Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Palavras-chave
Cinema, cidade, representação.
Introdução
Na última década ganharam centralidade acadêmica os estudos que associam
“cultura” e “meio urbano” e, mais especificamente, “cinema” e “cidade”. De-
bruçar-se sobre a relação entre estes dois elementos significa não apenas
pesquisar o papel, no mais das vezes não creditado, que as cidades desempe-
nham nos filmes, mas sobretudo examinar as múltiplas e significativas intera-
ções entre a mais importante forma cultural e a mais importante forma de or-
ganização social do século XX (SCHIEL, 2001, p. 1).
Desde sua invenção, na Paris do fin-de-siècle, o cinema tem mantido in-
trínseca relação com as cidades. O cinema não foi apenas por excelência o
grande espetáculo do século passado; também foi, desde que nasceu, uma
forma de entretenimento essencialmente urbana e deve muito de sua nature-
za ao desenvolvimento da cidade (RODRIGUES, 1999, p. 54; TEIXEIRA, 1999,
p. 34, NAME, 2002, p. 2-6). Criado no auge da metrópole moderna, o cinema
necessitava de pronto tanto de seu aparato industrial quanto de seu adensa-
mento, por ser uma arte de reprodução e de massa (BENJAMIN, 1987). A
partir de então a cidade passou a ser, sem dúvida, um dos elementos mais
filmados pelo cinema, tendo o seu desenvolvimento acompanhado de perto
pela sétima arte: começando pela indústria Lumière em Lyon e pela estação
de trem de A chegada de um trem a Ciotat1 (primeiro filme da História) exibi-
da no Grand Café de Paris, os primeiros estúdios passaram a se instalar nas
1
L’arrivée d`un train à la Ciotat, Auguste Lumière e Louis Lumière, França, 1895.
2
Der himmel über Berlin, Wim Wenders, França/Alemanha Ocidental, 1987.
3
Blade runner, Ridley Scott, EUA, 1982.
ressonância nos de PITIOT (1996, p. 40), que fala de certa “infidelidade” das
cidades cinemáticas em relação à realidade, e também nos de COMOLLI (op.
cit., p. 151), que defende a idéia de que o cinema possui visão distorcida, fa-
zendo questão de separar o “olho” da câmera daqueles do observador. Al-
guns autores, como COSTA (2002, p. 68) e CLARKE (1997, p. 3), porém, con-
sideram tal separação equivocada e têm argumentado que é fundamental, na
análise da cidade cinemática, saber que não há uma dicotomia entre realidade
e representação, concreto e imaginário, mas uma situação dualística, em que
interpenetram-se o sítio a ser representado – determinada cidade – e o sítio
do qual emanam as representações – cultural, geográfico, político, teórico
(DUNCAN, 1994, p. 34). Assim, o real participa da criação da ficção e a ficção
determina as transformações do real. Como argumenta JIMENEZ4 (1996a, p.
61), o cinema integra esta dualidade, restituindo cenas que correspondem a
uma percepção em parte efetuada pelas obras cinematográficas – seu texto
fílmico e a ideologia dos realizadores – e de outra pelos espectadores, em fun-
ção de uma experiência prática e de um imaginário resultante da mesma.
Através de sua linguagem acessível ao público “leigo”, o cinema oferece uma
das mais sedutoras mediações entre a cidade como conceito e a cidade como
experiência (NAME, Internet).
A maneira como os espaços são usados e lugares são retratados nos fil-
mes lhes dá significados que podem contribuir, intencionalmente ou não, para
a difusão de um conjunto de crenças e valores muitas vezes ligados a estru-
turas de dominação cultural, política e econômica (AITKEN e ZONN, 1994, p.
5; HOPKINS, op. cit., p. 23). É preciso, portanto, tratar os discursos e repre-
sentações sobre a cidade como construções simbólicas que estão plenas de
valores sociais e produzem efeitos bastante concretos na forma da cidade e na
vida de seus habitantes (FREIRE-MEDEIROS, 2002a).
