Opa CH Integrada 1ºano 4ºbi PDF

Orientação para planos
Uma parceria entre a

de aulas (OPA)
SEEDUC/RJ e o Instituto
Ayrton Senna
Ciências Humanas
Cultura, identidade e território
1º ano/4º bimestre
1º ano/4º bimestre
Orientação para planos de aulas
(OPA)
Uma parceria entre a
SEEDUC/RJ e o Instituto
Ayrton Senna
Ciências Humanas
]
Cultura, identidade e território
Introdução p. 03
Quadro-síntese da proposta de estudo p. 04
p. 05
Sumário
Quadro integrador da área
Filosofia p. 06
Geografia p. 22
História p. 30
Sociologia p. 41
OPA Ciências Humanas – 1ºano/4º bimestre 2

Introdução
Caros professores,
O objetivo deste bimestre é promover a aprendizagem dos conteúdos de História, Geografia,

Filosofia e Sociologia de maneira articulada, de modo que o aluno tenha uma visão geral do
trabalho da área, ou seja, que aprenda diferentes aspectos ligados às disciplinas a partir de
fenômenos semelhantes. Espera-se que os alunos compreendam que os conteúdos podem
ter tratamentos diversos e complementares entre as disciplinas. Para tanto, é fundamental
garantir reuniões de área para planejamento conjunto. É interessante destacar que os
estudantes terão uma visão geral do trabalho e um ponto de vista privilegiado em relação aos
próprios professores. Nesse sentido, seria coerente um desdobramento natural deste
trabalho, a partir da elaboração de um instrumento de avaliação comum envolvendo as quatro
disciplinas integradas.

Quadro-síntese da proposta de estudo
Filosofia Geografia História Sociologia
Compreender os H17 – Analisar H1 - Interpretar H3 - Associar as

elementos culturais fatores que explicam historicamente e/ou manifestações
Matriz de que constituem as o impacto das novas geograficamente culturais do
competência identidades. tecnologias no fontes documentais
presente aos seus
do Enem processo de acerca de aspectos
H2 – Analisar a processos
territorialização da da cultura.
produção da memória históricos.
produção.
pelas sociedades
humanas.
H19 – Reconhecer as H11 - Identificar H4 – Comparar
H4 – Comparar pontos transformações registros de pontos de vista
de vista expressos em técnicas e práticas de grupos expressos em
diferentes fontes sobre tecnológicas que sociais no tempo e
diferentes fontes
determinado aspecto determinam as várias no espaço.
da cultura. formas de uso e sobre determinado
apropriação dos H12 - Analisar o aspecto da cultura.
Compreender a
espaços rural e papel da justiça
produção e o papel
histórico das
urbano. como instituição na H11 – Identificar
organização das registros de
instituições sociais,
H28 – Relacionar o sociedades. práticas de grupos
políticas e econômicas,
uso das tecnologias
associando-as aos sociais no tempo e
com os impactos H16 - Identificar
diferentes grupos, no espaço.
sócio-ambientais em registros sobre o
conflitos e movimentos
diferentes contextos papel das técnicas
sociais.
histórico-geográficos. e tecnologias na
H14 – Comparar organização do
diferentes pontos de H29 – Reconhecer a trabalho e/ou da
vista, presentes em função dos recursos vida social.
textos analíticos e naturais na produção
interpretativos, sobre do espaço
situação ou fatos de geográfico,
natureza histórico- relacionando-os com
geográfica acerca das as mudanças
instituições sociais, provocadas pelas
políticas e econômicas. ações humanas.
Elaborar propostas (EP): recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola para
Competências elaboração de propostas de intervenção solidária na realidade, respeitando os valores
do Enem humanos e considerando a diversidade sociocultural.
comuns a
todas as áreas Dominar linguagens (DL): dominar a norma culta da Língua Portuguesa e fazer uso das
linguagens matemática, artística e científica, e das línguas espanhola e inglesa.
Enfrentar situações-problema (SP): selecionar, organizar, relacionar, interpretar dados e
informações representadas de diferentes formas, para tomar decisões e enfrentar
situações-problema.
Construir argumentação (CA): relacionar informações representadas em diferentes
formas e conhecimentos, disponíveis em situações concretas, para construir argumentação
consistente.
Matriz de
Competências Esta OPA contempla as oito macrocompetências da Matriz – autoconhecimento,
para o Século responsabilidade, colaboração, comunicação, abertura para o novo, pensamento crítico,
21 criatividade e resolução de problemas –, privilegiando-as de acordo com as atividades
propostas em cada disciplina.

Quadro integrador da área
Filosofia Geografia História Sociologia
O que é Por que Porque os indígenas O que são cotas de

opinião? Minhas observamos o são estereotipados no políticas raciais?
opiniões esgotamento de Brasil?
possuem diversos recursos Há posições
Perguntas argumento? naturais nos dias Qual o motivo da diferentes em
norteadoras atuais? causa indígena na relação às cotas
O que é doxa? atualidade ser para políticas
O que é o ignorada pela maioria raciais?
O que é desenvolvimento da população?
episteme? sustentável e quais Como os estudantes
os desafios de sua Existe relação entre o leem o texto gênero
O que é implementação processo de entrevista?
pensamento frente ao atual colonização e a visão
cientifico? modelo de estereotipada de Como os estudantes
desenvolvimento? negros e indígenas no produzem um
O que é senso Brasil? relatório?
comum? Qual a importância
das relações O modelo de Como comparam
Só a ciência geopolíticas e das produção e de ideias diferentes?
conhece? conferências trabalho imposto as
internacionais para colônias acabou? Sabem extrair
O que é o futuro dos argumentos de um
preconceito? recursos naturais? Podemos considerar o texto?
Brasil e os países que
Quais aspectos do foram colônias como Há diferenças entre
nosso modo de atrasados os sociólogos sobre
vida contribuem economicamente? a discriminação
para o racial?
esgotamento dos Qual o motivo de
recursos naturais? sermos um país em Há relação entre a
desenvolvimento? desigualdade e
discriminação racial?
O modelo de
escravidão é uma Como os estudantes
herança nas relações leem e interpretam
de trabalho no Brasil gráficos e tabelas?
atual?
Metodologias
Integradoras Presença pedagógica, aprendizagem colaborativa, problematização e formação de
comuns à leitores e produtores de textos na perspectiva dos multiletramentos.
área
Filosofia
“Infinitos espíritos encontram-se arruinados pelas próprias forças e flexibilidade”.
Montaigne
Numa época de crise de paradigma, incertezas e ausência de verdades, a espécie humana é

a todo momento confrontada sobre qual caminho deve seguir. O século XXI começou com o
desafio de problematizar todas as solidezes e dialogar com todo conhecimento produzido pela
humanidade em todos os tempos e territórios. Compreender as diferentes culturas em
detrimento do etnocentrismo e reconhecer a autodeterminação dos povos tem sido uma utopia
de algumas linhas de pensamento cientifico, mas está longe de ser reconhecido pela política
e pela maioria dos cidadãos. Os movimentos sociais e as manifestações estão, cada vez mais,
distintas das orientações ideológicas das tradicionais esquerda e direita e das instituições de
representação.
Neste bojo, os novos movimentos sociais, constituídos de uma estrutura sem hierarquia,
buscam criar uma nova versão de democracia, direta e equânime. Porém, o cenário da luta
pelo poder continua sendo o Estado nacional, sobretudo nas crises contemporâneas que
forçam os Estados nacionais a impor medidas de austeridade em prejuízo dos direitos sociais.
Torna-se necessário, cada vez mais, nos posicionarmos. Mas como fazer isso com
conhecimento e responsabilidade num mundo onde todos emitem opiniões que, ao
espremermos, são meras reproduções de discursos sem reflexões? Concordamos com as
limitações do pensamento ocidental na constituição de um processo civilizatório, contudo,
vamos revisitar os clássicos para nos desfazermos da mediocridade dos destinos sombrios
num mundo de invenções maravilhosamente vazias.
O conhecimento contemporâneo problematiza a herança da ciência moderna com seus

paradigmas, contudo, a humanidade carrega o legado de confundir outros saberes com o
senso comum e desconsiderar tudo que não nasceu do logocentrismo. Vamos, neste
percurso, problematizar como os conceitos de doxa e episteme dos gregos permanecem vivos
na nossa sociedade e buscar desenvolver as competências criticas e criativas, dos
estudantes. Para isso, vamos interpretar textos, imagens e trabalhar de forma colaborativa ao
longo do bimestre.
Mapa das Atividades
Filosofia
Eixo do 1º ano: Cultura, identidade e território.
Tema do bimestre: O público e o privado: direitos e privilégios em diferentes tempos.
Resumo: O percurso esta planejado para 12 aulas com atividades diversas. Aula de
retomada, aula expositiva, aula dialogada, leitura de texto mediada pelo professor, leitura de
vídeo, trabalhos em duplas, trabalhos em times e debates mediados em sala. O objetivo é
problematizar a ideia de verdade e a construção da teoria do conhecimento. Vamos fazer uma
breve viagem por alguns marcos do pensamento filosófico ocidental, discutindo os conceitos
de Doxa e Episteme. As aulas não preenchem todos os tempos do componente curricular,
pois consideramos a diversidade das turmas e, portanto, espaços para que o professor possa
exercitar sua autonomia e propor atividades e/ou avaliações.
Nome Resumo Duração Página

prevista
Nesta aula o estudante é convidado a
relembrar e sistematizar o que foi
Retomada do 3º
Atividade aprendido no bimestre anterior. Para isso, 1 aula p.08
bimestre
1 utilizaremos o mapa de palavras e a
aprendizagem colaborativa.
Em 5 aulas, a turma deve iniciar a reflexão
sobre a diferença entre doxa e episteme.
Atividade Para isso, deve interpretar uma charge, ler
Doxa e episteme e estudar em dupla um fragmento de um 5 aulas p.10
2
texto sobre opinião e, sob a mediação do
professor, ler um texto sobre doxa.
Neste percurso de 6 aulas, os estudantes
entram em contato com o pensamento de
Platão e Aristóteles sobre doxa e
episteme. Dialogam sobre essas
diferenças de pensamento e,
conjuntamente com o professor, fazem a
leitura de um texto sobre o conceito de
Platão, doxa. Assistem a um vídeo com um breve
Atividade
Aristóteles e o panorama do pensamento filosófico sobre 6 aulas p.16
3
contemporâneo a teoria do conhecimento. Em duplas,
analisam esse vídeo e socializam com a
turma. Discutem, com a mediação do
professor, questões do Enem sobre o
tema e, em times, encerram a atividade do
bimestre com uma pesquisa sobre
preconceito que apresentam para toda
turma.

Atividade 1
Retomada do 3º bimestre
Nesta aula, o estudante é convidado a relembrar e sistematizar o que foi
Resumo aprendido no bimestre anterior. Para isso, utilizaremos o mapa de palavras
e a aprendizagem colaborativa.
Retomar o conteúdo aprendido no 3º bimestre por meio da construção de
Objetivos
um mapa de palavras
Organização da Carteiras e cadeiras organizadas de acordo com a atividade: aula dialogada
turma – disposição em “U”.
Recursos e
 Ficha 1 do Caderno do Estudante.
providências
Duração Prevista 1 aula

Para a sua mediação e presença pedagógica:
Planejar as atividades; aula dialogada - estimular a reflexão dos alunos por meio de perguntas,
paciência e elaboração de perguntas que conduza a reflexão desejada.
Desenvolvimento
1. Inicie o encontro escrevendo a pauta e a data no quadro. Distribua a Ficha 1 do Caderno do

Estudante, que consiste em uma atividade de retomada e de elaboração de um mapa de
palavras. Organize o desenvolvimento da atividade e explique, se desejar, que ela também é
parte da recuperação. Circule pela sala orientando os estudantes e, após o exercício
individual, faça a mediação no quadro, ajudando os estudantes a fazerem o mapa de palavras
solicitado na Ficha 1.
Orientações para Ficha 1 – Retomada

Permaneça orientando os estudantes a preencherem a ficha com nome e turma.
Questão 1 - Vide 1º passo.
Questões 2 e 3 - Neste momento, circule a palavra pela sala, escolha dois ou três alunos
para compartilhar as palavras escolhidas, registre-as no quadro, faça observações e
problematize eventuais erros conceituais.
Questão 4 - Após destacar no quadro as principais palavras-chave, oriente a turma na
construção de um mapa de palavras. Dê um exemplo possível de agrupamento destacando
uma palavra principal e solicite que, consultando o quadro-negro e o caderno, façam o mesmo
na ficha; circule pela sala orientando os jovens.

Professor(a), a atividade é importante, pois prepara os estudantes para a elaboração, em outra
ocasião, de mapas conceituais. Trata-se, então, de uma aproximação com a técnica. Conforme
consta da ficha, peça que registrem palavras escolhidas de retomada (tempo previsto: 5 minutos).
Acompanhe os estudantes na realização do mapa de palavras; circule pela sala.
Neste momento é possível diagnosticar os que os estudantes aprenderam e quais dificuldades
permanecem. Então, se necessário, faça intervenções para fomentar a aprendizagem dos
estudantes.
2. Reserve os cinco minutos finais da aula para fazer encaminhamentos, recolha a ficha (ou o
caderno), lembrando-se de que ela pode ser usada como parte da recuperação ou oferecer
um panorama mais geral sobre a aprendizagem dos jovens. Assim, não é necessário recolher
o material de todos os estudantes.
A retomada é um excelente exercício para identificar a aprendizagem da

turma. É fundamental circular na sala e perceber quais estudantes se
lembram dos conteúdos trabalhados no bimestre anterior e, sobretudo,
aqueles que conseguem estabelecer relações. Estimule a colaboração
entre os estudantes e diga que não se trata de fazer cópias das palavras
ou esquemas, mas que cada estudante deve estabelecer suas conexões
e, quando tiver dificuldade, pode solicitar ajuda do colega. Potencialize
a aprendizagem colaborativa e explicite isso aos estudantes.

