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Orientação para Planos

Uma parceria entre a


de Aulas (OPA)
SEEDUC/RJ e o Instituto
Ayrton Senna

Ciências Humanas

Redes, saberes e movimentos

2º ano/4º bimestre

OPA Ciências Humanas - 2°ano /4° bimestre 1


2º ano/4º bimestre
Uma parceria entre a
Orientação para Planos de Aulas
SEEDUC/RJ e o Instituto
Ayrton Senna (OPA)

Ciências Humanas

Redes, saberes e movimentos

Introdução p. 03

Integração na área de Ciências Humanas p. 03

Fatores integradores na área p. 05

Objetivos p. 08

Avaliação p. 08
Sumário

Quadro de competências e conteúdos p. 09

Quadro integrador da área p. 11

Filosofia p. 12

Geografia p.23

Sociologia e História (integração de atividades) p. 30

História p. 38

Sociologia p. 45

OPA Ciências Humanas - 2°ano /4° bimestre 2


Introdução
“A paixão sem a razão é cega, a razão sem a paixão é inativa.”
Baruch Spinoza

“As paixões ensinaram a razão aos homens.”


William Shakespeare

“Se é a razão que faz o homem, é o sentimento que o conduz.”


Jean Jacques Rousseau

Caros professores,

o tema do 4º bimestre do 2º ano da área de Ciências Humanas é “Redes: saberes e


representações” e está inserido no eixo “Redes: saberes e movimentos”. Propõe-se
trabalhar o tema com uma atividade integrada a ser desenvolvida pelos componentes
de História e Sociologia, com contribuições constantes de todos os componentes
curriculares e o propósito comum da área de estimular o protagonismo dos estudantes
na gestão de sua aprendizagem. Os alunos serão convidados a simular debates sobre
projetos de lei em uma situação parlamentar da estrutura política brasileira, no caso a
Câmara Municipal da cidade em que moram, com possibilidade de apresentação da
experiência para funcionários e outras turmas da escola.

Conforme desenvolvem os conteúdos apresentados nesta OPA, os componentes da


área participam da proposta com interferências e referências, além de orientações aos
alunos na criação de métodos e organização de estudos que possibilitem a atividade
integrada – ela será favorecida em Filosofia, por exemplo, pelo trabalho com
argumentação, sobretudo no estudo da razão filosófica, e também, em todos os
componentes da área, pela retomada e intensificação de habilidades que já vêm
sendo contempladas ao longo do ano: leitura e escrita, escrita coletiva, seleção de
informação, busca de fundamentação aos argumentos, planejamento e trabalho em
time.

Integração na área de Ciências


Humanas
“Pensamos como sentimos”.
David Howes

A OPA traz uma modelagem escolar em Ciências Humanas com uma abordagem
integral da educação. Ela é integral na medida em que considera a
multidimensionalidade dos sujeitos, ou seja, os aspectos cognitivos e socioemocionais
e, também, que cada estudante tem uma experiência própria de vida a ser respeitada
no desenvolvimento da aprendizagem escolar.

Outro aspecto da educação integral que consta nesta OPA é o diálogo constante entre
os componentes da área: Filosofia Geografia, História e Sociologia dialogam por
temas afins, mas, sobretudo, por fatores integradores como fazeres comuns e
metodologias integradoras que desenvolvem a aprendizagem dos estudantes a partir
de uma visão da área de Ciências Humanas. A aprendizagem dos estudantes na área
de Ciências Humanas é potencializada a partir de uma concepção fatores integradores
entre os componentes. Os fatores integradores são de diferentes naturezas. Na
educação integral o objetivo sempre é a promoção da aprendizagem dos estudantes
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apropriando-se dos conceitos e categorias da área de Ciências Humanas visando ao
desenvolvimento da autoria, da autonomia e do protagonismo.

O objetivo é a promoção da aprendizagem dos estudantes apropriando-se dos


conceitos e categorias da área de Ciências Humanas visando ao desenvolvimento da
autonomia e do protagonismo. A OPA compreende o conhecimento como situado, que
implica em contextualização e problematização o tempo todo e, além disso, entende
que o conceito, ao contrário da concepção clássica, só tem existência no seio de uma
determinada concepção, ou seja, só tem existência contextualmente. O conceito assim
é um feixe de modelos cognitivos e de contextos culturais, de redes. Esta definição, ou
delimitação, é importante para a educação integral com vistas ao pleno
desenvolvimento da aprendizagem dos estudantes, de sua autonomia e protagonismo.
Para tanto destacamos a abordagem enfatizada nos componentes de área:

 compreender diferentes pontos de vista;


 construir reflexões sobre a condição humana e o seu lugar no mundo;
 reconhecer-se como sujeito da comunidade e da sociedade;
 alteridade no sentido de pertencimento, de empatia e com potência de agir;
 entender a sociedade como fruto da ação que se faz e refaz historicamente

Para ilustrar essa tomada de posição, podemos recorrer às palavras de Maturana


(1998) que, no livro Emoções e Linguagem na Educação e na Política afirma:

O educar se constitui no processo em que a criança ou o adulto convive com


o outro e, ao conviver com o outro, se transforma espontaneamente, de
maneira que seu modo de viver se faz progressivamente mais congruente
com o de outro espaço de convivência. O educar ocorre, portanto, todo o
tempo e de maneira reciproca. Ocorre como uma transformação estrutural
contingente com uma história no conviver, e o resultado disso é que as
pessoas aprendem a viver de uma maneira que se configura de acordo com
o conviver da comunidade em que vivem. A educação como “sistema
educacional” configura um mundo, e os educandos confirmam em seu viver
o mundo que viveram em sua educação. Os educadores, por sua vez,
confirmam o mundo que viveram ao ser educados no educar.

Nayara Leticia Sartori da Silva – Professora de Sociologia, EEB Olga Fin Travi –
Guatambu .

“Para mim a palavra que mais representa o trabalho integrado em área é desafio. O
desafio de encontrar o ponto de ligação entre os conteúdos dos componentes
curriculares. Uns parecem se aproximar mais, outros é preciso um esforço maior
para encontrar a ligação. E se é desafiante aos professores, é bem mais desafiante
aos estudantes. O próprio ato de planejar junto já é um desafio. Há muito tempo
esse planejamento não acontecia. Não por falta de vontade dos professores, mas
pela falta de tempo e oportunidade para essa interação. Oportunidade e tempo
esses que são oferecidos por esse projeto. Trabalhar em área depois de tanto
tempo tendo o conteúdo separado em compartimentos é um processo que leva
tempo mas é absolutamente recompensador. Ao mesmo tempo em que os
professores reaprendem a pensar em área, os estudantes também aprendem a
descompartimentar os conteúdos. A maneira encontrada para realizar esse trabalho
em área, e que nos pareceu mais eficiente – tanto no quesito de conhecimento
quanto de autonomia estudantil -, foi a associação entre o conteúdo geral sugerido
pela OPA e a realidade concreta dos estudantes. “

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Fatores integradores na área
A integração entre os componentes da área, Filosofia, História, Geografia e Sociologia
ocorre mediante diversos e diferentes modos. Um primeiro aspecto integrador é o
tema da série, que no caso do 2º ano é Redes, saberes e movimentos que estabelece
um diálogo entre os conceitos estruturantes da área e categorias: conhecimento,
poder, estado, trabalho, campo, cidade, dinâmica populacional, cidadania, mobilidade
social, desigualdade social, tempo, espaço.

A integração na área de Ciências Humanas também se estabelece mediante fazeres


comuns tais como os procedimentos de pesquisa, os procedimentos de leitura de
textos em diferentes gêneros e procedimentos de registro e de escrita. O objetivo
maior e último da escolaridade é a construção da autonomia do estudante o que
requer o desenvolvimento de competências cognitivas, socioemocionais e
competências híbridas. O desenvolvimento de procedimentos de pesquisa, de leitura e
escrita é condição desse percurso e do itinerário do estudante protagonista em todos
os componentes. Ao longo da OPA os componentes de Filosofia, Geografia, História e
Sociologia ora estão se valendo do mesmo gênero textual ora gêneros diferentes, ora
o mesmo assunto ora assuntos diferentes, mas sempre desenvolvendo procedimentos
de pesquisa, de leitura e escrita, a isso chamamos de integração por fazeres comuns.

As metodologias integradoras também constroem um percurso na área de Ciências


Humanas, de forma recorrente e sistemática Filosofia, Geografia, História e Sociologia
se valem da: problematização, aprendizagem colaborativa, problematização, presença
pedagógica, formação de leitores e produtores de textos na perspectiva dos
multiletramentos e educação por projetos.

O(a) professor(a) ao exercer a presença pedagógica deve estar atento ao fato de que
o trabalho com as linguagens e as mídias que utilizamos são tão importantes quanto
os conceitos da área que queremos que os estudantes aprendam. As linguagens
fazem parte da vida dos conceitos! Não há aprendizagem dos conceitos sem a
mediação da linguagem e de aspectos de natureza socioemocional, isso tudo forma
um continuum que requer atuação e mediação do professor; numa expressão: a
presença pedagógica. A presença pedagógica requer que o professor esteja atento
aos estudantes e ao desenvolvimento das habilidades pelos mesmos, fazendo
destaques, retomando, problematizando, devolvendo as perguntas, propondo o
diálogo mediante a constante circulação da palavra. Esse trabalho de observação do
professor do percurso coletivo e individual dos estudantes acerca da pauta tanto
cognitiva e socioemocional permite uma atuação que vai mediando e modulando a
aprendizagem dos estudantes tendo como pano de fundo e último objetivo a
construção da autonomia. Os conceitos da área, os procedimentos, as metodologias
integradoras, as competências visam em última instância o desenvolvimento da atitude
protagonista do estudante e sobretudo sua autonomia. O olhar atento do professor
para o percurso dos estudantes (coletivo e individual) é o primeiro passo que permite
ações que transformem pela mediação a aprendizagem. O chamado ensino híbrido
antes de requerer artefatos tecnológicos consiste no princípio do estudante ser co-
autor da aula. Portanto, a simples e fundamental circulação da palavra na aula
mediada pelo professor envolve duas metodologias integradoras :a presença
pedagógica e a prática do ensino hibrido. Sendo esse procedimento, a circulação da
palavra com reflexão, é recorrente em Filosofia, Geografia, História e Sociologia.

Destaca-se aqui que a aprendizagem mora nos “nós “das redes, ou seja, nos
diferentes pontos de vista, e que cada vez mais fundamentados e referenciados são
excelentes companheiros do conhecimento e da aprendizagem na área de Ciências
Humanas.

OPA Ciências Humanas - 2°ano /4° bimestre 5


Aqui temos outro fator integrador na área de Ciências Humanas: a desconstrução de
verdades. Em Ciências Humanas a sala de aula e a escola do ensino médio deve ser
compreendida como um corpo de diferentes sujeitos e atores organizados em uma
comunidade de aprendizagem envolvida na construção de sentidos, num constante
movimento de desnaturalização de saberes consagrados.

Para isso a OPA propõe em todos os componentes evitar os absolutismos, as


verdades definitivas sem argumentação. Desconstruir verdades é problematizar, a
problematização é, em si, uma metodologia integradora e também uma competência
para o século 21, um saber, uma competência hibrida que contém aspectos tanto
cognitivos quanto socioemocionais. A desconstrução de verdades além de ser uma
exigência epistemológica da área, por permitir ver a complexidade dos fenômenos, é
construída no dia a dia, num hábito que se desenvolve e é condição para a construção
da autonomia. A problematização e a ação problematizadora do professor – que
integram sua presença pedagógica – colocam em suspensão verdades prontas. A
problematização pode ser feita através da contextualização: um dos modos de se
problematizar é contextualizar, o conhecimento é sempre situado, sempre com um
autor, um contexto, um lugar, um tempo, um ponto de vista, um nó na rede.

Outro fator integrador na área de Ciências Humanas são as competências para o


século 21: pensamento crítico, colaboração, resolução de problemas, comunicação,
responsabilidade e abertura para o novo, com vistas ao desenvolvimento da
autonomia do estudante. Estas competências estão presentes o tempo todo ao longo
das diversificadas propostas de atividades dos componentes.

Por fim, outro fator integrador na área é a avaliação. A avaliação como modulação do
desenvolvimento das competências e das habilidades dos estudantes, como prática da
presença pedagógica e sempre a favor da aprendizagem. Avaliação como rubrica e
monitoramento do desenvolvimento das habilidades, com devolutivas claras e
objetivas; exercendo uma pratica que favoreça a compreensão do percurso do
estudante, nunca punitiva e sempre promovendo a reflexão e considerando a auto
avaliação. Assim, transforma-se a avaliação em aliada no percurso formativo.

Educação Integral na prática: relato do projeto “Um olhar crítico sobre


Chapecó/SC”. Ana Paula Wizniewski, professora de Sociologia

“Educação Integral, uma nova maneira de ensinar e aprender, um novo horizonte na


Educação Brasileira! Um horizonte cheio de desafios para transformar de fato a
Educação Básica.

A Educação Integral trabalha para além dos conteúdos tradicionais de sala de aula,
pois, envolve o estudante em todas as suas dimensões, seja social, emocional ou
cognitiva. Dessa maneira, o estudante torna-se o protagonista da produção de
conhecimento e o professor seu mediador.

Esse protagonismo é experimentado a partir das competências para o século XXI, em


que o estudante desenvolve habilidades como autoconhecimento, abertura para o
novo, colaboração, comunicação, criatividade, pensamento crítico, resolução de
problemas e responsabilidade.

Dessa maneira, acredita-se que através dessas competências o estudante está apto
a enfrentar os desafios da sociedade e buscar as soluções para os mesmos. Sendo
assim, a Educação Integral transforma o estudante em um jovem ativo no seu meio,
que reivindica seus direitos, que luta e transforma a sociedade para mais igualitária,
relativizando as diferenças e valorizando a diversidade.

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Contudo, os docentes também desenvolvem o protagonismo, através das
metodologias integradoras, sendo elas, aprendizagem colaborativa, leitura e produção
de textos na perspectiva dos multiletramentos, presença pedagógica e
problematização. É papel do docente estimular a aprendizagem em times, fazer com
que os estudantes apoiem uns aos outros para superar os desafios, estimular a leitura
e a produção crítica, incentivar a participação do estudante no processo de
aprendizagem, criando desafios e questões problematizadoras, sem entregar as
respostas prontas. Tudo isso é realizado por meio da interação entre docente e
estudante, ou seja, do estabelecimento de um vínculo que promova o acolhimento,
sem perder a exigência e o compromisso com a aprendizagem.

