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Itaboraí, 15/10/17

ASSUNTO__________NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL__________
Para: ________________
A/C – ________________
Eu, ____, por intermédio desta venho expor e notificar o que
segue, a fim de prevenir sobre a responsabilidade civil e gerar os efeito
previsto no Inc. I do §2º do Art. 26 da Lei 8708/90, doravante – CDC).

No dia ___ (portanto a menos de 30 dias da elaboração desta),


firmei com esta revenda, contrato de compra do veículo usado placas ___
(Marca ____, Modelo – ____, Cor – ____), pelo qual paguei um entrada e
financiei o restante do preço.

Após poucos dias da aquisição, a caixa de marcha do veículo passou


a “roncar” o que revela que será necessário repará-la.

No dia_______ao procurar esta revenda para


reclamar o respectivo conserto, foi alegado que
pelo fato do veículo já ter ultrapassado o limite de
3.000 Km não conto mais com qualquer garantia!

Procurei me informar sobre os direitos que a lei garante neste caso


e comparei com o que consta do Termo de Garantia assinado e, pelo que
concluiu, tal Termo, no geral, foi escrito propositalmente de forma
contrariar a lei a fim de induzir consumidores mal informados a pensar
que a afirmação de que já não contam mais com garantia (como a que
recebi) tem respaldo no Termo de Garantia e, portanto, na lei (nada mais
enganoso)!
Do termo de garantia que assinei, chamaram minha atenção, em
especial, os seguintes pontos:

1 - Garantia por 3 meses ou atingir 3.000 Km


rodados (o que ocorrer primeiro).
2 – Garantia limitada a certas partes do motor e da
caixa de câmbio.

Exclusão da garantia em caso de:

3 - Acidente
4 - Uso em locação de qualquer natureza.
Comento na ordem acima:

1 – O CDC diz que a garantia é de 90 dias (e não três meses) sendo que
dependendo do mês da compra, isso pode significar um benefício ou um
prejuízo para o consumidor – se o consumidor for beneficiado, não há
problemas, mas, se for prejudicado, prevalece o que diz a lei (90 dias) e
não o Termo de Garantia.

1.1 - O CDC não prevê limitação da garantia em razão do número de


quilômetros rodados (o critério legal é apenas o temporal), assim, se
3.000 Km forem atingidos antes de completar 90 dias, a garantia
permanece pelo prazo legal (é ilegal o contrato limitar ou retirar direitos
previstos no CDC, como indicarei abaixo).

2 – O CDC, no artigo que trata da garantia (de bem durável), garante o


direito a reclamar de defeitos: aparentes, de fácil constatação e também
daqueles que estão ocultos. Assim, descoberto o defeito aparente ou de
fácil constatação, o prazo para reclamar é de 90 dias a contar da data da
entrega do bem. Se o defeito for oculto o prazo para reclamar é o mesmo
mas conta a partir da descoberta do defeito.
A lei estabelece o direito a reclamar de tais defeitos no “produto”
adquirido, logo, em cada uma de suas partes componentes e não em
certas partes dele. Se a lei estabelece que a garantia recai sobre o
“produto” disposição contratual que limite este direito é ilegal, como
indicarei abaixo.

3 – A forma genérica prevista no contrato permite concluir que qualquer


acidente com o veículo exclui a garantia, o que é ilegal. Se o acidente
atinge a parte componente do veículo que apresentava defeito, dentro do
prazo de garantia, entendo que a garantia pode ser cancelada para aquela
parte componente mas não para todo o veículo. Se um veículo apresenta
defeito no motor e recebe uma batida na traseira que apenas faz apenas
rachar o respectivo para-choque, porque deveria a garantia do motor
defeituoso ser excluída? (é ilegal disposição contratual que restringe
direito previsto no CDC e que deixa o consumidor em demasiada
desvantagem, como indicarei abaixo).

4 – Mesmo que não tivesse indicado expressamente ao vendedor que me


apresentou o veículo adquirido que o estava comprando, também, para o
utilizá-lo para trabalhar (Uber), o que não o levou a afirmar que perderia
garantia de 90 dias (tenho prova definitiva sobre isso), omissão dolosa
que retira a boa-fé desta revenda e, mesmo que tal má-fé não fosse
corroborada pelo Termo de Garantia, que não coloca em destaque esta e
nenhuma das outras cláusulas limitativas de direitos (§4o do Art. 54 CDC)
– ainda assim questionaria esta exclusão, afinal, ao usar o veículo como
meio de transporte, respeitando todas leis de trânsito, porque o fato do
consumidor transportar pessoas, mediante remuneração, retira o direito
à garantia dentro do prazo legal?

