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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ....

ª VARA
CRIMINAL DA COMARCA DE MARÍLIA.

AGRIPINO, já qualificado nos autos do processo-crime que lhe move a


Justiça Pública, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, não se
conformando, “data máxima venia”, com o recurso interposto pelo Digno Representante
do Ministério Público vem , mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência,
com fulcro nos artigos 588 e 589 do Código de Processo Penal, requerer a
juntada das CONTRARRAZÕES DO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO,
pleiteando que a respeitável decisão proferida em favor do recorrido seja mantida.
Assim sendo, caso Vossa Excelência entenda pela reforma da respeitável
decisão, postula-se seja remetido a presente ao Egrégio Tribunal de Justiça do
Estado de São Paulo.

Termos em que, requerendo seja ordenado o encaminhamento e processamento da


presente.

Pede Deferimento.

Marília, ... de ........ de 2019.

________________________
Advogado – OAB/SP

CONTRARRAZÕES DO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO


RECORRENTE: “Justiça Pública”.
RECORRIDO: Agripino.
PROCESSO nº. .... – da .... Vara Criminal da Comarca de Marília.
Egrégio Tribunal de Justiça,
Colenda Câmara
Ínclitos Julgadores,
Douta Procuradoria de Justiça.

Não se conformando com o recurso interposto pela Justiça Pública, contra a


respeitável decisão proferida em favor do recorrido “data vênia”, vem apresentar
CONTRARRAZÕES, aguardando afinal se dignem Vossas Excelências em mantê-
la, pelas razões a seguir aduzidas

DOS FATOS

O nobre Promotor de Justiça, no dia 23 de julho deste ano, ofereceu denúncia


contra o recorrido, descrevendo a infração penal tipificada como receptação ocorrida no
dia 30 de junho de 2003.

Contudo, esqueceu-se de apresentar o rol de testemunhas na peça inicial, além de


narrar fato equivocado, fazendo inserir circunstâncias totalmente divorciadas da
realidade, não oferecendo, ainda a qualificação do recorrido.

O Magistrado, no dia 25 de a gosto de 2011, ao tomar conhecimento do


teor da denúncia, rejeitou -a, expondo os motivos para tal. O Promotor de Justiça
recorreu de tal decisão, expondo os motivos de seu inconformismo, reiterando que
a inicial deve ser recebida para, ao final da instrução probatória, ser o recorrido
condenado pelo crime que supostamente cometeu.

É a síntese do ocorrido.

DO DIREITO

Excelências, a denúncia deve ser rejeitada. De fato, a r. sentença proferida pelo


ilustre magistrado deve ser mantida, tendo em vista que o suposto crime cometido
pelo recorrido não tem mais como ensejar punição

“Art. 109 - A prescrição, antes de transitar em


julgado a sentença final, salvo o disposto nos §§ 1º
e 2º do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo
da pena privativa de liberdade cominada ao crime,
verificando-se: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)”

Dessa forma, o nobre Promotor ofereceu a denúncia em 23 de julho de 2011, ou


seja, depois do prazo de 8 anos previsto para a prescrição da pretensão punitiva, e, por
conseguinte, falta interesse de agir, tendo em vista que não há mais a pretensão de sua
parte em punir o recorrido.

Logo, a inicial deve ser rejeitada, de modo que falta condição para o exercício
da ação penal, qual seja o interesse de agir, conforme o entendimento do artigo
395, inciso II do Código de Processo Penal:
“Art. 395: A denúncia ou queixa será rejeitada
quando: II – faltar pressuposto processual ou
condição para o exercício da ação penal”

Mas também, no que tange aos requisitos que devem ser preenchidos para que
a denúncia seja considerada apta, o digno Promotor não cumpriu o que estabelece o artigo
41 do Código de Processo Penal:
“Art. 41: A denúncia ou queixa conterá a
exposição do fato criminoso, com todas as suas
circunstâncias, a qualificação do acusado, ou
esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo a
classificação do crime e, quando necessário, o rol
das testemunhas.”

Dessa forma, contrariando referido dispositivo, esqueceu -se de apresentar o rol


de testemunhas na peça inicial, além de ter narrado fato equivocado, fazendo inserir
circunstâncias totalmente divorciadas da realidade, não oferecendo, ainda a qualificação
do indiciado.

Por conseguinte Excelências, deve ser rejeitada a denúncia, isto porque estão
ausentes seus requisitos previsto no artigo 41 do Código de Processo Penal, de
modo que deve ser considerada inepta na forma do artigo 395 , inciso I do
Código de Processo Penal:
“Art. 395: A denúncia ou queixa será rejeitada
quando: I – for manifestamente inepta”.

Portanto, deve ser mantida a sentença do juízo a quo, de modo que a denúncia
deve ser rejeitada pela prescrição da pretensão punitiva, e caso Vossas Excelências não
entendam a tal respeito, deve então, haver a rejeição pela inépcia da mesma pela falta
dos requisitos legais.

DO PEDIDO

À luz de todo o exposto, improcede o recurso interposto pelo Digno


Representante do Ministério Público, devendo ser mantida a respeitável decisão em
favor do recorrido, como medida da mais lídima justiça.

Termos em que,
Pede Deferimento.

Marília/SP, ...... de .............. de 2019.

______________________
Advogado – OAB/X

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