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14
gARRy gAy/getty iMAges
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Além da teoria
Para embalar seu produto, uma fábrica de tinta encomendou a uma meta-
lúrgica 20.000 latas. Essas latas devem ter a forma cilíndrica, com 12 cm de al-
tura e 5 cm de raio da base.
Descreva a forma das bases (tampa e fundo) de cada lata. Qual será a área, em
metro quadrado, da chapa metálica utilizada na confecção de cada base?
círculo; 25π cm2 78,5 cm2
Descreva a forma da chapa metálica utilizada na confecção da superfície la-
teral de cada lata. Qual será a área, em metro quadrado, da chapa metálica
utilizada na confecção da2 superfície lateral de cada lata?
retângulo; 120π cm 376,8 cm
2
1 Introdução
Estudando a forma aerodinâmica das asas dos pássaros, o homem conseguiu criar vá- Fluxo de ar
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
rias formas eficientes de asas de avião. Muitos tipos de asas têm a face superior arredonda- Baixa pressão
da e a face inferior quase plana. Assim, quando o avião avança, a parte dianteira da asa
Asa
fAustino
divide o ar, de modo que o ar que passa sobre a superfície superior se expande (se rarefaz)
reduzindo a pressão. Em consequência, a pressão exercida no lado de baixo da asa produz Alta pressão
a força que empurra o avião para cima.
AndRew PARkinson/CoRbis/
LAtinstoCk
2 Cilindro
Você provavelmente já observou algo em comum na forma da vela e dos gizes, como os
mostrados nas fotos:
ReLAX iMAges/dioMediA
seAn gRAdweL 45/ALAMy/
otheR iMAges
todos eles têm duas bases circulares paralelas e congruentes, e todos os seus pontos formam
segmentos de reta paralelos, com cada extremo numa dessas duas bases. Por isso dizemos que
esses objetos têm a forma de cilindro circular, figura que definiremos a seguir.
C’
O�
β
faustino
O C
α
A reunião de todos esses segmentos de reta é um sólido chamado cilindro circular limi-
tado ou, simplesmente, cilindro.
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Elementos de um cilindro circular
Há outros tipos de
cilindro (por exem- Observando o cilindro apresentado na definição, nomeamos alguns elementos:
plo, o de bases elíp-
• os círculos C e C’, de centros O e O’, respectivamente, são chamados de bases do cilindro;
ticas), porém trata-
remos apenas dos • a reta $OO’% é chamada de eixo do cilindro;
cilindros circulares. • o raio do círculo C é chamado de raio da base do cilindro;
Por comodidade, às • a distância entre as bases é chamada de altura do cilindro;
vezes omitiremos a
palavra “circulares”, • todo segmento de reta, paralelo ao eixo $OO’%, que tem extremidades pertencentes às circunfe-
chamando-os sim- rências das bases, é chamado de geratriz do cilindro.
plesmente de “cilin-
dros”.
base
C’
geratriz O’
faustino
altura
eixo
C
O
raio
da base base
Exercício proposto
secção meridiana
geratriz
g
h�g h Nas figuras, g é ge-
ratriz e h é altura.
No cilindro circular
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Nota:
O cilindro circular reto também é conhecido como cilindro de revolução, pois pode ser
obtido por uma revolução (rotação) de 360° de um retângulo em torno de um eixo que con-
ilustrações: faustino
tém um de seus lados.
r r
O’ O’
h h
O O
cilindro de revolução
Exercícios propostos 3. a)
2r
Resolva a questão 1c do Roteiro de trabalho.
secção meridiana
faustino
cilindro. h superfície lateral h
2πr
base
Lembre-se de que fi- Note que a superfície de um cilindro circular reto de altura h e raio da base r é equivalente à
guras planas equiva- reunião de um retângulo, de dimensões 2πr e h, com dois círculos de raio r.
lentes são figuras de
áreas iguais. Área lateral
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A área lateral A, de um cilindro qualquer é a área da superfície formada pela reunião de
todas as geratrizes do cilindro.
Observando a planificação feita acima, concluímos que a área lateral A de um cilindro circular
reto de altura h e raio da base r é igual à área de um retângulo de altura h e base 2πr. Assim:
A 5 2πrh
Área total
A área total AT de um cilindro qualquer é a soma da área lateral A com as áreas das bases.