Atividade 2
Diferença entre doxa e episteme
Em 5 aulas, a turma deve iniciar a reflexão sobre a diferença entre doxa e
episteme. Para isso, deve interpretar imagens, ler e estudar em dupla o
Resumo
fragmento de um texto sobre opinião e, sob a mediação do professor, ler um
texto sobre doxa.
Ativar o conhecimento prévio sobre as categorias fundamentais do pensamento
Objetivos filosófico, preparando os jovens para o debate platônico sobre doxa e episteme
por meio de um recorte da atualidade entre opinião e conhecimento
Organização da Carteiras organizadas de acordo com a atividade: aula dialogada – disposição
turma em “U”, atividade em dupla – agrupamento em dupla.
Recursos e  Fichas 2, 3 e 4 do Caderno do Estudante.
providências  Caderno, dicionários, computador, Internet.
Duração Prevista 5 aulas

Para a sua mediação na leitura e produção de textos na perspectiva dos Multiletramentos e
presença pedagógica:
Aula dialogada, estimular a reflexão dos alunos por meio de perguntas, paciência e elaboração de
perguntas que conduza à reflexão desejada, circular nos grupos para orientar.
Desenvolvimento
1ª, 2ª, 3ª, 4ª e 5ª aulas

1. Inicie o bimestre com a proposta de trabalhar, de maneira paralela ao conteúdo, algumas
competências socioemocionais. Para isso, apresente as competências:
a) AUTOCONHECIMENTO (Capacidade de usar o conhecimento de si, a estabilidade

emocional e a habilidade de interagir nas tomadas de decisão, especialmente em
situações de estresse, críticas ou provocações.)
b) COLABORAÇÃO (Capacidade de atuar em sinergia e responsabilidade compartilhada,
respeitando diferenças e decisões comuns, adaptando-se a situações sociais variadas.)
c) RESPONSABILIDADE (Capacidade de agir de forma organizada, perseverante e
eficiente na busca de objetivos, mesmo em situações adversas.)
d) COMUNICAÇÃO (Capacidade de compreender e fazer-se compreender em situações
diversas, respeitando os valores e atitudes dos envolvidos nas interações. Capacidade
de utilizar criticamente as habilidades de leitura e de produção textual.)
e) PENSAMENTO CRÍTICO (Capacidade de analisar ideias e fatos em profundidade,
investigando os elementos que os constituem e as conexões entre eles, utilizando
conhecimentos prévios e formulando sínteses)
f) RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS (Capacidade de identificar problemas, desenvolver e
lançar mão de conhecimentos e estratégias diversas para resolvê-los, bem como de
aprender com o processo, aplicando as soluções em outros contextos)
g) CRIATIVIDADE (Capacidade de fazer novas conexões a partir de conhecimentos
prévios; de buscar soluções novas, gerenciando variáveis aparentemente desconexas;
de dar saltos conceituais.)
h) ABERTURA PARA O NOVO (Disposição para novas experiências estéticas , culturais e
intelectuais; atitude curiosa , inventiva e questionadora em relação à vida.)

2. Todos devem anotar no caderno essas competências e revisitá-las ao longo do bimestre. Para
isso, explique cada uma delas e peça para que os estudantes estejam atentos a como essas
competências são demandadas e exercitadas nas atividades do semestre. Oriente os
estudantes a ficarem atentos às 8 competências, pois, ao final do bimestre, eles deverão
elencar, apresentando evidências, as duas nas quais alcançaram maior aprendizagem e as
duas que são mais desafiadoras para eles.
3. Depois, faça uma rápida fala dizendo que iniciaremos o bimestre na área identificando o
conhecimento prévio acerca das palavras que formam o tema do bimestre: O público e o
privado: direitos e privilégios em diferentes tempos. Também peça aos estudantes que
relatem o que entendem sobre o tema, identificando o repertório deles acerca desse assunto.
Essa é uma maneira de fazer o diagnóstico do repertório dos estudantes, pois podemos
identificar tanto o vocabulário quanto as referências de conceitos fundamentais na área. É
provável que eles apresentem diferenças de conceituação, e você pode aproveitar para fazer
o registro dessas referências, com vistas a estabelecer critérios de avaliação e planejamento.
Professor(a), os estudantes realizaram uma atividade de retomada do estudo em Filosofia

no bimestre anterior, com a finalidade de identificarem o percurso que está sendo
desenhado. Aproveite para estabelecer relações com o eixo do 1º ano, Cultura, identidade
e território.
4. A continuidade do trabalho em Filosofia se dá pela diferenciação entre doxa e episteme,

situando a importância e o legado que a filosofia grega deixou para o mundo ocidental. Para
iniciar esse estudo, os estudantes desenvolverão uma atividade acerca das manifestações
ocorridas em junho de 2013 no Brasil.
5. Contextualize as manifestações, mas, se preferir, faça a contextualização depois da leitura de

imagens.Lembre que você conhece a turma e, a partir do perfil dos jovens, decidaquais dos
conteúdos abaixo podem contribuir para esse panorama temático:
 Retrospectiva: manifestações não foram pelos 20 centavos (Folha de S. Paulo)

Disponível em: bit.ly/retrospectiva-manifestacoes Acesso:22/05/2017
 As manifestações de rua de 2013 e 2015 (Estadão)

Disponível em: bit.ly/manifestacoes-2013-2015 Acesso:22/05/2017
 Manifestações de junho agitaram todo o país (jornal do Brasil)

Disponível em: bit.ly/manifestacoes-agitaram-pais Acesso:22/05/2017
 Protestos completam um ano e violência policial se repete (EBC)

Disponível em: bit.ly/protestos-violencia Acesso:22/05/2017
 O Brasil foi às ruas em junho de 2013

Disponível em: bit.ly/brasil-ruas Acesso:22/05/2017

Orientações para Ficha 2 – Doxa e Episteme
1. Distribua a Ficha 2 do Caderno do Estudante. Os estudantes devem observar as imagens

apresentadas ali (os links também estão disponíveis ao fim deste quadro) e elaborar
hipóteses acerca de suas mensagens, iniciando, assim, o estudo sobre a diferença entre
doxa e episteme por meio dos quadrinhos. As três imagens contem ironias acerca das
informações, opiniões e, portanto, das tomadas de decisão e posicionamento diante do
conhecimento. A relação com o estudo da diferença entre doxa e episteme pode, dessa
forma, ser aproximada do repertório do estudante.
2. Para tornar a aula mais interessante, divida a turma em três times e peça para
interpretarem e prepararem uma apresentação para turma. Oriente os estudantes a
problematizar e fazer a leitura das imagens em time. Para isso, circule entre os times e
ajude a formular perguntas e possíveis interpretações.
3. Após a leitura e elaboração das hipóteses pelos estudantes, faça a mediação da
socialização da produção dos times. Compare as produções. Suas respostas sobre as
imagens fornecem pistas para avaliar o repertório deles sobre a importância de se refletir
sobre as questões que opinamos. Nesse sentido, reforça-se o valor do estudo e do
conhecimento de qualquer natureza. Espera-se, então, que os estudantes reconheçam a
ironia de que os manifestantes representam pessoas que não sabem exatamente do que
estão falando: ou seja, no sentido grego antigo, o senso comum, a doxa, a mera opinião
sem argumento ou fundamentação.
Imagem 1
Disponível em: bit.ly/protesto-1 Acesso: 22/05/2017
Imagem 2
Disponível em bit.ly/protesto2 Acesso: 22/05/2017
Imagem 3
Disponível em bit.ly/protesto3 Acesso: 22/05/2017
6. Como forma de desenvolver a aula e atribuir significado à leitura das imagens, proponha um
desafio aos estudantes com as seguintes perguntas: Vocês conhecem a expressão popular
“as aparências enganam”? O que ela quer dizer? Em qual contexto é utilizada? Você já ouviu
ou utilizou essa expressão? O que é ter uma opinião? Quando emite uma opinião, você se
baseia em quê? Qual a origem e o significado da palavra opinião? O que é hipótese?
Sempre encerre a aula com a fala de dois estudantes avaliando a

aprendizagem. Pergunte o que entenderam, quais foram as principais
dificuldades e o que facilitou a aprendizagem.
Este é um excelente momento para diagnosticar as dificuldades e
aprendizagens da turma, mas não se esqueça de sempre alternar os
estudantes, garantindo que todos participem.
7. Distribua a Ficha 3 do Caderno do Estudante e oriente a atividade. A seguir,

apresentamos uma sugestão de mediação.
1. Leia com os estudantes o fragmento do texto a seguir:

“[...] A opinião só pode ver as coisas sensíveis mergulhadas no devir — [...] o próprio agente
da opinião está mergulhado no processo de mudança constante do seu ser que o levará, em
última instância, a não mais ser —; a opinião só pode perceber as primeiras aparências. O
intelecto, ao contrário, tenta ver, para além das aparências e das mudanças, o que não muda,
portanto, o que é...”.1
Oriente que eles realizarem a atividade individual:
a) De que trata o texto? (Incentive os estudantes a fazerem a interpretação do fragmento.

Para isso, é importante identificarem e pesquisarem o significado das palavras desconhecidas
e a relação do sentido das palavras na ideia geral da frase.)
b) Consulte, no dicionário, o significado da palavra “devir”. (Oriente os estudantes a
identificarem mais de um significado e escolherem o mais adequado ao contexto)
Professor(a), solicite que alguns estudantes socializem o que responderam nas questões
acima. Problematize a pesquisa no dicionário e o significado do termo “devir”, como ele se
aplica no nosso cotidiano. Encaminhe a próxima etapa da atividade, dessa vem em duplas,
orientado os estudantes a refletirem sobre a relação do conteúdo com o cotidiano. Ajude – os,
se necessário, retomando os exemplos trabalhados na Ficha 02.
Oriente a realizarem a atividade em dupla:
a) Segundo o texto acima, a “opinião” está relacionada à ideia de mudança, de inconstância,
enquanto o “intelecto” está ligado ao que permanece e, nesse sentido, ao que é verdade.
Procure justificar essa ideia com algum exemplo atual do seu cotidiano.
Professor(a), solicite que algumas duplas socializem o que responderam e os exemplos do
cotidiano, depois de problematizar e comparar os exemplos convide outras duplas para falar
sobre a diferença entre doxa e episteme.
b) Professor(a), estabeleça a diferença entre doxa e episteme. Se necessário, escreva no
quadro, circule a palavras (doxa e episteme), faça as perguntas intercalando-as com as
respostas dos estudantes e problematizando, de maneira que compreendam a diferença entre
emitir opinião e argumentar com base em fatos e fundamentos.
8. Após a atividade em dupla, aprofunde, com os estudantes, os conceitos por meio de um texto.
Distribua a Ficha 4 do Caderno do Estudante e leia com os estudantes o fragmento do texto,
mediando a interpretação e compreensão do texto.
Orientações para Ficha 4 –Doxa e Episteme

Veja, abaixo, algumas orientações para a sua mediação. Estas estão organizadas de
acordo com trechos do texto que será lido pelos estudantes.
 “A doxa reside dentro da famosa caverna de Platão...”

Peça para um estudante ler o primeiro parágrafo, em seguida pergunte o que entendeu,
se não sobre interpretar o ajude, pergunte se sabe o significado de cada palavra. Depois,
explique frase por frase, peça ajuda da turma para envolver todos. Se algum estudante
interpretar de primeira peça que explique como chegou nesta interpretação.
 “A doxa reside no corpo, que não é apenas o continente da alma...”
A metáfora utilizada para explicar onde a doxa reside é um ótimo exemplo para que os
estudantes consigam abstrair e entender, mas perceba que este texto exige concentração
e muito estudantes terão dificuldades, então não tenha pressa.

 “Todo o trabalho dos homens de pensamento consiste em libertar e separar a
alma do corpo...”
Neste trecho é fundamental explicar o que é mundo sensível e inteligível para Platão. 1)
o mundo sensível, dos fenômenos e acessível aos sentidos; e 2) o mundo das ideias
gerais (inteligível), "das essências imutáveis, que o homem atinge pela contemplação e
pela depuração dos enganos dos sentidos".
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda e MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução à
Filosofia. 2ª ed. São Paulo: Moderna, 1997.
 “Assim como o corpo se opõe à alma, a doxa se opõe à episteme...”
Leia mais sobre o assunto no texto “Platão e a Distinção entre o Mundo Sensível e o
Mundo das Ideias”.
Disponível em: bit.ly/mundo-sensivel-ideias. Acesso: 11/04/2017.
 “A oposição entre doxa e episteme atualiza-se, hoje...”
Aproveite este trecho para relacionar com o que já foi estudado e problematizado nas
Fichas 2 e 3, inclusive as imagens.
Aqui está o coração do texto, onde o estudante pode fazer conexões e estabelecer
relações, por isso é fundamental permanecer bastante tempo neste trecho até que todos
entendam. Peça para alguns estudantes citarem exemplos que, por analogia, são da
mesma natureza dos citados no texto. Professor(a), lembre-se do objetivo da área e
destaque esta última frase sobre a desconfiança da episteme.
 “O próprio Platão reconhecia que o nosso mundo, o mundo do humano, se

encontra dentro da caverna...”
Professor explique o pensamento de Platão, mas já problematize sobre os problemas da

epistemologia da ciência e como a especialização pode causar uma falsa impressão de
conhecimento. Problematize que o conhecimento nunca está pronto e acabado, portanto
não existe uma verdade absoluta. Esgote os exemplos do texto e dialogue com a turma
sobre exemplos da vida deles e/ou da sua que ajudem a compreender o texto.
Problematize a hegemonia de um modelo de conhecimento acadêmico em detrimento de

outros saberes. Ainda que se pontue as contribuições da ciência, lembre aos estudantes
que a humanidade viveu séculos sem ela, de maneira que não devemos valorizar um
saber apenas, em um detrimento de outros.
 “O crítico ou professor de literatura deve se preocupar em apurar...”
Problematize se entenderam porque na escola não valorizamos só a opinião, mas os

argumentos e, sobretudo, quais as referências destes argumentos, ou seja, o que está
por trás deste pensamento? O que você quer dizer com este argumento?