A Educação Integral permite os docentes trabalharem coletivamente com a área, pois,


possui duas (02) aulas semanais de Planejamento por Área Coletivo. Esse
planejamento baseia-se em articular e integrar os componentes curriculares da área,
além de ser o espaço para elaboração de projetos e estratégias a serem
desenvolvidas com os estudantes.

Na EEB Coronel Ernesto Bertaso em Chapecó, durante os planejamentos por área foi
elaborado o Projeto “Um olhar crítico sobre Chapecó/SC”. A articulação do Projeto,
primeiramente, esteve voltada ao fato da integração dos componentes, ou seja,
pensou-se em fatores que pudessem integrar as disciplinas.

Esses fatores integradores estiveram voltados a um fato comum, sendo ele,


possibilitar que o estudante desenvolva um olhar crítico sobre a cidade de Chapecó,
oportunizando assim, uma visão diferenciada sobre a mesma, que vise o
reconhecimento e a valorização do verdadeiro desbravador Chapecoense: o indígena.
Dessa maneira, pensando coletivamente cada componente trabalhou com um tema
referente à cidade, sendo que, ao final chegava-se ao destino, nesse caso, o fato
comum.

Esses temas trabalhados por cada componente não eram isolados, ao contrário,
tinham relação um com o outro. Por exemplo, focando no fato comum, a disciplina de
História trabalhou com a colonização da cidade de Chapecó; Geografia ficou com o
território, expansão geográfica e fronteiras da cidade; Sociologia trabalhou com as
identidades sociais e culturais do povo Chapecoense (preconceitos, discriminações e
a segregação em relação aos indígenas) e Filosofia contemplou a concepção
filosófica da formação da cidade. Cada um dos temas traçava os caminhos para o
fato comum, como se fossem estradas que se unem e conduzem ao mesmo local.

Para a articulação do Projeto, foi necessária uma transposição da OPA (Orientações


para Planos de Aulas) para o contexto local. Dessa maneira, pensando coletivamente
cada componente adaptou o tema trabalhado no Projeto em sua OPA, fazendo com
que o tema fosse um complemento do assunto abordado na mesma, ou seja,
interligando o mesmo com os conteúdos trazidos pela OPA. Dessa maneira, não se
deixou de trabalhar com a OPA, apenas fez-se modificações e adaptações para a
inclusão do Projeto de Área. Fato esse, que não alterou na aprendizagem dos
estudantes, ao contrário, incorporou ainda mais conhecimentos.

O Projeto foi aplicado com sucesso, sempre pensando no protagonismo juvenil.


Acredita-se que conseguimos chegar ao fato comum, através do desenvolvimento das
metodologias integradoras, da experimentação das competências para o século XXI,
bem como, do incentivo para que o estudante transforme a sua visão sobre a cidade
de Chapecó, visão essa, sem preconceitos, discriminações ou intolerância.

Dentre tantas conquistas e desafios superados, pode-se afirmar que o ano de 2017,
sendo o ano pioneiro da Educação Integral para o Estado de Santa Catarina, foi um
grande ano. Acredita-se que a sementinha da transformação da Educação Brasileira
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foi plantada, basta agora, cuidar para que ela dê bons frutos e continue modificando
para melhor os jovens estudantes.

Portanto, é através da Educação Integral que uma escola e até mesmo a sociedade
se transforma. Afinal, é com a Educação Integral que o jovem se torna mais crítico,
mais ativo no contexto em que vive, mais questionador e problematizador, visando
uma sociedade mais igualitária e com as mesmas oportunidades para todas as
pessoas.

Objetivos
A proposta visa a sistematizar aprendizagens dos bimestres anteriores, estabelecendo
relações com aquelas desenvolvidas nos componentes do Núcleo, de modo a:

 Reconhecer os jovens como protagonistas; as potencialidades juvenis na gestão


de sua aprendizagem e na resolução de problemas de natureza complexa; a
juventude como portadora de liberdade na construção de si e do universo de que
faz parte; e o jovem compromissado com a sua própria vida e com o bem comum;
 Desenvolver situações de aprendizagem colaborativa; e
 Criar relação de ensino e aprendizagem por meio do professor mediador
(problematização, ampliação e construção de conhecimentos dos alunos).

As ações também têm o propósito de dar continuidade aos estudos do ano anterior e
ampliá-los, atendendo às referências estabelecidas nos Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCNs) – Ciências Humanas e suas Tecnologias e a Matriz de
Competências para o Século 21.

E busca-se, por fim, incorporar ao trabalho proposto as questões dos professores


advindas de suas práticas cotidianas em reflexões sobre o ensino/aprendizagem e o
conhecimento, entendidas como um fazer constante na interação de saberes com
estudantes, professores e todos os envolvidos na construção deste projeto
educacional.

Avaliação
Toda avaliação é sempre diagnóstica. Assim, qualquer instrumento de avaliação serve
para identificar o repertório dos alunos (seja na introdução de um tema novo, no
diagnóstico do desenvolvimento da aprendizagem, ou na sistematização). Em
qualquer desses momentos – inicial, de desenvolvimento ou de sistematização –, a
avaliação serve para replanejar o percurso regulado pela aprendizagem do aluno.

OPA Ciências Humanas - 2°ano /4° bimestre 8


Atividades
Os quadros a seguir explicitam as referências para o bimestre e como se alinham a
elas os conteúdos, competências, metodologias, gestão do ensino e da aprendizagem
e procedimentos de avaliação.

Quadro de competências e
conteúdos
Filosofia Geografia História Sociologia
- Dominar a) analisar o processo Eixos cognitivos: Eixos cognitivos:
linguagens (DL): histórico de crescimento Dominar linguagens Dominar
dominar a norma populacional em diferentes (DL): dominar a norma linguagens (DL):
culta da Língua escalas, identificando culta da Língua dominar a norma
Portuguesa e fazer processos de mudança na Portuguesa e fazer uso culta da Língua
uso das linguagens dinâmica demográfica; das linguagens Portuguesa e fazer
matemática, b) identificar e compreender matemática, artística e uso das linguagens
artística e científica,
os princípios fundamentais científica, e das línguas matemática,
e das línguas das teorias demográficas, espanhola e inglesa. artística e científica,
espanhola e inglesa. relacionando-as às questões e das línguas
atuais relativas ao Enfrentar situações- espanhola e inglesa.
Enfrentar crescimento populacional e problema (SP):
situações- às questões ambientais; selecionar, organizar, Enfrentar
problema (SP): c) analisar e diferenciar a relacionar, interpretar situações-
selecionar, dinâmica das estruturas da dados e informações problema (SP):
organizar, população, nos países representados de selecionar,
relacionar, centrais e periféricos, e diferentes formas, para organizar,
interpretar dados e discutir problemas como o tomar decisões e enfrentar relacionar,
informações envelhecimento da situações-problema. interpretar dados e
representados de população, o desemprego informações
diferentes formas, em escala mundial, regional Construir argumentação representados de
para tomar decisões e local, etc.; (CA): relacionar diferentes formas,
Matriz de e enfrentar d) identificar os principais informações para tomar decisões
competência situações-problema. fluxos migratórios atuais, em representadas em e enfrentar
do ENEM diferentes escalas, diferentes formas e situações-problema.
Construir analisando-os em diversos conhecimentos,
argumentação contextos socioeconômicos, disponíveis em situações Construir
(CA): relacionar políticos e culturais; concretas, para construir argumentação
informações e) analisar criticamente os argumentação consistente. (CA): relacionar
representadas em conflitos étnico-nacionalistas informações
diferentes formas e e separatistas, o racismo e a Competência de área 2 - representadas em
conhecimentos, xenofobia no contexto dos Compreender as diferentes formas e
disponíveis em movimentos atuais das transformações dos conhecimentos,
situações concretas, populações; espaços geográficos como disponíveis em
para construir f) identificar os principais produto das relações situações concretas,
argumentação fluxos migratórios no Brasil, socioeconômicas e para construir
consistente. destacando os seus culturais de poder. argumentação
respectivos contextos e consistente.
reconhecendo a diversidade H8 - Analisar a ação dos
étnica do povo brasileiro. estados nacionais no que Competência de
se refere à dinâmica dos área 1 -
fluxos populacionais e no Compreender os
enfrentamento de elementos culturais
problemas de ordem que constituem as
econômico-social. identidades.
OPA Ciências Humanas - 2°ano /4° bimestre 9
H9 - Comparar o H4- Comparar
significado histórico- pontos de vista
geográfico das expressos em
organizações políticas e diferentes fontes
socioeconômicas em sobre determinado
escala local, regional ou aspecto da cultura.
mundial.
Competência de
H10 - Reconhecer a área 3 -
dinâmica da organização Compreender a
dos movimentos sociais e produção e o papel
a importância da histórico das
participação da instituições sociais,
coletividade na políticas e
transformação da econômicas,
realidade histórico- associando-as aos
geográfica. diferentes grupos,
conflitos e
Competência de área 3 - movimentos sociais.
Compreender a produção
e o papel histórico das H14- Comparar
instituições sociais, diferentes pontos de
políticas e econômicas, vista, presentes em
associando-as aos textos analíticos e
diferentes grupos, conflitos interpretativos,
e movimentos sociais. sobre situação ou
fatos de natureza
H11 - Identificar registros histórico-geográfica
de práticas de grupos acerca das
sociais no tempo e no instituições sociais,
espaço. políticas e
econômicas.
H12 - Analisar o papel da
Competência de
justiça como instituição na
organização das área 5 - Utilizar os
sociedades. conhecimentos
históricos para
H13 - Analisar a atuação compreender e
dos movimentos sociais valorizar os
que contribuíram para fundamentos da
mudanças ou rupturas em cidadania e da
processos de disputa pelo democracia,
poder. favorecendo uma
atuação consciente
do indivíduo na
sociedade.

H22 - Analisar as
lutas sociais e
conquistas obtidas
no que se refere às
mudanças nas
legislações ou nas
políticas públicas.

H25 – Identificar
estratégias que
promovam formas
de inclusão social.

OPA Ciências Humanas - 2°ano /4° bimestre 10


Competência de área 2 - Compreender as transformações dos espaços geográficos como produto das
Competências relações socioeconômicas e culturais de poder.
Competência de área 3 - Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais,
do Enem
políticas e econômicas, associando-as aos diferentes grupos, conflitos e movimentos sociais.
comuns a
Competência de área 5 - Utilizar os conhecimentos históricos para compreender e valorizar os
todas as áreas fundamentos da cidadania e da democracia, favorecendo uma atuação consciente do indivíduo na
sociedade.
Matriz de Curiosidade, pensamento crítico, resolução de problemas-dimensão do Conhecer
Competências Colaboração, comunicação e liderança - dimensão do Conviver
para o Século Gestão de processos (pessoais e coletivos) - dimensão do Fazer
21

Quadro integrador da área


Filosofia Geografia História Sociologia
O que é razão? As revoltas no período Quais os limites para o O que é desigualdade
Quais as atitudes regencial ameaçaram o crescimento social?
racionais? controle político federal populacional? Qual a diferença entre
Quais as quatro pelo Estado Imperial Quais os problemas classe social e
causas da razão? Brasileiro? decorrentes do estratificação?
Quais os princípios As oligarquias crescimento populacional O que é identidade de
da razão brasileiras locais negativo? gênero?
aristotélica e a saíram fortalecidas Por que o Brasil está Qual a relação entre
contemporânea? politicamente das "envelhecendo"? desigualdade e
Perguntas revoltas regenciais? Como analisar o etnia/cor/raça?
norteadoras Quais eram as desenvolvimento O que são políticas
características dos econômico de um país a afirmativas?
partidos políticos que partir de dados
disputavam o poder no demográficos?
Brasil Império? Quais causas explicam
Quais as funções dos os diversos fluxos
poderes na Monarquia populacionais do Brasil?
constitucional do
período imperial?

Competência de área 2 - Compreender as transformações dos espaços geográficos como


produto das relações socioeconômicas e culturais de poder.

H8 - Analisar a ação dos estados nacionais no que se refere à dinâmica dos fluxos populacionais e
no enfrentamento de problemas de ordem econômico-social.
H9 - Comparar o significado histórico-geográfico das organizações políticas e socioeconômicas em
escala local, regional ou mundial.
Competências H10 - Reconhecer a dinâmica da organização dos movimentos sociais e a importância da
de área de participação da coletividade na transformação da realidade histórico-geográfica.
Ciências
Humanas Competência de área 3 - Compreender a produção e o papel histórico das instituições
sociais, políticas e econômicas, associando-as aos diferentes grupos, conflitos e
movimentos sociais.

H11 - Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço.


H12 - Analisar o papel da justiça como instituição na organização das sociedades.
H13 - Analisar a atuação dos movimentos sociais que contribuíram para mudanças ou rupturas em
processos de disputa pelo poder.

Metodologias Presença pedagógica, aprendizagem colaborativa, problematização, formação de leitores e


integradoras produtores de texto na perspectiva dos multiletramentos, educação por projetos.

OPA Ciências Humanas - 2°ano /4° bimestre 11


Filosofia
Eixo do 2º ano: Redes, saberes e movimentos.

Tema do bimestre: Razão e racionalidades em diferentes tempos.

Resumo: Neste 4º bimestre do 2º ano vamos refletir sobre a RAZÃO, problematizando


o conceito com base nas competências e habilidades das referências curriculares e na
produção dos alunos.

Atividade exemplar

Para desenvolver a atividade é necessário compreender e considerar: o método de


investigação científica; a classificação da ciência; a natureza da explicação da
realidade; o papel da ciência e sua utilização na sociedade.

 Primeira etapa: Identificar o tema proposto nas referências oficiais, e suas


habilidades e competências.

 Segunda etapa: Pesquisar e selecionar recursos didáticos de diferentes linguagens


para desenvolver as atividades, como autor a ser trabalhado e exercícios, textos e
vídeos sobre o tema, dentre outros recursos.

Algumas referências de pesquisa

Vídeos:

 Café Filosófico: Ação e Razão - Marco Zingano - Disponível em: bit.ly/acao-razao .


Acesso em 20/11/2017.
 Empirismo e Ceticismo - David Hume - Disponível em: bit.ly/empirismo-ceticismo .
Acesso em 20/11/2017.

Blogs educacionais:

 Aristóteles e o papel da razão: Nada está no intelecto antes de ter passado pelos
sentidos... - Disponível em: bit.ly/aristoteles-razao . Acesso em 20/11/2017.
 O CONCEITO 'RAZÃO' – Disponível em: bit.ly/conceito-razao . Acesso em
20/11/2017.

Mapa de Atividades
Duração
Nome Resumo Página
prevista
Estudo e problematização da razão
Diferentes
Atividade filosófica, da racionalidade e das
saberes e 8 aulas p. 13
1 atitudes racionais, relacionando
representações
com vida cotidiana do estudante .