Quem faz o discurso, para quem, e visando o quê? Qual o papel das pro-
duções cinematográficas que enfocam cidades e culturas específicas em um
mundo globalizado? De que maneira o cinema tem contribuído para a manu-
tenção, transformação e subversão de estereótipos e clichês sobre estas cida-
des e seus habitantes? Pretendo neste trabalho traçar, em três momentos
distintos, um esboço dos estudos de pesquisadores das mais variadas discipli-
nas para estas questões. Primeiramente, me concentrarei na “cidade cinemá-
tica antes dos filmes”, ou seja, naquilo que havia de já cinemático nas metró-
poles antes da primeira exibição pública na Paris dos Irmãos Lumière. No
segundo momento, “a cidade cinemática no filme”, tentarei montar um pe-
queno painel de algumas representações da cidade, mais relacionadas à ar-
quitetura e às paisagens. Finalmente, abordarei a “cidade cinemática depois
do filme”, ou seja, me debruçarei sobre algumas questões que evidenciam que
as cidades cinemáticas influenciam a experiência empírica.
4
A autora publicou uma lista de textos sobre o tema que, diferente deste artigo, se concentra em publicações em língua
francesa (JIMENEZ, 1996b).
5
O geógrafo explica que a etimologia da palavra inglesa “landscape” dá o significado de ”view of land” ou “representation of
the land”. Assim, o conceito de “paisagem cinemática” se aplica à toda e qualquer imagem do filme, pelo fato de o cinema
ser um meio essencialmente visual. O filme seria, em si, uma paisagem (Id. Ibid., p. 48-49), o que vai ao encontro do co-
mentário supracitado do cineasta e professor Tunico Amancio.
6
Metropolis, Fritz Lang, Alemanha, 1927.
7
FORD (op. cit., p. 120) caracteriza a cidade como personagem da narrativa cinematográfica, diferenciando-a de um mero
“cenário de fundo”, quando esta influencia psicologicamente e interage com as outras personagens da trama. Outros autores
que também argumentam sobre a peculiaridade deste papel das cidades nos filmes são GARNIER & SAINT RAYMOND (1996),
PITIOT (op. cit.), AMANCIO (2000a) e FREIRE-MEDEIROS (2002a).
8
GRAVARI-BARBAS (op. cit.) analisa as estratégias dos bureaus de Bordeaux e Marseille para atrair equipes de filmagens
para suas respectivas cidades: o primeiro produziu espécie de catálogo de imagens em que a escolha de lugares se baseou
tanto na fotogenia quanto no maior número de vezes que haviam sido filmados. Há, neste catálogo, um ideal ilustrado de
Bordeaux: cidade bela e próspera, um pouco histórica e um pouco metrópole moderna, dotada tanto de patrimônio quanto
de arquitetura contemporânea. Já Marseille produziu um Cd-ROM de lugares mais diferenciados, de estética cinematográfi-
ca: lugares “feios” ou “(pós-) industriais” também são sugeridos junto àqueles mais belos, evidenciando-se o lado cinemato-
graficamente distópico da cidade.
9
O movimento nos últimos anos tem planejado e construído novas cidades em áreas vazias e distantes dos grandes centros
urbanos. O new urbanism esteticamente se inspira nas pequenas comunidades americanas do início do século XX e propõe
núcleos de densidade elevada, porém com edificações distanciadas de maneira calculada para tornar o ambiente agradável.
Os new urbanistas argumentam que este aumento de densidade salva áreas cultivadas e reservas naturais da ameaça do
modelo suburbano e que agrada a industria da construção civil, que vende mais unidades em menor espaço. Seus críticos,
porém, acusam o new urbanism de promover um aumento significativo de condomínios fechados, a gentrificação, o conser-
vadorismo estilístico, a homogeneidade e a intolerância com a diferença e com a pobreza (LARA, 2001a e 2001b).