Professor(a), para facilitar o entendimento do texto da Ficha 4, estimule os estudantes a
relacionar o sentido do texto com as imagens da Ficha 02 .
Um equívoco que os estudantes podem cometer é confundir o sentido de doxa/opinião com
“saber popular”, uma vez que a doxa pode ser entendida como senso comum. No entanto,
há uma diferença entre saber popular e senso comum. É importante chamar a atenção de
que são conceitos diferentes: o saber popular contém um conhecimento em si mesmo que
é construído historicamente, já a expressão doxa se refere à opinião sem fundamentação
ou senso comum. Por exemplo, os povos indígenas amazônicos conhecem a propriedade
medicinal de substâncias contidas em plantas da floresta. O senso comum (isento de
reflexão e observação, e carregado de preconceitos e estereótipos) ignora esses saberes.
A seguir, o link do texto sobre o assunto serve como subsídio complementar para
aprofundamento do tema. Disponível em bit.ly/descrição-doxa Acesso: 11/04/2017
Outro esclarecimento que pode ser feito é quanto aos sentidos da palavra doxa, que
equivale a crença. Para a Filosofia, a crença é adotada como verdade pelo senso comum,
sem qualquer reflexão, sem preocupação com sua validade, nem com a forma pela qual
tenha sido obtida.
Na disciplina de História, ao estudarem o direito à demarcação de terras de comunidades
quilombolas e de povos indígenas como forma de preservação de sua identidade e de seus
saberes, os estudantes podem compreender que esses saberes são fruto de reflexão, de
um determinado método classificatório; portanto, de um intelecto, assim, contendo, assim,
uma episteme própria.
Sempre encerre as aulas com a fala de dois estudantes avaliando a

aprendizagem. Pergunte o que entenderam, as dificuldades e o que
facilitou a aprendizagem. Para encerrar esta atividade circule com mais
de dois estudantes.
Este é um excelente momento para diagnosticar as dificuldades e
aprendizagem da turma, mas não se esqueça de sempre alternar os
estudantes, garantindo que todos participem.
Aproveite também para fazer um primeiro exercício das competências
socioemocionais.

Atividade 3
Platão, Aristóteles e o contemporâneo
Neste percurso de 6 aulas, os estudantes entram em contato com o
pensamento de Platão e Aristóteles sobre doxa e episteme. Dialogam
sobre essas diferenças de pensamento e, conjuntamente com o
professor, fazem a leitura de um texto sobre o conceito de doxa.
Assistem a um vídeo com um breve panorama do pensamento filosófico
Resumo
sobre a teoria do conhecimento. Em duplas, analisam esse vídeo e
socializam com a turma. Discutem, com a mediação do professor,
questões do Enem sobre o tema e, em times, encerram a atividade do
bimestre com uma pesquisa sobre preconceito, que apresentam para
toda turma.
Discutir a diferença entre os pensamentos de Platão e de Aristóteles
acerca da verdade.
Objetivos
Identificar as concepções filosóficas ao longo da história ocidental
sobre a teoria do conhecimento.
Organização da Carteiras e cadeiras organizadas de acordo com a atividade:
turma agrupamento em círculo para socialização e produção do trabalho.
Recursos e  Ficha 5 e 6 do Caderno do Estudante.
providências  Caderno, dicionários, computador, Internet

Aula dialogada, estimular a reflexão dos alunos por meio de perguntas, paciência e
elaboração de perguntas que conduza a reflexão desejada.
Desenvolvimento
1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, e 6ª aulas
1. Retomada. Professor(a), só faça a retomada se achar necessário, de acordo com o perfil da

turma. Se não a fizer, apenas peça para um estudante relembrar a aula anterior.
Em todo início de aula é possível avaliar o que ficou das aulas

anteriores, tendo-se assim uma noção do que os alunos estão
retendo e compreendendo em relação aos conteúdos, o que é
essencial para seguir com o estudo programado. Ajude a turma
nessa recuperação dos assuntos trabalhados. Contextualize e
demonstre a continuidade do tema e da reflexão.
2. Distribua a Ficha 5 do Caderno do Estudante. Nesta atividade, vamos analisar as diferenças

entre os pensamentos de Platão e Aristóteles acerca da concepção de verdade. Para esse
trabalho, apresentamos dois conjuntos de frases na Ficha 5 do Caderno do Estudante: um

com a concepção platônica de verdade (racionalista) e o outro com o princípio e a lógica
aristotélica acerca de sua concepção de verdade (empirismo).
3. Solicite que os estudantes leiam a Ficha 5 e destaquem o que entenderam e o que não
compreenderam.
4. Solicite que apresentem os destaques, circule a fala e, se achar necessário, escreva no
quadro.
5. Depois de diagnosticar o entendimento, medeie a leitura e explique o esquema.

6. Após finalizar a explicação oriente a avaliação:
Questões trazidas na avaliação

1. Em trio, crie um argumento a favor da concepção platônica de verdade.
2. Em trio, crie um argumento a favor da concepção aristotélica de verdade.
3. Podemos afirmar que há uma diferença epistemológica entre Platão e Aristóteles?
Justifique.
7. Circule nos trios e oriente a atividade.

8. Solicite que os trios socializem as respostas. Esta é uma atividade que pode ser atribuída
nota.
9. Se optar por atribuir nota, recolha, corrija e depois, ao devolver, solicite que socializem os
erros e acertos.
10. Caso não deseja atribuir nota, finalize a atividade, peça que alguns socializem, mas antes
verifique quem realizou a atividade e problematize os trabalhos.
Uma atividade de avaliação para nota já se faz necessária para

identificar como está a compreensão dos estudantes sobre o
conteúdo estudado. Pode-se optar por uma avaliação em trio ou
dupla, devido à complexidade da reflexão.
A devolutiva da ficha é fundamental para o estudante entender
como está o seu desenvolvimento. O que aprendeu, o que ainda
precisa melhorar e, sobretudo, como o professor esta atento a sua
aprendizagem. A retomada sempre nos dá uma evidencia do que
os alunos apreenderam.
11. Após encerrar a atividade da Ficha 5, introduza a próxima atividade, explique que será exibido
um vídeo de 16 minutos.
12. Exiba o vídeo “Teoria do Conhecimento - uma introdução”. Disponível em:
bit.ly/teoria_conhecimento Acesso: 22/05/2017
Antes de exibir, solicite que os estudantes se preparem para realizar registros a partir das
seguintes questões:
 Quais as compreensões dos filósofos sobre como conhecemos as coisas? Identifique
cada um dos filósofos e seus pensamentos.
 Como Sócrates propõem alcançar a essência da verdade?
 Como Platão e Aristóteles pensam o conhecimento?

Solicite que os estudantes se dividam em duplas, reflitam sobre suas anotações, registrem
respostas estruturadas a essas questões e tragam-nas na próxima aula. Para isso, oriente
os estudantes a reassistir o vídeo e retomar as questões no horário de estudos orientados.
13. Peça que as duplas socializem o que registraram. Circule a palavra, problematize as respostas
e, para organizar o pensamento dos estudantes, faça um esquema e/ou uma linha do tempo
com os filósofos e suas ideias. Para isso, é fundamental estudar e montar o esquema antes
da aula.
14. Após a atividade de analise do vídeo, convide os estudantes a analisarem as questões do
ENEM.
15. Trabalhando a questão 14 do ENEM 2014:
a. Exiba esta questão do Enem 2014

e problematize com os estudantes
qual a alternativa correta e por
quê. (B)
b. Problematize o enunciando e peça

que os estudantes façam a leitura
da imagem.
Escolha um estudante por vez para

explicar por que a alternativa “a”, “b”,
e assim sucessivamente, está ou
não está correta.
Para mediar a resolução da atividade com a turma, sugerimos a explicação presente no site
ResumoV, que pode ser acessada no link a seguir: https://bit.ly/resolucao1 (Acesso:
22/05/2017)
Resolução:
(B) Veja mais de perto o gesto de Platão apontando para cima. Vamos entender o sistema
filosófico proposto por ele para entender a temática da linguagem corporal. Platão
estabeleceu, em seu sistema filosófico, a existência de dois mundos: Mundo das ideias, das
essências, inteligível, que o homem atinge pela reflexão e dialética;
- Mundo sensível ou dos fenômenos. Este é o mundo material, que tocamos.

Assim, no quadro Escola de Atenas, Aristóteles aponta para baixo, para o mundo sensível,
material e prático. Já Platão aponta para cima, para o mundo das Ideias.

Seguindo a linha de raciocínio de Platão, temos a alegoria da Caverna:
Os homens vivem dentro de uma caverna, com medo de sair. Eles veem formas enormes na
parede da caverna e se amedrontam. Estas formas na verdade são sombras das formas reais
que estão fora da caverna. Similarmente, o homem vive acorrentado em uma realidade
ilusória, em que todas as coisas são sombras. E a verdade está acima, no mundo das ideias.”
16. Trabalhando a questão 25 do ENEM 2012:
Resolução e mediação:
 Peça para um estudante ler o fragmento do texto e interpretar. Comente com a

turma os conceitos presentes no fragmento.
 Peça para um estudante ler e identificar a pergunta. Comente com a turma a
importância de saber o que se pergunta e como identificar no texto.
 Escolha um estudante por vez para explicar a alternativa “a”, “b”, e assim
sucessivamente, indicando se está ou não está correta.
“De acordo com Platão, a realidade e o conhecimento são formulados em mundos

distintos: o inteligível e o sensível. As ideias nascem em um mundo inteligível, real e
imutável dominadas pela razão e pelos conceitos sendo, portanto, perfeitos. Já o mundo
das sensações seria uma mera cópia do mundo inteligível o que as tornariam imperfeitas.

Dessa maneira, para Platão as sensações podem nos confundir e induzir ao erro, sendo
somente a razão a responsável pela formação do conhecimento.
RESPOSTA CORRETA: D
Afirmando que a razão é capaz de gerar conhecimento, mas a sensação não”
Fonte: bit.ly/resolucao-2 (Acesso: 22/05/2017)
Atividade de avaliação em time
A. Proponha aos estudantes uma discussão sobre “preconceito” como estudo de caso para
diferenciar Doxa e episteme:
 Levante a pergunta “O que é preconceito?" e estimule que os estudantes respondam.
 Faça a seguinte pergunta: “O que vocês estavam falando é a opinião de vocês ou que
existe de cientifico? ”
B. Proponha a atividade dividindo a turma em times e solicite que pesquisem:

 Um exemplo de preconceito (religioso, cor/raça/etnia, regionalista, social, cultura etc);
 Fundamente porque este tipo de preconceito pode ser considerado um exemplo de
doxa;
 Argumente sobre como desmontamos as opiniões do tipo de preconceito que vocês
estão estudando.
C. Após a pesquisa, abra o debate na sala e peça para que as duplas exponham a sua
reflexão, problematize, pergunte a outros estudantes o que entenderam da exposição dos
colegas. Faça isso em, no mínimo, duas aulas e atribua nota, se achar necessário.
Professor(a), não se esqueça de fazer uma pauta de correção para as avaliações e, o mais
importante, de apresentar aos estudantes na orientação das atividades. Para isso, o
planejamento do bimestre é essencial.
Avaliação socioemocional do bimestre:
 Solicite que os estudantes retomem as competências socioemocionais anotadas na 2º

aula do bimestre e façam um quadro de acordo com o modelo presente na Ficha 6 do
Caderno do Estudante.
 Circule pela sala e oriente os estudantes quanto à identificação das atividades em que foi
possível identificar o trabalho com as competências. Depois, oriente-os sobre como
evidenciar as competências desenvolvidas e as não desenvolvidas.
 Após o término, solicite que socializem suas respostas e faça um mapa com as principais
competências desenvolvidas pela turma. Aproveite para socializar os argumentos e
evidenciá-los à luz do tema do bimestre. Recolha as avaliações e socialize na área e com
o Coordenador Pedagógico.

Avaliação bimestral do curso:
Solicite que a turma avalie o percurso do bimestre. Para isso, elabore algumas perguntas para
avaliar o método, os recursos, o tempo e as explicações, a participação da turma e outros
quesitos que considerar importante. Por exemplo:
 Como vocês avaliam o método utilizado nas aulas (pesquisa, debates e exemplo)?
 Os recursos utilizados (charge, texto, vídeo) facilitaram a aprendizagem? Argumente.
 O tempo das atividades foi adequado? Argumente.
 As explicações do professor contribuíram para sua aprendizagem? Argumente.
 A participação da turma favoreceu a aprendizagem?

