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Segurança jurídica, grande aparato repressor que deve gerar

sensação de que o acordo será cumprido. É ilusório, não há


garantia de que o acordo será cumprido.
Segurança jurídica é pela justiça, no sentido de
sensibilidade.
A Segurança jurídica é fruto do constitucionalismo
moderno, dos movimentos liberais.
Os paradigmas são pré-compreensões, são pré-decisões
que se apoiam nos panos de fundo dos movimentos
sociais.
O que gerou o constitucionalismo moderno foi a
necessidade de não interveniência do Estado na vida
privada. Para isso é necessário segurança jurídica para
garantia da liberdade e igualdade formal. Daí vieram as
convulsões sociais e o Estado passou a intervir; surge o
Estado do bem estar social. A liberdade perde força e a
igualdade material se sobressai .
Depois vem o Estado democrático de direito, que, procura
unir igualdade e liberdade. Uma mistura de tudo o que se
garantiu nos outros paradigmas. Devíamos partir do caso
concreto.
Os juízes dentro dos estados:
O juiz do Estado liberal reproduz o texto legal. “dura lex sed
lex”. Deve apenas aplicar a lei e ser imparcial.
No Estado social, ganha força a estabilidade pelos vínculos
nacionais. O estado passa a assegurar a igualdade
material. O juiz do estado social, interpreta a lei de
acordo com os interesses do estado, de acordo com seus
princípios ( razoabilidade, ponderação etc.)
Razoabilidade é fuga da legalidade. “opinião do professor,
o juiz é que interpreta, de acordo com o que acredita num
dado contexto. Sempre que o juiz decide como sendo o
interprete máximo do direito, a decisão não é o que diz a
lei, mas o que acha o juiz”.
O Estado social falha por reduzir o cidadão a uma espécie
de súdito. Quem sabe é o estado e o juiz.
Segundo o professor, nada mudou no Estado Democrático
de Direito porque a revolução que deveria ter acontecido
não aconteceu. Deveria ter sido teórica. Vivemos no Brasil
de acordo com normas constituídas no período da Ditadura
militar. “A questão não é quem decide, mas como decide.”
Técnica, é um fazer específico, é um fazer ordenado,
é a adequação dos meios aos fins para a obtenção de
resultados úteis. Não se preocupa em interrogar os fins. A
técnica se preocupa com os meios. Fazer técnico sobre os
meios chama-se tecnologia.
Teoria / dogma, vem de doutrina , dogmática.
Dogma é ato de autoridade, as decisões judiciais são
dogmáticas e impregnadas de subjetividade. Hume busca
combater a empáfia da razão que não tem limites. Pegou
a teoria da razão que dava acesso à essência de todas
as coisas e a combateu. Ainda sobre o sol afirma ser
este um conhecimento reflexivo sobre coisas que já se
passaram. Segundo ele somos todos crentes, acreditamos,
induzidos pela repetição, que sabemos muitas coisas que
acontecerão amanhã. Diz Hume que não é possível saber
de algo que não seja percebidos pelos sentidos. Tudo
o que sabemos é o que percebemos pelos sentidos e,
portanto, só fala do passado, isso não é ciência, é crença.
David Hume século XVII, matou a metafísica humana,
perguntou? O fato de o sol nascer todos os dias assegura
que nascerá amanhã? Sabemos sobre o passado, mas,
nada assegura que o passado se repetirá amanhã.Com
isso colocou em xeque o conhecimento. Hume “ a razão
precisa conhecer os seus limites”.

Karl Poupper, no início do século XX conhecimento


objetivo, resolveu enfrentar David Hume, quis acabar com
a metafísica, com a ideia de que é só a razão que pode
chegar à verdade.
Nós observamos repetições, afirmar um fato não observado
a partir de um fato observado. A escolha só tem justificativa
na repetição. A causalidade não está nas coisas. Nosso
saber é mera repetição do passado. Todo saber tem que
passar pelos sentidos.
O princípio da causalidade não pode ser prestigiado
racionalmente. Poupper tentou separar o conhecimento
subjetivo do objetivo.
Subjetivo:
Metafísico / crença
Objetivo:
Ciência > critério de demarcação: é possível distinguir uma
afirmação científica de uma metafísica? Para Poupper sim!
Segundo Poupper nossa vida é resolver problemas todos
os dias, nossa grande vantagem sobre os animais é
teorizar. O nosso saber parte de problemas, esses serão
resolvidos pela teoria. Submete-se a teoria a testes,
procura-se eliminar erros que a teoria possa apontar.
Quando a teoria apresentar falhas aparece o problema 2
que precisará da teoria 2. QUAL TEORIA É A MELHOR?
T2 é melhor que T1, pois, resolve mais problemas. Para
que nossas teorias não dependam do sujeito, ela deve ser
impressa, enunciada e submetida a testes negativos.
TEORIA x CRENÇA.
Crença não pode provar o contrário, exemplo: há vida após
a morte.
O QUE É TEORIA?
Conjunto formalizados de pensamentos abstratos
organizados e criticáveis(falseáveis) que visam solucionar
problemas provisoriamente. As Teorias podem resolver
problemas tanto da técnica quanto da ciência.
O QUE É TEORIA GERAL?
Busca organizar de forma expositiva um certo saber. Tem
uma expansividade tal que pode ser aplicada a vários
setores do mundo jurídico.
O QUE É PROCESSO?
Técnica que auxilia e viabiliza.
Espécie de ameaça em face de um conflito. Está envolvido
com litígio, disputa, conflito.
Poupper usa o critério da falseabilidade, tem de ser
possível provar o contrário.
Conhecimento objetivo aquele que está nos livros,
independente de quem conheça.
Mundo1 das coisas.
Mundo 2 dos fatos
Mundo 3 do produto
Na medida em que a decisão é referida à autoridade ela
está blindada a critica.
Decisão, teoria normativa que resolve um problema.
Crítica científica, apontamento de vazios nas teorias. Toda
crítica é destrutível das teorias.
Conflito, é uma crise de cooperação, não há possibilidades
de dois ou mais sujeitos atuarem no mesmo sentido.
Crise de cooperação, para resolve-la, é preciso da
autotutela.
Autotutela, uma técnica de solução de conflito que apela
para o uso arbitrário e privado da força (não tem limite).
Autotutela é diferente de Autodefesa. Autodefesa se dá
no contexto jurídico muito mais composto. No estado
natural é a lei do mais forte todos recorrem à autotutela.
O estado hoje é quem tem o uso da violência de maneira
legítima. Porém, em legitima defesa, eu posso usar a
força sem extrapolar o necessário, caso ocorra, incorre-
se em autotutela e, o excesso será punido. O uso da força
não é arbitrário, deve ser capaz de utilizar a força com
racionalidade. Pode ser que a resolução do conflito não se
dê pela força. Há outras maneiras de solução de conflitos
por escolha dos próprios envolvidos.
1ºAUTOCOMPOSIÇÃO, sem emprego de força, os
próprios envolvidos resolvem. Uma composição é uma
harmonização, logo, na autocomposição busca-se suprimir
conflitos por harmonização. É um gênero de forma de
solução de conflitos que se da pela escolha de um ou
de todos os envolvidos. A decisão é minha direta ou
indiretamente.
2ºAUTOCOMPOSIÇÃO, renuncia é uma espécie de
autocomposição. Na renuncia evita-se qualquer reação.
Implica o silêncio do agredido diante do ato de agressão ao
seu corpo ou seu patrimônio. Ex: mulher bate em seu carro
você olha e não fala nada.
DESISTÊNCIA, implica abandono de reação iniciada, ex:
divórcio, desistir da ação.
SUBMISSÃO, pressupõe quais as condições que se impõe
para o conflito terminar. Implica aceitação por um dos
envolvidos das condições enunciadas pelos outros. Ex:
mulher que da o cheque para pagar o conserto do carro,
um acordo.
TRANSAÇÃO, implica concessões recíprocas, impactos
recíprocos pela língua. Só há transação quando ocorre
concessões recípocas. Transação não é acordo, acordo
está mais próximo de ser substituído pela autocomposição.
MEDIAÇÃO, é uma técnica auxiliar da autocomposição.
Mediador, apenas pacífica, o pacificador. Cria ambiência
para que sobrevenha a autocomposição. Mediação e
conciliação são técnicas auxiliares. A decisão das partes
que resolve os conflitos.
Ciência, saber ordenado e atividade produtora de
esclarecimento.
Autor : Kall
Popper

1) O que é epistemologia?

Epistemologia é o estudo sistemático e geral do conhecimento humano. Episteme


(ideia de certeza). Logia (estudo).

2) Quais são as bases morfológicas (fundamentais) da epistemologia?

As bases morfológicas da epistemologia são: técnica, ciência, teoria e crítica científica.

3) O que é técnica?

A técnica é um fazer ordenado. É a adequação dos meios aos fins visando resultados
úteis. A técnica pressupõe sempre um objetivo: utilidade.

4) O que é ciência?

A ciência é um saber ordenado. Atividade produtora de esclarecimento. Racionaliza,


portanto, a técnica.

5) O que é teoria?

Pensamentos abstratos, organizados e criticáveis (falseáveis) que visam solucionar,


provisoriamente, um problema. Resultante discursiva (ideia conclusiva) de uma
reflexão satisfatória (positiva ou negativa) em uma especialidade temática. Enunciado
linguístico formalizado onde se tenta resolver um problema.

6) O que é crítica científica?

É o apontamento de vazios nas teorias. Apontamento de vazios (conteúdos ausentes)


na lógica (estrutura) das teorias.

7) O que David Hume e Karl Popper tem em comum?


David Hume, nascido em 1711, põe em suspeita a ciência experimental. As ideias
são viciadas pelas impressões. Em nome da causalidade inferimos acontecimentos.
Ex: você sabe que uma água vai ferver quando a coloca no fogo porque já viu que
ela ferve. Dedicou-se a criticar o uso exagerado da experiência no conhecimento
humano demonstrando que a utilização exagerada dela conduz a falsas conclusões.
Karl Popper, partindo disso, apresenta a teoria de que o valor de um conhecimento
científico não vem da observação de experiências, mas da possibilidade de a teoria ser
contrariada, ou melhor, falseada. O que eles tem em comum é que ambos mostram
que não passa de crença tudo que sabemos. Isto é, somos crentes. Não podemos
inferir nada do futuro. A única coisa que temos é um saber do passado e é esse saber
que guia o futuro.

8) Qual a diferença entre Einstein e o sujeito que acha que é um ovo?

A priori, nenhuma. Pois ambos são crentes. Subjetividade do EU e do saber. A


diferença de Einstein é que ele falseia suas teorias, dando a elas, objetividade. Einstein
coloca em cheque suas próprias teorias, por isso, ele se diferencia do sujeito que acha
que é um ovo.

9) O que separa pensamento objetivo do subjetivo?

É a falseabilidade (criticidade). Só a falseabilidade é capaz de demarcar critérios entre


conhecimento científico e crença (subjetividade do eu e do saber).

10) É possível demonstrar uma teoria?

Não. Teorias não são demonstradas. Hipóteses é que são testadas. O objetivo de se
testar hipóteses é a eliminação de erros. Quando se testa uma teoria você busca falhas
e não testar tudo que funciona. P1 -> T1 -> Eliminação de Erros-> P2 ->T2.

11) Qual a principal característica de um pensamento teórico?

A construção permanente. Não existe verdade. O que se sabe, sabe-se, apenas, por
enquanto.

12) Qual a diferença entre crença e teoria científica?

A crença é dogmática. Está no nível do sagrado. Não é falseável, portanto, posto que
está centrada na subjetividade do eu e do saber. Toda teoria científica é falseável,
se não for, não é teoria (é dogma e crença). A teoria pressupõe a construção
permanente e provisória do saber. A forma de diferenciar uma teoria de um dogma é
a falseabilidade. O intuito ao falsear não é esvaziar a metafísica e a dogmática, mas de
não ficar aprisionado somente a elas.

Dogma pressupõe sábio -> sacerdote. Ciência dogmática é um erro. Dogma impede a
Ciência de interrogar. O problema da tradição é que toda tradição é inventada.

13) Quem foi Según Thomas Kuhn?