10
Celebration foi construída em terreno de propriedade da Disney Corporation, vizinho ao parque temático EPCOT Center,
projeto concebido quando Walt Dseny ainda vivia. O EPCOT – Experimental Prototype Community of Tomorrow – original-
mente abrigaria uma cidade-modelo, destinada a abrigar 20.000 pessoas (a maioria empregados do Magic Kindom, outro
empreendimento da empresa), beneficiada por todos os progressos técnicos disponíveis para o conforto no ambiente urbano
(DIDIER, op.cit.).
dem exibir na fachada uma placa dizendo terem sido construídas no início do
século XX; detalhes que aparentam ser de mármore são, na verdade, de plás-
tico e músicas são executadas na ruas em pequenas caixas de som escondidas
em palmeiras de tamanho idêntico (NAME, op.cit., p. 82). Outro exemplo fa-
moso é Seaside, também localizada na Flórida e inaugurada em 1981 pelo
empresário Robert Davis. Tal cidade, “real”, foi locação para filme O Show de
Truman – o show da vida.11 Na trama, Seaside torna-se Seaheaven, que, ao
contrário, é uma cidade cenográfica onde o protagonista tem sua vida vigiada
e manipulada (TEIXEIRA, 2002).12 Uma análise minuciosa dos espaços destas
cidades revela, de fato, uma hipérbole dos ideais da arquitetura pós-moderna,
no que diz respeito à importância do simbolismo e do vernacular na arquite-
tura das massas. Ao aproximarem suas aparências à cenografia do cinema,
veículo para as massas rico em simbolismos, as cidades new urbanistas tor-
nam-se exemplos bastante contundentes daquilo que tanto admiravam Robert
Venturi e Denise Scott Brown em Las Vegas: o simulacro, que no new urba-
nism invade o cotidiano (NAME, op. cit., p. 84). Afinadas com os impactos
causados no mundo pelas imagens do recente atentado ao World Trade Cen-
ter, confundidas e comparadas a exaustão com inúmeras seqüências cinema-
tográficas de filmes-catástrofe (Id., no prelo), Seaside e Celebration compro-
vam que a sobreposição entre falso e verdadeiro é cada vem mais freqüente
no cotidiano e que a dualidade entre os sítios das representações descrita por
DUNCAN (op. cit.) deixa marcas não só no imaginário como também no espa-
ço urbano concreto.
Comentário final
Entre a lente e a retina está a tela de cinema, que desde as suas origens
expõe imagens das cidades com significados muitas vezes contraditórios. Se o
cinema de ontem era restrito à sala de cinema, o de hoje tem circulação bem
mais livre e invade residências em todo o mundo, seja pela televisão, a partir
do videocassete ou do DVD. Sua penetração na sociedade, se não é mais
forte, é mais evidente.
Filmes e cidades são lugares onde ocorrem vivências – respectivamente
mentais e empíricas – das quais emanam representações em que se configu-
ram sentimentos, ambos positivos ou negativos. Viver na cidade implica fazer-
se várias perguntas. Que cidade se quer? Que paisagem se vê? Que espaço se
tem? Para quem pesquisa o urbano, a temática da inter-relação entre “cine-
ma e cidade”, muito rica, em andamento e aqui apenas esboçada, é campo
fértil para a investigação destas e muitas outras questões.
11
The Truman Show, Peter Weir, EUA, 1998.
12
Tanto em Seaside quanto em Celebration não há prefeitura. Um adminsitrador local, nomeado respectivamente por Ro-
bert Davis e pela Disney Corporation, exerce as funções de autoridade administrativa e legislativa: “[a]o morador resta agir
em concordância com o script determinado, já que não lhe cabe escolher a cor das próprias janelas nem plantar uma árvore
no seu próprio jardim sem a autorização da administração da cidade” (LARA, 2001a).
Referências bibliográficas
AITKEN, Stuart C.; ZONN, Leo E. Re-presenting the place pastiche. In: AITKEN, Stuart C.; ZONN, Leo E.
Place, power, situation and spectacle. A geography of film. Lanham : Rowman & Littlefield Publishers,
1994, p. 3-25.
ALBRETCH, Donald. New York, Olde York: the rise and fall of a celluloid city. In: NEUMAN, Dietrich (ed.).
Film Architecture. From Metropolis to Blade Runner. Munich : London : New York : Prestel, 1999, p. 39-43
AMANCIO, Tunico. O Brasil dos gringos: imagens no cinema. Niterói : Intertexto, 2000a.