Geografia
Quando o Sol
Se derramar em toda sua essência
Desafiando o poder da ciência
Pra combater o mal
E o mar
Com suas águas bravias
Levar consigo o pó dos nossos dias
Vai ser um bom sinal
(Paulo César Pinheiro)
Durante este percurso de aprendizagem, os estudantes investigarão e problematizarão

aspectos relacionados ao desenvolvimento sustentável. Inicialmente, vamos refletir sobre o
esgotamento de alguns recursos naturais e sobre a incapacidade do planeta em repor esses
recursos na mesma velocidade em que os usamos.
Vamos analisar a relação entre seres humanos e meio ambiente em diferentes escalas
geográficas para tentar compreender quais aspectos do nosso modo de vida contribuem para
um mundo em desequilíbrio.
Em seguida, o conceito de desenvolvimento sustentável será estudado em diferentes
contextos históricos e geográficos. Vamos, também, conhecer as principais conferências
internacionais sobre o meio ambiente, que traçam as linhas gerais para a adoção de políticas
públicas que orientam o uso de vários recursos naturais.
Ao final do percurso do bimestre, os alunos deverão projetar um cenário futuro sobre o tema,
elaborando a primeira página de um jornal imaginário do ano de 2216.

Mapa das Atividades
Geografia

Tema do bimestre: O público e o privado: direitos e privilégios em diferentes tempos.

prevista
A partir da leitura e interpretação de um
texto sobre o tema, vamos discutir o modo
como usamos os recursos naturais na
atualidade e seus sinais de esgotamento.
A proposta é que os alunos possam
Atividade Até quando podem
perceber que o ritmo em que tiramos os
1 durar os recursos 8 aulas p.24
recursos naturais da Terra não respeita o
naturais?
ritmo em que eles são repostos pela
natureza, criando, assim, um desequilíbrio
ambiental.
A partir da leitura de textos e discussões

em sala, vamos apresentar o conceito de
Atividade O desenvolvimento desenvolvimento sustentável e o modo
2 sustentável como os países têm procurado se 4 aulas p.27
organizar para pensar soluções aos
problemas ambientais globais.
Trabalho em times com o objetivo de

Jornal do Futuro: o
Atividade idealizar e elaborar a primeira página de
mundo no ano de 6 aulas p.28
3 um jornal imaginário do ano 2216.
2216

Atividade 1
Até quando podem durar os recursos
naturais?
A partir da leitura e interpretação de um texto sobre o tema, vamos discutir
o modo como usamos os recursos naturais na atualidade e seus sinais de
Resumo esgotamento. A proposta é que os alunos percebam que o ritmo em que
tiramos os recursos naturais da Terra não respeita o ritmo em que eles são
repostos pela natureza, criando, assim, um desequilíbrio ambiental.
Reconhecer a importância dos recursos naturais para o planeta e os
possíveis riscos de um esgotamento destes para as gerações futuras.
Objetivos Analisar criticamente o modo como a sociedade contemporânea usa os
recursos naturais. Avaliar possíveis soluções para os problemas ambientais
analisados.
Os alunos serão organizados em fileiras durante a exposição inicial do tema.
Organização da
Num segundo momento, eles estarão reunidos em times, distribuídos de
turma
modo que o professor possa circular pela sala para acompanhar o trabalho.
 Texto “Esgotamento dos recursos naturais” (Ficha 7 do Caderno do
Recursos e Estudante)
providências  Roteiro de trabalho em grupo (Ficha 8 do Caderno do Estudante)
 Organize previamente os grupos de trabalho
Duração Prevista 8 aulas.
Leia previamente os textos e as propostas de avaliações. Faça as adaptações que julgar
necessárias, levando em conta o seu conhecimento sobre a turma. Acesse o infográfico sugerido
na primeira aula para preparar uma pequena exposição sobre o tema.
Desenvolvimento
1ª e 2ª aulas
1. Como procedimento comum da área, começamos o estudo de algum tema ativando o
conhecimento prévio da turma para, sem seguida, apresentar o que será aprendido nas
próximas aulas.
Professor(a), se, de acordo com o seu planejamento, esta for a primeira atividade do
bimestre, inicie a aula apresentando o Plano de Estudos aos seus alunos. Elucide quais
são as expectativas de aprendizagem do bimestre e conte sobre os instrumentos de
avaliação previstos.
2. Converse com a turma sobre os problemas ambientais dos quais eles já ouviram falar. Mais
importante que criar uma lista com todos os problemas citados é buscar entender, ainda que
de forma introdutória, o que eles têm em comum e quais as suas possíveis causas.
Ainda como sensibilização ao tema, resgate o problema da chamada “crise hídrica”,

enfrentada por diversas cidades do sudeste brasileiro no final do ano de 2015, que mudou a
forma como nos relacionávamos com o abastecimento de água. Acesse a matéria “As últimas
Gotas”, publicada pela Folha de S. Paulo (Disponível em: bit.ly/ultimas-gotas. Acesso:
11/04/2017). Junto à turma, navegue pela página. Uma boa estratégia é buscar esclarecer, a

partir das informações presentes na reportagem, as causas naturais e as causas humanas
responsáveis pela crise hídrica.
3. Distribua a Ficha 7 do Caderno do Estudante para os alunos e solicite que eles leiam o texto
no horário dos Estudos Orientados para a próxima aula. Eles devem trazer suas dúvidas e
responder às seguintes questões:
- Qual a relação entre este texto e as discussões realizadas em sala?

- Segundo o texto, quais são as principais causas para o problema do esgotamento dos
recursos naturais?
- Releia o trecho: “Ou seja: o homem criou uma necessidade, mas não sabe como supri-
la.” Explique esse trecho com as suas palavras e dê outros exemplos dessa contradição
que podem ser observados em seu dia a dia.
3ª e 4ª aulas
1. Corrija a tarefa de casa com os alunos. Releia trechos do texto, se necessário.
Correção de tarefas: avaliações contínuas

A tarefa solicitada é relativamente simples: três perguntas sobre
o texto. Todavia, sua correção deve ser feita com bastante
atenção. Sabemos que não existe um “gabarito” para as
respostas em ciências humanas, mas existem aspectos que
precisam ser abordados nas respostas, como é o caso dos
conceitos principais. Para garantir isso, sorteie um aluno para
responder uma questão e, a partir dessa resposta, faça
comentários apontando seus erros e/ou acertos. Assim você
deixa claro à turma o que se espera em cada uma das respostas.
Deixe claro, também, que os momentos de tarefa são importantes

para que eles possam trazer suas dúvidas sobre o tema e discutir
junto à turma no momento da aula.
2. Acesse a página Footprint Calculator (disponível em: bit.ly/footprint-calculator. Acesso:

11/04/2017) junto com a turma.
Nesse curioso, muito rápido e divertido quiz, o participante responde a algumas questões
sobre seu padrão de consumo e o programa devolve uma análise de quantos planetas Terra
são necessários para sustentar esse modo de vida. Você pode escolher um aluno da sala e
preencher os dados do quiz a partir de suas respostas. Provavelmente os estudantes da sala
terão modos de vida muito semelhantes.
Este momento é importante para que os alunos percebam a sua responsabilidade em relação
aos problemas ambientais. Não se trata apenas de formar alunos que compreendam a
gravidade do problema, mas sim que se enxerguem como sujeitos do problema e que se
coloquem como parte das soluções.
Professor(a), utilize a atividade da “pegada ecológica” como convite para que os alunos
a realizem em casa, junto aos pais e familiares. Essa pode ser uma boa ferramenta
para que eles estudem e conversem juntos sobre o tema e, sobretudo, sobre como eles
podem atuar frente aos problemas ambientais estudados em sala.
5ª e 6ª aulas

1. Organize a sala em times e distribua a Ficha 8 do Caderno do Estudante. Oriente que todos
os alunos respondam às perguntas em seus cadernos, mas que um dos alunos de cada grupo
entregue as respostas em uma folha avulsa para que você possa corrigir e atribuir uma nota.
Professor(a), é muito importante que você organize previamente os times de trabalho. De

acordo com o rendimento dos alunos, das competências de cada um e do número de alunos
em uma sala, reúna-os em times de modo que a formação favoreça a construção de grupos
heterogêneos, para que eles somem suas diferentes habilidades!
O que se espera das respostas dos alunos?

Veja, abaixo, as respostas esperadas para cada uma das questões presentes na Ficha
8 do Caderno do Estudante.
1. a) O texto aborda a temática da responsabilidade no manejo dos recursos de uma
paisagem, partindo do princípio de que eles fazem parte de uma herança legada às
gerações atuais.
1. b) Para o autor, o conceito de herança, sobretudo em relação às paisagens, se refere
à carga de “passado” que ela carrega, sem, todavia, deixar de apresentar marcas de
remodelamentos e modificações recentes.
1. c) O texto cita desde os “mais altos escalões do governo até o mais simples cidadão”.
1. d) Aqui se trata de pensar em soluções de problemas, ou seja, o que é necessário
fazer para que a conservação do meio ambiente seja garantida para as futuras
gerações. Relacione com políticas públicas, conferências internacionais e exemplos de
ações no bairro, ou da e na escola (projeto cara da escola).
2. a) Aproveite esta resposta para avaliar como os alunos percebem o papel da escola
em relação aos problemas ambientais. Eles podem se referir à coleta de lixo, gasto de
energia, trânsito no bairro etc. Dependendo da posição dos times, você pode pensar,
inclusive, em organizar uma campanha sobre a temática.
3. a) Os alunos precisam demonstrar uma habilidade leitora de mapas, ou seja, por
meio de seu texto é importante que fique claro se eles conseguiram interpretar os
mapas a partir do título, da legenda e da distribuição do fenômeno. Em seguida, os
alunos devem demonstrar que as regiões que apresentam maiores índices de
desenvolvimento humano são as mesmas que figuram entre as que produzem mais
lixo per capta.
3. b) Retomando as discussões de sala, os alunos devem apontar que as nações
desenvolvidas apresentam uma “pegada ecológica” mais predatória. A produção e o
consumo em larga escala são os aspectos desses países que mais contribuem para a
produção de lixo elevada.
3. c) Aqui se trata de pensar em soluções de problemas, ou seja, o que é necessário
fazer para que a diminuição da desigualdade social (problema apresentado no mapa
1) e a produção elevada de lixo em países desenvolvidos (problema apresentado pelo
mapa 2). Relacione com políticas públicas, conferências internacionais e exemplos de
ações no bairro, ou da e na escola (projeto cara da escola). Lembre-se de que, nas
redações do Enem, não basta denunciar problemas, mas, como critério de correção e
nota, propor soluções.

7ª e 8ª aulas
1. Corrija com a turma a atividade da aula passada. Você pode projetar a atividade na lousa ou
solicitar que eles recuperem a Ficha. Releia o texto do Aziz Ab´Saber, releia os mapas e os
enunciados junto com a turma. Socialize algumas respostas da classe e indique as
possibilidades de construção de argumentos para os enunciados.
2. Ao final da aula, garanta um tempo para um debate sobre o papel da escola em relação aos
problemas ambientais (2ª questão). Veja se a maioria dos times avalia que a escola
(estudantes, professores e funcionários) forma uma comunidade “sustentável”. Qual seria a
pegada ecológica da escola?
Espaços extras: extrapolando os limites da sala de aula

Se houver alunos interessados na temática, organize, junto à
coordenação da escola, um tempo extra para que você possa
desenvolver projetos paralelos com eles. Se houver espaço, este
grupo pode pensar em campanhas sobre o tema para serem
realizadas dentro da escola e no seu entorno, como: formar um
pequeno grupo para conversar com representantes do bairro e/ou
da prefeitura sobre o tema, assistir e debater filmes sobre a
temática, e tantas outras possiblidades de trabalho que possam
extrapolar os limites do tempo e espaço da sala de aula.
Atividade 2
O desenvolvimento sustentável e as
Conferências Internacionais em defesa do
meio ambiente
A partir da leitura de textos e discussões em sala, é apresentado o
conceito de desenvolvimento sustentável e o modo como os países têm
Resumo
procurado se organizar para pensar soluções aos problemas ambientais
globais.
Compreender os desafios do desenvolvimento sustentável no século
XXI.
Objetivos
Analisar a importância das conferências sobre o meio ambiente na
orientação das políticas públicas em diferentes países.
Organização da
Em fileiras
turma
 Texto “Desenvolvimento sustentável: entenda esse conceito” (Ficha
Recursos e
9 do Caderno do Estudante)
providências

Veja com atenção o roteiro para o “texto-síntese” (Ficha 10 do Caderno do Estudante) previsto
para ser aplicado nas 3ª e 4ª aulas. Faça as alterações e adaptações necessárias para adequar
as expectativas de aprendizagem que você deseja atingir com a turma.

Desenvolvimento
1ª e 2ª aulas
1. Apresente o conceito de desenvolvimento sustentável à classe. Até o momento, discutimos
os impactos ambientais do atual modelo de desenvolvimento e fizemos algumas críticas ao
consumo e à produção em larga escala. Agora, a ideia é começar a descobrir as soluções
para os problemas. As soluções podem ocorrer tanto devido a ações individuais (redução de
consumo, reciclagem, mudança de modo de vida, consciência ambiental...), quanto nas
articulações globais em defesa do meio ambiente (conferências, acordos, tratados,
protocolos...).
Todavia, o conceito que está no pano de fundo dessas discussões é o desenvolvimento

sustentável. Coloque o termo na lousa e explore com a turma o seu significado a partir dos
conhecimentos prévios dos jovens.
2. Entregue a ficha “Desenvolvimento sustentável: entenda esse conceito” (Ficha 9 do Caderno
do Estudante) e faça uma leitura mediada do texto. Durante a leitura, anote na lousa as
principais ideias que definem o termo “desenvolvimento sustentável” para ajudar na
organização dos estudos posteriores da classe.
Dê um destaque para a importância das conferências internacionais em defesa do meio

ambiente, sobretudo a primeira grande reunião entre os países, que foi a Conferência de
Estocolmo, em 1972. Essa conferência e as posteriores foram decisivas nas tomadas de
decisões de políticas públicas de diversos países. Para o trabalho que será realizado na aula
seguinte, os alunos deverão desenvolver uma pesquisa sobre a importância específica de
alguma dessas conferências.
3ª e 4ª aulas
1. Entregue o “roteiro para escrita do texto-síntese” (Ficha 10 do Caderno do Estudante). Leia
com a turma as orientações para a produção do texto. Utilize o tempo restante da aula para
solicitar que os alunos iniciem a produção de sua primeira versão. Não se esqueça de agendar
a data para entrega do texto e solicite que eles façam o texto no horário dos Estudos
Orientados.
Atividade 3
“Jornal do Futuro”: o meio ambiente no ano de
2217
Trabalho em times com o objetivo de idealizar e elaborar a primeira página
Resumo
de um jornal imaginário dos anos 2217.
Projetar um cenário futuro a partir de elementos do presente.
Trabalhar em times na elaboração de um produto único.
Objetivos
Reconhecer a importância das ações presentes para a garantia dos
recursos naturais às próximas gerações.
Organização da Os alunos estarão reunidos em grupos de modo que o professor possa
turma circular por entre os times e acompanhar o trabalho.

