONTRAN:
I - cinto de segurança, conforme regulamentação específica do CONTRAN, com exceção dos veículos
destinados ao transporte de passageiros em percursos em que seja permitido viajar em pé;

II - para os veículos de transporte e de condução escolar, os de transporte de passageiros com mais de


dez lugares e os de carga com peso bruto total superior a quatro mil, quinhentos e trinta e seis quilogramas,
equipamento registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo;

III - encosto de cabeça, para todos os tipos de veículos automotores, segundo normas estabelecidas
pelo CONTRAN;

IV - (VETADO)

V - dispositivo destinado ao controle de emissão de gases poluentes e de ruído, segundo normas


estabelecidas pelo CONTRAN.

VI - para as bicicletas, a campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos pedais, e
espelho retrovisor do lado esquerdo.

§ 1º O CONTRAN disciplinará o uso dos equipamentos obrigatórios dos veículos e determinará suas
especificações técnicas.

§ 2º Nenhum veículo poderá transitar com equipamento ou acessório proibido, sendo o infrator sujeito
às penalidades e medidas administrativas previstas neste Código.

§ 3º Os fabricantes, os importadores, os montadores, os encarroçadores de veículos e os revendedores


devem comercializar os seus veículos com os equipamentos obrigatórios definidos neste artigo, e com os demais
estabelecidos pelo CONTRAN.

§ 4º O CONTRAN estabelecerá o prazo para o atendimento do disposto neste artigo."

Fonte: Denatran

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