OPA Ciências Humanas - 2°ano /4° bimestre 12


Atividade 1
Diferentes saberes e representações
Estudo e problematização da razão filosófica, da racionalidade
Resumo e das atitudes racionais, relacionando com vida cotidiana do
estudante .
Compreender a ideia de analogia; ser capaz de distinguir as
atitudes racionais; refletir sobre os quatro princípios da razão e
as quatro causas aristotélicas; estabelecer relações dos
conteúdos estudados com a vida cotidiana; ser capaz de
Objetivos
conviver, conhecer e fazer atividades de produção
colaborativa; elaborar uma reflexão escrita sobre as ideias
debatidas no curso; resolver os exercícios presentes nas fichas
de atividades.

Organização da turma Em círculo e em times.

Recursos e Textos de blogs


providências Fichas do Caderno do Estudante.

Duração Prevista 8 aulas

Gestão da aula

Vide modelo proposto em OPAs anteriores de Ciências Humanas.

Professor, a seguir compartilhamos algumas considerações sobre o percurso proposto


no desenvolvimento.

Percurso de Preparação do material de apoio:

1. Definidos o tema e as expectativas, elaborar perguntas e respondê-las para chegar à


escolha da abordagem, alguns exemplos:

a. Quais compreensões do conceito de Razão são fundamentais para estudar com


os alunos?
b. Quais os autores que melhor trabalham este conceito?
c. Quais relações podemos estabelecer com o cotidiano dos alunos para que o
conteúdo faça sentido?
d. Como relaciono o conteúdo com as habilidades e competências do Enem?
e. Como desenvolvo as habilidade e competências do Enem a partir do conteúdo?
f. Quais competências socioemocionais vamos trabalhar neste bimestre?
g. Quais os objetivos das atividades?
h. O que considerar na avaliação?

Elaboração do cronograma: tempo e passo a passo.

 O aulas proposta em sala de aula: sensibilização para o tema, pesquisa, definição


de conceitos, o método cientifico e a avaliação do percurso.
 Duas aulas nos horários de estudos orientados para: leitura de texto e preparação
para aula.

OPA Ciências Humanas - 2°ano /4° bimestre 13


Elaboração da proposta de atividades:

 Inserção dos recursos selecionados.


 Lapidação da proposta: escolha de alguns recursos em vez de outros; reflexão
sobre o itinerário e sua aplicação.
 Revisão e finalização da proposta: rever passo a passo, recursos, fontes e
avaliação.

Propostas específicas da disciplina

Atividades Aulas Objetivos/ações/produções


1. Apresentação e Explicar, argumentar e construir o plano de curso
elaboração do 1 (objetivos formativos e peso das avaliações) com os
plano de curso. alunos.
2. Retomada de
estudos para
1 Aplicação de ficha de exercício de conhecimento prévio.
introdução do
tema do bimestre.
Apresentar à turma o conceito de atitudes racionais;
3. Razão filosófica: refletir, por meio de exercícios, sobre exemplos das
1
atitudes racionais. atitudes; e sensibilizar os alunos para o
desenvolvimento da produção colaborativa.
4. Os quatro
Debater e apreender os princípios formais que garantem
princípios da razão 1
a coerência.
filosófica.
5. As quatro
causas de Discutir as quatro causas de Aristóteles e relacioná-las
Aristóteles e 2 com a racionalidade contemporânea conforme a visão
Jürgen Habermas de Habermas sobre razão.
e a razão.
Avaliar a aprendizagem dos alunos e as competências
6. Avaliação e socioemocionais, por meio das questões do ENEM e
2
autoavaliação. autoavaliação; desenvolver a compreensão da
aprendizagem no estudante.

Estabelecer e registrar o tempo de execução da proposta, forma de avaliação, material


utilizado, objetivos da atividade e competências socioemocionais, e gestão de sala de
aula.

Desenvolvimento

1º aula

 Etapas do Protagonismo envolvidas: mobilização; iniciativa; planejamento.

1. Inicie a aula com a exibição da música de Raul Seixas – Metamorfose Ambulante


(dependendo do tempo e concentração da turma, a opção pode ser por um trecho da
música). Se houver conexão de internet, é importante solicitar que os alunos escutem
a música e identifiquem os assuntos presentes, anotando o que mais chama a atenção
e sintetizando a mensagem da música.

Metamorfose Ambulante
Disponível em: bit.ly/raul-seixas-ma. Acesso em nov de 2017.

OPA Ciências Humanas - 2°ano /4° bimestre 14


2. Ao término da exibição da música, anote no quadro negro as ideias que os alunos
escreveram no caderno. Faça algumas perguntas e deixe que os próprios alunos
respondam. Por exemplo:

 O que a música tem a ver com Razão?


 O que é razão?
 Porque dizemos que somos seres racionais?
 Nossa época (a contemporaneidade) é regida pela razão?

Presença pedagógica: É importante não responder às perguntas, mas deixar que os


alunos reflitam a fim de estimular a curiosidade. Peça que anotem as perguntas no
caderno e diga que ao final do bimestre elas serão retomadas para que todos
consigam elucidar as questões.

3. Anuncie que o conteúdo de estudo do bimestre será problematizar a Razão e prossiga


com o procedimento comum da área: apresentar o Plano de estudos aos seus
alunos, destacando as expectativas do bimestre, o assunto a ser desenvolvido, o tema
do bimestre, a dinâmica das aulas (com leitura de textos, uso de fichas para os
estudos orientados, momentos de avaliação e seus instrumentos – fichas e prova).
Detalhe o que ocorrerá nas oito aulas previstas, problematize o tema e entregue as
Fichas 1 e 2 do Caderno do Estudante para as próximas duas aulas. (Professor as
oito aulas prevista na OPA podem ser ampliadas dependo do perfil da turma, se for
necessário a atividade proposta para uma aula pode se desenvolvida em duas.
Considere as oito aulas como atividades exemplar, e portanto, não corresponde a
todos os tempos do bimestre. A ideia é que o professor desenvolva os outros tempos
no planejamento considerando os fatores de integração e exercitando a autoria
docente.)

Insumos para o Passo 3:

 Eixo temático do ano: Redes: saberes e movimentos; Tema do bimestre: Razão e


racionalidade e em diferentes tempos.
 Conteúdo a ser apreendido: Problematizar o conceito de razão. Explique o que é
problematizar e o que é conceito.
 Habilidades/competências envolvidas no estudo: situar e discutir os limites da
noção de razão na modernidade; reconhecer as diferenças entre ciência e
cientificismo; identificar e analisar as finalidades da escola como espaço de
democratização do saber e de construção do conhecimento.
 Habilidades/competências socioemocionais:

 Responsabilidade (capacidade de agir de forma organizada, perseverante e


eficiente na busca de objetivos, mesmo em situações adversas): O aluno vai
preparado para as aulas? Permanece comprometido com seus objetivos mesmo
que levem muito tempo para serem alcançados?
 Pensamento crítico (capacidade de analisar ideias e fatos em profundidade,
investigando os elementos que os constituem e as conexões entre eles, utilizando
conhecimentos prévios e formulando sínteses): O aluno consegue observar o
significado e significância a uma dada inferência ou argumento? Consegue
determinar se há justificativa adequada para aceitar a conclusão?
 Resolução de problemas (capacidade de identificar problemas, desenvolver e
lançar mão de conhecimentos e estratégias diversas para resolvê-los, bem como de
aprender com o processo, aplicando as soluções em outros contextos): O aluno
consegue utilizar métodos e/ou raciocínios de maneira a solucionar os problemas
específicos das atividades propostas?

OPA Ciências Humanas - 2°ano /4° bimestre 15


Expectativas/objetivos de aprendizagem:

 Compreender a ideia de analogia;


 Compreender e ser capaz de distinguir as atitudes racionais;
 Compreender e refletir sobre os quatro princípios da razão;
 Compreender e refletir sobre as quatro causas aristotélicas;
 Estabelecer relações dos conteúdos estudados com a vida cotidiana;
 Ser capaz de conviver, conhecer e fazer atividades de produção colaborativa;
 Elaborar uma reflexão escrita sobre as ideias debatidas no curso;
 Resolver os exercícios presentes nas fichas de atividades;
 Entender o objetivo do curso e sua aplicação na vida;
 Desenvolver a competência socioemocional de responsabilidade;
 Desenvolver a competência socioemocional de pensamento crítico;
 Desenvolver a competência socioemocional de resolução de problemas.

Peso de cada atividade

Professor segue algumas sugest:

 Instrumento 1: Ficha 1 – peso 1.0;


 Instrumento 2: Participação em aula e execução das atividades em sala – peso 1.0;
 Instrumento 3: Ficha 2 – peso 1.5;
 Instrumento 4: Ficha 3 – peso 1.5;
 Instrumento 5: Avaliação das questões do Enem – peso 3.0, questões reflexivas –
peso 1,5 e autoavaliação – peso 1,5.

A partir dos objetivos apresentados, faça um combinado com os alunos de que, no


final do curso, será avaliado o que cada um apreendeu, como apreendeu, o que não
apreendeu e por que acredita que não apreendeu.

4. Solicite a dois alunos uma avaliação da aula: pergunte se entenderam o percurso de


estudo do bimestre; se conseguem identificar nesse percurso a necessidade de todos
se comprometerem para que as atividades ocorram; e se conseguem observar o
estímulo ao protagonismo deles no ato de compreenderem o plano de estudos (os
objetivos da aprendizagem, como ela se dará e como serão avaliados). Também
explique que faz parte do curso o objetivo de “articular conhecimentos filosóficos e
diferentes conteúdos de modos discursivos nas ciências humanas e em outras
produções”, ou seja, que a exposição e discussão do percurso de estudos não é aula
perdida, mas que visa a desenvolver neles, alunos, a autonomia na busca de
conhecimentos.

2º aula

 Etapas do Protagonismo envolvidas: mobilização e iniciativa.

1. Inicie o encontro escrevendo a pauta e a data no quadro (retomada de estudos e


introdução do tema do 4º bimestre).

Peça para os alunos sentarem em duplas e realizarem o preenchimento da Ficha 1,


que consiste em uma atividade de sensibilização para o tema e levantamento do
conhecimento prévio dos alunos. Esclareça dúvidas sobre a ficha. É importante
administrar o tempo da atividade para fazer um fechamento, então limite o tempo de
preenchimento da ficha.

2. Acompanhe os alunos na realização dos exercícios: circule pela sala e esclareça


dúvidas.

OPA Ciências Humanas - 2°ano /4° bimestre 16


3. Após o término do tempo previsto, solicite que os alunos socializem as respostas e
introduza o tema da atitude racional, explicando que analogia é uma das modalidades
e que, na próxima aula, o assunto será desenvolvido.

Insumos para o Passo 3

2 Guitarra cordas piano TECLA

3 Primavera primaveril verão VERANIL

4 Mar marítimo rio FLUVIAL

5 Pulmão pulmonar rim RENAL

6 Imperador imperial faraó FARAONICO

7 Cobre cúprico enxofre SULFÍDRICO

8 Porco leitão cavalo POTRINHO

9 Fome esfomeado sede SEDENTE

10 Sol heliocêntrico terra GEOCÊNTRICO

Disponível em http://bit.ly/RazaoFilosofica. Acesso em jan. de 2018

4. Reserve os cinco minutos finais da aula para recolher a ficha e/ou fazer avaliação da
aula.

3ª aula

 Etapas do Protagonismo envolvidas: execução.

1. Inicie o encontro escrevendo a pauta (Razão filosófica – atitudes racionais), o objetivo


(apresentar à turma o conceito de atitudes racionais; refletir, por meio de exercícios,
sobre exemplos das atitudes; e sensibilizar os alunos para o desenvolvimento da
produção colaborativa) e a data no quadro.

2. Devolva aos alunos a Ficha 1 que eles preencheram.

3. Anuncie que eles trabalharão com a Ficha 2 (anexo), que consiste em explicar o
conceito de razão.

Avaliação: (Sugestão) Entrega de atividade em grupo, para nota, com peso


estipulado pelo professor.

4. Oriente a Parte 1 da Ficha 2, lendo com os alunos algumas atitudes descritas que
podem prejudicar a atitude racional. Esclareça que não significa que são erradas, mas
podem impedir a liberdade de pensar para se chegar a um conhecimento sobre o fato.

Insumos para exemplificar o que prejudica a atitude racional:

 Senso comum: O conhecimento construído de forma espontânea, sem


sistematização e reflexão crítica, pode levar a atitudes, preconceitos e
comportamentos como racismo, homofobia, machismo, bullying, etc.

OPA Ciências Humanas - 2°ano /4° bimestre 17


 Emoções, sentimentos, paixões: Podem levar a vícios, violência etc., prejudiciais
à atitude racional; contudo, também podem gerar atitudes belíssimas, magnânimas,
honrosas.
 Fé: A história oferece exemplos no passado e no presente, como a antiga
inquisição no mundo cristão e, no mundo atual, o radicalismo islâmico (homens-
bombas, agressão às mulheres etc.). Outro exemplo nesse sentido é ser enganado
por líderes religiosos, deixando de lado a atitude crítica e o questionamento. Contudo,
como diz Freud “as ideias religiosas no sentido mais amplo são tidas como o mais
precioso patrimônio cultural...1”.
 Êxtase místico: Arrebatamento cristão (visões, profecias), abdução, experiências
místicas.
 Dogma: A atitude dogmática pressupõe uma única verdade, que pode ser dirigida à
crença em Deus, à transubstanciação, à teoria da evolução, dentre outras. A revista
Nature, por exemplo, traz estas afirmações dos evolucionistas Paul Erlichand e L.C.
Birch:

A nossa teoria da evolução se tornou uma teoria... que não pode ser refutada por
quaisquer observações. Cada observação concebível pode ser encaixada nela. Assim,
ela está ‘fora da ciência empírica’, mas não necessariamente falsa. Ninguém pode
pensar em meios de como testá-la. As ideias, ou sem base ou baseadas em alguns
experimentos de laboratório realizados em sistemas extremamente simplificados,
conseguiram aceitação muito além de sua validade. Elas se tornaram parte de um
dogma evolucionário aceito pela maior parte de nós como parte de nosso
treinamento. A cura, para nós, não parece ser descartar a teoria da síntese
evolucionária moderna, mas ter mais ceticismo sobre muitos dos seus princípios (Paul
Ehrlichand L. C. Birch, na revista Nature 214, 349 – 352, 22 de abril de 1967, p. 352).

Sobre o dogmatismo, o socialista José Mujica, presidente do Uruguai, afirma:

O dogmatismo é uma doença crônica da esquerda latino-americana. Acreditamos que


somos possuidores de uma verdade absoluta. A esquerda tem a doença de sempre
ser apaixonada pelos modelos em que acredita. Mas se penso que meu vizinho deve
pensar como eu, estamos fritos.