No caso do cilindro circular reto, planificado acima, temos:
AT 5 2πrh 1 πr 2 1 πr 2 5 2πrh 1 2πr 2
Portanto:
AT 5 2πr(h 1 r)
β
faustino
α
r
r √π
( ) 5 πr
2
Note que a área da base do cilindro, πr 2, é igual à área da base do prisma, r π 2
.
Exercício resolvido
R.1 Em um cilindro circular reto de altura 7 cm, o raio a) A área B de cada base é a área de um círculo de raio
da base mede 4 cm. Calcular desse cilindro: 4 cm:
a) a área B de uma base;
B 5 π 42 cm2 5 16π cm2
b) a área lateral A;
c) a área total AT; b) A área lateral A é a área de um retângulo de
d) a área ASM de uma secção meridiana; comprimento 8π cm e altura 7 cm:
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e) o volume V.
A 5 (8π 7) cm2 5 56π cm2
Resolução
c) A área total AT é a soma da área lateral com as
Veja abaixo a planificação da superf ície do cilindro.
áreas das duas bases:
4 AT 5 (56π 1 2 16π) cm2 5 88π cm2
d) A área ASM de uma secção meridiana do cilindro
é a área de um retângulo de base 8 cm e altura
fAustino
7 7 7 cm:
2π � 4 = 8π
4 ASM 5 (8 7) cm2 5 56 cm2
4
e) O volume V é o produto da área da base pela
altura do cilindro:
V 5 (16π 7) cm3 5 112 cm3
Exercícios propostos
4 Em um cilindro circular reto de altura 5 m, o raio 6 Uma secção meridiana de um cilindro equilátero
da base mede 2 m. Calcule desse cilindro: tem 144 dm2 de área. Calcule a área lateral, a área
a) a área lateral AL; 20π m2 total e o volume desse cilindro.
144π dm2; 216π dm2; 432π dm3
b) a área B de uma base; 4π m2
c) a área total AT; 28π m2 7 Um cilindro circular reto de raio da base 5 cm pos-
d) a área ASM de uma secção meridiana; 20 m2 sui uma secção meridiana equivalente a uma de
e) o volume V. 20π m3 suas bases. Calcule a área lateral, a área total e o
volume desse cilindro. 2
125π
5 Um cilindro equilátero tem 8 cm de altura. Calcule 25π2 cm2; 25π(π 1 2) cm2;
2
cm3
desse cilindro: 8 Para embalar seu produto, uma fábrica de tinta en-
a) a área lateral AL; 64π cm2 comendou a uma metalúrgica 20.000 latas. Essas
b) a área B de uma base; 16π cm2 latas devem ter a forma de um cilindro circular reto
c) a área total AT; 96π cm2 com 12 cm de altura e 5 cm de raio da base. Quan-
d) a área ASM de uma secção meridiana; 64 cm2 tos metros quadrados de chapa metálica serão ne-
e) o volume V. 128π cm3 cessários para essa produção? (Adote: π 5 3,14)
1.067,60 m2
6 cm
semicilindro
dessa região retangular em torno do lado tAB. os planos das bases de raio 5 cm, conforme mostra
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96π cm2
a figura.
10 (Fuvest-SP) Um castelo está cercado por uma vala Calcule o volume desse cilindro, em centímetro cú-
cujas bordas são duas circunferências concêntricas bico. 150π cm3
de raios 41 m e 45 m. A profundidade da vala é
constante e igual a 3 m.
h
h+6
5 30°
wAve/dioMediA
Lynn donALdson/
getty iMAges
doRLing kindeRsLey/
getty iMAges
Esses objetos lembram o cone circular, que é caracterizado por ter uma base circular e por
todos os seus pontos formarem segmentos de reta com um extremo nessa base e o outro extre-
mo em um mesmo ponto V, fora da base, conforme definimos a seguir.
Elementos de um cone V
Espera-se que com esse exercício os alunos possam ter melhor entendimento dos cones e de seus elementos.
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secção meridiana
ilustrações: faustino
V V
Nas figuras, g é a
geratriz e h é a altu-
ra. Note que a altura
do cone circular reto h g g h
é a distância do vér-
tice até o centro da
base.