Nascido em 1922. Teoria relativista da ciência. A ciência normal é o consenso entre


especialistas. A ciência normal é o momento no qual uma pesquisa científica,
orientada por um paradigma, é analisada em consenso entre especialistas, onde ela é
aceita e investigada.
Popper considera isso repressão. A própria democracia embute a ideia de
possibilidade do dissenso.

14) Qual o problema de se considerar a ciência um consenso?

Dá-se ênfase à autoridade dos pesquisadores/cientistas. Isto recai no problema


da crença, no sacerdotismo. Esvazia a cientificidade (conhecimento científico) e
dogmatiza a ciência, tornando-a paranoica (subjetividade do eu e do saber).

15) Qual decisão é aceitável em uma democracia, isto é, que tipo de processo é aceitável
em uma democracia?

Decisão aceitável na democracia é a decisão que permite ser falseada, criticada.


A decisão aceitável é a decisão não contingencial, isto é, a decisão temporária.
Tem que vir através de demonstrações, argumentos e tem que ser aberta a crítica.
Constrangimento epistemológico, isto é, dúvida na ideia de certeza do saber.
Problema das decisões jurídicas – podem vir eivadas de dogmatismo (status
metafísico) – autoridade.

16) Qual a origem do processo?

O conflito.

17) O que é conflito?

Ad hoc (para o momento), é uma crise de cooperação.

18) Qual a história do processo, isto é, as modalidades (técnicas) de solução de conflito?

Existem 5 modalidades/técnicas de solução de conflitos na história do processo. A


Autotela, a Autocomposição, a Mediação lato sensu, a Arbitragem e a Jurisdição.

19) O que é a autotutela?


Autotutela é uma modalidade de solução de conflito pelo uso arbitrário da força.
Autotutela não se confunde com autodefesa. Autodefesa vem mais tarde e trata-se do
uso normado (advém de normas) e previsto da força.

20) O que é a autocomposição?

Autocomposição é uma modalidade de solução de conflito pela articulação harmônica.


É forma de harmonização dos interesses, pelos próprios envolvidos, para evitar a
autotutela, evitar a violência (uso arbitrário da força).
São 4 os tipos de autocomposição:
a) Renúncia
b) Desistência
c) Submissão
d) Transação

21) O que é renúncia?

Tipo de autocomposição que implica o silêncio do agredido diante do ato de agressão


a seu corpo ou patrimônio.

22) O que é desistência?

Tipo de autocomposição que implica o abandono de reação iniciada.

23) O que é submissão?

Tipo de autocomposição através da qual uma das partes aceita, integralmente, as


determinações da outra parte para que o conflito se encerre. Tem que haver uma
enunciação que supõe acatamento por um de forma integral das determinações da
outra parte.

24) O que é transação?

Tipo de autocomposição onde a forma de se resolver o conflito se dá por concessões


recíprocas. Não há transação sem reciprocidade.

25) A autocomposição elimina a violência da autotela?

Não necessariamente elimina a violência, mas dá a possibilidade de uma escolha,


ainda que mínima.

26) O que é mediação lato sensu?

Mediação lato sensu é uma modalidade de solução de conflito pela presença de


um terceiro (mediador), não envolvido no conflito, que intervém para auxiliar os
envolvidos na obtenção da solução do conflito. Forma auxiliar da autocomposição.
Divide-se em mediação stricto sensu e conciliação.

27) Por que se pode dizer que a mediação lato sensu (que é a terceira modalidade/técnica
de solução de conflito) é uma forma auxiliar da autocomposição (que é a segunda
modalidade/técnica de solução de conflito?

Autocomposição é uma modalidade de solução de conflito pela articulação harmônica.


São formas de harmonização dos interesses, pelos próprios envolvidos, para evitar
a autotutela, evitar o uso arbitrário da força. Mediação lato sensu, por sua vez, é
uma modalidade de solução de conflito pela presença de um terceiro (mediador),
não envolvido no conflito, que intervém para auxiliar os envolvimentos na obtenção
da solução do conflito. O terceiro vem com o intuito de articular harmonicamente os
interesses. Embora ele não é um envolvido a sua presença justifica-se para harmonizar
interesses, posto que tem a função de pacificador (diminuir os níveis de animosidade
– evitar a autotutela, portanto). Assim, é uma forma auxiliar com o mesmo objetivo
tendo como diferença apenas a presença de um terceiro não envolvido (o mediador).

28) O que é mediação stricto sensu?

Mediação stricto sensu é um dos tipos de mediação, que por sua vez, se entende
auxiliar da autocomposição em que um terceiro (mediador), não envolvido no conflito,
põe as partes frente a frente, ouve-nas, mas não resolve o conflito. Mediação stricto
sensu não é opinativo.

29) O que é conciliação?

Conciliação é um tipo de mediação (auxiliar da autocomposição) em que em que


um terceiro (conciliador), não envolvido no conflito, pacifica as partes e propõe-lhes
possíveis soluções. Conciliação é propositivo (opinativo).

30) O que é arbitragem?

Arbitragem é uma modalidade de solução de conflitos que em que um terceiro


(árbitro), não envolvido no conflito, é escolhido pelas partes, por meio de um contrato,
para decidir. A decisão é feita pelas partes e em nome delas. A vontade é do árbitro,
isto é, substituiu a vontade das partes. As partes precisam ter consenso sobre quem
pode definir por eles. Elas elegem um árbitro, contratualmente – forma escrita ou
não), de comum acordo.

31) Quais os problemas da arbitragem?

A arbitragem apresenta três grandes problemas. O primeiro problema da arbitragem


é que ela supõe que o terceiro não envolvido será imparcial. Mas, como confiar na
imparcialidade? Ainda que o árbitro tenha sido imparcial no passado, o que garante
que o será no futuro? O primeiro problema da arbitragem é, portanto, que a escolha
trata-se de uma fé cega. O segundo grande problema da arbitragem é que uma das
partes pode não querer escolher um árbitro, isto é, não concordar na escolha dele.
Assim, o conflito nunca acaba. O terceiro problema da arbitragem é que o sujeito,
ao aceitar o árbitro, o aceita e à sua decisão, sem ter ciência do conteúdo. Trata-se,
portanto, de uma aceitação prévia.

32) O que é Jurisdição?

A Jurisdição é uma modalidade de solução de solução de conflito em que o árbitro


deixa de ser privado (escolhido por contrato entre partes) para se tornar estatal
obrigatório. O árbitro agora passa a ser o Estado. O Estado determina-o. A norma
fundamental pressuposta por trás da Jurisdição é a aceitação de que o Estado detém a
força.

33) O que impede que tutela jurisdicional vire autotutela?

A lei.

34) A Jurisdição é a que mais resolve?

Que ela resolve mais não há dúvidas. Isto porque passa o poder de decisão para a
Administração e obriga a aceitação, pelas partes, da decisão dada. Se não há o que
contestar, resolve-se mais problemas. Porém, se a Jurisdição é a melhor solução
para os conflitos é controverso. Fica-se na mão de alguém que não podemos garantir
imparcialidade e nem objetividade de decisão.

35) Qual o fundamento da Jurisdição?

O fundamento da Jurisdição é a aceitação normativa de que o Estado detém a força.

36) Na perspectiva da Jurisdição, o que é processo?

É uma técnica auxiliar dela (jurisdição). Isto é, é uma técnica auxiliar da arbitragem
obrigatória pelo Estado.

37) O processo surge da Jurisdição?

O processo não surge da Jurisdição. São origens distintas. Mas, elas tem algum contato
na Jurisdição, posto que o processo, na Jurisdição é uma técnica auxiliar.

38) Na História da arbitragem romana havia processo?

Não. Romanos não conheceram o processo. Segundo alguns autores, eles possuíam
um esboço de jurisdição que, posteriormente, foi aproveitado. Com a queda de
Roma, por volta do século VI d. C., com uma ausência de controle normativo (sem
sistematização), os romanos, tendo em vista dar sentido aos textos normativos,
contrataram Comissões cujo objetivo era fazer as compilações dos textos. Assim,
surgiram as quarto partes do Corpus Juris Civilis: o Digesto, as Instituições, as Novelas
e o Codex.

39) Quem propôs a primeira compilação de textos normativos (compilação de textos)?

O imperador Justiniano foi quem primeiro propôs um manual. Na realidade, ele


contratou Comissões para fazer as compilações dos textos normativos. Isto resultou
em uma das quatro partes do "Corpus Iuris Civilis” – o chamado DIGESTO.

40) O que era o Corpus Iuris Civilis?

É o Corpo de Direito Civil, manual publicado por Justiniano contendo quatro partes: o
Digesto, as Instituições, as Novelas e o Codex. Institutas (manual escolar), Digesto ou
Pandectas (compilação dos iura), Código (compilação das leges) e Novelas (reunião das
constituições promulgadas depois de 535 por Justiniano).

Iura (direito contido nas obras dos jurisconsultos clássicos)

41) Por que o Digesto interessa mais no estudo da TGP?

É obra mais completa que o Código tem e ofereceu maiores dificuldades em sua
elaboração. É a que mais nos interessou e influenciou o nosso Direito. Digesto vem
do latim digerere - pôr em ordem. Realizada a compilação das leges (constituições
imperiais), era necessário resolver um problema com relação aos iura (direito contido
nas obras dos jurisconsultos clássicos), que não tinham sido ainda compilados. Havia
entre os jurisconsultos antigos uma série de controvérsias a solucionar. E o DIGESTO
foi a solução proposta.

42) O que era o DIGESTO?

O Digesto era uma compilação que tratava dos pareceres dos jurisconsultos (pessoa
que conhece as leis e cuja profissão é dar pareceres sobre questões de Direito)
romanos sobre várias matérias.

43) Quem eram os pandectistas?

Juristas dedicados à pesquisa dos Pandectas, isto é, do Digesto de Justiniano. A escola


dos pandectistas surgiu na Alemanha no século XIX, formada por juristas que se
dedicavam à pesquisa dos Pandectas ou Digesto de Justiniano, visando à elaboração
de normas positivas, conceitos, doutrinas que influenciaram o mundo jurídico. São,
portanto, estudiosos dos romanos. Pandectas de Justiniano foram aqueles que criaram
o DIGESTO. Pandectistas são aquelas que estudaram o DIGESTO visando utilizarem-se
dele para elaborar normas positivos, conceitos, doutrinas.
44) A publicação do primeiro DIGESTO, isto é, as compilações feitas foram publicadas
quanto e com que nome?

A publicação do Digesto foi feita dentro do "Corpus Iuris Civilis” e foi efetivada em 533.
O Corpus Iuris Civilis foi publicado entre 529 a 534.

45) Na história da Jurisdição, quais eram as técnicas de solução de conflitos romanas?

Os romanos possuíam três grandes técnicas de solução de conflitos que deram nome
a períodos: i) período das legis actiones (período pré-clássico); ii) período formular ou
per formulas (período clássico, mas que também estava presente no pré-clássico); iii)
período da cognitio extraordinem (período pós-clássico).

Período Pré Classico Período Clássico Período Pós Clássico


Legis Actiones Per formulas Cognitio extra ordinem
Ações da lei Formular

O processo de mudança de período e, consequentemente, de técnica de solução de


conflito foi lento e gradual.

46) O que eram as Legis Actiones?

Legis Actiones era uma técnica da arbitragem romana utilizada no período pré-
clássico. Possuía 2 fases: Admissibilidade (perante um sacerdote, sábio ou ancião
romano – pater família) e Julgamento ordálico (teste decisórios por meio dos quais
os deuses falavam com os homens). Consistia em repetição alternada de gestos e
palavras (verba certa da ação da lei definida, sendo que eram 5 ações básicas) pelos
envolvidos e tinha como maior característica o formalismo – procedimentos solenes
com extremo formalismo. As Legis Actiones começaram no período pré-clássico, foram
sofrendo mudanças até dar nome à próxima técnica – período formular/per formulas.
Já existia na fase da Admissibilidade a Litiscontestatio que era o compromisso solene
das partes em aceitar o resultado da decisão proferida.

47) Em que consistia a Admissibilidade nas Legis Actiones?

Repetição perante o sacerdote, sábio ou ancião (pater família) de gestos e palavras


(verba certa) de uma ação da lei. Pressupunha conhecimento da tradição de Roma.