Disponível em bit.ly/dogmatismoMujica. Acesso em jan. de 2018.

Marx, Engels, Gramsci, Che Guevara e outros ícones do marxismo são vistos por
alguns, nos setores acadêmico, sindical ou político-partidário, como os portadores da
única verdade.

 Anacronismo: Um exemplo seria condenar a escravidão ou o machismo grego a


partir do modelo democrático atual ou, também, significa querer aplicar uma ideia ou
recurso sem considerar o contexto de seus avanços: usar a velha caderneta escolar,
ou usar o mapa com limites do território brasileiro atual para representar um fenômeno
ocorrido no período colonial.

Passo 5 – Oriente a Parte 2 da Ficha 2, que os alunos realizarão em duplas nas


aulas de Estudos Orientados. Solicite que preencham as atitudes com exemplos.

4ª aula

1FREUD, Sigmund. O futuro de uma ilusão. Obras Completas. Vol 17. Cia das Letras. 1º
Edição. 2015.

OPA Ciências Humanas - 2°ano /4° bimestre 18


 Etapas do Protagonismo envolvidas: execução.

1. Inicie o encontro escrevendo a pauta (Razão filosófica – os quatro princípios da


razão),o objetivo (Debater e apreender os princípios formais que garantem a
coerência) e a data no quadro.

2. Recolha a ficha 02 trabalhada na aula anterior e nos estudos orientados.

3. Distribua a Ficha 03 do Caderno do Estudante. Explique e organize o


desenvolvimento da atividade.

4. Faça a leitura mediada do texto da Parte 1 da Ficha 03, explicando os conceitos e


exemplificando-os.

5. Solicite aos alunos que resolvam alguns exercícios da Parte 2 da Ficha 03. Reserve
um tempo da aula para corrigir alguns deles, a fim de esclarecer dúvidas; depois,
solicite que terminem nos Estudos Orientados e entreguem na próxima aula. Se
houver possibilidade (internet e tempo nos Estudos Orientados), sugira que eles
assistam à seguinte vídeoaula:

Café Filosófico: Ação e Razão - Marco Zingano - Disponível em: bit.ly/acao-razao .


Acesso em nov. de 2017.

Insumos para o Passo 5 (Parte 2 da Ficha 03):

1. Identifique se as partes sublinhadas referem-se a causa ou efeito:

a. Podemos perder a nossa identidade cultural se não preservarmos o patrimônio


histórico, material e imaterial. EFEITO
b. Por terem falado alto, foram repreendidos. CAUSA
c. Como você estava cansado, não quis contar-lhe o ocorrido. CAUSA
d. Estudei muito porque o concurso seria difícil. CAUSA
e. Tanto insistiu que foi promovida. EFEITO
f. Ela não estudava porque a escola ficava longe. CAUSA
g. O professor determinou que se fizesse a avaliação por necessitar de nota.
CAUSA
2. Oriente os estudantes a continuarem a atividade da ficha nos Estudos Orientados.

3. Reserve os cinco minutos finais da aula para recolher a ficha e/ou fazer avaliação da
aula.

5ª aula

 Etapas do Protagonismo envolvidas: execução.

1. Inicie o encontro escrevendo a pauta (Correção da Ficha 2 sobre atitudes racionais),


objetivo (discutir as quatro causas de Aristóteles e relacioná-las com a racionalidade
contemporânea conforme a visão de Habermas sobre razão) e a data no quadro.

2. Recolha a Ficha 3 e faça a correção da Ficha 2 sobre RAZÃO FILOSÓFICA –


ATITUDES RACIONAIS; peça para alguns alunos lerem suas respostas e comente-as.

3. Distribua a Ficha 4. Explique e organize o desenvolvimento da atividade. Faça a


leitura mediada dos textos dessa ficha e explique os conceitos estabelecendo relações
com a atividade integrada desenvolvida em História e Sociologia. Esclareça as
dúvidas.
OPA Ciências Humanas - 2°ano /4° bimestre 19
6ª aula

 Etapas do Protagonismo envolvidas: execução.

1. Inicie o encontro escrevendo a pauta (Correção da Ficha 3 sobre Razão Filosófica –


Os Quatro Princípio da Razão e continuidade da discussão das quatro causas de
Aristóteles e Jürgen Habermas e a Razão.), objetivo (Discutir as quatro causas de
Aristóteles e relacioná-las com a racionalidade contemporânea conforme a visão de
Habermas sobre razão) e a data no quadro.

2. Se o texto tiver sido esgotado na aula anterior, faça uma retomada das aulas
anteriores. Observe qual o entendimento dos estudantes dos assuntos e conceitos
abordados e suas dúvidas. É um excelente momento de esclarecimento das dúvidas.

7ª e 8ª aula

 Etapas do Protagonismo envolvidas: avaliação e apropriação de resultados.

1ª aula

1. Avaliação – Distribua a Ficha 5, de avaliação, e faça a leitura da contextualização do


percurso. Explique que a avaliação está dividida em três blocos, sendo que cada um
deles busca avaliar algumas habilidades e competências distintas, sendo importante
entender e organizar o tempo para responder a todas as questões.

2ª aula

1. Apropriação de resultados – Após distribuir as avaliações corrigidas e com nota,


faça a correção coletiva da avaliação comentando cada questão. Para isso solicite que
os alunos leiam as respostas e faça comentários de acordo com o perfil da turma
(escrevendo no quadro negro ou apenas explicando verbalmente).

OPA Ciências Humanas - 2°ano /4° bimestre 20


2.

Insumos para correção das questões:


No próprio texto já
Questão 7 – Enem 2012 temos a resposta: “Para
Para Platão, o que havia de verdadeiro em Parmênides Platão, o que havia de
era que o objeto de conhecimento é um objeto de razão e verdadeiro em
não de sensação, e era preciso estabelecer uma relação Parmênides era que o
entre objeto racional e objeto sensível ou material que objeto de conhecimento
privilegiasse o primeiro em detrimento do segundo. Lenta, é um objeto de razão e
mas irresistivelmente, a Doutrina das Ideias formava-se não de sensação”. Ou
em sua mente. ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o seja: a razão é capaz de
fascínio da filosofia. São Paulo: Odysseus, 2012 gerar conhecimento,
(adaptado). mas a sensação não. O
conhecimento para
Platão era aprendido
pela razão, diferente,
O texto faz referência à relação entre razão e sensação, em certo sentido, de
um aspecto essencial da Doutrina das Ideias de Platão Aristóteles.
(427 a.C.-346 a.C.). De acordo com o texto, como Platão
se situa diante dessa relação? H14 – Comparar diferentes
pontos de vista, presentes
em textos analíticos e
interpretativos, sobre
A) Estabelecendo um abismo intransponível entre as duas. situação ou fatos
B) Privilegiando os sentidos e subordinando o de natureza histórico-
conhecimento a eles. geográfica acerca das
C) Atendo-se à posição de Parmênides de que razão e instituições sociais, políticas
sensação são inseparáveis. e econômicas.

OPA Ciências Humanas - 2°ano /4° bimestre 21


(Enem 2012 - Primeiro Dia) Para Kant, o
Esclarecimento seria a
Esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade, saída do homem da
da qual ele próprio é culpado. A menoridade é a menoridade, mas não
incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a uma menoridade
direção de outro indivíduo. O homem é o próprio culpado temporal. Tal
dessa menoridade se a causa dela não se encontra na menoridade era
falta de entendimento, mas na falta de decisão e coragem “intelectual”, quando o
de servir-se de si mesmo sem a direção de outrem. Tem homem passaria a
coragem de fazer uso de teu próprio entendimento, tal é o raciocinar por si
lema do esclarecimento. A preguiça e a covardia são as mesmo, e não pelos
causas pelas quais uma tão grande parte dos homens, outros. Seria o
depois que a natureza de há muito os libertou de uma momento que depois
condição estranha, continuem, no entanto, de bom grado de estar sob a égide
menores durante toda a vida. de outrem, o homem
despertaria seu próprio
KANT, I. Resposta à pergunta: o que é esclarecimento?
pensar, e para isso o
Petrópolis: Vozes, 1985 (adaptado).
filósofo vai contra a
Kant destaca no texto o conceito de Esclarecimento,
Preguiça do pensar, e
fundamental para a compreensão do contexto filosófico da
a Covardia de se
Modernidade. Esclarecimento, no sentido empregado por
manter submisso.
Kant, representa
A) a reivindicação de autonomia da capacidade racional
como expressão da maioridade.
B) o exercício da racionalidade como pressuposto menor
diante das verdades eternas.
C) a imposição de verdades matemáticas, com caráter
objetivo, de forma heterônoma.
D) a compreensão de verdades religiosas que libertam o
homem da falta de entendimento.
E) a emancipação da subjetividade humana de ideologias
produzidas pela própria razão.

Professor,

exercícios possibilitam praticar a resolução de problemas. Para isso é fundamental


trabalhar com os alunos estes passos: analisar a questão identificando os conceitos,
temas e assunto presentes; compreender o enunciado e entender o que solicita;
utilizar o aprendido; e, sobretudo, estabelecer relações.

3. Se possível, reserve um tempo no final da aula para avaliações de três ou mais alunos
sobre o curso até o momento. Pergunte:

 O que foi interessante de aprender no curso?


 O que ficou?
 Quais as dificuldades?
 O que pode melhora

OPA Ciências Humanas - 2°ano /4° bimestre 22


Geografia
Eixo do 2º ano: Redes, saberes e movimentos.

Tema do bimestre: Demografia e a dinâmica socioeconômica do espaço geográfico.

Resumo: A disciplina trabalha, neste 4º bimestre do 2º ano, a dinâmica social e


econômica do espaço geográfico, envolvendo aspectos que a determinam e
influenciam, como os relacionados às mudanças demográficas (superpovoamento,
envelhecimento populacional, fluxos migratórios etc.). Dentre os recursos de
aprendizagem previstos, destaca-se a realização de pesquisa pelos alunos,
organizados em times de estudo.

Atividade exemplar

A proposta segue as etapas de desenvolvimento apresentadas a seguir, configurando


um modelo de apoio para que os professores possam exercer a sua autoria e elaborar
as outras atividades que compõe o bimestre.

 Primeira Etapa: Identificar o tema proposto pelo currículo que orienta a disciplina,
as habilidades e competências destacadas e buscar no Enem as competências e
habilidades correspondentes.

Referencial Competências e habilidades


Eixos cognitivos:

Dominar linguagens (DL): dominar a norma culta da


Língua Portuguesa e fazer uso das linguagens matemática,
artística e científica, e das línguas espanhola e inglesa.

Enfrentar situações-problema (SP): selecionar, organizar,


relacionar, interpretar dados e informações representados
de diferentes formas, para tomar decisões e enfrentar
situações-problema.
Matriz de
Construir argumentação (CA): relacionar informações
Referência de
representadas em diferentes formas e conhecimentos,
Ciências
disponíveis em situações concretas, para construir
Humanas e suas
argumentação consistente.
Tecnologias
(Enem)
H6 – Interpretar diferentes representações gráficas e
cartográficas dos espaços geográficos.

H15 – Avaliar criticamente conflitos culturais, sociais,


políticos, econômicos ou ambientais ao longo da história.

H18 – Analisar diferentes processos de produção ou


circulação de riquezas e suas implicações sócio-espaciais.

H19 – Reconhecer as transformações técnicas e


tecnológicas que determinam as várias formas de uso e
apropriação dos espaços rural e urbano.

Estudo de caso – Como as habilidades e competências destacadas podem ser


trabalhadas em conjunto: um exemplo do Enem.
OPA Ciências Humanas - 2°ano /4° bimestre 23
(Enem 2012) Composição da população residente urbana por sexo,
segundo os grupos de idade - Brasil - 1991/2010

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 1991/2010

Composição da população residente rural por sexo, segundo os grupos de


idade - Brasil - 1991/2010

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 1991/2010 - BRASIL. IBGE. Censo demográfico 1991-2010. Rio de
Janeiro, 2011.

A interpretação e a correlação das figuras sobre a dinâmica demográfica


brasileira demonstram um (a)
a) Menor proporção de fecundidade na área urbana
b) Menor proporção de homens na área rural
c) Aumento da proporção de fecundidade na área rural
d) Queda da longevidade na área rural
e) Queda do número de idosos na área rural

Comentário: Trata-se de uma questão clássica da demografia na qual o


aluno deve interpretar pirâmides etárias em diferentes contextos geográficos.
Para isso, deve dominar essa forma de representação e ter domínio de
conceitos como fecundidade e longevidade. Com esses recursos, chega-se
facilmente à resposta a.

A principal habilidade exigida para resolver a questão é:


1. Interpretar diferentes representações gráficas e cartográficas dos espaços
geográficos. (Enem)

 Segunda Etapa: Pesquisar, selecionar e classificar documentos para atividade.

OPA Ciências Humanas - 2°ano /4° bimestre 24


Propõe-se a organização de roteiros orientadores para cada grupo de pesquisa.

 Terceira Etapa: Estabelecer e registrar o tempo de execução da proposta, forma


de avaliação, material utilizado, objetivos da atividade e gestão de sala de aula.

Mapa de Atividades
Duração
Nome Resumo Página
prevista
Estudo das teorias demográficas,
A dinâmica
da representação gráfica da
demográfica na
dinâmica populacional, do
Atividade organização
fenômeno da migração, de políticas 10 aulas p.25
1 socioeconômica
governamentais de controle
do espaço
populacional e a chamada janela
geográfico
demográfica.

Atividade 1
A dinâmica demográfica na
organização socioeconômica do
espaço geográfico
Estudo das teorias demográficas, da representação gráfica da
dinâmica populacional, do fenômeno da migração, de políticas
Resumo
governamentais de controle populacional e a chamada janela
demográfica.
Interpretar diferentes representações gráficas e cartográficas
dos espaços geográficos. (ENEM)
Objetivos Reconhecer as transformações técnicas e tecnológicas que
determinam as várias formas de uso e apropriação dos
espaços rural e urbano. (ENEM)

Organização da turma Em times e em círculo.

Recursos e Fichas do Caderno do Estudante (Roteiros de orientação de


providências pesquisa)

Duração Prevista 10 aulas.

Desenvolvimento

Organizada em 10 aulas, a proposta compreende: apresentação do tema do bimestre


aos alunos para que possam perceber a importância dos estudos demográficos para a
compreensão da dinâmica social e econômica do espaço geográfico; a organização
dos estudantes em times de trabalho, responsáveis pela pesquisa de um
determinado tema ou país que apresente “situações-modelo” para a demografia; e
uma mesa-redonda para que os grupos troquem suas pesquisas.