__ .Um contraplano imaginário: o Rio dos estrangeiros. In: A paisagem carioca. Rio de Janeiro : Prefeitura
do Rio de Janeiro / Secretaria Municipal de Cultura / Secretaria Municipal de Educação / RIOARTE, 2000b, p.
128-133.
AMANCIO DA SILVA, Antonio Carlos. Em busca de um clichê. Panorama atual do Brasil no cinema
estrangeiro de ficção. In: II Encontro de Estudos de Cinema, 1998, Rio de Janeiro. Disponível na INTERNET
via http://www.socine.org.br/9.html.
BARBOSA, Jorge Luiz. Paisagens americanas: imagens e representações do wilderness. Espaço e cultura,
nº 5. Rio de Janeiro, jan. / jun. 1998, p. 43-53.
BARBOSA, Jorge Luiz; CORRÊA, Aureanice de Mello. A paisagem e o trágico em O Amuleto de Ogum. In:
ROSENDAHL, Zeny; CORRÊA, Roberto Lobato. Paisagem, imaginário e espaço. Rio de Janeiro : EdUERJ,
2001, p. 71-102.
BENALI, Abdelkader. La fourmiliére imaginaire, Metropolis ou la ville à visage humain. Espace et societés,
nº 86. Paris, 1996, p. 47-58.
BENTES, Ivana. Sertões e subúrbios do cinema nacional. Cinemais, nº 15. Rio de Janeiro, jan. / fev. 1999.
BENJAMIN, Walter. A obra de arte na era de usa reprodutibilidade técnica. In: Obras escolhidas. Magia e
técnica, arte e política. São Paulo : Brasiliense, 1987, p. 165-196.
BRUNO, Giuliana. Site-seeing: architecture and the moving image. Wide Angle, Vol. 19, nº 4,
1997a, p. 8-24.
__ . City views: the voyage of film images. In: CLARKE, David B. (ed.). The cinematic city. London :
Routledge, 1997b, p. 46-51.
__ . Ramble City: postmodernism and “Blade Runner”. October, nº 41, 1987, p. 61-74.
CALIL, Carlos Augusto. Cinema e indústria. In: XAVIER, Ismail (org.). O cinema no século. Rio de Janeiro :
Imago, 1996, p. 45-70.
CASTELLO, Lineu. Meu tio era um Blade Runner: ascensão e queda da arquitetura moderna no cinema.
Arquitextos (revista eletrônica), nº 24, mai. 2002. Disponível na INTERNET via
http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq024/bases/03tex.asp.
CHARNEY, Leo . Num instante: o cinema e a filosofia da Modernidade. In: CHARNEY, Leo; SCHWARTZ,
Vanessa R (orgs.). O cinema e a invenção da vida moderna. São Paulo : Cosac & Naify, 2001, p. 386-408.
CLARKE, David B. Introduction: previewing the cinematic city. In: CLARKE, David B. (ed.). The cinematic
city. London : Routledge, 1997, p. 1-18.
COMOLLI, Jean-Louis. A cidade filmada. Cadernos de antropologia e imagem, Vol. 3. nº 4. Rio de Janeiro,
1995, p. 149-183.
COSTA, Flávia Cesarino. O primeiro cinema. São Paulo : Scritta, 1995.
COSTA, Maria Helena Braga e Vaz. Espaço, tempo e cidade cinemática. Espaço e cultura, nº 13. Rio de
Janeiro, jan. / jun. 2002, p. 63-75.
DAVIS, Mike. Bunker Hill: Hollywood’s dark shadow. In: SCHIEL, Mark; FITZMAURICE, Tony (eds.). Cin-
ema and the city. Film and urban societies in a global context. Oxford : Blackwell, 2001, p. 33-45.
DIDIER, Sophie. Disney urbaniste: la ville de Celebration en Floride. Anais do colóquio “Les problèmes
culturels des grandes villes”. Paris, 1997, 14p. Disponível na INTERNET via
http://www.cybergeo.presse.fr/culture/didier/didier.htm.
DOEL, Marcus A.; CLARKE, David B. From ramble city to the screening of the eye: Blade Runner, death and
symbolic exchange. In: CLARKE, David B. (ed.). The cinematic city. London : Routledge, 1997, p. 140-
167.