48) Em que consistia a decisão ou o Julgamento ordálico na Legis Actiones?

O Julgamento Ordálico ou decisão eram testes por meio dos quais os deuses falavam
com os homens que definiam uma solução para o conflito. Eram usadas durante a
segunda fase das Legis Actiones (fase de Julgamento ou decisão).
49) Quem aplicava o teste ordário?

Era aplicado pelo sacerdote/ancião/sábio – estávamos, diante, portanto, de um árbitro


privado.

50) O que era a Litiscontestatio na Admissibilidade da Legis Actiones?

Era o compromisso solene das partes no sentido de elas (as partes) aceitarem a
decisão a ser proferida pelo sacerdote privado (ancião, sábio).

51) O que era a Ordo Judiciorum Privatorum?

Ordem da Justiça privada ou Justiça privada ordinária era uma técnica da arbitragem
romana que surgiu nas Legis Actiones e perdurou até a Cognitio Extra Ordinem. Não
era a única, mas foi a preponderante técnica do período Per Formulas. Era bifásica,
sendo suas fases assim definidas: Fase in jure – fase perante o pretor (público) e apud
judicem ou in judicium – perante o Judex (privado).

52) Quais as fases da Ordo Judiciorum Privatorum? Explique cada uma delas.

Eram duas fases (estrutura bifásica). Fase in jure (diante do Pretor) e fase apud
judicem ou in judicium (diante do Judex). A Fase diante do Pretor era a definição da
admissibilidade e do Direito (fórmula). A Fase diante do Judex era de Cognitio (coleta
de material fático probatório) e de Jurisdictio (decisão do julgamento por meio da
aplicação da fórmula dada pelo Pretor).

53) O que acontecia na Admissibilidade?

Na admissibilidade o Pretor definia se interessava a Roma o Julgamento. A parte


lesada levava o lesionar diante do Pretor e contava o que havia ocorrido. O pretor
definia se aquele conflito seria ou não julgado. Se optava pela admissibilidade, colhia
a Litiscontestatio (compromisso solene entre as partes no sentido de elas aceitarem
a decisão que seria proferida) e definia a Fórmula (já existente nos Editos ou nova
fórmula para atender o caso concreto lá colocado). Na fórmula era composta pela
Intentio (trecho mais importante que continha a pretensão/objetivo do autor), a
Exceptio (trecho da fórmula que continha a defesa do reú contra direito que autor
alegava ter, e a Condenatio (trecho da fórmula que dava a ordem para julgar).

54) E se o Pretor não admitisse o julgamento do conflito?


Se colhendo as informações o Pretor definia pela não admissão, a questão virava
esquecimento. Se houve admissibilidade de um caso (e fórmula passou a ser parte
dos editos) as pessoas que vivessem casos semelhantes iam. Se um caso não foi aceito,
elas já sabiam que não precisaria ir. Isto induzia o comportamento das pessoas.

55) Quem era o Pretor?

Pretor era o árbitro público da fase in jure da técnica Ordo Judiciorum Privatorum
do período Per Formulas. Possuía também funções administrativas. Era responsável
pela Admissibilidade (definir se era ou não interessante para Roma julgar), por colher
a Litiscontestatio (compromisso solene entre as partes no sentido das mesmas
aceitarem a decisão proferida) e dar a fórmula do julgamento que seria realizado pelo
Judex. Era responsável portanto por CRIAR O DIREITO.

56) Qual a principal diferença da técnica de arbitragem romana chamada Legis Actiones do
período Pre-Classico e da técnica Ordo Judiciorum Privatorum que começou nas Legis
e perdurou até a Cognitio Extra Ordinem?

No período das Legis Actiones a decisão e julgamento eram feitos pelo árbitro privado
(sacerdote, sábio, ancião) com base nas tradições romanas (ações da lei que eram
5 básicas) e dotadas de formalismo (verba certa). No período Per Formulas onde foi
preponderante a técnica Ordo Judiciorum Privatorum, este formalismo foi afrouxado
(as pessoas poderiam falar sem a rigorosidade das Ações das Leis) e esta fala era feita
diante do Pretor (árbitro público) que definia a Admissibilidade e definia a fórmula. Era
responsabilidade privada de cada um que se sentiu lesado levar até o Pretor aquele
que lesionou seu direito. O pretor definia a fórmula através dos Editos. Entretanto,
inexistindo fórmula para o caso concreto, o pretor as criava. A principal diferença das
Legis Actiones para a Ordo Judiciorum privatorum, portanto, é a atribuição pública
de parte da decisão bifásica existente nas Legis Actiones. Trata-se, neste contexto,
da existência do Pretor (representação estatal) e o conjunto de poderes a ele
atribuídos(IMPERIUM) para definir através de fórmulas a serem usadas no Julgamento.
Fórmulas estas já existentes nos editos ou outra a ser criada de acordo com cada caso
concreto. Há que se mencionar, portanto, que a partir da Ordo Judiciorum Privatorum
(técnica de arbitragem romana preponderante do Período Per Formulas)a arbitragem
passou a ser Pública (diante do pretor) e privada (diante do Judex). Porém, era
cômodo demais para o Estado, posto que não era ele quem Julgava. Ele só admitia o
julgamento, colhia a Litiscontestatio e dava a fórmula a ser seguida. Quem decidia era
o Judex (árbitro privado).

57) Qual o nome dos poderes atribuídos ao Pretor e que poderes eram estes?

O nome dos poderes atribuídos ao Pretor era IMPERIUM. Era o poder de mando
do pretor resguardado pela força. Estes poderes consistiam na definição da
Admissibilidade (era interessante para Roma julgar?), na colheita da Litiscontestatio
(compromisso solene entre as partes no sentido de elas aceitarem a decisão a ser
proferida) e definição (ou criação) de fórmula para uso no Julgamento pelo Judex
(Criação do DIREITO). Fazia parte do Imperium também os poderes administrativos dos
pretores.

58) O que eram os Editos?

Editos era um acervo de fórmulas usadas pelo Pretor composta de fórmulas


anteriormente já utilizadas – roteiros de julgamentos. Antes de iniciar o Julgamento
pregavam-se os editos (os roteiros) nos “fóruns”. Inexistindo, entretanto, fórmula para
o caso concreto o Pretor e admitindo (fase in jure de Admissibilidade), o Pretor tinha
o poder de IMPERIUM de criar uma nova fórmula (criar novo Direito) e esta passava a
ser parte do acervo (dos Editos).

59) Do que era composta a fórmula definida pelo Pretor?

A fórmula era composta pela:

Intentio - trecho mais importante da fórmula que consistia na pretensão ou objetivo


do autor.
Exceptio – trecho da fórmula que consistia na defesa do réu contra direito que o autor
alegava ter.
Condenatio – trecho da fórmula onde o Pretor dada ordem para julgar (esta ordem era
dada ao Judex).

60) Quem era o Judex?

Judex era o árbitro privado da segunda fase da técnica Ordo Judiciorum Privatorum
(período preponderantemente clássico) que julgava o conflito entre as partes dentro
da moldura da fórmula dada pelo Pretor e porque ele (Pretor) deu a ordem de
julgamento. Assim, o Judex não criava direito (posto que isso era responsabilidade e
atribuição do Pretor). O Judex apenas dizia o direito previsto na fórmula (aplicava a
fórmula). Era responsável por colher a COGNITIO (coleta de material fático probatório)
e dar a JURISDICTIO (decisão de julgamento pela aplicação da fórmula).

61) O Judex podia interferir na fórmula?

A interferência do Judex era apenas de intelecção (tradução de significado). Não podia,


portanto, interferir na fórmula (na criação do Direito), só poderia aplica-la. A solução
não poderia ser diferente da fórmula. Mas, o Judex (como árbitro do povo) precisava
estar convencido do que julgava (por isso, essa o responsável pela Cognitio – colheita
de material fático probatório).

62) Quais os poderem do Judex?


Os poderes do Judex eram a Cognitio (colheita de material fático probatório) – isto é,
ele precisava se convencer do problema. E a Jurisdictio (decisão de julgamento dentro
dos moldes da aplicação da fórmula dada pelo Pretor).

63) Após a decisão do Judex (Jurisdictio), se o réu não executava o que foi definido, o que
era feito?

Se a execução não era feita as partes voltavam ao Pretor.

64) O que foi a Cognitio Extra Ordinem?

Foi uma técnica de arbitragem utilizada no período Pós Clássico em substituição a


Ordo Judiciorum Privatorum. Cognitio Extra Ordinem é a Cognitio fora da ordem. E
qual ordem era esta? Ora, a Cognitio, no período Clássico da técnica Ordo Judiciorum
Privatorum, era realizada pelo Judex após a ordem de julgamento dada pelo Pretor
(Condenatio) dentro da fórmula. Assim, a cognitio que era a colheita de material
fático probatório era feita pelo Judex. Cognitio Extra Ordinem, portanto, é uma técnica
de arbitragem romana do período pós clássico onde a cognitio (coleta de material
fático probatório) e a Jurisdictio (decisão do julgamento) era feita fora da ordem
(sem o Judex). Na Cognitio Extra Ordinem o Judex (árbitro privado) é ELIMINADO
como personagem da solução do conflito. Roma passa a definir as fórmulas (tirando
esta atribuição do Pretor), elimina o Judex, e transforma o Pretor em julgador (há
centralização do Poder de definir direitos em Roma). Pretor julga de acordo com
fórmulas gerais definidas por Roma. Como há eliminação do Judex, passa-se a ter
apenas o árbitro público.

65) Em Roma a arbitragem era pública ou privada?

Na análise dos períodos pode-se observar uma publicização daarbitragem. Isto é,


no período das Legis Actiones (período pré-clássico) a solução do conflito bifásica
(admissibilidade pelo sacerdote e teste ordálico também por ele) era eminentemente
privada. No período clássico, onde a técnica preponderante foi a Ordo Judiciorum
Privatorum, Roma adotou uma estrutura bifásica diferenciada, onde a primeira fase
era perante o Pretor (árbitro público) que definia a fórmula e a segunda perante o
Judex (árbitro privado eleito pelo Pretor representativo da sociedade) que realizava
a Cognitio e a Jurisdictio (decisão). Esta solução de conflito era pública e privada,
portanto. Pública na fase do Pretor e Privada na fase do Judex. Na Cognitio Extra
Ordinem (cognitio fora da ordem, isto é, sem o Judex), Roma elimina o árbitro privado
(Judex) e passa a atribuição de Julgar para o Pretor (árbitro público) que agora não
define fórmulas (posto que os direitos/formulas gerais são criados por Roma –
centralização do poder), mas passa a ser o árbitro da decisão. Assim, em Roma, a
arbitragem sofre publicização, sendo Privada, Público- Privada e, por último, Pública.
66) Por que pode-se dizer que a Jurisdição que temos hoje é uma leitura da arbitragem
Romana?

Jurisdição é modalidade de solução de conflito em que o árbitro não envolvido passa


a ser estatal obrigatório. Em Roma, houve a publicização da arbitragem (privada,
pública-privada, pública). Hoje a Jurisdição é feita de forma pública, o que pode ser
entendido como uma leitura das fases de arbitragem romana que culminaram, na
Cognitio Extra Ordinem, na arbitragem unicamente Pública – pertencente, a força
normativa e decisória, unicamente ao Estado.

67) O que era Jurisdição em Roma?

A Jurisdição é uma modalidade de solução de conflito em que o árbitro não envolvido


passa a ser estatal obrigatório. Roma não teve uma Jurisdição como hoje é entendida.
Roma teve um esboço de jurisdição que foi muito utilizado para definir a Jurisdição
atual. Este esboço de Jurisdição em Roma se deu no período pós clássico, posto que a
arbitragem passou a ser pública (figura do Pretor como árbitro estatal obrigatório).

68) O que é processo para os romanos?

Processo (embora não foi este termo tenha surgido apenas na IdadeModerna) para
os romanos pode ser considerado apenas técnica auxiliar do esboço de Jurisdição da
arbitragem Romana (Cognitio Extra Ordinem).

69) A origem do processo é a Jurisdição romana?

