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Teatro
Narrador: O Pai Natal estava na sua casa do Pólo Norte a descansar, quando resolveu ir ao
Facebook para assistir à cerimónia do desembrulhar das prendas, em todas as casas do mundo.
Narrador: Desabafou o Pai Natal, enquanto uma lagriminha lhe deslizava pela face vermelhusca e
se ia dependurar na barba comprida. Com a mão espalmada esmagou a lágrima.
Pai Natal: - Ai que infeliz que eu sou! Ninguém dá prendas ao Pai Natal!
Mãe Natal: - Deixa lá meu querido! É sempre bom ver o sorriso de quem recebe um presente,
ainda mais se for uma criança.
Narrador: Estava bem enganado o Pai Natal. Mal tinha acabado de se queixar, quando ouviram
bater à porta.
Capuchinho Vermelho: - Sou eu, Pai Natal, a menina do Capuchinho Vermelho. (Dá-lhe uma
capa vermelha) Toma Pai Natal, é o teu presente!
Capuchinho Vermelho: - Sim, Pai Natal. Não achas que também mereces um presente?
Pai Natal: - Não é isso. É que nunca ninguém me ofereceu uma prenda. És muito simpática!
Capuchinho Vermelho (impaciente): - Vá, veste a capa. Vê se te serve. A tua está a ficar um
pouco gasta, não achas?
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O Pai Natal tenta vestir a capa, mas como é muito pequena não lhe serve.
Pai Natal: - Bem, parece que não me serve! É que eu sou muito bem constituído! (passa a mão
pela barriga)
Capuchinho Vermelho: - Pois olha, não era má ideia fazeres uma dieta e inscreveres-te num
ginásio. Podia ser a tua resolução para o ano novo. O que achas?
Pai Natal: - Vou pensar na tua proposta. Mas não sei se será boa ideia, é que tenho artrose no
joelho. Olha, senta-te um pouquinho connosco e bebe uma chávena de chocolate quente com natas.
É uma receita típica cá do Pólo Norte.
Gata Borralheira (esticando um par de sapatos): - Mãe Natal, trago-te aqui estes sapatinhos do
mais fino cristal. Aceita esta prenda que te dou eu, a Gata Borralheira.
Mãe Natal (a rir-se): - Ah ah ah ah! Querida menina… não sei se posso aceitar a tua prenda. É que
tenho aqui um calo no dedo grande do pé. Mas deixa-me experimentar. (senta-se o sofá, mas não
consegue calçar os sapatos porque são muito pequenos)
Mãe Natal: - Bem, parece que não servem mesmo, mas obrigada! Entrem, entrem e tomem uma
bebida quente. Chocolate quente com natas, pode ser?
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1.ª Irmã da Gata Borralheira: - Tudo bem, Mãe Natal, mas sem natas, por favor. É que eu ando a
fazer dieta. Não posso engordar, senão lá se vai este corpinho elegante.
2.ª Irmã da Gata Borralheira: - Deixa lá mana. Nós somos lindas e formosas! Um dia não são
dias. E depois, quem resiste a uma chávena de chocolate quente? A partir de amanhã, recomeças a
tua dieta.
As três vão sentar-se ao lado do Capuchinho Vermelho, que fica a olhar muito para a Gata
Borralheira.
Capuchinho Vermelho: - Queres a morada da minha costureira? Parece-me que estás a precisar de
um vestido novo. E, francamente, esses chinelos são um horror, nem servem para andar em casa.
Devias cuidar mais de ti, afinal até és bonitinha.
Gata Borralheira: - Cuidar-me para quê?! A minha vida é só trabalho. As minhas irmãs obrigam-
me a cozinhar, limpar, passar a ferro… Nem tempo tenho para descansar! (a lamentar-se) Sou uma
escrava!
Mãe Natal: - Não fiques triste Gata Borralheira. Um dia, a tua sorte ainda vai mudar. Tu és uma
boa menina.
Carochinha: - Olá Pai Natal! Já distribuíste todos os presentes, por isso, deves estar muito cansado.
João Ratão: -É por isso que viemos oferecer-te um grande caldeirão, para fazeres uma saborosa
sopinha.
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Pai Natal: - Não sei se a vossa prenda vai ser útil. Sabem, é que com tanto trabalho a Mãe Natal só
tem cozinhado na Bimby! Mas obrigada, o que conta é a intenção.
João Ratão (zangado e de braços cruzados): - Sinceramente, sempre ouvi dizer que a caldeirão
dado não se olha a asa!
Mãe Natal: - Meus queridos, convido-vos a comer um queijinho suíço. É light, porque resolvi fazer
regime!
Carochinha (com as mãos na cabeça): - Oh meu deus! O queijo é a perdição do meu João Ratão.
João Ratão: - Ai, ai, ai, ai Carochinha… Como podes ser tão ingrata comigo?! Logo eu, que te
acho tão formosa e bonitinha.
Carochinha: - Olha, não me tentes enganar, está bem?! Eu conheço-te muito bem e tens que te
controlar. O queijo tem imensa gordura e, para além disso, tu és intolerante à lactose. Depois ficas
inchado que nem um bola de basketball e não passas nos buraquinhos das portas!