DUNCAN, James. Sites of representation: place, time, and the discourse of the other. In: DUNCAN, James:
LEY, David (orgs.). Place, culture and representation. London: Routledge, 1994.
EASTHOPE, Antony. Cinécities in the Sixties. In: CLARKE, David B. (ed.). The cinematic city. London :
Routledge, 1997, p. 129-139.
EISENSTEIN, Sergei. O sentido do filme. Rio de Janeiro : Jorge Zahar Ed., 2002a.
__ . A forma do filme. Rio de Janeiro : Jorge Zahar Ed., 2002b.
FIELDER, Adrian. Poaching on public space: urban autonomous zones in French banlieue films. In: SCHIEL,
Mark; FITZMAURICE, Tony (eds.). Cinema and the city. Film and urban societies in a global context. Ox-
ford : Blackwell, 2001, p. 270-281.
FITZMAURICE, Tony. Film and urban societies in a global context. In: SCHIEL, Mark; FITZMAURICE, Tony
(eds.). Cinema and the city. Film and urban societies in a global context. Oxford : Blackwell, 2001, p. 19-
30.
FORD, Larry. Sunshine and shadow: lighting and color in depiction of cities on film. In: AITKEN, Stuart C.;
ZONN, Leo E. Place, power, situation and spectacle. A geography of film. Lanham : Rowman & Littlefield
Publishers, 1994, p. 119-136.
FREIRE-MEDEIROS, Bianca. The travelling city. Representations of Rio de Janeiro in U.S. films, travel ac-
counts and scholary writing. 2002a. Tese (doutorado em Teoria e História da Arte e da Arquitetura) –
Graduate School of Binghamton University, Satate University of New York, New York.
__ . Hollywood Musicals and the invention of Rio de Janeiro, 1933-1953. Cinema Journal, Vol. 41, nº 4,
Summer 2002b, p. 52-67.
__ . “You don’t have to know the language”: Hollywood inventa o Rio de Janeiro. Cadernos de antropologia
e imagem, Vol. 5, nº 2. Rio de Janeiro, 1997, p. 107-121.
GARNIER, Jean-Pierre; SAINT-RAYMOND, Odile. Un rendez-vous manqué. Espace et societés, nº 86. Paris,
1996, p. 7-13.
GOLD, John R. From “Metropolis” to “The City”: film visions of future city. In: BURGESS,
Jacquelin; GOLD, John R. Geography, the Media & popular culture. New York : St. Martin Press, 1985, p.
123-143.
GRAVARI-BARBAS, Maria. La “ville-decor”: accueil de tournages de films et mise en place d’une nouvelle
esthetique. CyberGEO (revista eletrônica), nº 101, 27 mai. 1999, 18p. Disponível na INTERNET via
http://www.cybergeo.presse.fr/culture/gravari/gravari.htm.
GUNNING, Tom. Cinema e História: “fotografias animadas”, contos do esquecido futuro do cinema. In:
XAVIER, Ismail (org.). O cinema no século. Rio de Janeiro : Imago, 1996, p. 21-44.
HARVEY, David. O tempo e o espaço no cinema pós-moderno. In: A condição pós-moderna. São Paulo :
Loyola, 1994, p. 277-289 (capítulo 18).
HAY, James. Shamrock: Houston Green Promise. In: SCHIEL, Mark; FITZMAURICE, Tony (eds.). Cinema
and the city. Film and urban societies in a global context. Oxford : Blackwell, 2001, p. 75-87.
HEFFNER, Hernani. Paisagem carioca no cinema brasileiro. In: A paisagem carioca. Rio de Janeiro :
Prefeitura do Rio de Janeiro / Secretaria Municipal de Cultura / Secretaria Municipal de Educação / RIOARTE,
2000b, p. 128-133.
HOPKINS, Jeff. Mapping of cinematic places: icons, ideology and the power of (mis)representation. In:
AITKEN, Stuart C.; ZONN, Leo E. Place, power, situation and spectacle. A geography of film. Lanham :
Rowman & Littlefield Publishers, 1994, p. 47-65.
