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Resumo
Palavras-chave
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Trabalho apresentado à Sessão de Mesas Temáticas, Mesa Temática Número 11.
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Cláudia Lago é jornalista, mestre em Antropologia Social pela Universidade Federal de Santa Catarina e doutora em
Ciências da Comunicação pela ECA/USP. Professora da FAMEC, atua como gestora de comunicação do NCE-
ECA/USP e foi, de junho de 2004 a maio de 2005, consultora da UNESCO junto à Secretaria Municipal da Saúde.
Faz parte do Conselho Administrativo da Associação Brasileira de Pesquisadores de Jornalismo (SBPJor). Denise
Guedes Condeixa é assistente social, responsável pelos projetos de educação dentro da equipe DANT da
Coordenação da Vigilância em Saúde do Município de São Paulo (Covisa). Foi gerente da Gerência Comunicação e
Educação da Covisa de 2002 a janeiro de 2005. Richard Romancini é Mestre e doutorando em Ciências da
Comunicação pela ECA/USP. Pesquisador do NUPEM - Núcleo de Pesquisa do Mercado de Trabalho em
Comunicações e Artes da ECA/USP. Foi consultor da UNESCO junto à Covisa de outubro de 2004 a maio de 2005.
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XXVIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Uerj – 5 a 9 de setembro de 2005
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Desde a década de 80 do século XX a OMS destaca a Promoção em Saúde, enfatizando a importância da
participação ativa da população, e identificando sete princípios caracterizadores das políticas assim referenciadas:
concepção holística, intersetorialidade, empoderamento, participação social, equidade, ações multi-estratégicas e
sustentabilidade (WHO, 1998). A OMS compreende a promoção em saúde (Sicoli e Nascimento, 2003) como
“intimamente relacionada à vigilância em saúde”. Por outro lado, o Ministério da Saúde, em todos os documentos
sobre Promoção em Saúde, evidencia a necessidade de reorientar os serviços de saúde: “o papel do setor saúde deve
mover-se, de maneira gradativa, no sentido da promoção de saúde, além das suas responsabilidades de promover
serviços clínicos e de urgência”. (Ministério da Saúde, 1996). Para que este conceito seja operacionalizado a
“disseminação da informação e educação (são), bases para a tomada de decisão e componentes importantes da
promoção da saúde” (Sicoli e Nascimento, 2003). Nesse sentido, a Com&Edu foi desenhada como um instrumento
estratégico para auxiliar a elaboração de políticas de promoção em saúde. Estas, por sua vez, requerem para ser
operacionalizadas a cooperação entre diferentes setores e a articulação de suas ações, envolvendo iniciativas em
vários âmbitos, incluindo educação e disponibilização de informação para a população.
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Soares define a educomunicação como “o conjunto das ações destinadas a planejar, criar, fortalecer e avaliar
ecossistemas comunicativos abertos e democráticos possibilitados pelo uso das tecnologias da informação”. (In:
Soares, 2001).
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Do ponto de vista da comunicação, a questão da saúde que norteou tanto a constituição da gerência quanto sua
aproximação com o NCE foi, por um lado um modelo da promoção da saúde que reconhece seus beneficiários como
participantes ativos e co-responsáveis no processo de desenvolvimento e nas decisões tomadas por eles e, por outro, a
percepção que estratégias verticais de saúde têm falhado em conseguir um impacto positivo no bem-estar e na saúde
das pessoas e que um processo de desenvolvimento social, mais participativo, implica necessariamente na utilização
de ferramentas de comunicação integradas a um processo global de planejamento, que se articule às intervenções da
área.
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de 2004) foi seguida pela contratação de mais três consultores técnicos, com
especialização em comunicação (em novembro de 2004).
Essa estratégia era necessária principalmente pelas características da equipe
técnica da Comunicação e Educação, que deveria implementar as propostas do órgão
junto aos interlocutores e também às áreas afins.
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A idéia inicial era continuar o curso em uma segunda parte, que aprofundasse as discussões sobre as linguagens da
comunicação e acompanhasse a reformulação e implantação dos projetos.
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O esforço ancorava-se em dois motivos principais:1) O incremento das Dant em nível epidêmico, resultado das
modificações na forma de viver nas sociedades industrializadas (segundo dados da Covisa, em 2003 as doenças e
agravos não transmissíveis foram responsáveis por quase 60% das mortes no país)e a dificuldade do trabalho
educativo em torno das DANT, que permanece marcado por dificuldades culturais, já que os procedimentos de
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tratamento e cura envolvem não só o uso de medicamentos mas, em muitos casos principalmente, a mudança de
hábitos de vida ligados à alimentação, ao sedentarismo e ao tabagismo.
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A idéia da linguagem lúdica partia do pressuposto que esta poderia contrapor-se ao conteúdo expresso por Dant:
propor mudanças de hábitos e culturas sem pesar nas interdições – atitude que se mostra ineficaz na maioria dos
casos.
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O desligamento dos consultores, solicitado a princípio por “motivos pessoais”, junto a Unesco, deveu-se
principalmente pela constatação de que o contrato estabelecido fugia completamente às solicitações que passaram a
vigorar. Além disso, deveu-se também a uma percepção de que o tipo de trabalho – além de não ser consultoria, mas
simplesmente trabalho jornalístico – poderia ser feito muito mais adequadamente e com custo inferior para órgão, já
que o preço da hora do consultor é muito maior do que o de um estagiário de comunicação, por exemplo. Em suma,
os consultores optaram por não fazer parte das incoerências do serviço público, e só permaneceram ligados à
estrutura por mais tempo do que o desejado em função de seus vínculos e comprometimentos com o projeto da Dant .
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Fernando Rossetti também identifica essa questão, em sua análise de políticas educativas. In: "Projetos de
Educação, Comunicação & Participação - Perspectivas para Políticas Públicas”, Unicef, Brasília, pesquisa
desenvolvida em 2003-4, disponível em http://rossetti.sites.uol.com.br
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Por outro lado, cria uma série de entraves aos muito (provavelmente a maioria) funcionários que se sentem
responsáveis por seu trabalho e suas tarefas. A frustração é o sentimento obvio quando percebem que não têm esse
valor absorvido pela estrutura.
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In: Lago, Cláudia, Machado, Eliany S. e Leão, Maria Izabel. Práticas Educomunicativas e a democratização da
comunicação (citado na bibliografia).
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Referências bibliográficas
ORTIZ, Renato. Pierre Bourdieu. São Paulo, Ática, 1983. Coleção Cientistas Sociais.
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