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RESUMO DO LIVRO CEGUEIRA MORAL, DE ZYGMUNT

BAUMAN E LEONIDAS DONSKIS

CAPITULO 4: Universidade do consumo: o novo senso de


insignificância e a perda de critérios.

ACADEMICA: Marcia Martins Dias

Neste capitulo os autores abordam a crise no sistema educacional, em que a


educação a longo prazo é descartada, por com conhecimento de curto prazo. Conforme
descrito: “Nos encontramos na era da modernidade líquida, como você diz, e com nossas
caixas de ferramentas para incrementar os poderes de associação – para usar uma
expressão sua, a estratégia do faça você mesmo e a mentalidade de assumir
responsabilidade diante do mundo, o Facebook como a encarnação da amizade líquida, a
fragilização dos vínculos humanos, e as redes sociais da internet como uma nova política
de inclusão e exclusão.
Segundo os autores nos tempos passados existiam bons motivos para cultivar a
expectativa de ser intelectual, onde haveria um editor com um designer capaz de fornecer
o layout do livro e um gerente capaz de montar uma estratégia inteligente para promovê-
lo e vendê-lo, com a expectativa de pagamento de seu esforço, onde na atualidade se
paga o editor pelo trabalho realizado em seu benefício, assim como também é necessário
criar por contra própria uma estratégia de marketing para divulgação da obra.
Por muitos anos o sistema acadêmico foi invejado por colegas de outros países
europeus. Hoje tudo mudou, e a Finlândia introduziu uma mistura dos modelos americano
e britânico, com a ideia geral de consiga você mesmo o dinheiro, sem ajuda do Estado
nem da universidade, que foge da lógica seguida por séculos, onde agora é forçada a se
adaptar as mudanças e atualizações frequentes de mercado, assim como às mudanças da
opinião pública e do ambiente político o indivíduo agora é moldado pela globalização.
São levantados alguns questionamentos sobre o futuro das universidades: Como
será formar a próxima geração de intelectuais e políticos europeus se os jovens nunca
tiverem a oportunidade de vivenciar o que é uma universidade invulgar, não pragmática,
não instrumentalizada? Se nunca virem um professor que não se curva diante de ninguém,
onde aprenderão a reconhecer e respeitar a liberdade de pensamento e a integridade
intelectual?
A mudança permanente torna-se uma forma perfeita de controle social, dos
detentores do poder para com o restante da sociedade.
A missão da educação, desde que foi articulada pelos antigos sob o nome de
paidea, era, é e provavelmente continuará a ser, a preparação de recém-chegados à
sociedade para a vida social na qual estão se qualificando a fim de nela ingressar, porém,
sua educação (incluindo o ensino superior) enfrenta agora a crise profunda e radical, um
tipo de incerteza que afeta não somente esta ou aquela parte de suas formas costumeiras,
herdadas ou adquiridas, de agir e reagir, mas sua própria razão de ser.
A sociedade atual pode ser nomeada como “cultura agorista” e “cultura
apressada” são termos adequados, que se tornam particularmente convenientes sempre
que tentamos apreender a natureza da condição humana na era líquida moderna. Na vida
“agorista” do ávido consumidor de novas experiências, a razão para correr não é o
impulso de adquirir e acumular, mas de descartar e substituir.
Os autores retratam a modernidade liquida também de uma forma geral na
sociedade que vai alem das universidades, como por exemplo nos mercados de consumo
congestionados, novos produtos tendem primeiro a surgir para só depois procurar suas
aplicações, assim também como produtos criados que precisam de melhoras são
simplesmente descartados, substituídos por produtos que prometem fazer tudo aquilo que
seus predecessores faziam, apenas mais rápido e melhor, e ainda fazer algumas coisas de
que o consumidor nem imaginava precisar, e tudo isso acontece bem antes de a
capacidade de funcionamento do produto chegar a seu predeterminado fim. Ocorrem
muitas mudanças de mercado e por essa razão aumenta a rotatividade nos empregos.
Esses padrões estabelecem relações assimétricas entre clientes e mercadorias,
consumidores e bens de consumo.
Outro ponto de mudança esta na criação das “redes” – o nome que vem substituir
as ideias de “comunidade” ou “comunhão”, consideradas ultrapassadas e superadas – é
esse direito ao rompimento unilateral. Ao contrário das comunidades, as redes são
construídas de forma unilateral, e da mesma forma são remodeladas ou desfeitas, e
baseiam sua persistência na vontade do indivíduo como único, embora volátil, alicerce.
Os autores fazem menção também sobre os membros da geração Y que são os
primeiros a nascer num mundo em que já havia a internet e a conhecer, assim como a