1ª e 2ª aula

 Etapas do Protagonismo envolvidas: mobilização; iniciativa; planejamento.


OPA Ciências Humanas - 2°ano /4° bimestre 25
Atenção! Se você optar por esta atividade como a primeira do bimestre, inicie a aula
apresentando o Plano de estudos aos seus alunos. Quais serão as expectativas do
bimestre e, sobretudo, quais são os instrumentos de avaliação planejados.

1. Apresente para a turma o tema do bimestre, de modo a mobilizar a curiosidade dos


estudantes e também fazê-los expressar o que já sabem a respeito. Na Ficha 1 há
uma compilação de material que pode ser usado com essa finalidade de aproximar os
alunos do tema, como textos e imagens com referências à demografia. Escolha o que
achar pertinente e projete para os alunos. Circule a palavra, pergunte se eles têm
hipóteses sobre as causas e consequências de alguns problemas apresentados, se
conseguem relacionar com algum outro exemplo pessoal e ainda qual a relação entre
cada um dos textos e imagens trazidos.

Presença Pedagógica

Despertando o interesse

A apresentação do tema aos estudantes é de extrema importância para garantir o


desenvolvimento do restante das atividades. Trata-se do momento no qual o aluno vai
se sentir instigado a continuar seus estudos. É também a oportunidade de o professor
investigar o repertório prévio da turma em relação ao assunto.

Aproveite este momento da aula para deixar perguntas em aberto, para sinalizar
temas que serão abordados. Não se preocupe em fechar discussões nem estabelecer
definições para conceitos.

Jogue a “isca da aprendizagem” para os alunos pescarem conhecimento!

Sugestão de perguntas com as quais se pode levantar uma série de temas que serão
desenvolvidos nas próximas aulas:

1. Cite as vantagens e desvantagens de um país com:


a) muita população;
b) grande número de população muito idosa;
c) elevada taxa de nascimentos;
d) grande percentual de adultos na população.

2. A partir das perguntas propostas, dê exemplos reais de alguns países que enfrentam
questões advindas do envelhecimento da população, como os da Europa, que geram
problemas na saúde pública e no sistema previdenciário. Não é o caso de aprofundar-
se nos temas e nas categorias da demografia, mas sim de levantar questionamentos
que serão desenvolvidos no decorrer do bimestre.

3. Encaminhe a conclusão da conversa, falando da importância da demografia para o


desenvolvimento de políticas públicas e como as informações referentes à dinâmica
da população podem ser úteis para o planejamento e para ação de órgãos estatais,
supranacionais (ONU, por exemplo) e até mesmo para ONGs.

4. Finalize, solicitando que os alunos pesquisem, nas aulas de Estudos Orientados,


dados demográficos de alguns países, indicando quais dados e quais países. Trata-se
de uma pesquisa simples e que deve ser encaminhada também de forma simples e
dinâmica na aula, tal como: cada fileira da sala pesquisa dados de um país, com cada
aluno da fileira trazendo um dado específico (a fileira “1” pesquisa dados de Angola,
um aluno trazendo informações sobre taxa de natalidade, outro sobre expectativa de
vida, outro sobre crescimento vegetativo etc. A fileira “2” busca os mesmos dados em

OPA Ciências Humanas - 2°ano /4° bimestre 26


outro país e assim por diante). A Wikipedia, para esse tipo de informação, pode trazer
dados confiáveis.

3ª e 4ª aula

 Etapas do Protagonismo envolvidas: mobilização; iniciativa; planejamento.

1. Faça uma retomada da aula anterior e reforce a mobilização dos alunos, solicitando
que socializem os dados de suas pesquisas e estimando para isso uns 20 minutos.

2. Para o registro da atividade, projete um mapa mundi no quadro, localize nele os


países pesquisados e puxe setas deles para ligá-los às informações que os alunos
trouxerem. Caso surjam conflitos de informação nesse momento, esclareça para os
alunos que isso é comum porque os dados são produzidos por diversos órgãos.

3. Após a socialização e registro, mostre para a sala como os dados demográficos


variam de acordo com a condição socioeconômica do país. Aproxime assim a turma
do real sentido que a demografia tem: compreender a dinâmica socioeconômica do
espaço geográfico. Aproveite para relacionar aspectos dessa discussão com os
insumos trazidos na aula anterior.

4. Apresente a proposta de trabalho do bimestre aos alunos. A ideia desse trabalho é


que os alunos possam, em três aulas, pesquisar e socializar as suas pesquisas com a
classe.

5. Explique que a turma deverá organizar-se, por sorteio, em seis times de estudo, com
aproximadamente cinco integrantes cada um. Cada grupo terá um problema
relacionado às dinâmicas demográficas para investigar. Coloque na lousa os temas de
cada time e conte para a sala aspectos gerais que serão abordados em cada um.

TEMAS PARA OS TIMES DE ESTUDO


A ideia de dividi-los em times de estudo é garantir que os alunos possam estudar e
se aprofundar em temas clássicos da demografia que normalmente aparecem em
questões do Enem. Por isso, selecionamos os seis seguintes temas:

Tema 1: A explosão demográfica


Tema 2: As teorias malthusianas, neomalthusianas e antimalthusianas
Tema 3: O envelhecimento da população
Tema 4: Controle da natalidade: o caso chinês
Tema 5: A janela demográfica
Tema 6: Migração e migração de retorno no Brasil

6. Peça para cada aluno escrever seu nome em um papel e apontar duas opções de
grupo, por ordem de preferência. Reúna esses papéis e sorteie, preenchendo as
vagas na lousa. Se um aluno fez, como primeira opção, a escolha por um grupo já
preenchido, ele vai para segunda opção.

7. Solicite que os alunos registrem no caderno seus times de estudo.

5ª a 8ª aula

 Etapas do Protagonismo envolvidas: planejamento; execução.

1. Peça para os alunos se organizarem nos times de estudo definidos na aula anterior.
Entregue um roteiro de pesquisa (Ficha 2) para cada time. Deixe claro que daqui a
dois encontros os alunos deverão apresentar à sala os resultados das suas pesquisas.
OPA Ciências Humanas - 2°ano /4° bimestre 27
Peça para eles se organizarem em relação ao calendário e à busca de informações
(que pode ser repartida entre os integrantes do time de acordo com cada tema).

Construindo roteiros direcionados


Em atividades como a que propomos nesta OPA é de extrema importância que o
professor produza roteiros de pesquisas direcionados para cada time /tema.

Nesses roteiros o professor deixa explícito quais suas expectativas mínimas em


relação ao tema. Os time s devem ter seus roteiros em mãos (na sala de aula e nos
espaços de estudos orientados) sempre que se reunirem em busca de informações.

Uma parte do conteúdo dos roteiros deve incentivar o time a ir além das expectativas
mínimas, instigando a curiosidade e o protagonismo dos alunos.

Nesta OPA apresentamos um modelo de roteiro (Ficha 2). A partir dele, o professor
faz as adaptações e ajustes de acordo com suas expectativas, construindo assim
uma versão final a ser entregue aos alunos.

Presença Pedagógica

O envolvimento necessário

O professor deve ter um papel atuante no desenvolvimento das pesquisas de cada


time. Além de circular pela sala e observar o andamento do trabalho, é preciso que
garanta um tempo, pelo menos 15 minutos, para sentar com cada time e conversar
sobre as dificuldades e as descobertas feitas.

No processo, cabe também ao professor indicar fontes de pesquisa e reforçar um


conceito importante que o time não tenha dado tanta ênfase.

Essa presença pedagógica, essencial para os alunos, oferece ao professor pistas


importantes sobre a participação e o envolvimento de cada integrante do time.

9ª e 10ª aula

 Etapas do Protagonismo envolvidas: apropriação de resultados.

1. Na primeira metade da aula, organize a sala em grande círculo para que cada time
socialize as pesquisas realizadas. Faça uma fala inicial retomando os objetivos do
trabalho, a pertinência do assunto estudado e os temas de pesquisa de cada time.

2. Peça para todos os alunos registrarem o que acharem mais importante e também suas
dúvidas sobre as apresentações feitas. Oriente cada time a começar sua explanação
estabelecendo uma relação com o que foi socializado pelos times anteriores.

3. Na segunda metade da aula faça um fechamento. É de extrema importância que você


sinalize e sistematize na lousa os pontos principais levantados por cada time. Conduza
sua fala no sentido de amarrar a apresentação de cada time e mostrando como a
demografia pode revelar diferentes dinâmicas sociais e econômicas.

4. Finalize com breve comentário em relação ao processo dos times. Compartilhe seus
registros e suas impressões sobre a qualidade das pesquisas e das apresentações.

11ª e 12ª aula

 Etapas do Protagonismo envolvidas: avaliação (Ficha 3).

OPA Ciências Humanas - 2°ano /4° bimestre 28


1. A partir do modelo de avaliação proposto, que aborda questões envolvendo todos os
temas trabalhados, é importante considerar o processo que os alunos viveram até o
presente momento (trabalhos em times e a socialização das pesquisas realizadas por
cada um) e estar atento à correção das respostas. Caso haja um número grande de
erros em determinado tema, retome com a turma o assunto, após a avaliação.

FICHA 3 – Respostas

1) Leia o texto abaixo com atenção:


Tendências globais em fecundidade
Resposta: a

2) Leia o texto abaixo:


Especialista propõe redefinir conceito de idoso
Resposta: e

3) Analise o gráfico a seguir.


Resposta: d

4) Observe as pirâmides a seguir e responda às duas próximas questões.


Resposta: e

5) Analise os gráficos a seguir.


Resposta: b

6) Leia o texto e o gráfico a seguir:


“O conceito de transição...
Resposta: b

7) O gráfico abaixo está retratando:


Resposta: b

8) Analise as pirâmides etárias.


Resposta: b

9) Leia o texto abaixo:


O Brasil em 2020
Resposta: d

10) Observe o mapa abaixo com atenção e, em seguida, responda ao que se pede.
Resposta: c

OPA Ciências Humanas - 2°ano /4° bimestre 29


Sociologia e História
(Atividade Integrada)

A pesquisa, elaboração e defesa de um projeto de lei em um debate simulado, que é a


proposta da atividade integrada em Ciências Humanas, tem como objetivo a
apropriação de resultados, a última das etapas de construção do protagonismo do
aluno visando à gestão autônoma de sua aprendizagem, na escola e fora dela.

A atividade, resumida no quadro que se segue é conduzida pelas disciplinas de


Sociologia e História, mas seu caráter integrador estende-se às demais disciplinas da
área, comprometidas com o incremento de habilidades que interferem diretamente na
realização da proposta pelos alunos, ao favorecerem o planejamento das ações e o
trabalho em time, a leitura e escrita, a pesquisa, seleção e tratamento de informações,
o exercício da argumentação para o debate, assim como o desenvolvimento de
competências socioemocionais, sobretudo:

 a colaboração (capacidade de atuar em sinergia e responsabilidade compartilhada,


respeitando diferenças e decisões comuns, adaptando-se a situações sociais
variadas);
 a comunicação (capacidade de compreender e fazer-se compreender em situações
diversas, respeitando os valores e atitudes dos envolvidos nas interações); e
 o autoconhecimento (capacidade de usar o conhecimento de si, a estabilidade
emocional e a habilidade de interagir nas tomadas de decisão, especialmente em
situações de estresse, críticas ou provocações).

Quadro-resumo da atividade integrada

Atividades Aulas Objetivos/ações/produções


Leitura de texto legal, visando à identificação da
estrutura política brasileira atual e comparação
com a Constituição brasileira de 1824.
2 (História)
Estudo e compreensão das esferas
1. Preparação. +
governamentais e das atribuições dos poderes
1 (Sociologia)
executivo, legislativo e judiciário.

Organização dos alunos em times, formando


partidos temáticos.
Busca de informações sobre as atribuições do
poder legislativo municipal (Câmara dos
2. Pesquisa, Vereadores) e os principais problemas e
elaboração e demandas da cidade, relativos aos temas
defesa de um 4 (História) partidários.
projeto de lei. +
2 (Sociologia) Escrita do texto legal.
3. Parlamento
juvenil. Debate nos partidos temáticos.

Votação do projeto de lei.

OPA Ciências Humanas - 2°ano /4° bimestre 30


Mapa de Atividades
Duração
Nome Resumo Página
prevista
Estudo e compreensão das esferas
Preparo para a
Atividade governamentais e das atribuições
simulação do 3 aulas p.31
Integrada dos poderes executivo, legislativo e
debate
1 judiciário.
Pesquisa,
Atividade
elaboração e Pesquisa, elaboração e defesa de
Integrada 6 aulas p. 34
defesa de um um projeto de lei
2 projeto de lei

Atividade
Parlamento
Integrada Parlamento juvenil 2 aulas p. 36
juvenil
3

Atividade
Integrada 1

Preparo para a simulação do debate


-Estudo e compreensão das esferas governamentais e das
Resumo
atribuições dos poderes executivo, legislativo e judiciário.
Identificar a estrutura política atual e comparar com a
Objetivos Constituição de 1824; compreender as esferas e poderes
governamentais.

Organização da turma Alunos em semicírculo.

Fichas da atividade; caderno, lousa, computador, internet.


Recursos e
Manual de procedimentos Parlamento Jovem:
providências
Disponível em bit.ly/ManualProcedimentoParlamentoJovem2016.
Acesso em jan. de 2018.
Duração Prevista 3 aulas.

Desenvolvimento

1ª e 2ª aula – História

 Etapas do Protagonismo envolvidas: mobilização; iniciativa.

1. Organize a classe em trios ou quartetos para a apresentação da proposta e distribua


as fichas da atividade (Ficha 1), cujo conteúdo (ver adiante) propicia aos alunos
contato com as estruturas políticas brasileiras e serve de exercício para o
entendimento das esferas e funções do Executivo, Legislativo e Judiciário.

2. Projete ou imprima os fragmentos da Constituição de 1988 (ficha) e promova sua


leitura mediada, contextualizando a promulgação desse texto legal.

3. Estimule a circulação da palavra entre os alunos, questionando-os em relação ao


conhecimento da função e papel de cada poder institucional.

OPA Ciências Humanas - 2°ano /4° bimestre 31


Presença Pedagógica

Neste momento é fundamental envolver os times com o tema e destacar as


referências que foram utilizadas para o andamento deste encontro. É importante que
os estudantes citem fontes e referências ao argumentar, entendendo que o
conhecimento é contextualizado.

4. Registre a tabela abaixo no quadro e promova seu preenchimento de forma coletiva


com a turma. Não se esqueça de verificar os registros ao final desse processo.