 Roteiro para trabalho “Jornal do Futuro” (Ficha 11 do Caderno do
Recursos e Estudante)
providências  Providencie cópias de acordo com o número de estudantes da sala.
Organize previamente os grupos de trabalho.
Duração Prevista 6 aulas.
Agende o uso da sala de informática para a produção do Jornal. Um bom recurso a ser utilizado
na elaboração deste trabalho é o programa “Publisher”. Confira se os computadores da escola
possuem este programa e faça os ajustes necessários para ajudar os alunos na produção do
jornal. Caso isso não seja possível, cuide para que o Jornal seja feito manualmente. Para isso,
providencie papel kraft, canetinhas e outros materiais para serem utilizados pelos alunos na
confecção dos periódicos imaginados (como revistas e jornais antigos, tesouras, colas, etc.).
Desenvolvimento
1. Organize a sala de acordo com os times pré-organizados por você e distribua o roteiro do
trabalho (Ficha 11 do Caderno do Estudante). Leia com a turma a proposta e tire as dúvidas
antes deles começarem a realizar a atividade.
A ideia de se projetar uma situação no futuro vai muito além de um exercício de imaginação
livre. A proposta é que os estudantes possam articular os conceitos aprendidos no decorrer
do bimestre e se posicionar frente a eles, projetando uma situação futura na qual, dependendo
da ação dos sujeitos sociais e das decisões tomadas no presente, pode se revelar um cenário
otimista ou pessimista no que diz respeito à conservação dos recursos naturais.
Por outro lado, um exercício de se projetar uma situação para daqui a 200 anos permite que
os alunos possam criar e inventar situações (até mesmo as mais inusitadas). Eles podem, por
exemplo, “inventar” uma nova conferência para o meio ambiente, que tenha ocorrido no ano
de 2100 e que tenha definido novos rumos para a relação entre os seres humanos e o meio
ambiente. Oriente os grupos a acharem esta equação entre a criatividade, de um lado, e o
rigor com os conceitos e com os fatos já estudados, de outro.
2. É interessante expor as produções finais, sejam elas impressas ou digitais. Conversar com a
turma sobre os diferentes cenários projetados por eles pode revelar interessantes conclusões
sobre a percepção desta geração em relação à nossa relação ao futuro do meio ambiente.

História
“É quase certo que às minas espanholas foram lançados centenas de índios escultores,
arquitetos, engenheiros e astrônomos, confundidos entre a multidão escrava”.
Eduardo Galeano
A proposta de História para o bimestre tem como objetivo problematizar o processo de

colonização do continente Americano e seus desdobramentos na atualidade. A partir da
perspectiva pós-colonial, o material nos convida a pensar sobre a visão eurocêntrica deste
período e busca dar luz e voz aos povos Pré-colombianos e sua enorme contribuição e
resistência na formação do continente pós-ocupação europeia.
Os fatos Históricos são apresentados e debatidos de forma contextualizada e aprofundada

pelas diversas relações com a atualidade, seja nas instituições, no pensamento ou nos
conflitos derivados destes processos.
O diálogo entre as disciplinas da área é permanente neste trabalho, que busca um

conhecimento integrado e crítico na formação processual e permanente de professores e
estudantes.

Mapa das Atividades
História
Tema do bimestre: Cultura, identidade e território: um diálogo integrador no contexto da

expansão marítima europeia.
Resumo: As atividades oferecem ferramentas para que os alunos percebam as dimensões

temporais no processo histórico (duração, mudança, permanência, simultaneidade,
semelhança, diferença) e favorecem a compreensão de que a transmissão do conhecimento
não é neutra e que todos somos agentes de História.

prevista
Discutir a luta pela terra como forma de
Atividade A questão conservação cultural e identitária das
1 indígena no Brasil nações indígenas e da comunidade
quilombola no Brasil, problematizando
suas resistências e conquistas e 2 aulas p.32
reconhecendo a defesa da terra e a
preservação do ambiente; desenvolver
competência de leitura e escrita de textos
jurídicos, didáticos e depoimentos.
Contextualização e problematização do
Atividade Descobridores ou processo de colonização europeia e seus
invasores? desdobramentos sociais e econômicos 4 aulas p.34
2
na atualidade.
Problematizar a herança escravocrata
Atividade Liberdade: presente no Brasil e relacioná-la com o
3 realidade ou modelo de exploração colonial português 2 aulas p.36
ilusão? ao longo do período colonial.
Identificar o modelo de exploração
Atividade Exploração e colonial, as relações de trabalho
4 resistência impostas pelo colonizador, a resistência 3 aulas p.37
ao processo de escravização e a herança
deste período na América Latina.
Demonstrar apropriação do
Atividade Avaliação conhecimento e estabelecer novas
relações e conexões sobre o tema 2 aulas p.39
5

Atividade 1
A questão indígena no Brasil
Discutir a luta pela terra como forma de conservação cultural e identitária das
nações indígenas e da comunidade quilombola no Brasil, problematizando suas
Resumo resistências e conquistas e reconhecendo a defesa da terra e a preservação do
ambiente; desenvolver competência de leitura e escritora de textos jurídicos,
didáticos e depoimentos.
Identificar as questões atuais em relação à luta dos povos indígenas e
Objetivos
quilombolas em relação a terra, memória e mobilização política.
Organização da
Em semicírculo
turma
Recursos e  Ficha 13 do Caderno do Estudante.
providências  Computador, projetor, texto e conexão à Internet.

Estimular a problematização; destacar a importância dos registros individuais para a sistematização
do conhecimento; praticar os procedimentos de leitura da área.
Para complementar seu planejamento e estudo:
bit.ly/líderindígenaentrevista . Acesso: 22/05/2017
Desenvolvimento
1ª e 2ª aulas
1. Estabeleça um ritual de abertura dos encontros e coloque no quadro-negro o tema do
bimestre: Cultura, identidade e território: um diálogo integrador no contexto da expansão
marítima europeia.
Professor (a), inicie o bimestre de forma planejada e transparente, partilhando com a turma
os assuntos que serão abordados, a forma de avaliação, os combinados em relação às
dinâmicas das aulas, as regras para atrasos, uso de celulares e demais detalhes que
permeiam o universo das aulas. Colocar no quadro a data, o tema da aula, circular pela
classe e verificar os registros deve ser parte da sua rotina e servir como um facilitador para
a organização do estudante.
2. Projete no quadro a letra da música “Chegança”, de Antônio Nóbrega, se possível com o

áudio. Em seguida, problematize a letra da música com termos chave para a questão
indígena, como: resistência, diversidade, estereótipo, atualidade, etc. A letra está disponível
em bit.ly/chegança . Acesso: 11/04/2017
3. Em seguida, destaque o tema do dia – Identidade indígena – e lance a pergunta: o que é ser
índio no Brasil atual? Peça para os jovens falarem sobre o que já ouviram, leram e assistiram
a respeito das manifestações indígenas.
4. Anote no quadro as falas sobre o que é ser índio no Brasil atual e peça que anotem também
no caderno as diferentes opiniões.

5. Mobilize a turma para o tema de estudo com perguntas acerca da questão indígena. Registre
no quadro as primeiras impressões sobre o tema e, em seguida, promova uma leitura mediada
do fragmento abaixo, conforme a metodologia da área de Ciências Humanas. O trecho está
disponível para os alunos na Ficha 12 do Caderno do Estudante.
IDENTIDADE TERENA
Durante muito tempo na minha vida, eu comecei a ter vergonha de mim mesmo, de minha
origem, das minhas tradições, do meu povo, até mesmo de meus pais. Mas depois eu
aprendi que sem eles eu nunca seria nada, eu nunca seria um branco, vamos dizer assim...
um branco no sentido de pessoa da cidade, porque eu nasci índio Terena, e também
morrerei um Terena. Então, com esses princípios, eu procurei trabalhar minha formação de
código indígena. Ao mesmo tempo, eu procurei mostrar para a sociedade envolvente que
o fato, por exemplo, de não estar com a orelha furada, de não estar usando o beiço de pau,
de não estar usando cabelo comprido, não significava que eu tinha deixado de ser índio,
mas, sim, que as características de meu povo eram um princípio próprio de meu povo, e
que não me identifica na minha pessoa aquela generalização de ser índio, uma coisa que
na verdade não existe. Então eu peço que os educadores, eles contribuam com a formação
do respeito mútuo desde as crianças. [...]
TERENA, Marcos. Identidade Terena em contextos pluriculturais. In: GUSMÃO, Neusa Maria Mendes de
(Org.). Diversidade, cultura e educação: olhares cruzados. São Paulo: Biruta, 2003. p. 84.
Professor(a), o ensino de história requer a construção de repertório e capital cultural.

Portanto, é fundamental o exercício de leitura mediada com consulta ao dicionário e pausas
para explicação e interpretação de termos desconhecidos dos estudantes. É fundamental
contextualizar obra e autor antes da leitura mediada e garantir que os estudantes percebam
as intencionalidades e trajetórias dos autores que estão sendo estudados.
Bons registros, boas perguntas e respeito à pluralidade de ideias

devem ser objeto de avaliação e aspectos valorizados na
composição da nota bimestral. Observe as anotações dos
estudantes e comente-as. Reforce sua importância para a
sistematização do conhecimento.
6. Registre no quadro conceitos-chave presentes no texto e cobre dos estudantes reflexão e

registros sobre os temas.
7. Distribua o texto constitucional presente na Ficha 13 do Caderno do Estudante e lembre o
quanto é importante ler com os jovens a estrutura de um texto jurídico, exemplificando na
Constituição as divisões hierárquicas. Chame a atenção para o conteúdo do texto
constitucional em relação aos direitos culturais dos povos indígenas e afro-brasileiros, à
diversidade étnica e regional, ao direito à memória e, no Ato das Disposições Transitórias, à
demarcação de terras indígenas e os remanescentes das comunidades dos quilombos.
8. Chame a atenção dos estudantes para o Capítulo VIII, pois o direito à demarcação de terras
indígenas foi uma conquista das nações indígenas na Constituição de 1988. Ajude-os a
decifrarem os termos desconhecidos e a localizarem as conquistas dos indígenas nos artigos
da Constituição.

É muito importante que o estudante perceba e identifique sentido
para o que está aprendendo. Ao perceber que o modelo de
expansão europeia ainda permanece em diversas relações de
dependência de poder entre as nações, o estudante pode
estabelecer novas e ricas interpretações e análises sobre a
temática apresentada. Uma forma de avaliar, portanto, é provocar
momentos em que os temas sejam ampliados e até mesmo
construídos pelos próprios alunos, em momentos de pesquisa ou
de grupo de estudos.
9. Encerre o encontro solicitando uma pesquisa nas aulas de Estudos Orientados acerca dos
protestos e reivindicações envolvendo os indígenas na atualidade. Temas como a
construção de grandes obras, como a hidrelétrica de Belo Monte, ou os conflitos por terra
no centro oeste do país, são atuais e dispõem de uma serie de informações em revistas,
jornais, sites etc.
Atividade 2
Descobridores ou invasores?
Contextualização e problematização do processo de colonização
Resumo europeia e de seus desdobramentos sociais e econômicos na
atualidade.
Problematizar e identificar as heranças coloniais na formação do povo
Objetivos brasileiro, seus impactos sociais e econômicos e as versões sobre o
processo.
Organização da
Em duplas
turma
Recursos e  Ficha 14 do Caderno do Estudante.
providências  Computador, projetor e caixas de som.
Retomar sempre a importância dos registros para a sistematização do conhecimento e frisar

que eles podem ser consultados em avaliações, trabalhos e demais atividades.
Desenvolvimento
1ª, 2ª, 3ª e 4ª aulas
1. Após o ritual de abertura de aula (pauta, data, assunto, etc.), utilize os primeiros minutos para
uma breve retomada da aula anterior. Escolha dois ou três alunos para comentarem suas
dúvidas e aprendizados. Essa dinâmica é importante para iniciar os encontros e mobilizá-los
para a aula.
2. Faça a pergunta geradora da atividade: O Brasil e o continente americano foram conquistados
ou invadidos pelos europeus? Escute algumas observações da turma e, em seguida, projete
a imagem disponível em bit.ly/dia-descobrimento (Acesso:11/04/2017).