Não. Os Romanos não conheceram o processo. O que tinham eram um esboço de


Jurisdição onde o processo pode ser considerado técnica auxiliar da arbitragem
romana. O termo processo nasce apenas na Idade Moderna e tem raízes no Direito
Canônico. Mas, ele nasce (tem marco inicial) em 1868 com Bülow.

A PARTIR DAQUI PARAESTUDAR PARA A segunda

70) Qual a primeira teoria e o primeiro autor que tentou definir o Processo? Em que ano?

Pothier lançou a primeira teoria moderna com o intuito de estudar o processo. A


teoria de Pothier foi: Teoria do Processo como contrato. Ela foi lançada em 1800.

71) Qual o nome da primeira obra publicada com o intuito de definir o processo? Quem
publicou e em que ano?

Teoria do Processo como contrato. Pothier. 1800.

72) Qual o fundamento da Teoria do Processo como contrato feita por Pothier em 1800?
O fundamento da teoria do processo como contrato tem a base na arbitragem
romana. O fundamento é a LITISCONTESTATIO, posto que ela era um compromisso
solene entre as parte no sentido de elas aceitarem a decisão. Assim, Pothier definiu o
processo como contrato – um compromisso solene das partes de aceitação de decisão.
A teoria de Pothier é, portanto, uma releitura do período formular.

73) Quem se opõs a Teoria do Processo como contrato? Que obra publicou? Em que ano?

Quem se opôs a Teoria do Processo como contrato foi Savigny. Publicou a obra Teoria
do processo como quase contrato. 1850.

74) Qual o fundamento da Teoria do processo como quase contrato feita por Savigny em
1850?

O fundamento de Savigny para propor a obra Teoria do Processo como quase contrato
em 1850 é o mesmo de Pothier na obra Teoria do Processo como contrato de 1800: a
LITISCONTESTATIO.

75) Se o fundamento de Savigny ao lançar sua teoria é o mesmo de Pothier por que
Savigny definiu o processo como quase contrato e não como contrato? Por que
Savigny não considerava que o processo era um contrato, mas sim um quase
contrato?

Contrato pressupõe vontade de ambas as partes. Para Savigny, o processo não tem
vontade de ambas as partes, mas apenas de uma, a do autor. A vontade é do dono da
ação e não do réu. Assim, o processo seria um contrato sui generis (diferenciado), que
tem a especificidade de conter a vontade de um só (por isso, a teoria se chama QUASE
CONTRATO).

76) Qual a fonte do Direito para Savigny?

A fonte do Direito para Savigny é o costume. Savigny fez parte da Escola Histórica do
Positivismo. Nas palavras de Friedrich Carl von Savigny o Direito teria suas origens “nas
forças silenciosas e no arbítrio do legislador”.

77) Qual o problema de se considerar que o Direito tem sua fonte nos costumes e no
arbítrio do legislador?

A norma, neste contexto, não vem do Direito. Vem do conjunto dos costumes e está
sujeita a eles. O problema é: qual é o costume? Como é possível definir que um Juiz é
capaz de ler o costume? A decisão deve seria uma leitura do costume ou da leitura que
ele tem do que costume possa ser?

78) O que é processo para Pothier?


Pothier define o processo como contrato (vontade das partes). Tem como fundamento
a LITISCONTESTATIO da arbitragem romana.

79) O que é processo para Savigny?

Savigny define o processo como quase contrato. Contrato sui generis (diferenciado)
posto que ele representaria a vontade de apenas uma das partes (do autor). Tem
como fundamento a LITISCONTESTATIO.

80) O que tem em comum a definição de processo para Pothier e para Savigny?

Ambos tem o mesmo fundamento de sustentação de suas teorias. A


LITISCONTESTATIO (compromisso solene entre as partes no sentido de elas aceitarem
a decisão) da arbitragem romana. A diferença é que o primeiro propõe que seria um
contrato (vontade das partes), em 1800, e o segundo propõe que seria um quase
contrato (vontade de um só), em 1850.

81) Qual a terceira teoria do processo, isto é, o nome da obra que marca o nascimento do
Processo? Foi proposta por quem? Em que ano?

O nome da obra (terceira teoria sobre o processo) é TEORIA DAS EXCEÇÕES


PROCESSUAIS E DOS PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS. É de Oskar Von Bülow. 1868

82) Qual obra marca o início da Ciência do Processo? Qual a data de nascimento?

A obra que marca o início da Ciência Processual é a TEORIA DAS EXCEÇÕES


PROCESSUAIS E DOS PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS. Proposta por Oskar Von Bülow, em
1868.

83) Qual o conteúdo desta obra? Isto é, o que é processo na TEORIA DAS EXCEÇÕES
PROCESSUAIS E DOS PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS?

A obra de Oskar Von Bülow, de 1868, chamada Teoria das exceções processuais e dos
pressupostos processuais, define o processo como RELACAO JURIDICA DE DIREITO
PUBLICO.

84) O que é processo para Bülow?

Relação Jurídica de Direito Público.

85) Quem criou o relacionismo, isto é, a teoria relacionista?

Bulow, com a obra Teoria das Exceções Processuais e dos Pressupostos processuais.
Criou o relacionismo ou teoria relacionista porque definiu o processo nesta obra como
sendo relação jurídica de direito público.
86) O que significa relação jurídica de direito público?

Relação Jurídica de Direito Público foi a definição dada por Bülow para o processo
na obra Teoria das Exceções Processuais e dos Pressupostos Processuais, publicada
em 1868 e significa a dissociação entre direito material – matéria (que cria e
regulamenta bens da vida jurídica) e processual -forma (que regula condutas para
se defina o detentor do direito material em uma lide - conflito). O direito processual
deixa de ser apenas uma técnica para efetivação do Direito Material e passa a ter
autonomia. Passa a ser, portanto, uma Ciência que se diferencia do Direito Material. O
Direito Material cria e regulamenta bens da vida jurídica (exemplo: patrimônio). Assim,
a relação do Direito Material, no caso de lesão ao patrimônio, é de credor, devedor,
Estado. A relação em direito processual é outra: AUTOR, REU E JUIZ.

87) Se existiram as teorias de Pothier (em 1800) e Savigny (em 1850), por que somente a
terceira obra sobre processo (a de Bülow em 1868) é considerada o marco da Ciência
Processual e a data de nascimento da Ciência do Processo?

Porque só Bulow deu, com sua teoria, autonomia para o Processo. Ele deixou de
ser apenas um contrato para resolver um problema de direito material e passou a
ter uma relação jurídica própria, definida e delineada. Pothier e Savigny, ao terem
como fundamento a LITISCONTESTATIO, colocaram o processo como técnica auxiliar
da Jurisdição. A obra de Bülow colocou o processo como Ciência autônoma dentro
da Jurisdição, posto que a separou da relação material. As relações das partes que
buscam solução para um conflito que tem em Direito Material em disputa (relação
entre credor e devedor, por exemplo) é que passam a ser chamadas de Processo.
Assim, Bülow define que existe uma ciência única (desprovida de conteúdo material)
que regula a relação entre as partes que discutem o direito material. Norma
processual, para Bülow, portanto, seria VAZIA de conteúdo – só disporia sobre a
forma. Ex: reu tem 15 dias para contestar.

88) Qual o problema de se considerar o processo como relação jurídica de Direito Público?

O problema é que ao definir os atores da Ciência Processual (Reu, Autor, Juiz), o


papel do Juiz passa a ser a figura preponderante. O Juiz é a representação do Estado
encarnado. O decidir é resultado de uma relação desequilibrada (juiz é superior as
partes e o Estado é fortalecido).

89) Bülow teve 3 seguidores que tentaram representar graficamente a relação jurídica de
direito público (relação processual). Quais são eles?

Wach, Helwig, Kohler.

90) O que é processo para Wach?


Relação jurídica de Direito Público (posto que foi um seguidor da teoria relacionista de
Bülow).

91) O que é processo para Helwig?

Relação jurídica de Direito Público (posto que foi um seguidor da teoria relacionista de
Bülow).

92) O que é processo para Kohler?

Relação Jurídica de Direito Público (posto que foi um seguidor da teoria relacionista de
Bülow).

93) O que Wach propôs em relação a teoria de Bülow?

Propos a representação triangular da relação jurídica de direito público.

94) O que Helwig propôs em relação a teoria de Bülow?

Propos a representação angular da Relação Jurídica de Direito Público.

95) O que Kohler propôs em relação a teoria de Bülow?

Propos a representação linear da relação Jurídica de Direito Público.

96) Qual representação gráfica para relação processual foi feita por Wach?

Wach - Representação triangular da relação jurídica de direito público. Todos se


relacionam
Juiz

Autor Réu

97) Qual representação gráfica para relação processual foi feita por Helwig?

Helwig – representação angular da relação de direito publico. As partes se relacionam


apenas com o Juiz. Quando é necessário se relacionarem o fazem sempre via juiz e
nunca diretamente.

Juiz
Autor Réu

98) Qual representação gráfica para relação processual foi feita por Kohler?

Kohler – representação angular da relação jurídica de direito público. As partes se


relacionam entre si e o Juiz define a relação.

Juiz

Autor Réu

OBS: Todas as representações seriam iguais, posto que todas, colocam o Juiz numa
posição de superioridade. Não interessa se as partes se relacionam entre elas e com o
juiz, se se relacionam somente com o Juiz, ou somente entre si. O papel do Juiz, e do
Estado, consequentemente, é o mesmo... de superioridade em relação as partes.

99) Qual a forma correta de se falar quando pretende-se provocar o Judiciário para
resolver um conflito?

Entrar com a ação é um erro. A verdade é que INSTAURAMOS um procedimento.

100) Qual a obra publicada por Bülow contraria as ideias de Savigny? Em que ano foi
publicada?

Lei e Magistratura (GESETEZ UND RICHTERAMT), em 1885.

101) Por que Bülow fez uma obra para contrariar as ideias de Savigny? Que ideias
eram essas?

Savigny, participante da Escola Histórica do Positivismo, acreditava que a fonte do


Direito eram os Costumes. O Direito, portanto, era dito pelos costumes, mas não era
possível auferir se o costume dado por juiz em forma de sentença era realmente o
costume ou se era a leitura pessoal do juiz do que seriam os costumes. Ademais, ainda
existia o problema do que é costume em um lugar pode não ser no outro e tudo isso
dentro do mesmo espaço populacional (Ex: diferentes costumes existentes no Brasil).
Bülow, em sua obra LEI E MAGISTRATURA (GESETEZ UND RICHTERAMT) – obra essa
dedicada a bater nas ideias de Savigny, critica a fonte do Direito como Costume, critica
ainda o legalismo e propõe o DECISIONISMO. Com isto coloca o Juiz em um poder
absoluto de supremacia decisória. O juiz passa a poder decidir FORA DA NORMA. Se a
sentença não está de acordo com o Direito, prevalece a sentença.
102) A quem essa obra foi dedicada?

A Ihering porque Bülow usou parte da teoria de Ihering no livro Lei e Magistratura
(GESETEZ UND RICHTERAMT)

103) Quem foi Ihering?

Ihering foi aluno de Savigny. Rompeu com o mestre por divergir de suas ideias.
Savigny considerava que a fonte do Direito eram os costumes - VOLKSGEIST (espírito
do povo – espírito bom). Ihering não concordava. Defendeu uma lógica diferente,
a lógica UTILITARISTA do Direito. Direito tinha a finalidade de trazer a felicidade – a
utilidade.

104) Qual a principal teoria de Ihering?

Ihering defendia a jurisprudência dos interesses. O Direito tinha como finalidade trazer
a felicidade. Só deveria, portanto, proteger o que era útil. Inaugura, portanto, a lógica
UTILITARISTA do Direito e do processo. O Direito deve defender o que é útil, o que dá
prazer. A norma não vem do direito, mas da sociedade econômica.

105) Como Bülow aproveita-se das ideias de Ihering e faz o livro Lei e Magistratura
(GESETEZ UND RICHTERAMT) e por que ele bate em Savigny?

Em sua obra Lei e Magistratura (GESETEZ E RICHTERAMT) Bülow critica a fonte do


Direito como costume, a busca no Direito Romano de Savigny para construção do
Direito e vontade de apenas umas das partes no processo. Bülow critica o legalismo e
inaugura o DECISIONISMO. Parte das ideias de utilitaristas de Ihering, mas define que
os o que é bom e é util são leituras dos Juizes.