JIMENEZ, Floréal. Calle mayor (1956, Juan-Antonio Bardem). Costruction cinématographique d’un espace
urbain et d’une structure idéologique et sociale. Espace et societés, nº 86. Paris, 1996a, p. 59-87.
__ . Lectures et représentacions cinématographiques de l’univers urbain. Bibliographie. Espace et societés,
nº 86. Paris, 1996b, p. 111-124.
JORGE, José Duarte Gorjão. Cinema e arquitectura. In: CINEMATECA PORTUGUESA;
MUSEU DO CINEMA. Cinema e arquitectura. Lisboa : Cinemateca Portuguesa : Museu do Cinema, 1999, p.
45-49.
KAEZ, Anton. Sites of desire: the Weimar street film. In: NEUMAN, Dietrich (ed.). Film Architecture. From
Metropolis to Blade Runner. Munich : London : New York : Prestel, 1999, p. 26-32.
KRUTNIK, Frank. Something more than night: tales of the Noir City. In: CLARKE, David B. (ed.). The
cinematic city. London : Routledge, 1997, p. 83-109.
LARA, Fernando. Vizinhos do Pateta. Arquitextos (revista eletrônica), nº 11, abr. 2001a. Disponível na
INTERNET via http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq011/bases/02tex.asp.
__ . Admirável urbanismo novo. Arquitextos (revista eletrônica), texto especial 056, fev. 2001b. Disponível
na INTERNET via http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq000/bases/056tex.asp.
MARIE, Laurent. Jacques Tati’s “Play Time” as New Babylon. In: SCHIEL, Mark; FITZMAURICE, Tony (eds.).
Cinema and the city. Film and urban societies in a global context. Oxford : Blackwell, 2001, p. 257-269.
MARSHALL, Bill. Montreal between strangeness, home and flow. In: SCHIEL, Mark; FITZMAURICE, Tony
(eds.). Cinema and the city. Film and urban societies in a global context. Oxford : Blackwell, 2001, p.
206-216.
MCARTHUR, Colin. Chinese boxes and russian dolls: tracking the elusive cinematic city. In: CLARKE, David
B. (ed.). The cinematic city. London : Routledge, 1997, p. 19-45.
METZ, Christian. Linguagem e cinema. São Paulo : Perspectiva, 1980.
__ . A significação no cinema. São Paulo : Perspectiva, 1977.
NAGIB, Lúcia. Caminhos da Utopia. Cinemais, nº 22. Rio de Janeiro, mar. / abr. 2000, p. 139-156.
NAME, Leonardo. Cinema e cidade: paisagem urbana, realidade e imaginário. 2002. Monografia
(especialização em Sociologia Urbana) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade do Estado
do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
__. Cinema e cidade: paisagem urbana, realidade e imaginário. Anais do VI Encontro de Ensino de
Paisagismo nas Escolas de Arquitetura e Urbanismo no Brasil. Recife (no prelo).
__ . O cinema e a cidade: simulação, vivência e influência. Arquitextos (revista eletrônica:
http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arquitextos.asp), a ser publicado.
NATTER, Wolfgang. The city as cinematic space. Modernism and place in “Berlin, Symphony of a city”. In:
AITKEN, Stuart C.; ZONN, Leo E. Place, power, situation and spectacle. A geography of film. Lanham :
Rowman & Littlefield Publishers, 1994, p. 203-227.
NEUMAN, Dietrich. Antes e depois de Metrópolis: o cinema e a arquitetura em busca da cidade moderna.
In: CINEMATECA PORTUGUESA; MUSEU DO CINEMA. Cinema e arquitectura. Lisboa : Cinemateca
Portuguesa : Museu do Cinema, 1999, p. 107-114. (Também publicado como “Before and after Metropolis:
film and architecture in search of the modern city” In: NEUMAN, Dietrich (ed.). Film Architecture. From
Metropolis to Blade Runner. Munich : London : New York : Prestel, 1999, p. 33-38).
PENZ, François. A arquitetura nos filmes de Jacques Tati. In: CINEMATECA PORTUGUESA; MUSEU DO
CINEMA. Cinema e arquitectura. Lisboa : Cinemateca Portuguesa : Museu do Cinema, 1999, p. 137-147.
