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Este capítulo discute a crise no sistema educacional onde a educação a longo prazo é descartada em favor do conhecimento de curto prazo. As universidades agora precisam se adaptar rápido às mudanças de mercado e opinião pública. Intelectuais errantes acreditam que relações de curto prazo evitam estagnação oferecendo novas oportunidades, em contraste com compromissos de longo prazo.
Descrizione originale:
Resumo do capitulo quatro do livro - Cegueira Moral
Este capítulo discute a crise no sistema educacional onde a educação a longo prazo é descartada em favor do conhecimento de curto prazo. As universidades agora precisam se adaptar rápido às mudanças de mercado e opinião pública. Intelectuais errantes acreditam que relações de curto prazo evitam estagnação oferecendo novas oportunidades, em contraste com compromissos de longo prazo.
Este capítulo discute a crise no sistema educacional onde a educação a longo prazo é descartada em favor do conhecimento de curto prazo. As universidades agora precisam se adaptar rápido às mudanças de mercado e opinião pública. Intelectuais errantes acreditam que relações de curto prazo evitam estagnação oferecendo novas oportunidades, em contraste com compromissos de longo prazo.
CAPITULO 4: Universidade do consumo: o novo senso de
insignificância e a perda de critérios.
ACADEMICA: Marcia Martins Dias
Neste capitulo os autores abordam a crise no sistema educacional, em que a
educação a longo prazo é descartada, por com conhecimento de curto prazo. Conforme descrito: “Nos encontramos na era da modernidade líquida, como você diz, e com nossas caixas de ferramentas para incrementar os poderes de associação – para usar uma expressão sua, a estratégia do faça você mesmo e a mentalidade de assumir responsabilidade diante do mundo, o Facebook como a encarnação da amizade líquida, a fragilização dos vínculos humanos, e as redes sociais da internet como uma nova política de inclusão e exclusão. Segundo os autores nos tempos passados existiam bons motivos para cultivar a expectativa de ser intelectual, onde haveria um editor com um designer capaz de fornecer o layout do livro e um gerente capaz de montar uma estratégia inteligente para promovê- lo e vendê-lo, com a expectativa de pagamento de seu esforço, onde na atualidade se paga o editor pelo trabalho realizado em seu benefício, assim como também é necessário criar por contra própria uma estratégia de marketing para divulgação da obra. Por muitos anos o sistema acadêmico foi invejado por colegas de outros países europeus. Hoje tudo mudou, e a Finlândia introduziu uma mistura dos modelos americano e britânico, com a ideia geral de consiga você mesmo o dinheiro, sem ajuda do Estado nem da universidade, que foge da lógica seguida por séculos, onde agora é forçada a se adaptar as mudanças e atualizações frequentes de mercado, assim como às mudanças da opinião pública e do ambiente político o indivíduo agora é moldado pela globalização. São levantados alguns questionamentos sobre o futuro das universidades: Como será formar a próxima geração de intelectuais e políticos europeus se os jovens nunca tiverem a oportunidade de vivenciar o que é uma universidade invulgar, não pragmática, não instrumentalizada? Se nunca virem um professor que não se curva diante de ninguém, onde aprenderão a reconhecer e respeitar a liberdade de pensamento e a integridade intelectual? A mudança permanente torna-se uma forma perfeita de controle social, dos detentores do poder para com o restante da sociedade. A missão da educação, desde que foi articulada pelos antigos sob o nome de paidea, era, é e provavelmente continuará a ser, a preparação de recém-chegados à sociedade para a vida social na qual estão se qualificando a fim de nela ingressar, porém, sua educação (incluindo o ensino superior) enfrenta agora a crise profunda e radical, um tipo de incerteza que afeta não somente esta ou aquela parte de suas formas costumeiras, herdadas ou adquiridas, de agir e reagir, mas sua própria razão de ser. A sociedade atual pode ser nomeada como “cultura agorista” e “cultura apressada” são termos adequados, que se tornam particularmente convenientes sempre que tentamos apreender a natureza da condição humana na era líquida moderna. Na vida “agorista” do ávido consumidor de novas experiências, a razão para correr não é o impulso de adquirir e acumular, mas de descartar e substituir. Os autores retratam a modernidade liquida também de uma forma geral na sociedade que vai alem das universidades, como por exemplo nos mercados de consumo congestionados, novos produtos tendem primeiro a surgir para só depois procurar suas aplicações, assim também como produtos criados que precisam de melhoras são simplesmente descartados, substituídos por produtos que prometem fazer tudo aquilo que seus predecessores faziam, apenas mais rápido e melhor, e ainda fazer algumas coisas de que o consumidor nem imaginava precisar, e tudo isso acontece bem antes de a capacidade de funcionamento do produto chegar a seu predeterminado fim. Ocorrem muitas mudanças de mercado e por essa razão aumenta a rotatividade nos empregos. Esses padrões estabelecem relações assimétricas entre clientes e mercadorias, consumidores e bens de consumo. Outro