106) O que é processo para Savigny?

Quase contrato. Contrato sui generis (diferenciado) posto que não apresenta a
vontade das duas partes. Para Savigny, a vontade é daquele que propõe (autor).

107) O que é processo para Bülow?

Relação Jurídica de Direito Público.

108) O que é processo para Ihering?

Ihering aproximou-se a Bulow. E com isto, é relação jurídica de Direito Público.

109) Qual a quarta teoria do processo? Quem propôs? Em que ano?

Processo como situação jurídica. Goldschmitt. 1925.


110) Qual o fundamento da teoria do processo como situação jurídica?

A teoria do processo como situação jurídica proposta por Goldschmitt, em 1925,


defendia que não havia relação processual, mas sim uma situação processual. Isto
porque, o Estado (na figura do Juiz) não poderia obrigar uma das partes a praticar um
ato processual. As partes não se obrigam entre si (logo não podem ter uma relação
processual) e não obrigam ao Juiz (corrobora a ideia de que não há relação). O juiz
decide de forma livre e o processo seria um jogo onde o vencedor é o que melhor
aproveita a situação jurídica (melhor argumenta). Quem ganha é quem melhor
aproveita as oportunidades. O Juiz, portanto, não interfere, ele assiste e depois decide
quem se saiu melhor no jogo.

111) Qual o problema que pode ser notado na figura do Juiz para a teoria do
processo como situação jurídica?

O Juiz, assim como na teoria relacionista de Bülow, decide sem amarrações. Continua
sendo maior que as partes. Para Bülow o Juiz tinha um papel político. Para Goldschmitt
o papel do juiz é meramente observativo e decisório de quem melhor aproveitou as
oportunidades (a situação jurídica) – duelo judiciário.

112) O que é processo para Goldschmitt?

Processo para Goldschmitt é situação jurídica. Não é relacional, posto que não há
como o Juiz obrigar as partes. Ele apenas assiste e define. O problema é que esta
teoria acaba apresentando o mesmo vício da de Bülow. Colocar o Juiz sem amarrações
– ele continua maior que as partes.

113) Qual a quinta teoria do processo? Quem publicou? Em que ano?

A quinta teoria do Processo é o Processo como Instituição. Foi publicada por Jaime
Guasp, em 1940. Foi acusado de ser fascista.

114) Qual o fundamento da teoria do processo como Instituição proposta por Jaime
Guasp em 1940?

O fundamento da teoria de Guasp é que a normatividade se alcança pela repetição


(atos históricos). Para definir o processo como Instituição passa pela tradição. Por
Instituição entende-se práticas herdadas da história que ganham normatividade
com base em idealizações de papéis rígidos e se organizam em torno de significantes
mestres. ESTE EU NÃO DECOREI AINDA.

115) O que é processo para Guasp?


Processo para Guasp são instituições. Por Instituições entendem-se práticas herdadas
da história que ganham normatividade com base em idealizações de papéis rígidos e
que se organizam em torno de significantes mestres.

116) Quem é Eduardo Couture?

Eduardo Couture foi aluno de Guasp e adotou a teoria do mestre proposta em 1940
– Teoria do Processo como Instituição. Entretanto, em um Congresso, não conseguiu
sustentar a teoria do processo como instituição (tradição) e acabou retornando a
Bülow.

117) O que é processo para Eduardo Couture?

Na juventude, enquanto aluno de Guasp, processo para ele era Instituição (tradição).
Na maturidade, relação jurídica de Direito Público.

118) Qual a sexta teoria do processo? Quem publicou? Em que ano?

A sexta teoria do Processo foi proposta por Elio Fazzalari. Publicou a obra Teoria do
Processo como procedimento em contrário em simétrica paridade entre as partes. Foi
publicada em 1960/70

119) Qual o fundamento da teoria do processo como procedimento em


contraditório em simétrica relação entre as partes proposta por Fazzalari em 1960/70?

O fundamento principal foi a diferenciação de processo e procedimento. Com isso


ele não coloca processo como forma pela qual caminha os atos processuais. Ele se
baseou em Goldschmitt no que tange a considerar o procedimento um gênero e o
processo uma espécie. Processo é uma espécie de procedimento que se especifica no
contraditório.

120) Para Fazzalari, o que transforma o procedimento em processo?

Para Fazzalari, procedimento é gênero, processo espécie. Assim, todo processo é um


procedimento. Mas, nem todo procedimento é um processo. O que transforma um
procedimento em processo é o critério de especificidade do gênero para se atingir a
espécie. O que transforma procedimento em processo, portanto, é a especificidade.
Mas, qual é esta especificidade? O contraditório.

121) O que é processo para Fazzalari?

Processo é procedimento em contrário em simétrica paridade entre as partes.

122) O que é procedimento para Fazzalari?


Estrutura técnica formada a partir do modelo legal composta de atos jurídicos
sequenciais (preclusões) em que o ato antecedente determina o consequente, numa
relação espacio-temporal na preparação do provimento estatal normativo, seja ele
Administrativo, Legislativo ou Jurisdicional.

123) O que é provimento para Fazzalari?

Provimento é o ato normativo estatal final. É o último ato do procedimento


(último ato da sequência de atos jurídicos. Ato que cria a norma. O provimento
administrativo cria o ato administrativo. O procedimento legislativo cria a lei. O
procedimento Jurisdicional cria a sentença ou o Acórdão. Procedimento é preparatório
do provimento.

124) Em resumo de Savigny a Fazzalari, quais foram as transformações no


entendimento do processo?

Bülow bateu em Savigny devido as teorias procedimentalistas (processo como


quase contrato e contrato – Pothier). Criou para isso o Relacionismo. Fazzalari
distingue processo de procedimento, evidenciado que está ultrapassada a concepção
pandectista de relação jurídica de direito público e coloca no lugar a ideia de que
processo é procedimento em contraditório.

125) Por que Fazzalari rompe definitivamente com Bulow?

Porque Bulow define o processo como relacional, isto é, uma forma pela qual caminha
os atos processuais. Fazzalari define o processo de acordo com a ideia Aristotélica
(define o gênero e a espécie). O processo só existe se o procedimento apresenta o
contraditório. Juiz tem o papel de assegurar o Contraditório, seguir o modelo legal
(determinações da lei) e não de decidir com superioridade entre as partes.

126) Qual a sétima teoria do processo? Quem publicou? Em que ano?

Teoria Constitucionalista do Processo. Andolina e Vignera. 1980. Representante no


Brasil, Baracho.

127) Qual o fundamento da Teoria Constitucionalista do processo?

A Teoria Constitucionalista do processo, proposta por Andolina e Vignera, em 1980


tem como fundamento aos princípios da Constituição (Teoria do processo como
modelo constitucional). Assim os princípios que limitam a atuação do Juiz são retirados
da Constituição. A teoria Constitucionalista trata de uma articulação de princípios
constitucionais balizadora da decisão judicial.
128) Qual o problema de se considerar que os princípios balizadores da decisão
judicial são retirados da Constituição?

O problema é que a atuação, isto é, os princípios norteadores da decisão que o


juiz toma, também são interpretados por ele. Isto é, ele é que define, por meio da
interpretação, os limites dados pelos princípios constitucionais. Mantém, assim, uma
superioridade, posto que quem define se ele está atuando de acordo com os princípios
da Constituição é ele mesmo.

129) Qual a oitava teoria do processo? Quem é o autor? De quanto é?

A oitava teoria do Processo foi publicada por Dinamarco, nos anos 90. A obra é
Instrumentalidade do processo.

130) Qual o fundamento da teoria do processo como instrumento proposta por


Dinamarco?

Dinamarco inaugura a escola instrumentalista do processo. Para ele, o processo é


instrumento do procedimento. O procedimento, portanto, é teleologicamente neutro.
É manifestação fenomenológica do processo. O procedimento é perceptível , posto
que e é a sequencia de atos que denuncia a relação jurídica. O processo não se vê,
posto que é um vínculo de poder e mero instrumento.

131) O que é processo para Dinamarco?

Para Dinamarco, processo é instrumento do procedimento. No fim, é relação jurídica


de Direito Público com escopos/finalidades metajurídicas (para além do Direito) –
escopo social, econômico e político.

132) O que é procedimento para Dinamarco?

Procedimento, para Dinamarco, é teleologicamente neutro. É manifestação


fenomenológica do processo. Procedimento é a sequência de atos que denuncia a
relação jurídica (por isto pode ser visto), ao contrário do processo que vínculo de
poder (não se vê).

133) Qual a nona teoria do processo?

Segundo a Teoria Neoconstitucionalista, a resolução do conflito dá-se pelo processo ( =


contraditório + ampla defesa + isonomia). Habermas.

134) O que é processo para a teoria Neoconstitucionalista do processo

O processo é a articulação de princípios, uma instituição não herdada, pensada,


construída com outras instituições, inserida no texto constitucional, como uma chave
de codificação (contraditório, ampla defesa, isonomia). Essa chave é o processo (é a
teoria da lei democrática).

135) Quais os princípios institutivos do processo neoconstitucionalista?

Contraditório, ampla defesa e isonomia.

136) O que é o contraditório como princípio institutivo do processo?

Direito de argumentar, contra argumentar ou silenciar. Possibilidade de argumentar e


contra argumentar e de provocar o argumento através da ampla defesa.

Não necessariamente o contraditório pressupõe uma falta, uma argumentação.


Se dada a possibilidade ao réu de apresentar recursos e este não o faz porque
considera desnecessário, silenciando-se, portanto, não há que se falar que não houve
contraditório. Houve contraditório em que o réu utilizou-se do mesmo no sentido de
silenciar-se por sua livre vontade.

137) O que é a ampla defesa como princípio institutivo do processo?

Necessária maximização argumentativa probatória e recursal no tempo procedimental


devidamente teorizado.

Para argumentar é necessário pensar. Trata-se do tempo de pensar. A amplitude


também pressupõe limite para que seja tempestivo o recurso e para que não se
estenda ao infinito uma determinada lide.

138) O que é a isonomia como princípio institutivo do processo?

Igualdade nos tempos procedimentais.

139) Quais são os princípios informativos da técnica procedimental?

Surgem de uma tradição.

- Publicidade
- Oralidade
- Disponibilidade e Indisponibilidade
- Instrumentalidade das formas.
- Celeridade
- Economia Processual

140) O que é publicidade?


Publicidade é um princípio informativo da técnica procedimental que diz que as partes
e seus advogados tem direito a informação precisa sobre os atos procedimentais com
a possibilidade de fiscalidade ampla realizada por qualquer cidadão.

141) O que é oralidade?

Oralidade é um princípio informativo da técnica procedimental que é aninhado a


ampla defesa e diz que não se poderá suprimir o desenvolvimento ou a adoção de
técnicas de coleta oral da prova.

142) O que é a disponibilidade e a indisponibilidade?

Disponibilidade e indisponibilidade são princípios informativos da técnica


procedimental que dispõem sobre a obrigatoriedade/compulsoriedade ou não da
instauração de procedimentos e integral desenvolvimento deles. Determina que o
desenvolvimento do iter procedimental não está a disposição do autor.

Exemplo: as ações não estão disponíveis ao réu segundo critérios de sua vontade. Ao
contrário, determinadas situações ensejam a obrigatoriedade/compulsoriedade da
instauração de um procedimento. Em caso de tentativa de homicídio, por exemplo, a
ação é pública incondicionada. Não se pode neste caso, não pode a vítima decidir que
não irá ser processado o réu, posto que é obrigatória e compulsória a instauração do
procedimento e o integral desenvolvimento dele. Não se trata de um procedimento
cuja ação é privada condicionada a representação do réu, mas de uma pública que,
independentemente da vontade do réu, será instaurada.

143) O que é a instrumentalidade das formas?

Instrumentalidade das formas é um princípio informativo da técnica procedimental que


diz que não se nulificará o procedimento mesmo quando ausente ou praticado de forma
defeituosa o ato processual se o objetivo do ato faltante ou defeituoso houver sido alcançado
de outra maneira respeitados os princípios institutivos do processo.