PITIOT, Pierre. La Mediterranée s’en va-t-en ville. Espace et societés, nº 86. Paris, 1996, p. 39-45.
RODRIGUES, Antonio. Cinemas, arquitecturas. In: CINEMATECA PORTUGUESA; MUSEU DO CINEMA.
Cinema e arquitectura. Lisboa : Cinemateca Portuguesa : Museu do Cinema, 1999, p. 51-81.
SANDBERG, Mark B. Efígie e narrativa: examinando o museu do folclore do século XIX. In: CHARNEY, Leo;
SCHWARTZ, Vanessa R. (org.). O cinema e a invenção da vida moderna. São Paulo : Cosac & Naify, 2001,
p.441-496.
SCHIEL, Mark. Cinema and the city in History and theory. In: SCHIEL, Mark; FITZMAURICE, Tony (eds.).
Cinema and the city. Film and urban societies in a global context. Oxford : Blackwell, 2001, p. 1-18.
SCHOLLHAMMER, Karl Erik. Rio de Janeiro, cidade cinematográfica. A cidade como produção de sentido.
Lugar Comum, nº 9-10. Rio de Janeiro, set. 1999 / abr. 2000.
SCHWARTZ, Vanessa R. O espectador cinematográfico antes do aparato do cinema: o gosto do público pela
realidade na Paris fim-de-século. In: CHARNEY, Leo; SCHWARTZ, Vanessa R. (org.). O cinema e a
invenção da vida moderna. São Paulo : Cosac & Naify, 2001, p.411-440.
SINGER, Ben. Modernidade, hiperestímulo e o início do sensacionalismo popular. In: CHARNEY, Leo.
SCHWARTZ, Vanessa R, (orgs.). O cinema e a invenção da vida moderna. São Paulo : Cosac & Naify, 2001,
p.115-148.
STAM, Robert. Tropical multiculturalism. A comparative History of race in Brazilian cinema and culture.
Durham : London : Duke University Press, 1997.
SWANN, Paul. From workshop to backlot: The Greater Philadelphia Film Office. In: SCHIEL, Mark;
FITZMAURICE, Tony (eds.). Cinema and the city. Film and urban societies in a global context. Oxford :
Blackwell, 2001, p. 88-98.
TEIXEIRA, Carlos M. Alphaville e Alphaville. Arquitextos (revista eletrônica), nº 21, fev. 2002. Disponível
na INTERNET via http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq021/bases/02tex.asp.
TEIXEIRA, Manuel C. Arquitectura e cinema. In: CINEMATECA PORTUGUESA; MUSEU DO CINEMA. Cinema
e arquitectura. Lisboa : Cinemateca Portuguesa : Museu do Cinema, 1999, p. 23-40.
VAN WAERBEKE, Jacques. Territorialité et intégration dans les banlieus parisiennes à partir de la trilogie
filmique de Malik Chibane: “Chronique de la jeunesse des années 90”. CyberGEO (revista eletrônica), nº
91, 19 abr. 1999, 11 p. Disponível na INTERNET via
http://www.cybergeo.presse.fr/culture/waerbeck/waerbeck.htm.
VIDLER, Anthony. The explosion of space. Architecture and the filmic imaginary. In: Warped space: art,
architecture, and anxiety in modern culture. London : The Massachusetts Institute of Technology Press,
2000, p. 99-283. (Também publicado em NEUMAN, Dietrich (ed.). Film Architecture. From Metropolis to
Blade Runner. Munich : London : New York : Prestel, 1999, p. 13-25).
WEBB, Michael. “Like today, only more so”: the credible dystopia of “Blade Runner”. In: NEUMAN, Dietrich
(ed.). Film Architecture. From Metropolis to Blade Runner. Munich : London : New York : Prestel, 1999, p.
44-47.
WEIHSMANN, Helmut. The city in twilight. Charting the genre of the “city film” 1900-1930. In: PENZ,
François; THOMAS, Maureen. Cinema & Architecture. Méliès, Mallet Stevens, Multimedia. London : British
Film Institute, 1997, p. 8-27.
WENDERS, Wim. A paisagem urbana. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, nº 23. Rio de
Janeiro, 1994, p. 181-189.