Considerem que se consumidor, dentro do prazo de garantia,


“rodar” a mesma quilometragem e transportar o mesmo número de
pessoas que faria visando remuneração, porém, tudo de forma gratuita
ou mediante pagamento espontâneo (o que geraria o mesmíssimo
desgaste no veículo), segundo o Termos de Garantia, esta não se
cancelaria!
Isso não faz qualquer sentido, pois, tal hipótese revela que aquilo
que está sendo proibindo é apenas a remuneração do proprietário do
veículo (além da chamada “livre iniciativa” ser uma garantia a qualquer
pessoa física ou jurídica, é ilegal disposição contratual que restringe
direito previsto no CDC e que deixa o consumidor em demasiada
desvantagem, como indico abaixo)!

O CDC tem um capítulo denominado “Da Proteção Contratual” que


estabelece normas que os contratos elaborados pelos fornecedores de
produtos e serviços não podem, afastar ou restringir. Neste sentido o inc.
I e IV do Art. 51:

Art. 51 - São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais


relativas ao fornecimento de produtos e serviços que:

I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do


fornecedor por vícios de qualquer natureza dos produtos e
serviços ou impliquem renúncia ou disposição de direitos. (...)

IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que


coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam
incompatíveis com a boa-fé ou a eqüidade;

Continuando com a mesma enumeração acima:

1 – Criar novos critérios, além dos legais previsto expressamente no CDC,


pode exonerar ou, pelo menos, atenuar a responsabilidade do fornecedor
por “vícios de qualquer natureza”. Além disso, se atingindo 3 mil Km antes
de 90 dias (inc. II do Art. 26 CDC), haverá imposição de renúncia de direito
de garantia no prazo que ainda faltava para completar 90 dias – tudo isso
é ilegal, como se vê claramente nas disposições acima transcritas.

2/3 – Restringir a garantia a certas partes do produto exonera a revenda


de garantir o “produto” (como um todo) contra “vícios de qualquer
natureza”, direitos que o CDC asseguram expressamente ao consumidor,
portanto, isso é ilegal.

Excluir 100% da garantia do veículo, em razão de qualquer acidente,


mesmo que este não tenha atingido parte defeituosa do veículo é tanto
iniquo quanto abusivo e, ainda, deixa o consumidor em demasiada
desvantagem e, isso, claramente, ofende a boa-fé objetiva.

4 – Não compete a esta revenda determinar como o veículo deve ser


utilizado pelo consumidor dentro do período de garantia, em especial: o
número de quilômetros que pode “rodar”, o número de passageiros a
transportar e se esses podem ou não pagar pelo transporte recebido, sob
pena de perder esta mesma garantia.

O máximo que pode ser exigido (porque a lei já o faz) é proibir o uso
do veículo em desrespeito às normas de trânsito que impliquem, para
além do natural, no desgaste do veículo (transportar mais passageiros que
o limite de lugares, transitar acima do limite de velocidade ou realizar as
manobras descritas no Art. 175 do CTB) pois, isso retira do consumidor a
boa-fé ao reclamar de defeitos que ele mesmo provocou, o que agrava,
ilegalmente, o risco da Revenda de usados. Nestes casos a garantia pode
ser, legalmente, cancelada.

A revenda tem que garantir o veículo pelo período de 90 dias e se


tal veículo for utilizado respeitando as normas de trânsito, o desgaste do
mesmo será apenas o natural do uso e defeitos que venham a surgir,
dentro do período de garantia sob tais condições (a contar da entrega ou
da descoberta do defeito oculto), é ônus do fornecedor, é risco de seu
empreendimento. Tais riscos, por meios de cláusulas que ofendem
dispositivos do CDC, não podem ser transferidos para os consumidores.

Acima expus os fatos e as razões pelas quais entendo que tenho sim
direito à garantia para reparo da caixa de marcha do veículo que adquiri.

Caso essa revenda discorde de minha posição, requeiro que a


negativa em reparar o veículo seja, tal qual fiz acima, minuciosamente
justificada por escrito e me enviada com urgência (a resposta deve ser
postada em prazo não superior a 5 dias, a contar do dia seguinte ao
recebimento, para o endereço indicado no rodapé desta página), afinal,
preciso do veículo e seu uso regular, diante do defeito que vem
apresentando, só tende a agravar o problema.

Fica esta revenda ainda notificada de que:

- Espero que a negativa que foi afirmada seja reconsiderada e com isso, a
caixa de marchas do veículo venha a ser reparado o mais rápido possível.

- Caso assim não ocorra, a presente fica servindo para gerar o efeito
previsto no inc.I do § 2º do Art. 26 do CDC.

- Diante do princípio de Máxima Transparência nas Relações de Consumo


a resposta à presente Notificação se faz obrigatória e deve, como já
requerido, especificar, minuciosamente, as razões do não atendimento a
meu pleito.

Era isso o que tinha a expor e a notificar

Neste momento, bastante descontente:

____________________________
Notificante

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Endereço para postagem da resposta – Rua_________________

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