Pai Natal: - Vá, parem lá com isso. Vamos mas é para a mesa, pois a saúde é a nossa maior riqueza.
1.ª Bruxa: - Eu sou a Bruxa Babucha. Trago aqui umas prendinhas da minha casinha de chocolate.
Espero que tu e o Pai Natal gostem.
Mãe Natal: - Não sei se podemos aceitar. É que nós estamos proibidos pelo médico de comer
doçarias. Sabes como é, a idade não perdoa, e o Pai Natal tem os diabetes muito altos!
2.ª Bruxa: - Eu trouxe-vos umas maçãs que são um luxo! Podeis comer à vontade, porque não estão
envenenadas. E para além disso, devemos comer muita fruta para sermos saudáveis!
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Pipi das Meias Altas: - Sou eu Pai Natal, a Pipi das Meias Altas. Trago-te um pequeno presente:
um par de meias altas, muito quentinhas e fofinhas. Vais ficar muito sexy, Pai Natal!
Pai Natal: - Achas que tenho idade para usar isso? Quem vai adorar esse presente é a Mãe Natal,
pois combina com o seu fato natalício. Vai parecer uma Top Model. Vem sentar-te à mesa
connosco.
Robin dos Bosques: – Sou eu, o Robin dos Bosques. Um ás com o arco e a flecha. Trouxe-te isto
como lembrança. Podes precisar! Nunca se sabe… Nos tempos que correm e com tanta insegurança
e criminalidade nas ruas… Mais vale prevenir do que remediar.
Mãe Natal: - Tens razão! Muito obrigada pelo teu presente. Mas vou dá-lo ao Pai Natal. Ele é que
corre mais perigo quando está de serviço. Acompanha-nos no lanche.
D. Afonso Henriques: - Não se vê pelas minhas nobres vestes? Sou D. Afonso Henriques, o
primeiro rei de Portugal!
Pai Natal: - (faz uma vénia) Sua Majestade … Então veio à minha humilde casa reclamar as
prendas de natal que dei à família real?! Eu sei que eram umas Barbies e uns carrinhos
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telecomandados, em vez dos Iphones 10 que os seus filhos pediram. Mas sabe que estamos em
tempo de crise…
D. Afonso Henriques: - Nada disso, meu ilustre Pai Natal. Estou aqui para agradecer-lhe todo o
bem que tem feito pelas crianças do meu reino. Como recompensa pelos seus serviços, ofereço-lhe
a minha valiosa espada!
Pai Natal: - Muito obrigado pela histórica lembrança! Vou guardá-la no meu cofre! Junte-se a nós
para a ceia de Natal!
2.º Extraterrestre: - Vimos de Marte oferecer-vos uma viagem ao nosso planeta, com estadia num
hotel de dez estrelas.
1.º Extraterrestre: - É para agradecermos todos os presentes que por magia enviaram para Marte.
Mãe Natal: - Muito obrigada! Veio mesmo a calhar esta viagem! As nossas férias estão agendadas
para 7 de Janeiro, assim podemos descansar e conhecer o vosso planeta. Façam o favor de se sentar
à mesa connosco.
1.º Porquinho: - Amigo Pai Natal, trago-lhe aqui uma caixinha de bolachas. São muito boas e não
têm glúten! Uma delícia para a noite de Natal.
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Pai Natal: - Obrigada Porquinho! Nem sei como agradecer-te. Estou tão feliz!
2.º Porquinho: - Mas cuidado Pai Natal. Não podes abusar dos docinhos! É Natal mas não é
Carnaval… e sabes como é, a idade não perdoa.
Pai Natal: - Eu vou ter cuidado amigo! Prometo que só vou comer uma bolachinha de cada vez.
Lobo Mau: - Sou eu o Lobo Mau. Venho oferecer-te um grande saco porque o teu está muito
velho. Toma, é a tua prenda de Natal.
Pai Natal: - Como é que adivinhaste, meu amigo? Era mesmo o que estava a precisar. O meu saco
rebentou com o peso das prendas. Que ideia maravilhosa!
Lobo Mau: - Claro Pai Natal. Depois, se quiseres posso levar todos os teus convidados a casa!
(com malícia). Como sabem, sou um famoso guarda-costas!
Mãe Natal: - Não acredito que vem aí mais alguém. Quem será?
1.º Caçador: - Somos nós os caçadores, que regressamos agora da caça. Viemos agradecer ao Pai
Natal todos os presentes que deu aos nossos filhos.
2.º Caçador: - Às vezes, nem mereciam muito, principalmente quando não estudam ou quando não
tratam bem os outros. Mas mesmo assim, nunca os esqueceste. Aceita a nossa oferta.
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Pai Natal: - Não precisam de agradecer. Eu adoro dar prendas e fazer as crianças felizes!
Mãe Natal: - Bem, não acham que já chega de conversa? Vamos para a mesa. A ceia de Natal está
à nossa espera.
Pai Natal: - Tens razão, Mãe Natal. (vira-se para os convidados) Amigos, a vossa companhia é a
melhor prenda que me podiam oferecer. Obrigada do fundo meu coração! (vira-se para o público)
Um feliz Natal para todos!