Sei sulla pagina 1di 2

Penhane BOLETIM OFICIAL DA ASSOCIAÇÃO DE APOIO E ASSISTÊNCIA JURÍDICA AS COMUNIDADES

Director Executivo: Rui de Vasconcelos* Sede: AAAJC* Telefone: 20030252*Cidade de Tete *Chingodzi* Editado em Português e Inglês

Florestas em Moçambique: 10 desafios até 2035


A agenda florestal 2035 e o Programa Nacional de Florestas desen- É também amplamente adoptado como o instrumento de materiali-
volveram 10 desafios essenciais até 2035. São desafios que vão des- zação das políticas do sector florestal, por exemplo em Moçambique,
de: a integração das florestas nos planos de desenvolvimento do Zâmbia, Zimbabwe, Tanzania, e Malawi e como um conjunto de
país; regulação e adição do valor ao negócio da madeira de floresta iniciativas mutuamente acordadas para o desenvolvimento do sector
nativa; acesso à terra e estabelecimento do compromisso de fomen- florestal que visam conectar a política com acções práticas. A AAAJC
to de plantações florestais; formalização e regulação da cadeia de seleccionou da Agenda florestal estratégica 2035, o capítulo que com-
valor de carvão vegetal e incentivos ao consumo com selo verde. preende os aspectos de planificação de longo prazo complementado
Estão ainda outros não menos importantes como a valorização dos com o respectivo programa de acções, adequação institucional e
serviços ambientais numa abordagem integrada de gestão de paisa- melhoria da governação florestal reflectido no programa nacional de
gem; o apoio às iniciativas de gestão comunitárias e desenvolvi- florestas. A Agenda considera uma visão holística da floresta como
mento de negócios locais; valorização e integração dos produtos provedora de bens (produtos florestais madeireiros e não madeirei-
florestais não madeireiros na Agenda de Desenvolvimento, conser- ros) e serviços (qualidade de água, solo, clima, biodiversidade, bele-
vação das florestas e fauna bravia dentro e fora das áreas de protec- za estética e valores culturais, estabilidade social entre outros) funda-
ção; a boa governação e reinvestimento no fortalecimento e cresci- mentais para o desenvolvimento equilibrado da nação moçambicana.
mento do sector; incluindo o investimento na educação florestal em
particular na extensão florestal e investigação aplicada e moderni- O futuro das florestas está intrinsecamente interligado com as políti-
zação do sector. Contabilizados, são na verdade 10 desafios essenci- cas de ordenamento territorial, desenvolvimento agrário, energia,
ais para o sector de florestas e que a Associação de Apoio e Assis- exploração mineira, infra-estruturas viárias, electricidade, água,
tência Jurídica as Comunidades buscou um melhor desenvolvimen- assentamentos humanos, serviços financeiros, tecnologia e outros,
to destes, inspirado do Programa Nacional de Florestas, embora cujas acções e estratégias afectam a permanência dos recursos flores-
considerado um termo genérico para o processo de formulação de tais. Para além dos inúmeros estudos e consulta bibliográfica em
um quadro político abrangente do sector florestal que contempla cada tema, quatro trabalhos contribuíram para o desenvolvimento
diversas abordagens para alcançar o maneio florestal sustentável. da visão e estratégia de acções como o desmatamento histórico e sua
Até porque como é já desenvolvido, envolve a formulação de políti- projecção como retrata o mapa florestal 2035. A análise da oferta e
cas, estratégias, planos de acção, sua implementação, monitoria e procura de produtos florestais, o ordenamento territorial e a valori-
avaliação, num processo interactivo, participativo de longo prazo, zação de perdas e ganhos e cenários do plano nacional de desenvol-
para incorporar as necessidades e temas emergentes, como aliás, vimento territorial para que se vá ao encontro do cerne: Moçambique
advoga a FAO. integrado e coeso.

155 mil hectares de perdas por ano

Considerando a previsão de perda florestal de cerca áreas protegidas das províncias da Zambézia, Sofala e Tete,
155.000 hectares anuais nos próximos anos e a sobre- esta última que coincide ser a área de enfoque da AAAJC. As
exploração do recurso florestal e/ou deficit de madeira principais combinações de conflito das actividades económicas
importa considerar as diferentes perdas e ganhos das baseadas no rápido diagnóstico de ocupação do território, des-
opções de uso da terra sob a perspectiva florestal. Se tacando a actividade mineira, que tendo preferência sobre as
por um lado os corredores de desenvolvimento e cresci- demais actividades económicas irá certamente constitui fonte
mento constituem um dos focos de desmatamento flo- de potenciais conflitos.
restal actual e futuro, eles proporcionam a possibilida-
de de integração regional entre projectos âncora de
grande porte, normalmente na área da mineração, e as Parceiros:
pequenas médias empresas locais e os portos de escoa-
mento como escreve Agripro 2019, citando Ross, 2014.