O O
Nota:
O cone circular reto também é conhecido como cone de revolução, pois pode ser obti-
do por uma revolução (rotação) de 360° de um triângulo retângulo em torno de um dos
catetos.
cone de revolução
g
16 Observe o cone montado para o exercício proposto 15.
a) Esse cone é reto ou oblíquo? reto
r r
b) Imagine uma secção meridiana nesse cone e responda: que figura geométrica é a secção cone equilátero
faustino
meridiana de um cone reto? Espera-se que os alunos percebam que a secção
meridiana de um cone reto é um triângulo isósceles.
triângulo
17 Quando as secções meridianas de um cone são triângulos equiláteros, dizemos que o cone equilátero
é equilátero.
g � 2r
a) Faça um desenho mostrando um cone equilátero e uma secção meridiana dele.
b) Quando o cone é equilátero, qual é a relação entre o raio da base e a geratriz do cone?
Em um cone equilátero, a medida da geratriz é o dobro da medida do raio da base. 2r
secção meridiana
faustino
g
h
geratriz
Note que a superfície de um cone circular reto com raio da base r e geratriz de medida g é
equivalente à reunião de um círculo de raio r com um setor circular de raio g e arco de compri-
mento 2πr.
Então, concluímos:
A 5 πrg
Área total
A área total At de um cone qualquer é a soma da área lateral com a área da base. No caso
do cone circular reto, planificado na página anterior, temos:
At 5 πrg 1 πr2
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Portanto:
At 5 πr(g 1 r)
Nota:
A medida , em grau, do ângulo central do setor circular equivalente à superfície lateral do
cone é obtida pela regra de três:
Assim, concluímos:
360° r
θ 5
g
Como 360° equivalem a 2π rad, podemos expressar a medida , em radiano, por
2πr
5 rad.
g
h
FAUSTIno
r
r √π
α
1
O volume V do cone circular é igual a do produto da área de
sua base, πr , por sua altura h:
2 3
FAUSTIno
h
1 2
V 5 πr h
3
r
Exercício resolvido
cone; 15 12
� 2π � 12 = 24π
e) a área ASM de uma secção meridiana; 15
f) o volume V.
Resolução base
a) A área B da base é a área de um círculo de raio superfície lateral
12 cm:
A área lateral A é obtida pela regra de três:
B 5 π 122 cm2
B 5 144π cm2 Comprimento do arco
Área do setor (cm2)
b) Pelo teorema de Pitágoras, temos: do setor (cm)
2π 15 π 152
g
9 cm 24π A
12 cm Então, concluímos:
24 π 225π
A 5 cm ⇒ A 5 180π cm
2 2
g2 5 122 1 92 ⇒ g2 5 225 30 π
FAUSTIno
9 cm
⇒ AT 5 (180π 1 144) cm2 5 324π cm2
d) A medida , em grau, é dada pela regra de três:
24 cm
Comprimento do arco Medida do ângulo
do setor (cm) central (grau)
Logo, a área ASM de uma secção meridiana é
2π 15 360°
dada por:
24π 24 9
ASM 5 cm 2 5 108 cm 2
2
Portanto:
24 π 360° f) O volume V é a terça parte do produto da área
5 ⇒ 5 288°
30 π da base pela altura do cone:
e) Qualquer secção meridiana desse cone é um tri- 1
V 5 [ 144π 9] cm3
ângulo isósceles cuja base é o diâmetro da base 3
do cone e cuja altura é a mesma do cone: V 5 432π cm3
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Exercícios propostos
18 Em um cone circular reto de altura 6 cm, o raio da base mede 8 cm. Calcule desse cone:
a) a área lateral AL; 80π cm2 d) a medida do ângulo central do setor circular 8π
rad
r ad ou
ou 288°
b) a área B da base; 64π cm2 equivalente à superf ície lateral do cone; 5
c) a área total AT; 144π cm2 e) a área ASM de uma secção meridiana; 48 cm2
f) o volume V. 128π cm3
21 Uma indústria produz casquinhas para sorvete confeccionadas com biju, na forma de
cone circular reto. Externamente, cada cone tem 6 cm de diâmetro da base e 12 cm
de altura, e internamente tem 5,4 cm de diâmetro da base e 11 cm de altura. Calcule
ILUSTRAçõeS: FAUSTIno
11 cm
12 cm
o volume de biju, em centímetro cúbico, que compõe cada casquinha.