Representa o afastamento do princípio da legalidade das formas, contrário, portanto, ao


extremo formalismo que justifica, em caso de vício, a nulidade de um processo. Assim, a
exigência de determinada forma para determinados atos está restrita as hipóteses taxativas
e expressamente previstas em lei. Formas são meros instrumentos dos objetivos processuais
para que sejam auferidas pela população uma certa segurança jurídica da sequencia de
atos procedimentais. Entretanto, se cumpridos os objetivos, não são necessárias, salvo
em caso de expressa determinação legal, forma específica para o ato. Aceitam-se as
formas mesmo se elas estiverem erradas se o objetivo houver sido alcançado, desde que
respeitados os princípios institutivos do processo. Achei uma Jurisprudência onde o princípio
da instrumentalidade da forma é usado. A alegação do réu é que determinado laudo pericial
não poderia ser utilizado porque o perito indicado pelo Juiz tinha cargo em comissão
(trabalhava no governo). Porém, ele trabalhava fora do Judiciário e em atividades que não se
contrapunham ao laudo por ele apresentado, pois não houve prejuízo do objetivo de seu lado.

144) O que é a celeridade?

Celeridade é um princípio informativo da técnica procedimental que impõe a


obtenção de decisões no menor tempo possível, respeitados os princípios institutivos
do processo.

145) O que é a economia processual?

Economia processual é um princípio informativo da técnica procedimental que impõe


a adoção do menor número de atos procedimentais possível para que se obtenha a
decisão, respeitados os princípios institutivos do processo.

ATENCAO: o processo não dura. O que dura é o procedimento. A menos que você seja
Fazzalariano. O processo não se pega. O que se pega são os autos.

RAZOAVEL DURACAO DO PROCESSO tem que implicar contraditório, ampla defesa e


isonomia.

146) O que é a lealdade processual (mercado negro.. não foi dito na sala pelo
professor neste período?

Determina que o modelo procedimental preveja sanções para os atos que visem a
obstar o exercício do contraditório, da ampla defesa e da isonomia entre as partes.

147) Quais são os requisitos da jurisdição?

- Inércia
- Aderência territorial
- Investidura
- Inafastabilidade, inevitabilidade e indelegabilidade
- juízo natural
- imparciailidade
- fundamentação das decisões

148) O que é a Inércia?

Inércia é um requisito da Jurisdição. Órgãos judicantes só atuam quando devidamente


provocados através de instauração de procedimentos.

149) O que é aderência territorial?


Aderência territorial é um requisito da Jurisdição. O exercício da atividade dos órgãos
judicantes encontra-se sempre territorialmente delimitado.

150) O que é a investidura?

É um requisito da Jurisdição. Impõe que o exercício da atividade judicante pressupõe o


atendimento dos expedientes legais prévios.

Expedientes legais prévios: nomeação, concurso, posse, etc

151) O que é a inafastabilidade?

Inafastabilidade é um requisito da Jurisdição que impõe que os órgãos judicantes não


podem deixar de atuar quando provocados.

152) O que é a inevitabilidade?

Inevitabilidade é um requisito da Jurisdição que impõe que a atuação dos órgãos


judicantes deve ser útil e tempestiva.

153) O que é a indelegabilidade?

Indelegabilidade é um requisito da Jurisdição que impõe que o juiz não pode


transferir/delegar a outrem suas atribuições judicantes pois, no contrário, estaria
contrariando o requisito da investidura.

154) O que é o Juízo natural?

Juízo natural é um requisito da Jurisdição que veda a criação de juízos ou tribunais


de exceção (tribunais ad hoc) já que a previsão da estrutura judiciária deve ser
constitucional.
155) O que é a imparcialidade?

Imparcialidade é um requisito da Jurisdição. Característica possível da decisão que


deverá examinar a integralidade dos argumentos produzidos no iter procedimental.
Não diz respeito ao JULGADOR, mas sim a decisão.

156) O que é a fundamentação das decisões?

A fundamentação das decisões é um requisito da Jurisdição. Fundamentar tem


de ser o resultado da atividade argumentativa realizada no iter procedimental
pelo contraditório, pela ampla defesa e pela isonomia e tem que de elaborar com
argumentos internos ao direito.
Fundamentar é diferente de motivar. Motivar é dar motivos (incentiva o eu quero, eu
to afim).

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157) Quais são os 3 grande temas do Direito Processual?

Processo, a Jurisdição e a Ação.

158) Quais são os 3 sentidos de ação?

Os 3 sentidos de ação determinam as 3 teorias da ação. Teoria imanentista da ação,


idealizada por Savigny. Teoria da ação como direito público e autônomo idealidade
por Windscheid e Muther. Teoria da ação como direito público, autônomo e concreto
idealizada por Wach.

Os 3 sentidos da ação perpassam, respectivamente, pela ação como obrigação


inadimplida em movimento, ação como direito que não passa pela obrigação, ação
como direito a decisão favorável.

159) O que é a Teoria imanenstista da ação?

A Teoria imanentista da ação, idealizada por Savigny, diz que a ação é obrigação
inadimplida em movimento.

Obrigação inadimplida em movimento significa obrigação não cumprida em


movimento. Isto porque a obrigação material, per si, não gera vínculos entre os
sujeitos. Se uma pessoa deve outra, existe o direito de da outra de receber, mas
este direito só se movimenta quando se instaura o procedimento. Assim, o direito
material de recebimento, per si, não é obrigacional. O que o torna obrigação é o
vínculo criado entre os sujeitos (devedor, credor e juiz). Este vínculo só se cria quando
instaurado o procedimento, isto é, a ação só nasce da instauração. Após instaurado
o procedimento, aí sim a ação começar a se movimentar. Logo, a ação, para a teoria
imanentista da ação, é a obrigação inadimplida (não cumprida) em movimento.

160) Quais as 3 máximas da Teoria Imanentista da ação idealizada por Savigny?

Para Savigny com sua teoria imanentista da ação, a ação é obrigação inadimplida
em movimento, ação é obrigação não cumprida em movimento que só nasce após
instaurado o procedimento, isto é, quando se instala o vínculo entre os sujeitos. Tem 3
máximas:

Não há direito sem ação – todo direito pressupõe a existência de uma ação para
movimentá-lo.
Não há ação sem direito – toda ação pressupõe que exista um direito por tras dela,
uma obrigação inadimplida em movimento.
A natureza da ação segue a natureza do direito.

Hoje em dia pode-se dizer que existe ação sem se ter direito, isto é,
independentemente de ter direito, a simples ideia de que se possa ter o direito já
possibilita a ação, isto é não existe a obrigatoriedade da existência do direito para se
ter direito a ação. Você pode instaurar um procedimento ainda que não tenha um
direito... pela mera pressuposição de que tenha ou mesmo sabendo que não tenha.
Para Savigny isto seria impraticável porque, para ele, não há ação sem se ter direito!

161) O que é a Teoria da ação como direito público e autônomo?

A teoria da ação como direito público e autônomo, idealizada por Windscheid e


Muther, significa que a ação é pública (envolve o Estado) e autônoma (não nasce da
obrigação inadimplida). Pública porque envolve o Estado e Autônoma porque não
nasce de uma violação de direito material, de um inadimplemento.

Não é necessário ter uma obrigação inadimplida, isto é, não cumprida para se
ter direito a ação, uma vez que a ação tem autonomia, isto é, não nasce do não
cumprimento. E qualquer um tem direito a ação, tendo ou não direito, posto que ela é
publica.

162) O que é a Teoria da Ação como direito público, autônomo e concreto?

A teoria da Ação como direito público, autônomo e concreto, idealizada por Wach, diz
que só tem ação (direito dirigido ao Estado) quem tem razão (tem que ter direito e
mais, tem que ter razão).

Só tem proteção do Estado quem tem razão ou tenha sofrido alguma violência. Ação
declaratória negativa existe para o juiz dizer que não há obrigação inadimplida. Para
Wach, neste caso, existe apenas a colheita da pretensão, mas não há ação porque
a porque não houve um resultado favorável. Para Wach é necessário um resultado
favorável para se ter uma ação. Se não há resultado favorável, o que há, quando se
instaura o procedimento, é uma pretensão.

163) O que é ação para Wach?


Direito à sentença favorável. Só tem ação quem tem razão.

164) Para Wach, o que é pretensão?

Para Wach o Estado colhe a pretensão, mas a razão é apenas na sentença favorável.

165) O que é ação para Plosz e Degenkolb?

Plosz e Degenkolb desenvolveram a Teoria da Ação como direito público, autônomo e


abstrato, em contrapartida a teoria de Wach que diz que desenvolveu a Teoria da Ação
como direito público, autônomo e concreto. A diferença é que para Wach só tem ação
quem tem razão, isto é, ação é direito a sentença favorável. Para Plosz e Degenkolb
a ação é pública (envolve o Estado) é autônoma (não nasce de uma obrigação
inadimplida) e é abstrata porque é dada a todos indistintamente, independentemente
de sentença favorável.

Savigny Windscheid e Muther Wach Plósz e Degenkolb

Teoria imanentista Teoria da ação Teoria da ação Teoria da Ação


da ação – ação como direito público como direito como direito
é obrigação e autônomo. A público, autônomo público, autônomo
inadimplida em ação envolve e concreto. A e abstrato.
movimento. Não há o Estado e não ação envolve o Abstrato é porque
direito sem ação. nasce da obrigação Estado, não nasce é dado a todos
Não há ação sem inadimplida é da obrigação indistintamente
direito. A natureza autônoma – porque inadimplida, mas
da ação segue a não nasce de uma pressupõe sentença
natureza do direito violação de um favorável para existir.
direito material.

166) O que é ação para os concretistas?

Concretistas seguem a Teoria da Ação como direito público, autônomo e concreto


idealizada por Wach. Público porque envolve o Estado, autônoma porque não nasce
de uma obrigação inadimplida, isto é, de um direito material violado e concreta
porque só tem ação quem tem razão, ação é direito à sentença favorável.

Assim, ação para os concretistas é direito à sentença favorável – só tem razão quem
tem razão.
AÇÃO

Em Wach faz sentido dizer PROPOR uma ação, como é dito coloquialmente. Isto
porque o resultado ninguém sabe. É uma proposta de defesa pelo Estado. Somente
se o resultado for positivo, houve ação aceita pelo Estado. Se você instaurar um
procedimento em Wach você não tem ação ainda. Só no resultado favorável, tem-se a
ação.

167) O que é ação para os abstratistas?

Abstratistas seguem a Teoria de PÓSZ e DEGENKOLD, isto é, a Teoria da Ação como


direito público, autônomo e abstrato. Para os abstratistas, a ação é direito público
(envolve o Estado), autônomo (não depende de obrigação inadimplida) e abstrato (não
depende de sentença favorável). Absolutamente todos, indistintamente, tem ação,
bastando, para tal, instaurar um procedimento.

Ação para os abstratistas, portanto, é direito ao processo. É dado a todos


indistintamente e independe do resultado.

AÇÃO

Bulow segue os abstratistas.

168) O que é ação para Liebman?

Liebman propôs um novo conceito para ação. Partiu do Art 24. Da Contituição italiana
que não é abstratista nem concretista. “Todos podem entrar em juízo para defender
direitos próprios e interesses legítimos”. Também partiu da ideia de Carnelutti .
Conflito: cessão/crise de cooperação (provisório).
Para Liebman a ação está no meio, nem no começo, nem no fim. Para Liebman ação é
direito a jurisdição ou a sentença de mérito.

AÇAO

Para Liebman a ação está no meio. Isto é, ela não é direito a sentença favorável como
para os concretistas (onde a ação está no final – só tem ação quem tem razão), não é
direito ao processo (onde a ação está no início – todos, indistintamente tem direito a
ação), mas sim no meio. Ação, para Liebman, portanto, é direito à Jurisdição ou direito
a sentença de mérito. Logo, existe a fase inicial de Admissibilidade, onde se decidirá
se a pessoa tem ação (isto é, se o julgamento de mérito poderá ou não ocorrer). E a
segunda fase que é a Jurisdição, isto é o direito a sentença de mérito.

169) O que é conflito para Carnelutti?

Conflito para Carnelutti é interesse, pretensão e lide.

170) O que é interesse para Carnelutti?

