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O livro “Pesquisa Social: Teoria, Método e Criatividade” faz a introdução do

universo das abordagens qualitativas para a investigação social. Discute os


conceitos de ciência e conhecimento procurando distinguir os conceitos de
ciências humanos e sociais das ciências naturais. Os quatro capítulos que
formam a obra são apresentados da seguinte forma: a definição de pesquisa
social, construção do projeto de pesquisa, trabalho de campo e por fim, a análise
e interpretação dos dados coletados. O primeiro capítulo trata do desafio da
pesquisa social em se apresentar como forma de ciência ou cientificidade. A
autora nos relembra o fato de que algo apenas era considerado científico ao
conter dados quantitativos e com alto grau de objetividade, algo muito difícil em
uma pesquisa social, visto que trabalha com relações humanas. Dessa forma,
Minayo afirma que “a cientificidade não pode ser reduzida a uma forma
determinada de conhecer: ela pré-contém, por assim dizer, diversas maneiras
concretas e potenciais de realizar” (p.10). A partir disso, é abordado como a
ciência é um dos fatores que possibilitam as respostas para essas inquietações
e concebem mais indagações através dos resultados realizados a partir de
métodos, envolvendo técnicas e lógica, que levam a criações de teorias. Com
isso, algumas das técnicas científicas correspondem à maneira da cientificidade,
porém, em contrapartida, não utilizam técnicas quantitativas, numéricas, para
formular as respostas, e que, por isso, muitos estudiosos tendem a não se
conformarem em colocar a pesquisa social dentro dessa categoria,
desconsiderando a lógica qualitativa. Com essas contradições a autora vem
defender a historicidade e o valor da pesquisa social ao levar em conta a
identidade dos sujeitos e objetos e da não neutralidade da ciência mostrando
aspectos ideológicos envoltos na realidade tratada. Para isso, o caráter
qualitativo leva em conta a metodologia da pesquisa, conceituada pela autora
como o “caminho do pensamento”, ou seja, um processo a trilhar para se chegar
a uma intencionalidade. E, assim, a discussão em torno da pesquisa qualitativa
se expande explicitando como ela atinge “um universo de significados, motivos,
crenças, valores e atitudes” e que, por isso, o conjunto de dados qualitativos e
quantitativos, no pensamento da autora, se complementam. Nisso, são
abordados diversos pensamentos sobre essa relação de dados, como o
positivismo, a objetividade, a compreensão e o marxismo. .Em seguida, mostra-
se o ciclo da pesquisa qualitativa dividida em fase exploratória, trabalho de
campo e a análise do material empírico e documental, ligados numa ideia de
inacabamento, que não se completa mas que está produzindo novos
conhecimentos e evoluindo conforme surge mais informações. Após isso é
tratado do projeto de pesquisa como exercício científico construído mediante
esforços e conhecimentos acumulados e que não surge espontaneamente.
Nisso é mostrado a importância de ao definir o objeto seguir dimensões
ideológica, técnica e científica. Para a construção do projeto a fase exploratória
antecede e sucede a ação, e se define como um processo contínuo que se dá
conforme o projeto for se construindo. As partes da pesquisa podem ser
definidas de acordo com indagações acerca do fenômeno investigado. A
definição do tema e escolha do problema dá o princípio desse processo, e, logo
após se tem a definição da base teórica para reforçar o que está sendo discutido,
em diálogo com teóricos para a formulação de hipóteses, não como forma de
prever o resultado mas como uma tentativa de levantamento de pressupostos
que também servem para nortear a investigação. A seguinte parte trata do
trabalho de campo, onde são procuradas formas de investigar o objeto por meio
do questionamento realizado em torno do referente local. Nessa exploração, o
contato do investigador com o fenômeno investigado é vital para a inferências da
análise entrelaçada com o que se obtem através da observação participante, da
entrevista, através da fala dos sujeitos e dos relatos e notas realizados no diário
de campo. A partir da interação com o campo, o investigador se torna o agente
de mediação entre a analise e a produção de informações. Por fim, temos o trato
com a análise de dados na pesquisa qualitativa, que apesar de se tratar da ultima
etapa não é a fase final do processo, desde que se faz necessário o retorno às
informações já explicitadas e o cuidado com o trato dos dados em mediação com
as referentes teóricas e o objetivo do investigador, para que não fuja dessa
perspectiva. Nisso, a leitura compreensiva permite estabelecer coerência com o
material e leva ao estabelecimento de categorias. Para isso, a verificação de
hipóteses se abrange em torno da interpretação: organização do material,
aplicação do que foi planejado, estabelecimento de relação com os dados e
reflexão em torno de todo o material visando à geração de resultados. Portanto,
o livro traz consigo uma importância gigantesca, pois traz todo um roteiro de
como iniciar e finalizar uma pesquisa de cunho social.

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