Sei sulla pagina 1di 4

EVIDÊNCIAS DE VALIDADE BASEADAS EM RELAÇÕES COM MEDIDAS

EXTERNAS

As escalas psicométricas servem para mensurar de maneira objetiva, diferentes


fenômenos psicológicos (traços) – não podem ser avaliados pela observação ou de
maneira tangível.
A avaliação de construtos psicológicos por meio de instrumentos requer que essas
ferramentas apresentem evidências de validade, demonstrando a plausibilidade do seu uso
nas amostras e contextos aos quais se destinam.
VALIDADE: pode ser definida como o grau em que todas as evidências acumuladas
corroboram a interpretação pretendida dos escores de um teste. Refere-se ao julgamento
integrado sobre o grau em que as evidências empíricas e a fundamentação teórica do teste
suportam a adequação das interpretações e ações baseadas nos escores dos testes.

As evidências de validade baseadas em relações com medidas externas podem ser:


VALIDADE CONVERGENTE: são observadas quando os escores do instrumento
analisado apresentam relações em direção e magnitude esperadas, com outra variável
distinta, mas correlata à da medida – as duas medidas são relacionadas, mas devem ser
construtos diferentes. Ex.: depressão e afetos positivos. A compreensão do que esperar
da direção (positiva ou negativa) e da magnitude (fraca, moderada e forte) entre as
associações , advém das informações teóricas e empíricas já existentes na literatura.
As evidências de validade convergente indicam se o instrumento analisado se
encontra positivamente (EVIDÊNCIA DE VALIDADE CONVERGENTE
POSITIVA) ou negativamente (EVIDÊNCIAS DE VALIDADE NEGATIVA)
relacionado a outras medidas com as quais deveria se relacionar.

VALIDADE DISCRIMINANTE: O instrumento apresenta evidências de validade


discriminante quando os escores obtidos por meio do instrumento analisado não se
relacionam a variáveis que, de acordo com proposições teóricas, de fato não devem estar
associadas. Se alguma associação for encontrada (principalmente de moderada a forte), é
sinal de que o instrumento não está medindo o construto corretamente.
Investigam se o que está sendo avaliado pelo instrumento difere de outros
construtos. Visam confirmar que os escores obtidos por meio do instrumento
analisado se diferenciam de variáveis não relacionadas ao construto.

VALIDADE DE CRITÉRIO: têm como foco principal investigar o impacto dos escores
obtidos por meio do instrumento com outras medidas fortemente relacionadas.
Se divide em:
VALIDADE DE CRITÉRIO CONCORRENTE: Investigam o quanto um
instrumento se associa a outro que mede o mesmo construto.
É importante que a medida escolhida seja um instrumento padrão-ouro (instrumento
com diversas validades de evidência favoráveis. Quando a relação entre o instrumento a
ser validado e a escala padrão-ouro é estatisticamente significativa e de alta magnitude
obtém-se evidências favoráveis, demonstrando que, de fato, o instrumento é capaz de
avaliar o construto proposto.

VALIDADE DE CRITÉRIO PREDITIVA: buscam verificar se os escores


investigados por meio do instrumento analisado impactam o desempenho dos
participantes em outro teste ou na apresentação de determinados comportamentos.
PREDITIVO por que avalia a capacidade de o instrumento predizer um comportamento
esperado em um momento futuro. Para fins de evidência de validade preditiva, é
necessário realizar um com ao menos dois momentos de coleta de dados diferentes. Os
dados do instrumento são investigados em um primeiro momento e depois são levantados
os dados da variável externa. Por fim avalia se o construto A é capaz de predizer o
comportamento ou construto B.

COMO TESTAR EMPIRICAMENTE AS EVIDÊNCIAS DE VALIDADE


BASEADAS EM MEDIDAS EXTERNAS?

A necessidade de avaliar a relação que um construto tem com outros construtos (ou um
instrumento tem com outros instrumentos) advém da formulação teórica da REDE
NOMOLÓGICA, que refere-se à rede de relações que o construto estabelece com outros
construtos.
Os testes para verificar as associações entre construtos podem ser feitos por meio de
CORRELAÇÕES: correlação dos escores dos testes por técnicas como as correlações
de Pearson ou Spearman. É uma técnica limitada, pois os testes de correlação não são
capazes de definir a rede nomológica de um construto, já que não pressupõe a
direcionalidade entre as variáveis, apenas a informação de que ambos os construtos se
influenciam mutuamente.
Testar validade convergente por meio de correlação não garante que o instrumento mede
adequadamente o construto ao qual se propõe. Para que haja algum grau de segurança na
interpretação da validade convergente, seria importante que o instrumento apresentasse
excelentes evidências de validade de conteúdo.
Embora tenham utilidade limitada para validade convergente, técnicas de
correlação podem ser utilizadas para validade concorrente e para validade é
discriminante. Para validade concorrente, como se trata do mesmo construto mensurado
por dos instrumentos distintos, não há direcionalidade, apenas covariância. Já para a
validade discriminante, como não existe associação esperada, também não deve haver
nenhum sentido de direcionalidade.
MODELAGEM POR EQUAÇÕES ESTRUTURAIS: é possível determinar relações
direcionais entre variáveis dependentes e independentes, mas seus resultados não
suportariam o modelo nem corroborariam os achados das análises de correlação.
Dada sua ampla flexibilidade, a modelagem por equações estruturais permite testar todos
os tipos de validade baseadas em medidas externas em uma única análise. Ex.: testar
validade convergente, discriminante, concorrente e preditiva ao mesmo tempo.

MULTITRAÇO-MULTIMÉTODO (MTMM): técnica baseada em uma matriz de


correlação, por isso não é possível testar a rede nomológica (direcional) entre as
variáveis, o que pode ser entendido como uma limitação da técnica.
Para executar uma matriz MTMM é preciso que o pesquisador colete dados de diferentes
construtos (multitraço) e de diferentes métodos (multimétodo).
Partes do resultado:

Monotraço-Monométodo: avalia a fidedignidade (consistência interna da medida).


Cada traço é avaliado individualmente, não havendo relação entre os diferentes
métodos.

Monotraço-Multimétodo: avaliação do mesmo traço por diferentes métodos, sendo


concebido como uma medida de validade concorrente. Deve haver forte correlação.

Multitraço-Monométodo: avalia a correlação entre os diferentes construtos coletados


por meio do mesmos métodos (validade convergente).

Multitraço-Multimétodo: avalia-se a relação de diferentes traços mensurados por


meio de diferentes técnicas. É uma maneira de avaliar a validade convergente das
medidas, embora, nesse caso, sejam utilizados diferentes métodos de observação. São
esperadas as menores correlações.
Valores de validade concorrente devem sempre superar os valores da validade
convergente.
REFERÊNCIAS
Freitas, C.P.P.F., & Damásio, B. F. (2017). Evidências de validade com base nas
relações com medidas externas: conceituação e problematização. In B. F. Damásio &
J. C. Borsa(Orgs.), Manual de desenvolvimento de instrumentos psicológicos (pp. 85-
100). São Paulo: Vetor.

Potrebbero piacerti anche