praticar, a comunicação digital em “tempo real”, uma formação que não aceita nada sem
questionamento. Permita-me acrescentar de imediato, porém, que as perguntas que essa
geração tem por hábito apresentar são amplamente dirigidas aos autores anônimos da
Wikipédia ou aos amigos do Facebook e viciados no Twitter – mas não a seus pais, chefes
ou “autoridades públicas”.
A geração Y é marcada pelo inédito e crescente “cinismo em relação ao
emprego”, diferem de seus predecessores por uma ausência de ilusões relacionadas ao
emprego, por um compromisso apático com os empregos que têm e com as empresas que
os oferecem, e pela firme convicção de que a vida está em outro lugar; e eles têm o desejo
de viver em outro local. Essa é uma atitude que dificilmente se encontraria entre os
membros das gerações baby boomer e X. Os jovens estão perdidos, não temos a menor
ideia, dizem eles, do que o futuro nos reserva.
Intelectuais errantes são pessoas da modernidade líquida que acreditam que
relações e projetos de curto prazo em nossa vida profissional ajudam a evitar a estagnação,
oferecendo oportunidades novas e mais compensadoras que os compromissos de longo
prazo, são pensadores globais que sonham em se tornar ativistas locais, houve um tempo
em que era considerado grande honra e privilégio ser intelectual independente. Em vez
de ficar à mercê de universidades, eles escolhiam o ritmo e os caminhos e serviam como
educadores de aristocratas e reis. Foi essa rota que adotaram quase todos os grandes
pensadores da Europa – Descartes, Spinoza, Locke, Leibniz, Voltaire e Diderot.
Os títulos das faculdades e universidade se tornam efêmeros, permitindo que os
detentores do poder ou os grupos influentes o identifiquem (provisoriamente) como
alguém. Para eles, você não passa de um curriculum vitae e de uma série de números, e
quando seu país não tem o código de identificação rápida em termos de desempenho
econômico ou poder político, você é avaliado e percebido apenas pelo poder de compra
ou pelo curriculum.
As posições vitalícias estão se tornando cada vez mais raras. Na verdade, só
podem ser atingidas por alguém que tenha trabalhado para uma instituição ou para o
sistema como um todo por muitos anos, ou por quem esteja politicamente em demanda
por parte do sistema.
A modernidade líquida tem semelhança com a crença medieval nas instituições
e no controle, em contraste com o Renascimento e o início da modernidade, com sua
crença na capacidade do indivíduo de moldar o mundo à sua volta.
Os autores também comentam sobre as mudanças políticas, uma narrativa
político-histórica plausível hoje significa ter uma política viável, e não programas
disfarçados de política. O mesmo se aplica à literatura de qualidade. Quando não
conseguimos usar corretamente um método em nossos trabalhos acadêmicos, ou quando
um método nos desaponta, passamos para uma história.
A política moderna precisa muito mais das ciências humanas do que suspeitam
os políticos. Sem relatos de viagens, humor, riso, com suas advertências e interpretações
morais, os conceitos políticos tendem a ser vazios. Com bons motivos, portanto, Karl
Marx observou com argúcia que aprendia mais sobre a vida política e econômica do
século XIX com os romances de Honoré de Balzac que com todos os economistas da
época juntos.
A má notícia é que a política hoje tem colonizado a cultura, e isso passou
despercebido, bem debaixo de nossos narizes. Não se quer dizer que a cultura seja
politicamente explorada e vulgarizada em função de propósitos e objetivos políticos de
longo ou curto prazos. Uma abordagem instrumentalista da cultura logo revela o desdém
dos tecnocratas pelo mundo das artes e das letras ou uma hostilidade mal-elaborada em
relação ao valor e à liberdade humanos. Entretanto, em nosso admirável mundo novo, o
problema está em outro lugar.
Não precisamos mais das ciências humanas como força motriz de nossas
sensibilidades políticas e morais. Em vez disso, os políticos tentam manter a academia
tão perigosa, incerta e insegura quanto possível – remodelando-a ou “reformando-a” para
transformá-la num ramo do mundo empresarial. Na maior parte, essa ideia da necessidade
de racionalizar, mudar, remodelar, recondicionar e renovar politicamente a academia é
um simulacro. Ela oculta o fato de que a classe política e nossas práticas ruins é que
precisam desesperadamente de mudança e reforma.
Nós paramos de contar uns aos outros as histórias comoventes. Em vez disso,
alimentamos a nós mesmos e ao mundo com teorias conspiratórias, matérias
sensacionalistas e relatos de crimes e horror. Os seres humanos estão se tornando
incompletos sozinhos, consumistas e alienados para as coisas que realmente são
importantes para a vida e a sociedade.

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