9,27π cm3 29,12 cm3
22 Um cone circular reto de raio da base 4 cm possui a área lateral igual ao triplo da área
da base. Calcule o volume desse cone. 128π 2 c m3
cm
3
23 Vimos que o cone circular reto também é chamado de cone de revolução, pois pode
A
ser obtido pela revolução (rotação) de 360° de um triângulo retângulo em torno de
um dos catetos. Considerando o triângulo ao lado, calcule:
a) o volume do cone gerado pela revolução dessa região triangular em torno do
cateto tAB; 320π cm3 15 cm 17 cm
b) a área total do cone gerado pela revolução dessa região triangular em torno do
cateto tBC. 480π cm2
B C
cone C�
base menor
do tronco
geratriz
FAUSTIno
α do
tronco
tronco
T altura do
tronco
Note que o volume Vtronco do tronco é igual à diferença entre os volumes VC e VC’ dos cones C
e C’, respectivamente, isto é:
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Vtronco 5 VC VC’
Exercício resolvido
R.3 Seja um cone circular reto de altura 12 cm e raio da base 9 cm. Um plano paralelo
à base e distante 8 cm do vértice separa o cone em dois sólidos. Calcular o volume
do tronco de cone assim determinado.
Resolução
Esquematizando, temos:
V V V
8 cm
ILUSTRAçõeS: FAUSTIno
12 cm 12
D C
α D C
A B
9 cm A 9 B
1 1
V 5 π 9 2 12 π 6 2 8 cm 3 5 228 π cm 3
12
3 3
BR
tem 12 cm de altura
AN
D
X/D
2m e a forma da super-
IO
ME
14π 3 α f ície lateral de um
D
IA
FAUSTINO
m
3 4m tronco de cone reto
de bases circulares
2m paralelas, de raios
10 cm e 15 cm. A
área dessa copa é:
Calcule o volume do tronco de cone assim determi- a) 280π cm2
nado. b) 20π cm2
(Observação: Se um plano intercepta um cone C, c) 180π cm2
paralelamente à sua base, separando-o em dois só- d) 325π cm2
lidos, então um desses sólidos é um cone C’ seme- e) 45π cm2
alternativa d
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4 Esfera
PETER CHRISTOPHER/MASTERFILE/
OTHER IMAGES
O fascínio pela forma esférica aparece bem cedo em nossa vida, talvez porque muitas das
mais belas construções da natureza tenham essa forma.
STUDIO EYE/CORBIS/LATINSTOCK
A atração pela forma esférica não é prerrogativa do homem moderno, pois desde a Antigui-
dade grega essa forma é considerada padrão de equilíbrio e perfeição, como mostra a frase a
seguir, creditada a Aristóteles (384-322 a.C.):
“O céu deve ser necessariamente esférico, pois a esfera sendo gerada pela rotação do
círculo, é, de todos os corpos, o mais perfeito.”
DREYER, J. L. E. A History of Astronomy from Thales to Kepler. 2. ed. Nova Iorque: Dover, 1953.
faustino
-se esfera de centro O e raio R o conjunto dos pontos do espaço R
O
cujas distâncias ao ponto O sejam menores ou iguais a R.
Uma bolinha de gude é maciça, sugerindo a ideia de Uma bolinha de pingue-pongue é oca, sugerindo a
esfera. ideia de superfície esférica.
Um plano α é secante a uma esfera se, e somente se, ambos têm em comum infinitos pon-
tos. Esses infinitos pontos comuns formam um círculo chamado de secção plana da esfera.
secção plana C
plano
secante
Sendo R a medida do raio da esfera, r a medida do raio de uma secção plana e d, com d . 0,
a distância do plano α ao centro O da esfera, temos, pelo teorema de Pitágoras:
R2 5 d2 1 r2
ILUSTRAções: Faustino
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secção plano
plana secante
O
R
d
r
α
O
plano tangente
O raio da esfera é perpen-
dicular ao plano tangente
no ponto de contato.
T
α
plano exterior
FAUSTIno
Resolução 6 10
r
Pelo teorema de Pitágoras, temos:
α
r 2 1 62 5 10 2 ⇒ r 2 5 64
Logo, o raio da secção plana mede 8 cm.