ponto de mudança esta na criação das “redes” – o nome que vem substituir as ideias de “comunidade” ou “comunhão”, consideradas ultrapassadas e superadas – é esse direito ao rompimento unilateral. Ao contrário das comunidades, as redes são construídas de forma unilateral, e da mesma forma são remodeladas ou desfeitas, e baseiam sua persistência na vontade do indivíduo como único, embora volátil, alicerce. Os autores fazem menção também sobre os membros da geração Y que são os primeiros a nascer num mundo em que já havia a internet e a conhecer, assim como a praticar, a comunicação digital em “tempo real”, uma formação que não aceita nada sem questionamento. Permita-me acrescentar de imediato, porém, que as perguntas que essa geração tem por hábito apresentar são amplamente dirigidas aos autores anônimos da Wikipédia ou aos amigos do Facebook e viciados no Twitter – mas não a seus pais, chefes ou “autoridades públicas”. A geração Y é marcada pelo inédito e crescente “cinismo em relação ao emprego”, diferem de seus predecessores por uma ausência de ilusões relacionadas ao emprego, por um compromisso apático com os empregos que têm e com as empresas que os oferecem, e pela firme convicção de que a vida está em outro lugar; e eles têm o desejo de viver em outro local. Essa é uma atitude que dificilmente se encontraria entre os membros das gerações baby boomer e X. Os jovens estão perdidos, não temos a menor ideia, dizem eles, do que o futuro nos reserva. Intelectuais errantes são pessoas da modernidade líquida que acreditam que relações e projetos de curto prazo em nossa vida profissional ajudam a evitar a estagnação, oferecendo oportunidades novas e mais compensadoras que os compromissos de longo prazo, são pensadores globais que sonham em se tornar ativistas locais, houve um tempo em que era considerado grande honra e privilégio ser intelectual independente. Em vez de ficar à mercê de universidades, eles escolhiam o ritmo e os caminhos e serviam como educadores de aristocratas e reis. Foi essa rota que adotaram quase todos os grandes pensadores da Europa – Descartes, Spinoza, Locke, Leibniz, Voltaire e Diderot. Os títulos das faculdades e universidade se tornam efêmeros, permitindo que os detentores do poder ou os grupos influentes o identifiquem (provisoriamente) como alguém. Para eles, você não passa de um curriculum vitae e de uma série de números, e quando seu país não tem o código de identificação rápida em termos de desempenho econômico ou poder político, você é avaliado e percebido apenas pelo poder de compra ou pelo curriculum. As posições vitalícias estão se tornando cada vez mais raras. Na verdade, só podem ser atingidas por alguém que tenha trabalhado para uma instituição ou para o sistema como um todo por muitos anos, ou por quem esteja politicamente em demanda por parte do sistema. A modernidade líquida tem semelhança com a crença medieval nas instituições e no controle, em contraste com o Renascimento e o início da modernidade, com sua crença na capacidade do indivíduo de moldar o mundo à sua volta. Os autores também comentam sobre as mudanças políticas, uma narrativa político-histórica plausível hoje significa ter uma política viável, e não programas disfarçados de política. O mesmo se aplica à literatura de qualidade. Quando não conseguimos usar corretamente um método em nossos trabalhos acadêmicos, ou quando um método nos desaponta, passamos para uma história. A política moderna precisa muito mais das ciências humanas do que suspeitam os políticos. Sem relatos de viagens, humor, riso, com suas advertências e interpretações morais, os conceitos políticos tendem a ser vazios. Com bons motivos, portanto, Karl Marx observou com argúcia que aprendia mais sobre a vida política e econômica do século XIX com os romances de Honoré de Balzac que com todos os economistas da época juntos. A má notícia é que a política hoje tem colonizado a cultura, e isso passou despercebido, bem debaixo de nossos narizes. Não se quer dizer que a cultura seja politicamente explorada e vulgarizada em função de propósitos e objetivos políticos de longo ou curto prazos. Uma abordagem instrumentalista da cultura logo revela o desdém dos tecnocratas pelo mundo das artes e das letras ou uma hostilidade mal-elaborada em relação ao valor e à liberdade humanos. Entretanto, em nosso admirável mundo novo, o problema está em outro lugar. Não precisamos mais das ciências humanas como força motriz de nossas sensibilidades políticas e morais. Em vez disso, os políticos tentam manter a academia tão perigosa, incerta e insegura quanto possível – remodelando-a ou “reformando-a” para transformá-la num ramo do mundo empresarial. Na maior parte, essa ideia da necessidade de racionalizar, mudar, remodelar, recondicionar e renovar politicamente a academia é um simulacro. Ela oculta o fato de que a classe política e nossas práticas ruins é que precisam desesperadamente de mudança e reforma. Nós paramos de contar uns aos outros as histórias comoventes. Em vez disso, alimentamos a nós mesmos e ao mundo com teorias conspiratórias, matérias sensacionalistas e relatos de crimes e horror. Os seres humanos estão se tornando incompletos sozinhos, consumistas e alienados para as coisas que realmente são importantes para a vida e a sociedade.