Poderes/Esferas Federal Estadual Municipal

Presidência da
República Prefeitura
Governo do Estado
Executivo
Ministérios Secretarias
Secretarias Estaduais
Municipais
CGU e AGU
Câmara Federal
Assembleia Câmara de
Legislativo
Legislativa Vereadores
Senado Federal

Judiciário STF STJ -

FICHA DA ATIVIDADE INTEGRADA – TEXTO LEGAL (Ficha 1- ver caderno do


estudante).

5. Solicite um trabalho escrito e individual como tarefa para a próxima aula de História,
contendo as principais diferenças entre as Constituições de 1988 e 1824,
especificamente nas atribuições do Executivo e Legislativo. Essa tarefa serve como
uma avaliação a mais para o bimestre.

6. Finalize o encontro retomando os pontos considerados mais importantes. Informe aos


estudantes que, na aula de Sociologia, os grupos serão divididos em times para dar
continuidade à proposta integrada.

3ª aula – Sociologia

 Etapas do Protagonismo envolvidas: planejamento; execução.

1. Organize com as turmas a formação de times, com número semelhante de


participantes em cada um, constituindo-se assim os seguintes partidos temáticos:

 Partido da Habitação (PH)


 Partido do Transporte (PT)
 Partido da Educação (PE)
 Partido da Saúde (PS)
 Partido da Cultura e Lazer (PCL)
 Partido do Meio Ambiente (PM)

Os alunos escolhem de que partido/time querem participar. Observe-os nesse


processo, por vezes conflituoso, e compartilhe suas observações. É importante, pois
esse é um momento que exige dos estudantes habilidades socioemocionais, e estas
devem sempre ser alvo de reflexão do professor com os alunos.
OPA Ciências Humanas - 2°ano /4° bimestre 32
2. Esclareça para os alunos que os partidos/times atuarão no âmbito do poder legislativo
municipal (Câmara de Vereadores), e que caberá a eles pesquisar, como parte da
atividade, os limites e atribuições dessa instância de poder.

PRESENÇA PEDAGÓGICA

É fundamental que os estudantes registrem suas fontes de pesquisa, é preciso ter


ciência que o conhecimento é contextualizado e isso deve ser destacado no processo
de construção do trabalho

3. Solicite que os times registrem o que imaginam ser os problemas da cidade referentes
ao tema partidário escolhido, esclarecendo que esse é um primeiro passo para a
tarefa coletiva que desenvolverão para a próxima aula: pesquisar o órgão responsável,
na administração municipal, pelo tema do partido e os principais desafios da cidade
em que vivem em relação a esse tema.

4. Oriente os times a se organizarem para a tarefa do próximo encontro, questionando-os


sobre diferentes papéis no time e a divisão de responsabilidades para a realização da
pesquisa. Acompanhe a conversa circulando pelos times e ajudando a construir uma
atitude colaborativa. Pergunte, por exemplo: A divisão foi realizada de maneira
coletiva? Houve alguma discordância? Como foi resolvida?

TAREFA COLETIVA DO TIME - mediante divisão e planejamento do time (roteiro)

1) Pesquisa sobre a secretaria municipal responsável pelo tema selecionado,


destacando: ano de criação da secretaria, principais atribuições e nome do atual
secretário(a).

2) Pesquisa sobre os principais problemas e demandas da cidade em que vivem em


relação ao tema escolhido, devidamente identificados e registrados (sugestão de
fontes: imprensa local e imprensa independente, nos diferentes tipos de veículos e
suportes, tais como: jornais impressos, jornais virtuais, televisivos, internet, rádios e
redes sociais.

3) Elaboração, por escrito, de uma pergunta-problema sobre o tema.

PRESENÇA PEDAGÓGICA

O time precisará definir o foco dessa pergunta, o que requer apoio do professor no
sentido de incentivar: atitude colaborativa no time para o alcance de um consenso, a
persistência do time na busca da qualidade e do aprofundamento do trabalho e
também a participação de todos os integrantes – é muito importante que todos os
alunos tenham voz ativa.

OPA Ciências Humanas - 2°ano /4° bimestre 33


Atividade
Integrada 2
Pesquisa, elaboração e defesa de um
projeto de lei
Estudo da estrutura política e organização institucional do estado
Resumo
brasileiro.
Após o estudante ter compreendido a estrutura política brasileira,
a atividade o desafia a elaborar e defender um projeto de lei
municipal, fazendo uso de habilidades cognitivas (planejamento,
Objetivos
trabalho em time, investigação, busca/seleção/tratamento de
informações, redação de texto) e socioemocionais
(responsabilidade e colaboração).
Organização da turma Times temáticos.

Recursos e
Caderno e tarefa de casa.
providências

Duração Prevista 6 aulas (4 de História + 2 de Sociologia).

Desenvolvimento

1ª a 4ª aulas – História
 Etapas do Protagonismo envolvidas: execução.

1. Organize a sala nos partidos /times e, antes de os alunos darem continuidade às


tarefas da pesquisa, questione-os a respeito do desenvolvimento do trabalho: Como
estão lidando com as diferentes demandas, tanto de conteúdo quanto de organização
e interação? Há algum conflito? Alguém está se sentindo excluído? O time está
mobilizado? Estão satisfeitos com a construção do time e do trabalho? O que é preciso
melhorar?

2. Oriente-os a prosseguirem com a pesquisa de forma mais aprofundada, usando o


espaço de informática e, se possível, celulares e outros recursos. Dê apoio a essa
ação, mediando a busca dos times por conhecimento, propondo mais referências,
como jornal, revistas, livros e demais recursos. Uma sugestão é orientar os alunos a
pesquisarem soluções criativas para os problemas que identificaram em suas áreas
temáticas em outras cidades do Brasil e do mundo, de onde poderão surgir ideias e
propostas para eles se basearem na construção de um projeto de lei para a cidade em
que vivem.

3. Durante as discussões, circule pelos times e verifique:

 O problema definido e a atuação do time em relação a ele estão claros?


 O problema identificado é de fato da esfera municipal?
 A proposta para atacar tal problema visa a um objetivo público e não individual?
 O tratamento da proposta pelos alunos reflete as questões de desigualdade social
estudadas em Sociologia no bimestre?
 O foco definido pelo partido/time está sendo observado?
 Alguma modificação está sendo feita de maneira coerente, compartilhada?
 O time partido/time está consciente do percurso do trabalho?

5ª e 6ª aula – Sociologia
OPA Ciências Humanas - 2°ano /4° bimestre 34
 Etapas do Protagonismo envolvidas: sistematização; avaliação.

1. Após o aprofundamento da pesquisa temática nas aulas de História, em Sociologia é


hora de os times começarem a escrever um projeto de lei conforme proposto na ficha
“Modelo de Projeto de Lei” (Ficha 2). Verifique as orientações específicas da ficha e
entregue-a para todos os membros dos times.

2. Após a escrita e entrega dos projetos pelos times, corrija, comente e devolva aos
times as produções para que possam realizar uma última reescrita. Depois disso, virão
o debate e a cena de votação onde os parlamentares/estudantes da turma aprovarão,
ou não, o projeto de lei.

OPA Ciências Humanas - 2°ano /4° bimestre 35


Atividade
Integrada 3

Parlamento juvenil
Estudo e vivência de um modelo de simulação de ambiente
Resumo
legislativo – Parlamento Jovem
Sistematizar o aprendizado com um debate, simulando um
Objetivos
parlamento juvenil em cada turma.
Organização da
Partidos temáticos em círculo.
turma
Quadro-negro.
Recursos e
Manual de procedimentos Parlamento Jovem:
providências
Disponível em bit.ly/ManualProcedimentoParlamentoJovem2016.
Acesso em jan. de 2018.
Duração Prevista 2 aulas (História).

Desenvolvimento

1ª e 2ª aula – História

 Etapas do Protagonismo envolvidas: apropriação de resultados.

1. Organize a sala como um miniparlamento; peça para os parlamentares/estudantes


elegerem os integrantes da mesa que presidirá as discussões; combine com eles as
regras de apresentação da lei e as regras do debate (tempo, quem fará as questões,
se os times debaterão entre eles, necessidade do tratamento formal).

O que é o Parlamento Jovem Brasileiro ?

O Parlamento Jovem Brasileiro é realizado anualmente e tem por objetivo possibilitar aos
alunos de ensino médio de escolas públicas e particulares a vivência do processo
democrático, mediante a participação em uma jornada parlamentar na Câmara dos
Deputados, em que os estudantes tomam posse e atuam como deputados jovens.

A riqueza de aprendizados é grande e os 78 alunos que são empossados como deputados


jovens têm a oportunidade de desenvolver habilidades de argumentação e respeito à
diversidade de opiniões, além de construir um olhar mais crítico sobre sua realidade.
Somados à experiência de convivência com as culturas e cores de todas as partes do
nosso país, o PJB potencializa a atuação mais democrática dos jovens e seu
protagonismo político.

A primeira edição do programa ocorreu em 2004. De lá para cá, houve a participação de


924 jovens parlamentares estudantes do ensino médio. Mais que isso, milhares de
estudantes e professores em todos os estados se mobilizaram para trabalhar o PJB em
sala de aula e possibilitaram que esses aprendizados também se estendessem a todos os
que se inscreveram ao longo de todas as edições.

Você pode participar escrevendo um projeto de lei. Como? Pensando na realidade de seu
país, observando os problemas que precisam de solução e propondo possíveis
alternativas em formato de propostas de lei, sobre qualquer tema. A organização é nossa,
mas a mobilização e a vontade de atuar é toda sua.

OPA Ciências Humanas - 2°ano /4° bimestre 36


O PJB mantém canal de comunicação entre os estudantes de todo o Brasil e a Câmara
dos Deputados: a fanpage do Parlamento Jovem Brasileiro no endereço
www.facebook.com/parlamento.jovembrasileiro. Conheça e curta nossa página!

Disponivel em bit.ly/ParlamentoJovemBR. Acesso em jan. de 2018

2. Peça que cada partido indique um representante para falar em nome do time. Como
se trata de uma simulação, sugere-se que recomende a esses parlamentares
representantes que estejam trajados formalmente para a cena do debate.

3. Registre no quadro os critérios que a turma considerar mais importantes de ser


observados na defesa e debate do projeto de lei, como, por exemplo, clareza da
proposta, fundamentação, argumentação, linguagem coerente e adequada, condução
da fala (respeito, escuta, autocontrole, determinação, conscienciosidade) e outros
validados com os times.

4. Em votação, os estudantes aprovam ou não os projetos apresentados. O ideal é que o


voto seja feito em cédula (voto secreto), com justificativa por escrito. As propostas
aprovadas deverão ser destacadas em cartaz exposto na sala de aula.

Sugestão: Convide outros professores ou funcionários da escola para assistirem ao


debate e participar da votação dos projetos de lei em cada turma. E considere também
a participação dos estudantes do 1º ano na votação das propostas.

OPA Ciências Humanas - 2°ano /4° bimestre 37


História
Eixo do 2º ano: Redes, saberes e movimentos .

Tema do bimestre: Os conflitos sociais e a formação da organização política


institucional do estado brasileiro.

Resumo: a disciplina trabalha, neste 4º bimestre do 2º ano, os conflitos sociais


presentes na formação e consolidação da organização política institucional brasileira a
partir das revoltas regenciais, relacionando tal organização com a atualidade. O
desenvolvimento da proposta constrói o protagonismo dos jovens estudantes e os
desafia a compreender historicamente e a interpretar os fenômenos em um
determinado contexto, percurso este que implica aprender a fazer escolhas e reflexões
que construam sentidos e conhecimentos de forma processual. Contemplam-se,
também, as habilidades de trabalhar em equipe, o cumprimento de etapas e o rigor
conceitual, colocando os alunos em conexão com as exigências e competências
fundamentais para o século XXI.

Atividade exemplar

A proposta segue as etapas de desenvolvimento apresentadas a seguir, configurando


um modelo de apoio para que os professores possam exercer a sua autoria e elaborar
as outras atividades que compõe o bimestre.

 Primeira etapa: Identificar o tema proposto nas referências oficiais (quadro a


seguir), conciliando suas respectivas habilidades e competências.

Eixo Temático: Redes: saberes e movimento


Tema do bimestre: Diferentes saberes e representações
Referências Habilidades e Competências
 Colaboração
(Capacidade de atuar em sinergia e
responsabilidade compartilhada,
respeitando diferenças e decisões
comuns, adaptando-se a situações
sociais variadas.)

 Pensamento Crítico
(Capacidade de analisar ideias e fatos
Matriz de Competências para o Século
em profundidade, investigando os
21
elementos que os constituem e as
conexões entre eles, utilizando
conhecimentos prévios e formulando
sínteses.)
 Comunicação
(Capacidade de compreender e fazer-se
compreender em situações diversas,
respeitando os valores e atitudes dos
envolvidos nas interações.)

 Segunda etapa: Pesquisar, selecionar e classificar documentos para a atividade.

OPA Ciências Humanas - 2°ano /4° bimestre 38


Nessa etapa, ao analisar e selecionar os recursos, lembre-se de que eles devem ser
usados de modo a reforçar nos estudantes diversas habilidades exigidas no ensino
médio, tais como a leitura de imagens, análise de letras de música, narrativa histórica.

Recursos sugeridos, pesquisados e selecionados:

1. O povo brasileiro se rebela: revoltas regenciais - bit.ly/recurso-1 . Acesso em nov.


de 2017.

2. CONSTITUIÇÃO POLITICA DO IMPERIO DO BRAZIL (DE 25 DE MARÇO DE


1824) - bit.ly/recurso-2 . Acesso em nov. de 2017.

3. LEI No 601, DE 18 DE SETEMBRO DE 1850. Dispõe sobre as terras devolutas do


Império. - bit.ly/recurso-3 . Acesso em nov. de 201721/11/2017.

4. A Lei de Terras de 1850 - bit.ly/recurso-4 . Acesso em nov de 2017.

 Terceira etapa: Fazer o planejamento da proposta, estabelecendo e registrando


seus objetivos, tempo de execução, forma de avaliação, material utilizado e gestão de
sala de aula.

Mapa de Atividades
Duração
Nome Resumo Página
prevista
Estudo da Formação do Estado
Revoltas
Atividade Nacional Brasileiro , em meados do
Regenciais no 8 aulas p. 40
1 século 19, no contexto das Revoltas
Brasil Império
regenciais

OPA Ciências Humanas - 2°ano /4° bimestre 39


Atividade 1
Revoltas Regenciais no Brasil Império
Estudo da Formação do Estado Nacional Brasileiro , em meados
Resumo
do século 19, no contexto das Revoltas regenciais
Identificar e compreender os conflitos sociais presentes na
formação e consolidação da organização política institucional
brasileira a partir das revoltas regenciais.
Objetivos
Problematizar a estrutura institucional brasileira neste contexto
relacionando com a atualidade.
Organização da
Em círculo e em times .
turma
Recursos e Leitura e análise de imagens e textos; pesquisa sobre as revoltas
providências regenciais.