Exercícios propostos
26 (Unifor-CE) Uma esfera tem raio de medida 13 cm. 27 (Furg-RS) Seccionando uma esfera de 9 cm de raio
A intersecção dessa esfera com um plano é um cír- por um plano distante 6 cm do seu centro, obtém-
culo cujo diâmetro mede 10 cm. A distância desse -se um círculo de raio.
plano ao centro da esfera é: a) 2 3 cm
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a) 6 cm
b) 3 2 cm
b) 9 cm
c) 3 3 cm
c) 11 cm
d) 10 cm d) 3 5 cm
e) 12 cm e) 5 3 cm
alternativa e alternativa d
1 2 πR 3
• O volume V2 do sólido formado pelos dois cones é V2 5 2 πR 2 R , ou seja:V2 5 .
3 3
4 πR 3
V 5
3
Vamos demonstrar, agora, que o volume dessa anticlepsidra é igual ao volume de uma esfera
de raio R. Para isso, consideremos esses dois sólidos em um mesmo semiespaço de origem em um
plano α de modo que a base da anticlepsidra esteja contida em α e a esfera seja tangente a α:
R
R
V
O
R
d d
r
β
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α
R d
Note que o raio interno dessa coroa é igual à distância d entre o plano β e o centro da anticlep-
sidra. Para compreender essa afirmação, considere uma secção meridiana da anticlepsidra:
2R
V
45° 2R
d β
N
M d α
45°
O triângulo VMN é isósceles; logo, o raio interno da coroa circular é igual a d. Assim, a área
A2 dessa coroa é:
A2 5 π(R2 d2)
Observe que: A1 5 A2
Resumindo, todo plano que secciona a esfera também secciona a anticlepsidra, determinan-
do, em ambas, secções de mesma área. Logo, pelo princípio de Cavalieri, a esfera tem o mesmo
volume da anticlepsidra. Assim:
4 πR 3
V 5
3
A 5 4πR 2
Exercício resolvido
R.5 Um plano α secciona uma esfera a 4 cm do centro O, determinando uma secção plana de
raio 3 cm. Calcular o volume dessa esfera e a área de sua superf ície.
Resolução
Seja R a medida do raio da esfera.
Pelo teorema de Pitágoras, temos:
FAUSTIno
R2 5 42 1 32 ⇒ R 5 5 cm O
Logo, o volume V da esfera e a área A de sua superf ície são: R
4
4 π 53 500 π
V5 cm3 ⇒ V 5 cm3 α
3
3 3
A 5 4π 52 cm2 ⇒ A 5 100π cm2
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Exercícios propostos
28 Uma esfera de centro O e raio 15 cm é seccionada 32 Um ourives banhou em ouro 40 peças esféricas de
por um plano α a 12 cm de O. Calcule: 5 mm de raio. O custo de cada milímetro quadrado
a) a área da secção plana; 81π cm2 desse banho foi R$ 0,05. Qual foi o custo total?
b) a área da superf ície esférica; 900π cm2 (Adote: π 5 3,14) R$ 628,00
c) o volume da esfera. 4.500π cm3
(Lembrete: A área A de um círculo de raio r é 33 Ao cair em uma cavidade em forma de cone circu-
A 5 πr2.) lar reto de altura 16 cm e raio da base 12 cm, uma
esfera estacionou com seu centro a 2 cm do vértice
29 Um plano α secciona uma esfera a 3 3 cm do cen- do cone, conforme mostra a figura.
tro O, determinando uma secção plana de área
9π cm2. Calcule o volume dessa esfera e a área de
sua superf ície. 288π cm3; 144π cm2
ILUSTRAçõeS: FAUSTIno
30 Um círculo máximo de uma esfera separa-a em
2 cm
dois sólidos chamados de hemisférios ou semiesfe-
ras. Calcule o volume e a área de um hemisfério de
a) A figura abaixo representa uma secção meridiana
raio 3 cm. 18π cm3; 27π cm2
desse cone, em que a geratriz tABu tangencia a
esfera no ponto T. Prove que os triângulos ABC
e AOT são semelhantes.
Ver Suplemento com orientações
para o professor. 12 cm
C
B
Hemisfério
16 cm
(Observação: Círculo máximo de uma esfera de
centro O é uma secção plana que passa por O.)
O
2 cm
31 Uma fundição transformou uma esfera maciça de T
A
ferro em oito esferas maciças de raio 5 cm. Qual é a
medida do raio da esfera original? 10 cm b) Calcule o volume da esfera.