Posição de vantagem para satisfação de uma necessidade. Necessidade é tudo aquilo


que traga prazer ou evite a dor.

171) O que é pretensão para Carnelutti?

Declaração que visa a subordinação do interesse alheio ao próximo interesse.

172) O que é lide para Carnelutti?

Conflito de interesses juridicamente qualificado que apresenta uma pretensão


resistida. Só haverá lide se o direito tem algo a dizer sobre o conflito.

173) Pra que serve o processo para Carnelutti?

Segundo Carnelutti, processo serve para encaminhar a justa composição da lide.


Justo para Carnelutti é decidir conforme a maioria. Se não decide de maneira justa, o
conflito retorna. Precisa ser aceito pelas partes. Juiz precisa ser justo.

174) O que é mérito para Liebman?

Para Liebman juiz não julga a lide, julga o mérito. E mérito é a lide vazada no pedido, é a lide
nos limites do objeto mediato do pedido, é a RES IN JUDICIUM DEDUCTA. O juiz só pode julgar
o que foi pedido na pedido na petição inicial, a historinha por si só não interessa.

175) O que é ação para Liebman?

Para Liebman a ação está no meio, nem no começo, nem no fim. Para Liebman ação é
direito a jurisdição ou a sentença de mérito.

Liebman propôs uma teoria que contrapõe a teoria da ação como direito público,
autônomo e concreto proposta por Wach e que, ao mesmo tempo, contrapõe a
teoria da ação como direito público, autônomo e abstrato, proposta por Windscheid e
Muther.

176) O que é ação para Wach?

Para Wach ação é direito a ação favorável.

Wach propôs a Teoria da ação como direito público, autônomo e concreto. Ação
envolve o Estado, não depende de uma obrigação de direito material, isto é, não está
vinculada a obrigação adimplida e é concreto – direito a sentença favorável. Tem ação
quem tem razão.

177) Quem propôs a teoria da ação como direito público, autônomo e abstrato?

Quem propôs foi PLÓSZ E DEGENKOLB. Público porque envolve o Estado. Autônomo porque
não nasce da obrigação inadimplida, isto é, não nasce do direito material, abstrato porque
todos, indistintamente, têm direito, bastando, para tal, instaurar um procedimento.

178) O que são interesse, pretensão e lide para Carnelutti?

Interesse para Carnelutti é a posição de vantagem para satisfação de uma necessidade


sendo que necessidade é tudo aquilo que traga prazer ou evite a dor.
Pretensão para Carnelutti é a declaração que visa a subordinação do interesse alheio
ao próximo interesse.
Lide para CArnelutti é conflito de interesses juridicamente qualificado que apresenta
uma pretensão resistida. Só haverá lide se o direito tem algo a dizer sobre o conflito.

179) O que é mérito para Liebman?


É a lide vazada no pedido. Lide nos limites do objeto mediato do pedido. Res in
Judicium Deducta.

Objeto imediado – pleito de reconhecimento do direito de ação

Objeto mediato – acertamento da lide em favor do autor.

180) O que é Jurisdição para Liebman?

Jurisdição para Liebman é atividade do juiz no exame de mérito.

181) Que distinção há entre sentenças terminativas e definitivas?

Sentenças definitivas são sentenças com julgamento de mérito, onde o juiz julga o conflito.
Sentenças terminativas é extinção do processo sem julgamento do mérito – caem na
Admissibilidade.

182) Define sentença terminativa.

Sentença terminativa é a extinção do processo sem julgamento de mérito.

183) Defina sentença definitiva.

Sentença definitiva é sentença de julgamento de mérito, isto é, o juiz julga o conflito.


A sentença definitiva é dividida em procedência (do pedido) ou improcedência (do
pedido).

184) Quais as divisões possíveis da sentença terminativa?

A sentença terminativa não tem divisões, isto porque o pedido não é julgado. Há a
extinção do processo sem o julgamento de mérito.

185) Quais as divisões da sentença definitiva?


A sentença definitiva pode versar sobre a PROCEDENCIA (do pedido) – que pode ser
total ou parcial ou IMPROCEDENCIA (do pedido).

186) A sentença definitiva de improcedência do pedido pode ser chamada de


sentença de improcedência da ação?

Não pode. Isto porque a sentença definitiva de improcedência do pedido significa que
houve julgamento do mérito. Na improcedência da ação nem o mérito é julgado, isto
é, se não há ação para Liebman, não há direito ao julgamento de mérito. Morre na
admissibilidade, portanto.

187) A procedência parcial ou total do pedido pode ensejar em que tipos de


sentenças?

Sentenças declaratórias, sentenças declaratórias constitutivas e sentenças


declaratórias condenatórias.

188) O que é a sentença declaratória da procedência parcial do pedido?

Se há procedência, ainda que parcial, do pedido, então houve julgamento de mérito.


Se a procedência foi parcial, parte do que foi pedido foi acatado e parte não. A
sentença declaratória da procedência parcial do pedido AFIRMA situação jurídica
preexistente que foi colocada em dúvida, ainda que parcialmente.

189) O que é sentença declaratória da procedência total do pedido?

Se há procedência do pedido (total ou parcial) o pedido foi julgado, isto é, houve


julgamento de mérito. Se houve julgamento do mérito e sentença declaratória, houve
a AFIRMACAO de situação jurídica pre existente que foi colocada em dúvida da forma
tal que foi pedida, isto é, em sua integralidade do pedido.

190) O que é sentença declaratória constitutiva do pedido?

Se houve sentença declaratória, então houve julgamento de mérito, isto é, estamos


na esfera da PROCEDENCIA do pedido. Se a sentença declarou algo é porque toda
sentença que se pronuncia sobre um conflito é declaratória. Se a declaração é
constitutiva foi porque criou nova situação jurídica para as partes.

191) O que é sentença declaratória condenatória?

Se houve sentença declaratória condenatória houve julgamento de mérito (isto


é, estamos na esfera da PROCEDENCIA do pedido. Se o pedido foi procedente e a
sentença declaratória condenatória significa que foi AFIRMADA uma obrigação para o
réu.
192) Na sentença declaratória condenatória, quais as obrigações possíveis são
geradas?

Se há sentença declaratória condenatória houve julgamente do mérito (estamos, pois,


na esfera de procedência do pedido). Se a sentença declaratória condenatória foi
proferida significa que houve a afirmação de uma obrigação para o réu. As obrigações
possíveis para o reú são: obrigação de dar, obrigação de restituir, obrigação de fazer
ou obrigação de não fazer.

193) A improcedência do pedido em Liebmam implica acolhimento ou rejeição da


ação?

Acolhimento da ação, posto que se a procedência ou improcedência do pedido foi


julgada, ela já passou pelo juízo de admissibilidade, isto é, já ficou definido que um
julgamento de mérito será feito.

194) Quais são os elementos constitutivos do procedimento?

Os elementos constitutivos do procedimento, isto é, aquilo que constituiu um


procedimento são os elementos objetivos e elementos subjetivos.

195) O que são os elementos configurativos subjetivos do procedimento?

Os elementos configurativos subjetivos do procedimento são o juiz, o réu, o MP, os


auxiliares internos do Juizo e os Auxiliares externos do Juizo.

196) Quais são os elementos configurativos objetivos do procedimento?

Os elementos configurativos objetivos do procedimento são as causas de pedir (causa


petenti) e os pedido (petitum).

197) Quais o primeiro elemento configurativo objetivo do procedimento e quais as


suas espécies?

O primeiro elemento configurativo objetivo do procedimento é CAUSA DE PEDIR. A


causa de pedir pode ser próxima ou remota, sendo estas duas, as suas espécies.

198) O que é a causa de pedir remota como elemento configurativo objetivo do


procedimento?

A causa de pedir remota como elemento configurativo objetivo do procedimento é


narrativa fática.
199) O que é a causa de pedir próxima como elemento configurativo objetivo do
procedimento?

A causa de pedir próxima como elemento configurativo objetivo do procedimento são


os fundamentos jurídicos e constitucionais.

200) Quais os corolários do pedido?

Corolários do pedido são as partes intrínsecas a um pedido. São os objetos que o


compõem. Existem 2 objetos que são corolários da causa de pedir. O Objeto mediato e
o objeto imediato.

201) O que é o objeto imediato?

Os elementos configurativos do procedimento se dividem em objetivos e subjetivos.


Elementos subjetivos são juiz, reu, MP, Auxiliares internos do Juizo, Auxiliares externos
do Juizo. Os elementos subjetivos são a causa de pedir (causa petenti) e o pedido
(petitum). A causa de pedir pode ser próxima (fundamentos jurídicos e constitucionais)
ou remota (narrativa fática). O pedido, por sua vez, tem 2 objetos a ele intrínsecos,
o objeto mediato e o objeto imediato. O Objeto imediato como corolario do pedido
(petitum) dos elementos configurativos objetivos do procedimento é o pleito de
reconhecimento de direito de ação.

202) O que é o objeto mediato?

Objeto mediato é corolário do pedido como elemento configurativo objetivo do


procedimento e significa acertamento da lide em favor do autor.

203) Quais os princípios regentes da enunciação da causa de pedir e quais os seus


respectivos conteúdos?

Individualização, Substanciação e Consubstanciação.

204) Cite os princípios regentes da enunciação da causa de pedir (elemento


configurativo objetivo do procedimento) e o que cada um deles significa, bem como a
modalidade que lhes são intrínsecos.

A causa de pedir é um dos elementos configurativos objetivos do procedimento. Se


divide em próxima e remota. Remota – narrativa fátiva. Próxima – fundamentos jurídicos
e constitucionais. Existem 3 princípios que regem a enunciação da causa de pedir. A
individualização, a substanciação e consubstanciao.
A individualização – “Narra- me os fatos que eu te darei o direito”. Utiliza-se, portanto,
a narrativa fática e o Juiz define a partir dela. Logo, a modalidade de causa de pedir
que utiliza é a REMOTA e o exemplo mais claro é o Juizado Especial onde não se vai
com advogado. A pessoa vai sozinha, narra os fatos e o juiz de posse dos fatos, diz qual
é o direito aplicável.
A Substanciação – “yura novit cúria”. O juiz diz o direito após serem ditos a ele a
narrativa fática e os fundamentos jurídicos e constitucionais. Entretanto, ele diz o
direito porque apenas ele o sabe. Logo, usa a modalidade de causa de pedir remota e
próxima, embora, neste caso, o juiz pode descartar os fundamentos jurídicos dados,
bem como ignorar partes da narrativa fática.
A Consubstanciação impõe o entretecimento das causas de pedir próxima e remota as
quais terão que ser consideradas (por aderência ou refutação) na decisão. Neste caso
o juiz precisa refutar ou aderir em todo ou em parte todas as argumentações jurídicas
feitas e da narrativa fática.

205) Dos elementos configurativos do procedimento (objetivos e subjetivos) podem


ser explicados algumas situações que podem acontecer com o procedimento. Quais
são estas situações?

Dos elementos configurativos (objetivos e subjetivos) do procedimento podem ser


explicadas a Litispendencia, Coisa Julgada, Perempção, Conexão e Continência.

206) Qual a regra que determina a situação de litispendência, coisa julgada,


perempção, conexão ou continência?

A regra é a existência de 3 elementos em 2 ou mais procedimentos.

207) Quais os três elementos que compõem a regra para verificação da


Listispendência, Coisa Julgada, Perempção, Conexão ou Continência?

A regra é a existência de 3 elementos em 3 ou mais procedimentos, sendo os 3


elementos abaixo destacados: mesmas partes, mesmo pedido, mesma causa de pedir.

208) O que é a Litispendência e o que ela provoca no procedimento? De um


exemplo de Litispendencia.

A Litispendência é a repetição de ação em curso. Ela é um óbice ao julgamento de


mérito, isto é, o mérito não é julgado se existe outra ação em curso com as mesmas
partes, mesmo pedido e mesma causa de pedir.
Exemplo: A entra com uma ação de divórcio e B entra com uma ação de divórcio. A e B
são casadas. Assim, as partes são as mesmas, o pedido é o mesmo e a causa de pedir é
a mesma.