3. Ao projetar no quadro, faça uma rodada de interpretação da imagem e chame a atenção para
os detalhes representados nela: a vestimenta do europeu, a representação do território
brasileiro, a caravela representando a coroa portuguesa e a rede simbolizando o saque das
riquezas do país. Importante que o momento seja de sensibilização para o grupo perceber
que a versão dentro do estudo da história é um dos elementos fundamentais para a produção
e estudo da História.
4. Em seguida, projete o vídeo “Índios no Brasil - 5. Uma outra história” (disponível em:
/bit.ly/indios-brasil . Acesso: 11/04/2017) e solicite que os estudantes façam registros sobre o
conteúdo. Explore as relações com a questão da terra no presente, a luta dos indígenas pelos
seus direitos e o processo histórico de dominação que ainda permanece no país. Circule pela
sala para garantir a atenção e a escrita do estudante.
5. Após esta sensibilização, distribua a Ficha 14 do Caderno do Estudante entre as duplas e
faça uma leitura mediada conforme a metodologia das Ciências Humanas – com pausas para
explicação, seleção e registros de termos chave no quadro –, e circule pelo espaço de sala
de aula verificando os registros.
6. Após realizar a leitura do fragmento, que possibilita uma síntese das questões envolvendo o
processo de colonização e a herança colonial de que todos no Brasil somos herdeiros,
destaque a questão da memória identitária imposta pelo branco europeu em relação ao
colonizado e os provoque a pensar e produzir uma frase ou uma imagem que ilustre o
conteúdo debatido e apresentado até agora. Reserve um tempo para que as duplas possam,
de forma rápida, compartilhar com os colegas a forma e o conteúdo estudado neste percurso.
7. Antes de encerrar o encontro, faça um paralelo entre as questões apresentadas no texto e a
condição do negro no Brasil. Resgate palavras como estereótipos, preconceito, racismo,
resistência e os provoque a pensar, durante Estudos Orientados, sobre o termo Raça como
uma categoria surgida na modernidade no contexto da colonização europeia.
Professor(a), este é um momento de identificar as ligações e as dificuldades o grupo, o

objetivo não é quantificar em nota mas sim diagnosticar o andamento da temática e a
capacidade de novas relações apresentadas pelo grupo. Estes momentos servem para
traçar novas estratégias e estabelecer uma ligação com o tema seguinte.
Busque variar os instrumentos de avaliação ao longo do bimestre,

mesclando atividades em grupo com individuais. Valorizar as
atividades em avaliações processuais constrói sentido ao percurso
formativo do estudante.

Atividade 3
Liberdade: realidade ou ilusão?
Identificar, no modelo de colonização, a questão do negro, sua resistência
à dominação, a herança escravocrata no país atualmente, a contribuição
Resumo
na formação de nossa identidade e a relação entre a escravidão e o
modelo de produção colonial.
Problematizar a herança escravocrata presente no Brasil e relacioná-la
Objetivos com o modelo de exploração colonial português ao longo do período
colonial.
Organização da
Em duplas.
turma
Recursos e
providências
 Computador e projetor.

Retomar a importância dos registros para a sistematização do conhecimento e frisar que eles
podem ser consultados em avaliações, trabalhos e demais atividades.
Para complementar seu planejamento e estudo:

bit.ly/sobrejornalquilombo . Acesso: 22/05/2017
Desenvolvimento
1ª e 2ª aulas
1. Coloque no quadro o tema do bimestre, a data e a pauta da aula.

2. Oriente-os quanto aos registros no decorrer da aula: na forma de itens (frases significativas)
ou palavras-chaves interligadas por sinais que indiquem sequência, acréscimo, igualdade,
diferenças (, +, =, ≠ ).
3. Inicie tocando o samba enredo da Estação Primeira de Mangueira de 1988 e peça que o grupo
interprete a letra e registre o que considerar mais relevante. Os estudantes podem acessar a
letra do samba a partir do link presente na Ficha 15 do Caderno do Estudante.
4. Projete as imagens presentes nos links abaixo e peça que os estudantes, em trios, atribuam
um título e uma legenda a cada uma delas para explicarem as suas observações. Solicite que
identifiquem a temática das imagens assim como a intenção dos autores em diferentes
contextos. Circule pela sala verificando e acompanhando a leitura por parte dos estudantes.
Imagem 1 – Disponível em: bit.ly/privilegio-1. Acesso em: 11/04/2017.
Imagem 2 – Disponível em: bit.ly/privilegios-ameacados. Acesso em: 11/04/2017.
Professor (a), uma boa leitura e interpretação das imagens são preponderantes, pois marca
o ritmo da ação e caracteriza a leitura do autor sobre o tema abordado. Tudo é expressão
da intencionalidade do autor. Chame a atenção dos alunos para esses detalhes.

5. Após circular pelas duplas e identificar as interpretações acerca das imagens, contextualize
cada uma das obras e apresente ao grupo a complexidade e amplitude das questões
envolvendo a herança escravocrata no Brasil, especificamente com relação aos negros.
6. Seguindo na problematização, leia com o grupo um pequeno texto que contextualiza e explica
o modelo de colonização europeu no Brasil colonial com destaque para o Plantation. O link
para acesso ao texto está disponível na Ficha 16 do caderno do Estudante: bit.ly/plantation-
1. Registre no quadro as principais informações e cobre o registro dos alunos.
7. Após o exercício de leitura, tire as dúvidas do grupo, circule pela sala verificando os registros
e solicite que um ou dois alunos façam uma relação entre as imagens e a música apresentada
no inicio da aula com o texto que explica e contextualiza o modelo de plantation no período
colonial.
Seguindo a metodologia de leitura da área, promova uma

contextualização do autor e sua obra, esclareça as palavras
desconhecidas, interprete com o grupo as principais afirmações do
texto e registre no quadro os pontos considerados mais
importantes. Em seguida, retome a interpretação do mapa
distribuído anteriormente e solicite que escrevam um parágrafo
relacionando o texto com a imagem. Recolha e aproveite para
fazer um diagnóstico do grupo além de estabelecer as avaliações
como um processo.
Atividade 4
Exploração e resistência
Apresentar e diferenciar os modelos de colônia de exploração e de
Resumo povoamento. Identificar os instrumentos de controle do trabalho e a
resistência neste processo.
Identificar o modelo de exploração colonial, as relações de trabalho
Objetivos impostas pelo colonizador, a resistência ao processo de escravização
e a herança deste período na América Latina.
Em duplas
Organização da turma
 Computador, projetor e caixas de som.

Recursos e
providências
3 aulas
Duração Prevista
Retomar a importância dos registros para a sistematização do conhecimento e frisar que eles
podem ser consultados em avaliações, trabalhos e demais atividades.

Desenvolvimento
1ª, 2ª e 3ª aulas
1. Faça a abertura da aula, organize o espaço para a atividade conferindo o material necessário
e inicie com o tema das aulas e a exibição do vídeo “A Colonização Espanhola e Inglesa na
América” (disponível em: bit.ly/colonização-esp-ing. Acesso em: 11/04/2017). Aproveite para
registrar palavras-chave destacadas no vídeo e circule pelo espaço de sala de aula verificando
os registros.
2. Em seguida, monte, com a turma, um mapa de palavras referentes ao processo de
colonização Espanhola e Inglesa nas colônias da América. Busque destacar a organização
social complexa existente entre os impérios Pré-colombianos, assim como a permanência de
questões econômicas e sociais oriundas deste processo.
3. Após produzirem, em grupo, um mapa de palavra com as principais informações levantadas
pelo vídeo aula, organize a sala em duplas e peça que os jovens leiam o fragmento de texto
de Eduardo Galeano presente na Ficha 17 do Caderno do Estudante. Faça uma leitura
mediada com o grupo. Neste momento, contextualize obra e autor, explique termos
desconhecidos, circule a palavra pelo grupo durante a leitura, e verifique os registros dos
estudantes.
4. Após leitura mediada com pausas para destaques e esclarecimento de dúvidas, faça uma
breve síntese do tema usando termos chave como: exploração, sistema colonial, relações de
trabalho, colônia de exploração e de povoamento, sistema mercantil, e verifique as dúvidas e
relações estabelecidas pela turma.
5. Encerre o encontro apresentando a questão do ENEM de 2012 (abaixo) e, com o grupo,
resolvam e identifiquem a melhor alternativa (E), sempre fundamentando e entendendo as
alternativas erradas.
(ENEM 2012)
“Mas uma coisa ouso afirmar, porque há muitos testemunhos, e é que vi nesta terra de
Veragua [Panamá] maiores indícios de ouro nos dois primeiros dias do que na
Hispaniola em quatro anos, e que as terras da região não podem ser mais bonitas nem
mais bem lavradas. Ali, se quiserem podem mandar extrair à vontade”.
Carta de Colombo aos reis da Espanha, julho de 1503. Apud AMADO, J.; FIGUEIREDO, L. C. Colombo e
a América: quinhentos anos depois. São Paulo: Atual, 1991 (adaptado).
O documento permite identificar um interesse econômico espanhol na colonização da

América a partir do século XV. A implicação desse interesse na ocupação do espaço
americano está indicada na:
a) Expulsão dos indígenas para fortalecer o clero católico.
b) Promoção das guerras justas para conquistar o território.
c) Imposição da catequese para explorar o trabalho africano.
d) Opção pela policultura para garantir o povoamento ibérico.
e) Fundação de cidades para controlar a circulação de riquezas.

Atividade 5
Avaliação
Resumo
Sistematizar e retomar os conceitos problematizados no bimestre.
Objetivos Demonstrar apropriação do conhecimento e estabelecer novas

relações e conexões sobre o tema
Organização da turma
Em fileiras.
Recursos e
providências  Ficha 18 do Caderno do Estudante.
Duração Prevista
2 aulas
Explicite aos alunos todas as instruções que contextualizam a atividade: o percurso de estudo
envolvido (conceitos, assuntos, discussões e referências estudadas), o que será avaliado,
critérios de avaliação, peso na composição da nota, regras para consulta, tempo e material
necessário.
Desenvolvimento
1ª e 2ª aulas
1. Elabore, de acordo com o modelo das Ciências Humanas, uma breve introdução que ajude o
estudante a se localizar, permitindo uma mobilização maior para o trabalho. Valorizar os
registros, permitindo sua consulta em um momento de avaliação, é uma excelente forma de
avaliar de forma processual o aprendizado.
2. Comunique aos estudantes que eles deverão ler a reportagem da Ficha 18 do Caderno do
Estudante com atenção, grifando as principais informações. Em seguida, farão um texto
dialogando com a reportagem e com os conceitos de memória, racismo, resistência e
estereótipos, no formato dissertativo sobre o que leram. Oriente que um texto dissertativo
deve conter:
a) Introdução: um parágrafo que contextualize o leitor e apresente o raciocínio que o autor
pretende desenvolver.
b) Desenvolvimento: onde o estudante deve apresentar suas referências e argumentos
problematizados ao longo das aulas. (Máximo 2 parágrafos)
c) Conclusão: um paragrafo que conclua os argumentos e retome a introdução.
COMPETÊNCIAS PARA O SÉCULO XXI
1. Converse com os estudantes sobre as competências apresentadas no quadro abaixo:
Abertura para o
Colaboração Comunicação Pensamento crítico
novo
Disposição para Capacidade de Capacidade de
Capacidade de
novas experiências compreender e fazer- analisar ideias e
atuar em sinergia e
estéticas, culturais e se compreender em fatos em
responsabilidade
intelectuais; atitude situações diversas, profundidade,
compartilhada,
curiosa, inventiva e respeitando os investigando os
respeitando
valores e atitudes dos elementos que os

diferenças e questionadora em envolvidos nas constituem e as
decisões comuns, relação à vida. interações. conexões entre eles,
adaptando-se a Capacidade de utilizar utilizando
situações sociais criticamente as conhecimentos
variadas. habilidades de leitura prévios e
e de produção textual. formulando sínteses.
3. Após a leitura e interpretação coletiva das competências desenvolvidas ao longo do bimestre,

sugira que registrem, no caderno, de forma individual, os seguintes pontos avaliados em
relação às competências e em seguida faça um registro único baseado nos pontos abaixo:
Competência Pontos em que Desafios para Como melhorar o

Avaliada avançamos o grupo classe desempenho nesta
competência
4. Finalize esta atividade convidando e desafiando o grupo a avançar no desenvolvimento

dessas competências e nas relações de ensino-aprendizagem.

Sociologia
Considera-se como preconceito racial uma disposição (ou atitude)
desfavorável, culturalmente condicionada, em relação aos membros de
uma população, aos quais se têm como estigmatizados, seja devido à
aparência, seja devido a toda ou parte da ascendência étnica que se lhes
atribui ou reconhece.
NOGUEIRA, O. Tanto preto quanto branco: estudo de relações raciais.

São Paulo: T.A. Queiroz, 1985
Para dar continuidade ao eixo Cultura, identidade e território e desenvolver o tema do bimestre
O público e o privado: direitos e privilégios em diferentes tempos, o componente curricular
Sociologia propõe retomar o assunto estudado no bimestre passado (gênero e identidades)
por meio de mapa de palavras. Para ampliar o tema é desenvolvido o estudo das cotas de
políticas raciais, tema debatido pela sociedade brasileira de forma bastante polêmica. O
bimestre é concluído com uma discussão sobre a relação entre a desigualdade e a
discriminação racial e de gênero.

Mapa do Percurso de Atividades
Sociologia
Tema do bimestre: O Público e o Privado: direitos e privilégios em diferentes tempos.
Resumo: As atividades propiciam ferramentas para aprendizagem dos conceitos integrantes

do componente curricular Sociologia, com destaque, nesse bimestre, para o debate das cotas
de políticas raciais e a relação entre a desigualdade social e discriminação racial.

prevista
Atividade Retomada do bimestre anterior por meio

1 Mapa de palavras de mapa de palavras para consolidar a 2 aulas p. 43
aprendizagem.
Debate sobre as cotas de políticas

Atividade Cotas de políticas raciais. Os estudantes expressam seus p. 44
2 4 aulas
raciais conhecimentos prévios e posições sobre
o tema.
Diferentes
Análise das entrevistas de Frei Davi e
Atividade posições sobre a
Demétrio Magnoli sobre o a política de 6 aulas p.47
3 política de cotas
cotas raciais.
raciais
Estudo de diferentes posições
Atividade As desigualdades sociológicas dos conceitos de p. 49
4 aulas
4 de várias ordens desigualdade e diversidade, preconceito
e racismo.