2,304π cm3
FAUSTIno
Propriedade
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Exercício resolvido
O
ILUSTRAçõeS: FAUSTIno
9 cm
5 cm
4 cm
M O�
4 cm 4 cm
α A B
A B
Exercícios propostos
FAUSTIno
p1 p2
é a medida do ângulo diedro. α
FAUSTIno
• A parte da esfera contida nesse diedro é chamada de cunha O R
esférica de raio R e ângulo diedro de medida α.
• A parte da superfície esférica contida nesse diedro é chamada α
de fuso esférico de raio R e ângulo diedro de medida α.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Para visualizar melhor uma cunha e um fuso esférico, façamos dois cortes em uma laranja com
uma faca passando pelo centro da fruta. O pedaço limitado por esses cortes lembra uma cunha
esférica, e a casca contida nesse pedaço dá a ideia de fuso esférico.
GeoRGe TUTUMI
Exercícios resolvidos
R.7 Calcular o volume de uma cunha esférica de raio dro. Assim, o volume V da cunha em questão pode
3 cm cujo ângulo diedro mede 40°. ser calculado pela regra de três:
3 cm 4 π 33
360
3
FAUSTIno
⇒
40 V
40°
40 36 π
⇒ V 5 cm 3
360
Resolução Logo, o volume da cunha esférica é 4π cm3.
A razão entre o volume de uma esfera e a medida
do ângulo diedro de uma volta completa (360° ou
2π rad) é igual à razão entre o volume de uma cunha R.8 Calcular a área de um fuso esférico de raio 10 m
π
qualquer dessa esfera e a medida de seu ângulo die- cujo ângulo diedro mede rad.
5
Exercícios propostos
36 Calcule o volume de uma cunha esférica de raio 40 Um fuso esférico tem área 12π m2 e ângulo diedro
1 m cujo ângulo diedro mede 20°. π
2π 3
de rad. Calcule a medida do raio desse fuso. 6 m
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m 6
27
37 Calcule o volume de uma cunha esférica de raio 41 Qual é a área da superf ície gerada pela rotação de
3π 60° de uma semicircunferência de raio 3 cm em
2 cm cujo ângulo diedro mede rad. 2π cm3 torno de seu diâmetro? 6π cm2
8
60°
38 Uma cunha esférica tem volume 6π cm3 e ângulo
diedro de 60°. Calcule a medida, em centímetro, do
FAUSTIno
raio dessa cunha esférica. 3 cm
Roteiro de trabalho
Ver respostas do Roteiro de trabalho no Suplemento com
1 Junte-se a um colega. orientações para o professor. d) Escrevam com suas próprias palavras como se
a) Deem exemplos de objetos com forma de cilindro. obtém a área lateral e a área total de um cilindro.
b) Escrevam com suas próprias palavras a definição e) Escrevam com suas próprias palavras como se
de cilindro. obtém o volume de um cilindro.
c) Desenhem um cilindro reto e um cilindro oblíquo,
indicando a altura e a geratriz deles. 2 Ainda em duplas, refaçam o exercício anterior seguindo
os mesmos passos para o cone.
Exercícios complementares
1 Uma caixa-d’água tem, internamente, a forma de um que, para fazer medições, você dispo-
sAM ARMstRong/
getty iMAges
cilindro equilátero de altura 3 m. Calcule a capacidade nha apenas de uma régua milimetrada.
dessa caixa em litro. (Adote: π 5 3,14) 21.195 L I. Para calcular o volume do líquido
contido na garrafa, o número mínimo
2 (Enem) Uma garrafa cilíndrica está fechada, conten- de medições a serem realizadas é:
do um líquido que ocupa quase completamente seu a) 1 d) 4
corpo, conforme mostra a figura a seguir. Suponha b) 2 e) 5
c) 3 alternativa b
da água contida no copo? 81π cm3 9 (Fuvest-SP) No jogo de bocha, disputado num terreno
plano, o objetivo é conseguir lançar uma bola de raio
4 (UFRN) Um abajur em formato de cone equilátero 8 o mais próximo possível de uma bola menor, de raio
está sobre uma escrivaninha, de modo que, quando 4. Num lançamento, um jogador conseguiu fazer com
aceso, projeta sobre esta um círculo de luz (veja figura que as duas bolas ficassem encostadas, conforme
a seguir). ilustra a figura a seguir. A distância entre os pontos A
e B, em que as bolas tocam o chão, é:
H
Ilustrações: FAUSTINO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A B
a) 8 c) 8 2 e) 6 3
b) 6 2 d) 4 3
Se a distância do vértice do cone à mesa for H 5 27 cm, alternativa c
a área do círculo iluminado, em centímetro quadrado, 10 Qual é o volume do sólido gerado pela 60°
será igual a: alternativa a rotação de 60° de um semicírculo de
a) 243π b) 270π c) 250π d) 225π raio 3 cm em torno de seu diâmetro?