209) O que é Coisa julgada e o que ela provoca no procedimento? De um exemplo


de Coisa Julgada.
Coisa julgada é a repetição de ação em que já houve sentença de mérito transitada
em julgado. Provoca um óbice ao julgamento de mérito. Impede o julgamento de
mérito porque o mérito já foi julgado em ação anterior. Exemplo: instauração de
um procedimento cuja sentença definitiva foi improcedente. Insatisfeito com o
julgamento de mérito improcedente instaura-se novo processo contendo mesmas
partes, mesma causa de pedir e mesmo pedido em um juízo diferente.

210) O que é a Perempção e o que ela provoca no procedimento? Dê um exemplo


de Perempção?

Perempção é a perda do direito de estar ou permanecer no procedimento instaurado


por ter o autor, por sua inércia, dado causa à extinção do processo sem resolução de
mérito por 3 vezes.

Provoca no procedimento um óbice ao julgamento de mérito, isto é, se o autor


instaurou o procedimento 3 vezes e em 3 vezes, por sua inércia houve extinção do
processo sem resolução de mérito, se instaurado pela 4 vez o mesmo procedimento
(mesmas partes, mesma causa de pedir e mesmo pedido) também não há julgamento
de mérito (óbice ao julgamente).

211) O que é conexão e o que ela provoca no procedimento? Dê um exemplo de


conexão.

Conexão é a reunião de procedimentos em um só juízo para uma decisão simultânea


tendo em vista relações de mútuas implicações entre causas de pedir e/ou pedido.
Exemplo: 3 pessoas envolvidas em um acidente. Não é um óbice ao julgamento de
mérito, mas fica suspenso até a reunião de todos os autos conexos. Uma instaura um
procedimento de ressarcimento de danos contra outra. Mas, a outra instaurou um
procedimento de ressarcimento de danos contra a terceira.

212) O que é continência e o que ela provoca no procedimento? De um exemplo de


continência.

Continência é uma modalidade de conexão em que há coincidência de partes e a de


causa de pedir, mas o de um procedimento integra integralmente o de outro. Espera-
se um procedimento para se resolver o outro. Exemplo: A instaura um procedimento
contra B em busca de pensão alimentícia. B instaura um procedimento contra A
solicitação anulação do casamento.

213) Quais são os elementos estruturais do procedimento?

Matéria de processo, matéria de ação e matéria de mérito.


214) Quais são todos os nomes dados para os elementos estruturais do
procedimento?

Matéria de processo OU Pressupostos processuais OU Requisitos de admissibilidade O


Existência do processo
Matéria de ação OU Condições da Ação OU Requisitos de procedibilidade.
Matérias de mérito.

215) Quais são as divisões da matérias de processo ou pressupostos processuais ou


requisitos de admissibilidade ou existencia do processo?

As matérias de processo ou pressupostos processuais ou requisitos de admissibilidade ou


existência do processo são as matérias de cunho objetivo e os subjetivo.

216) Quais são as divisões da matéria de processo subjetivo?

As matérias de processo OU pressupostos processuais OU existência do processo OU


Requisitos de Adminissibilidade subjetivos são de CONSTITUIÇÃO DO PROCESSO. E se
dividem em : COMPETENCIA, SUSPEICAO OU IMPEDIMENTO DO JUIZ, LEGITIMATIO AD
PROCESSUM.

217) Quais são as divisões da matéria de processo objetivo?

As matérias de processo OU pressupostos processuais OU existência do processo


OU requisitos de admissibilidade objetivos são de DESENVOLVIMENTO VALIDO E
REGULAR DO PROCESSO. E se dividem em: petição apta, Ausência de Litispendencia/
Coisa Jugada/Perempção/Conexão/Continência, Citação válida, Acatamento de
Litisconsórcio, Verificação de vícios cominados ou não cominados de anulabilidade
dos atos processuais, Presença de advogado habilitado/curador/MP, Pagamento de
custas e prestação de caução, ausência de confusão de partes, Ausência de prescrição
e decadência.

218) Quais são as divisões da matérias de ação?

As matérias de ação OU condição da ação OU Requisitos de Procedibilidade são assim


divididas: Legitimatio ad causam, Interesse processual, Possibilidade Jurídica do
Pedido.

219) Quais as divisões da matéria de mérito?

A matéria de mérito não tem divisões.


220) Quais as divisões da matéria de processo OU pressupostos processuais OU
existência do processo OU Requisitos de Admissibilidade? E quais as divisões de cada
uma delas?

As divisões da Matéria de Processo OU Pressupostos processuais OU existência do


processo OU Requisitos de Admissibilidade são: SUBJETIVO E OBJETIVO.
Os requisitos SUBJETIVOS da matéria de processo são: COMPETENCIA, SUSPEICAO OU
IMPEDIMENTO DO JUIZ, LEGITIMATIO AD PROCESSUM.
Os requisitos OBJETIVOS da matéria de processo são: Petição apta, Ausência de
Litispendencia/Coisa Julgada/Perempçao/Conexão/Continência, Citação válida,
Acatamento de Litisconsórcio, Verificação de vícios cominados ou não cominados de
anulabilidade dos atos processuais, Presença de advogados/MP/curador, pagamento
de custas e prestação de caução/Ausência de confusão de partes/Ausência de
prescrição ou decadência.

221) Nos elementos estruturais do procedimento, quais as matérias de processo


subjetivos?

Competência, Suspeição, Legitimatio ad processum.

222) O que é competência?

Competência é o limite de especialização da Jurisdição.

223) Quais são os limites de especialização da Jurisdição, isto é, como se divide a


competência?

A competência, que é uma matéria de processo subjetiva, se divide em IN RATIONE


LOCI (em razão do local), IN RATIONE MATERIAE (em razão da matéria), IN RATIONE
PERSONAE (em razão da pessoa).

224) A incompetência é fruto de que?

A incompetência versa sobre um vício de competência que pode ser fruto do local (in
ratione loci), em razão da matéria (in ratione materiae), em razão da pessoa (in ratione
personae).

225) O vício de competência in ratione loci, in ratione materiae, in ratione personae


é absoluto?

Se há incompetência, isto é, se há vício de competência em razão do local, em razão


da matéria ou em razão da pessoa, esta incompetência pode ser tanto relativa ou
absolutota. Será RELATIVA se a incompetência for in ratione Locci. Será SEMPRE
absoluta se a incompetência foi IN RATIONE MATERIAE ou IN RATIONE PERSONAE.
Logo, incompetência RELATIVA: in ratione loci
Incompetência SEMPRE ABSOLUTA: in ratione materiae e in ratione personae.

226) Nos elementos estruturais, quais as matérias de processo subjetivas?

As matérias de processo são divididas em objetivas e subjetivas. As matérias de


processo subjetivas são: COMPETENCIA (limite de especialização da jurisdição),
SUSPEICAO E IMPEDIMENTO DO JUIZ E LEGITIMATIO AD PROCESSUM.

227) Quando o juiz fede requisitos de admissibilidade?

Requisitos de admissibilidade ou PREssupostos processuais ou matérias de processo versam


sobre a existência do processo. Eles se dividem em 2: Objetivos e Subjetivos. Os requisitos
objetivos são a COMPETENCIA (limites de especialização da Jurisdição), a SUSPEICAO OU
IMPEDIMENTO DO JUIZ, LEGITIMATIO AD PROCESSUM. Isto é, o juiz fere requisitos de
admissibilidade quando é incompetente: se incompetente em razão da matéria ou da pessoa
a competência é absoluta, se em razão do local a incompetência á relatviva ou se o Juiz é
suspeito ou impedido.

228) Quando o juiz é suspeito?

O juiz é suspeito se mantém certas relações sociais ou negociais com as partes.

229) Quando o juiz é impedido?

O juiz é impedido se mantém relações familiares ou exerceu outras funções no


procedimento.

230) Quais as matérias de processo?

AS matérias de processo podem ser objetivas ou subjetivas. Subjetivas (de constituição


do processo) se dividem em Competência (in ratione loci- relativa, in ratione materiae
– absoluta, in ratione personae-absoluta), Suspeição ou Impedimento do Juiz (suspeito
é o que tem relações sociais e negocias, impedido é o que tem relações familiares ou
já exerceu outras funções no procedimento), Legitimatio ad Processum (capacidade
de ser parte, capacidade de entrar em juízo, capacidade postulatória). Objetivas (de
desenvolvimento válido e regular do processo) se dividem em Petição apta, Ausência
de Listispendencia/Coisa Julgada/Perempção/Conexão/Continência, Citação válida,
Verificação de vícios cominados ou não cominados de nulidade dos atos processuais,
Acatamento de Litisconsorcio, Presença de advogado/MP/curador, Pagamento de
custas e prestação de caução, Ausência de confusão de partes, Ausência de prescrição
e decadência.

231) O acatamento do Litisconsorcio é parte de que?


O acatamento de Litisconsórcio é parte das matérias objetivas do processo, sendo
mas matérias de processo subjetivas (de constituição do processo) a competência, a
supeição ou impedimento do juiz e o legitimatio ad processum, as matérias objetivas
(de desenvolvimento válido e regular do processo ) a petição apta, ausência de LI/
CJ/P/C/COM, Citação validade, Verificação de vícios cominados de nulidade dos atos
processuais, Acatamento de Litisconsórcio, Presença de advogado/MP/curador,
Pagamento de custas e prestação de caução/, Ausência de confusão de partes,
Ausência de prescrição e decadência.

232) O que é Litisconsórcio?

Cumulação subjetiva. Pluralidade de sujeitos como autores e/ou réus. Quem litiga é o
litisconsorte.

233) Quais as classificações do Litisconsórcio?

Litisconsóricio é a cumulação subjetiva. Pluralidade de sujeitos como autores e/ou


reús.
A classificação do Litisconsórcio se dá quanto ao sujeito, quanto a sentença e quanto a
faculdade. O sujeito por de ativo (autor) ou passivo (réu). A sentença pode ser simples
(sentença diferente para cada um dos réus) e unitária (mesma sentença para todos os
réus). E quanto a faculdade pode ser voluntário (formação depende da vontade dos
réus) ou necessário (formação depende de determinação legal).

234) Quais são os elementos estruturais do procedimento?


Matérias de processo OU Pressupostos processuais OU existência do processo OU
Requisitos de Admissibilidade, matérias de ação Ou requisitos de procedibilidade ou
Condições da ação e matéria de mérito.

235) Quais são as matérias de processo?


Subjetivas – de CONSTITUIÇÃO DO PROCESSO - (competência – in ratione loci,
in ratione materiae, in ratione personae, suspeição ou impedimento do juiz,
legitimatio ad processum – capacidade de ser parte, capacidade de estar em juízo,
capacidade postulatória) e objetivas – de DESENVOLVIMENTO REGULAR E VALIDO DO
PROCESSO(petição apta, ausência de L/CJ/P/C/Com, Verificação de vícios cominados e
não cominados de nulidade de atos processuais, citação válida, presença de advogado/
mp/curador, pagamento de custas e prestação de caução, ausência de confusão de
partes, ausência de prescrição e decadência.

236) Quais são as matérias de ação?


Matéria de ação são as matérias de condição da ação, requisitos de procedibilidade.
Legitimatio ad causam, Interesse processuais, Possibilidade jurídica do pedido.
237) Qual a divisão da matéria de interesse processual?

Innterese processual é uma das matérias de ação, de requisitos de procedibilidade.


Os outro são, legitimatio ad causam, interesse processual e Possibilidade jurídica do
pedido. O interesse processual se divide em Necessidade, Utilidade e Adequação
procedimental.

238) O que é necessidade dentro da matéria de ação Interesse processual?

Necessidade demonstração prima facie da existência de lide que a Jurisdição deva


solucionar.

239) O que é utilidade dentro a matéria de ação interesse processual?

Necessidade de demonstração prima facie de que a atividade jurisdicional


proporcionará ao autor solução de que ele não já disponha.

240) O que é adequação procedimental dentro da matéria de ação interesse


processual?

É a escolha correta do modelo procedimental.

241) Encerrando, quais são as matérias de ação?

As matérias de ação OU requisitos de procedibilidade ou condições da ação são 3:


Legitimatio ad causam, Interesse processual (que se divide em necessidade, utilidade e
adequação procedimental) e Possibilidade jurídica do pedido.

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