A extracção de inertes e exploração mineira constitui


um dos factores a considerar no desmatamento uma
vez que as concessões de mineração estão especialmen-
te localizadas no centro de Moçambique, que possui
também áreas florestais altamente produtivas além de

Quem somos? Associação de Apoio e Assistência Jurídica as Comunidades (AAAJC), é uma organização da Sociedade Civil
Moçambicana, não-governamental, sem fins lucrativos, de âmbito nacional, fundada em 2008 e com os seus estatutos legal-
mente publicados em 2010 no Boletim da República nº. 2, III serie, 4º suplemento de 19 de Janeiro. A sede é na cidade de Tete.
Penhane OFICIAL REPORT CARD OF THE ASSOCIATION FOR SUPPORT AND LEGAL ASSISTANCE TO COMMUNITIES

The Executive Director Rui de Vasconcelos* Sede: AAAJC* Telefone: 20030252*City of Tete*Chingodzi* Edited in Portuguese & English
o
Edition n 200

Forests in Mozambique: 10 Challenges by 2035


The 2035 forest agenda and the National Forest Program have devel- It is also widely adopted as the instrument for materializing forest
oped 10 key challenges by 2035. These challenges range from: inte- sector policies, for example in Mozambique, Zambia, Zimbabwe,
grating forests into the country's development plans; regulation and Tanzania, and Malawi and as a set of mutually agreed forest sector
addition of value to the native forest wood business; access to land development initiatives aimed at linking policy with practical ac-
and establishment of a commitment to promote forest plantations; tion. The AAAJC selected from the 2035 Strategic Forest Agenda,
formalization and regulation of the charcoal value chain and incen- the chapter that covers the aspects of long-term planning comple-
tives for consumption with green seal. Still others are no less im- mented by its action program, institutional adaptation and im-
portant, such as the enhancement of environmental services in an proved forest governance reflected in the national forest program.
integrated landscape management approach; support for communi- The Agenda considers a holistic view of the forest as a provider of
ty management initiatives and local business development; enhance- goods (timber and non-timber forest products) and services (water
ment and integration of non-timber forest products in the Develop- quality, soil, climate, biodiversity, aesthetic beauty and cultural
ment Agenda, conservation of forests and wildlife within and out- values, social stability, among others) that are fundamental to the
side protected areas; good governance and reinvestment in strength- balanced development of the Mozambican nation.
ening and growth of the sector; including investment in forest edu-
cation in particular in forest extension and applied research and The future of forests is intrinsically intertwined with land use plan-
sector modernization. ning, land development, energy, mining, road infrastructure, elec-
tricity, water, human settlements, financial services, technology and
These are, in fact, 10 key challenges for the forest sector and the others, whose actions and strategies affect the permanence of forest-
Association for Support and Legal Assistance to Communities has ry resources. In addition to the numerous studies and bibliographic
sought to further their development, inspired by the National Forest consultation on each theme, four works contributed to the develop-
Program, although considered a generic term for the process of for- ment of the vision and strategy of actions such as historical defor-
mulating a comprehensive framework in forest sector policy that estation and its projection as depicted in the 2035 forest map. The
includes a variety of approaches to achieving sustainable forest man- analysis of forest products supply and demand, the planning and
agement. As it is already developed, it involves the formulation of the valuation of losses and gains and scenarios of the national terri-
policies, strategies, action plans, their implementation, monitoring torial development plan to meet the core: integrated and cohesive
and evaluation, in an interactive, long-term participatory process, to Mozambique.
incorporate emerging needs and themes, as FAO advocates.

155 thousand hectares of losses per year

Considering the estimated forest loss of about 155,000 hec- activities based on the rapid diagnosis of land occupation,
tares annually in the coming years and the overexploitation highlighting mining activity, which taking preference over
of the forest resource and / or wood deficit, it is important to other economic activities will certainly constitute a source
consider the different losses and gains of land use options of potential conflicts.
from a forest perspective. While development and growth
corridors are one of the focal points of current and future
deforestation, they provide the possibility of regional inte-
gration between large anchor projects, usually in the mining
area, and local small and medium-sized enterprises and
ports flow as “Agripro” 2019 writes, quoting Ross, 2014.
Partners:

Inert extraction and mining are one of the factors to consider


in deforestation as mining concessions are especially located
in central Mozambique, which also has highly productive
forested areas as well as protected areas of Zambezia, Sofala
and Tete provinces, the latter which coincides with AAAJC's
area of focus. The main conflicting combinations of economic

Who Are We? The Association for Support and Legal Assistance to Communities (AAAJC) is an mozambican Civil Society Organization (CSO) based in Tete province, non-governmental and non proffit, created in 2008 by
a group of Paralegals in natural resources and development law, formed by the Center for Legal and Judicial Training (CFJJ), now Ministry of Justice, who decided to organize themselves based on their knowledge to promote
social and economic development and respect for human rights based on observance of the principles of social justice, equity and sustainability. Its scope of action was limited to the areas of economic development and poverty
reduction in a participatory manner, legal support to communities and citizens, environmental education, conflict resolution, advocacy of public policies and human rights. In 2010, following the implementation of some initiatives
and completing the process of its constitution, the organization was formally legalized with statutes published in the Bulletin of the Republic no. 2, III series, 4th supplement of January 19, 2010.

Potrebbero piacerti anche