Atividade 1
Mapa de palavras
Resumo Retomada do bimestre anterior por meio de mapa de palavras.
Retomar conceitos desenvolvidos nos bimestres anteriores: preconceito,

Objetivos discriminação, intolerância e estigma, diversidade cultural, cultura
multifacetada, relações étnico-raciais, gênero e sexo, identidades culturais.
Organização da
Sala de aula em U e times.
turma
Recursos e  Caderno, papel sulfite, papel kraft.

providências  Internet

Retomar conceitos trabalhados nos bimestres anteriores para consolidá-los mediante revisão do
plano de aula.
Desenvolvimento
1ª e 2ª aulas
1. Após a abertura da aula, retome a discussão da atividade sobre identidades e gêneros e os
conceitos desenvolvidos no bimestre anterior. Elabore um mapa de palavras para retomar os
conceitos-chave da atividade. Esse é o momento de rever os conceitos que não ficaram claros
para os estudantes.
Essa é uma oportunidade para avaliar o envolvimento e a

compreensão dos estudantes em relação à proposta de estudo e,
assim, adequar o planejamento das aulas, retomando passos,
aprofundando ou avançando no conteúdo previsto.
2. Divida a classe em times e inicie o mapa escrevendo alguns conceitos-chave desenvolvidos

no bimestre anterior, por exemplo: preconceito, discriminação, intolerância e estigma,
diversidade cultural, cultura multifacetada, relações étnico-raciais, gênero e sexo, identidades
culturais. Peça que os estudantes completem com outros que acharem pertinentes.
3. Em seguida, destaque no quadro as principais palavras-chave, oriente a turma na construção
de um mapa de palavras. Dê um exemplo possível de agrupamento destacando a principal e
solicite que, consultando o quadro-negro e as anotações realizadas no caderno, façam o
mesmo. Circule pela sala para orientá-los respondendo as suas dúvidas.
4. Ao final, recolha um mapa de cada time, analise e, na próxima aula, devolva e retome os
conceitos que não foram compreendidos. Esse é instrumento de avaliação muito importante
para auxiliar a recuperação dos alunos com dificuldades.
Professor(a),

Podemos sintetizar um conteúdo e organizar as ideias de determinado assunto fazendo um
mapa de palavras. Existe mais de uma maneira de fazê-lo; a seguir, uma sugestão.
 Escreva uma lista de palavras-chave referentes ao assunto sobre o qual será feito o
mapa.
 Você precisará de espaço na página, então posicione o caderno de lado (em formato
de paisagem).
 Escolha a palavra que considerar mais importante no contexto e escreva-a no centro
do seu mapa.
 Escolha outra palavra de sua lista que tenha relação com a palavra central do mapa;
pense na justificativa desta relação.
 Escreva a segunda palavra ao redor da palavra central, não aproxime muito; desenhe
uma linha conectando-a com a palavra central.
 Repita o procedimento com uma terceira palavra.
 Mais uma vez: coloque em seu mapa uma quarta palavra, e assim por diante.
 Você não precisa incluir no mapa todas as palavras de sua lista; o importante é que,
no mapa, as palavras estejam interligadas com sentido; assim, insira no mapa apenas
as palavras que fazem sentido e que você consegue justificar.
 É interessante que você consiga, também, desenhar linhas de ligação entre as
palavras, e não apenas com a palavra central.
 As palavras, neste tipo de mapa, não precisam ser complementares, ou seja, pode
haver palavras ligadas por linhas mas que são contraposições entre si.
 Você pode escrever ao lado das linhas outras palavras (não as da lista) que dão sentido
de ligação entre duas palavras do mapa. Estas novas palavras ajudam a justificar as
linhas e as ligações estabelecidas
 Seu mapa de palavras pode ser uma forma de estudar algum assunto e até mesmo
servir como esquema para a elaboração de um texto.
Atividade 2
Introdução de políticas afirmativas:
cotas de políticas raciais
Debate sobre as cotas de políticas raciais no qual os estudantes
Resumo expressam seus conhecimentos prévios e posições sobre o tema.
-Problematizar políticas de ação afirmativa.

Objetivos -Desenvolver habilidades de registro e debate.
-Produzir texto – gênero relatório.
Organização da
Em grupos e sala em U para o debate.
turma
Recursos e
 Ficha 19 do Caderno do Estudante
providências

Problematizar as políticas de ação afirmativas, como as cotas de políticas raciais e desenvolver
habilidades: debate, registro e produzir relatório.

Desenvolvimento
1ª e 2ª aulas
1. Após a abertura da aula, devolva aos estudantes o mapa de palavras com suas interferências.
Por exemplo: houve coerência na justificativa da relação da palavra-chave com as demais
palavras? Faça um breve comentário retomando a proposta e o que você considera um bom
trabalho.
Retomar conteúdos de atividades anteriores é uma oportunidade

para avaliar o avanço da aprendizagem dos estudantes em vários
aspectos: conceitual e as competências para o século 21, como
autoconhecimento e pensamento crítico.
2. Organize os alunos em grupos e distribua a Ficha 19 do Caderno do Estudante. Pergunte

se eles já ouviram, leram ou assistiram algo sobre o tema das cotas de políticas raciais
(questão 1). Escute e provoque-os, estabeleça a discussão, deixe que as diferentes posições
venham à tona.
3. Peça para registrarem, em seus cadernos, as posições dos colegas. Explique aos estudantes
como eles podem fazer anotações enquanto discutem. Podem, por exemplo, escrever em
itens e frases significativas, ou palavras-chave interligadas, usando recursos de sinais que
indiquem sequência, acréscimo, igualdade, diferenças.
Professor(a), nesse momento está sendo trabalhado o conhecimento prévio dos

estudantes. Provoque-os para que digam o que sabem sobre a questão; mas, quando se
posicionarem, chame a atenção para que justifiquem suas posições. Sua intervenção deve
ser no sentido de problematizar as colocações dos estudantes.
4. Peça que observem as imagens (questão 2) e respondam à questão 3 da Ficha 19 do

Caderno do Estudante. Explique que eles devem escrever suas posições e explicitar o
porquê são a favor, contra e/ou em termos. Ajude-os a fundamentar suas posições a partir da
observação das imagens e da discussão inicial. Peça que os estudantes finalizem essa tarefa
no tempo de Estudos Orientados e tragam suas respostas registradas no próximo encontro.
3ª e 4ª aulas
1. Após a abertura da aula, explique à turma que será feito um debate e que, para isso, eles
devem se dividir em três grandes times: os que são a favor, os que são contra e os que são
a favor ou contra as cotas raciais, mas com algumas restrições.
2. Organize com eles o debate. Recomendamos que você faça uma proposta inicial de como
será a “dinâmica” da atividade e que, ao apresentá-la aos jovens, sejam feitas adaptações de
acordo com as sugestões apresentadas por eles. Para planejar o momento do debate, é
preciso:
 Estipular o tempo de duração total do debate.
 Estipular como será a dinâmica do debate (você pode, por exemplo, propor algumas
questões a respeito das quais os times terão que se posicionar).

 Definir um tempo para a argumentação de cada time (deve-se decidir, também, se
haverá tempo para réplicas).
 Escolher alguém para mediar o debate (para cuidar dos tempos de fala, colher as
inscrições das pessoas que desejam falar, garantir que cada time se manifeste no
momento adequado, etc.)
3. Estipule um tempo para que cada time se organize e consolide suas posições. Esse é o
momento em que eles se preparam para o debate, elaborando argumentos que justifiquem o
posicionamento do time. Todas as posições devem ser fundamentadas nas referências que
os estudantes possuem e nas imagens e manchetes que observaram e leram na Ficha 19 do
Caderno do Estudante.
Professor(a), é importante que os estudantes passem por várias etapas de discussão: oral
entre os colegas, depois em grupos pequenos e, em seguida, com o grupo classe. Nessa
sequência, eles terão a oportunidade de refletir sobre suas colocações iniciais.
4. Realize o debate, conforme a dinâmica estipulada. Nesse momento, seu papel é,

principalmente, o de acompanhar o andamento da atividade e garantir que todos participem
ativamente. Explique aos estudantes que eles devem registrar, no caderno, os argumentos
mais importantes apresentados durante o debate, para que possam, posteriormente, fazer um
relatório.
5. Ao final, peça que, individualmente, façam um relatório do debate. Apresente as orientações
para essa tarefa, que deve ser finalizada no encontro de Estudos Orientados e entregue na
aula seguinte.
ROTEIRO
Introdução
Apresentar o assunto abordado.
Situar o leitor no debate ocorrido pelo grupo classe.
Apresentar as questões propostas – a favor, em termos ou contra as cotas.
Desenvolvimento
Explicar as fundamentações das diferentes posições.
Descrever o debate (como foi organizado e como ocorreu).
Conclusões
Apresentar as posições mais fundamentadas, os aspectos mais relevantes e as conclusões
tiradas da escrita desse relatório.
Essa é uma oportunidade para avaliar o envolvimento e a

compreensão dos estudantes em relação à proposta de estudo e a
forma de registro (esquema, mapa de palavras, tópicos). Observe,
também, como desenvolveram as competências para o século 21:
Comunicação – exposição e organização do relatório;
Responsabilidade – compromisso dos membros do grupo;
Abertura para o novo – aprendizagem – realização de entrevistas
como forma de coleta de dados e os conceitos de diferenças e
identidade;
Pensamento crítico – reflexão e análise a partir de novas
aprendizagens.

Atividade 3
Diferentes posições sobre a política de cotas
raciais
Análise das entrevistas de Frei Davi e Demétrio Magnoli sobre o a política de
Resumo
cotas raciais.
Compreender diferentes posições sobre a política de cotas raciais.
Ler e compreender o gênero entrevista
Objetivos Registrar ideias significativas de um texto
Expor ideias
Produzir texto com argumentação
Organização da
turma Times e classe em U.

Recursos e
providências

Trabalhar com a distinção entre posições diferentes sobre um mesmo tema, identificando os
argumentos e fundamentações.
Desenvolvimento
1ª e 2ª aulas
1. Após a abertura da aula, solicite a um estudante que leia o relatório a respeito do debate sobre
cotas raciais. Em seguida, abra a discussão para o grupo classe, para complementar,
estabelecer considerações ou dúvidas. Intervenha sempre que for necessário.
2. Para que os estudantes possam ampliar a discussão, peça que leiam duas entrevistas: uma
com Frei David e outra com Demétrio Magnoli (Ficha 20 do Caderno do Estudante). Você
poderá selecionar os trechos significativos caso as considere longas.
Gênero textual entrevista jornalística

Sua finalidade é informar o público a respeito da posição de uma pessoa sobre determinado
assunto ou fato de interesse na atualidade. Importante lembrar que o entrevistador, embora
não deva fazer juízo de valor em seus comentários, não é neutro. Há sempre uma
intencionalidade nas perguntas e nos comentários. Por isso, deve-se estar atento, não
apenas ao entrevistado, mas também a quem elaborou a entrevista e ao órgão que a
publicou.
3. Para iniciar o trabalho com as entrevistas, os alunos devem identificar as instituições

responsáveis pela publicação e a sua data. Isso é muito importante, porque a instituição não
é neutra ao publicar um autor, ela assume também a responsabilidade em dar voz a alguém
para proferir uma posição.

Professor(a), proponha aos estudantes que entrem nas páginas dos sites em que essas
entrevistas foram publicadas, para que possam identificar melhor quem são os
entrevistados e seu projeto sociopolítico.
4. Solicite que observem o roteiro da leitura de entrevista para que identifiquem as posições e
os argumentos dos entrevistados (Ficha 21 do Caderno do Estudante). Divida a classe em
times e proponha que cada time trabalhe com uma entrevista.
Professor(a), chame atenção dos estudantes para:

 O título dos textos, que oferecem pistas para o leitor quanto ao conteúdo desenvolvido;
 Os argumentos dos entrevistados (fundamentações, muitas vezes elas não estão
explícitas, buscar nas entrelinhas).
Comunique que estão trabalhando com a competência de Dominar linguagens (DL):
dominar a norma culta da Língua Portuguesa e fazer uso das linguagens matemática,
artística e científica, e das línguas espanhola e inglesa.
5. Circule pela sala e auxilie na leitura e registro das entrevistas, destacando as posições de
Demétrio Magnoli ou de Frei Davi.
6. Peça para terminarem a leitura e registro das entrevistas no tempo de Estudos Orientados.
3ª e 4ª aulas
1. Após a abertura da aula, organize a classe em “U” para que os times possam expor as
posições dos entrevistados sobre as cotas de políticas raciais. (Ficha 21 do Caderno do
Estudante).
2. Solicite que dois grupos iniciem uma pequena apresentação dos entrevistados: quem são, as
instituições que publicaram as entrevistas e a data em que foram publicadas.
3. Peça para os demais estudantes complementarem. Finalizado esse item, chame dois outros
times para expor as posições dos entrevistados.
4. Abra para o grupo classe a discussão e estimule que também se posicionem com
fundamentação.
5. Lembre-os que o percurso da discussão deve ser registrado. Peça para organizarem os
registros no tempo de Estudos Orientados e trazerem as anotações no próximo encontro.
Professor(a), estimule os estudantes a desenvolver argumentos e fundamentar as

posições. Em Filosofia, eles estão trabalhando a diferença entre doxa e episteme. Aproveite
para discutir com eles o significado de emitir uma ideia que se diferencia da simples opinião.
Comunique que estão trabalhando com a competência Construir argumentação (CA):
relacionar informações representadas em diferentes formas e conhecimentos, disponíveis
em situações concretas, para construir argumentação consistente.
5ª e 6ª aulas
1. Após a abertura da aula, chame um estudante para ler o registro da discussão sobre as
entrevistas de Frei Davi e Demétrio Magnoli. Em seguida, abra para o grupo classe. Solicite
que completem os seus registros.
2. Para sistematizar, forme duplas e proponha que produzam um texto de opinião discutindo a
política de cotas raciais. (Ficha 22 do Caderno do Estudante).