Duração Prevista 8 aulas.

Avaliação Individual.

Desenvolvimento

Retomando as estratégias e procedimentos comuns à área de Ciências Humanas, o


primeiro passo no desenvolvimento de uma proposta de estudo é apresentar aos
estudantes o percurso e desafio que será enfrentado: destaque o tema das aulas, a
forma de avaliação, as competências e habilidades que pretende desenvolver, solicite
que o plano de estudo seja preenchido no primeiro encontro, assim demonstrando e
construindo uma relação transparente e planejada para as aulas de História.

Aproximar o aluno do assunto a ser desenvolvido também é fundamental para


despertar seu interesse. Planeje a melhor forma de garantir essa etapa mobilizadora
do protagonismo do aluno, utilizando recursos como vídeos, charges ou reportagens
relacionadas ao tema em estudo.

1ª e 2ª aula

 Etapas do Protagonismo envolvidas: mobilização; iniciativa; planejamento.

1. Após apresentar o planejamento do bimestre e problematizar o tema, organize a sala


em um semicírculo e apresente o tema deste encontro: Revoltas Regenciais no Brasil
Império. Use este primeiro momento para contextualizar o período regencial
retomando pontos importantes debatidos no bimestre anterior acerca do processo de
independência do Brasil.

2. Após contextualizar o assunto destacando o período regencial e suas especificidades


e registrar as principais informações no quadro, apresente o mapa abaixo e solicite
que os alunos façam uma breve busca no celular ou livro didático sobre as revoltas.
Circule pela sala para garantir o primeiro registro e observar como selecionam e
buscam informações.

AS PRINCIPAIS REVOLTAS REGENCIAIS

Mapa disponível em: bit.ly/mapa-revoltas. Acesso em nov. de 2018


OPA Ciências Humanas - 2°ano /4° bimestre 40
PRESENÇA PEDAGÓGICA

É importante que os estudantes percebam a importância e o sentido do registro na


sistematização do conhecimento.

Seguindo a metodologia de leitura da área de CH, o professor deve fazer a leitura com pausas
para registros, no quadro, de palavras e conceitos-chave, orientar e cobrar os registros dos
estudantes, destacando e contextualizando a obra e autor.

Apresentar a obra, detalhar o assunto e a intenção do autor, que é o sentido de contextualizar,


faz com que os alunos conheçam e problematizem suas referências, levando-os a uma prática
de buscar informações com o rigor exigido neste processo, tornando hábito a observação de
fontes e a busca de novas referências diante de um tema que não domina.

3. Solicite que os estudantes comentem os primeiros elementos sobre as revoltas


destacadas e, em seguida, promova uma leitura mediada do fragmento de texto
abaixo (Regências ou Som do Silêncio), solicitando registro no caderno e no quadro
das principais informações presentes.

REGÊNCIAS OU O SOM DO SILÊNCIO

Dizem que o som do silêncio, às vezes, pode ser ensurdecedor. No período das
Regências, que se abria no Brasil com a abdicação de Pedro I em 1831, a história
confirma a expressão. O país era grande, e a corte desconhecia as especificidades de
suas diferentes regiões, que vistas de longe pareciam quietas, serenas, e davam a
impressão de que assim continuariam para sempre. A emancipação política de 1822
consolidou-se em torno da corte, isto é, do Rio de Janeiro, privilegiando a instituição
monárquica e a unidade nacional. O sentimento autonomista era, porém, forte nas
províncias: desfeita a unidade do Império luso-brasileiro como consequência da
ruptura com Lisboa, o debate girava ao redor de dois programas políticos
decididamente antagônicos: o centralismo da corte, de um lado, e o autogoverno
provincial, de outro.

SCHWARCZ ,Lilia e STARLING, Heloisa. Brasil Uma Biografia, São Paulo-SP. Companhias
das Letras, 2015. P.243.

4. Problematize a leitura, respondendo com a turma às questões que se seguem,


destacando-as no quadro:

a. Qual o entendimento sobre o termo emancipação política de 1822?


b. Quando o texto reforça o sentimento autonomista das províncias? O que é
autonomia nesse contexto?
c. A autonomia política de uma província deve ser feita de que forma?
d. Como pode ser definido um governo centralizador?
e. O que seria um governo descentralizado?
f. O que são os programas políticos de centralismo da corte e autogoverno
provincial.

5. Promova nova leitura mediada, do texto abaixo, que levanta questões acerca da
narrativa e da memória construída sobre as rebeliões no período regencial.

REVOLTAS POR TODO LADO

Não há como analisar o período das Regências sem lembrar o conjunto das revoltas
que eclodiram no país. Por muito tempo conhecidas como “nativistas”— pois
consideradas apenas motins políticos localizados e sem maiores questionamentos –,
hoje elas têm sido entendidas de outras perspectivas, como uma expressão mais
OPA Ciências Humanas - 2°ano /4° bimestre 41
radical do embate político travado entre dois grupos que defendiam ora a unidade
nacional ora o federalismo. Elas também deram prosseguimento às manifestações de
descontentamento com a política de centralização, iniciadas já no Primeiro Reinado e
responsáveis pela abdicação de Pedro I....

SCHWARCZ ,Lilia e STARLING, Heloisa. Brasil Uma Biografia, São Paulo-SP. Companhias
das Letras, 2015. P.250

6. Divida a turma em oito times para que pesquisem e aprofundem o conhecimento sobre
as revoltas regenciais dentro do contexto apresentado. Cada revolta será estudada por
dois times. Disponibilize o final deste encontro para que as equipes preparem cada
apresentação.

PRESENÇA PEDAGÓGICA

O objetivo de cada time é desenvolver as competências socioemocionais de


Comunicação, Colaboração e Pensamento Crítico, a partir da problematização do
texto lido. Os alunos devem perceber que essas competências são imprescindíveis a
um bom trabalho de equipe, na hora planejar, traçar estratégias e definir papéis para
realizar uma atividade.

7. Os times devem preparar, nas aulas de Estudos Orientados, uma apresentação de 15


minutos sobre as pesquisas realizadas. Oriente os times a planejarem uma
explanação contendo os seguintes aspectos:

1) Contexto histórico da Revolta pesquisada e principais sujeitos sociais envolvidos.


(Os times precisarão identificar onde as revoltas ocorreram, quais os sujeitos
envolvidos, quais as reivindicações, indo mais fundo na pesquisa e debate do
assunto.)

2) Apresentação de ao menos uma fonte bibliográfica sobre a pesquisa feita. (Todos


os times devem ter um referencial teórico básico: um artigo de jornal, um fragmento de
livro etc.)

3) Levantamento de imagens da revolta, com problematização do time em relação aos


documentos escolhidos. (Os times devem retomar o trabalho de leitura de imagens
sobre a tela que representa a Independência do Brasil.)

4) Escolha e apresentação de uma questão como as do Enem sobre a Revolta


pesquisada, para ser debatida com a turma. (Os times devem desafiar a sala com a
questão selecionada, apresentando o argumento para a escolha e desconstruindo em
detalhes a questão; ou seja, não basta apontar a alternativa correta, é preciso explicar
o motivo das alternativas erradas, demonstrando conhecimento e domínio sobre o
tema.

3ª e 4ª aula

 Etapas do Protagonismo envolvidas: execução; apropriação de resultados;


avaliação.

1. Os times farão suas apresentações. Após cada exposição, comente, identificando


acertos e pontos que devem ser esclarecidos. Utilize esse momento para avaliar a
capacidade de trabalhar em equipe, o protagonismo, a qualidade e seriedade na
busca de referências, e avalie junto com o time o aprendizado cognitivo e
sócioemocional do trabalho desenvolvido.

OPA Ciências Humanas - 2°ano /4° bimestre 42


Presença pedagógica
Atue para que os alunos percebam a qualidade do trabalho realizado, reconhecendo
os avanços e o que precisa ser aprimorado. Esse é um momento fundamental para
avaliação conjunta dos conhecimentos apropriados e o compartilhamento de novos
saberes oriundos do processo. Como os jovens já têm contato mais aprofundado com
o tema geral, são capazes de identificar seus desafios no contexto do repertório
exigido para um estudante de Ensino Médio.

5ª e 6ª aula

 Etapas do Protagonismo envolvidas: mobilização.

1. Registre no quadro o tema bimestral e a pauta da aula. Inicie com aula dialogada para
contextualizar a Lei de Terras de 1850. Chame a atenção para a data de criação da
lei. Ela está relacionada à pressão da Inglaterra para o fim da escravização na
América, sobretudo porque há interesse em programar o trabalho livre e incentivar a
industrialização inglesa. Lembre os alunos do que estudaram no 2º bimestre em
História: o “Capitalismo e as transformações na produção, provocadas pela
industrialização na Europa nos séculos XVIII e XIX e seus desdobramentos nos
séculos XX e XXI”.

2. Para subsidiar o debate sobre a mudança da distribuição da terra no século XIX,


propomos fragmentos do artigo de José Luiz Cavalcante, A Lei de Terras de 1850 e a
reafirmação do poder básico do Estado sobre a terra. Leia, destaque e discuta com a
turma os seguintes aspectos dos fragmentos do artigo:

Artigo disponível em: bit.ly/lei-de-terras. Acesso em nov. 2017.

 A mudança da política de propriedade da terra, sua incorporação à economia


comercial e capitalista.
 A pressão inglesa ao fim do tráfico negreiro e a Lei Eusébio de Queirós.
 A substituição do trabalho escravizado pelo trabalho livre.
 Revalidação das concessões de sesmaria legitimando a posse.
 Iniciativa dos projetos de Lei que antecedem a Lei nº 601, de 1850. Os projetos de
José Bonifácio e Padre Diogo Feijó visavam estimular a imigração e conter os abusos
dos sesmeiros e dos grandes posseiros, que incorporavam grandes glebas e não
cultivavam.

A Lei de Terras de 1850 e a reafirmação do poder básico do Estado sobre a terra


“O ano da criação da Lei de Terras coincide com o da Lei Eusébio de Queirós, que
determinava a proibição do tráfico de escravos em território brasileiro. [...]
O fim do tráfico permitiu a existência de investimentos em outras atividades
econômicas (bancos, ferrovias etc.), contribuindo para a adaptação da sociedade
brasileira às exigências do capitalismo. Portanto, era necessário que o escravo
deixasse de ser uma mercadoria rentável e que a terra assumisse esse papel o mais
breve possível. A substituição do trabalho escravo pelo trabalho livre deveria ser
realizada de forma gradativa, porém a grande preocupação era a respeito de quem
financiaria a vinda de trabalhadores imigrantes para assumir as lavouras. Entre tantas
discussões, levantou-se a possibilidade de que a venda de terras propiciaria subsídios
para custear a aquisição de mão de obra.
[...] A partir da criação dessa lei (Lei de Terras), a terra só poderia ser adquirida
através da compra, não sendo permitidas novas concessões de sesmaria, tampouco a
ocupação por posse, com exceção das terras localizadas a dez léguas do limite do
território. Seria permitida a venda de todas as terras devolutas. Eram consideradas
terras devolutas todas aquelas que não estavam sob os cuidados do poder público em
todas as suas instâncias (nacional, provincial ou municipal) e aquelas que não
OPA Ciências Humanas - 2°ano /4° bimestre 43
pertenciam a nenhum particular, sejam estas concedidas por sesmarias ou ocupadas
por posse.
[...]. No que diz respeito à imigração, a lei determinava a permissão de venda de
terras aos estrangeiros e, caso houvesse interesse, estes poderiam se naturalizar.
Mas, como se sabe, as terras eram vendidas por um preço relativamente alto,
dificultando a aquisição por parte dos colonos.
[...] A Lei de Terras de 1850 é significativa no que se refere à ocupação da terra no
Brasil, pois a partir dela a terra deixou de ser apenas um privilégio e passou a ser
encarada como uma mercadoria capaz de gerar lucros.
[...]. Sendo assim, podemos concluir que a Lei de Terras só fez reafirmar e estimular a
tradição latifundiária brasileira. ”

CAVALCANTE, José Luiz. A Lei de Terras de 1850 e a reafirmação do poder básico do Estado.

3. Após a leitura mediada dos fragmentos do artigo, conforme metodologia da área de


Ciências Humanas, circule pela sala verificando os registros dos estudantes e reforce
a importância da sistematização escrita do tema debatido para a sequência do
bimestre e avaliações.

7ª e 8ª aula

 Etapas do Protagonismo envolvidas: avaliação.

A avaliação de História deve ser construída retomando as


Avaliação em atividades realizadas no bimestre, de preferência com
processo consulta aos registros produzidos pelos estudantes na
aula de leitura mediada e proposta de retomada para a
aula de EO. Dessa forma, o estudante percebe a
importância e o significado de seu percurso de estudo.
Não é problema retomar em uma prova algo que foi feito
em sala, pelo contrário, serve para o estudante se
apropriar do conhecimento e estabelecer sentidos. O
modelo de avaliação, abaixo, apresenta a atividade ao
aluno com um enunciado, seguindo-se as regras e as
questões.

AVALIAÇÃO DE HISTÓRIA (Ficha 1 do Caderno do Estudante)

Presença Pedagógica

Observe, professor, que os registros realizados pelos estudantes ao longo do


percurso são em si mesmos instrumentos de avaliação e de auto avaliação.
importantes serem aproveitados e retomados pelos estudantes para consulta em
eventuais outras formas de produção textuais ou provas. Essa escolha tem a intenção
de mostrar, a você e aos alunos, o valor dos registros produzidos em sala e nos
espaços de Estudos Orientados para identificar o aprendizado e as relações nele
construídas. Vale o mesmo para a parte das questões, ou seja, inserir na avaliação
aquelas de Enem apresentadas pelos times e selecionar outras de diversos
vestibulares sobre as temáticas estudadas, para diagnosticar avanços e dificuldades.
A sugestão de questões deve ser alterada conforme sua percepção do grupo classe.

OPA Ciências Humanas - 2°ano /4° bimestre 44


Sociologia
Eixo do 2º ano: Redes, saberes e movimentos.

Tema do bimestre: Diferentes saberes e representações.

Resumo: No 4º bimestre, a disciplina dá continuidade ao desenvolvimento do eixo do


2º ano, Redes: saberes e movimentos, e ao tema do 3º bimestre, “Globalização e
relações de poder: terra, trabalho e conhecimento”. O tema do atual bimestre na
disciplina, Diferentes saberes e representações, remete à discussão dos conceitos
de estrato e desigualdade social, com foco no Brasil atual.