6π cm3
5 Um reservatório de água tem a forma de um tronco
de cone circular reto de bases paralelas. Internamen-
te, esse reservatório tem 6 m de altura e raios de 9 m
e 3 m nas bases. Adotando π 5 3,14, calcule a capaci-
dade desse reservatório, em litro. 734.760 L 11 De uma melancia com o
formato de uma esfera de
9m raio 15 cm retirou-se um
pedaço em forma de cunha
6m esférica com ângulo diedro
15 cm 30°
3m de 30°.
a) Calcule o volume desse
6 A área da superf ície de uma bola de basquetebol é pedaço. 375π cm3
576π cm2 e o perímetro interno do aro da cesta é b) Calcule a área do fuso esférico referente a esse
45π cm. pedaço. 75π cm2
Quanto por cento o diâmetro interno do aro é maior c) Calcule a área total desse pedaço. 300π cm2
que o diâmetro da bola?
12 (UFPI) Supondo que a circunferência máxima do glo-
(Lembrete: O comprimento C de uma circunferência
bo terrestre tenha 40.000 km de comprimento, a área
de raio r é C 5 2πr.) 87,5%
de cada fuso horário, em quilômetro quadrado, é:
7 (Vunesp) Um paciente internado em um hospital tem 32 4π
a) 1012 d) 10 8
que receber certa quantidade de medicamento injetá- 3π 2 3
vel (tipo soro). O frasco do medicamento tem a forma
4 4 π2
de um cilindro circular reto de raio 2 cm e altura b) 1012 e) 1012
9π 2 3
8 cm. Serão administradas ao paciente 30 gotas por
minuto. Admitindo-se que uma gota é uma esfera de 2
c) 10 8
raio 0,2 cm, determine: 3π alternativa c
Os fusos horários
Os meridianos e os paralelos terrestres são linhas imagi-
.FSJEJBOP
(SFFOXJDI
rências com extremidades nos polos Norte e Sul. O maior pa-
ralelo terrestre é a linha do Equador.
Para se estabelecerem os horários nos vários pontos da Ter-
ra, considerou-se que ela leva 24 horas para dar uma volta
completa (360°) em torno do seu eixo, portanto ela gira Sentido
360° : 24 = 15° por hora. Assim, o planeta foi dividido em 24 de rotação Linha do
da Terra Equador
meridianos. O Greenwich é considerado o meridiano inicial, por 135°
150° 165°
180° 165°
150°
135°
isso, é associado à medida 0°, conforme mostra a figura ao lado. Oeste 120° 120°
105° 105°
O intervalo de 7,5° a oeste a 7,5° a leste de cada meri- 90°
75°
90°
75°
Leste
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
0° 15°
nesse intervalo, o horário permanece o mesmo. No entanto,
como se vê no mapa abaixo, as linhas que limitam os fusos tP
Paralelo
horários podem não ser semicircunferências, por causa das
fronteiras nacionais dos vários países ou em virtude de ques-
Longitude Longitude
tões políticas. oeste leste
Polo
Sul
ANCHORAGE
60° MOSCOU
LONDRES
TORONTO PARIS
MADRI
NOVA YORK ROMA PEQUIM SEUL
0° BOGOTÁ
NAIRÓBI
OCEANO
OCEANO JACARTA
PACÍFICO BRASÍLIA
LIMA ATLÂNTICO
RIO DE JANEIRO OCEANO
SÃO PAULO ÍNDICO
Meridiano de Greenwich
30°
BUENOS SIDNEY
SANTIAGO CIDADE
AIRES
DO CABO
60°
O L 90°
–12 –11 –10 –9 –8 –7 –6 –5 –4 –3 –2 –1 0 +1 +2 +3 +4 +5 +6 +7 +8 +9 +10 +11 +12
Atividade