Professor(a), em História está sendo trabalhado o direito das nações indígenas e
comunidades quilombolas à demarcação de terras. Eles leram trechos da Constituição de
1988, art. 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, art. 215 e art. 231.
Aproveite para sistematizar a atividade com a questão: A Lei de cotas raciais é coerente
com a Constituição brasileira de 1988?
3. Para elaborar o texto eles devem ler o texto que esclarece a da Lei nº 12 711/2012 – Política
de cota racial, o relatório sobre o debate da política de cotas raciais e os registros sobre a
entrevista (Ficha 21 do Caderno do Estudante). É importante que, no texto, os alunos
argumentem, comparando as várias posições dos colegas e as estudadas nos textos
desenvolvidos na atividade.
4. Recolha o texto no final da aula.
Atividade 4
As desigualdades de várias ordens
Estudo de diferentes posições sociológicas dos conceitos de
Resumo desigualdade e diversidade, preconceito e racismo.
Compreender os conceitos de desigualdade, diversidade, racismo e
preconceito.
Objetivos Distinguir as diferentes fundamentações sociológicas sobre
discriminação racial.
Desenvolver habilidades de leitura, registro e de debater.
Organização da
Duplas, fileiras.
turma
Recursos e  Ficha 24 do Caderno do Estudante
providências  Ficha 25 do Caderno do Estudante
4 aulas
Duração Prevista
Trabalhar com diferentes concepções sobre discriminação racial e desenvolver habilidades de
debates.
Para saber mais sobre o assunto em pauta, consulte as indicações a seguir:
“A sociologia de Florestan Fernandes”, de Octávio Ianni. Disponível em: bit.ly/sociologia-
florestan . Acesso: 11/04/2017
Releituras - Gilberto Freyre. Disponível em: bit.ly/releituras-freyre . Acesso: 11/04/2017
Entrevista com Carlos Hasenbalg - por Antonio Sérgio Alfredo Guimarães. Disponível em:
bit.ly/entrevista-hasenbalg . Acesso: 11/04/2017
“O legado de Oracy Nogueira ao estudo das relações raciais”, de Márcia Lima. Disponível em:
bit.ly/legado-oracy . Acesso: 11/04/2017

Desenvolvimento
1ª e 2ª aulas
1. Após a abertura da aula, dê a devolutiva do texto produzido pelos estudantes sobre a política
de cotas raciais.
Esse texto é de sistematização de uma atividade, de forma que

você estará avaliando o final de um processo. Observe, assim, os
alunos que apresentam dificuldades de compreensão dos textos,
de se expressar oralmente e por meio da escrita. E também os
conceitos trabalhados, como a ideia de privilégio, direitos e política
de cotas raciais. Verifique a habilidade de escrita e seus avanços
e dificuldades.
2. Em seguida, converse com estudantes sobre a relação da política de cotas raciais com a
desigualdade social, público e privado, direitos e privilégios. Proponha a leitura do texto
“Brasil, um país de desigualdades?”, presente na Ficha 23 do Caderno do Estudante.
Professor(a), é importante que você planeje as atividades e o momento de cada aula: qual
o assunto a ser tratado, como será desenvolvido e quais as competências necessárias para
a apropriação de um conceito. Tudo isso ocorre em um tempo determinado, então calcule
a duração do desenvolvimento da aula e do percurso das atividades: qual o tempo
necessário para a introdução do assunto, a leitura de um texto, as explicações após
perguntas dos estudantes, a correção e a devolutiva de uma atividade. Enfim, são muitas
as possibilidades de ensino e aprendizagem. O papel do professor é fundamental.
3. Faça a leitura compartilhada do texto e, sem seguida, abra a discussão, retomando as
questões finais do texto: Será que no interior dos grupos e das classes, distribuídos em seus
lugares específicos na estrutura social, homens e mulheres têm acesso semelhante às
oportunidades oferecidas? Há diferença entre homens e mulheres no mercado de trabalho,
por exemplo? Ou, pensando nas etnias, os diversos tipos brasileiros classificados por cor –
brancos, pretos e pardos – recebem tratamento semelhante ou se beneficiam das mesmas
chances?
4. Em seguida, forme duplas para lerem a matéria jornalística “Mulher negra é a maior vítima da
desigualdade, diz estudo”, cujo link de acesso está disponível na Ficha 24 do caderno do
Estudante: bit.ly/mulher-desigualdade. Lembre aos jovens dos procedimentos de estudo
trabalhados nos bimestres anteriores. Chame atenção para a data de publicação da matéria
jornalística. A matéria jornalística trabalha com dados estatísticos produzidos pelo SPM,
IPEA, IBGE e UNIFEM. É importante que compreendam o que explica o gráfico e os dados
estatísticos.
Professor(a), oriente os jovens conforme indicações do trecho a seguir:

“A leitura de gráficos e tabelas pressupõe não apenas o conhecimento matemático para ler
números, mas também a capacidade de fazer uso das informações numéricas para
interpretar fenômenos sociais. Nesse sentido, é importante ensinar os alunos a observar
números que se destacam ou a examinar a evolução de determinado aspecto em um
período. Em um gráfico pode ficar mais evidente a tendência de crescimento ou descenso
de uma atividade econômica, da densidade populacional ou ainda de aspectos
relacionados à vida social. Vale lembrar que os jornais e outros meios de comunicação
frequentemente usam tabelas e gráficos para formular explicações sobre fenômenos da
vida social. Pode-se estimular o uso dessas informações e refletir sobre seu significado.”

MONTELLATO, A.; CABRINI, C.; CATELLI. R. História MP, Projeto Velear. São Paulo: Ed.
Scipione, 2013. p. 205-6.
Os estudantes devem saber que essas habilidades estão nas competências de área do
ENEM “Dominar linguagens (DL): Dominar a norma culta da Língua Portuguesa e fazer uso
das linguagens matemática, artística e científica, e das línguas espanhola e inglesa”.
5. Estipule um tempo para a leitura e registro das ideias do texto e, ao final, pergunte o que
entenderam do gráfico e sua explicação e qual a relação que estabelecem com a leitura do
texto “Brasil, um país das desigualdades?” É importante que registrem as diferentes posições
dos colegas.
6. Proponha a leitura do texto “Todos Iguais ou muito diferentes?” (Ficha 25 do Caderno do
Estudante). Eles deverão realizar a leitura e responder às questões no encontro de Estudos
Orientados.
3ª e 4ª aulas
1. Após a abertura da aula, chame uma dupla para expor a leitura do texto, identificando as
posições de Florestan Fernandes, Gilberto Freyre, Carlos Hasenbalg e Oracy Nogueira e a
análise do gráfico “Taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade, por cor
ou raça”. Em seguida, abra para o grupo classe e faça as intervenções necessárias.
Professor(a), ajude-os a articular esses textos com a leitura da Constituição que fizeram na
aula de História. Volte à leitura dos gráficos, relacione-os com o conteúdo do texto e
proponha questões sobre o entendimento deles quanto ao significado cultural de masculino
e feminino e gênero e etnia. Você pode trabalhar essas questões a partir das vivências dos
jovens: será que os adolescentes homens e mulheres são tratados da mesma forma? E a
cor da pele, pode fazer a diferença?
2. Após a discussão, proponha que respondam a questão 54 do ENEM 2004 (Ficha 26 do
Caderno do Estudante). Eles devem responder e justificar a alternativa escolhida.
3. Em seguida, proponha um debate sobre discriminação racial e desigualdade. Divida a classe
em quatro times, cada um assumirá a posição de um sociólogo.
4. Estipule um tempo para eles organizarem os argumentos. Peça para escolherem o mediador
e o que ajudará no controle de tempo. É importante que se organize o tempo das falas e a
quantidade de inscrições.
5. Ao terminar o debate, faça considerações necessárias, sobretudo em relação aos argumentos
e à forma como eles desenvolveram o debate (se houve respeito a fala do colega e às regras
do debate, por exemplo). As suas observações no debate são importantes, pois esclarecem
o que deve ser revisto e os avanços dos estudantes.
6. Finalize o bimestre com a autoavaliação das competências para o século 21. Projete os itens
e peça para os estudantes se avaliarem nos itens e demonstrarem uma evidência. Recolha
e, no próximo encontro, dê uma devolutiva.
Colaboração: atuou com responsabilidade compartilhada, respeitou as diferenças e
decisões comuns.
Responsabilidade: age de forma organizada, se compromete com o trabalho do grupo,
cumpre com os prazos propostos em grupo.
Abertura para o novo: está disposto a ouvir os colegas e aprender novas ideias, tem atitude
curiosa diante novas experiências.
Comunicação: comunica suas ideias e respeita os valores e atitudes dos envolvidos nas
interações.

Pensamento crítico: analisa ideias e fatos em profundidade, investigando os elementos que
os constituem e as conexões entre eles, utilizando conhecimentos prévios e formulando
sínteses.

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Orientação para planos

Uma parceria entre a

Quadro-síntese da proposta de estudo p. 04

Quadro integrador da área

OPA Ciências Humanas – 1ºano/4º bimestre 2

O objetivo deste bimestre é promover a aprendizagem dos conteúdos de História, Geografia,

OPA Ciências Humanas – 1ºano/4º bimestre 3

Compreender os H17 – Analisar H1 - Interpretar H3 - Associar as

OPA Ciências Humanas – 1ºano/4º bimestre 4

Filosofia Geografia História Sociologia

O que é Por que Porque os indígenas O que são cotas de

Numa época de crise de paradigma, incertezas e ausência de verdades, a espécie humana é

O conhecimento contemporâneo problematiza a herança da ciência moderna com seus

Tema do bimestre: O público e o privado: direitos e privilégios em diferentes tempos.

Nome Resumo Duração Página

OPA Ciências Humanas – 1ºano/4º bimestre 7

Duração Prevista 1 aula

1. Inicie o encontro escrevendo a pauta e a data no quadro. Distribua a Ficha 1 do Caderno do

Orientações para Ficha 1 – Retomada

OPA Ciências Humanas – 1ºano/4º bimestre 8

A retomada é um excelente exercício para identificar a aprendizagem da

OPA Ciências Humanas – 1ºano/4º bimestre 9

Duração Prevista 5 aulas

1ª, 2ª, 3ª, 4ª e 5ª aulas

a) AUTOCONHECIMENTO (Capacidade de usar o conhecimento de si, a estabilidade

OPA Ciências Humanas – 1ºano/4º bimestre 10

Professor(a), os estudantes realizaram uma atividade de retomada do estudo em Filosofia

4. A continuidade do trabalho em Filosofia se dá pela diferenciação entre doxa e episteme,

5. Contextualize as manifestações, mas, se preferir, faça a contextualização depois da leitura de

 Retrospectiva: manifestações não foram pelos 20 centavos (Folha de S. Paulo)

 As manifestações de rua de 2013 e 2015 (Estadão)

 Manifestações de junho agitaram todo o país (jornal do Brasil)

 Protestos completam um ano e violência policial se repete (EBC)

 O Brasil foi às ruas em junho de 2013

OPA Ciências Humanas – 1ºano/4º bimestre 11

1. Distribua a Ficha 2 do Caderno do Estudante. Os estudantes devem observar as imagens

Sempre encerre a aula com a fala de dois estudantes avaliando a

7. Distribua a Ficha 3 do Caderno do Estudante e oriente a atividade. A seguir,

1. Leia com os estudantes o fragmento do texto a seguir:

OPA Ciências Humanas – 1ºano/4º bimestre 12

Oriente que eles realizarem a atividade individual:

a) De que trata o texto? (Incentive os estudantes a fazerem a interpretação do fragmento.

Orientações para Ficha 4 –Doxa e Episteme

 “A doxa reside dentro da famosa caverna de Platão...”

OPA Ciências Humanas – 1ºano/4º bimestre 13

 “Assim como o corpo se opõe à alma, a doxa se opõe à episteme...”

Disponível em: bit.ly/mundo-sensivel-ideias. Acesso: 11/04/2017.

 “A oposição entre doxa e episteme atualiza-se, hoje...”

 “O próprio Platão reconhecia que o nosso mundo, o mundo do humano, se

Professor explique o pensamento de Platão, mas já problematize sobre os problemas da

Problematize a hegemonia de um modelo de conhecimento acadêmico em detrimento de

 “O crítico ou professor de literatura deve se preocupar em apurar...”

Problematize se entenderam porque na escola não valorizamos só a opinião, mas os

OPA Ciências Humanas – 1ºano/4º bimestre 14

Sempre encerre as aulas com a fala de dois estudantes avaliando a

OPA Ciências Humanas – 1ºano/4º bimestre 15

Duração Prevista 6 aulas

1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, e 6ª aulas

1. Retomada. Professor(a), só faça a retomada se achar necessário, de acordo com o perfil da

Em todo início de aula é possível avaliar o que ficou das aulas

2. Distribua a Ficha 5 do Caderno do Estudante. Nesta atividade, vamos analisar as diferenças

OPA Ciências Humanas – 1ºano/4º bimestre 16

5. Depois de diagnosticar o entendimento, medeie a leitura e explique o esquema.