Atividade exemplar

A proposta segue as etapas de desenvolvimento apresentadas a seguir. Sugerimos


iniciar o percurso com a retomada do estudo sobre as relações de trabalho e sua
precarização, desenvolvido no 2º e 3º bimestres. Nesse estudo, estabelecemos um
caminho inicial para o professor desenvolver outras atividades e finalizar o plano de
trabalho do bimestre, considerando o grupo classe.

Propomos também uma atividade integrada com História, o Parlamento Juvenil,


objetivando a sistematização do tema do bimestre e a apropriação de resultados pelos
estudantes.

 Primeira etapa: Identificar o tema proposto nas referências oficiais, conciliando


suas respectivas habilidades e competências.

 Segunda etapa: pesquisar, selecionar e classificar documentos para atividade.

Professor,

a etapa dois pressupõe ter definidos o enfoque e o recorte temático das aulas e as
principais habilidades e competências que lhes correspondem, para se chegar à
escolha dos documentos nos quais se apoiarão os encontros em sala. A pesquisa e
seleção desse material facilitam o planejamento da atividade e dão clareza ao
objetivo que se pretende atingir com os estudantes. Claro que a dinâmica do assunto
e das aulas pode, muitas vezes, modificar-se, o que não diminui a importância desta
etapa; ao contrário, o trabalho feito é meio caminho andado para os ajustes que forem
necessários.

 Terceira etapa: Fazer o planejamento da proposta,estabelecendo e registrando


seus objetivos, tempo de execução, forma de avaliação, material utilizado e gestão de
sala de aula.

Mapa de Atividades
Duração
Nome Resumo Página
prevista
Estudo dos conceitos de estrato e
Atividade Desigualdades desigualdade social, com foco no
4 aulas p.46
1 de várias ordens Brasil atual a partir dos diferentes
saberes e representações.

OPA Ciências Humanas - 2°ano /4° bimestre 45


Atividade 1
Desigualdades de várias ordens
Estudo dos conceitos de estrato e desigualdade social, com foco
Resumo
no Brasil atual a partir dos diferentes saberes e representações.
Entender e interpretar – artigo jornalístico, texto sociológico.
Registrar – anotações das aulas; ideias-chave identificadas em
um texto.
Produzir – texto argumentativo.
Identificar – a desigualdade brasileira na contemporaneidade.
Examinar – desigualdade social relacionada com as diferenças
étnicas e de gênero.
Objetivos Compreender – o modo de vida em uma sociedade desigual na
contemporaneidade.
Comprometer-se – com as propostas de trabalho do bimestre,
junto ao grupo classe.
Predispor-se – a ouvir o professor e os colegas.
Colaborar – com os colegas respeitando as diferenças.
Propor – novas soluções diante de um problema
Envolver-se – na aprendizagem (apresentar e questionar ideias).
Organização da
Em círculo, em fileiras e em duplas .
turma
Caderno do Estudante
Livro didático disponível na escola, que trabalham com os
conceitos de: Igualdade e desigualdade/ gênero/ etnia / igualdade
de oportunidade/ igualdade de condição/ Estado de bem-estar
social/ meritocracia/ justiça/ injustiça social/ exclusão/inclusão
social/ discriminação/ racismo/ ação afirmativa.

Sugestões
BOMENY H.; MEDEIROS, Bianca Freire; EMERIQUE, R. B.;
O’DONELL, j. Tempos modernos, tempos de Sociologia. São
Paulo: Ed. do Brasil, 2010.
SILVA, A. e outros. Sociologia em Movimento. São Paulo: Ed.
Moderna, 2016
Recursos e ARAÚJO, S.; BRIDI, M. A.; MOTIM, B. L. Sociologia. São Paulo:
providências Ed. Scipione, 2015.

Cartuns sobre desigualdades:


http://bit.ly/SinfronioCartunista. Acesso em jan. de 2018
 Diego Novaes, disponível em bit.ly/diego-novaes. Acesso em
jan. de 2018.
 Revista – África e Africanidades, disponível em bit.ly/revista-
africa. Acesso em jan. de 2018.
 Artigo de Eliane Brum – publicado em El País, disponível em
bit.ly/artigo-brum. Acesso em jan. de 2018.

Questões do ENEM 2004


Disponível em: bit.ly/enem-desigualdades. Acesso em jan. de
2018.
Duração Prevista 4 aulas

Desenvolvimento

OPA Ciências Humanas - 2°ano /4° bimestre 46


A situação de ensino-aprendizagem é organizada de forma sistêmica: mobilização,
iniciativa (aprofundamento), planejamento, execução, sistematização, avaliação final e
apropriação dos resultados com a reapresentação da avaliação modelo da fase inicial
da atividade.

1ª aula

 Etapas do Protagonismo envolvidas: mobilização.

1. Inicie a aula apresentando o plano de estudos aos alunos: retome o eixo temático do
ano: Redes: saberes e movimento, o tema do bimestre: Diferentes saberes e
representações e apresente o assunto da atividade: Desigualdade de várias ordens.
Detalhe o percurso da proposta, duração, competências e habilidades, e faça os
combinados necessários para garantir uma boa situação de aprendizagem.

2. Problematize o conceito de desigualdade. Pergunte o que eles entendem do conceito.


Deixe-os falar, verificando os conhecimentos prévios deles sobre o tema, tais como:
desigualdade social aliada a questões econômicas, preconceito étnico e de gênero.
Após os comentários, destaque aspectos importantes mencionados e peça para
registrarem. Procure contextualizar as falas, associando-as a diferentes condições
socioeconômicas e relações de poder observadas no cotidiano: moradia, acesso à
saúde, escolaridade, lazer, renda, emprego, preconceito de vários níveis etc.

Presença Pedagógica

Incentive os alunos a exporem suas ideias, mesmo que equivocadas. Esse


levantamento prévio de conhecimento deles permite coletar dados sobre a
aprendizagem para tomar decisões quanto a avançar com o tema de estudo ou
retomar conceitos e habilidades. É um tipo de avaliação em processo. No próximo
passo da atividade, quando os estudantes analisam dois cartuns, repete-se o
procedimento, e será possível verificar a aprendizagem em relação à leitura de
imagens trabalhada em bimestres anteriores e retomá-la caso seja necessário.

3. Prossiga com a problematização do conceito de desigualdade a partir dos cartuns de


Sinfrônio e Diego Novaes. Organize os alunos em duplas e, em seguida, distribua a
Avaliação Modelo dessa fase do desenvolvimento da atividade (Ficha 1). É
fundamental auxiliar os estudantes na problematização de um assunto e estimulá-los
na busca por respostas.

Presença Pedagógica

As imagens, sejam elas fotografias, pinturas ou desenhos, retratam elementos de


acordo com o ponto de vista do autor. Para se ler uma imagem, ela deve ser descrita.

Ajude os estudantes a:
 identificarem a data em que foi produzida a imagem, o nome do autor e quem ele é;
 decomporem a imagem em seus diversos elementos: pessoas (quem são, como
são seus olhares , gestos, vestuários, adornos, posição e disposição de cada uma);
cenário (chão, fundo); objetos (disposição).

Lembre-se:

 Na OPA do 2º ano, 2º bimestre, foi trabalhada a linguagem do cartum, retome com


os estudantes essa linguagem.
 Nesse momento, você está trabalhando com a Matriz de referência para o ENEM –
Eixo cognitivo - Dominar linguagens (DL): dominar a norma culta da Língua

OPA Ciências Humanas - 2°ano /4° bimestre 47


Portuguesa e fazer uso das linguagens matemática, artística e científica, e das línguas
espanhola e inglesa.

Para saber mais sobre:


Disponíveis em:
Cartuns do Sinfrônio: bit.ly/SinfronioCartunista.
Diogo Novaes: bit.ly/diego-cartum.
Revista – África e Africanidades: bit.ly/revista-africa.
Acessados em jan. de 2018.

4. Circule pela sala mediando as discussões e os registros realizados pelos estudantes.


Lembre-os de que já trabalharam com a linguagem do cartum e retome com eles o
procedimento de leitura dessa linguagem. Oriente-os a finalizarem os registros na aula
de Estudos Orientados, para entrega na próxima aula.

Presença Pedagógica

Ressalte para os alunos que o espaço de Estudos Orientados deve ser sempre
aproveitado por eles como tempo de preparação para uma demanda futura – por
exemplo, para anotar dúvidas, interpretações e questionamentos de leituras
realizadas em uma aula, preparando-se para uma discussão dessas leituras na aula
seguinte.

2ª aula

 Etapas do Protagonismo envolvidas: mobilização; iniciativa; planejamento.

1. Inicie registrando no quadro o tema bimestral e a pauta da aula. Peça para as duplas
lerem as respostas dadas às questões propostas na avaliação modelo. Ao final,
recolha as respostas. Avalie e verifique o que você deve reforçar em relação aos
conceitos de desigualdade e às habilidades de leitura de imagens e escrita. Essa
atividade poderá compor o quadro de avaliações do 4º bimestre com pesos que
considere mais convenientes diante das avaliações propostas para o bimestre.

2. Mantendo os alunos em duplas, peça que os estudantes leiam os dez primeiros


parágrafos do artigo de Eliane Brum, “Mãe, onde dormem as pessoas Marrons?”
(Ficha 2 do Caderno do Estudante). Oriente-os na leitura, lembrando-os dos
procedimentos trabalhados nos bimestres anteriores, de registrar:

Antes da leitura:

1- título da matéria;
2- autor;
3- título do jornal e endereço.

Durante a leitura:

4- palavras desconhecidas e buscar seu significado;


5- os sujeitos sociais e localização (espaço) identificados no texto;

Após a leitura:

6- Do que trata o texto?


7- Qual é a intencionalidade da autora?
8- Quais os aspectos mais marcantes do texto (selecionado um ou mais e justificando
a escolha com base no próprio texto).

OPA Ciências Humanas - 2°ano /4° bimestre 48


3º aula

 Etapas do Protagonismo envolvidas: iniciativa; planejamento; execução.

1. Faça a abertura da aula como de costume, registrando no quadro o tema bimestral e a


pauta da atividade. Inicie trabalhando com as mesmas duplas de alunos os itens 1 a 8
relativos à leitura realizada, no seguinte movimento: uma dupla expõe, a outra
comenta e o grupo classe discute. Ao final, comente, complemente e corrija caso
achar necessário.

Essa atividade poderá compor o quadro de avaliações do 4º bimestre com pesos que
considere mais convenientes diante das avaliações propostas, sendo importante que o
estudante tenha clareza do que está sendo avaliado e, na devolutiva, possa verificar
seus avanços e dificuldades em relação a pensamento crítico, habilidades e
competências (leitura, compreensão de texto e registro), bem como quanto à
colaboração com os colegas e respeito na escuta de suas ideias, participação com
propostas e responsabilidade com as tarefas demandadas pela atividade.

2. Mantenha as duplas e distribua a Ficha 3, que traz um ítem do Enem que aborda a
questão étnica e o pensamento dos sociólogos brasileiros Gilberto Freyre e Florestan
Fernandes. Peça para os alunos lerem e estipule um tempo para que escolham a
alternativa que consideram correta e anotem no caderno a justificativa dessa escolha.

Resposta: C

3. Solicite que uma dupla exponha a alternativa escolhida com a justificativa e depois
abra discussão para o grupo classe. Anote o que considerar importante para, depois,
ampliar a discussão. Não revele a alternativa correta. Pergunte o que é necessário
saber para se chegar à resposta certa. Deixe que falem, intervenha quando necessário
e, ao final, informe que deverão continuar a resolução do exercício na aula de Estudos
Orientados, orientando-os quanto à tarefa:

1) Consultar os livros didáticos de Sociologia disponíveis na escola e buscar o tema


da desigualdade. Importante que os/as estudantes extraiam dos textos os conceitos
de: Igualdade e desigualdade/ gênero/ etnia / igualdade de oportunidade/ igualdade de
condição/ Estado de bem-estar social/ meritocracia/ justiça/ injustiça social/
exclusão/inclusão social/ discriminação/ racismo/ ação afirmativa.

2) Procurem também saber quem é Florestan Fernandes e Gilberto Freyre.

Florestan Fernandes

Disponíveis em:
bit.ly/FlorestanFernandesWikipedia e bit.ly/FlorestanFernandesBrasilEscola.
Acessos em jan. de 2018.

Gilberto Freyre
Disponíveis em:
http://bit.ly/GilbertoFreyreWikipédia e http://bit.ly/GilbertoFreyreBio
Acessos em jan. de 2018.

3) Trazer para a próxima aula a justificativa da alternativa que consideram correta,


com base nos estudos realizados, e as possíveis dúvidas da leitura dos textos
propostos.

OPA Ciências Humanas - 2°ano /4° bimestre 49


Presença Pedagógica

Lembre os alunos de utilizarem os procedimentos de leitura já trabalhados e de que


os conceitos acima citados já foram estudados no 1º ano/ 4º bimestre, devendo agora
ser aprofundados e consolidados.

4ª aula
 Etapas do Protagonismo envolvidas: sistematização; avaliação.

1. Inicie registrando no quadro o tema do bimestre e a pauta da aula. Proponha uma


discussão das leituras realizadas, proponha discussão com o grupo classe sobre a
questão do Enem, solicitando a duas duplas de alunos que apresentem suas escolhas
de alternativa correta, fundamentada na leitura realizada. Em seguida, abra para o
grupo classe e ajude-os a resolverem as dúvidas dos textos lidos.

Se considerar que a atividade deve participar do quadro de avaliações do 4º bimestre,


esclareça isso aos alunos e também as habilidades e competências em avaliação:
pensamento crítico, leitura, compreensão de texto e registro, colaboração com os
colegas e respeito na escuta de suas ideias, participação e responsabilidade em
relação às tarefas demandadas. Na devolutiva, comente todos esses itens.

2. Apresente para os alunos a avaliação modelo realizada na etapa de mobilização da


atividade e peça que a refaçam. Ao terminarem, solicite que elaborem um quadro
comparativo, colocando lado a lado as respostas iniciais e as atuais. Diga que iniciem
isso em sala de aula e finalizem na aula de Estudos Orientados para o próximo
encontro, quando vocês farão uma roda de conversa sobre comparação de respostas
à avaliação modelo. Nessa ocasião, observe se eles desenvolveram o pensamento
crítico.

3. Avise-os que nas próximas aulas de História e Sociologia eles aplicarão os conceitos e
habilidades desenvolvidos até aqui em uma atividade integrada: a simulação de um
debate sobre um projeto de lei elaborado por eles, na condição de parlamentares
representantes de partidos/times.

OPA Ciências Humanas - 2°ano /4° bimestre 50

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